HIDROMETRIA
HIDROMETRIA
HIDROMETRIA
HIDROLOGIA
60 horas (2T – 2P) AL0109
Unidade 10
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
10.1 - Introdução
10.2 - Instalação e operação de postos fluviométricos
10.3 - Medição de níveis
10.4 - Medidas de vazão
10.5 - Análise de consistência
10.6 – Curva-chave
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Introdução
A hidrometria é a parte da HIDROLOGIA relacionada a
medição de variáveis hidrológicas
Objetivo:
determinar a vazão através da
medição dos níveis
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Níveis
DADOS FLUVIOMÉTRICOS
-estudos de aproveitamentos hidroenergéticos
-planejamento de uso dos recursos hídricos
- previsão de cheias
- gerenciamento de bacias hidrográficas
- saneamento básico, abastecimento público e industrial
- navegação
- irrigação
- transporte
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Instalação e operação de Postos Fluviométricos
INSTALAÇÃO DE POSTO FLUVIOMÉTRICO
Assim, via de regra deve-se evitar locais onde se supõe que, em breve,
possam sofrer alterações que obriguem mudança de local (afogamento
por barragem, dragagem do rio, edificações, terraplanagem, etc.).
A instalação das réguas deve ser feita a uma distância da margem que
permita uma boa visibilidade. As réguas podem ser fixadas em suportes
de madeira ou metal, protegidas contra intempéries, enterradas,
concretadas na base dos suportes das réguas ou presas a cavaletes, ou
peças de pontes conforme as necessidade e facilidades do local.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Instalação e operação de Postos Fluviométricos
INSTALAÇÃO DE POSTO FLUVIOMÉTRICO
A importância do leito ser fixo, consiste no fato de que se não for é possível que
ocorra erosão, depois de uma grande cheia, e conseqüentemente causando
uma alteração na curva-chave.
Por este motivo, é importante que se priorize a escolha da seção em locais
rochosos, uma vez que somente poderá ter alterações na curva-chave por
deposição de sedimentos e não por erosão.
• Método direto
- Gravimétrico Pequenas vazões (Q ≤ 10 litros/s
- Volumétrico
• Vertedor
• Molinete
• Flutuadores Para grandes vazões: Q > 300 L/s
• Medidor do Nível d’Água
• Acústico
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método Gravimétrico
Consiste na pesagem de um determinado volume de água
obtido em um determinado tempo.
EXEMPLO:
Balança: 20 kgf
Tempo: 10 s
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método Volumétrico
Baseia-se no tempo gasto para que um determinado fluxo de água
ocupe um recipiente com volume conhecido.
EXEMPLO:
EXEMPLO:
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método do Vertedor
2- Vertedor Retangular:
As contrações ocorrem nos vertedores cuja
2.1 Com duas contrações laterais largura é inferior à largura do curso d’água.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método do Vertedor
2- Vertedor Retangular:
2- Vertedor Trapezoidal:
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método do Vertedor
2- Vertedor Circular:
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método do Molinete
- São pás ou hélices que giram impulsionadas pela velocidade de
escoamento;
- Estabelece-se uma proporcionalidade entre o número de voltas por
unidade de tempo e velocidade de escoamento;
- É necessário a determinação da área da seção de escoamento para a
determinação da vazão ( Q = A . V );
Onde:
V = velocidade do fluxo
N = velocidade de rotação
‘a e b’ são constantes características da hélice e fornecidas pelo fabricante do
molinete, e/ou determinadas por calibração, que deve ser realizada
periodicamente
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Molinetes
a) MEDIÇÃO A VAU
Este método é aplicado a medições com nível d’água não superior a 1,20 m e
velocidade compatível com a segurança do operador. Consiste em prender o
molinete numa haste, sempre tomando o cuidado de mantê-lo a uma distância
mínima do leito (aproximadamente 20 cm).
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Molinetes
b) SOBRE PONTE
Apesar de apresentar certa facilidade para uma medição de vazão com
molinete, a seção de uma ponte pode interferir na velocidade do escoamento.
Se a ponte possui pilares apoiados no leito do rio, o escoamento é alterado e
pode provocar erosão no leito.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Molinetes
c) COM TELEFÉRICO
No caso de não se dispor de pontes e o rio ser profundo, mas não muito largo,
pode-se utilizar o recurso do teleférico para levantar o perfil de velocidades. Há
casos também em que há material transportado pelo rio (toras), sendo aplicado
este método para a segurança do operador.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Molinetes
d) SOBRE BARCO FIXO
O barco é preso nas margens do rio através de cabos, sendo este o método mais
comum de medição com molinete.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Molinetes
e) SOBRE BARCO MÓVEL
Se o rio for de largura suficiente para inviabilizar o uso de cabos, pode-se ainda
fazer a medição com o barco em movimento. O barco se desloca com uma
velocidade constante de uma margem a outra, com o molinete fixado num leme
especial a uma profundidade constante.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Método Acústico - ADCP
Nos últimos anos as medições de
velocidade de água com molinetes tem
sido substituídas por medições de
velocidade por efeito Doppler em ondas
acústicas.
Q V A Q: vazão (m³/s)
V: velocidade do escoamento (m/s)
A: área da seção (m²)
Exemplo de medição de vazão em uma seção de um rio, com a indicação das verticais, distâncias
(d) e profundidades (p) – os pontos indicam as posições em que é medida a velocidade no caso de
utilizar apenas dois pontos por vertical.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
Detalhe da área da seção do rio para a qual é válida a velocidade média da vertical de
número 2.
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DE UM PERFIL DE VELOCIDADES
A área de influência Ai de um determinado perfil de velocidades Vi é formada pela
soma de duas áreas trapezoidais.
Área de
ROTAÇÕES DO EIXO
DISTANCIA AO PROFUNDIDADE N1 N2 V1 V2 Vmédia Influência Q
DO MOLINETE (n)
VERTICAL PONTO INICIAL DA VERTICAL (A)
(m) (m) 0,2 h 0,8 h (0,2 h) (0,8 h) (0,2 h) (0,8 h) (m/s) (m²) (m³/S)
1 1,4 0,4
2 4,4 1,58 11 11 0,22 0,22 0,067 0,067 0,067 2,759 0,185
3 5,4 1,91 31 18 0,62 0,36 0,166 0,102 0,134 1,879 0,251
4 6,4 1,99 35 37 0,7 0,74 0,184 0,196 0,190 1,602 0,304
5 7 2,25 40 41 0,8 0,82 0,209 0,217 0,213 2,28 0,486
6 8,4 2,53 54 34 1,08 0,68 0,281 0,181 0,231 2,996 0,692
7 9,4 2,6 55 46 1,1 0,92 0,286 0,243 0,264 2,588 0,684
8 10,4 2,57 58 36 1,16 0,72 0,302 0,191 0,246 2,553 0,629
9 11,4 2,4 59 39 1,18 0,78 0,307 0,206 0,257 2,408 0,618
10 12,4 2,29 63 44 1,26 0,88 0,327 0,232 0,280 2,286 0,640
11 13,4 2,15 67 42 1,34 0,84 0,348 0,222 0,285 2,149 0,612
12 14,4 2 67 50 1,34 1 0,348 0,264 0,306 2,018 0,617
13 15,4 1,99 65 40 1,3 0,8 0,337 0,212 0,275 1,985 0,545
14 16,4 1,94 65 43 1,3 0,86 0,337 0,227 0,282 1,899 0,536
15 17,4 1,56 65 57 1,3 1,14 0,337 0,300 0,319 1,569 0,500
16 18,4 1,25 35 39 0,7 0,78 0,184 0,206 0,195 1,674 0,326
17 20,5 0,1
∑ 7,625
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
EXEMPLO
Dados do molinete:
tempo de exposição do molinete: 50 segundos
n Onde:
N n = número de rotações do molinete
texp t = tempo de exposição do molinete
Q A V Onde:
A = área de influência (m²)
V = velocidade média (m/s)
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
Medição de Vazão
EXERCÍCIO 1
Com base nos dados a seguir, determine a vazão do Rio Ibirapuitã. Represente
a graficamente a seção transversal.
Dados do molinete:
tempo de exposição do molinete: 50 segundos
VELOCIDADE DO FLUXO:
(m) (m) 0,2 h 0,8 h (0,2 h) (0,8 h) (0,2 h) (0,8 h) (m/s) (m²) (m³/S)
1 1,2 0,4
2 3,2 1,65 12 9
3 4,2 2,35 34 31
4 5,2 3,2 36 29
5 6,2 3,8 45 36
6 7,2 4,7 56 48
7 8,2 6,8 58 52
8 9,2 8,7 62 56
9 10,2 9,8 65 56
10 11,2 11,5 68 58
11 12,2 12 68 60
12 13,2 11,2 67 62
13 14,2 9,3 65 60
14 15,2 8,4 65 54
15 16,2 7,4 65 56
16 17,2 5,4 48 45
17 18,2 4,5 35 29
18 19,2 3,5 28 25
19 20,2 1,95 14 16
20 22 0,35
0,000
PRINCÍPIOS DA HIDROMETRIA
CURVA-CHAVE
•Curva-chave é a relação entre os níveis d´água com as
respectivas vazões de um posto fluviométrico.