Unidade II
Unidade II
Unidade II
Revisão Textual:
Maria Cecília Andreo
Zoonoses Transmitidas por
Alimentos – DTA
• Classificação;
• Bactérias Envolvidas nas DTAs;
• Vírus envolvidos em DTAs;
• Patógenos Parasitários Implicados em DTAs.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer as principais doenças transmitidas por alimentos e a importância na saúde pública;
• Saber classificar as DTAs e diferenciá-las entre toxinfecção, intoxicação ou infecção alimentar.
UNIDADE Zoonoses Transmitidas por Alimentos – DTA
Contextualização
A preocupação com a produção de alimentos de qualidade é tão antiga como a história
do homem na Terra. A urbanização, o crescimento expressivo da população mundial e
a necessidade de produzir alimentos em grande quantidade e armazená-los tornaram o
consumo de alimento muito sensível à presença de organismos causadores de doenças,
entre elas, zoonoses, as quais denominamos doenças transmitidas pelo alimento (DTA).
Nesta unidade, vamos estudar algumas doenças cuja principal via de transmissão é o
alimento, embora saibamos que algumas delas podem ser transmitidas por outras vias.
É importante saber que a presença de um agente patogênico nem sempre determinará
a ocorrência de uma DTA.
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Classificação
As doenças transmitidas por alimentos (DTAs) podem ser causadas por bactérias,
parasitas e vírus e são classificadas em:
• Intoxicação (toxinose): ocorre pelo consumo de alimentos que contêm toxinas
bacterianas (exotoxinas) produzidas durante o crescimento desses micro-organismos
nos alimentos. Exemplos: Clostridium botulinum, Staphylococcus aureus, Bacillus
cereus (emética);
• Infecção: ocorre pelo consumo de alimentos contaminados com micro-organismos
patogênicos vivos passíveis de crescer no trato gastrointestinal, irritar a mucosa e
invadir outros tecidos;
• Toxinfecção: é um tipo de DTA adquirida a partir da ingestão de alimentos con-
taminados por micro-organismos patogênicos que produzirão toxinas no trato
gastrointestinal.
Etiologia
O gênero Staphylococcus é caracterizado como cocos gram-positivos, anaeróbio
facultativo, com arranjo predominantemente em cachos e positivo na prova da catalase.
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Patogenia
Para o início da infecção, é necessária uma carga bacteriana entre 105 e 106 bactérias
por grama de alimento, gerando 0,02 a 1 µm/g de toxinas no alimento. Após a inges-
tão, entre 1 e 6 horas (média de 3 horas), a sintomatologia apresenta-se com náuseas,
vômito, dores abdominais e, ocasionalmente, acompanhada de diarreia.
Epidemiologia
De 30% a 35% da população é portadora de Staphylococcus na região de nasofaringe.
Além disso, o Staphylococcus faz parte da microbiota cutânea e está relacionado com der-
matites purulentas, portanto, o manipulador de alimento é a principal fonte de infecção.
O bovino de leite (vaca com mastite) é o principal reservatório para o homem. Os alimen-
tos que apresentam em sua constituição leite, ovos ou aqueles intensamente manipulados,
como maionese, massa de pastel, creme de padaria e derivados lácteos, como leite em pó,
são as principais vias de transmissão.
Diagnóstico
Para o diagnóstico definitivo, deve-se fazer o isolamento bacteriano dos possíveis
alimentos incriminados e demonstração da presença da toxina.
Medidas Preventivas
Para a prevenção das intoxicações por toxinas estafilocócicas são necessários tanto o
controle dos alimentos de origem animal, principalmente o do leite em nível de fazenda
e laticínio, como a implantação de medidas higiênicas na manipulação de alimentos.
Botulismo
O botulismo é a toxinfecção de origem alimentar mais grave. Quase sempre de caráter
fatal, está relacionado aos alimentos enlatados em más condições de higiene e mantidos
em condição de anaerobiose.
Etiologia
O micro-organismo responsável pela produção de toxina botulínica é o Clostridium
botulinum. Seu habitat é o trato gastrointestinal de herbívoros e aves. Ele é carac-
terizado como um bacilo gram-positivo, imóvel, sem cápsula, esporulado, anaeróbio
estrito. Seus esporos resistem à temperatura de 100 °C, por 6 horas, e à de 120 °C, por
3 a 4 horas, sendo, então, extremamente resistente às condições térmicas, favorecendo
sua permanência após o processamento térmico.
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A toxina
A toxina botulínica é termolábil, classificada em 7 sorotipos: A, B, C, D, E, F e G.
Para o homem, os sorotipos mais importantes são: A, B e E; e para os animais, os soro-
tipos C e D. A toxina botulínica é extremamente potente, sendo que a dose letal mínima
para camundongos está entre 0,4 e 2,4 ng por animal.
Patogenia
Após a ingestão da toxina pré-formada, ela é distribuída por todo o organismo e
exerce sua ação farmacológica nas terminações nervosas dos nervos periféricos, cujo
neurotransmissor é a acetilcolina. Ocorre paralisia flácida progressiva, pela inibição
da liberação da acetilcolina nas junções neuromusculares. O óbito ocorre por parada
respiratória. Os sintomas são observados após 3 a 36 horas da ingestão. Também é
possível a intoxicação por produção da toxina após contaminação de feridas e pela
colonização do trato intestinal de crianças com produção endógena de toxina botulí-
nica e posterior absorção.
Epidemiologia
No ambiente, esporos de Clostridium botulinum são encontrados no solo, em rios,
sedimentos oceânicos e no trato intestinal de mamíferos e aves. A via de transmissão é
por alimento, sendo susceptíveis, além do homem, os animais domésticos.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito demonstrando a toxina no alimento e no paciente por meio de
técnicas como a soroneutralização da toxina testada em camundongos com anatoxinas
(anticorpos) específicas.
Ações Profiláticas
São ações de prevenção a destruição dos esporos nos alimentos pelo aquecimento
ou por radiação; a inibição do crescimento da forma vegetativa nos alimentos por meio
da redução do pH, pela limitação da quantidade de água, pela redução da temperatura
durante o armazenamento; a inativação da toxina pré-formada, por cocção ou utilizando
inibidores químicos. Também é fundamental a educação sanitária da população, visando
inibir o consumo de alimentos de procedência desconhecida.
Salmonelose
Etiologia
O gênero Salmonella pertence à família Enterobacteriaceae. É um bacilo gram-
-negativo, não produtor de lactose, produtor de gás a partir da fermentação de açúca-
res, produtor de H2S e móvel com flagelos peritríquios. Sua classificação é confusa e
vem sendo mudada constantemente. Admite-se, hoje, a existência de duas espécies:
S. entérica, dividida em seis subespécies (enterica, salamae, arionae, diarizonae,
houtenae e indica), e S. bongori. Esse esquema tem sido pouco útil e o que se utiliza,
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Patogenia
A dose infectante é variável, dependendo do sorotipo. O período de incubação
está entre 14 e 48 horas, com média de 18 horas; a ação é exercida na mucosa do
trato gastrointestinal.
Sintomas
No homem, os sintomas são náuseas, vômitos, dor de cabeça, diarreia e febre. A fase
mais aguda ocorre por volta de dois dias. A excreção da salmonela nas fezes ocorre por
8 semanas e pode permanecer na vesícula biliar por até 6 meses.
Diagnóstico
Para o diagnóstico, é importante realizar inquérito epidemiológico para descobrir o
alimento responsável e levantar os fatores que propiciaram o surto. Para o diagnóstico
específico no paciente, deve-se realizar coprocultura.
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Epidemiologia
As principais fontes de infecção para o homem são suínos e aves, podendo qualquer
animal servir como fonte de infecção. O estresse do transporte e do abate favorece a
infecção nos animais. Enquanto na granja de suínos 7% dos animais têm salmonela,
após 48 horas no abatedouro, 25% apresentam-na e, após o abate, mais de 50% das car-
caças estão contaminadas (Figura 1). Para as aves, o processamento pós-abate favorece
a contaminação das carcaças, devido aos equipamentos que retiram as penas e fazem a
evisceração, ao tanque de resfriamento e à manipulação.
Fezes Ingestão
Ingestão de
alimentos de origem Água e vegetais
animal
Homem Homem
Rota feco-oral
(Hospitais)
Medidas Preventivas
Para a prevenção da salmonelose, deve-se autoclavar os subprodutos de origem ani-
mal utilizados para alimentação animal. Deve-se fazer o armazenamento correto dos
alimentos antes da manipulação, garantir a correta higiene do manipulador de alimentos
bem como controlar animais invertebrados.
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Ciclo da Rotavirose
A transmissão se dá através da água e do contato direto com doentes e fômites. O vírus
se multiplica, causando infecção no intestino delgado, destruindo as células, diminuindo
a absorção (vilosidades) e aumentando a secreção (criptas). O período de incubação é de
menos de 48 horas. Os principais sintomas aparecem entre 3 e 7 dias, e são eles diarreia,
vômito, dor abdominal e náusea.
Hepatite A
É causada por um vírus da família Picornaviridae, um vírus RNA, fita simples, de
capsídeo icosaédrico, não envelopado. Seu período de incubação é de 2 a 6 semanas,
com duração de sinais clínicos de 3 semanas. Geralmente é assintomático, mas pode-
mos observar icterícia, cansaço, tontura, náusea e/ou vômito, febre, dor abdominal,
urina escura e fezes esbranquiçadas.
Ciclo da Hepatite A
O modo de transmissão é fecal-oral, contato direto com indivíduos contaminados ou
com fômites. Ao ingerir água ou alimento, o vírus se replica na orofaringe e no trato
gastrointestinal. O fígado é considerado o ciclo de replicação do vírus, que posterior-
mente é eliminado pela bile.
Patógenos Parasitários
Implicados em DTAs
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, um
parasita intracelular obrigatório cuja transmissão está relacionada ao consumo de carne
e ao contado com ambiente contaminado com fezes de felinos. É uma infecção bastante
comum, com desenvolvimento da doença bem raro; é a doença parasitária cosmopolita
mais comum que acomete o homem e vários animais. Acomete carnívoros, herbívoros,
insetívoros, roedores, suínos, primatas e outros mamíferos e aves. Aproximadamente 200
espécies de mamíferos e aves são infectadas por esse parasita. É menos infectivo e pato-
gênico para o hospedeiro definitivo quando comparado com o hospedeiro intermediário.
Epidemiologia
A toxoplasmose é uma doença cosmopolita; um terço da população humana teve
contato com o agente e possui anticorpos anti-T. gondii.
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O hospedeiro definitivo é o gato, que elimina, pelas fezes, oocistos que, entre um e
cinco dias, tornam-se esporulados e infectantes. Os oocistos esporulados podem sobre-
viver por longos períodos em condições moderadas de temperatura e umidade. No solo,
podem ser mecanicamente transmitidos por moscas, besouros etc. e podem sobreviver
por longos períodos sobre frutas e vegetais.
Etiologia
O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório. O ciclo de vida do para-
sita é heteroxeno facultativo. O ciclo de vida inclui:
• Reprodução assexuada, que ocorre no hospedeiro intermediário (HI) e no hospe-
deiro definitivo (HD);
• Reprodução sexuada por gametogonia, fazendo ciclo enteroepitelial no gato domés-
tico e em outros felinos (HD).
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Reprodução Assexuada
Bradizoítos Taquizoítos
nos cistos
Transmissão
Reativação vertical
Hospedeiro Intermediario (Mamíferos e Aves)
Feto
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Patogenia
O parasita invade o epitélio intestinal e vários tipos celulares, particularmente células
mononucleares, multiplicam-se por reprodução assexuada e disseminam-se por via san-
guínea ou linfática. Os taquizoítos invadem os tecidos muscular e nervoso (cérebro) e as
vísceras. Uma vez dentro da célula, multiplicam-se por fissão binária. Os taquizoítos livres
podem atravessar a placenta e infectar o feto (transmissão vertical). Isso só ocorre nas
fases iniciais da infecção primária, quando não há resposta imune, e em fêmeas que ad-
quirem o parasita durante a gestação. Uma vez nos tecidos e coincidindo com o início da
resposta do sistema imune, os bradizoítos fazem reprodução por endodiogenia de forma
lenta, ocorrendo a formação dos cistos em vários tecidos, principalmente no muscular e no
nervoso, particularmente no cérebro, levando à fase crônica da doença. Os cistos podem
permanecer viáveis por muitos anos, protegidos da resposta imunológica que não é capaz
de eliminá-los. Em imunodeprimidos, o cisto pode se romper, os bradizoítos readquirem as
características invasivas dos taquizoítos, podendo ocorrer disseminação fatal do parasita.
Doença no homem
A toxoplasmose humana é rara, geralmente assintomática. A infecção congênita e a
infecção adquirida por imunodeprimidos são de grande importância em saúde pública.
Em humanos, 1% apresenta sintomas clínicos que podem persistir por semanas ou me-
ses e, em alguns casos, por anos. Pode ocorrer cefaleia, febre, hemiparesia, dor muscular
e nas articulações, convulsões, coma, morte. As lesões mais graves, como retardo mental,
problemas de visão, estrabismo e problemas de audição, ocorrem no feto humano.
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UNIDADE Zoonoses Transmitidas por Alimentos – DTA
Nos cães, a doença é rara. Quando ocorre, é semelhante ao quadro felino, podendo
aparecer na forma de moléstia multissistêmica grave (geralmente fatal) ou como moléstia
localizada nos sistemas nervosos central e periférico.
Diagnóstico
Em felinos, o diagnóstico depende da fase da doença. Exames coproparasitológicos
demonstram a presença de oocistos nas fezes pela técnica de concentração de oocistos
por flutuação Willis e centrífugo-flutuação em sacarose, porém animais com infecção
latente não são positivos nessa prova.
A sorologia pode ser de grande valia, porém, carece de apurada análise dos resul-
tados. Infecções recentes podem ser demonstradas pela presença de IgM ou pela so-
roconversão da IgG. De maneira complementar ou alternativa à imunologia, é possível
demonstrar a presença do agente no líquido cefalorraquidiano pela técnica da reação de
polimerase em cadeia (PCR). Em humanos, o diagnostico é clínico e confirmado pela
sorologia ou PCR.
Prevenção e controle
As medidas preventivas estão relacionadas ao hospedeiro definitivo, visando impedir sua
infecção, ao ambiente, onde se deve impedir a presença de oocistos, e ao homem, que não
deve entrar em contato com oocistos do ambiente nem ingerir cistos presentes em carnes.
Um problema sério são os tanques de areia de escolas e parques, que devem ser pro-
tegidos da presença de animais e ter a areia substituída frequentemente.
Mulheres gestantes devem evitar o contato com gatos, solo ou carne crua e realizar
sorologia para toxoplasmose no exame pré-natal.
Os gatos devem ser alimentados somente com ração e nunca com carnes cruas. Os
animais devem ser impedidos de sair de casa. Suas fezes devem ser retiradas diariamente
para evitar a esporulação dos oocistos.
Complexo Teníase-Cisticercose
A teníase é uma parasitose causada pela fase adulta dos helmintos Taenia solium e
Taenia saginata, já a cisticercose é causada pela fase larvar desses helmintos, causando
sérios problemas, principalmente quando instalados no Sistema Nervoso Central. É uma
zoonose transmitida por alimento típica de locais com déficit de higiene pessoal e sanea-
mento básico.
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Etiologia
Nessa zoonose, temos duas espécies envolvidas, Taenia solium e Taenia saginata.
A T. solium vive cerca de 3 anos, podendo alcançar até 20 a 25 anos, e a T. saginata
vive cerca de 10 anos, podendo chegar a 30 anos. Os ovos, em temperatura entre 20 °C
e 30 °C, a uma umidade entre 50% e 80% e na sombra, sobrevivem em torno de 4 a 6
meses. O homem é o único hospedeiro da forma adulta dessas espécies. A fase larvar
da T. solium é conhecida como Cysticercus cellulasae, cujo hospedeiro é o suíno, e a da
T. saginata, cujo hospedeiro é o bovino, é conhecida como Cysticercus bovis.
Ciclo da Taenia
O clico da Taenia está ilustrado na Figura 4. A fase adulta está sempre no homem,
que elimina, pelas fezes, proglotes grávidas (Figura 5) e ovos (Figura 6). Estes vão ficar
no ambiente, contaminando solo e vegetais. Suínos e bovinos, em contato com o solo,
durante o pastejo, ingerem os ovos, que vão migrar pela corrente circulatória, trans-
formando-se em larvas (cisticerco), ficando quiescentes na musculatura. O homem, ao
ingerir carne suína ou bovina malcozida, vai digerir o cisticerco que, no intestino, entra
na fase adulta. Um ciclo errático pode ocorrer quando o homem ingere ovos de Taenia
e, como o hospedeiro intermediário, alberga a fase larvar na musculatura ou no Sistema
Nervoso Central.
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Patogenia
A teníase ocorre após a ingestão da fase larvar; há a desenvaginação do escólex no
intestino delgado pela ação da bile e do suco digestivo; ocorre a fixação do escólex na
mucosa intestinal, que se transforma em adulto entre 60 e 70 dias. Os sintomas são
derivados da ação irritativa e traumática com inflamação. Os sintomas observados são a
descarga de proglotes, dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, aumento
de apetite, dores de cabeça, constipação, tontura, diarreia e prurido anal.
A cisticercose pode ocorrer por heteroinfecção por ingestão de alimentos com ovos,
por autoinfecção, quando o indivíduo com teníase leva à boca ovos, ou por autoinfecção
endógena, quando ocorre o refluxo intestinal, levando os ovos para o estômago e, poste-
riormente, ao intestino.
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a vesícula observa-se lise tecidual com reação inflamatória local e ação antigênica,
podendo ficar vivo por anos. Nos animais, a cisticercose é assintomática, ao passo que,
em humanos, o prognóstico é reservado, ocorrendo transtornos nervosos e opacidade
do globo ocular.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico depende de confirmação laboratorial. Em tecidos, o cisticerco
pode ser evidenciado por técnicas de imunodignóstico, como a imunofluorescência.
Em humanos, a cisticercose pode ser evidenciada por exames por imagem. Para o
diagnóstico da teníase, deve-se proceder à pesquisa de proglotes e ovos nas fezes.
Prevenção e controle
A prevenção está baseada na eliminação do estado de portador da fase adulta,
por tratamento com anti-helmínticos, e em medidas higiênico-sanitárias, como higiene
pessoal, inspeção sanitária das carcaças para consumo humano e saneamento básico.
A população deve ser advertida de que deve consumir exclusivamente carne inspecio-
nada e bem cozida. Em locais não urbanizados, a construção de fossa séptica deve ser
instituída, o destino adequado das fezes humanas deve ser estimulado e elas nunca
devem ser utilizadas como adubo orgânico.
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UNIDADE Zoonoses Transmitidas por Alimentos – DTA
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Controle de Salmonella Enteritidis na Avicultura
https://bit.ly/39X5yWJ
Salmonella Enteritidis em Aves: Retrospectiva no Brasil
https://bit.ly/2PNWnRL
Programas de Controle da Toxoplasmose Congênita
https://bit.ly/3wFDOjl
Intoxicação Estafilocócica em Restaurante Institucional
https://bit.ly/2PPf2N1
Botulismo de Origem Alimentar
https://bit.ly/3dN2jSY
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Referências
ACHA, P. N.; SZYFRES, B. Zoonoses and communicable diseases common to
man and animals. 3. ed. Washington: Pan American Health Organization, 2001.
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