Duas Décadas de Preservação Digital
Duas Décadas de Preservação Digital
Duas Décadas de Preservação Digital
A primeira questão (P1.) visa identificar entidades que têm se dedicado na prática à
preservação de ativos digitais. A segunda questão (P2.) busca explorar, a partir de
organizações de regulação1, quais as normas mais aplicadas na Preservação Digital. A terceira
questão (P3.) observa, segundo a perspectiva da Rede Cariniana, que os modelos centralizado
e distribuído são os de maior destaque, porém o modelo distribuído é até então o mais
explorado. Esta questão visa identificar como a produção científica apresenta e aplica estes
modelos na prática. A quarta questão (P4.) se ocupa de observar as estratégias de preservação
digital que vêm sendo utilizadas para garantir a longevidade dos estoques digitais, as quais
devem ir além do pressuposto postulado por Miguel Ferreira (2006, p. 31 - 45). As questões
cinco e seis (P5. e P6), estão, por sua vez, diretamente ligadas à questão P4., pois as
estratégias são uma parte importante da elaboração do planejamento, visto que sem estratégias
bem definidas, se infere que não houve planejamento adequado e sem planejamento nem
organização das estratégias como é possível legislar as regras para gestão da Preservação
Digital?
2 DESENVOLVIMENTO
A metodologia aplicada para o desenvolvimento deste estudo, teve como objetivo
selecionar e identificar iniciativas nacionais e internacionais de preservação digital para o
desenvolvimento de um panorama abrangente nos últimos cinco anos. O estudo está pautado
no levantamento qualitativo e quantitativo de pesquisa descritiva, a partir da utilização do
método de bibliometria.
1
Existem diversas organizações de padronização em todo o mundo, dentre elas a International
Organization for Standardization (ISO), Dublin Core Metadata Initiative (DCMI), Institute of Electrical
and Electronics Engineers (IEEE), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Canadian
Standards Association (CSA), INN – Instituto Nacional de Normalización (INN), DIN – Deutsches
Institut für Normung (DIN) e Asociación Española de Normalización y Certificación (UNE/AENOR), as
quais têm maior representação no campo da Preservação Digital.
2
BRAPCI. 2008. Disponível em: <https://www.brapci.inf.br/>. Acesso em: 07 de nov. de 2022.
Bufrem et al. (2010) a principal base de dados brasileira especializada em Ciência da
Informação, caracterizada como uma base de dados referencial e de texto completo que
disponibiliza artigos indexados desde 1972, publicados em periódicos e anais de eventos,
além de livros eletrônicos (e-books) (LUCCA; LEITE; NEUBERT, 2022, p.5)3.
A Rede Federada de Repositórios Institucionais de Publicações Científicas - LA
Referencia4, é constituída como rede latino-americana de repositórios de acesso aberto para
apoiar as estratégias nacionais de acesso aberto na América Latina. A plataforma promove o
desenvolvimento de padrões de interoperabilidade, compartilhando e dando visibilidade à
produção científica, a partir da interação de artigos científicos, teses de doutoramento e
mestrado provenientes das universidades e instituições de pesquisa dos países membros:
Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Salvador, México, Peru e Uruguai5.
A Scopus6, base de dados pertencente à empresa neerlandesa Elsevier reúne produção
científica do mundo todo, sendo referência no âmbito da comunidade acadêmica de pesquisa.
Sua escolha se justifica por sua importância para a ciência, sua abrangência, possibilidade de
estudos métricos e contribuição para as pesquisas sobre preservação digital.
Nas bases de dados científicas, o termo preservação digital retorna um amplo número
de resultados, o que mostra que o tema é relevante, mas precisa ser visto com um olhar
específico para se atingir o objetivo proposto. Em novembro de 2022, a base Scopus retornou
1,262 trabalhos, especificamente, relacionados ao termo “digital preservation”; A LA
Referencia 4,100 estudos sob o termo “preservación digital” e a Brapci 540 resultados. Por
este motivo se optou por centralizar a busca em termos específicos como padrões, modelos,
políticas, planos e estratégias, visando reduzir o coeficiente de renovação.
No tocante aos critérios para seleção dos documentos nas bases, as consultas foram
restringidas pelo tipo dos documentos para artigos e apresentações em eventos. Os termos em
português ficaram limitados às consultas na base Brapci, em espanhol na LA Referencia e no
idioma inglês na Scopus. Tendo o recorte temporal abrangido a produção científica desde
2000 até 2022.
3
LUCCA, D. LEITE, C. NEUBERT, P. A produção científica brasileira sobre competência em
informação: um estudo dos artigos indexados na BRAPCI (2000-2019). v. 1 n. 1 (2022): Anais do 29º
Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação. BUFREM, L. S.; COSTA, F. D. O.;
GABRIEL JUNIOR, R. F.; PINTO, J. S. P. Modelizando práticas para a socialização de informações: a
construção de saberes no ensino superior. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.
15, n. 2, p. 22-41, maio/ago. 2010. BUFREM, L. S.; OLIVEIRA, E. F. T.; SOBRAL, N. V. Produção
científica sobre temas pertinentes ao GT 7 indexada na base de dados BRAPCI. In: Encontro
Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, 19, 2018, Londrina. Anais [...] Londrina: ANCIB,
2018.
4
LA REFERENCIA. c2013. Disponível em: <https://www.lareferencia.info/>. Acesso em: 07 de nov.
de 2022. Durante uma das reuniões do grupo de pesquisa, na oportunidade da definição das bases
de dados foi feita sugestão da base LA Referencia, em face da apresentação desta ferramenta de
pesquisa em uma live exibida pelo canal VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, na ocasião do I
Encontro da Rede Brasileira de Repositórios Digitais - RBRD realizado em 9 de agosto de 2022,
organizado pelo pela Fiocruz, ICICT, Ibict e RBRD.
5
Observatório Virtual de Transferência de Tecnologia (OVTT) da Universidade de Alicante (Espanha).
Disponível em: <https://www.ovtt.org/pt/recursos/la-referencia/>.
6
SCOPUS. 2004. Disponível em: <https://www.elsevier.com/pt-br/solutions/scopus>. Acesso em: 07
de nov. de 2022.
Quadro 1 - Critérios de inclusão e exclusão
Inclusão Exclusão
Após definidos estes critérios se aplicou os filtros de busca nos campos por “título”,
“palavra-chave” e “resumo”, selecionando, separadamente, os termos políticas, planos,
estratégias, padrões e modelos (Quadro 2) delimitados por aspas (“ ”) e utilizando o operador
booleano AND. “preservação digital” AND “modelos”.
Destaca-se que as consultas por termos no plural ou singular retornam os mesmos
resultados, assim se optou por representar os termos no singular. Com exceção da consulta
realizada para o termo “planos”, no idioma espanhol, precisou utilizar dois termos “plan” e
“planes” separadamente, os quais retornaram resultados distintos no campo “todos los
campos” e para o idioma inglês, se utilizou dois termos “planning” e “plan”, distintos na
grafia, porém similares na semântica, ambos retornaram resultados diversificados.
Aos critérios de exclusão se atribuiu trabalhos duplicados; os que não puderam ser
baixados; os que divergiram dos termos aplicados (Quadro 2), bem como os que apresentaram
apenas revisão da literatura.
Modelo
Uma vez executada a cadeia de buscar7, a base de dados Brapci apresentou um total de
344 documentos, que correspondiam à proposta da busca. Estes foram revisados a partir do
título, das palavras-chave e do resumo para obter os trabalhos selecionados para o corpus da
pesquisa. A base LA Referencia8 deu como resultado 302 documentos. E a Scopus retornou
592 trabalhos de pesquisa para revisão. Após aplicação da cadeia de busca dos 1,238
trabalhos levantados, 33 documentos responderam satisfatoriamente às perguntas da pesquisa.
Um estudo de estado da arte para ser aprofundado, deveria contemplar toda a
produção científica disponível. É fato que sempre haverá um silêncio na pesquisa que,
todavia, pode ser desvelado por outras pesquisas ou pesquisadores. Isto posto, o mais
importante Ferreira (2002) é aplicar critérios de inclusão e exclusão e dentro das delimitações
estabelecidas para se encontrar o que é mais relevante para o foco do que se está estudando9.
Segundo Norma Ferreira10, a História de certa produção não oferece uma compreensão
linear, uma organização lógica, sequencial do conjunto de resumos, quando a pesquisa é feita
a partir somente da leitura dos resumos.
7
Considera-se cadeia de busca como o conjunto da aplicação dos critérios, filtros e sua execução na
plataforma de busca (Base de dados).
8
Não disponibiliza palavras-chave enquanto campo de pesquisa, mas na página de descrição
completa do registro pesquisado o termo “palabra clave” aparece como descritor,
9
Ver trabalho de Cunha e Galindo. CUNHA, Jacqueline; GALINDO, Marcos. Preservação Digital: o
estado da arte. VIII ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, 2007.
LEE, Kyong-Ho; SLATTERY, Oliver, LU, Richang; TANG, Xiao; McCRARY, Victor. The state of the art
and practice in digital preservation. J. Res. Natl. Stand. Technol., v. 107, n. 1, p. 93-106, jan./fev.,
2002.
10
Professora do Departamento de Metodologia de Ensino (DEME) e pesquisadora do grupo de
pesquisa Alfabetização, Leitura e Escrita (ALLE) da Faculdade de Educação da UNICAMP.
2.1.3 Avaliação das métricas da produção científica
Gráfico 1 - Produção Científica entre os anos de 2000 e 2022 que respondem à pesquisa.
DISCUSSÃO E RESULTADOS
1. “The National Library of Canada: Organizing Information for the New Millennium,
Cataloging & Classification Quarterly” (Mckeen e Parent, 2000)
12. "Data authenticity and data value in policy-driven digital collections" (Bunakov,
Jones, Matthews e Wilson, 2014)
13. "Digital preservation file format policies of ARL member libraries: An analysis"
(Rimkus, Padilla, Popp, Martin, 2014)
15. "OAIS and Distributed Digital Preservation in Practice: An exploration of Danish and
other use cases that contributed to the development of the Outer OAIS – Inner OAIS
Model for Distributed Digital Preservation."(Zierau, 2017)
19. “Contribuições da rede cariniana para a preservação digital nos repositórios digitais
institucionais” (Silva, Moura, Siebra e Pinto, 2019).
21. “Garantindo acervos para o futuro: Plano de preservação digital para o repositório
institucional arca” (Nascimento, Queiroz e Araújo, 2019).
22. “LOCKSS, CLOCKSS & PORTICO: A look into digital preservation policies” (Shah
e Gul, 2019).
27. “La preservación digital a largo plazo y las bases de la planificación estratégica”
(Bodero-Poveda, De Giusti, Alarcón, 2021)
28. “Acervos arquivísticos audiovisual e sonoro da Fiocruz: uma reflexão acerca de sua
preservação digital” (Pontes e Soares, 2022).
31. “Preservação digital distribuída para teses e dissertações: uma proposta para as
bibliotecas universitárias da Unesp e UFRN" (Gonçalves, Marques, Bastos, Ferraro e
Loureiro, 2022).
33. "The status of the digital preservation policies and plans of the institutional
repositories of selected public universities in Kenya" (Ndegwa; Bosire; Odero, 2022)
A Rede Memorial de Pernambuco, por sua vez, nasceu, em 2009, a partir da iniciativa
de alguns pesquisadores e instituições ao perceberem uma angústia comum com a perda de
considerável patrimônio histórico e cultural, tão importante para essa geração e para as futuras
(ALENCAR, 2017, p. 54), com o intuito de promover um diálogo e cooperação entre
instituições de missão memorial do Estado, para a partilha de recursos e a realização de
programas estratégicos integrados de promoção, preservação e acesso ao patrimônio memorial
e informação de interesse histórico por elas custodiados.
Segundo Alencar esta articulação visava, à época, atender uma crescente demanda
social por informação, buscando superar os novos desafios impostos pela sociedade
(ALENCAR, 2017, p. 49).
A rede ampliou sua articulação para o âmbito nacional em 2011, quando instituições
envolvidas com projetos de digitalização se juntaram às instituições pernambucanas. O
Programa de Pesquisa da Rede Memorial idealizou e conduziu os esforços de uma
coletividade de técnicos, administradores e pesquisadores na busca de soluções sustentáveis
para a manutenção do Sistema Memorial de Pernambuco (GALINDO; SILVA, 2011, p.91).
Da mesma forma que a Rede do Ibict, uma das metas da Rede Memorial é trabalhar
em cooperação e integrada a uma estrutura “interoperável capaz de partilhar de forma
inteligente recursos, humanos, financeiros, tecnológicos, saberes e capacidades específicas de
cada parte” (TAVARES; GALINDO, 2017, p.164).
Outros exemplos de iniciativas são a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que a partir
do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz),
desenvolve programas próprios de preservação digital para área de saúde (PONTES;
SOARES, 2022, NASCIMENTO; QUEIROZ; ARAÚJO, 2019; ALVES et. al., 2017). E a
Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, tinha o objetivo de entrar no universo da
preservação da memória em suporte digital, por este fato, neste mesmo ano, promoveu um
seminário sobre preservação digital, visando levar para dentro da instituição o debate sobre
PD, visando formalizar políticas de digitalização, de preservação digital e acesso (GARCIA,
2017).
Um caso que merece destaque é o do sistema de bibliotecas da Universidade Estadual
de Londrina que até 2017, ainda, não dispunha de documento estabelecido que descrevesse
sua política de preservação digital, porém seu repositório institucional se encontra ativo. A
IES buscou então se adequar aos padrões de qualidade da PD, dentre suas ações e estratégias
operacionais, procurando aproximação com o Ibict, a partir do ingresso na Rede Cariniana
(CHIARA, et. al. 2017).
No cenário internacional diversas são as iniciativas de preservação digital na
atualidade. A seguir estão descritas algumas delas bem como foram destacadas aquelas
citadas na revisão de literatura.
Na América Central, El Grupo de Preservación Digital (GPD)11, formado em 2017, no
México, busca promover pesquisas, experimentação e capacitação de recursos em torno da
questão da preservação digital, particularmente materiais de patrimônio digital.
Na América do Norte a Canadiana (MCKEEN; PARENT, 2000), que em 2018 se
fundiu com The Canadian Research Knowledge Network (CDKN)12, representa hoje uma das
principais instituições de memória do Canadá, fornecendo acesso ao patrimônio documentário
canadense digitalizado.
Na Europa, a Europeana13 fortalece o setor do património cultural na sua
transformação digital, desenvolvendo conhecimento, ferramentas e políticas para abraçar a
mudança digital e incentivar parcerias que promovam a inovação.
Na Bélgica a Flandrica.be14 (Flanders Heritage Libraries) agrupa as forças no campo
da digitalização em bibliotecas de patrimônio flamengo, por meio de uma plataforma web de
publicações produzidas em Flandres ou sobre Flandres e materiais únicos da herança
flamenga, como manuscritos.
Do Reino Unido e Irlanda, The Digital Preservation Coalition15 vem construindo uma
comunidade global acolhedora e inclusiva, trabalhando em conjunto para criar um futuro
sustentável para ativos digitais.
11
https://preservaciondigital.iib.unam.mx/
12
CRKN and Canadiana.org Merge as Combined Organization, 2018. Disponível em:
https://www.crkn-rcdr.ca/en/crkn-and-canadianaorg-merge-combined-organization
13
https://www.europeana.eu/
14
https://www.flandrica.be/
15
https://www.dpconline.org/
Outras iniciativas são a CLOCKSS16, uma iniciativa colaborativa de bibliotecas
acadêmicas e editoras acadêmicas para preservar a literatura acadêmica digital publicada. A
PORTICO17, lançada originalmente pela JSTOR18, em 2002, provê serviços de preservação
digital. E o LOCKSS, um princípio de boas práticas de preservação digital amplamente
recomendado e que visa garantir a persistência da informação digital (LOCKSS, 2023)19.
Fundada em 1998, na Universidade de Stanford (Estados Unidos), desenvolve e oferece
suporte a software de código aberto para preservação digital com base em uma rede
distribuída de dispositivos de preservação executando um sofisticado protocolo de votação
(SOUZA; OLIVEIRA; D'AVILA; CHAVES, 2012; MARDERO ARELLANO, 2008;
GONÇALVES et al, 2006).
Segundo Ubaid Ullah Shah e Sumeer Gul Dr, “políticas e iniciativas de preservação
digital como LOCKSS, CLOCKSS e PORTICO e muitas outras reduziram muito o estresse
dos bibliotecários em tornar o conteúdo ou a informação seguros e acessíveis, não apenas para
o presente, mas também para as gerações futuras, apesar da tecnologia em constante
mudança” (SHAH; GUL, 2019, p.5).
A International Research on Permanent Authentic Records in Electronic Systems
(InterPARES)20, visa desenvolver o conhecimento essencial para a preservação a longo prazo
de documentos autênticos criados e/ou mantidos em formato digital e fornecer a base para
padrões, políticas, estratégias e planos de ação capazes de garantir a longevidade desse
material e a capacidade de sua usuários a confiar em sua autenticidade (RABELO, 2022).
E por fim, mas não menos importante o Preservation and Long-term Access through
Networked Services21 (Planets), um projeto de quatro anos co-financiado pela União Europeia
no âmbito do Sixth Framework Programme para enfrentar os principais desafios de
preservação digital. O principal objetivo da Planets foi criar serviços e ferramentas práticas
para ajudar a garantir o acesso de longo prazo aos ativos culturais e científicos digitais. O
projeto iniciou em 2006 e foi encerrado em 2010, porém os resultados são mantidos e
desenvolvidos por uma organização chamada Open Planets Foundation (OPF), do Reino
Unido (PAVÃO; CAREGNATO; ROCHA, 2016).
Neste estudo o termo padrão é considerado no sentido de “norma” para não confundir
com metainformação de preservação digital22. A semântica da palavra “padrão” varia
conforme o idioma, a literatura em língua brasileira a interpreta na grande maioria com
sentido de metadados de preservação digital, enquanto nos idiomas espanhol e inglês se
entende como normas. O melhor exemplo para justificar esta afirmação é ISO - International
Organization for Standardization ou Organização Internacional para Padronização.
16
https://clockss.org/
17
https://www.portico.org/
18
https://about.jstor.org/mission-history/
19
https://www.lockss.org/
20
http://www.interpares.org/
21
https://planets-project.eu/
22
Sobre metainformação consultar Miguel Ferreira (2006, p.55) e Miguel Márdero Arellano sobre
metadados (2008,75).
Padrão pode ser entendido, então, como referencial para comparação que proporciona
condições para avaliação de desempenho ou um “modelo estabelecido cuja aprovação por
consenso geral ou por autoridade oficial serve de base de comparação” (PADRÃO, 2023)23.
Isto posto, os principais padrões de preservação encontrados na revisão de literatura
são a ISO 172421 e a ISO 16363, porém Elba Poveda e Marisa De Giusti (2022) apresentam
uma lista com outros padrões de destaque em seu trabalho. Foessel et al. (2022), por sua vez,
nos fala de uma norma recentemente publicada a EN 17650 – The new standard for digital
preservation of cinematographic work, um novo padrão europeu proposto para o preservação
digital de obras cinematográficas que permite organizar conteúdos de forma sistemática, por
meio do pacote Cinema Preservation Package (FOESSEL, et al, 2022). Um perspectiva
relevante para a atual evolução das práticas de preservação digital, visto que segundo a
Unesco, em sua edição de 30 anos do Programa Memória do Mundo, o estandarte principal é
a preservação digital da memória audiovisual24.
25
Management systems for records.
A UNE-ISO/TR 18492:2008 Conservación a largo plazo de la información basada
en documentos. Este informe técnico (TR) fornece uma prática metodológica prática para a
conservação e recuperação em um amplo espaço da informação eletrônica autêntica baseada
em documentos, quando o período de conservação exceder a expectativa de vida da
tecnologia (hardware e software) utilizada para criar e manter a informação.
28
Sobre o princípio da redundância ver Marcos Galindo. O Dilemma do Pharmacon. 2014. p. 44.
29
Skinner, Katherine and Matt Schultz. A guide to distributed digital preservation. Atlanta, Ga:
Educopia Institute, 2010.
30
What is LOCKSS? LOCKSS. Disponível em: https://www.lockss.org/about/what-lockss .
jogos de computador e discute possíveis soluções para esses problemas. Palaiologk,
Economides, Tjalsma e Sesink (2012) abordam um estudo de caso para desenvolver um
modelo de custeio. Isso é usado para estimar os custos de preservação de dados de pesquisa
digital e identificar opções para melhorar e sustentar atividades relevantes. O modelo foi
projetado e testado no ambiente do repositório confiável do instituto Data Archiving and
Networked Services (DANS), nos Países Baixos.
O modelo de avaliação de risco proposto por Vermaaten, Lavoie e Caplan (2012), o
Simple Property-Oriented Threat (SPOT), define seis propriedades essenciais da preservação
digital bem-sucedida e identifica um conjunto limitado de ameaças que, se manifestadas,
diminuiriam seriamente a capacidade de um repositório para obter essas propriedades. Barons,
Bhatia, Double, Fonseca, Green, Krol, Merwood, Mulinder, Ranade, Smith, Thornhill,
Underdown (2021) apresentaram uma proposta de modelo bayesiano de risco de preservação
digital. Os autores propõem ver a Preservação digital a partir do topo da cadeia como gestor
de riscos.
Eld Zierau, da PhD em Preservação Digital, da Royal Danish Library, apresentou na
14th International Conference on Preservation of Digital Objects - Kyoto University
Yoshida-honmachi Sakyo-ku, Kyoto, Japan - trabalho que deve ser observado com atenção,
pois para além de sua perspectiva da possibilidade de alinhamento, na prática, dos aspectos da
distribuição de preservação digital com os conceitos e princípios do modelo de referência
OAIS apresentou uma extensão ao OAIS, um projeto de repositório de bits dinamarquês, o
Modelo OAIS externo–OAIS interno (Outer OAIS-Inner OAIS - OO-IO) por meio do projeto
internacional “Framework for Applying the OAIS Reference Model to Distributed Digital
Preservation”. O OO-IO tem o propósito de preservação digital distribuída. Isso mostrará
como o uso do modelo OO-IO pode ajudar na análise de tarefas complexas de preservação
digital de um repositório distribuído, em conformidade com o OAIS, no qual o modelo
OO-IO fornece a terminologia e contribui para resolver problemas de análise e auditoria
(ZIERAU, 2017).
No veio de uma evolução da preservação digital, a literatura em espanhol revelou
trabalhos que demandam atenção (BODERO POVEDA, DE GIUSTI, ALARCÓN, 2021),
primeiro, tratam da adaptação de critérios de avaliação de teorias a modelos de preservação
digital, no intuito de formular questões que permitam a garantia da avaliação. Apresentando
uma ferramenta de avaliação do modelo de maturidade para preservação digital em longo
prazo aplicando princípios de planejamento estratégico.
No ano seguinte, 2022, a equipe da Professora Marisa de Giusti, ilustra o modelo de
maturidade para preservação digital de longo prazo, que inclui as características de
maturidade que um repositório digital deve ter para preservar objetos digitais em sua fase
mais alta, o padrão de auditoria ISO 16363 e os princípios mais importantes em estratégias de
planejamento. O modelo de maturidade da Preservação Digital é baseado nos padrões ISO
16363, ISO 14721 (OAIS), TRAC e modelos de planejamento estratégico de Fred David,
Kaplan y Norton, y de Goodstein, Nolan e Pfeiffer (BODERO POVEDA, DE GIUSTI,
ALARCÓN, 2022).
Ao longo das últimas duas décadas a Preservação Digital - PD, vem evoluindo suas
práticas, no intuito de alcançar o status de fidelidade da longevidade dos estoques digitais.
Um de seus aspectos mais importantes são as estratégias, porém neste estudo se busca
desconstruir a visão tradicional de Ferreira (2006), visto que as estratégias estão diretamente
ligadas ao planejamento (macro) e não à ações (micro). O termo estratégia tem origem na
terminologia militar31 e dessa forma são indissociáveis das táticas. Uma estratégia é um plano
de ação “futuro” que se segue para atingir um objetivo final ou “o que fazer”. As estratégias
ajudam a definir as metas de longo prazo e como se pretende alcançá-las. A tática, por sua
vez, remete às etapas e ações individuais que levarão aonde se quer chegar ou “como fazer”.
Para construir uma estratégia fiável, sólida e de longo prazo, deve haver um
planejamento preliminar. Decisões, definição de metas e planos de contingência - para os
casos em que as estratégias saem fora do planejado. As táticas são as etapas a curto prazo que
ajudam a atingir as metas menores. Assim, o planejamento tático é o ato de desmembrar o
plano estratégico em ações a curto prazo. Visto que a criação de prazos garante que as táticas
sejam efetivamente concluídas dentro de um horizonte temporal definido (LAOYAN, 2022)32.
Dessa maneira, na primeira década do século XXI, a preocupação dos estudos sobre
Preservação Digital, esteve focada em aplicar táticas que tinham como estratégia a
preocupação com a obsolescência tecnológica. A tese de Miguel Ferreira (2006)33 é tida como
um postulado, onde o pesquisador lançou mão de procedimentos técnicos que visavam
resolver questões que hoje já não fazem tanto sentido, mas têm sido tidas como baluartes para
a comunidade acadêmica e profissionais da área.
Como mostra Márdero-Arellano (2008), era preciso enxergar além de táticas, era
preciso vislumbrar para além do como fazer e pensar no que fazer para garantir a fiabilidade
dos estoques digitais em longo prazo. Este é o voo da crisálida do qual nos fala Galindo
(2017)34.
Tomando como exemplo o artigo de WANG e LIU (2021), onde é planejada uma
estratégia de digitalização de várias tabuletas de pedra da Cidade Proibida, uma ação que visa
a preservação digital das humanidades, a partir da digitalização do patrimônio da cidade de
Beijing (China). Esta é uma iniciativa de planejamento estratégico que visa “o que fazer”,
construindo metas de como realizar o que foi planejado.
No entanto, ao que tange às estratégias técnicas estruturais e operacionais, o ponto de
partida é o postulado de Miguel Ferreira (2006), que Márdero Arellano, 2008, apresenta como
“critérios para a preservação digital da informação científica”. A abordagem do pesquisador
traz uma conceitualização e definição dos métodos estruturais e operacionais, bem mais sólida
e definida que a visão de Ferreira (MÁRDERO ARELLANO, 2008, p. 54-98).
31
A arte da guerra, de Sun Tzu.
32
Laoyan, Sarah. Estratégia vs. tática: em que diferem? Disponível em:
https://asana.com/pt/resources/strategy-vs-tactics .
33
Ver a visão de Ferreira sobre estratégias de Preservação Digital (p.31-45). Miguel Ferreira.
Introdução à Preservação Digital: Conceitos, estratégias e actuais consensos. Guimarães, Portugal:
Escola de Engenharia da Universidade do Minho, 2006.
34
GALINDO, Marcos. O voo da crisálida.p.15-31. In. VECHIATO, Fernando; et al. Repositórios digitais
: teoria e prática. Curitiba: EDUTFPR, 2017.
Estas ações ou critérios de curto prazo são necessárias e a maioria delas é atemporal,
porém com o passar dos anos novas necessidades foram surgindo e dentre elas os
Repositórios Digitais começaram a ganhar mais e mais destaque, surgindo, assim, novas
abordagens táticas para RDs.
As principais ações táticas ou critérios descritos na literatura e consideradas estratégias
de preservação com base no postulado de Ferreira (2006) estão listadas a seguir (GBAJE,
2011; BAGGIO; FLORES, 2013; GRÁCIO; FADEL; VALENTIM, 2013; OLIVEIRA;
PINTO, 2014; SANTOS; FLORES, 2014; FORMENTON; GRACIOSO; CASTRO, 2015;
SANTOS; FLORES, 2015; SANTOS; FLORES, 2015; ARAUJO; SOUZA, 2016; SANTOS;
FLORES, 2017; SANTOS; FLORES, 2017; SANTOS; FLORES, 2020):
Falar de política sem remeter aos conselhos de Aristóteles (384 - 322 a.C) ao seu filho
(bastrado), Nicômaco, é começar uma história pelo meio, vivenciando um epílogo sem ter
noção do seu prólogo. Segundo o grego política é a ética da polis ou simplesmente as leis que
regem a cidade ou um grupo de pessoas, visando seu bem estar35 dentro dos limites da polis.
Com o passar do tempo o conceito foi se transformando, ganhando amplas e novas
significações, todavia o cerne semântico do termo ainda se conserva o mesmo desde a
antiguidade.
Na Ciência da Informação, a política voltada para Preservação Digital, abrange
registrar a informação, delineada por ações, as quais deveriam servir de guia para se alcançar
o propósito da Preservação Digital, a longevidade dos ativos digitais. Em outras palavras, uma
política de preservação é um conjunto de leis que regem determinado ambiente de operação
das práticas de preservação digital. As estratégias e as táticas, sem um plano que registre, faça
lembrar e coordene sua aplicação, são vãs, aleatórias, sem sentido.
35
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa
de W. D. Rosá. Col. Os pensadores. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1973.
A arquitetura da Preservação Digital depende única e exclusivamente de uma política -
não está se falando que não se pode realizar, a práxis da Preservação Digital é um fato e seus
resultados, na atualidade, são o alicerce para se buscar novos rumos, em direção à uma estado
de aplicação, uma fase de maturidade da Preservação Digital. Existe um ecossistema
trabalhando, todavia não há ordem, ainda, para que se possa compreender com melhor
exatidão cada parte do todo.
A literatura revisada mostra que a busca por uma consciência da necessidade de
adoção de um política de preservação digital é tão significante quanto às denúncias de
ausência desses instrumentos. Mas afinal o que é uma política de preservação digital? Será o
mesmo que políticas para Preservação Digital? A primeira remete a uma regulação
generalizada, uma ação que cabe unicamente ao Estado regulamentar, as demais são locais,
cada Repositório Institucional deve com base nessa regulamentação mais abrangente criar
suas próprias políticas para o bem estar do seu ecossistema.
Isto posto, nas palavras de Márdero Arellano e Boeres (2005, p.13), os responsáveis
pelos acervos das instituições de ensino superior brasileiras precisam estabelecer políticas de
preservação digital, que incluam os recursos financeiros, humanos, tecnológicos, a
temporalidade e os direitos autorais. A autora e o autor acreditam que uma política de
preservação digital aceitável implica em observar e aplicar procedimentos que podem ser
inclusive aceitos como estratégias de preservação, tais como:
CONCLUSÃO
A revisão de literatura revelou que, atualmente, a Preservação Digital se apresenta em
uma fase intermediária ou estratégica, mais próxima do pensamento de "o que" se deve
realizar, pois no passado, ao invés de um planejamento a longo prazo, se empreenderam
planos em curto prazo. Observando a evolução da Preservação Digital do ponto de vista
sistêmico, seu desenvolvimento na primeira década do século XXI é controverso. No cenário
brasileiro primeiro houve uma fase tática, que se ocupava de uma visão “micro”, preocupada
em "como" realizar a preservação de objetos digitais em longo prazo, quando na realidade o
planejamento e as estratégias deveriam ter sido consolidadas em primeiro plano, buscando
uma visão "macro", de conjunto ou, por assim dizer, sistêmica.
É preciso ter em mente que um ecossistema aplicável de Preservação Digital mantém
suas partes trabalhando em conjunto, interoperávelmente, todavia cada qual com suas
particularidades em função do todo. Porém só se alcançará este estado avançado, quando a
Preservação Digital for vista como uma política pelo Estado, pois apenas o Estado tem o
poder de tornar um conjunto de leis que regem um determinado domínio, em regra ou norma,
com efeito de causa. No entanto só através de uma consciência global, quando nós, cientistas
das informação, estivermos unidos pelas diferenças, de nossos campos originários
(biblioteconomia, arquivística, documentação e áreas afim), ao invés de nos distanciarmos
cadas vez mais deixando o foco estagnado sem partir para a fase de aplicação.
Partindo deste pensamento de uma lei estatal, surgem os planos, a partir de
documentos auxiliares à etapa de planejamento, resguardados por estratégias e estas por suas
táticas, buscando alcançar objetivos. No micro universo tático das estratégias estão modelos e
padrões que orientam e operacionalizam as boas práticas de longevidade da informação em
suporte digital, especificamente no que tange aos Repositórios Digitais.
Décadas atrás, o engenheiro de sistemas, Miguel Ferreira, em uma interpretação
superficial, compreendeu os RDs como sistemas de informação responsáveis por gerir e
armazenar material digital (FERREIRA, 2006, p.71). Visto pelo viés da Ciência da
Informação, Márdero-Arellano ampliou a definição do engenheiro português, explicando que
repositórios digitais são um serviço de armazenamento de objetos digitais que tem a
capacidade de manter e gerenciar material por longos períodos de tempo e prover o seu acesso
apropriado” (MÁRDERO ARELLANO, 2008, p. 124). Marcos Galindo, por sua vez, alertou
que “a tecnologia da informação ofereceu o diferencial, o ponto fora da linha, aquilo que fugia
ao acervo da experiência social, o que escapava ao horizonte das expectativas” (GALINDO,
2017, p.29).
É um fato que o conceito de Repositório Digital - RD vem se ampliando com o avanço
das pesquisas sobre essas tecnologias, na área da Ciência da Informação, bem como na fase
em que se encontra a evolução da Preservação Digital há entre a PD e os RDs uma relação
inerente, onde esta tecnologia depende da preservação para manter sua função de garantir a
longevidade da informação. O que foi feito está consolidado, porém resta aos profissionais,
gestores e cientistas da informação darem um passo adiante para o amanhã e, quem sabe,
alcançar a estabilidade deste ecossistema.
Nos primeiros dez anos do século XXI, a preocupação dos estudos sobre Preservação
Digital, estava voltada para aspectos táticos, focados em estratégias preocupadas com a
obsolescência tecnológica, à mídia.
A literatura apresenta o termo estratégias como iniciativas teóricas e práticas, ações
desenvolvidas para se conseguir alcançar um objetivo, mas na fase tática da Preservação
Digital, éramos como a Noah's Ark, à deriva, no meio do oceano, buscando um porto seguro,
após o dilúvio de Pierre Levy36. Nossa terra firme ainda estava distante, mas dentro de nossa
arca, não tínhamos tudo o que precisávamos, mas tínhamos o necessário para seguirmos
adiante. Conforme deram-se passos, cada vez mais largos, juntos com Tecnologia da
Informação, se podia vislumbrar “terra à vista”.
Segundo Márdero-Arellano (2008, p. 352), era preciso enxergar além de um estágio
tático, era preciso vislumbrar para além do como fazer para garantir a fiabilidade dos estoques
digitais em longo prazo. As primeiras experimentações visando atingir este objetivo foram as
bibliotecas virtuais. Os Repositórios Digitais, eram uma tecnologia exordial tanto na prática
36
Pierre Lévy, Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999, 264p.
quanto na teoria. A Tecnologia da Informação havia criado o ambiente necessário para a
Preservação Digital atuar, havia teorias sólidas e as primeiras experiências laboratoriais,
porém faltava o recursos principal para fazer a engrenagem girar em um looping contínuo, os
recursos humanos ainda não estavam preparados para lidar com esses sistemas.
Naquele tempo havia a preocupação com o estabelecimento de meta informação ou
metadados de preservação, tratados no contexto das estratégias. Planos e políticas ainda eram
apenas um vislumbre de uma ideia que precisava se tornar realidade, porém sempre
destacados como necessários pela revisão literária até o presente. As particularidades de cada
um destes aspectos convergiu para formar um ecossistema como recomendou Márdero
Arellano, ainda, em 2008:
37
A ciência eletrônica (e-science) visa o aproveitamento da velocidade das redes de computadores,
permitindo o uso de laboratórios virtuais, novos métodos de trabalho colaborativo em rede, auxiliando
o avanço da ciência. Para Márdero-Arellano as atividades relacionadas com a e-ciência requerem
gerenciamento digital de entrada e saída de dados via simulação de testes e grande volume de
informações, sendo distribuídas e usadas massivamente (MÁRDERO-ARELLANO, 2008, p. 33);
fiabilidade de seus RDs, sem políticas definidas, não há como planejar e sem planejamento as
estratégias continuam sendo aplicadas de forma aleatória.
É esperado que as pesquisas a partir deste ponto, aprofundem o estado de maturidade
da Preservação Digital no intuito de se alcançar este status quo de um ecossistema que
interaja com suas partes visando a longevidade dos ativos digitais a partir dos repositórios
digitais, estabelecendo a ordem que se necessita por meio das políticas e planos estratégicos.
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