6 Reconquista
6 Reconquista
6 Reconquista
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2 3 A OPORTUNIDADE
3 A oportunidade
As espadas de aço eram a arma mais comum. A cavala- aproximação dos soldados (umas vezes mouros, outras
ria usavam as espadas longas de dois gumes, a infantaria vezes cristãos), os aldeões faziam como em Coimbra:
usavam as espadas curtas de um gume. As guardas eram refugiavam-se nos montes e voltavam depois para cons-
reta ou semicircular, mas sempre altamente ornamenta- truir novas choupanas e continuar as sementeiras. E estas
dos com padrões geométricos. As lanças e dardos eram dificuldades iam fortalecendo o poder popular. As con-
de até 1,5 metros de comprimento e tinha uma ponta de dições sociais desta época são pouco conhecidas. Apesar
ferro. O machado de duas lâminas, feito de ferro, e com disso, há indicações de conflitos sociais violentos entre os
30 cm de comprimento e extremamente afiado e possuir servos e os senhores feudais.
uma grande vantagem, foi projetado para ser igualmente
útil como uma arma de arremesso ou no combate corpo
a corpo. As maças e os martelos não eram comuns, mas
alguns espécimes permaneceram, e são pensados para ter
sido usado por membros da cavalaria.
Finalmente, os bandos de mercenários foram um fator
importante, como muitos reis não tinham soldados sufici-
entes disponíveis. Os escandinavos, os lanceiros flamen-
gos, os cavaleiros francos, os arqueiros montados mouros
e a cavalaria ligeira berbere foram os principais tipos de
mercenário disponível e utilizado no conflito.
6 As mudanças tecnológicas
Este estilo de guerra permaneceu dominante na península
Ibérica até o final do século XI, quando expressa as tá-
ticas da lança pesada de cavalaria pesada chegaram da
França, embora as técnicas tradicionais de arremessos de Os cristãos consideravam que o seu protector era Santiago (ainda
dardos com cavalos continuaram a ser usados. Nos sécu- hoje patrono da Espanha), apelidado de Santiago Matamouros.
los XII e XIII, os soldados normalmente carregava uma
espada, uma lança, um dardo, e quer um arco e flechas
ou uma besta e virotes/setas. A armadura consistia de
A Crónica Sebastianense e a crónica Albeldense falam-
uma cota de malha sobre um casaco de couro acolcho-
nos de uma revolta de libertinos, isto é, descendentes de
ado, estendendo-se pelo menos até os joelhos, um elmo
antigos escravos. Diz que se revoltaram contra os senho-
ou um capacete de ferro, e as braçadeiras para proteger
res mas foram vencidos e «reconduzidos à escravidão».
os braços e os coxetes para as coxas, feitos de couro ou
Em alguns casos, as populações revoltavam-se após a in-
metal.
corporação dos territórios em que habitavam no domí-
Os escudos eram redondos ou triangulares, feito de ma- nio cristão. Essas revoltas não eram de carácter religioso:
deira, coberto com couro, e protegido por uma faixa de não existem indícios de uma profunda adesão dos povos
ferro, os escudos dos cavaleiros e nobres suportaria o em- ao credo islâmico. Mas os «reconquistadores» não acei-
blema de armas da família. Os cavaleiros andava tanto tavam as organizações dos vizinhos que, entretanto, se
no estilo muçulmano, a la ginete (ou seja, o equivalente tinham enraizado.
a um assento de jóquei moderno), um cinto de estribo
curto e joelhos permitidos para um melhor controle e ve-
locidade, ou no estilo francês, a la brida , uma cinta de
estribo longo permitiu mais segurança na sela (ou seja, o
equivalente ao assento de cavalaria moderna, que é mais 7.1 Santiago Mata-Mouros
seguro) quando atua como uma cavalaria pesada. Os ca-
valos foram ocasionalmente também equipados com uma
cota de malha. De acordo com outras tradições, Santiago teria apare-
cido miraculosamente em vários combates travados em
Hispânia durante a Reconquista Cristã, sendo a partir de
então apelidado de Matamoros (Mata-Mouros). Santiago
7 Os ataques y cierra España foi desde então o grito de guerra dos exér-
citos da península. Santiago era também protector do
As razias eram feitas nos lugares onde os saques podiam exército português até à crise de 1383-1385, altura em
ser compensadores, e o facto de se repetirem várias ve- que o seu brado foi substituído pelo de São Jorge, trazido
zes mostra que as populações estavam enraizadas. À pelos ingleses contra as hostes espanholas.
8.1 Portugal na Reconquista 5
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