Jurisprudencias TCC Necessidade
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FALTA
GRAVE. AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. PRELIMINAR. NULIDADE. A fuga
de estabelecimento carcerário, não devidamente justificada, configura, em tese, falta grave,
definida no art. 50, II da LEP, ensejando a aplicação dos consectários. No entanto, o § 2° do
art. 118 da LEP exige a oitiva do apenado em audiência de justificação, antes da deliberação
sobre cometimento de falta grave. Indispensabilidade da designação
de audiência de justificação, entendimento majoritário desta E. Corte Estadual. Precedentes.
Justificativa a ser prestada em audiência especialmente designada para apuração de falta
grave específica, ou seja, fuga do estabelecimento prisional. Inobservância de comando de lei
expresso. Princípios da estrita legalidade, do contraditório e da ampla defesa.
Imprescindibilidade da medida. Preliminar defensiva acolhida. Decisão cassada devendo outra
ser proferida, após a oitiva do apenado em audiência de justificação. PRELIMINAR
ACOLHIDA. DECISÃO CASSADA. DETERMINAÇÃO DE DESIGNAÇÃO E REALIZAÇÃO
DE AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO DO PRESO, NOS TERMOS DO § 2º DO ART. 118 DA
LEP, OPORTUNIZANDO A MANIFESTAÇÃO DAS PARTES ANTES DA DELIBERAÇÃO
SOBRE A FALTA GRAVE. MÉRITO DO AGRAVO PREJUDICADO.(Agravo
de Execução Penal, Nº 70083331439, Oitava Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Fabianne Breton Baisch, Julgado em: 18-12-2019)
Ementa: EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO. FALTA GRAVE. FUGA E NOVO DELITO. FALTA
GRAVE. INSTAURAÇÃO DE PAD E AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO. NECESSIDADE. A
fuga e a prática de fato descrito como crime doloso no curso da execução, constituem
hipóteses de falta grave, conforme arts. 49, II e 52, caput, da LEP. O reconhecimento de falta
grave em decorrência de cometimento de novo delito independe da existência de
sentença penal condenatória, bastando notícia de prática de outro delito durante o
cumprimento da pena, conforme Súmula nº 526 do STJ. Assim, cabe, desde logo, o
enfrentamento do mérito da questão por meio da instauração do PAD e designação
de audiência de justificação, nos termos do art. 118, II e §2º, do CP, garantindo ao apenado o
direito ao contraditório e à ampla defesa, bem como a participação das demais partes do
processo, como o órgão ministerial e a defesa técnica. AGRAVO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
PROVIDO. UNÂNIME.(Agravo de Execução Penal, Nº 70081604597, Quinta Câmara Criminal,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ivan Leomar Bruxel, Julgado em: 06-11-2019)