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Unemat Sinop - Hidraulica Aula 08

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Profº Me.

Jonatas Garcia Hurtado

Jonatas.garcia@unemat.br
A Calha Parshall é um dispositivo
tradicional para medição de vazão
em canais abertos de líquidos
fluindo por gravidade. Muito
utilizado em estações de tratamento
de água para a realização de duas
importantes funções:

1º - Medir com relativa facilidade e


de forma contínua, as vazões de
entrada e saída de água da ETA.
2º - Atuar como misturador rápido,
facilitando a dispersão dos
coagulantes na água, durante o
processo de coagulação.
Basicamente, consiste numa seção
convergente, numa seção
estrangulada “garganta” e uma
seção divergente, dispostas em
planta.

O fundo da unidade é em nível na


seção convergente, em declive na
“garganta” e em aclive na seção
divergente.
Ela pode medir líquidos que
contenham sólidos suspensos tais
como os despejos industriais
𝑄 = 𝐾 ∗ 𝐻𝑛
Uma estação hidrométrica é qualquer seção de
um rio, convenientemente instalada e operada
para a obtenção sistemática das vazões ao
longo do tempo.

A instalação compreende essencialmente os


dispositivos de medição do nivel das águas,
réguas linimétricas ou linígrafos, devidamente
referidos a uma cota conhecida e
materializada no terreno.
A hidrometria de forma geral é a parte da
hidráulica que estuda assuntos relacionados
a:

 Medição de vazão
 Velocidades dos liquidos
 Profundidade e variação do nivel da água
 Medida das seções de escoamento
De modo geral, a vazão é
obtida a partir do nível das
águas, observado com a ajuda
da régua linimétrica ou
registrado pelo linígrafo.

A relação nível-vazão deve ser


estabelecida por medições
diretas, podendo ainda ser
expressa em curvas-chaves.
As estações hidrométricas
devem permitir o
estabelecimento de uma lei
bem definida entre os niveis de
água e as vazões, para isso é
necessario que exista algumas
condições favoraveis para sua
instalção, tais como:

 Localização
 Seção transversal
 Velocidade regularmente
distribuida
 Velocidade média > 0,3m/s
As características fisicas naturais, como a
configuração do trecho, o recobrimento
vegetal das margens e zonas inundáveis
e a natureza do leito, que constituem o
controle do posto hidrométrico, podem
sofrer alterações mais ou menos rápidas
ao longo do tempo, provocando
variações na relação cota-descarga
LOCALIDADE:

O estabelecimento de uma estação hidrométrica deve ser


precedido de um estudo em que se procurará selecionar o local
mais favorável à obtenção de dados da melhor qualidade possível.

A excelência dos registros depende de diversos aspectos que


devem ser elvados em consideração na analise que precede a
instalção, que são elas:

 Caracteristicas Hidráulicas
 Vegetação
 Variação do nivel das águas
 As obras hidráulicas existentes
LOCALIDADE:

 Caracteristicas Hidráulicas

A natureza do leito: Os cursos de água em leito rochoso são por sua


natureza essencialmente estáveis; entretanto as irregularidades do
vale podem causar dificuldades para a medição das descargas.
LOCALIDADE:

 Caracteristicas Hidráulicas

Os rios de leito móvel, com


tendência à formação de
meandros, declividades
geralmente pequenas e
sujeitos a extravasamentos
freqüentes, dificilmente
apresentam condições
favoráveis ao estabelecimento
de uma curva-chave única
LOCALIDADE:

 Vegetação

O recobrimento vegetal
das margens e zonas
baixas inundáveis pode
se constituir em um fator
de instabilidade da
relação cota-descarga,
devido às possíveis
variações sazonais que
modificam a resistência
que a vegetação pode
oferecer ao escoamento.
LOCALIDADE:

 Variação do nivel das águas

É do maior interesse, ainda que


freqüentemente difícil, a apreciação das
condições do escoamento para as mais
diversas vazões, principalmente para as
águas altas. Tal observação pode revelar a
priori particularidades do escoamento, como
variações bruscas da seção transversal pelo
transbordamento da caixa do rio,
afogamento das corredeiras, etc., nem
sempre aparentes em um primeiro
reconhecimento e bastante importantes para
a definição da curva de descarga da seção.
LOCALIDADE:

 As obras hidráulicas existentes

Barragens e usinas hidrelétricas construídas


a montante de um posto hidrométrico
constituem-se algumas vezes em
inconvenientes sérios devido à possível
irregularidade de sua operação e
conseqüente variação rápida da vazão
durante o dia. Em muitos casos, a existência
dessas obras a montante condiciona a
implantação de linígrafos, que permitem
identificar as variações horárias e bem
definir os valores médios reais
FACILIDADE PARA MEDIÇÃO DA VAZÃO:

A regularidade do trecho do rio, principalmente a montante da


seção de medição, como já foi visto anteriormente, é um fator
importante a comiderar na seleção do local.

Facilidades existentes para a operação de medição propriamente


dita são fatores a considerar na escolha definitiva da seção. Como
por exemplo:

 Uma ponte;
 Suporte para cabos aéreos;
 Suporte para botes;
Acesso:

A localização do posto
hidrométrico deve ser
estabelecida de modo a
permitir um acesso
permanente ao local,
quaisquer que sejam as
condições climáticas e o
nível das águas, inclusive nas
maiores enchentes.
Denomina-se, geralmente, controle de uma estação hidrométrica a
combinação de características flsicas do rio na seção e em especial
no trecho a jusante, tais como, natureza, configuração, recobrimento
vegetal das margens e várzeas.

A estabilidade e sensibilidade da estação hidrométrica são,


naturalmente, dependentes da natureza do controle, sendo fácil
compreender o interesse em se conhecerem os acidentes
responsáveis pela lei de variação profundidade-vazão.

 Controles Artificiais
 Controles Naturais
A medida de vazão num curso de água pode ser feita das seguintes
mane1ras:

a) diretamente;
b) medindo-se o nível da água;
c) por processos químicos;
d) a partir do conhecimento das áreas e das velocidades.

Sendo a utima mais utilizada.


Esta se faz verificando-se qual o tempo necessário para acumular
um determinado volume num reservatório natural ou artificial, sem
descarga de saída, ou num continente menor que pode ser mesmo
um balde.

A razão desse volume para o tempo para atingi-lo dá a vazão.


Para se partir, simplesmente, do conhecimento do nível da água usa-
se um dos dois tipos de dispositivos seguintes.

Vertedores: Conhecendo-se a espessura da lâmina de água sobre


um vertedor, pode-se determinar a descarga através de tabelas ou
gráficos, equações (todas dependendo da altura da lamina de
escoamento).
Calhas medidoras. Qualquer dispositivo que provoque a passagem
do escoamento do rio de um regime fluvial a um torrencial serve
para esse tipo de medida. A mudança do regime obriga a existência
de profundidade crítica dentro da instalação. A vazão será função
dessa profundidade e das características do medidor. Haverá a
formação de um ressalto a jusante se o escoamento for fluvial em
condições naturais. Como por exemplo as calhas ParshalL
A essência desses processos é lançar à corrente de água uma
substância química e depois tirar amostras na seção escolhida
(jusante), que serão dosadas, permitindo o conhecimento da
descarga a partir da diluição verificada.

É lançado um volume V de solução de concentração C,


instantaneamente, e colhem-se amostras a jusante durante toda a
passagem da nuvem no tempo T.

a) deve haver turbulência ativa em toda a massa de água de maneira


a garantir uma mistura homogênea;

b) deve haver ausência de águas paradas para existir


As substâncias químicas normalmente empregadas são:

1. Cloreto de sódio;
2. Fluorceína;
3. Bicromato de sódio.

Um produto conhecido no mercado é o DulcoFlow


com base no princípio de medição por ultrassons.
O medidor de fluxo apresenta a máxima
resistência a produtos químicos.
A vazão numa determinada seção transversal de um rio (Q), definida
como sendo o volume de água que passa nessa seção na unidade de
tempo, pode ser medida pelo produto da área da seção (S) pela
velocidade média da água que atravessa a mesma (V).

Isto é, Q = V· S
Os métodos de medição mais comumente utilizados procuram
avaliar a vazão através de elementos de área da seção transversal
(S).
A vazão final (Q), através de toda a seção, será o somatório dos
elementos de vazão (q) avaliados acima.

Isso significa que Q = qi = Vi*Si


A profundidade é medida através de um
cabo suspensor (a partir da superflcie da
água).

1) O peso deve estar preso a um cabo


graduado que se enrola num guincho que
tem um dispositivo para avaliar o
comprimento até a posição do eixo (ou até a
base do lastro).
2) Solta-se, primeiramente, o cabo até o peso
ficar com seu eixo na linha da água.
3) Solta-se a seguir o cabo até o peso tocar o
fundo e faz-se a leitura, que será L. A
profundidade será. h = L + d - NA, onde d é a
distância do centro do molinete ao fundo do
rio
Santos et al. (2001) apresentam a distânciarecomendada entre os
pontos de uma seção transversal deacordo com a largura do rio e o
número de pontosrecomendados a serem obtidos sobre cada seção
verticalde acordo com a profundidade do rio
De um modo geral, a velocidade da água num rio diminui da
superficie para o fundo e do centro para as margens. É uma
grandeza extremamente variável num mesmo instante de ponto
para ponto e no decorrer do tempo, para o mesmo ponto.

Apesar dessas dificuldades e outras que aqui não se apontaram,


costuma-se medi-Ia com o equipamento apresentado a seguir:

1. Flutadores
2. Molinetes
FLUTUADORES

Determinando-se o tempo de percurso de um flutuador entre dois


pontos, tem-se uma estimativa da velocidade na superfície ou a
uma profundidade qualquer (desde que se coloque na mesma um
anteparo solidário ao dispositivo).Essa medida é um tanto precária
e so deverá ser assim feita quando não houver outro meio.
FLUTUADORES

0,8 ∗ 𝐿 ∗ 𝐴
𝑄=
𝑡

Q: Vazão (m³/s)
L: Comprimento (m)
A: Área (m²)
T: Tempo (s)
Molinetes

São aparelhos que permitem, desde


que bem aferidos, o cálculo da
velocidade mediante a medida do
tempo necessário para uma hélice ou
concha dar um certo número de
rotações. Através de um sistema
elétrico, o molinete envia um sinal
luminoso ou sonoro ao operador em
cada 5, 10 ou 20 (ou outro número
qualquer) voltas realizadas
Molinetes

Metodologia de utilização:
O nível da água é medido normalmente
por meio de linímetros e linígrafos. Um
linímetro é constituído simplesmente
por hastes graduadas em cenlímetros,
verticais, colocadas no leito do rio e
cujo zero é referido a referências de
nível fixas.

Um observador faz leituras dessas


réguas, geralmente duas vezes (em
horas previamente fixadas) ao dia, e
anota-as em cadernetas enviadas às
agências mantenedoras.
Os linígrafos, também conhecido como
linímetro, trata-se de um equipamento
automático que registra continuamente
ou por amostragem, a variação dos
níveis de água.
Esse equipamento fornece um registro
contínuo do nível da água através de
uma pena que se desloca, conforme este
varia, sobre um papel que caminha
movido por um sistema de relojoaria. O
giro completo do papel pode demorar
de 24 horas a 200 dias, conforme a
autonomia do aparelho considerado,
que pode permitir leituras com precisão
desde 1 cm
Quanto ao sistema que impulsiona a
pena, pode ser acionado pelo
movimento de um flutuador ou pela
variação da pressão da água sobre um
dispositivo colocado no interior do rio. A
instalação de um linígrafo do primeiro
tipo é mais complicada, ficando o
aparelho sobre um poço cavado ao lado
do rio e comunicado com este por meio
de um tubo.

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