Gabriel Ben Inc Á
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ESTUDO DO EFEITO DA ALTA TEMPERATURA NAS PROPRIEDADES DO
CONCRETO GEOPOLIMÉRICO COM ADIÇAO DE ALUMINA
RESUMO
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1 INTRODUÇÃO
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Devido a essas características físico-químicas, os geopolímeros garantem
propriedades de destaque no estado fresco como: boa trabalhabilidade, boa
coesão e acabamento superficial, o que resulta em um ganho rápido de
resistência mecânica e dureza superficial (PINTO, 2006).
2 MATERIAIS E MÉTODOS
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Figura 01 – Etapas da pesquisa.
2.1 Materiais
2.1.1 Metacaulim
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Figura 02: Análise DRX caulim
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O pico ilustrado próximo ao deg de 27 da figura 03 mostra que há uma grande
quantidade de quartzo na amostra, mas os materiais se mantem amorfo em relação
aos outros picos. Também é demonstrado a presença da caulinita de formula Al2 H4
O9 Si2, em um total de 254 picos.
Optou-se pelo uso de ativadores compostos com hidróxido de sódio (NaOH) e silicato
de sódio (Na2SiO3), por esses serem de menor custo e mais comumente utilizados. O
Hidróxido de sódio utilizado e disposto em formas de escamas e com 99% de pureza.
A composição química do Silicato de sódio é apresentada na Tabela 01:
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Tabela 02 – Características Alumina
Características Típico
Análise Química
Al2O3 64,8
SiO2 0,02
Fe2O3 0,02
Na2O – Total 0,30
Umidade (100ºC) 0,2
Perda ao Fogo (300-1000ºC) 34,5
Insolúveis em Ácido 0,10
Análise Física
Densidade Solta (g/cm3) (1) 0,7
Densidade Compactada (g/cm3) (1) 1,3
Peso Específico (g/cm3) 2,42
Índice de Refração 1,57
Fonte: Alcoa Corporation.
2.1.4 Agregados
Quanto a utilização de agregados foi utilizada areia média como agregado miúdo, com
dimensão máxima de 2,4 mm e brita 0 como agregado graúdo com dimensão máxima
de 9,5 mm.
2.2 Métodos
A tabela 03 demonstra o traço utilizado neste trabalho. Foi pego como referência o
traço utilizado por Keller (2015), sendo adicionado a este 10% de alumina:
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2.2.1 Produção dos corpos de prova
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2.2.2 Aquecimento
O ensaio de Tração por Compressão Diametral foi efetuado conforme a norma ABNT
NBR 7222 (2011). Para isso foram utilizadas hastes de madeira com dimensões de
10x0,7x0,3cm para serem presas sobre o corpo de prova, ao longo de seu
comprimento, para fazer a distribuição da carga em toda a superfície no ato do ensaio.
Foram ensaiados 3 corpos de prova para cada temperatura de exposição (ambiente
e 800ºC).
O ensaio de Módulo de Elasticidade foi efetuado de acordo com a norma ABNT NBR
8522 (2017). Foi utilizada uma prensa da marca EMIC, modelo PC200CS com auxílio
de um extensômetro eletrônico para analisar a deformação lenta que sofreram os
corpos de prova.
Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC – como
requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
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2.2.6 Termogravimetria (TGA)
Equação 1:
nλ = 2dsenθ
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Compressão Axial (MPa)
14 13,03
12
10
8
6,38
6
0
AMBIENTE 800ºC
Temperatura (ºC)
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para estruturas de concreto em situações de incêndio sofre uma redução de 72,50%
para a temperatura de 800ºC. Desta forma é possível observar que o concreto
geopolimérico com adição de alumina apresenta uma menor redução da resistência
em função da temperatura se comparado ao concreto de cimento Portland. Foi gerado
uma análise estatística de variância (ANOVA), das amostras com uma confiabilidade
de 97,50%, que indica que existem variações significativas na comparação das
amostras, e atesta que ao menos uma amostra é diferente estatisticamente.
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Módulo de Elasticidade (GPa)
14
12 10,97
10
4
2,02
2
0
AMBIENTE 800ºC
Temperatura (ºC)
13
para a temperatura de 800ºC. Foi gerado uma análise estatística de variância
(ANOVA), das amostras com uma confiabilidade de 98,40%, que indica que existem
variações significativas na comparação das amostras, e atesta que ao menos uma
amostra é diferente estatisticamente.
3,85
4
2
1,21
1
0
AMBIENTE 800ºC
Temperatura (ºC)
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variações significativas na comparação das amostras, e atesta que ao menos uma
amostra é diferente estatisticamente.
É possível observar uma perda gradual de massa inicial de 5%, para o intervalo de
temperatura de 20 à 250ºC, correspondente à água de hidratação do geopolímero.
Em 275ºC há brusca perda de massa de 3,05%, acompanhada de um pico
endotérmico no DSC a 300ºC. de 300 à 450ºC há nova perda gradual de massa de
1,8%. De 450 a 700ºC há novamente outra perda gradual de massa de 4,5%, que
manifesta uma nova desidratação no geopolímero, onde finalmente o material
estabiliza e não demonstra nova perda de massa até o final do ensaio. No DSC há
Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC – como
requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil
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reação endotérmica a 300ºC, que está associada a desidratação, e a 575ºC há um
pico endotérmico associado a inversão do quartzo de baixa para alta simetria,
relacionado ao agregado utilizado. Os resultados obtidos indicam que ainda existem
reações para ocorrer entre os ativadores alcalinos e o metacaulim, e pode estar
associada há essas reações a baixa resistência obtida do concreto geopolimérico, já
que o material precisou passar pela estufa para que a cura ocorresse, e mesmo
passando por esse processo, pode ser observado que a cura não estava completa.
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Figura 09: Ensaio DRX amostra em temperatura de 800ºC
4 CONCLUSÕES
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temperatura ambiente. No ensaio de módulo de elasticidade também se percebeu
uma redução de 81,58%. Quanto a analise microestrutural, o ensaio TGA / DTA
demonstrou que ainda existem reações químicas para ocorrer nos corpos de prova,
pois a cura do mesmo não foi totalmente concluída, o que poderia gerar um aumento
na resistência caso chegasse a uma cura ideal para o material. O ensaio DRX
demonstrou a presença de quartzo em ambas as amostras analisadas, porém pode
ser verificado que na amostra que foi disposta à alta temperatura, não foi encontrado
a Gibbsita, que foi encontrada na amostra de temperatura ambiente.
REFERÊNCIAS
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DAVIDOVITS, J. Geopolymer Cement. 4. ed.França: Institut GÉOPOLYMÈRE, 2013.
11 p.