Pé Diabético
Pé Diabético
Pé Diabético
PÉ DIABÉTICO
⇾ Uma das complicações mais sérias, com elevada morbimoralidade, e de maior custo da diabetes mellitus;
⇾ A amputação do MI ou de parte dele é precedida por uma úlcera;
⇾ Número de pessoas que perde a perna por DM por ano é > 1 milhão;
⇾ Taxa de amputação não traumática de MI é 8x maior em diabéticos, sendo ainda maior em homens, +75 anos
de idade e afro-americanos;
⇾ Por ano, no brasil: 500 mil úlceras, resultam em 80 mil amputações e 22 mil mortes;
⇾ Há possibilidade de redução das taxas em 49 a 85% com estratégias de prevenção, educação, tratamento
multidisciplinar e monitorização cuidadosa;
⇾ Fatores que retardam a busca por assistência: neuropatia (ausência de dor), retinopatia (dificuldade de
visualização das lesões), fatores culturais e religiosos, falta de conhecimento e medo;
FISIOPATOLOGIA
⇾ As lesões resultam da associação de pelo menos 2 fatores de risco
⇾ Neuropatia tem destaque: 50% das pessoas com DM2 têm neuropatia (pé de risco → pé insensível, deformado e
com padrão de deambulação anormal, que dificulta a cicatrização)
⇾ Maneiras de formar uma úlcera:
▹ ↓ mobilidade articular → espessamento da pele, ↑ pressão com hemorragias subcutâneas e formação de úlcera;
▹ traumas mínimos (sapato inadequado, lesões agudas) causam ulceração;
▹ doença vascular periférica + pequenas lesões → formação de úlcera dolorosa isquêmica ou neuro isquêmica,
que associada à neuropatia pode ser indolor ainda que a isquemia seja severa;
⇾ Um pé é considerado de risco se apresentar pelo menos 1 das seguintes alterações:
Deformidade ou proeminência óssea Ausência de pulso TA e TP
Lesão na pele Descoloração a elevação
Neuropatia Úlceras prévias
Pressão anormal Amputação anterior
Perda de mobilidade Calçado inadequado
⇾ Desenvolvimento da neuropatia
▹ Hiperglicemia → angiopatia e alterações metabólicas → ativação da via dos polióis → acúmulo de sorbitol nos
axônios → ↑ influxo de água intracelular → edema, lesão das células de Schwann e vascular
▹ Disfunção das células endoteliais → ↓ sinalização proangiogênica e produção de óxido nítrico (NO) →
diminuição do suprimento sanguíneo para o nervo.
▹ ´Pct com bom controle glicêmico também desenvolvem neuropatia periférica (EURODIAB IDDM)
Fatores de risco:
Idade Hipertensão
Hiperglicemia Hiperliídemia
Duração da DM2 Obesidade
Tabagismo
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DIAGNÓSTICO
⇾ Todos os ferimentos devem ser examinados, palpados e condados na avaliação inicial e no acompanhamento;
⇾ É importante definir se há infecção, já que uma ferida infectada exige realização de cultura e antibioticoterapia;
⇾ Diagnóstico baseia-se na presença de, no mínimo, 2 sinais/sintomas locais de inflamação: eritema > 0,5 cm ao
redor da úlcera, hipertermia, dor, edema e secreção purulenta (densa e esbranquiçada indica microorganismos
gram-positivos, aquosa turva e mal cheirosa indica infecções mistas);
Obs¹: deve-se excluir trauma, Charcot, fratura, trombose e estase venosa
⇾ Quando os sinais supracitados estão diminuídos, buscar por sinais secundários: necrose, tecido de granulação
friável e descolorido, secreção não purulenta, odor fétido e dificuldade de cicatrização;
⇾ Outros sinais: linfangite, linfadenite regional, crepitações e bolhas na pele;
⇾ Definir a conduta: sistema de classificação em que são avaliados tamanho e profundidade da lesão e a
presença/ausência de gangrena, neuropatia ou insuficiência arterial;
⇾ A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA) classifica as lesões em não infectada, infectada leve,
moderada e severa, se baseando nisso o IWGDF (International Working Group on the Diabetic Foot) divide os
casos em grau 1 à 4;
GRAU 1 Não apresenta sintomas ou sinais de infecção locais ou sistêmicas;