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Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FUGA.

FALTA
GRAVE. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. PRELIMINAR. NULIDADE. A fuga
de estabelecimento carcerário, não devidamente justificada, configura, em tese, falta grave,
definida no art. 50, II da LEP, ensejando a aplicação dos consectários. No entanto, o § 2° do
art. 118 da LEP exige a oitiva do apenado em audiência de justificação, antes da deliberação
sobre cometimento de falta grave. Indispensabilidade da designação
de audiência de justificação, entendimento majoritário desta E. Corte Estadual. Precedentes.
Justificativa a ser prestada em audiência especialmente designada para apuração de falta
grave específica, ou seja, fuga do estabelecimento prisional. Inobservância de comando de lei
expresso. Princípios da estrita legalidade, do contraditório e da ampla defesa.
Imprescindibilidade da medida. Preliminar defensiva acolhida. Decisão cassada devendo outra
ser proferida, após a oitiva do apenado em audiência de justificação. PRELIMINAR
ACOLHIDA. DECISÃO CASSADA. DETERMINAÇÃO DE DESIGNAÇÃO E REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO DO PRESO, NOS TERMOS DO § 2º DO ART. 118 DA
LEP, OPORTUNIZANDO A MANIFESTAÇÃO DAS PARTES ANTES DA DELIBERAÇÃO
SOBRE A FALTA GRAVE. MÉRITO DO AGRAVO PREJUDICADO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70083331439, Oitava Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Fabianne Breton Baisch, Julgado em: 18-12-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. POSSE DE APARELHO CELULAR. AGIR


RECONHECIDO COMO FALTA GRAVE SEM PRÉVIA REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. EM QUE PESE INSTAURADO, CONCLUÍDO E
HOMOLOGADO O PAD, A AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO É IMPRESCINDÍVEL DE MODO
A PROPICIAR AO APENADO JUSTIFICAR SUA CONDUTA E EXERCER SUA DEFESA. A
REALIZAÇÃO DO PAD NÃO AFASTA A NECESSIDADE DE APURAÇÃO JUDICIAL DA
FALTA. EXIGÊNCIA DO ARTIGO 118 §2º DA LEP. DECISÃO QUE VAI DESCONSTITUÍDA.
DETERMINADA REALIZAÇÃO DA SOLENIDADE. EXAME DO MÉRITO DO RECURSO
PREJUDICADO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082799545, Quarta Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Newton Brasil de Leão, Julgado em: 28-11-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBOS. FUGA E


PRÁTICA DE NOVO FATO DEFINIDO COMO CRIME DOLOSO NO CURSO DO
CUMPRIMENTO DA PENA. DECISÃO QUE POSTERGOU A ANÁLISE DAS FALTAS PARA
QUANDO DO DESLINDE DA AÇÃO PENAL CUJO CRIME ESTÁ SENDO
APURADO. NECESSIDADE DE A MAGISTRADA DA EXECUÇÃO CRIMINAL DELIBERAR
ACERCA DAS SUPOSTAS FALTAS COMETIDAS. Presentes hipóteses fáticas que
constituam, em tese, faltas graves, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo
Juízo a quo. Contudo, antes de deliberar acerca das supostas faltas, imperiosa a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e de sua defesa, bem como do
Ministério Público a fim de que sejam asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e
pelo Art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal. RECURSO PROVIDO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70082505173, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 21-11-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBOS. FUGA E


PRÁTICA DE NOVO FATO DEFINIDO COMO CRIME DOLOSO NO CURSO DO
CUMPRIMENTO DA PENA. DECISÃO QUE POSTERGOU A ANÁLISE DAS FALTAS PARA
QUANDO DO DESLINDE DA AÇÃO PENAL CUJO CRIME ESTÁ SENDO
APURADO. NECESSIDADE DE A MAGISTRADA DA EXECUÇÃO CRIMINAL DELIBERAR
ACERCA DAS SUPOSTAS FALTAS COMETIDAS. Presentes hipóteses fáticas que
constituam, em tese, faltas graves, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo
Juízo a quo. Contudo, antes de deliberar acerca das supostas faltas, imperiosa a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e de sua defesa, bem como do
Ministério Público a fim de que sejam asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e
pelo Art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal. RECURSO PROVIDO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70082505173, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 21-11-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.


ROUBOS. NECESSIDADE DE O JUÍZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL
DESIGNAR AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO ANTERIORMENTE À ANÁLISE DA SUPOSTA
FALTA GRAVE PRATICADA PELO APENADO. Presente hipótese fáticas que constitui, em
tese, falta grave, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo Juízo a quo. Antes de
deliberar acerca da suposta falta grave, imperiosa a realização de audiência de justificação,
com a presença do apenado e sua defesa, bem como do Ministério Público, a fim de que sejam
asseguradas ao reeducando as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º, da
Lei de Execução Penal. Neste mister é reformada a decisão recorrida a fim de que a
Magistrada designe audiência de justificação e analise o mérito da eventual falta grave
cometida pelo apenado no curso do cumprimento da pena. RECURSO PROVIDO, EM PARTE.
(Agravo de Execução Penal, Nº 70082777426, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 21-11-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES


CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO MAJORADO. FUGA E COMETIMENTO DE FATO
PREVISTO COMO CRIME DOLOSO NO CURSO DA EXECUÇÃO DA
PENA. NECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PARA
APURAÇÃO DAS FALTAS GRAVES. Presente hipótese fática que constitua, em tese, falta
grave, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo Juízo a quo. Contudo, antes de
deliberar acerca das supostas faltas graves, imperiosa a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e sua defesa, bem como do
Ministério Público, asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º,
da Lei de Execução Penal. Neste mister é reformada a decisão recorrida para que proceda, o
juízo a quo, à designação de audiência de justificação, e a posterior análise do mérito das
eventuais faltas graves cometidas pelo apenado no curso do cumprimento da pena. RECURSO
PROVIDO, EM PARTE.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082719576, Sétima Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 21-11-
2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. POSSE DE CELULAR. AUSÊNCIA


DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. FALTA GRAVE AFASTADA. MATÉRIA ARGUIDA EM
PRELIMINAR PELO PROCURADOR DE JUSTIÇA PRECLUSA. Foi comunicado, através do
PAD 9832/2018, a posse de dois aparelhos de telefone celular com o apenado, ocasião em que
reconhecida a prática de falta grave e determinada a alteração da data-base. Esta Câmara
Criminal, contudo, possui entendimento firmado no sentido de necessidade de prévia
realização de audiência de justificação, nos termos do art. 118, § 2º, da LEP, para o
reconhecimento da falta grave, o que não ocorre no caso dos autos. Quanto à matéria, não
houve insurgência ministerial no prazo recursal, estando, portanto, atingida pela preclusão.
Eventual acolhimento da preliminar arguida pelo Procurador de Justiça, em 2º grau, poderia vir
em prejuízo ao apenado, uma vez que a decisão, na forma como se apresenta, impõe o
afastamento da grave e dos consectários legais. Preliminar rejeitada. AGRAVO PROVIDO.
(Agravo de Execução Penal, Nº 70082823451, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry, Julgado em: 21-11-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. INSURGÊNCIA MINISTERIAL. PRISÃO DOMICILIAR


CONCEDIDA. APENADO QUE DEIXOU DE SE APRESENTAR, PASSANDO À CONDIÇÃO
DE FORAGIDO. FUGA NÃO RECONHECIDA NA ORIGEM. PEDIDO DE ANÁLISE DA FALTA
GRAVE. CABIMENTO. NECESSIDADE DE PRÉVIA INSTAURAÇÃO DO PAD E DE
REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. A conduta do apenado, que descumpriu
condição imposta pelo Juízo quando da sua inclusão no Programa de Monitoramento
Eletrônico de Presos, deixando de se apresenta para a instalação do equipamento e passando
aproximadamente oito meses sem fiscalização alguma, configura, em tese, a falta grave
prevista no art. 50, inciso II, da LEP (fuga), e como tal deve ser apreciada na origem, após a
obrigatória instauração do PAD e realização de audiência de justificação, nos termos da
Súmula 533 do STJ e do art. 118, § 2º, da LEP. AGRAVO PROVIDO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70082887399, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Cristina Pereira Gonzales, Julgado em: 20-11-2019)
Data de Julgamento: 20-11-2019
Publicação: 03-12-2019

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. NOVO DELITO. SUFICIÊNCIA DA


NOTÍCIA DA PRÁTICA DO NOVO CRIME. AUSÊNCIA DE PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO.
PRESCINDIBILIDADE. NECESSIDADE DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. 1. Noticiada a
prática de novo crime no curso da execução, cabe ao Magistrado apurar a ocorrência da falta
grave, não se exigindo, para tanto, o trânsito em julgado da nova condenação. 2. É prescindível
a instauração de Procedimento Administrativo Disciplina. Decisão por maioria. 3. Impositiva, na
espécie, a designação de audiência de justificação exigida pelo artigo 118 da LEP, vez que
noticiada a prática de falta grave. PRELIMINAR REJEITADA, POR MAIORIA. RECURSO
PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082875501, Primeira Câmara Criminal, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Jayme Weingartner Neto, Julgado em: 13-11-2019)

Ementa: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO. PRISÃO DOMICILIAR ESPECIAL.


MONITORAMENTO ELETRÔNICO. VIOLAÇÃO DE ZONA DE INCLUSÃO. ROMPIMENTO DA
TORNOZELEIRA ELETRÔNICA. FUGA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. INSURGÊNCIA
MINISTERIAL. Na esteira dos precedentes do Superior Tribunal de Justiça, o rompimento da
tornozeleira eletrônica constitui falta grave, nos termos do artigo 50, inciso II, da Lei
de Execução Penal. Todavia, a apuração da falta grave somente poderá ocorrer considerando
a imprescindibilidade da instauração do PAD, por força da Súmula nº 533 do Superior Tribunal
de Justiça. Necessidade de realização de audiência de justificação, conforme dispõe o artigo
118, §2º, da Lei de Execuções Penais, assegurando ao apenado o contraditório e a ampla
defesa, além de permitir ao Ministério Público, como fiscal do processo de execução penal, a
devida participação na formação da decisão judicial. Jurisprudência desta Câmara. Decisão
reformada. AGRAVO MINISTERIAL PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082874397,
Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Diogenes Vicente Hassan
Ribeiro, Julgado em: 07-11-2019)

Ementa: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO. FALTA GRAVE. FUGA E NOVO DELITO. FALTA
GRAVE. INSTAURAÇÃO DE PAD E AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. A
fuga e a prática de fato descrito como crime doloso no curso da execução, constituem
hipóteses de falta grave, conforme arts. 49, II e 52, caput, da LEP. O reconhecimento de falta
grave em decorrência de cometimento de novo delito independe da existência de
sentença penal condenatória, bastando notícia de prática de outro delito durante o
cumprimento da pena, conforme Súmula nº 526 do STJ. Assim, cabe, desde logo, o
enfrentamento do mérito da questão por meio da instauração do PAD e designação
de audiência de justificação, nos termos do art. 118, II e §2º, do CP, garantindo ao apenado o
direito ao contraditório e à ampla defesa, bem como a participação das demais partes do
processo, como o órgão ministerial e a defesa técnica. AGRAVO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
PROVIDO. UNÂNIME.(Agravo de Execução Penal, Nº 70081604597, Quinta Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ivan Leomar Bruxel, Julgado em: 06-11-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTAS GRAVES. FUGA. NOVO CRIME.


RECONHECIMENTO DE FALTAS GRAVES, SEM OUVIR O APENADO. NULIDADE.
DECISÃO AGRAVADA DESCONSTITUÍDA. Imprescindível, nos termos do artigo 118, §2º, da
LEP, a ouvida prévia do apenado, ora agravante, para o reconhecimento de suposta falta grave
cometida no curso da execução de sua pena. O fato de ele ter sido ouvido, em sede
administrativa, quanto à fuga, e de se tratar da prática de fato definido como crime doloso, em
cujo processo penal, no qual se apura, houve sentença condenatória, não afasta
a necessidade de ouví-lo, pois poderá, acompanhado de sua defesa técnica, alegar aquilo que
entender de direito, podendo, inclusive, por questões processuais, impedir o reconhecimento
da conduta faltosa. Nulidade da decisão que reconheceu as faltas graves declarada,
determinando-se o retorno dos autos à origem para que seja
aprazada audiência de justificação. Prejudicado o mérito do agravo. AUSÊNCIA DE PAD.
DESNECESSIDADE, PARA O RECONHECIMENTO DA FALTA GRAVE. INDEPENDÊNCIA
DAS ESFERAS ADMINISTRATIVA E JUDICIAL. PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA
APRECIAÇÃO JURISDICIONAL. Verifica-se que, efetivamente, não foi instaurado PAD para a
apuração administrativa da conduta faltosa relativa ao novo crime. Ocorre que isto em nada
obsta o reconhecimento da falta grave. Assegurados a ampla defesa e o contraditório ao
agravante, nos termos do § 2º, do artigo 118, da LEP, com suas declarações, prestadas em
juízo, sob o amparo de defesa técnica, não se mostra relevante a ausência do respectivo
procedimento, para o reconhecimento da falta grave, tendo em vista a independência das
esferas administrativa e judicial. DECLARADA, DE OFÍCIO, A NULIDADE DA DECISÃO
AGRAVADA, POR AUSÊNCIA DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO, PREJUDICADO O
MÉRITO DO AGRAVO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082887092, Oitava Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel de Borba Lucas, Julgado em: 30-10-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. SUBVERSÃO DA ORDEM OU DA


DISCIPLINA. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. 1. A conduta do preso que
causa tumulto e é flagrado na posse de estoque é capaz de configurar falta grave, que deve ser
regularmente apurada. 2. Já instaurado o PAD, trata-se de consectário lógico do procedimento
para o reconhecimento da falta a designação da audiência de justificação. RECURSO
PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082609678, Primeira Câmara Criminal, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Jayme Weingartner Neto, Julgado em: 23-10-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO


MAJORADO. COMETIMENTO DE NOVO CRIME NO CURSO DO LIVRAMENTO
CONDICIONAL. NECESSIDADE, IN CASU, DA SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO ATÉ O
TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO EM QUE SE APURA O FATO CRIMINOSO
COMETIDO PELO APENADO. O Art. 145 da Lei de Execução Penal dispõe que o
cometimento de novo crime no curso do período de prova acarreta a suspensão do livramento
condicional, cuja revogação ou restabelecimento dependerá da decisão final a ser proferida na
nova ação penal. Nestes termos, a suspensão do benefício deve perdurar até o trânsito em
julgado da sentença relativa ao novo crime, independente de decreto de prisão cautelar ou de
concessão da liberdade provisória naquele processo. PRÁTICA DE FATO DEFINIDO COMO
CRIME DOLOSO DURANTE O GOZO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL.
RECONHECIMENTO DE FALTA GRAVE. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. De acordo com o Art. 52 da Lei de Execução Penal, a
prática de fato definido como crime doloso no curso do livramento condicional dá ensejo, além
da suspensão do benefício até o julgamento definitivo do novo crime, ao reconhecimento de
falta disciplinar de natureza grave. Contudo, antes de deliberar acerca da suposta falta,
imperiosa a instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e sua defesa, bem como do
Ministério Público, asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º,
da Lei de Execução Penal. RECURSO PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº
70082476433, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado
Kurtz de Souza, Julgado em: 17-10-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. POSSE DE CELULAR. PRELIMINAR.


REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. Sobrevindo informação
de cometimento de falta grave, deve ser realizada audiência de justificação, nos termos do
art. 118, § 2º da LEP, para apuração e eventual reconhecimento da falta grave e aplicação das
sanções cabíveis. A realização do PAD não afasta a necessidade de apuração judicial da falta.
PRELIMINAR ACOLHIDA.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082610338, Sétima Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry, Julgado em: 17-10-
2019)

Ementa: PRISÃO DOMICILIAR. DESCUMPRIMENTO DE CONDIÇÃO IMPOSTA. EVENTUAL


FALTA GRAVE (FUGA). NECESSIDADE DE APURAÇÃO DOS FATOS. Tendo em vista os
fatos citados nos autos e a manifestação expressa do Ministério Público, pedindo a imposição
de punições pelo cometimento de uma falta grave, é indispensável à realização
da audiência de justificação prevista no artigo 118 da Lei de Execução Penal. Ficará a
critério de a autoridade judicial determinar ou não a confecção do Procedimento Administrativo
Disciplinar. Agravo provido.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082755851, Primeira Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Julgado em: 09-10-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. VIOLAÇÃO ÀS REGRAS DO MONITORAMENTO


ELETRÔNICO. FUGA. FALTA GRAVE NÃO RECONHECIDA. NECESSIDADE DE
DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE.
Tendo o apenado violado as regras do monitoramento eletrônico, viável a análise do
reconhecimento de falta grave. Necessária, assim, a audiência de justificação, a qual deve
ser realizada a fim de propiciar ao apenado seja ouvido na presença do juiz e Ministério
Público, sendo-lhe oportunizado o contraditório e apresentação de justificação, assim
querendo, para fins de apuração da falta grave. DETERMINAÇÃO DE REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PARA APURAÇÃO DA FALTA GRAVE. AGRAVO
PROVIDO. UNÂNIME.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082507179, Segunda Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Mello Guimarães, Julgado em: 26-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FUGA. FALTA


GRAVE. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. PRELIMINAR. NULIDADE. A fuga
de estabelecimento carcerário, não devidamente justificada, configura, em tese, falta grave,
definida no art. 50, II da LEP, ensejando a aplicação dos consectários. No entanto, o § 2° do
art. 118 da LEP exige a oitiva do apenado em audiência de justificação, antes da deliberação
sobre cometimento de falta grave. Indispensabilidade da designação
de audiência de justificação, entendimento majoritário desta E. Corte Estadual. Precedentes.
Justificativa a ser prestada em audiência especialmente designada para apuração de falta
grave específica, ou seja, fuga do estabelecimento prisional. Inobservância de comando de lei
expresso. Princípios da estrita legalidade, do contraditório e da ampla defesa.
Imprescindibilidade da medida. Decisão cassada devendo outra ser proferida, após a oitiva do
apenado em audiência de justificação. PRELIMINAR ACOLHIDA. DECISÃO CASSADA.
DETERMINAÇÃO DE DESIGNAÇÃO E REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO DO PRESO, NOS TERMOS DO § 2º DO ART. 118 DA
LEP, OPORTUNIZANDO A MANIFESTAÇÃO DAS PARTES ANTES DA DELIBERAÇÃO
SOBRE A FALTA GRAVE.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082586322, Oitava Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Fabianne Breton Baisch, Julgado em: 25-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE.


PRÁTICA DE FATO PREVISTO COMO CRIME DOLOSO. NECESSIDADE DE DESIGNAÇÃO
DA AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. DECISÃO DESCONSTITUÍDA. Agravo provido.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70082595117, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em: 25-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. PENAS


RESTRITIVAS DE DIREITOS. CONVERSÃO EM PRIVATIVA DE LIBERDADE. AUSÊNCIA DE
INTIMAÇÃO PESSOAL PARA DAR INÍCIO AO CUMPRIMENTO DAS PENAS
SUBSTITUTIVAS. IMPRESCINDIBILIDADE DA CONSULTA AOS ÓRGÃOS DE PRAXE.
NULIDADE RECONHECIDA. Apenado intimado por meio de edital para dar início ao
cumprimento das penas restritivas de direitos. Necessidade de prévia diligência, por meio de
consulta aos órgãos de praxe, a fim de localizar o condenado e intimá-lo pessoalmente para
que compareça ao juízo e inicie o cumprimento das substitutivas. Nulidade reconhecida a partir
da intimação editalícia do réu. AUSÊNCIA
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. As penas restritivas de direitos serão
convertidas em privativa de liberdade quando o reeducando deixar de comparecer,
injustificadamente, à entidade ou ao programa em que deva prestar serviço, não for encontrado
por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender à intimação por edital. Inteligência dos
regramentos insertos nos artigos 44, §4º, do Código Penal e 181, §1º, da Lei
de Execução Penal. Imprescindibilidade da prévia designação de audiência de justificação,
caso o recorrente deixe de se apresentar para cumprir as medidas impostas em seu desfavor.
Precedente do STJ. PRELIMINAR DE NULIDADE SUSCITADA PELA DEFESA ACOLHIDA.
POR MAIORIA.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082641432, Oitava Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Naele Ochoa Piazzeta, Julgado em: 25-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO.


COMETIMENTO DE FATO PREVISTO COMO CRIME DOLOSO NO CURSO
DA EXECUÇÃO. NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E DA REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PARA APURAÇÃO DA CONDUTA FALTOSA. Presente
hipótese fática que constitua, em tese, falta grave, é imprescindível a realização da análise do
mérito pelo Juízo a quo. Contudo, antes de deliberar acerca da suposta falta, imperiosa a
instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e sua defesa, bem como do
Ministério Público, asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º,
da Lei de Execução Penal. AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL PROVIDO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70082099441, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 19-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. POSSE DE CELULAR. REALIZAÇÃO


DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. Sobrevindo informação de
cometimento de falta grave, deve ser realizada audiência de justificação, nos termos do art.
118, § 2º da LEP, para apuração e eventual reconhecimento da falta grave e aplicação das
sanções cabíveis. A realização do PAD não afasta a necessidade de apuração judicial da falta.
Preliminar de nulidade da decisão acolhida, devendo outra ser proferida após a realização
de audiência de justificação. PRELIMINAR ACOLHIDA.(Agravo de Execução Penal, Nº
70082326794, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Alberto
Etcheverry, Julgado em: 19-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.


LATROCÍNIO. NECESSIDADE DE O JUÍZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL
DESIGNAR AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO ANTERIORMENTE À ANÁLISE DAS
SUPOSTAS FALTAS GRAVES PRATICADAS PELO APENADO. Presente hipóteses fáticas
que constituam, em tese, faltas graves, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo
Juízo a quo. Antes de deliberar acerca das supostas faltas graves, imperiosa a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e sua defesa, bem como do
Ministério Público, a fim de que sejam asseguradas ao reeducando as garantias previstas pela
Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal. Neste mister é reformada a
decisão recorrida a fim de que o Magistrado designe audiência de justificação e analise do
mérito das eventuais faltas graves cometidas pelo apenado no curso do cumprimento da pena.
RECURSO PROVIDO, EM PARTE.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082124884, Sétima
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado
em: 19-09-2019)
Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FUGA E PRÁTICA DE CRIME DOLOSO NO CURSO
DA EXECUÇÃO. NECESSIDADE DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PARA APURAÇÃO
DAS FALTAS GRAVES. A prática de fato definido como crime doloso permite o
reconhecimento da falta grave independentemente da condenação definitiva, diante da
independência das esferas penal e administrativa. Necessária, todavia, para apuração das
faltas, a designação de audiência de justificação, nos termos do art. 118, § 2º da LEP.
AGRAVO PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70082506874, Sétima Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Alberto Etcheverry, Julgado em: 19-09-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBOS.


FURTO. FUGA. NECESSIDADE DE O JUÍZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL
DESIGNAR AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO ANTERIORMENTE À ANÁLISE DA SUPOSTA
FALTA GRAVE PRATICADA PELO APENADO. Presente hipótese fática que constitua, em
tese, falta grave, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo Juízo a quo. Contudo,
antes de deliberar acerca da falta grave, imperiosa a realização de audiência de justificação,
com a presença do apenado e sua defesa, bem como do Ministério Público, asseguradas as
garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal. Neste
mister é reformada a decisão recorrida para que proceda, o juízo a quo, à designação
de audiência de justificação, e a posterior análise do mérito da eventual falta grave cometida
pelo apenado no curso do cumprimento da pena. AGRAVO PROVIDO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70081524787, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 29-08-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO


MAJORADO. COMETIMENTO DE NOVO CRIME NO CURSO DO LIVRAMENTO
CONDICIONAL. NECESSIDADE, IN CASU, DA SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO ATÉ O
TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO EM QUE SE APURA O FATO CRIMINOSO
COMETIDO PELO APENADO. O Art. 145 da Lei de Execução Penal dispõe que o
cometimento de novo crime no curso do período de prova acarreta a suspensão do livramento
condicional, cuja revogação ou restabelecimento dependerá da decisão final a ser proferida na
nova ação penal. Nestes termos, a suspensão do benefício deve perdurar até o trânsito em
julgado da sentença relativa ao novo crime, independente de decreto de prisão cautelar ou de
concessão da liberdade provisória naquele processo. PRÁTICA DE FATO DEFINIDO COMO
CRIME DOLOSO DURANTE O GOZO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL.
RECONHECIMENTO DE FALTA GRAVE. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. De acordo com o Art. 52 da Lei de Execução Penal, a
prática de fato definido como crime doloso no curso do livramento condicional dá ensejo, além
da suspensão do benefício até o julgamento definitivo do novo crime, ao reconhecimento de
falta disciplinar de natureza grave, fazendo-se necessário que, presentes provas do ocorrido,
seja o apenado ouvido em juízo, garantindo-se, deste modo, o contraditório e a ampla defesa.
Assim, é necessária, de acordo com o disposto no Art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal, a
realização de audiência de justificação para que sejam assegurados ao preso os princípios
do contraditório e da ampla defesa. RECURSO PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº
70081903320, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado
Kurtz de Souza, Julgado em: 29-08-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO.


PRÁTICA DE FATO DEFINIDO COMO CRIME DOLOSO NO LIVRAMENTO CONDICIONAL.
RECONHECIMENTO DE FALTA DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. NECESSIDADE DE
REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. A prática de fato definido como crime
doloso no curso do livramento condicional pode ensejar, além da suspensão do benefício até a
data do julgamento definitivo referente ao novo crime, o reconhecimento de falta disciplinar de
natureza grave, devendo ser realizada audiência de justificação, nos termos do Art. 118, § 2º,
da Lei de Execução Penal. INSURGÊNCIA CONTRA A DECISÃO QUE MANTEVE O
LIVRAMENTO CONDICIONAL QUE PERDE O OBJETO EM FACE DA SUSPENSÃO DO
BENEFÍCIO. Caso fático em que foi suspenso o benefício do livramento condicional em
08/05/2019, motivo pelo qual a insurgência contra a manutenção do livramento condicional não
mais subsiste. RECURSO PROVIDO, EM PARTE.(Agravo de Execução Penal, Nº
70081399982, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado
Kurtz de Souza, Julgado em: 29-08-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO.


FUGA. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO PARA
APURAÇÃO DA FALTA GRAVE. Caso em que sobreveio notícia de que o apenado fugiu,
tendo o Juízo a quo deixado de realizar a audiência de justificação, reconhecendo a falta
grave e aplicando os consectários legais. Neste contexto, imperiosa a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e sua defesa, bem como do
Ministério Público, asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º,
da Lei de Execução Penal, bem ainda avaliado o eventual cometimento de falta grave e a
aplicação das consequências advindas do reconhecimento. AGRAVO
EM EXECUÇÃO PENAL PROVIDO.(Agravo de Execução Penal, Nº 70081326308, Sétima
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado
em: 29-08-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. NOVO


DELITO. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. 1. Noticiada a prática de novo
crime no curso da execução, cabe ao Magistrado apurar a ocorrência da falta grave, não
se exigindo, para tanto, o trânsito em julgado da nova condenação. 2. Já instaurado o PAD,
trata-se de consectário lógico do procedimento para o reconhecimento da falta a
designação da audiência de justificação. RECURSO PROVIDO.(Agravo de Execução Penal,
Nº 70081403560, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jayme
Weingartner Neto, Julgado em: 14-08-2019)

Ementa: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO. PROGRESSÃO DE REGIME. SEMIABERTO. AUSÊNCIA


DE VAGAS. INCLUSÃO DO APENADO NO PROGRAMA DE MONITORAMENTO ELETRÔNICO.
CONDIÇÃO DE FORAGIDO POR MAIS DE UM ANO. SEM FISCALIZAÇÃO ESTATAL.
REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. INSURGÊNCIA MINISTERIAL. Apenado que permaneceu na
condição de foragido por mais de um ano, sem fiscalização estatal, até ser recapturado por
ação policial, o que constitui infração disciplinar de natureza grave, nos termos do artigo
50, inciso II, da Lei de Execução Penal. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.
Todavia, a apuração da falta grave somente poderá ocorrer considerando a
imprescindibilidade da instauração do PAD, por força da Súmula n.º 533 do Superior
Tribunal de Justiça. Necessidade de realização de audiência de justificação, conforme
dispõe o artigo 118, §2º, da Lei de Execuções Penais, assegurando ao apenado o
contraditório e a ampla defesa, além de permitir ao Ministério Público, como fiscal do
processo de execução penal, a devida participação na formação da decisão judicial.
Jurisprudência desta Câmara. Decisão reformada. AGRAVO MINISTERIAL PROVIDO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70082073073, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Diogenes Vicente Hassan Ribeiro, Julgado em: 25-07-2019)
Ementa: PRISÃO DOMICILIAR. APENADO EM MONITORAMENTO ELETRÔNICO.
FUGA. NECESSIDADE DE APURAÇÃO DE EVENTUAL FALTA GRAVE. Tendo em vista os fatos
citados nos autos e a manifestação expressa do Ministério Público, pedindo a imposição de
punições pelo cometimento de uma falta grave, é indispensável à realização
da audiência de justificação prevista no artigo 118 da Lei de Execução Penal. Ficará a
critério de a autoridade judicial determinar ou não a confecção do Procedimento
Administrativo Disciplinar. Agravo ministerial provido.(Agravo de Execução Penal, Nº
70082073198, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista
Neto, Julgado em: 24-07-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. RECONHECIMENTO DE FALTA DISCIPLINAR DE


NATUREZA GRAVE. REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. ART.
118, § 2º, DA LEP. GARANTIA DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. Agravo
parcialmente provido, por maioria.(Agravo de Execução Penal, Nº 70081661019, Primeira
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado
em: 10-07-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. PRÁTICA DE FATO DEFINIDO COMO CRIME


DOLOSO. HIPÓTESE DE FALTA GRAVE. NECESSIDADE DE DESIGNAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. De acordo com a redação do § 2º do art. 118 da Lei
de Execução Penal, na hipótese de prática de falta grave, deverá ser ouvido previamente o
condenado. Nesse contexto, entendo ser necessária a designação
de audiência de justificação, para que, somente após a oitiva do apenado, bem como da
manifestação do Ministério Público e da defesa, o juízo da execução passe a decidir sobre
as circunstâncias do caso em análise. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO, POR MAIORIA.
(Agravo de Execução Penal, Nº 70081613507, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em: 10-07-2019)

Ementa: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO. SUPOSTA PRÁTICA DE FALTA GRAVE.


COMETIMENTO DE NOVO DELITO DURANTE A EXECUÇÃO DA PENA. PEDIDO MINISTERIAL
DE INSTAURAÇÃO DE PAD E DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO.
DETERMINAÇÃO PARA QUE SE AGUARDASSE O DESLINDE DA PRISÃO PREVENTIVA
DECRETADA. INSURGÊNCIA MINISTERIAL. O cometimento de fato definido como crime
doloso durante a execução da pena constitui falta grave, sendo dispensado o trânsito em
julgado da sentença penal condenatória, caso existam fortes indícios da prática, por força
da Súmula n. 526 do Superior Tribunal de Justiça. A apuração da falta disciplinar somente
poderá ocorrer considerando a imprescindibilidade da instauração do PAD, por força da
Súmula n. 533 do Superior Tribunal de Justiça, bem como a necessidade de designação
de audiência de justificação, assegurado a aplicação dos princípios constitucionais da
ampla defesa e do contraditório às partes. Decisão reformada. AGRAVO MINISTERIAL
PROVIDO.(Agravo, Nº 70081287393, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Diogenes Vicente Hassan Ribeiro, Julgado em: 27-06-2019)
Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. RECONHECIMENTO DE FALTA DISCIPLINAR DE
NATUREZA GRAVE. AUSÊNCIA DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. ART. 118,
§ 2º, DA LEP. GARANTIA DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. Compulsando os autos,
todavia, verifico que não houve realização de audiência de justificação anteriormente à
prolação da decisão. Cabe ressaltar que a necessidade da realização de tal solenidade é
exigência do art. 118, § 2°, da Lei de Execução Penal. Além do mais, é evidente
a necessidade de realização da audiência de justificação para oitiva do apenado, sob
pena de ofensa ao princípio do contraditório e da ampla defesa. AGRAVO PARCIALMENTE
PROVIDO.(Agravo, Nº 70081445751, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em: 26-06-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. HIPÓTESE DE FALTA GRAVE.


FUGA. NECESSIDADE DE DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. No caso em tela,
o apenado, de acordo com a decisão recorrida, “não se adaptou às regras da tornozeleira
eletrônica, descumprindo-as e permanecendo um período sem estar monitorado”
(26/11/2016 a 06/01/2018). Com base nesse fato, o Magistrado revogou o benefício do
monitoramento eletrônico, sem a realização, contudo, de audiência prévia
de justificação para a apuração do ocorrido. Destaco que, em princípio, a situação
caracteriza hipótese de fuga (falta grave), devendo ser devidamente apurada a prática do
fato. De acordo com a redação do § 2º do art. 118 da Lei de Execução Penal, na hipótese
de prática de falta grave, deverá ser ouvido previamente o condenado. Nesse contexto,
entendo ser necessária a designação de audiência de justificação, para que, somente
após a oitiva do apenado, bem como a manifestação do Ministério Público e da defesa, o
juízo da execução passe a decidir sobre as circunstâncias do caso em análise. AGRAVO
PROVIDO.(Agravo, Nº 70079123501, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em: 29-05-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. RECURSO MINISTERIAL. FALTA GRAVE. FUGA. PRÁTICA


DE CRIME DOLOSO NO CURSO DA EXECUÇÃO PENAL. PRESENTES ELEMENTOS PARA
APURAÇÃO. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. O
Magistrado a quo deixou de reconhecer a falta grave prevista no artigo 52 da LEP, sob
alegação de que o apenado não foi conduzido à audiência, bem como porque
permaneceu no regime fechado desde a recaptura, cumprindo mais de 1/6 da pena nesta
situação. Fundamentação inidônea. A fuga do apenado e a prática de novo delito no curso
da execução penal são fatos que configuram faltas graves (art. 50, inciso II e art. 52,
ambos da LEP), sendo necessária a prévia oitiva do apenado para apuração e
reconhecimento e averbação das faltas, nos termos do disposto no art. 118, inciso I e §2º
da LEP. APELO MINISTERIAL PROVIDO.(Agravo, Nº 70081325771, Terceira Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rinez da Trindade, Julgado em: 23-05-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBOS.


DESCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES DO MONITORAMENTO
ELETRÔNICO. NECESSIDADE DE O MAGISTRADO DA EXECUÇÃO CRIMINAL DELIBERAR
ACERCA DA SUPOSTA FALTA COMETIDA. Presente hipótese fática que constitua, em tese,
falta grave, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo Juízo a quo. Contudo,
antes de deliberar acerca da suposta falta, imperiosa a instauração de Procedimento
Administrativo Disciplinar (PAD) e a realização de audiência de justificação, com a
presença do apenado e sua defesa, bem como do Ministério Público, asseguradas as
garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º, da Lei de Execução Penal.
RECURSO PROVIDO.(Agravo, Nº 70080464969, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 16-05-2019)

Ementa: APENADO EM MONITORAMENTO ELETRÔNICO. EVENTUAL


FUGA. NECESSIDADE DE APURAÇÃO DOS FATOS. Tendo em vista os fatos citados nos autos
e a manifestação expressa do Ministério Público, pedindo a imposição de punições pelo
cometimento de uma falta grave, é indispensável à realização
da audiência de justificação prevista no artigo 118 da Lei de Execução Penal. Ficará a
critério de a autoridade judicial determinar ou não a confecção do Procedimento
Administrativo Disciplinar. Agravo ministerial provido.(Agravo, Nº 70080966518, Primeira
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio Baptista Neto, Julgado em: 24-
04-2019)
Ementa: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO. PRISÃO DOMICILIAR ESPECIAL. MONITORAMENTO
ELETRÔNICO. VIOLAÇÃO DA ZONA DE INCLUSÃO. DESCARREGAMENTO DA TORNOZELEIRA
ELETRÔNICA. FUGA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO. INSURGÊNCIA MINISTERIAL. Na esteira
dos precedentes do Superior Tribunal de Justiça, o descarregamento intencional da
tornozeleira eletrônica constitui falta grave, nos termos do artigo 50, inciso II, da Lei
de Execução Penal. Todavia, a apuração da falta grave somente poderá ocorrer
considerando a imprescindibilidade da instauração do PAD, por força da Súmula n.º 533 do
Superior Tribunal de Justiça. Necessidade de realização de audiência de justificação,
conforme dispõe o artigo 118, §2º, da Lei de Execuções Penais, assegurando ao apenado o
contraditório e a ampla defesa, além de permitir ao Ministério Público, como fiscal do
processo de execução penal, a devida participação na formação da decisão judicial.
Jurisprudência desta Câmara. Decisão reformada. AGRAVO MINISTERIAL PROVIDO.(Agravo,
Nº 70080999725, Terceira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Diogenes
Vicente Hassan Ribeiro, Julgado em: 17-04-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. RECONHECIMENTO FALTA GRAVE. FUGA. REGRESSÃO


DE REGIME. POSSIBILIDADE. DESIGNAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. Se, do reconhecimento da falta grave
pode resultar regressão do regime prisional, afigura-se impositiva a prévia oitiva do
apenado, em audiência de justificação, nos termos da regra prevista no artigo 118, § 2º,
da Lei da Execução Penal. Decisão cassada. Determinação de realização
de audiência de justificação para apuração da falta disciplinar. AGRAVO PROVIDO.
(Agravo, Nº 70081007635, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Honório Gonçalves da Silva Neto, Julgado em: 10-04-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO


MAJORADO. NECESSIDADE DE O JUÍZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL
DESIGNAR AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO ANTERIORMENTE À ANÁLISE DA SUPOSTA FALTA
GRAVE PRATICADA PELO APENADO. Presente hipótese fática que constitua, em tese, falta
grave, é imprescindível a realização da análise do mérito pelo juízo a quo. Contudo, antes
de deliberar acerca da suposta falta grave, imperiosa a realização
de audiência de justificação, com a presença do apenado e sua defesa, bem como do
Ministério Público, asseguradas as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, §
2º, da Lei de Execução Penal. Neste mister é reformada a decisão recorrida para que
proceda, o juízo a quo, à designação de audiência de justificação, e a posterior análise do
mérito da eventual falta grave cometida pelo apenado no curso do cumprimento da pena.
RECURSO PROVIDO.(Agravo, Nº 70080148133, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado em: 28-03-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. FALTA GRAVE. DESCUMPRIMENTO DAS REGRAS DO


MONITORAMENTO ELETRÔNICO. DECISÃO QUE AFASTA A OCORRÊNCIA DE FALTA GRAVE,
SEM A DEVIDA APURAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE INSTAURAÇÃO DE
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E DESIGNAÇÃO
DE AUDIENCIA DE JUSTIFICAÇÃO. INSURGÊNCIA MINISTERIAL. DECISÃO REFORMADA.
Apenado que cumpria pena privativa de liberdade, em regime semiaberto e, após a
concessão do benefício da prisão domiciliar, mediante monitoramento eletrônico,
descumpriu as condições estabelecidas, permanecendo em situação de foragido de
03/09/2017 a 27/11/2018. Diante de notícia de que o apenado teria violado as regras
impostas para o monitoramento, o magistrado revogou o benefício sem a prévia realização
de PAD e sem audiência de justificação, afastando, porém, a ocorrência de falta grave.
Fato que configura, em tese, falta grave, nos termos do artigo 50, incisos II e VI, da LEP, e,
por isso, exige a instauração de PAD, nos termos da súmula nº 533 do STJ, e posterior
designação de audiência de justificação do apenado, para apuração da falta disciplinar,
tendo em vista expressa previsão legal no artigo 118, §2º, da Lei de Execução Penal.
AGRAVO MINISTERIAL PROVIDO.(Agravo, Nº 70080393200, Terceira Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rinez da Trindade, Julgado em: 27-03-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO. ROUBO.


DESCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES DO MONITORAMENTO ELETRÔNICO.
FUGA. NECESSIDADE DE O JUÍZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL DELIBERAR ACERCA DA
SUPOSTA FALTA COMETIDA. Noticiada a suposta conduta faltosa do apenado, no caso
prevista no Art. 50, II, da Lei de Execução Penal, é necessário o Magistrado deliberar
imediatamente acerca do cometimento da falta pelo apenado, devendo, com ou sem a
instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD),
designar audiência de justificação a fim de oportunizar o devido contraditório, que deve
ser efetuada com a presença do apenado e sua defesa, bem como do Ministério Público,
assegurando as garantias previstas pela Carta Magna e pelo Art. 118, § 2º, da Lei
de Execução Penal. AGRAVO PROVIDO. POR MAIORIA.(Agravo, Nº 70079439865, Sétima
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Conrado Kurtz de Souza, Julgado
em: 27-02-2019)

Ementa: AGRAVO EM EXECUÇÃO. MONITORAMENTO ELETRÔNICO. FUGA. FALTA GRAVE.


JUÍZO DA VEC DEIXOU DE RECONHECER A FALTA GRAVE. IRRESIGNAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. Apenado que, em tese, violou a zona de
inclusão do monitoramento eletrônico. Não há como deixar de punir o agravante que, em
tese, praticou a falta grave, pois teria agido em desacordo com as condutas disciplinares
inerentes a sua condição de apenado e de cumprimento de pena em prisão domiciliar. Art.
146-B e art. 146-C da LEP. AUSÊNCIA DE PAD (DESNECESSIDADE). A fuga ou a prática de
fato previsto como crime doloso são circunstâncias objetivas e previstas como falta grave
por lei, nos termos dos arts. 50, II e 52 da Lei de Execução Penal; desse modo, conforme
venho sustentando, sua apuração independe da instauração de Procedimento
Administrativo Disciplinar, bastando que se confira ao apenado, em tais casos, a
oportunidade de exercer seu direito ao contraditório e ampla defesa,
em audiência de justificação. Ainda que não ignore o posicionamento atual do STJ, com a
edição da Súmula nº 533, há orientação, recente, em sentido contrário emanada pelo STF,
no sentido de que o Procedimento Administrativo Disciplinar se mostra
desnecessário. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. Todavia, em sendo a
conduta praticada pelo apenado prevista como falta grave, é necessária a designação
de audiência de justificação para, após a oitiva do apenado e manifestação do Ministério
Público e da defesa, haja o reconhecimento ou não da falta, com a respectiva aplicação das
sanções legais, nos termos do art. 188, § 2º, da LEP. Determinação de audiência do art.
118, § 2º, da LEP para a devida apuração da falta grave e subseqüente decisão judicial.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME.(Agravo, Nº 70080210842, Segunda Câmara
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Mello Guimarães, Julgado em: 31-01-2019)

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