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V Sociologia

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Mulheres, Jovens e Idosos na

Sociedade

Conteudista
Prof.ª Dra. Vivian Fiori

Revisão Textual
Aline de Fátima Camargo da Silva
Sumário

Objetivos da Unidade............................................................................................................ 3

Introdução............................................................................................................................... 4

A Mulher e a Sociedade........................................................................................................ 4

Violência Contra a Mulher no Brasil..................................................................................12

A Mulher e o Trabalho no Brasil..........................................................................................16

Os Grupos Etários no Brasil e sua Condição Social......................................................20

Material Complementar.................................................................................................... 26

Referências........................................................................................................................... 27
Objetivos da Unidade

• Tratar da questão da mulher e sua participação em algumas sociedades e po-


líticas no mundo;

• Dar ênfase ao papel da mulher, de jovens e idosos na sociedade brasileira;

• Analisar as condições e desafios enfrentados pelas populações de mulhe-


res, jovens e idosos no mundo, com foco especial na realidade da sociedade
brasileira.

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3
VOCÊ SABE RESPONDER?

Qual é o impacto da participação das mulheres, dos jovens e dos idosos na socieda-
de brasileira e em outras sociedades ao redor do mundo, considerando as condições
e desafios enfrentados por essas populações?

Introdução
Nesta Unidade vamos tratar da situação das populações de mulheres, jovens e ido-
sos no mundo, dando ênfase às condições existentes na sociedade brasileira.

A Mulher e a Sociedade
No decorrer da história humana, as mulheres tiveram diferentes papéis sociais e na
divisão do trabalho, variando essa condição de acordo com o lugar, o povo e a classe
social na qual estavam inseridas.

Segundo alguns historiadores (MUMFORD, 1998), entre os povos primitivos


era comum um trabalho em comunidade. Em geral, cabia às mulheres a
coleta de vegetais e aos homens a caça e pesca, bem como com decor-
rer das transformações empreendidas, coube principalmente às mulheres,
num primeiro momento, as atividades de agricultura.

Contudo, muitas civilizações ao longo da história submeteram as mulheres a um


papel secundário na sociedade, tendo algumas sofrido todo tipo de violência psico-
lógica, mental ou física. Para muitas sociedades além de mãe, cuidadora da família,
do lar, a mulher ainda tem de se submeter à vontade e decisão dos homens.

4
Em relação ao voto, por exemplo:
somente no século XX alguns países
passaram a dar o direito ao voto às
mulheres. Mesmo em países centrais
como França e Inglaterra, a mulher não
podia votar até o começo do século
XX. No final do século XIX e começo
do século XX, houve movimentos fe-
ministas que lutaram pelo direito ao
voto das mulheres, e ficaram conheci-
das como sufragistas.

A Nova Zelândia foi um dos primeiros países a reconhecer o direito das mulheres ao
voto, em 1893. Na Inglaterra, um grupo de mulheres fundou um movimento social
chamado de “União Política e Social das Mulheres”, que usou estratégias de mili-
tância política, propaganda e desobediência civil, as quais acabaram servindo de
referência para outras mulheres no mundo.

Essa situação foi retratada no filme “As sufragistas”, que conta a história das mulhe-
res que lutaram pelo voto na Inglaterra, evidenciando o papel social delas na época
do começo do século XX.

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Figura 1 – Passeata pelo voto feminino em Nova York, 1912
Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: na imagem, é possível ver um grupo de mulheres marchando nas ruas de Nova York. Elas
estão vestidas com roupas da época, como vestidos longos e chapéus. Algumas, seguram bandeiras e faixas
com mensagens relacionadas à causa do voto feminino. Apesar da imagem estar em preto e branco, é possível
imaginar o movimento e a energia presentes na passeata. Fim da descrição.

No Brasil, tal direito foi definido por lei em 1932; na África do Sul somente em 1994,
com final do Apartheid; e na Arábia Saudita somente em 2011.

Mesmo com o advento da escolarização universal, em muitos países a mulher não


era incentivada a estudar, mas sim a constituir família e cuidar do lar, sendo que,
ainda em alguns lugares e sociedades atuais, isso perdura. Há grupos em que ainda
é comum que se escolha o casamento da mulher, bem como muitas se tornam
esposas ainda muito novas.

Leitura
Explore a história da conquista do direito ao voto
feminino: um marco na luta pela igualdade de
gênero. Acesse o site para conhecer os desafios,
as figuras importantes e os momentos decisivos
desse movimento histórico.

6
Tal situação está relacionada às condições de pobreza e ignorância, ou a costu-
mes ancestrais e religiosos de alguns povos, que coagem mulheres ainda crianças
(menores de 15 anos) a casamentos forçados, muitas ficando à mercê de violência,
escravidão e abusos sexuais. Há ainda casos de pais que “vendem” suas filhas para
pagar dívidas ou para auferir alguma renda.

Tais práticas de violência com a criança do sexo feminino acontecem, mais comu-
mente, em países do Sul do continente asiático, do sul da África Subsaariana (ao
Sul do deserto do Saara), sendo grande em países como Bangladesh, Índia, Níger,
Afeganistão, Paquistão, entre outros, principalmente entre os mais pobres. O hábito
de casamentos no período da puberdade, ocorre também por fatores culturais, de
maneira a preservar a virgindade até o casamento, o que para algumas sociedades
é considerado fundamental.

A maioria dos países do mundo é signatária de tratados internacionais que


proíbem casamentos deste tipo. Estas normas, contudo, nem sempre são
cumpridas, ou porque há brechas em algumas legislações permitindo que
os pais decidam sobre o assunto, ou porque prevalecem fatores culturais
que impedem sua plena aplicação. Assim sendo, em pleno século XXI, exis-
tem ainda práticas de violência de variados tipos em relação às mulheres,
atingindo duplamente as mais pobres.

As interações humanas se estabelecem mediante as relações de poder e de violên-


cia, de diversos tipos e ordens: entre sexos, entre gêneros, no mundo do trabalho,
por questões raciais e étnicas, por preconceito religioso, por perseguição política,
entre outras. Para tentar equilibrar tais discrepâncias e estabelecer um padrão míni-
mo de civilização, foi estabelecida em 1948, no âmbito das Nações Unidas, a Decla-
ração Universal dos Direitos Humanos.

Como diz Hannah Arendt (2005, p. 213): “O único fator material indispensável para
a geração de poder é a convivência entre os homens. Estes só retêm poder quando
vivem tão próximos um aos outros que as potencialidades da ação estão presentes
[...]”. Desse modo, não há poder de só um indivíduo, o poder se manifesta no grupo,
como também pelas instituições e organizações existentes no mundo.

7
Importante
A “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, estabelecida
em comum acordo entre as nações, é um marco importante no
entendimento da busca da cidadania, da igualdade e da frater-
nidade no mundo, embora concretamente ainda há muito a ser
feito em diversos países.

No Brasil, mediante as políticas de Direitos Humanos mais recentes do governo


federal, houve a criação em 1997, da “Secretaria Especial dos Direitos Humanos”
(SEDH), bem como da “Secretaria de Políticas das Mulheres” (SPM), em 2003, pela
qual se formularam políticas específicas para as mulheres no âmbito do governo
federal.

No entanto, ao tratar da questão de gênero é essencial conceituá-la. As bibliografias,


os artigos e os documentos (BRASIL, 2006; UNIFEM, 2006) a respeito dessa ques-
tão dizem que falar de gênero não é a mesma coisa que tratar de sexo, pois o gênero
representa o papel social desempenhado ou definido pelos sexos e dele decorrem
alguns preconceitos sobre qual seria este papel, sobretudo, das mulheres. Gênero
é, portanto, um conceito relacional de poder, que exprime a relação do masculino e
do feminino.

A questão de gênero como política pública vem, por conseguinte, dessa mundializa-
ção e globalização da sociedade humana, adquirindo visibilidade nas Conferências
Mundiais de Mulheres no México (1975), em Nairóbi (1985) e em Pequim (1995).

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Figura 2 – Livro sobre a IV Conferência Mundial sobre a Mulher
Fonte: Divulgação
#ParaTodosVerem: a imagem mostra a capa de um livro que retrata a IV Conferência Mundial sobre a Mulher. A
capa apresenta um design colorido e chamativo, com o título do livro em destaque, nas cores amarelo e vermelho.
vermelho. Fim da descrição.

No Brasil, as políticas em prol da igualdade de direitos de gênero são definidas princi-


palmente na nova Constituição brasileira de 1988, e também pós anos 1990, período
no qual há várias normatizações acerca da questão dos direitos da mulher e políticas
de assistência e de saúde específicas. Com a criação da “Secretaria das Políticas
das Mulheres”, em nível federal, em 2003, realizou-se a “I Conferência Nacional de
Políticas para as Mulheres” no Brasil em 2004, evento que subsidiou a elaboração
do “Plano Nacional de Políticas para as Mulheres”, assim como as demais políticas
desenvolvidas pelos governos estaduais e municipais.

Além das condições socioeconômicas e de trabalho, que são importantes para a


emancipação feminina, há também as condições relativas à saúde, ao direito repro-
dutivo e à assistência à mulher como aspectos fundamentais no entendimento da
condição de gênero, da mulher, e de suas transformações. Segundo Miriam Ventura
(2006), na Conferência Internacional de População e Desenvolvimento em 1994, no
Cairo, foi incorporado o conceito de direito reprodutivo.

9
O direito reprodutivo tem como premissa o direito à dignidade, à integri-
dade psicológica e física, assim como o direito à definição da liberdade da
escolha de como o planejamento familiar ocorrerá pelo casal. Direito que
necessita, portanto, de acessos à informação acerca do assunto, acesso ao
conhecimento sobre assistência ginecológica, saúde sexual e saúde repro-
dutiva, assim como assistência à maternidade.

A mortalidade materna é um dos grandes problemas que ainda assolam a humani-


dade. É mais um indicador originado das políticas que são universais e, atualmente,
sua redução faz parte das “Metas do Milênio” da ONU. As maiores dificuldades no
uso de dados de mortalidade materna são as definições da causa da morte, espe-
cialmente, nos países subdesenvolvidos.

Em relação ao voto, por exemplo:


somente no século XX alguns países
passaram a dar o direito ao voto às
mulheres. Mesmo em países centrais
como França e Inglaterra, a mulher não
podia votar até o começo do século
XX. No final do século XIX e começo
do século XX, houve movimentos fe-
ministas que lutaram pelo direito ao
voto das mulheres, e ficaram conheci-
das como sufragistas.

A pobreza de boa parte da população, a deficiência de infraestrutura básica e das


políticas públicas de saúde fazem desta parte da África uma das regiões em que a
falta da prática dos direitos humanos é mais acentuada. Contudo, cabe lembrar que
há também variações nesses dados se compararmos diferentes países e ou regiões
africanas (vide Tabela 1):

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Quadro 1 – Razão de Mortalidade Materna por Regiões no Mundo

Região 1995 2000 2005 2013

África Subsaariana 930 830 680 510

África do Norte e Oriente


180 160 140 110
Médio

Sul da Ásia 460 370 280 190

Leste da Ásia 150 130 100 74

América Latina 120 110 93 85

Países Desenvolvidos 10 10 11 15

Fonte: UNICEF; UNFPA, 2014

Para analisar esta sociedade tão desigual é preciso opor o modo de vida capitalista e
a maneira dominante de viver, não vendo tais situações como acaso, como aciden-
tais, tanto em relação ao sexo, gênero ou condição de classe social. Como afirma a
socióloga Mary Garcia Castro:

Ora se as ciências sociais que pretendemos, afasta-se de individualismos


metodológicos, podemos afirmar que o outro no caso da corrente femi-
nista emancipacionista, não é o homem, mas o patriarcado e o capita-
lismo, se o foco não são algumas mulheres na classe. Assim também o
outro, em correntes emancipacionistas que estão na luta antirracista, não
é o branco, mas a supremacia política-econômico-cultural da identida-
de branca, seus privilégios, ou seja, o conjunto não disjunto entre raça-
-e-classe. Correntes emancipacionistas anti-sexistas focalizam como o
outro a ser combatido é o poder hegemônico da heteronormatividade, e
não os indivíduos com práticas diferentes dos grupos LGBT.

Fonte: Castro, 2014, p. 22

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Assim, na visão da autora tais situações não podem ser dissociadas da cultura e
concepção do mundo global, capitalista, individualista a que todos estão cada vez
mais expostos.

Contudo, isso não significa que devemos ser meros espectadores num mundo tão
desigual, machista, intolerante e preconceituoso. É necessário refletir sobre a nossa
conduta em relação às outras pessoas.

Violência Contra a Mulher no Brasil


No Brasil, os casos de violência contra a mulher ainda persistem, embora venham
caindo. A fidedignidade das informações que são levantadas como estatística, no en-
tanto, representa um problema, já que há muitos casos não registrados, seja por falta
de acesso ao poder público ou por medo de represálias por parte das vítimas. A Lei
11.340, de 7 de agosto de 2006 (BRASIL, 2006), conhecida como Lei Maria da Penha,
foi um marco no país no que se refere a violência contra a mulher. Segundo a Lei:

Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orienta-


ção sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe assegura-
das as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua
saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efe-


tivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação,
à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho,
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar
e comunitária.

Fonte: Brasil, 2006, n.p.

Com a promulgação de tal Lei, pela primeira vez no Brasil há uma legislação especí-
fica sobre a violência contra a mulher, garantindo que o agressor(a) seja julgado(a)
por um juizado especial que cuida, especificamente, acerca de crimes e violências
familiar e doméstica contra a mulher, que podem ser tipificadas como violência físi-
ca, patrimonial, moral, psicológica e sexual. O atendimento policial será feito prefe-
rencialmente nas delegacias da mulher.

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Nos últimos anos houve vários casos ocorridos no Brasil, de repercussão na
mídia, sobretudo, de ex-casais, cujos maridos ou namorados não aceitam o
fim do relacionamento e começam a ameaçar as mulheres. Alguns desses
casos culminam em homicídios, sem que a vítima tenha tido a chance de
ser protegida, porque somente a denúncia não as protege, já que muitas
vezes suas moradias ou locais de trabalho são conhecidos.

No Brasil, há “Delegacias, Seções, Postos de Atendimento Especializados da Mulher”


(Deam), conhecidas como “Delegacias das Mulheres”. Trata-se de uma iniciativa im-
portante na busca dos direitos da mulher, em especial, as que sofrem violência. Há
muitos relatos de mulheres que buscam delegacias de polícia comuns em casos de
violência, principalmente, por estupro, e não são atendidas adequadamente.

Figura 3 – DDM - Delegacia de Defesa da Mulher


Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: a imagem mostra a fachada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A delegacia é iden-
tificada por uma placa com o nome “DDM – Delegacia de Defesa da Mulher” em destaque. A fachada apresenta
características arquitetônicas distintas, como uma estrutura moderna, com janelas e portas. Fim da descrição.

Além das delegacias, temos também no Brasil outras instituições que atendem
mulheres, algumas destas se desenvolvem por parceria público-privada, são or-
ganizações não governamentais que se utilizam de verba pública. Destacam-se as

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seguintes instituições: Centros de Referência de Atendimento à Mulher, Casas de
Abrigo, Serviços de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual, Pastorais
da Mulher Marginalizada, entre outras entidades.

Essas instituições são fundamentais na garantia da defesa dos direitos da mulher,


mas suas atuações ainda ocorrem pontualmente em algumas comunidades, o que
não diminui sua relevância social. Faltam ainda políticas públicas mais efetivas que
cumpram os planos e leis existentes.

Os direitos das mulheres, inseridos na temática dos direitos humanos como


um todo, representam uma temática que precisa ser disseminada de uma
forma mais ampla para toda a população e território brasileiro, cabendo à
educação um importante papel nessa questão. Não uma educação como
existe hoje, que se preocupa mais em informar do que formar para a vida,
mas um modelo em que essa questão seja discutida de forma transversal
em sala de aula.

Para além das leis, dos planos, dos equipamentos sociais destinados ao atendimento
da mulher, necessitamos de uma educação para a emancipação feminina, para a con-
vivência pacífica entre os sexos, para o respeito mútuo do seres humanos, homens e
mulheres, independentemente de sua posição social, racial e de sua opção sexual.

Embora ainda haja muitos problemas em relação aos direitos da mulher e de sua
condição social, seja no trabalho, na família ou na saúde sexual e reprodutiva, houve
avanços dos anos 1990 aos dias atuais no Brasil.

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Figura 4 – Mulher com megafone
Fonte: Freepik

Há ainda muitas disparidades no Brasil, quer porque ainda faltam espaços que pos-
sam atender adequadamente à mulher, quer porque persistem políticas inadequa-
das e preconceitos em relação ao papel desempenhado pela mulher.

Verificamos que já estão mais consolidados os direitos do ponto de vista jurídico e


das políticas mais universais dos governos federal, estaduais e municipais no Brasil.
Contudo, a existência real dessas políticas, no cotidiano familiar, na vida das mulhe-
res pelo território brasileiro ainda requer mais atenção dos Conselhos da Mulher e
outras entidades de cidadania existentes nos estados e municípios.

Em Síntese
Por fim, falta também uma atenção maior na educação de ho-
mens e mulheres, uma educação que busque tratar dos direi-
tos humanos e da importância do respeito entre sexos, respeito
pelas diferenças, em busca de maior igualdade de acesso aos
direitos e à cidadania.

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A Mulher e o Trabalho no Brasil
No Brasil, a maioria da população é formada por mulheres, e o número de domicí-
lios chefiados por mulheres vem aumentando, concomitantemente à ampliação do
nível de escolaridade das mulheres, que é maior do que a dos homens. Verifica-se,
percentualmente, que esse número aumentou em todas as regiões do Brasil entre
1991, 2000 e 2010. Como demonstra dados do IBGE:

No Brasil, as mulheres são a maioria da população, passaram a viver mais,


têm tido menos filhos, ocupam cada vez mais espaço no mercado de
trabalho e, atualmente, são responsáveis pelo sustento de 37,3% das fa-
mílias. Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, di-
vulgada pelo IBGE em 2013, indicam que viviam no Brasil 103,5 milhões
de mulheres, o equivalente a 51,4% da população.

Cabe ressaltar que se tratar de chefia por domicílio, não de família propriamente
dita, já que o Censo é feito por domicílio e não por unidade familiar. Os arranjos fa-
miliares nos domicílios são bastante diversos, sendo comum em áreas mais pobres
que existam mais de uma geração no mesmo domicílio, com mães mais velhas que
sustentam toda a família, filhos e netos.

Essa situação ocorre por causa da maior inserção da mulher no mercado de trabalho,
bem como devido ao fato do aumento do número de mulheres que vivem sozinhas
com seus filhos, ou seja, são famílias monoparentais femininas, situação comum em
todas as classes sociais.

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Figura 5 – Mulher no mercado de trabalho brasileiro
Fonte: Wikimedia Commons
#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma mulher no mercado de trabalho brasileiro. Ela está em um ambiente
de trabalho, possivelmente uma indústria, e está focada em mexer em uma máquina. A mulher está vestindo
uma blusa xadrez nas cores preta e vermelha. Fim da descrição.

No caso das mulheres mais pobres, com filhos, a vulnerabilidade social sucede por-
que estas necessitam ter emprego e nem sempre há com quem deixar os seus fi-
lhos, faltam creches. Se de um lado há emancipação da mulher e sua maior inserção
no mercado de trabalho; de outro lado, há uma dupla jornada da mulher que trabalha
fora e ainda precisa cuidar de seus filhos, não havendo muitas vezes condições so-
ciais e de infraestrutura para existência adequada dessa dupla função.

No Brasil há legislação sobre a necessidade de pais pagarem pensão alimentícia para


o provimento dos filhos ao se separarem, mas nas camadas mais pobres esses direi-
tos comumente são negligenciados. Conforme aponta estudo do IBGE:

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As estatísticas mais recentes sobre as mulheres brasileiras mostram que,
cada vez mais, elas estão presentes no mercado de trabalho e com níveis
de escolaridade mais elevados do que os homens. Estas mudanças in-
fluenciam o comportamento social das mulheres tanto no âmbito público
como no privado. Independentemente de se tratar de casal sem filhos ou
casal com filhos, houve um aumento considerável da proporção de mu-
lheres responsáveis pelos núcleos familiares entre 2002 e 2012. No caso
dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres pas-
sou de 6,1% para 18,9%, nos casais com filhos de 4,6 % passou para 19,4%.
Nas monoparentais, as mulheres sempre foram maioria, proporção que se
mantém no período.

Fonte: IBGE, 2013, p. 73

Segundo dados do Ministério do Trabalho a inserção das mulheres no mercado de


trabalho tem aumentado, chegando a 42,7% no total da população em 2013. Os
fatores para a menor inserção das mulheres em relação aos homens no mercado
de trabalho são bastante variados, desde a opção de não quererem participar do
mercado de trabalho, até mesmo, a proibição por parte do cônjuge, além da neces-
sidade de cuidarem de seus filhos, entre outros motivos.

As mulheres que trabalham formal ou informalmente apresentam salários menores


do que os dos homens. Dados (IBGE, 2013) apontam que o rendimento das mulheres
continua mais baixo do que o dos homens que exercem a mesma função. Afirma o
relatório:

Na perspectiva de gênero, na última década se mantiveram as caracte-


rísticas da desigualdade de rendimento em relação à escolaridade, visto
que a distância entre o rendimento-hora de homens e mulheres aumenta
à medida que avança a escolaridade. No grupo dos mais escolarizados (12
anos ou mais de estudo), as mulheres recebiam em média por hora, 66%
do rendimento dos homens, o mesmo percentual observado em 2002.

Fonte: IBGE, 2013, p. 152

Existe uma diferença marcante quando comparamos a proporção de ocupação dos


homens e das mulheres. As mulheres entram no mercado de trabalho mais tarde,
têm salários menores e trabalhos mais precários, segundo os dados de variadas fon-
tes (IPEA, 2009; IBGE, 2008; 2012; 2013).

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É fundamental a emancipação da mulher, seja a que tem emprego formal ou não. Para
isso, é importante que toda a sociedade brasileira incorpore os avanços nas leis para
refletir, reivindicar e lutar por melhores condições sociais para as mulheres no Brasil.

Os Grupos Etários no Brasil e sua


Condição Social
A sociedade brasileira vem envelhecendo, característica comum em países desen-
volvidos e em países subdesenvolvidos industrializados como o Brasil. Se compa-
ramos a população no início do século XX, esta era formada primordialmente por
crianças e jovens, visto que a taxa de natalidade era alta, a taxa de fecundidade
também (número de filhos por mulher), bem como a expectativa de vida era baixa,
devido às precárias condições de vida, principalmente em áreas rurais.

Atualmente, em nossa sociedade eminentemente urbana, as pessoas vivem


mais devido a diversos fatores, como acesso a serviços básicos de saúde,
vacinação e alimentação. Tal fenômeno acarreta uma nova constituição fa-
miliar e social no Brasil.

Os dados da estrutura etária brasileira, entre os anos de 2000 e 2010, mostram


uma mudança no perfil etário brasileiro, já que a participação do grupo com até 24
anos de idade passou de 48,2% em 2001, para 40,2%, em 2011. Ocorreu ainda um
aumento da participação do grupo com 45 anos ou mais de idade. Isto significa uma
transição demográfica de uma população que, no passado, era formada por maioria
de crianças e adolescentes, mas que atualmente está envelhecendo.

Tal envelhecimento da população brasileira requer políticas públicas para os idosos,


já que além do aumento da porcentagem deles no Brasil há, igualmente, a ampliação
da esperança de vida no país nas últimas décadas.

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Figura 5 – O envelhecimento da população brasileira
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: a imagem mostra duas mãos de um idoso segurando uma bengala. As mãos são enrugadas
e demonstram sinais de envelhecimento. O idoso segura firmemente a bengala, utilizando-a como apoio para
sua mobilidade, na mão direita o senhor usa um anel. Fim da descrição.

No Brasil, em 2003, foi criado o Estatuto do Idoso com a Lei n˚ 10.741, de 1º de ou-
tubro de 2003, que em seu art. 3º expõe:

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público


assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao tra-
balho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência fa-
miliar e comunitária.

Fonte: Brasil, 2003, p. 1

Vivemos em uma sociedade na qual o apelo a ser jovem é muito grande, em que
a aparência tem ganho cada vez mais notoriedade, o que torna árdua a tarefa de
ser idoso. Reconhecer os idosos, em sua totalidade, observando-se as necessidades
especiais de cuidado, atenção, na saúde, de lazer etc. seja da família ou por parte
do governo, é primordial, especialmente à medida em que a população dessa faixa
etária tende a aumentar.

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Já em relação aos jovens no Brasil, algumas Regiões Metropolitanas apresentam alto
número de homicídios entre eles, principalmente, envolvidos em crimes ou aciden-
tes de trânsito, ou que estão vulneráveis e moram em lugares nos quais a criminali-
dade é alta.

Entre 1998-2008 a taxa de homicídio cresceu de 232% para 258%, entre jovens de 15
a 24 anos. Isso reflete a situação de calamidade pública de países que se encontram
em guerra, porém a nossa sociedade trata como se fosse algo normal, corriqueiro, e
assim vamos nos acostumando com a violência.

Importante
É fundamental estabelecer condições sociais que permitam a
todos terem acesso a uma boa educação, prevenção à saúde,
respeito mútuo – independente da classe social, raça, cultura,
sexo e idade, garantindo a todos o acesso básico aos direitos
fundamentais do ser humano.

Este processo passa, necessariamente, pela valorização do ensino e do conheci-


mento como forma de progresso para a sociedade. Os paradigmas atuais da socie-
dade fazem com que muitos jovens não vejam a educação como uma possibilidade
de melhorar na vida, não somente do ponto de vista socioeconômico, mas como
ideal de vida, como possibilidade de ampliação de seus conhecimentos.

Observe os dados da tabela a seguir, na qual se evidencia que muitos jovens, espe-
cialmente, depois dos 18 anos param de estudar.

Quadro 2 – Proporção de Jovens que estudam (2013)

15 a 17 18 a 24 25 a 29 Total
anos anos Anos

Feminino 84,9% 32,8% 12,6%


35,9%
Masculino 84,3% 29,0% 10,5%

Fonte: PNAD/IBGE, 2013.

21
Os mais pobres têm ainda muitos problemas de inserção social e na educação até
o Ensino Superior. Muitos jovens ainda param de estudar, principalmente no Ensino
Médio, eventualmente por necessidade de trabalhar para sustentar suas famílias.
Apesar disso, vem melhorando os dados de escolaridade dos jovens brasileiros: de
1992 a 2013 a proporção de jovens que estudavam de 15 a 17 anos passou de 59,7%
para 84,4%, bem como de 2004 a 2013, na mesma faixa etária que frequentava o
Ensino Médio aumentou de 44,2% para 55,2%.

Por outro lado, muitos jovens preocupados numa sociedade de consumo em “Ter”
mais do que “Ser”, envolvem-se na “cultura da ostentação”, em uma demonstração
de autoafirmação por intermédio de usos de roupas de marcas famosas, da aparên-
cia – como dita a ordem capitalista global.

Mas há também jovens comprometidos com a coletividade, buscando, me-


diante participação política, formal ou não, reivindicar melhorias sociais para
o país. É o caso dos movimentos estudantis secundaristas que no começo
deste século vem lutando por mudanças na escola básica, por mobilidade
urbana, entre outros.

Deve-se ter o cuidado de não encarar a separação entre jovens pobres e ricos ape-
nas pelo viés econômico, mas, igualmente, pelos diferentes pontos de vista originá-
rios de seus ambientes familiares, suas redes de relações, que denotam a riqueza do
universo dos jovens. Como explica a socióloga Mary Garcia Castro (2014):

Adverte-se, portanto sobre o cuidado com análises comparativas que


abstraem história, mentalidades, modelação de subjetividades, tempos
e espaços, ou seja, da relativa distância a ser mantida de expressões co-
muns como “quando eu era jovem”, “no meu tempo”, “nós da heróica ge-
ração dos 60 com um projeto de transformação social e esta juventude
alienada, individualista, narcísica”, etc.’. Mas que juventude, que juventu-
des, em que tempos, a que cenários estamos nos referindo? Que pers-
pectivas apresentam estes tempos, para estas juventudes?

Fonte: Castro, 2014, p. 27

Logo, há diversidade social e cultural no que chamamos de juventude. Assim, não


podemos tipificar toda a juventude como alienada, como individualista. Há diferen-
tes segmentos e grupos em condições bastante distintas no Brasil.

22
Figura 6 – Jovens em movimentos sociais
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: a imagem em preto e branco retrata jovens engajados em um movimento social. Na foto,
duas mulheres estão segurando uma faixa com uma mensagem de protesto ou reivindicação. Ao fundo, é pos-
sível ver outras pessoas participando da manifestação. Fim da descrição.

Há jovens que formam grupos religiosos, de diferentes religiões; há outros que


formam microgrupos nas grandes metrópoles brasileiras, baseados em afinidades
comuns culturais, étnicas ou de ideologias; há aqueles que têm acesso a uma boa
educação e outros que não. Existe muita desigualdade, sobretudo, se compararmos
as periferias urbanas com áreas de segregação de alto status social.

É comum que a juventude busque sempre transgredir, questionar, pertencer a um


grupo, contestando o modo de vida vigente das gerações anteriores, almejando au-
tonomia e autoafirmação.

23
Importante
Se por um lado é necessário estabelecer limites na vida social
dos jovens, ao mesmo tempo, é importante a renovação nas
formas de encarar o mundo que a juventude proporciona. É es-
sencial garantir a existência de uma rede de apoio social e fami-
liar, seja na educação formal, na proteção à saúde para o jovem
e adolescente, principalmente, em relação à sexualidade e pre-
venção à saúde em geral, bem como equipamentos sociais, de
cultura e lazer.

Em relação ao mercado de trabalho, tanto no Brasil quanto em outros países, vem


se disseminando a ideia de discutir o que é a “juventude”, como também políticas
públicas que tratem desse grupo em relação à sua inserção no mercado de trabalho.

Nesse caso, é necessário considerar a Convenção da Organização das Nações Unidas


(ONU), em 1989, que proibiu a exploração econômica de crianças até 18 anos, bem
como da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1999, que aprovou a Conven-
ção nº 182 sobre as piores formas de trabalho infantil, para as demais faixas etárias é
primordial considerar as legislações vigentes no Brasil.

Os reflexos dessas políticas internacionais se fizeram sentir no Brasil, com a


criação do “Estatuto da Criança e do Adolescente” (ECA) pela Lei n˚ 8.069, de
13 de julho de 1990. Cabe ressaltar que tal norma ocorre de diferentes mo-
dos, conforme os grupos sociais e raciais, bem como mediante uma análise
espacial. Verificamos que há contradições entre leis e a análise empírica de
sua concretização no território brasileiro.

Em relação aos jovens que moram no campo, muitos pensam em migrar para a
cidade em virtude da maior possibilidade de ter uma formação, emprego, por conta
do menor acesso à infraestrutura no campo. Muitos gostariam de ter uma vida no
campo, mas acabam migrando em alguns casos pela falta de condições de perma-
necer e ampliar seu horizonte social e econômico nas áreas rurais.

24
Em relação aos jovens negros, estabelecem-se inúmeros problemas, que refletem
as desigualdades de acesso aos negros no Brasil. Como explicam Matijascic e Silva
(2016):

As desigualdades raciais marcam profundamente a sociedade brasileira,


reproduzindo-se ao longo do tempo por meio de mecanismos presentes
em vários campos da vida social. São os negros os mais pobres, os menos
escolarizados e os que padecem com o racismo estrutural, o que redunda,
sobretudo, na ocupação de espaços mais precários no mundo do trabalho.
Este ciclo vicioso perpassa diversos espaços da vida social e sua continui-
dade permite, além de perpetuar a exclusão dos negros, a naturalização
e a invisibilidade deste fenômeno. Este mecanismo, por conseguinte, cria
obstáculos para o avanço da temática racial nas agendas pública e gover-
namental. É imprescindível interromper o ciclo perverso da exclusão social
com base na raça, e, para isto, a juventude tem papel fundamental.

Os negros ganham menos que os brancos no Brasil, estudam menos e tem menor
renda. Programas do governo federal instituídos no começo do século XXI, caso
do Programa Universidade Para Todos (Prouni), e as Cotas Raciais instituídas em
algumas Universidades vêm desempenhando um papel para inserir alguns jovens
pobres no Ensino Superior e permitir que alguns jovens negros alcancem a mesma
condição.

Embora tenha havido políticas públicas buscando inserir os jovens por meio da edu-
cação e do trabalho, há ainda muito a ser feito no Brasil, tanto em relação aos jovens,
quanto aos idosos. Uma sociedade que não valoriza o professor, o idoso, a mulher,
e na qual a educação é concebida como algo menos importante, não pode diminuir
as desigualdades existentes.

É importante repensar nossas práticas cotidianas, na escola, no trabalho buscando


diminuir o preconceito, dando oportunidades a todos de terem acesso a uma boa
educação e a melhores condições de trabalho. É essencial, também, políticas públi-
cas visando minimizar os efeitos da exclusão social no Brasil.

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Material Complementar

Sites
Notícias do Censo 2010
https://bit.ly/3DHxSuJ
Anuário Estatístico do Brasil
https://bit.ly/3q9dlfH

Vídeos
IPEA Apresenta Pesquisa sobre os Valores da População e a Estrutura Social
no Brasil
https://youtu.be/8GkpvLvIfhs
Eu, Idoso
https://youtu.be/y-YZxSWv9U0

Leitura
Dimensões da Experiência Juvenil Brasileira e Novos Desafios às Políticas
Públicas
https://bit.ly/3OEpKS2

26
Referências

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