Protocolo de Kyoto

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Protocolo de Kyoto

As preocupações acerca do aquecimento global e das mudanças climáticas que se davam já em


ritmo acelerado na segunda metade do século XX resultaram em uma série de conferências
ambientais e climáticas com o propósito de elaborar medidas a fim de frear tais mudanças e
promover um tipo de desenvolvimento que cause menos impactos negativos no meio ambiente,
o que mais tarde foi chamado de desenvolvimento sustentável.
Uma dessas reuniões foi a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento ou ECO-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1992. Importantes
resoluções e documentos foram aprovados no âmbito dessa conferência, entre os quais estava a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, conhecida como UNFCC
(sigla em inglês). O Protocolo de Kyoto foi aprovado na terceira reunião da Conferência das
Partes (COP), órgão decisório da UNFCC, que aconteceu na cidade de Kyoto, no Japão, em
dezembro de 1997, e contou com a presença de representantes de quase 160 países. A COP3,
como ficou conhecida, alertou sobre a necessidade de se agir imediatamente a respeito do
problema crescente e já à época reconhecido pela ciência que é o aquecimento global.

O Protocolo de Kyoto teve como principal objetivo o estabelecimento de metas e acordos que
versavam sobre a redução da emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, entre os quais
está o dióxido de carbono (CO2), o que contribuiria, assim, para a diminuição do aquecimento
global. O cumprimento dessas metas foi imposto sobretudo aos países desenvolvidos ou
industrializados, que eram, à época da elaboração desse acordo internacional, responsáveis
por mais da metade das emissões de CO2 em escala mundial.
O Protocolo de Kyoto foi originalmente assinado por mais de 190 países e territórios. A
ratificação do acordo original, ato que confirma a adesão ao compromisso, e também a sua
prorrogação, em 2012, não abrangeram todos os signatários. Entre os países que aderiram,
estavam a União Europeia, o Japão, o Brasil e a Rússia. O Protocolo de Kyoto obteve amplo
alcance entre os países, mas o balanço que se faz é de que ele não alcançou os resultados
almejados, o que se deveu ao descompasso entre as metas estabelecidas para nações
desenvolvidas e em desenvolvimento. Esse foi o motivo que nações como os Estados Unidos
alegaram para deixar o acordo e, mais tarde, essa atitude levou o Canadá também a resignar-se
dos termos do protocolo.

O Protocolo de Kyoto previa metas distintas para os países desenvolvidos e para os países em
desenvolvimento. Para as nações desenvolvidas, 37 no total, o documento previa a redução de
pelo menos 5,2% nas emissões de gases do efeito estufa, principalmente de gás carbônico.
Esse valor foi calculado levando em consideração as emissões do ano de 1990, e a
porcentagem final variava de acordo com o país. Já os países em desenvolvimento, como o
Brasil, a China, a Índia e o México, não possuíam metas e compromissos definidos para serem
cumpridos, ficando a cargo de cada um deles a adoção de medidas que poderiam contribuir de
forma positiva para a amenização do aquecimento global.

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