Número: 0808674-18.2024.8.10.0040

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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão

PJe - Processo Judicial Eletrônico

24/06/2024

Número: 0808674-18.2024.8.10.0040
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara da Fazenda Pública de Imperatriz
Última distribuição : 08/05/2024
Valor da causa: R$ 1.400,00
Assuntos: Irredutibilidade de Vencimentos, Gratificação Complementar de Vencimento
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes
Procurador/Terceiro vinculado AITAN VIEGAS PONTES (AUTOR)
AITAN VIEGAS PONTES (AUTOR) CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA
(ADVOGADO)
SILVIA EDUVIRGENS FONSECA (AUTOR) SILVIA EDUVIRGENS FONSECA (AUTOR)
CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA TIAGO SOARES TENORIO (AUTOR)
(ADVOGADO)
TIAGO SOARES TENORIO (AUTOR) CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA
(ADVOGADO)
WANDERSON BARROS RODRIGUES (AUTOR) WANDERSON BARROS RODRIGUES (AUTOR)
CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA ESTADO DO MARANHAO (REU)
(ADVOGADO)
ESTADO DO MARANHAO (REU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
12213 19/06/2024 10:14 0808674-18.2024.8.10.0040+-+Contestacao+- Contestação
2140 +Insalubridade+-+Peritos+de+Policia+Civil+-
+valor+da+causa+
12213 19/06/2024 10:14 00477802620138100001+-+Decisao+Monocratica+- Documento Diverso
2141 +base+de+calculo+da+insalubridade+da+policia+civil
-assin
12213 19/06/2024 10:14 Acordao+-+Des.+Jose+Ribamar+- Documento Diverso
2142 +Base+de+Calculo+Insalubridade+Ag+Penitenciarios
-assinado.pdf
12213 19/06/2024 10:14 Anexo+-+Acordao+de+Acao+Coletiva+- Documento Diverso
2143 +Insalubridade+Ag+Penitenciario-assinado.pdf
12213 19/06/2024 10:14 Decisao+-+0810864-74.2024.8.10.0000+-+Rachid+- Documento Diverso
2144 +Efeito+Suspensivo+Insalubridade+Imperatriz-
assinado.p
12213 19/06/2024 10:14 Decisao+Monocratica+- Documento Diverso
2145 +Base+de+Calc+Insalubridade+Penitenciario-
assinado.pdf
12213 19/06/2024 10:14 Sentenca+-+4?+VFP+- Documento Diverso
2146 +Base+de+calculo+da+insalubridade+da+policia+civil
-assinado.pdf
12127 09/06/2024 21:33 descumprimento de liminar Petição
8296
11927 14/05/2024 15:42 Intimação Intimação
1692
11895 10/05/2024 09:51 Citação Citação
8486
11895 10/05/2024 09:50 Intimação Intimação
7964
11879 08/05/2024 17:28 Decisão Decisão
4782
11870 08/05/2024 08:35 Petição Petição
9872
11871 08/05/2024 08:35 CUSTAS - GUIA_merged Custas
1978
11870 08/05/2024 08:04 Petição Inicial Petição Inicial
8443
11870 08/05/2024 08:04 PARECER MPMA Documento Diverso
8444
11870 08/05/2024 08:04 DOCS AITAN Documento de identificação
8449
11870 08/05/2024 08:04 DOCS SILVIA Documento de identificação
8450
11870 08/05/2024 08:04 DOCS TIAGO Documento de identificação
8451
11870 08/05/2024 08:04 DOCS WANDERSON Documento de identificação
8458
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA


FAZENDA PÚBLICA DE IMPERATRIZ, MARANHÃO.

Proc. Nº 0808674-18.2024.8.10.0040

ESTADO DO MARANHÃO, pessoa jurídica de direito público interno,


situado na Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintas do Calhau, nesta Capital,
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através do Procurador que esta subscreve,
oferecer a presente

CONTESTAÇÃO

Pelos fatos e razões jurídicas que passa a expor.

I – SÍNTESE FÁTICA

Trata-se de demanda em que os autores, peritos da Polícia Civil, postulam a


condenação do Estado do Maranhão ao pagamento do adicional de insalubridade em 40% do
subsídio, sob o argumento de exercer seu labor em condições insalubres. Em síntese,
demanda que o adicional de insalubridade deveria incidir sobre o total da remuneração do
servidor público, isto é, o seu subsídio.

Destaca-se que os autores já recebem adicional de insalubridade, tendo a base


de cálculo fixada na Lei nº 10.266/15.

Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, Lote 25, Quadra 22, Loteamento


Quintas do Calhau, São Luís/MA

Número do documento: 24061910091100000000113516907


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24061910091100000000113516907
Assinado eletronicamente por: ANGELUS EMILIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA - 19/06/2024 10:11:36 Num. 122132140 - Pág. 1
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

Postularam, ao final: a) o pagamento do adicional de insalubridade em 40%


sobre R$ 12.169,82; b) a nulidade das bases de cálculo criadas pelas leis nº 10.266/15 e
11.064/2019 e; c) o pagamento dos retroativos nos últimos cinco anos.

Por fim, os autores indicaram como valor da causa o montante de R$ 1.000,00


(mil reais), o que foi deferido pelo juízo no ID 118794782, gerando custas recolhidas a menor
do que devem ser.

Entretanto, merecem ser feitas algumas ressalvas:

a) O valor da causa, na realidade, corresponde a R$ 1.401.963,26 (um


milhão, quatrocentos e um mil, novecentos e sessenta e três reais e
duzentos e sessenta e quatro centavos), de modo que as custas a serem
pagas devem ser bem superiores às recolhidas;
b) Os demandantes já percebem adicional de insalubridade em grau
máximo, conforme disposição legal de regência, sendo o critério de cálculo
escolhido pelo legislador, não podendo o Judiciário substituir tal função.

É o necessário.

II – IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA

O regime processual trazido pelo Novo CPC agregou que as defesas a


serem apresentadas pelo réu sejam sintetizadas na contestação, antes da discussão do mérito,
conforme aponta o art. 337:

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


(...)
III - incorreção do valor da causa;

No caso em análise, o valor da causa há de corresponder ao valor das


prestações vencidas e vincendas:

Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção


e será:
(...)
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente
à soma dos valores de todos eles;

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Quintas do Calhau, São Luís/MA

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ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

(...)
§ 1o Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas,
considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação
anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo
superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das
prestações.
§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa
quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em
discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que
se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor
atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a
respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.

No processo em foco, o valor da causa delineado foi o montante genérico


de R$ 1.400,00, o que está em descompasso com o regramento do CPC, de forma que o valor
da causa deve englobar as prestações vencidas (nos últimos cinco anos) e vincendas.

Considerando a petição inicial, o autor requereu o pagamento do adicional


de insalubridade em 40% sobre R$ 12.169,82, pelos últimos 5 (cinco anos). Assim sendo, o
correto valor da causa é R$ 1.401.963,26. Vejamos:

Subsídio R$ 12.169,82
40% do subsídio R$ 4.867,928
Cinco anos de retroativos R$ 292.075,68
Doze prestações vincendas R$ 58.415,136
Total do valor da causa R$ 350.490,816 (para cada autor)

Tendo em vista que o valor da causa influencia o rito adotado pelo


juízo, é evidente que a postulação ultrapassa consideravelmente o teto do juizado
especial da Fazenda, de modo que requer-se a correção do valor da causa bem como
a intimação dos autores para regularizarem o montante de custas a serem recolhidas
proporcionalmente.

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III – MÉRITO - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE PAGO EM GRAU


MÁXIMO, CONFORME CRITÉRIOS LEGAIS

III. 1 – DOS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS POR LEI À CARREIRA DOS


AUTORES

Trata-se de demanda em que os demandantes postulam o reajuste do seu


adicional de insalubridade. Em síntese, demandam que o adicional de insalubridade deveria
incidir sobre o total da remuneração do servidor público, isto é, o seu subsídio.

A Emenda Constitucional nº 19/1998 impôs a remuneração de certos agentes


públicos através do regime de subsídio, o que implica no pagamento “em parcela única, vedado
o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória” (Art. 39, §4º da CF/88). Tal reforma constitucional também adicionou o §9º
no Art. 144 e determinou a aplicação da regra para os agentes policiais.

A imposição do sistema do subsídio alterou drasticamente a composição das


parcelas salariais dos servidores. Nos vencimentos existe o salário-base fixado em valor
inferior, sobre o qual incidem as chamadas vantagens, totalizando a remuneração final do
agente público:

Lei 6.107/94. Art. 47 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo


exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Art. 48 - Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes ou temporárias estabelecidas em lei.

É de se notar que o adicional de insalubridade é uma vantagem que incidiria, a


princípio, apenas sobre o vencimento-base do servidor. Nesse sentido o Art. 97 do Estatuto
dos Servidores dispõe que “o adicional de insalubridade classifica-se segundo os graus máximo, médio e
mínimo, com percentuais de 40% (quarenta por cento), 30% (trinta por cento) e 20% (vinte por cento) do
vencimento do servidor.”

Com a transformação do sistema remuneratório as vantagens foram, a princípio,


absorvidas dentro da parcela única chamada subsídio. Isso significa dizer que não existe
qualquer direito subjetivo constitucional ao pagamento adicionais de insalubridade
a tais agentes:

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ADMINISTRATIVO. DELEGADOS DA POLICIA FEDERAL.


ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CUMULAÇÃO.
SUBSÍDIO. LEI 11.358/2006. MP 305/2006.
IMPOSSIBILIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA.
1. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que os
servidores federais não têm direito adquirido ao recebimento de
adicionais ou vantagens pessoais após a edição da Lei 11.358/2006,
que instituiu nova forma de remuneração por meio de subsídio
fixado em parcela única.
2. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1410858/RN, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/02/2014, DJe 25/02/2014) (grifei)

Não obstante, o legislador local optou por manter tais verbas, mas com uma
nova configuração, já que a aplicação do previsto no Estatuto se tornou incompatível
com a atual estrutura remuneratória dos agentes.

Isso porque antes o adicional de insalubridade era pago com um percentual que
era calculado sobre o vencimento-base do agente. Nesse momento, a grandeza
“vencimento-base” necessária para o cálculo simplesmente deixou de existir e foi substituída
pelo subsídio.

Visando resolver a questão, a Lei 8.592/2007 adicionou os Arts. 95-A e 97-A no


Estatuto dos Servidores, vejamos:

Art. 95-A. Os servidores remunerados por subsídio, que habitualmente


trabalhem em locais insalubres, ou em contato permanente com
substâncias tóxicas, radioativas, inflamáveis ou com eletricidade ou que
causem danos à saúde, fazem jus ao adicional de insalubridade ou de
periculosidade, com base em critérios definidos em regulamento.
Art. 97-A. O adicional de insalubridade para o servidor remunerado por
subsídio classifica-se segundo os graus máximo, médio e mínimo,
de acordo com os valores fixados em lei.

A modificação legislativa definiu que os servidores que recebem via subsídio


podem receber adicionais de insalubridade, mas apenas de acordo com critérios fixados em
regulamento e com base em valores fixados em lei extravagantes, ou seja, a aplicação do
previsto no Estatuto foi afastada nesse ponto específico.

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ESTADO DO MARANHÃO
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PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

Especificamente no caso dos policiais civis a Lei 8.592 e Lei 8.694/07


reformularam a carreira e passaram a adotar o subsídio, ressalvando expressamente que não
poderia ocorrer a redução dos proventos em seu Art. 4º:

Art. 4º A remuneração, o provento da aposentadoria e a pensão não


poderão ser reduzidos em decorrência da aplicação do disposto nesta
Lei, devendo eventual diferença ser paga a título de parcela
complementar, a ser absorvida por ocasião da reorganização ou
reestruturação dos cargos, carreiras ou tabelas remuneratórias, concessão
de reajustes ou de desenvolvimento no cargo ou na carreira.

A mesma Lei 8.592/20071 fixou que o adicional de insalubridade seria pago em


valor fixo e que o noturno dependeria de regulamentação posterior, o que já efetivamente a
aplicação do Estatuto dos Servidores em tal momento:

Art. 23. Será pago o adicional noturno nos valores atualmente praticados
até que norma posterior específica venha tratar sobre a matéria.
...
Art. 26. O adicional de insalubridade será pago nos valores constantes do
Anexo XIV, desta Lei.

O pagamento de tais adicionais a tais agentes seguiu a previsão da Lei


8.592/2007 até a edição da Lei 10.266/15.

A jurisprudência é pacífica sobre a possibilidade de reestruturação


remuneratória da carreira, desde que respeitada a irredutibilidade salarial:

1
Disponível em http://stc.ma.gov.br/legisla-documento/?id=1703

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ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO


NO RECUSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BENEFÍCIO
POSTULADO APÓS EDIÇÃO DA LEI QUE ALTEROU A
FORMA DE VENCIMENTO PARA SUBSÍDIO.
IMPOSSIBILIDADE.
1. Não é admissível o segundo agravo interno manejado contra o mesmo
ato decisório, tendo em vista o princípio da unirrecorribilidade das
decisões judiciais e a ocorrência da preclusão consumativa.
2. O aresto da Corte estadual está em consonância com o
entendimento deste Tribunal de Justiça segundo o qual o servidor
público não tem direito adquirido a regime jurídico, MAS
APENAS À IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS.
Alterações na composição dos vencimentos dos servidores
públicos, retirando ou modificando a fórmula de cálculo de
vantagens, gratificações, adicionais, somente é possível se não
houver redução do montante até então percebido, o que, no caso, a
toda evidência, não ocorreu.
3. Agravo interno de-STJ, fls. 172/177, do qual não se conhece e agravo
interno de e-STJ, fls. 166/171, a que se nega provimento.
(AgRg no RMS 48.291/PB, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017) (grifei)

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR ESTADUAL. MILITAR.


MUDANÇA DE VENCIMENTOS PARA SUBSÍDIOS. NÃO HÁ
DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO.
PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE REDUÇÃO INEXISTENTE.
ENQUADRAMENTO. OBSERVÂNCIA DA PROPORÇÃO.
AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
1. O servidor público não possui direito adquirido a regime
jurídico, tampouco a regime de vencimentos ou de proventos,
sendo possível à Administração promover alterações na
composição remuneratória e nos critérios de cálculo, como
extinguir, reduzir ou criar vantagens ou gratificações, instituindo o
subsídio, desde que não haja diminuição no valor NOMINAL
percebido, em respeito ao princípio constitucional da
irredutibilidade de vencimentos.

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2. A Lei Estadual 4.188/2012, ao tempo em que instituiu a remuneração


em parcela única, vedou expressamente o recebimento do adicional de
insalubridade.
3. Embora modificada a forma de composição da remuneração dos
recorrentes, não houve redução do valor final percebido, tendo
havido, ao contrário, majoração. Desse modo, não havendo redução
de vencimentos, os servidores públicos não têm direito adquirido a
regime jurídico, pelo que se conclui pela ausência de direito líquido e
certo a ser assegurado.
4. Agravo Regimental não provido.
(AgRg no RMS 43.259/MS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 22/10/2013, DJe 09/12/2013) (grifei)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ALTERAÇÃO NA FORMA DE
COMPOSIÇÃO SALARIAL. PRESERVAÇÃO DO VALOR
NOMINAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS.
INOCORRÊNCIA. 1. Não há direito adquirido a regime jurídico,
sendo possível, portanto, a redução ou mesmo a supressão de
gratificações ou outras parcelas remuneratórias, desde que
preservado o valor nominal da remuneração. Precedentes. 2.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário.
Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se
nega provimento. (TF RE 393711 /1gR, Rel. Min. EROS GRAU,
Segunda numa, julgado em 17/03/2009, Die 17/04/2009. (destaquei)

Chama-se a atenção ao fato de os julgados supracolacionados terem


pertinência temática com o caso concreto dos autos. Trata-se de decisões referentes à
ausência de direito adquirido à regime jurídico por servidores públicos estaduais, inclusive no
tocante à percepção do adicional de insalubridade e à reestruturação remuneratória respectiva.

Bem, pelos excertos acima colacionados, depreende-se que é firme o


posicionamento jurisprudencial no sentido de que o Poder Judiciário não pode atuar
como legislador positivo e fixar/modificar a base de cálculo para a percepção do adicional
de insalubridade dos servidores públicos, notadamente quando existe lei específica
discriminado a aludida base de cálculo.

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ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

Esse é o caso dos policiais civis do Estado do Maranhão. Com efeito, a Lei n.
10.266 fixa as bases de cálculo para a incidência do adicional de insalubridade dos
aludidos servidores estaduais de acordo com a faixa de subsídio (classe) de cada um, na forma
do seu anexo V, como determina o art. 6º do diploma legal em tela:

Art. 6º. O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do


Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo
Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades
Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores
definidos no Anexo V, conforme a data nele especificada, até que
sobrevenha norma específica sobre a matéria. (destaquei)

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA ADMINISTRATIVA

Em simples operação matemática, com incidência da alíquota de 40% sobre a


base de cálculo legal correspondente, chega-se ao montante efetivamente pago pelo Estado
do Maranhão aos demandantes.

Cabe destacar que a Lei 10.266/2015 fixou os valores acima descritos e a Lei
11.064/2019 republicou o anexo para a inclusão de determinadas carreiras de agentes
penitenciários, porém não majorou qualquer valor, de modo que os mesmos ainda se
encontram atualizados.

Ademais, com a promulgação da Lei 10.266/2015 o legislador passou a


aplicar os percentuais previstos no estatuto dos servidores sobre a base de cálculo
prevista na Lei 12.266/2015.

Isso significa que devem ser aplicados os percentuais de 40%, 30% ou


20% (conforme o grau de insalubridade) previstos no Art. 97 da Lei 6.107/94 sobre a
base de cálculo prevista no anexo V da Lei 12.266/2015.

O E. TJMA já se manifestou sobre o tema de maneira específica:

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Número do documento: 24061910091100000000113516907


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APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.


AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORES PERTENCENTES À
POLICIA CIVIL. ADICIONAL NOTURNO E DE
INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO DE INCIDÊNCIA.
LEI Nº 10.266/2015. POSSÍVEL ERRO NO CRITÉRIO DOS
CÁLCULOS. INOCORRÊNCIA. JULGAMENTO
MONOCRÁTICO. POSSIBILIDADE. APELO DESPROVIDO.
I. Contudo, a dinâmica das atividades dos Tribunais pode, por exemplo,
ser um entrave para o cumprimento da regra estabelecida no artigo 926,
§1º, do CPC que diz que "os tribunais editarão enunciados de súmula
correspondentes a sua jurisprudência dominante", não podendo assim
ser jamais, impeditiva à mitigação da regra do artigo 932, IV, do CPC.
II. A Lei estadual nº 10.266/2015 entrou em vigor para, dentre outras
regulamentações, estabelecer novos valores fixos de acordo com cada
classe (ente elas, o subgrupo de atividades da Polícia Civil) e que servem
de base para o cálculo dos adicionais noturno e de insalubridade,
conforme artigo 6º, verbis: "O Adicional Noturno e o Adicional de
Insalubridade do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do
Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades
Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no
Anexo V, conforme a data nele especificada, até que sobrevenha norma
específica sobre a matéria.
III. Logo, agiu com acerto o magistrado singular ao julgar pela
improcedência da ação, considerando que não há comprovação do erro
cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos cálculos
do adicional de insalubridade e noturno, bem como não comprovaram a
existência de legislação específica que regule o reajuste da maneira
pretendida. (TJ/MA, AC 0854041-66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de
Miranda Gedeon Neto, j 01.07.2020, DJ 03.07.2020).
IV. Apelo Desprovido. Sem interesse Ministerial. (Súmula 568/STJ c/c
932, IV do CPC).
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 15.694/2019 - (NUMERAÇÃO ÚNICA
0047780-26.2013.8.10.0001) - SÃO LUÍS.)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES


PÚBLICOS INTEGRANTES DO SISTEMA PENITENCIÁRIO
ESTADUAL. LEIS ESTADUAIS Nº 8.695/07, 8.956/09ENº

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10.266/2015. ADICIONAIS NOTURNO E DE


INSALUBRIDADE. ERRO NOS CRITÉRIOS DE CÁLCULO E
REAJUSTE NÃO DEMONSTRADOS. APELO IMPROVIDO.
I. Os apelantes, servidores públicos integrantes do Sistema
Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de Atividades
Penitenciárias), exercendo suas atividades em regime de plantão de
24/72 horas, buscam o reajuste dos adicionais noturno e de
insalubridade, nos percentuais respectivos de 25% e 40%, com base
no salário básico.
II. De acordo com entendimento jurisprudencial e da Súmula
Vinculante 4 do STF: "Salvo nos casos previstos na Constituição, o
salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial."
III. Os apelantes se desincumbiram do ônus de demonstrar o erro
cometido pela administração pública nos critérios aplicados aos
cálculos dos adicionais noturno e de insalubridade, bem como da
comprovação da existência de legislação específica que regule o
reajuste.
IV. A manutenção da sentença é medida que se impõe.
Apelação improvida.
Sessão do dia 22 de abril de 2019
APELAÇÃO CÍVEL N.º 004538/2019- São Luís
Nº ÚNICO: 0016981-97.2013.8.10.0001

Inclusive, tal demanda já foi objeto de discussão em ação coletiva, movida


pelo Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão, que foi julgada
improcedente e transitou em julgado:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES


PÚBLICOS INTEGRANTES DO SISTEMA PENITENCIÁRIO
ESTADUAL. LEI ESTADUAL Nº 8.695/07. ADICIONALDE
INSALUBRIDADE. ERRO NOS CRITÉRIOS DE CÁLCULO E
REAJUSTE NÃO DEMONSTRADOS. APELO IMPROVIDO.
I -Os servidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário
Estadual (Grupo Ocupacional de Atividades Penitenciárias), buscam o
reajuste do adicional de insalubridade no percentual de 40%, com
base na Lei Estadual nº 8.695/07.

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II - Na hipótese, o Sindicato apelante não logrou êxito em demonstrar


o erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados aos
cálculos do adicional de insalubridade, bem como da comprovação da
existência de legislação específica que regule o reajuste, razão pela qual
a manutenção da sentença de improcedência é medida que se impõe.
Apelação improvida.

Esclarecedores também são os apontamentos do juízo da 4ª vara da Fazenda


Pública, ao julgar caso semelhante:

A controvérsia consiste em verificar se os servidores públicos


integrantes dos Subgrupos de Atividades de Polícia Civil APC; de
Processamento Judiciário – APJ; e de Atividades Penitenciárias - AP
têm direito ao reajuste e recebimento do adicional de insalubridade
tomando como base de cálculo o valor integral do subsídio.

No presente caso entendo que não há omissão legislativa quanto a


definição da base de cálculo do adicional de insalubridade que
justifique a intervenção judicial. A Lei n° 8.695/2007, que dispôs
sobre a fixação do subsídio para os servidores estaduais do Grupo
Ocupacional Atividades de Apoio Administrativo e Operacional –
ADO, também disciplinou a base de incidência para o percentual do
adicional de insalubridade, verbis:
(...)
Com efeito, o pedido de pagamento de adicional de insalubridade
com base em outros parâmetros não definidos em lei, é
manifestamente improcedente, vez que a remuneração de todo e
qualquer cargo da administração pública deve ser definida em lei –
imposição que garante inúmeras vantagens aos funcionários públicos,
inclusive a irredutibilidade de salários. No caso do servidor público a
relação é estatutária, isto é, sua contratação seguirá os moldes do
estatuto da instituição na qual exercerá a função pública. O regime de
direito é público, o que estabelece a relação entre a administração e
um particular de maneira vertical, hierárquica no sentido de haver
prevalência do interesse público em detrimento do particular,
pautando-se através de uma lei ou estatuto que garante a estabilidade
por exemplo, de forma que não cabe ao Poder Judiciário substituir o

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legislador para estabelecer ou alterar a base de cálculo para a


concessão do adicional objeto da ação.

Face ao exposto, julgo improcedente os pedidos, em consequência,


extingo o processo com julgamento do mérito nos termos do artigo
487, inciso I, do Código de Processo Civil.

Destarte, a improcedência dos pedidos é medida que se requer.

III.2 – DO INEXISTENTE CONFLITO DE LEGALIDADE ENTRE A LEI Nº


6.107/94 E A LEI Nº 10.266/2015.

Dentre outros argumentos, a pretensão autoral fundamenta-se em dois


substratos: a) suposta disposição taxativa e suficiente da Lei Estadual n.º 6.107/94 (Estatuto
dos Servidores Públicos Civis do Maranhão) que garantiria a integralidade da remuneração
como base de cálculo e; b) Violação à hierarquia das normas pela Lei Estadual n.º
10.266/2015 que regulamentou posteriormente o pagamento do adicional.

Entretanto, esse argumento não se sustenta, uma vez que:

a) viola o princípio da especialidade previsto na LINDB (art. 2, §2º),


pois há lei específica que fixa a base de cálculo da insalubridade aos
policiais civis, diversa da lei geral;
b) não há violação ao princípio da hierarquia, pois ambas as normas
discutidas são legislação ordinária e;
c) pelo critério temporal, a Lei nº 10.266/2015 é mais nova e;
D) ainda que houvesse algum conflito, a hipótese prevista na Lei nº
6.107/94 fala em “vencimento”, o que não é o caso dos servidores
agravados que são remunerados por subsídio. Não há subsunção à
hipótese prevista na Lei nº 6.107/94.

Para esclarecer a aplicação dos adicionais de insalubridade e noturno para


policiais civis à luz das disposições dos artigos 95 da Lei nº 6.107/94 e 6º da Lei nº
10.266/2015, é necessário recorrer aos critérios de solução de antinomias
estabelecidos pela Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB).
Especificamente, os critérios de especialidade, hierarquia e temporalidade são pertinentes
para a resolução desse conflito aparente.

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De acordo com o critério da especialidade, uma norma especial prevalece


sobre uma norma geral. O artigo 95 da Lei nº 6.107/94 estabelece disposições gerais sobre o
adicional de insalubridade para servidores públicos. Já o artigo 6º da Lei nº 10.266/2015 é
uma norma especial que se aplica especificamente aos policiais civis (Subgrupo Atividades de
Polícia Civil - APC), aos servidores do Subgrupo Processamento Judiciário (APJ) e ao
Subgrupo Atividades Penitenciárias (AP). Dado que a Lei nº 10.266/2015 trata
especificamente dos adicionais para esses subgrupos de servidores, deve-se aplicar
esta norma em detrimento da norma geral estabelecida pela Lei nº 6.107/94.

Não há violação ao princípio da hierarquia. Ambas as leis em questão são


leis ordinárias. Assim, não há conflito hierárquico entre elas, visto que pertencem ao mesmo
nível normativo. Portanto, a aplicação do critério da especialidade não viola o princípio da
hierarquia normativa.

Pelo critério temporal (tempus regit actum), a norma posterior prevalece


sobre a norma anterior na regulação de matérias idênticas ou correlatas. A Lei nº 10.266/2015
é posterior à Lei nº 6.107/94, indicando que o legislador, ao editar a norma mais recente,
teve a intenção de tratar de maneira específica os adicionais de insalubridade e
noturno para os subgrupos mencionados, estabelecendo uma base de cálculo específica
no Anexo V da referida lei. Portanto, o artigo 6º da Lei nº 10.266/2015 deve prevalecer.

No mais, os policiais civis são remunerados por subsídio, o que difere do


vencimento do cargo efetivo mencionado na Lei nº 6.107/94. Assim, não há
subsunção do caso dos autores à Lei nº 6.107/94. O subsídio é uma forma de
remuneração que, por definição constitucional, não pode ser acrescida de adicionais que não
estejam explicitamente previstos na legislação específica que regula a carreira. Portanto, o
tratamento dado pela Lei nº 10.266/2015 aos policiais civis, ao especificar a base de cálculo
dos adicionais de insalubridade e noturno, respeita essa forma de remuneração.

Assim, à luz dos critérios de especialidade, hierarquia e temporalidade previstos


na LINDB, deve-se aplicar a norma especial do artigo 6º da Lei nº 10.266/2015 para os
policiais civis, em detrimento da norma geral do artigo 95 da Lei nº 6.107/94. Além disso,
considerando que os policiais civis são remunerados por subsídio, a aplicação da Lei nº
10.266/2015 respeita as disposições constitucionais pertinentes à forma de remuneração
desses servidores. Afinal, conclui-se que o adicional de insalubridade e noturno para
policiais civis deve ser calculado conforme os valores definidos no Anexo V da Lei nº
10.266/2015.

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IV – DO PEDIDO

Diante do exposto, requer o Estado do Maranhão que:

a) Seja acolhida a preliminar de impugnação ao valor da causa, para que a


parte autora efetue o pagamento das custas processuais calculadas sobre
o valor atualizado da causa;

b) Que seja a demanda julgada inteiramente improcedente, nos termos da


fundamentação acima mencionada;

d) A condenação do demandante nos ônus da sucumbência.

Protesta provar o alegado através dos meios de prova admissíveis em direito.

Nestes termos, pede deferimento.

São Luís (MA), 19 de junho de 2024.

ANGELUS EMILIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA


PROCURADOR DO ESTADO

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO
Consulta realizada em: 18/03/2021 11:47:11
Segundo Grau
Consulta Processual

Nº Único: 0047780-26.2013.8.10.0001
Número: 0156942019
Data de Abertura: 14/05/2019 09:27:20
Natureza: CÍVEL ORIGINÁRIO
Classe: PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO | Recursos | Apelação
Cível

Distribuição

Data: 15/05/2019 10:25:22


Câmara: SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
Relator(a): ANTONIO GUERREIRO JÚNIOR

Partes

Apelante: DAURIZETE SOUSA PAZ, JOSE RIBAMAR DINIZ NASCIMENTO, NILSON RANGEL DE AMORIM
Advogado(a): FRANKLIN ROOSEVELT AZEVEDO CUNHA, FABIO HENRIQUE RIBEIRO CARVALHAL LIMA

Apelado: ESTADO DO MARANHAO


Advogado(a): ANGELUS EMILIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA

Todas as movimentações

Quinta-Feira, 29 de Outubro de 2020.

ÀS 12:54:17 - Baixa Definitiva - TERCEIRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE SÃO LUIS

Autos contendo 184 folhas.


ÀS 12:54:14 - Transitado em Julgado em data 21/09/2020; tipo Decisão; número/folhas 179/183 - SEGUNDA CÂMARA
CÍVEL

65 dia(s) após a movimentação anterior

Terça-Feira, 25 de Agosto de 2020.

ÀS 17:52:49 - Publicado ato_publicado Decisão; data 26/08/2020 00:00:00 - COORDENADORIA DO DIÁRIO DA


JUSTIÇA ELETRÔNICO

Movimentado pelo servidor a partir do DJE. Data: 12/08/2020. Id do diario: 3342. Edição número: 154. Ano: 2020. Data de
Disponibilização: 25/08/2020. Data de Publicação: 26/08/2020. De acordo com a Lei nº. 11.419/2006, Art. 4°, §§ 3º e 4º..
(id_materia:5159851)
ÀS 11:53:32 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Número do documento: 24061910091100000000113516908


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Segundo Grau
Consulta Processual

1 dia(s) após a movimentação anterior

Segunda-Feira, 24 de Agosto de 2020.

ÀS 10:58:57 - Remetidos os Autos destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; motivo_da_remessa outros motivos -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 10:56:11 - Conhecido o recurso de parte e não-provido nome_da_parte DAURIZETE SOUSA PAZ; Tipo decisao
Decisão - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL


APELAÇÃO CÍVEL Nº 15.694/2019 - (NUMERAÇÃO ÚNICA 0047780-26.2013.8.10.0001) - SÃO LUÍS.
Apelantes : Daurizete Sousa Paz e outros.
Advogado : Franklin Roosevelt Azevedo Cunha (OAB/MA 7022) e outros.
Apelado : Estado do Maranhão.
Procurador : Angellus Emilio Medeiros de Azevedo Maia.
Proc. de Justiça : Dr. Teodoro Peres Neto.
Relator : Des. Antonio Guerreiro Júnior.

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORES PERTENCENTES À


POLICIA CIVIL. ADICIONAL NOTURNO E DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO DE INCIDÊNCIA. LEI Nº
10.266/2015. POSSÍVEL ERRO NO CRITÉRIO DOS CÁLCULOS. INOCORRÊNCIA. JULGAMENTO MONOCRÁTICO.
POSSIBILIDADE. APELO DESPROVIDO.
I.Contudo, a dinâmica das atividades dos Tribunais pode, por exemplo, ser um entrave para o cumprimento da regra
estabelecida no artigo 926, §1º, do CPC que diz que "os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua
jurisprudência dominante", não podendo assim ser jamais, impeditiva à mitigação da regra do artigo 932, IV, do CPC.
II. A Lei estadual nº 10.266/2015 entrou em vigor para, dentre outras regulamentações, estabelecer novos valores fixos de
acordo com cada classe (ente elas, o subgrupo de atividades da Polícia Civil) e que servem de base para o cálculo dos
adicionais noturno e de insalubridade, conforme artigo 6º, verbis: "O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do
Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades
Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no Anexo V, conforme a data nele especificada, até
que sobrevenha norma específica sobre a matéria.
III. Logo, agiu com acerto o magistrado singular ao julgar pela improcedência da ação, considerando que não há
comprovação do erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos cálculos do adicional de insalubridade
e noturno, bem como não comprovaram a existência de legislação específica que regule o reajuste da maneira pretendida.
(TJ/MA, AC 0854041-66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de Miranda Gedeon Neto, j 01.07.2020, DJ 03.07.2020).
IV. Apelo Desprovido. Sem interesse Ministerial. (Súmula 568/STJ c/c 932, IV do CPC).

DECISÃO

Trata-se de apelação interposta por Daurizete Sousa Paz e outros inconformada com a sentença proferia pelo Juiz de
Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital que, nos autos de Reajuste de Adicional Noturno e Insalubridade ajuizada
face o Estado do Maranhão, JULGOU IMPROCEDENTES os pedidos dos Autores contidos na inicial, cCondenando os
requerentes ao pagamento de custas processuais e honorários sucumbenciais, estes que fixo em R$ 1.000,00 (um mil
reais), ficando a exigibilidade suspensa pelo prazo de 5 (cinco) anos em razão do deferimento da assistência judiciária
gratuita, tudo de acordo com os arts. 85, § 8°, e, §§ 2º, do CPC.
Em suas razões, aduz o recorrente as seguintes matérias: a) Que os valores referentes ao adicional de insalubridade e
adicional noturno, deviam ter como base de cálculos o valor da hora de serviço, a qual tem como indicador o salário base
atual, o que de acordo com a legislação supra, se traduz no subsídio; b) Que o apelo não tem a pretensão de que a base
dos adicionais incidam sobre o valor total da remuneração, mas,

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sim, sobre o salário base, que não seria outro senão o subsídio oferecido pelo Próprio governo do Estado.
Ao final, requer o provimento do recurso para que, reformando-se a sentença, sejam julgados procedentes os pedidos
acostados à inicial.
Contrarrazões às fls. 141/150.
A d. PGJ, em parecer de lavra do Dr. Teodoro Peres Neto deixou de opinar por entender inexistir hipótese autorizadora
contida no art. 178 do CPC.
É o relatório. Decido.
Ab initio, insta asseverar que, na hipótese, a prerrogativa constante do art. 932 do CPC-2015, bem como o que preceitua a
Súmula nº 568 do STJ permitem ao relator decidir monocraticamente o presente apelo, na medida em que já há
entendimento dominante acerca do tema na jurisprudência desta Corte e dos Tribunais Superiores.
Pois bem, verificada a possibilidade de julgamento monocrático, entendo que o apelo não merece provimento.
O cerne da questão gravita sobre qual base de cálculo deve incidir os percentuais devidos a título de adicional de
insalubridade e noturno, devido aos servidores pertencentes ao Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC.
Sobre o tema, tem-se que a Lei nº 8.694/2007 determinou a fixação de subsídio para os Servidores Estaduais que fazem
parte da Polícia Cívil. Por sua vez, a Lei nº 8.592/2007 impôs que a base de cálculo o qual incidiram os possíveis adicionais
devidos na carreira, deveriam observar os critérios definidos em lei.
Daí que, com o advento da Lei nº 10.266/2015 foi estabelecido que: "O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do
Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades
Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no Anexo V, conforme a data nele especificada, até
que sobrevenha norma específica sobre a matéria".
Desta forma, em simples análise da tabela imposta, cruzada com os percentuais imposto quanto ao adicional de
insalubridade e noturno (arts. 97 e 106 da Lei 6.107/94), não se percebem erros cometidos com relação aos valores pago
pelo Estado do Maranhão.
Em outras palavras, conforme já decidido por esta Corte: "A pretensão de modificar a base de cálculo utilizada pelo apelado,
entretanto, depende de lei específica, a teor do art. 37, inciso X, da Constituição Federal, não cabendo ao Poder Judiciário
invadir esfera de competência de outro Poder para estabelecer parâmetros que não estejam definidos previamente em lei.
Logo, agiu com acerto o magistrado singular ao julgar pela improcedência da ação, considerando que não há comprovação
do erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos cálculos do adicional de insalubridade, bem como
não comprovaram a existência de legislação específica que regule o reajuste da maneira pretendida" (TJ/MA, AC 0854041-
66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de Miranda Gedeon Neto, j 01.07.2020, DJ 03.07.2020).
Salutar a transcrição dos seguintes precedentes emanados por esta Corte em casos análogos:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO. REMUNERAÇÃO
POR SUBSÍDIO. ADICIONAL NOTURNO E ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. PREVISÃO LEGAL
EM PARÂMETRO DIVERSO. APELO DESPROVIDO.
1. Não há que se considerar qualquer violação ao princípio da congruência, uma vez que o fato do magistrado a quo ter
julgado de forma diversa da pretendida pelos apelantes não representa afronta ao mencionado princípio, ante o enunciado
do convencimento motivado do Magistrado garantido pelo art. 371, do CPC/2015, principalmente se considerado que a
sentença está de acordo com os dispositivos legais e jurisprudências firmados nos Tribunais pátrios.
2. Com relação aos servidores do Grupo Ocupacional Atividades Penitenciárias - AP, especificamente, a Lei 8.695/2007
fixou as novas regras do sistema remuneratório desses cargos, os quais passaram a ser pagos sob a forma de subsídio,
mantendo o pagamento do adicional de insalubridade com a mesma base de cálculo anteriormente estabelecida até a
superveniência de regra específica sobe o tema, a teor dos seus artigos 3º e 5º.
3. Apelo desprovido.
(TJ/MA, AC 0854041-66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de Miranda Gedeon Neto, j 01.07.2020, DJ 03.07.2020).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS INTEGRANTES DO SISTEMA PENITENCIÁRIO


ESTADUAL. LEI ESTADUAL Nº 8.695/07. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ERRO NOS CRITÉRIOS DE CÁLCULO E
REAJUSTE NÃO DEMONSTRADOS. APELO IMPROVIDO.
I - Os servidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de Atividades Penitenciárias),
buscam o reajuste do adicional de insalubridade no percentual de 40%, com base na Lei Estadual nº 8.695/07.
II - Na hipótese, o Sindicato apelante não logrou êxito em demonstrar o erro cometido pela administração pública nos
critérios aplicados aos cálculos do adicional de insalubridade, bem como da comprovação da

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existência de legislação específica que regule o reajuste, razão pela qual a manutenção da sentença de improcedência é
medida que se impõe. Apelação improvida.
(TJ-MA - AC: 00125620520118100001 MA 0144632019, Relator: JOS DE RIBAMAR CASTRO, Data de Julgamento:
24/06/2019, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 27/06/2019 00:00:00)

Ante o exposto, julgo monocraticamente, nos termos do art. 932, IV, do CPC, e por analogia à súmula 568 do STJ, para
negar provimento ao presente apelo, mantendo incólumea sentença reexaminada.
Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.
São Luís, 12 de Agosto de 2020.

Des. Antonio Guerreiro Júnior


RELATOR

34 dia(s) após a movimentação anterior

Terça-Feira, 21 de Julho de 2020.

ÀS 11:35:48 - Recebidos os autos - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

1 dia(s) após a movimentação anterior

Segunda-Feira, 20 de Julho de 2020.

ÀS 10:33:17 - Remetidos os Autos destino GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR;
motivo_da_remessa CONCLUSÃO - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

CONCLUSÃO
ÀS 10:33:17 - Conclusos para tipo_de_conclusao desembargador Relator; destino GAB. DES. ANTONIO PACHECO
GUERREIRO JUNIOR

ÀS 10:31:48 - Juntada de Petição de Tipo: tipo_de_peticao Petição (outras); número da petição 0113472020 -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Solicitante:DAURIZETE SOUSA PAE, JOSE RIBAMAR DINIZ NASCIMENTO E OUTRO -Apresentação de manifestação ,
pedidindo o seu processamento na forma da Lei. Fls. 176/177.
17 dia(s) após a movimentação anterior

Sexta-Feira, 3 de Julho de 2020.

ÀS 11:53:35 - Protocolizada Petição número da petição 0113472020; Tipo: PETIÇÃO - COORDENADORIA DAS
CÂMARAS CÍVEIS ISOLADAS

105 dia(s) após a movimentação anterior

Sexta-Feira, 20 de Março de 2020.

ÀS 14:27:49 - Publicado ato_publicado Intimação; data 23/03/2020 00:00:00 - COORDENADORIA

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DO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

Movimentado pelo servidor a partir do DJE. Data: 19/03/2020. Id do diario: 3224. Edição número: 51. Ano: 2020. Data de
Disponibilização: 20/03/2020. Data de Publicação: 23/03/2020. De acordo com a Lei nº. 11.419/2006, Art. 4°, §§ 3º e 4º..
(id_materia:5016496)
2 dia(s) após a movimentação anterior

Quarta-Feira, 18 de Março de 2020.

ÀS 09:39:25 - Juntada de Petição de Tipo: tipo_de_peticao Petição (outras); número da petição 0081352020 -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Solicitante:ESTADO DO MARANHÃO - MANIFESTAÇÃO. Fls. 166/174.


ÀS 09:33:03 - Juntada de tipo_de_documento Ofício - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Ofício nº 262/2020-2ªCCI com certidão. Fls. 164/165.


1 dia(s) após a movimentação anterior

Terça-Feira, 17 de Março de 2020.

ÀS 17:03:19 - Protocolizada Petição número da petição 0081352020; Tipo: PETIÇÃO - COORDENADORIA DAS
CÂMARAS CÍVEIS ISOLADAS

ÀS 17:02:44 - Recebidos os autos - COORDENADORIA DAS CÂMARAS CÍVEIS ISOLADAS

COM 163 FLS.


1 dia(s) após a movimentação anterior

Segunda-Feira, 16 de Março de 2020.

ÀS 09:35:56 - Ofício Devolvido Resultado: resultado entregue ao destinatário - COORDENADORIA DO DIÁRIO DA


JUSTIÇA ELETRÔNICO

OF. 262/2020-2ªCCI
7 dia(s) após a movimentação anterior

Segunda-Feira, 9 de Março de 2020.

ÀS 16:50:21 - Publicado ato_publicado Despacho; data 10/03/2020 00:00:00 - COORDENADORIA DO DIÁRIO DA


JUSTIÇA ELETRÔNICO

Movimentado pelo servidor a partir do DJE. Data: 04/03/2020. Id do diario: 3211. Edição número: 42. Ano: 2020. Data de
Disponibilização: 09/03/2020. Data de Publicação: 10/03/2020. De acordo com a Lei nº. 11.419/2006, Art. 4°, §§ 3º e 4º..
(id_materia:4996950)

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3 dia(s) após a movimentação anterior

Sexta-Feira, 6 de Março de 2020.

ÀS 14:02:14 - Autos entregues em carga ao destinatário ANGELLUS EMILIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA
(Procurador do Estado) - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Autos contendo 163 folhas, enviados através do of. 262/2020-2ªCCI.


ÀS 14:02:03 - Expedição de tipo_de_documento Ofício - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

Ofício nº. 262/2020-2ªCCI


São Luís, 06 de março de 2020.

A Sua Excelência o Senhor


ANGELLUS EMÍLIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA
Procurador do Estado do Maranhão
Nesta

Apelação: 15.694/2019 - São Luís


Apelante: Daurizete Sousa Paz e outros
Apelado: Estado do Maranhão
Relator: Des. Antonio Guerreiro Júnior

Senhor Procurador,

De ordem, sirvo-me do presente para intimar Vossa Excelência acerca do despacho proferido à fl. 163 nos autos do recurso
em epígrafe, os quais seguem em volume único, contendo 163 folhas.

Atenciosamente,

Felipe Antonio Silva Matos


p/ Secretaria da Segunda Câmara Cível
ÀS 13:54:43 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 10:18:41 - Remetidos os Autos destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; motivo_da_remessa outros motivos -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 09:43:33 - Proferido despacho de mero expediente - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL


APELAÇÃO CÍVEL Nº 15.694/2019 - (NUMERAÇÃO ÚNICA 0047780-26.2013.8.10.0001) - SÃO LUÍS.
Apelantes : Daurizete Sousa Paz e outros.
Advogado : Franklin Roosevelt Azevedo Cunha (OAB/MA 7022) e outros.
Apelado : Estado do Maranhão.
Procurador : Angellus Emilio Medeiros de Azevedo Maia.
Proc. de Justiça : Dr. Teodoro Peres Neto.
Relator : Des. Antonio Guerreiro Júnior.

DESPACHO

Valendo-me dos poderes instrutórios conferidos ao Relator nas causas afetadas ao Segundo Grau de

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Jurisdição (Art. 932, I, do CPC), intime-se o Apelado Estado do Maranhão para no prazo de 5 (cinco) dias: a) apresentar o
valor atualizado, se houver, do anexo V do art. 6º da Lei nº 10.266/2015; b) informar quais percentuais de insalubridade e
adicional noturno se aplicam sobre essa base de cálculo e; c) expor qual a legislação aplicável ao tema, referente aos
percentuais, se tem como fundamento os arts. 97 e 106 da Lei nº 6.107/94 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Maranhão) ou outra legislação extravagante.
Em ato contínuo, dê-se vista ao Apelante para manifestação sobre os documentos apresentados em 3 (três) dias, devendo
serem apresentados contracheques atualizados para fins de verificação das rubricas.
Após, retorne-se os autos conclusos para Julgamento.
Publique-se. Intime-se. Cumpra-se.
São Luís, 04 de Março de 2020.

Des. Antonio Guerreiro Júnior


RELATOR

154 dia(s) após a movimentação anterior

Sexta-Feira, 4 de Outubro de 2019.

ÀS 10:48:23 - Recebidos os autos - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

ÀS 10:09:39 - Remetidos os Autos destino GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR;
motivo_da_remessa CONCLUSÃO - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

CONCLUSÃO
ÀS 10:09:39 - Conclusos para tipo_de_conclusao desembargador Relator; destino GAB. DES. ANTONIO PACHECO
GUERREIRO JUNIOR

ÀS 09:22:47 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

... À PGJ. deixou de opinar.

São Luís/MA, 30 de setembro de 2019

TEODORO PERES NETO


Procurador de Justiça

15 dia(s) após a movimentação anterior

Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2019.

ÀS 16:22:13 - Autos entregues em carga ao destinatário PROCURADORIA GERAL DA JUSTIÇA - SEGUNDA


CÂMARA CÍVEL

PARA EMISSÃO DE PARECER MINISTERIAL


ÀS 15:50:39 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 10:46:58 - Remetidos os Autos destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; motivo_da_remessa outros motivos -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 10:27:48 - Proferido despacho de mero expediente - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

Á d. Procuradoria de Geral de Justiça

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9 dia(s) após a movimentação anterior

Terça-Feira, 10 de Setembro de 2019.

ÀS 13:26:00 - Recebidos os autos - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

ÀS 13:23:00 - Remetidos os Autos destino GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR;
motivo_da_remessa CONCLUSÃO - GAB. DES. ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR

CONCLUSÃO
ÀS 13:23:00 - Conclusos para tipo_de_conclusao desembargador Relator; destino GAB. DES. ANTONIO PACHECO
GUERREIRO JUNIOR

ÀS 13:21:00 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 13:19:00 - Remetidos os Autos destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; motivo_da_remessa outros motivos -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 13:17:00 - Proferido despacho de mero expediente - GAB. DES. JAMIL DE MIRANDA GEDEON NETO

Devolvido à Coordenação em virtude do término da substituição.


ÀS 13:05:00 - Recebidos os autos - GAB. DES. JAMIL DE MIRANDA GEDEON NETO

22 dia(s) após a movimentação anterior

Segunda-Feira, 19 de Agosto de 2019.

ÀS 13:00:32 - Remetidos os Autos destino GAB. DES. JAMIL DE MIRANDA GEDEON NETO; motivo_da_remessa
CONCLUSÃO - GAB. DES. JAMIL DE MIRANDA GEDEON NETO

CONCLUSÃO
ÀS 13:00:32 - Conclusos para tipo_de_conclusao ao relator Substituto; destino GAB. DES. JAMIL DE MIRANDA
GEDEON NETO

ÀS 12:31:33 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 12:01:30 - Remetidos os Autos destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; motivo_da_remessa outros motivos -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

67 dia(s) após a movimentação anterior

Quinta-Feira, 13 de Junho de 2019.

ÀS 09:56:17 - Recebidos os autos - GAB. DES. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF EM SUBSTITUIÇÃO

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1 dia(s) após a movimentação anterior

Quarta-Feira, 12 de Junho de 2019.

ÀS 13:28:48 - Remetidos os Autos destino GAB. DES. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF EM SUBSTITUIÇÃO;
motivo_da_remessa CONCLUSÃO - GAB. DES. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF EM SUBSTITUIÇÃO

CONCLUSÃO
ÀS 13:28:48 - Conclusos para tipo_de_conclusao ao relator Substituto; destino GAB. DES. JORGE RACHID
MUBÁRACK MALUF EM SUBSTITUIÇÃO

0 dia(s) após a movimentação anterior

Terça-Feira, 11 de Junho de 2019.

ÀS 13:30:04 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 09:42:10 - Remetidos os Autos destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; motivo_da_remessa outros motivos -
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

26 dia(s) após a movimentação anterior

Quinta-Feira, 16 de Maio de 2019.

ÀS 11:44:19 - Recebidos os autos - GAB. DESA. CLEONICE SILVA FREIRE

ÀS 07:26:13 - Remetidos os Autos destino GAB. DESA. CLEONICE SILVA FREIRE; motivo_da_remessa
CONCLUSÃO - GAB. DESA. CLEONICE SILVA FREIRE

CONCLUSÃO
ÀS 07:26:13 - Conclusos para tipo_de_conclusao ao relator Substituto; destino GAB. DESA. CLEONICE SILVA
FREIRE

CERTIDÃO

Certifico que o Desembargador Antonio Guerreiro Júnior encontra-se afastado por motivo de licença para tratamento de
saúde, conforme PORTARIA-GP ? 3232019, entre os dias 23.04.2019 a 22.05.2019. Certifico mais, que os autos serão
conclusos à Eminente Desembargadora Cleonice Silva Freire, substituta, conforme PORTARIA-GP - 3242019. O referido é
verdade. São Luís, 16 de maio de 2019.

ÀS 07:18:20 - Recebidos os autos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

1 dia(s) após a movimentação anterior

Quarta-Feira, 15 de Maio de 2019.

ÀS 10:37:01 - Remetidos os Autos da Distribuição destino SEGUNDA CÂMARA CÍVEL;

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Consulta realizada em: 18/03/2021 11:47:11
Segundo Grau
Consulta Processual

motivo_da_remessa outros motivos - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

ÀS 10:25:22 - Distribuído por Tipo: tipo_de_distribuicao_redistribuicao sorteio - COORDENADORIA DE


DISTRIBUIÇÃO

1 dia(s) após a movimentação anterior

Terça-Feira, 14 de Maio de 2019.

ÀS 17:22:14 - Recebidos os autos - COORDENADORIA DE DISTRIBUIÇÃO

ÀS 12:24:27 - Remetidos os Autos destino COORDENADORIA DE DISTRIBUIÇÃO; motivo_da_remessa outros


motivos - COORDENADORIA DE DISTRIBUIÇÃO

ÀS 09:27:23 - Recebidos os autos - COORDENADORIA DE PROTOCOLO, CADASTRO E AUTUAÇÃO

Número do documento: 24061910091100000000113516908


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Estado do Maranhão
Poder Judiciário
_
QUINTACÂMARA CÍVEL
Sessão do dia 22 de abril de 2019
APELAÇÃO CÍVEL N.º 004538/2019- São Luís
Nº ÚNICO: 0016981-97.2013.8.10.0001
Apelantes: Anderson Buceles Pinheiro Britoe Outros
Advogado: Rogério Sousa Costa (OAB/MA16.347)
Apelado: Estado do Maranhão
Procurador: Angelus Emilio Medeiros de Azevedo Maia (OAB/MA 17607-A)
Relator:Des. Joséde Ribamar Castro

ACÓRDÃO Nº____________/_________
EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS INTEGRANTES DO SISTEMA PENITENCIÁRIO ESTADUAL.
LEIS ESTADUAIS Nº 8.695/07, 8.956/09ENº 10.266/2015. ADICIONAIS NOTURNO E DE INSALUBRIDADE. ERRO NOS CRITÉRIOS
DE CÁLCULO E REAJUSTE NÃO DEMONSTRADOS. APELO IMPROVIDO.

I. Os apelantes, servidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de Atividades Penitenciárias), exercendo
suas atividades em regime de plantão de 24/72 horas, buscam o reajuste dos adicionais noturno e de insalubridade, nos percentuais respectivos de
25% e 40%, com base no salário básico.

II. De acordo com entendimento jurisprudencial e daSúmula Vinculante 4 do STF: "Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo
não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão
judicial."

III. Osapelantes se desincumbiram do ônus de demonstraro erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados aos cálculos dos
adicionais noturno e de insalubridade, bem como da comprovaçãoda existência de legislação específica que regule o reajuste.

IV. Amanutençãoda sentença é medida que se impõe.

Apelação improvida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores da Quinta Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado do Maranhão, à unanimidade, em conhecer e negar provimento ao recurso,nos termos do voto do desembargador relator.
Participaram do julgamento os Senhores Desembargadores José de Ribamar Castro e Raimundo José Barros de Sousa, além do juiz convocado
para compor quórum, Luis Pessôa Costa.
Funcionou pela Procuradoria Geral de Justiça o Procurador Teodoro Peres Neto.
Sala das Sessões da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, em São Luís, 22 de abril de 2019.

Desembargador José de Ribamar Castro


Relator

RELATÓRIO

Trata-se de Apelação Cível interposta por Anderson Buceles Pinheiro Britoe outros,pretendendo a reforma dasentença proferida pelo Juízo da 5ª
Vara da Fazenda Pública desta Capitalque, nos autos daAção Ordinária onde requerem o reajuste dosadicionais noturno e de insalubridade,
ajuizada em desfavor do Estado do Maranhão, julgou improcedente os pedidos formulados na exordial com base nas Leis Estaduais 8.695/07 e
nº 8.956/09.
Na origem, os autores ajuizaram a demanda argumentando que são servidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo
Ocupacional de Atividades Penitenciárias), exercendo suas atividades em regime de plantão de 24/72 horas, fazendo jus, assim, ao recebimento
de adicionais noturno e de insalubridade, nos percentuais respectivos de 25% e 40%.
Irresignados com a sentença, os apelantes interpuseram o presente Apelo, sustentando, em síntese, que apesar da mudança remuneratória para o
subsídio no ano de 2007, o adicional noturno e de insalubridade não sofreram nenhum reajuste para maior e, mesmo com a implementação da Lei
8.694/2007, osvalorespagosa título dos adicionais vindicados permaneceram congelados, quando os mesmos deveriam ser calculados sobre o
salário baseem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) relativo ao adicional noturno e 40% (quarenta por cento) para o de insalubridade.
Aduz que o próprio Governo do Estado já legislou sobre a matéria, e vem efetuando o pagamento a título de adicional noturno e de insalubridade,
mas com valores inferiores. Quanto à parcela única do subsídio que não permite qualquer acréscimo, alega que a própria lei 8.695/2007, excetua

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em seu art. 3º os discutidos adicionais.
Nesses termos, buscam o conhecimento e provimento do apelo.
Contrarrazões pelo improvimento (fls. 427/438).
Com vistas dos autos, a Procuradoria Geral de Justiça, em parecer da lavra do Dra. Sâmara Ascar Sauaia, opinou pelo conhecimento do apelo,
deixando de opinar sobre o seu mérito por inexistir na espécie qualquer das hipóteses a exigir a intervenção Ministerial consoante dispõe os
artigos 127 da CF, 176 e 178, do CPC (fl. 443/444).
É o relatório.
VOTO
Presentes os pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade, conheçodo recurso.
A controvérsia recursal consiste em verificar se os autores, ora apelantes, possuem ou não direito ao reajuste no cálculo dos adicionais noturno e
de insalubridade, com base no salário básico(subsídio),pago pelo Estado aos servidores estaduais inseridos na categoria do Grupo Ocupacional de
Atividades Penitenciárias.
Desde logoentendo nãoassistir razãoaosapelantes. Explico.
Observando o histórico legal que regula a questão, tem-se que alei 8.695/2007 foi criada para regular a fixação do subsídio para os servidores
estaduais do Grupo Ocupacional Atividades Penitenciárias - AP. Pela lei, passaram a integrar o subsídio dos servidores do Grupo Ocupacional
Atividades Penitenciarias - AP, as seguintes parcelas remuneratórias:vencimento base, gratificação pelo risco de vida, gratificação de dedicação
exclusiva, gratificação especial de exercício, extinguindo-se outras do regime anterior regulado pela lei 8.593/2007, com exceção das elencadas
no art. 3º, dentre elas ado adicional noturno (inciso III) e de insalubridade (inciso V).
De acordo coma lei estadual8.695/2007, precisamente em seu art. 5º,apesar de ter transformado o regime remuneratório dos servidores em
subsídio, excepcionando os adicionais noturnos e de insalubridade, manteve inalterada a base de cálculo já estabelecida para reajustes dos
apontados adicionais, verbis:
Art. 5º As retribuições de que tratam os incisos III, e V, do art. 3º, mantém as mesmas bases de cálculo anteriormente estabelecidas, ficando
seus valores sujeitos aos índices gerais de reajuste, até que sobrevenha regra específica sobre a matéria.
Posteriormente, alei 8.956/2009, que veio tratar da Reorganização do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração do Grupo Ocupacional
Atividades Penitenciárias do Estado do Maranhão, não revogou a disposição do art. 5° da norma legal anterior, mantendo as exceções previstas,
mas também sem regulamentar os critérios de reajuste das respectivas verbas, restando mantido o método anteriormente previsto com base nos
índices gerais.
Adiante, alei estadual 10.266/2015 entrou em vigor para, dentre outras regulamentações quanto aos subsídios dos servidores do Subgrupo
Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP, estabelecer novos
valores fixos, que variam aproximadamente entre R$ 820,00 e R$ 870,00, de acordo com cada classe,e que servem de base para o cálculo dos
adicionais noturno e de insalubridade, conforme artigo 6º, verbis:
Art. 6º O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento
Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no Anexo V, conforme a data
nele especificada, até que sobrevenha norma específica sobre a matéria.
No que pese a citada lei ser superveniente ao ajuizamento da ação, verifiquei não ter sido desrespeitado o princípio da irredutibilidade salarial por
parte do Estado, nem mesmo com relação aos adicionais debatidos, apesar da inexistência de direito adquirido do servidor público
àinalterabilidade do regime jurídico pertinente a composição dos vencimentos, desde que supostasalteraçõesnão tragamredução ou perda de
proventos.
Ao encontro desse entendimento, cito os seguintes julgados da Egrégia Suprema Corte de Justiça:
MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ. EXCLUSÃO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA
DOS PROVENTOS DO IMPETRANTE. LEI N. 11.143/2005 E RESOLUÇÃO/CNJ Nº 13/2006. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO
À REGIME JURÍDICO. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. AUSÊNCIA DE DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. ORDEM DE SEGURANÇA DENEGADA. (STF, 2ª Turma, MS 27342, Relator(a) Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em
24/06/2014, DJe-152 DIVULG 06/08/2014 PUBLIC 07/08/2014)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À REGIME
JURÍDICO. BASE DE CÁLCULO DE VANTAGENS PESSOAIS. EFEITO CASCATA: PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DOS VENCIMENTOS. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DOS
VENCIMENTOS. RECURSO AO QUAL SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. (STF, Pleno, RE 563708, Relator(a) Min. CÁRMEN LÚCIA,
julgado em 06/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-081 DIVULG 30/04/2013 PUBLIC 02/05/2013)
Assim,verifico queas bases de cálculo (valores)para os adicionais noturno e de insalubridade foram devidamente estipuladas em lei estadual,
restando perfeitamente regulamentadas.
Ademais, de acordo com overbete da Súmula Vinculante 4 do STF, regula, verbis:
"Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial."
Seguindo tal determinação,éentendimento jurisprudencial pacificado de que o Poder Judiciário não pode estabelecer novos parâmetros para base
de cálculo dos respectivos adicionais:
CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO RECEPÇÃO DO ART. 3º, § 1º, DA LEI
COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE
CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL.RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido
da vedação constante da parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de
indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE
217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso
maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que
significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do

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salário-mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações,
pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal. Declaração de não recepção pela Constituição da República de 1988 do art. 3º, § 1º, da Lei Complementar n. 432/1985 do
Estado de São Paulo. 3. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos (art.
39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 4. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição
da República, pois mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração
contida na norma constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas,
insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do
trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 5. Recurso extraordinário ao qual se nega
provimento. (STF - RE: 565714 SP, Relator: Min. Carmém Lúcia, Data de Julgamento: 30/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação:
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO)
Dessa forma, como o salário mínimo/base é expressamente proibido de ser vinculado a um indexador, cabe a legislação estadual regular de forma
constitucional a matéria, estabelecendo valores que sirvam de parâmetro a ser aplicadoà tais adicionais.
Nesse sentido, por está a Administração Pública vinculada ao princípio da legalidade, somente pode fazer aquilo que a lei expressamente prevê.
Com efeito, não cabe ao Poder Judiciário arvorar-se da condição de legislador, para estabelecer ou alterar a base de cálculopara a concessão dos
citadosadicionais.
Em vista do que foi analisado, entendo que agiu corretamente o juiz a quo ao não reconhecer aos apelanteso direito pleiteado, considerando que
não há comprovação do erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos cálculos dos adicionais noturno e de insalubridade,
bem como não comprovaram a existência de legislação específica que regule o reajuste da maneira pretendida.
Destarte, a manutençãoda sentença é medida que se impõe.
Ante o exposto,e sem interesse ministerial, negoprovimento ao apelo, mantendoa sentença recorrida em todos os seus termos.
É como voto.
Sala das Sessões da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, em São Luís, 22 de abril de 2019.

Desembargador José de RibamarCastro


Relator

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QUINTACÂMARA CÍVEL

Sessão do dia 24 de junho de 2019.

APELAÇÃO CÍVEL N.º 014463/2019- São Luís


Nº ÚNICO: 0012562-05.2011.8.10.0001
Apelante: Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão
Advogado: Ronald Luiz Neves Ribeiro Júnior (OAB/MA 9546)
Apelado: Estado do Maranhão
Procurador: Renata Bessa da Silva Castro
Relator:Des. Joséde Ribamar Castro

ACÓRDÃO Nº____________/_________

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS INTEGRANTES DO SISTEMA PENITENCIÁRIO ESTADUAL. LEI
ESTADUALNº 8.695/07. ADICIONALDE INSALUBRIDADE. ERRO NOS CRITÉRIOS DE CÁLCULO E REAJUSTE NÃO
DEMONSTRADOS. APELO IMPROVIDO.

I -Osservidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de Atividades Penitenciárias), buscam o reajuste do
adicionalde insalubridade no percentualde 40%, com base na LeiEstadualnº 8.695/07.

II -Na hipótese, o Sindicato apelante não logrou êxito em demonstraro erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados aos
cálculos do adicionalde insalubridade, bem como da comprovaçãoda existência de legislação específica que regule o reajuste, razão pela qual a
manutenção da sentença de improcedência é medida que se impõe.

Apelação improvida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores da Quinta Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado do Maranhão, à unanimidade, em conhecer e negar provimento ao recurso, nos termos do voto do desembargador relator.
Participaram do julgamento os Senhores Desembargadores José de Ribamar Castro, Raimundo José Barros de Sousa e Ricardo Tadeu Bugarin
Duailibe.
Funcionou pela Procuradoria Geral de Justiça o Procurador Joaquim Henrique de Carvalho Lobato.
Sala das Sessões da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, em São Luís, 24 de junho de 2019.

Desembargador José de Ribamar Castro


Relator

RELATÓRIO

Trata-se de Apelação Cível interposta por Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão,pretendendo a reforma
dasentença proferida pelo Juízo da Vara de Interesses Difusos e Coletivos do Termo Judiciário de São Luís da Comarca da Ilhaque julgou
improcedente os pedidos formuladosnos autos daAção Ordinária movida em desfavor do Estado do Maranhão.
Na origem, o sindicato apelante, representando osservidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de
Atividades Penitenciárias), ajuizou a referida demanda objetivandoo reajuste do adicionalde insalubridade no percentualde 40%, com base na
LeiEstadualnº 8.695/07.
O magistrado singular, em sentença de fls. 95/96, julgou improcedente os pedidos.
Irresignado, apresentou recurso de apelação às fls. 98/109, sustentando que não pretende a mudança da base de cálculo em juízo, mas sim que
seja respeitada base de cálculo já definida legalmente.
Afirma também que o pleito não viola o princípio da separação dos poderes.

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Nesses termos, busca o provimento do apelo.
Sem contrarrazões (fl.124).
Com vistas dos autos, a Procuradoria-Geral de Justiça, em parecer da lavra do Dra. Sâmara Ascar Sauaia, opinou pelo conhecimento do apelo,
deixando de opinar sobre o seu mérito (fls. 132/134).
É o relatório.
VOTO

Presentes os pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade, conheçodo recurso.


A controvérsia recursal consiste em verificar se os servidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de
Atividades Penitenciárias) possuem ou não direito aoreajuste do adicionalde insalubridade no percentualde 40%, com base na LeiEstadualnº
8.695/07.
De logo,entendo nãoassistir razãoaoapelante. Explico.
Observando o histórico legal que regula a questão, tem-se que alei 8.695/2007 foi criada para regular a fixação do subsídio para os servidores
estaduais do Grupo Ocupacional Atividades Penitenciárias - AP.
Pela lei, passaram a integrar o subsídio dos servidores do Grupo Ocupacional Atividades Penitenciarias - AP, as seguintes parcelas
remuneratórias: vencimento base, gratificação pelo risco de vida, gratificação de dedicação exclusiva, gratificação especial de exercício,
extinguindo-se outras do regime anterior regulado pela lei 8.593/2007, com exceção das elencadas no art. 3º, dentre elas a do adicional de
insalubridade (inciso V).
De acordo coma lei estadual8.695/2007, precisamente em seu art. 5º,apesar de ter transformado o regime remuneratório dos servidores em
subsídio, excepcionando os adicionais noturnos e de insalubridade, manteve inalterada a base de cálculo já estabelecida para reajustes dos
apontados adicionais, verbis:
Art. 5º As retribuições de que tratam os incisos III, e V, do art. 3º, mantém as mesmas bases de cálculo anteriormente estabelecidas, ficando
seus valores sujeitos aos índices gerais de reajuste, até que sobrevenha regra específica sobre a matéria.
Posteriormente, alei 8.956/2009, que veio tratar da Reorganização do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração do Grupo Ocupacional
Atividades Penitenciárias do Estado do Maranhão, não revogou a disposição do art. 5° da norma legal anterior, mantendo as exceções previstas,
mas também sem regulamentar os critérios de reajuste das respectivas verbas, restando mantido o método anteriormente previsto com base nos
índices gerais.
Adiante, alei estadual nº 10.266/2015 entrou em vigor para, dentre outras regulamentações quanto aos subsídios dos servidores do Subgrupo
Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP, estabelecer novos
valores fixos, que variam aproximadamente entre R$ 820,00 e R$ 870,00, de acordo com cada classe,e que servem de base para o cálculo do
adicionalde insalubridade, conforme artigo 6º, verbis:
Art. 6º O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento
Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no Anexo V, conforme a data
nele especificada, até que sobrevenha norma específica sobre a matéria.
No que pese a citada lei ser superveniente ao ajuizamento da ação, verifiquei não ter sido desrespeitado o princípio da irredutibilidade salarial por
parte do Estado, nem mesmo com relação ao adicionaldebatido, apesar da inexistência de direito adquirido do servidor público àinalterabilidade
do regime jurídico pertinente a composição dos vencimentos, desde que supostasalteraçõesnão tragamredução ou perda de proventos.
Ao encontro desse entendimento, cito os seguintes julgados da Egrégia Suprema Corte de Justiça:
MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ. EXCLUSÃO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA
DOS PROVENTOS DO IMPETRANTE. LEI N. 11.143/2005 E RESOLUÇÃO/CNJ Nº 13/2006. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO
À REGIME JURÍDICO. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. AUSÊNCIA DE DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. ORDEM DE SEGURANÇA DENEGADA. (STF, 2ª Turma, MS 27342, Relator(a) Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em
24/06/2014, DJe-152 DIVULG 06/08/2014 PUBLIC 07/08/2014)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À REGIME
JURÍDICO. BASE DE CÁLCULO DE VANTAGENS PESSOAIS. EFEITO CASCATA: PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DOS VENCIMENTOS. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DOS
VENCIMENTOS. RECURSO AO QUAL SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. (STF, Pleno, RE 563708, Relator(a) Min. CÁRMEN LÚCIA,
julgado em 06/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-081 DIVULG 30/04/2013 PUBLIC 02/05/2013)
Assim,verifico quea base de cálculo (valores)para o adicionalde insalubridade foidevidamente estipulada em lei estadual, restando perfeitamente
regulamentada.
Ademais, de acordo com overbete da Súmula Vinculante 4 do STF, regula, verbis:
"Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial."
Seguindo tal determinação,éentendimento jurisprudencial pacificado de que o Poder Judiciário não pode estabelecer novos parâmetros para base
de cálculo dos respectivos adicionais:
CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO RECEPÇÃO DO ART. 3º, § 1º, DA LEI
COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE
CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL.RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido
da vedação constante da parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de
indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE
217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso
maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que
significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do
salário-mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações,

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pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal. Declaração de não recepção pela Constituição da República de 1988 do art. 3º, § 1º, da Lei Complementar n. 432/1985 do
Estado de São Paulo. 3. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos (art.
39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 4. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição
da República, pois mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração
contida na norma constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas,
insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do
trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 5. Recurso extraordinário ao qual se nega
provimento. (STF - RE: 565714 SP, Relator: Min. Carmém Lúcia, Data de Julgamento: 30/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação:
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO)
Dessa forma, como o salário-mínimo/base é expressamente proibido de ser vinculado a um indexador, cabe a legislação estadual regular de forma
constitucional a matéria, estabelecendo valores que sirvam de parâmetro a ser aplicadoà taladicional.
Nesse sentido, por está a Administração Pública vinculada ao princípio da legalidade, somente pode fazer aquilo que a lei expressamente prevê.
Com efeito, não cabe ao Poder Judiciário arvorar-se da condição de legislador, para estabelecer ou alterar a base de cálculo para a concessão do
citado adicional.
Em vista do que foi analisado, entendo que agiu corretamente o juiz a quo ao não reconhecer ao apelante o direito pleiteado, considerando que
não há comprovação do erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos cálculos do adicional de insalubridade, bem como
não comprovou a existência de legislação específica que regule o reajuste da maneira pretendida.
Destarte, a manutençãoda sentença é medida que se impõe.
Ante o exposto,e sem interesse ministerial, negoprovimento ao apelo, mantendoa sentença recorrida em todos os seus termos.
É como voto.
Sala das Sessões da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, em São Luís, 24 de junho de 2019.

Desembargador José de RibamarCastro


Relator

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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão
PJe - Processo Judicial Eletrônico

21/05/2024

Número: 0810864-74.2024.8.10.0000
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Órgão julgador colegiado: Primeira Câmara de Direito Público
Órgão julgador: Gabinete Des. Jorge Rachid Mubárack Maluf (CDPU)
Última distribuição : 10/05/2024
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0808027-23.2024.8.10.0040
Assuntos: Valores Antecipados na Tutela Posteriormente Revogada/Cassada
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes
Procurador/Terceiro vinculado ESTADO DO MARANHAO (AGRAVANTE)
ESTADO DO MARANHAO (AGRAVANTE)
ALVARO ANTONIO BEZERRA DOS SANTOS (AGRAVADO) ALVARO ANTONIO BEZERRA DOS SANTOS (AGRAVADO)
ELANO MOURA SILVA DO NASCIMENTO (ADVOGADO) CARLOS DA SILVA GARCIA (AGRAVADO)
CARLOS DA SILVA GARCIA (AGRAVADO) ELANO MOURA SILVA DO NASCIMENTO (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
35834 16/05/2024 09:48 Decisão (expediente) Decisão (expediente)
253

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PRIMEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0810864-74.2024.8.10.0000

AGRAVANTE: ESTADO DO MARANHÃO

Procuração: Dr. Angelus Emílio Medeiros de Azevedo Maia

AGRAVADOS: ALVARO ANTONIO BEZERRA DOS SANTOS E CARLOS DA SILVA GARCIA

Procurador: Dr. Elano Moura Silva do Nascimento – OAB/MA 15.108

Relator: Des. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF

DECISÃO

Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo Estado do Maranhão contra


a decisão proferida pelo MM. Juiz de direito da 1ª vara da fazenda pública da comarca de
imperatriz, que deferiu a tutela pretendida pela autora, ora agravada, para determinar ao
requerido que efetue o pagamento do adicional de insalubridade no grau máximo de 40%,
utilizando como base de calculo o atual subsídio da categoria a que pertencem, sob pena de
multa diária em R$ 1.000,00 (um mil reais). A multa diária em razão do descumprimento desta
decisão será aplicada somente até o limite de 30 (trinta) dias.

O Estado do Maranhão recorreu destacando a impossibilidade de concessão


de tutela provisória contra a Fazenda Pública, que no caso deferiu a majoração do valor
atualmente pago a título de adicional de insalubridade. Assentou a ausência de probabilidade do
direito, pois o adicional vem sendo pago em conformidade com a legislação especial aplicável a
categoria dos autores.

Era o que cabia relatar.

Pretende o agravante a reforma da decisão que que deferiu a tutela pretendida


pela autora, ora agravada, alegando a vedação de tutela antecipada contra a Fazenda Pública
que implique em aumento de vantagens.

Sabe-se que para a concessão de tutela antecipada contra a Fazenda Pública


aplicam-se as mesmas vedações da Lei do Mandado de Segurança. A mencionada lei dispõe que
é vedada a concessão de liminar que importe em exaurimento do mérito da demanda.

No presente caso, observo que a pretensão liminar dos autores é a mesma do


mérito, ver reconhecido seu direito ao pagamento do adicional de insalubridade com base no

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24061910091100000000113516911
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subsídio.

Assim, entendo ser caso de indeferir a liminar por se confundir com o mérito,
não havendo risco iminente para os agravados em aguardar a entrega da prestação jurisdicional,
já que vem sendo realizados os pagamentos com base na Lei nº 10.266/2015 desde então.

Ademais, esta Corte já se manifestou no sentido da validade do pagamento


ocorrer com base na Lei nº 10.266/2015, o que afastaria o fumus boni iuris em favor dos autores.

Nesse sentido esta Corte já decidiu:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS DO


SISTEMA PENITENCIÁRIO. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO. ADICIONAL
NOTURNO E ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO.
PREVISÃO LEGAL EM PARÂMETRO DIVERSO. APELO DESPROVIDO.

1. Não há que se considerar qualquer violação ao princípio da congruência,


uma vez que o fato do magistrado a quo ter julgado de forma diversa da
pretendida pelos apelantes não representa afronta ao mencionado princípio,
ante o enunciado do convencimento motivado do Magistrado garantido pelo
art. 371, do CPC/2015, principalmente se considerado que a sentença está de
acordo com os dispositivos legais e jurisprudências firmados nos Tribunais
pátrios.

2. Com relação aos servidores do Grupo Ocupacional Atividades Penitenciárias


– AP, especificamente, a Lei 8.695/2007 fixou as novas regras do sistema
remuneratório desses cargos, os quais passaram a ser pagos sob a forma de
subsídio, mantendo o pagamento do adicional de insalubridade com a mesma
base de cálculo anteriormente estabelecida até a superveniência de regra
específica sobe o tema, a teor dos seus artigos 3º e 5º.

3. Apelo desprovido.

(TJMA. AC 0854041.66.2016.8.10.0001. Des. JAMIL DE MIRANDA GEDEON


NETO. DJ. 01/07/2020).

Ante o exposto, defiro o pedido liminar.

Intimem-se os recorridos para apresentarem contrarrazões ao recurso no prazo


de 15 dias.

Publique-se e cumpra-se.

Cópia desse acórdão servirá como ofício.

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São Luís, data do sistema.

Des. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF

Relator

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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão
PJe - Processo Judicial Eletrônico

27/05/2021

Número: 0854034-74.2016.8.10.0001
Classe: APELAÇÃO CÍVEL
Órgão julgador colegiado: 2ª Câmara Cível
Órgão julgador: Gabinete Des. Antonio Guerreiro Junior
Última distribuição : 07/04/2020
Valor da causa: R$ 40.000,00
Processo referência: 0854034-74.2016.8.10.0001
Assuntos: Adicional de Insalubridade
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
CARLOS CESAR SANTOS DA SILVA (APELANTE) RONALD LUIZ NEVES RIBEIRO (ADVOGADO)
ADONIAS GOMES CAMPELO FILHO (APELANTE) RONALD LUIZ NEVES RIBEIRO (ADVOGADO)
ALDIR SILVA COSTA (APELANTE) RONALD LUIZ NEVES RIBEIRO (ADVOGADO)
CARLOS JAMES MOREIRA SILVA (APELANTE) RONALD LUIZ NEVES RIBEIRO (ADVOGADO)
EDINELSON JOAO BENTES REBELO (APELANTE) RONALD LUIZ NEVES RIBEIRO (ADVOGADO)
ESTADO DO MARANHAO (APELADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
10490 19/05/2021 16:06 Decisão Decisão
549

Número do documento: 24061910091100000000113516912


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SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

APELAÇÃO CÍVEL Nº 0854034-74.2016.8.10.0001 – PJE.

Apelante: Carlos Cesar Santos da Silva e outros.

Advogado: Ronald Luiz Neves Ribeiro (OAB/MA 7.271).

Apelado: Estado do Maranhão.

Procurador: Angelus Emilio Medeiros de Azevedo Maia.

Proc. De Justiça: Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf.

Relator: Des. Antonio Guerreiro Júnior.

E M E N T A

APELAÇÃO CÍVEL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE COBRANÇA. SERVIDORES

PERTENCENTES AOS GRUPOS DE ATIVIDADE PENITENCIÁRIA, JUDICIÁRIA E POLICIAL CIVIL.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO DE INCIDÊNCIA. LEI Nº 10.266/2015.

POSSÍVEL ERRO NO CRITÉRIO DOS CÁLCULOS. INOCORRÊNCIA. JULGAMENTO MONOCRÁTICO.

POSSIBILIDADE. APELO DESPROVIDO.

I. Contudo, a dinâmica das atividades dos Tribunais pode, por exemplo, ser um entrave para o

cumprimento da regra estabelecida no artigo 926, §1º, do CPC que diz que “os tribunais editarão

enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante”, não podendo assim ser

jamais, impeditiva à mitigação da regra do artigo 932, IV, do CPC.

II. A Lei estadual nº 10.266/2015 entrou em vigor para, dentre outras regulamentações, estabelecer

novos valores fixos de acordo com cada classe (ente elas, o subgrupo de atividades da Polícia Civil,

judiciária e penitenciária) e que servem de base para o cálculo dos adicionais noturno e de

insalubridade, conforme artigo 6º, verbis: “O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do

Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do

Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no Anexo

V, conforme a data nele especificada, até que sobrevenha norma específica sobre a matéria.

III. Logo, agiu com acerto o magistrado singular ao julgar pela improcedência da ação, considerando

que não há comprovação do erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos

cálculos do adicional de insalubridade e noturno, bem como não comprovaram a existência de

legislação específica que regule o reajuste da maneira pretendida. (TJ/MA, AC 0854041-

66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de Miranda Gedeon Neto, j 01.07.2020, DJ 03.07.2020).

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IV. Apelo Desprovido de acordo com o Parecer Ministerial (Súmula 568/STJ c/c 932, IV do CPC).

D E C I S Ã O

Trata-se de apelação interposta por Carlos Cesar Santos da Silva e outros, inconformados com a

sentença proferia pelo Juiz de Direito da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital que, nos autos de Reajuste de Adicional

de Insalubridade ajuizada face o Estado do Maranhão, JULGOU IMPROCEDENTES os pedidos dos Autores contidos na

inicial, condenando os requerentes ao pagamento de custas processuais e honorários sucumbenciais, estes que fixo em

R$ 1.000,00 (um mil reais), ficando a exigibilidade suspensa pelo prazo de 5 (cinco) anos em razão do deferimento da

assistência judiciária gratuita, tudo de acordo com os arts. 85, § 8°, e, §§ 2º, do CPC.

Em suas razões, aduz o recorrente que: a) Que o pagamento do reajuste a título de insalubridade,

deverá ter como base de cálculo o Subsídio vigente, com os seus devidos reflexos legais, bem como o pagamento

retroativo das diferenças entre o adicional de insalubridade devido e o efetivamente pago, cujos valores deverão ser

apurados em liquidação de sentença; b) Que a norma que determina que a base do cálculo para o pagamento da

insalubridade é o Subsídio tem sua gênesis no ano de 2007, momento em que foi alterado o sistema remuneratório dos

servidores do sistema penitenciário do Estado do Maranhão e; c) Destaca-se que tal matéria se tornou ainda mais clara

por ocasião da edição da Lei nº 10.266/2015, que é específica ao determinar que a base de cálculo será o subsídio.

Ao final, requer o provimento do recurso para que, reformando-se a sentença, sejam julgados

procedentes os pedidos acostados à inicial.

Contrarrazões (id 61155555).

A d. PGJ, em parecer de lavra da Dra. Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf, opinou pelo Desprovimento

do recurso.

É o relatório. Decido.

Ab initio, insta asseverar que, na hipótese, a prerrogativa constante do art. 932 do CPC-2015, bem

como o que preceitua a Súmula nº 568 do STJ permitem ao relator decidir monocraticamente o presente apelo, na

medida em que já há entendimento dominante acerca do tema na jurisprudência desta Corte e dos Tribunais Superiores.

Pois bem, verificada a possibilidade de julgamento monocrático, entendo que o apelo não merece

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provimento.

O cerne da questão gravita sobre qual base de cálculo deve incidir os percentuais devidos a título de

adicional de insalubridade, devido aos servidores pertencentes ao Subgrupo Atividades de Polícia Civil – APC, do o

Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias – AP.

Sobre o tema, tem-se que a Lei nº 8.695/2007 determinou a fixação de subsídio para os Servidores

Estaduais que fazem parte da Atividade Penitenciária. Por sua vez, a Lei nº 8.592/2007 impôs que a base de cálculo o

qual incidiram os possíveis adicionais devidos na carreira, deveriam observar os critérios definidos em lei.

Daí que, com o advento da Lei nº 10.266/2015 foi estabelecido que: “O Adicional Noturno e o

Adicional de Insalubridade do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e

do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores definidos no Anexo V, conforme a

data nele especificada, até que sobrevenha norma específica sobre a matéria”.

Desta forma, em simples análise da tabela imposta, cruzada com os percentuais definidos quanto ao

adicional de insalubridade (art. 97 da Lei 6.107/94) não se percebem erros cometidos com relação aos valores pago pelo

Estado do Maranhão.

Em outras palavras, conforme já decidido por esta Corte: “ A pretensão de modificar a base de

cálculo utilizada pelo apelado, entretanto, depende de lei específica, a teor do art. 37, inciso X, da Constituição Federal,

não cabendo ao Poder Judiciário invadir esfera de competência de outro Poder para estabelecer parâmetros que não

estejam definidos previamente em lei. Logo, agiu com acerto o magistrado singular ao julgar pela improcedência da

ação, considerando que não há comprovação do erro cometido pela administração pública nos critérios aplicados nos

cálculos do adicional de insalubridade, bem como não comprovaram a existência de legislação específica que regule o

reajuste da maneira pretendida” (TJ/MA, AC 0854041-66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de Miranda Gedeon Neto, j

01.07.2020, DJ 03.07.2020).

Salutar a transcrição dos seguintes precedentes emanados por esta Corte em casos análogos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO.

REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO. ADICIONAL NOTURNO E ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE

DE CÁLCULO. PREVISÃO LEGAL EM PARÂMETRO DIVERSO. APELO DESPROVIDO.

1. Não há que se considerar qualquer violação ao princípio da congruência, uma vez que o fato do

magistrado a quo ter julgado de forma diversa da pretendida pelos apelantes não representa afronta

ao mencionado princípio, ante o enunciado do convencimento motivado do Magistrado garantido pelo

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art. 371, do CPC/2015, principalmente se considerado que a sentença está de acordo com os

dispositivos legais e jurisprudências firmados nos Tribunais pátrios.

2. Com relação aos servidores do Grupo Ocupacional Atividades Penitenciárias – AP,

especificamente, a Lei 8.695/2007 fixou as novas regras do sistema remuneratório desses cargos, os

quais passaram a ser pagos sob a forma de subsídio, mantendo o pagamento do adicional de

insalubridade com a mesma base de cálculo anteriormente estabelecida até a superveniência de

regra específica sobe o tema, a teor dos seus artigos 3º e 5º.

3. Apelo desprovido.

(TJ/MA, AC 0854041-66.2016.8.10.0001, Rel. Des. Jamil de Miranda Gedeon Neto, j 01.07.2020, DJ

03.07.2020).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDORES PÚBLICOS INTEGRANTES DO SISTEMA

PENITENCIÁRIO ESTADUAL. LEI ESTADUAL Nº 8.695/07. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ERRO

NOS CRITÉRIOS DE CÁLCULO E REAJUSTE NÃO DEMONSTRADOS. APELO IMPROVIDO.

I - Os servidores públicos integrantes do Sistema Penitenciário Estadual (Grupo Ocupacional de

Atividades Penitenciárias), buscam o reajuste do adicional de insalubridade no percentual de 40%,

com base na Lei Estadual nº 8.695/07.

II - Na hipótese, o Sindicato apelante não logrou êxito em demonstrar o erro cometido pela

administração pública nos critérios aplicados aos cálculos do adicional de insalubridade, bem como

da comprovação da existência de legislação específica que regule o reajuste, razão pela qual a

manutenção da sentença de improcedência é medida que se impõe. Apelação improvida.

(TJ-MA - AC: 00125620520118100001 MA 0144632019, Relator: JOS DE RIBAMAR CASTRO, Data de

Julgamento: 24/06/2019, QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 27/06/2019 00:00:00)

Ante o exposto e de acordo com o Parecer Ministerial, julgo monocraticamente, nos termos do art.

932, IV, do CPC, e por analogia à súmula 568 do STJ, para Negar Provimento ao presente apelo, mantendo incólume a

sentença reexaminada.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

São Luís, data do sistema.

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Número do documento: 21051916065491800000010027892

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https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24061910091100000000113516912
Assinado eletronicamente por: ANGELUS EMILIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA - 19/06/2024 10:11:43 Num. 122132145 - Pág. 5
Des. Antonio Guerreiro Júnior

R E L A T O R

Assinado eletronicamente por: ANTONIO PACHECO GUERREIRO JUNIOR - 19/05/2021 16:06:55 Num. 10490549 - Pág. 5
https://pje2.tjma.jus.br:443/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21051916065491800000010027892
Número do documento: 21051916065491800000010027892

Número do documento: 24061910091100000000113516912


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Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão
PJe - Processo Judicial Eletrônico

18/03/2021

Número: 0828548-82.2019.8.10.0001
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 4ª Vara da Fazenda Pública de São Luís
Última distribuição : 16/07/2019
Valor da causa: R$ 60.000,00
Assuntos: Base de Cálculo
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
GETULIO AVELAR MENDES ALVES (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
JOSE RIBAMAR SILVA FERREIRA (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
MARIA APARECIDA RIBEIRO GUIMARAES (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
BENEDITA CARVALHO FURTADO (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
MARIA JURACEMA RODRIGUES (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
RICARDO MENDONCA VIEGAS (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
VITORIA DO SOCORRO FERREIRA DE SOUZA (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
WILSON GALDEZ LOUZEIRO (AUTOR) LUIS CARLOS MENDES PRAZERES (ADVOGADO)
ESTADO DO MARANHAO(CNPJ=06.354.468/0001-60) (REU)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
30452 27/04/2020 11:26 Sentença Sentença
027

Número do documento: 24061910091100000000113516913


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24061910091100000000113516913
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PROCESSO Nº 0828548-82.2019.8.10.0001 – AÇÃO ORDINÁRIA

AUTORES: GETÚLIO AVELAR MENDES ALVES; JOSÉ RIBAMAR SILVA


FERREIRA; MARIA APARECIDA RIBEIRO GUIMARÃES; BENEDITA CARVALHO
FURTADO; MARIA JURACEMA RODRIGUES; RICARDO MENDONÇA VIEGAS;
VITÓRIA DO SOCORRO FERREIRA DE SOUZA; WILSON GALDEZ LOUZEIRO

ADVOGADO: LUIS CARLOS MENDES PRAZERES - OAB/MA 11.559

RÉU: ESTADO DO MARANHÃO

Sentença:

Ementa: Ação Ordinária. Reajuste. Base de Cálculo


de Adicional de Insalubridade. Servidores públicos
integrantes do dos Subgrupos de Atividades de
Polícia Civil APC; de Processamento Judiciário –
APJ; e de Atividades Penitenciárias – AP. Não
demonstrado o erro cometido pela Administração
Pública nos critérios aplicados aos cálculos do
adicional de insalubridade. Critério definido em Lei.
Princípio da Legalidade. Improcedência.

Vistos, etc.

Trata-se de Ação Ordinária ajuizada por Getúlio Avelar Mendes Alves;


José Ribamar Silva Ferreira; Maria Aparecida Ribeiro Guimarães; Benedita
Carvalho Furtado; Maria Juracema Rodrigues; Ricardo Mendonça Viegas;
Vitória do Socorro Ferreira de Souza; Wilson Galdez Louzeiro contra o Estado
do Maranhão com a pretensão de que seja reconhecido o direito ao recebimento
do adicional de insalubridade tomando como base de cálculo a integralidade de
seus subsídios.

Os autores informam que integram a carreira de Agentes Penitenciários


do Estado do Maranhão, inseridos no Subgrupo Atividades de Atividades
Penitenciárias – AP.

Relatam que a referida categoria insere-se no funcionalismo público como

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Grupo Ocupacional Atividades Penitenciárias, bem como descreve o estatuto
próprio a eles conferido sob o n° 8.595, Lei de 27 de abril de 2007 e,
posteriormente, com a implementação da Lei nº 8.695 de 29 de outubro de 2007, a
remuneração dos referidos servidores passou a ser realizada na forma de subsídio.

Alegam que anteriormente à vigência da referida Lei o adicional de


insalubridade era pago no percentual sobre o valor do vencimento base, no entanto,
com a implantação do subsídio, o adicional de insalubridade deixou de ser
reajustado em conformidade com o salário base, e o valor pago a título de
insalubridade tornou-se defasado.

Aduzem que o percentual de insalubridade devido aos servidores deveria


ser de 40% (quarenta por cento) sobre o valor da remuneração, todavia, não é isto
o que ocorre na realidade, pois o valor efetivamente pago não chega nem a 9%
(nove por cento) do subsídio devido.

Acrescentam que o parâmetro indicado não observa as disposições


constitucionais relativas ao pagamento do referido adicional, visto que a Lei
Estadual nº 10.266/2015 estabelece que o pagamento obedecerá ao parâmetro de
cálculo estatuído no seu Anexo V, todavia, o valor indicado como base de cálculo
não corresponde ao salário base (subsídio) dos servidores, revelando uma
diferença entre o subsídio fixado em lei e o valor apontado como referência para o
pagamento do adicional pretendido, caracterizando flagrante violação ao princípio
da irredutibilidade de vencimentos, vez que outrora o pagamento do adicional era
realizado de acordo com o salário base, agora o cálculo do adicional se faz com
base em valor ínfimo, definido por lei.

Em razão desses fatos requerem seja reconhecida a ilegalidade apontada,


em consequência, seja o réu condenado a reajustar o pagamento do adicional de
insalubridade, com base de cálculo incidindo no Subsídio vigente, com os seus
devidos reflexos legais, bem como o pagamento retroativo das diferenças entre o
valor do adicional de insalubridade devido e o efetivamente pago.

A peça vestibular encontra-se devidamente instruída com diversos


documentos, dentre os quais se encontram a comprovação dos vínculos funcionais
com o Estado do Maranhão (ID nº 21532535 e seguintes).

Citado o réu apresentou Contestação impugnando, preliminarmente, o

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deferimento da justiça gratuita e o valor da causa e, no mérito, alegando que a base
de cálculo do adicional de insalubridade encontra-se definida em lei, portanto,
obedece o Princípio da Legalidade e quanto a irredutibilidade nominal foi
plenamente respeitada reestruturação remuneratória, que os autores pretendem é
opor direito adquirido ao novo regime jurídico, uma vez que pretendem a
manutenção da forma de cálculo da verba em comento, em patente violação à
jurisprudência do STF (ID nº 23972504).

Intimada a autora apresentou Réplica reafirmando os termos da inicial (ID


nº 24250514).

Com vistas para se manifestar (ID nº 28234460) o Ministério Público


manifestou-se pela improcedência da Ação (ID nº 28439573).

É o relatório. Analisados, decido.

Julgo antecipadamente o pedido, uma vez que a matéria é exclusivamente


de direito e dispensa a produção de outras provas (Art. 355, I, do Código de
Processo Civil).

A rejeição da impugnação ao benefício da justiça gratuita impõe-se, vez


que a réu não demonstrou nenhuma circunstância fática-jurídica capaz de elidir a
presunção de insuficiência declarada pelo autor.

Quanto a impugnação ao valor da causa, trata-se de pedido que depende


de posterior liquidação de sentença para apurar o real valor devido, de forma que o
valor da causa será inevitavelmente retificado no momento da execução, se for o
caso, inclusive para fins de incidência de eventual condenação em honorários
advocatícios e custas, portanto, indefiro o pedido de impugnação.

A respeito da legitimidade ativa dos autores José Ribamar Silva Ferreira


e Benedita Carvalho Furtado, a despeito de ocuparem o cargo de auxiliares de
serviços gerais, os mesmos alegam que exercem atividade no Sistema
penitenciário e, portanto, recebem adicional de insalubridade, sendo que a análise
da base de cálculo específica para estes autores se confunde com o mérito e com
ele será decidida, não restando caracterizada a litigância de má-fé alegada.

Inicialmente, quanto à prescrição quinquenal, em se tratando de


prestações de trato sucessivo, como é a hipótese versada nos autos, restrito está

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apenas o direito dos demandantes às parcelas vencidas dentro do quinquídio legal
anterior à propositada da ação, nos exatos termos do que estabelece o art. 1° do
Decreto 20.910/32. Em sendo assim, considerando que a ação foi proposta em 16
de julho de 2019, declaro prescritas as parcelas anteriores a 16 de julho de 2014.

A controvérsia consiste em verificar se os servidores públicos integrantes


dos Subgrupos de Atividades de Polícia Civil APC; de Processamento Judiciário –
APJ; e de Atividades Penitenciárias - AP têm direito ao reajuste e recebimento do
adicional de insalubridade tomando como base de cálculo o valor integral do
subsídio.

No presente caso entendo que não há omissão legislativa quanto a


definição da base de cálculo do adicional de insalubridade que justifique a
intervenção judicial. A Lei n° 8.695/2007, que dispôs sobre a fixação do subsídio
para os servidores estaduais do Grupo Ocupacional Atividades de Apoio
Administrativo e Operacional – ADO, também disciplinou a base de incidência para
o percentual do adicional de insalubridade, verbis:
Art. 2º O subsídio dos integrantes do Grupo ADO não exclui o direito à percepção nos termos da legislação e
regulamentação específica, das seguintes parcelas remuneratórias:

(...)

III - adicional noturno;

(...)

V - adicional de insalubridade e de periculosidade;

(...)

Art. 4º As retribuições de que tratam os incisos III e V do art. 2º, mantém as mesmas bases de cálculo anteriormente
estabelecidas, ficando seus valores sujeitos aos índices gerais de reajuste, até que sobrevenha regra específica sobre a
matéria.

Por outro lado, posteriormente, sobreveio a edição da Lei n° 10.266/2015


que estabeleceu novos valores fixos que servem de base de cálculo para o
adicional de insalubridade consoante estabelece o seu art. 6°, verbis:
Art. 6º O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo
Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os valores
definidos no Anexo V, conforme a data nele especificada, até que sobrevenha norma específica sobre a matéria.

Nota-se que não há lei específica estabelecendo o subsídio como base de


cálculo para o adicional de insalubridade, de modo que ao Judiciário somente cabe

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aplicar as leis ao caso concreto e, na ausência de legislação específica, não pode
intervir na presente questão, sob pena de violação ao princípio da separação dos
poderes e ingerência indevida em questão privativa do Poder Executivo.

O Egrégio Tribunal de Justiça do Maranhão enfrentou o tema quando do


julgamento pela Quinta Câmara Cível da Apelação Cível nº 0144632019, de
relatoria do ínclito Desembargador José de Ribamar Castro, publicado no DJe em
27 de junho de 2019, do qual extraio o seguinte trecho, verbis:
“(...) Adiante, a lei estadual nº 10.266/2015 entrou em vigor para, dentre outras regulamentações quanto aos subsídios dos
servidores do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo
Atividades Penitenciárias - AP, estabelecer novos valores fixos, que variam aproximadamente entre R$ 820,00 e R$
870,00, de acordo com cada classe, e que servem de base para o cálculo do adicional de insalubridade, conforme artigo
6º, verbis: Art. 6º O Adicional Noturno e o Adicional de Insalubridade do Subgrupo Atividades de Polícia Civil - APC, do
Subgrupo Processamento Judiciário - APJ e do Subgrupo Atividades Penitenciárias - AP terão como bases de cálculo os
valores definidos no Anexo V, conforme a data nele especificada, até que sobrevenha norma específica sobre a matéria.
No que pese a citada lei ser superveniente ao ajuizamento da ação, verifiquei não ter sido desrespeitado o princípio
da irredutibilidade salarial por parte do Estado, nem mesmo com relação ao adicional debatido, apesar da
inexistência de direito adquirido do servidor público à inalterabilidade do regime jurídico pertinente a composição
dos vencimentos, desde que supostas alterações não tragam redução ou perda de proventos. Ao encontro desse
entendimento, cito os seguintes julgados da Egrégia Suprema Corte de Justiça: MANDADO DE SEGURANÇA. ATO
DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ. EXCLUSÃO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA DOS PROVENTOS DO
IMPETRANTE. LEI N. 11.143/2005 E RESOLUÇÃO/CNJ Nº 13/2006. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À
REGIME JURÍDICO. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. AUSÊNCIA DE
DIREITO LÍQUIDO E CERTO. ORDEM DE SEGURANÇA DENEGADA. (STF, 2ª Turma, MS 27342, Relator(a) Min.
CÁRMEN LÚCIA, julgado em 24/06/2014, DJe-152 DIVULG 06/08/2014 PUBLIC 07/08/2014) RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO À REGIME
JURÍDICO. BASE DE CÁLCULO DE VANTAGENS PESSOAIS. EFEITO CASCATA: PROIBIÇÃO CONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DOS VENCIMENTOS. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DOS
VENCIMENTOS. RECURSO AO QUAL SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. (STF, Pleno, RE 563708, Relator(a) Min.
CÁRMEN LÚCIA, julgado em 06/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-081
DIVULG 30/04/2013 PUBLIC 02/05/2013) Assim, verifico que a base de cálculo (valores) para o adicional de
insalubridade foi devidamente estipulada em lei estadual, restando perfeitamente regulamentada. Ademais, de
acordo com o verbete da Súmula Vinculante 4 do STF, regula, verbis: "Salvo nos casos previstos na Constituição,
o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por decisão judicial." Seguindo tal determinação, é entendimento jurisprudencial
pacificado de que o Poder Judiciário não pode estabelecer novos parâmetros para base de cálculo dos
respectivos adicionais: CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO RECEPÇÃO
DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988.
INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO:
PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO
JUDICIAL.RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da
parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de
indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se
admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que
aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo.
Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da
política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário-mínimo para
formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações,
pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal. Declaração de não recepção pela Constituição da República de 1988 do art. 3º, § 1º, da Lei
Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 3. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de

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adicional de insalubridade a servidores públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc.
X). 4. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois mesmo se a legislação local
determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração contida na norma
constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas,
insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido
remuneração do trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 5.
Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. (STF - RE: 565714 SP, Relator: Min. Carmém Lúcia, Data de
Julgamento: 30/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO). Dessa forma, como
o salário-mínimo/base é expressamente proibido de ser vinculado a um indexador, cabe a legislação estadual
regular de forma constitucional a matéria, estabelecendo valores que sirvam de parâmetro a ser aplicado à tal
adicional. Nesse sentido, por estar a Administração Pública vinculada ao princípio da legalidade, somente pode
fazer aquilo que a lei expressamente prevê. Com efeito, não cabe ao Poder Judiciário arvorar-se da condição de
legislador, para estabelecer ou alterar a base de cálculo para a concessão do citado adicional (...)” (grifei)

Com efeito, o pedido de pagamento de adicional de insalubridade com


base em outros parâmetros não definidos em lei, é manifestamente improcedente,
vez que a remuneração de todo e qualquer cargo da administração pública deve ser
definida em lei – imposição que garante inúmeras vantagens aos funcionários
públicos, inclusive a irredutibilidade de salários. No caso do servidor público a
relação é estatutária, isto é, sua contratação seguirá os moldes do estatuto da
instituição na qual exercerá a função pública. O regime de direito é público, o que
estabelece a relação entre a administração e um particular de maneira vertical,
hierárquica no sentido de haver prevalência do interesse público em detrimento do
particular, pautando-se através de uma lei ou estatuto que garante a estabilidade
por exemplo, de forma que não cabe ao Poder Judiciário substituir o legislador para
estabelecer ou alterar a base de cálculo para a concessão do adicional objeto da
ação.

Face ao exposto, julgo improcedente os pedidos, em consequência,


extingo o processo com julgamento do mérito nos termos do artigo 487, inciso I, do
Código de Processo Civil.

Condeno os autores ao pagamento dos honorários advocatícios, que


arbitro em R$ 1.000,00 (um mil reais), ficando a exigibilidade suspensa em razão do
deferimento da assistência judiciária que defiro em seu favor (artigo 98, § 3º do
CPC).

Após o trânsito em julgado, observadas as cautelas legais, arquivem-se os


autos em definitivo.

Publique-se, registre-se e intimem-se.

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São Luís/MA, 27 de abril de 2020.

Oriana Gomes

Juíza Titular da 4ª Vara da Fazenda Pública

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Número do documento: 20042711262719600000028637206

Número do documento: 24061910091100000000113516913


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Assinado eletronicamente por: ANGELUS EMILIO MEDEIROS DE AZEVEDO MAIA - 19/06/2024 10:11:44 Num. 122132146 - Pág. 8
AO JUÍZO DA 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE IMPERATRIZ - MA

PROCESSO Nº 0808674-18.2024.8.10.0040

AITAN VIEGAS PONTES e outros, já qualificados nos autos do processo


em epígrafe, por intermédio de sua advogada subscrita, vem, perante Vossa Excelência,
informar o que se segue:
A parte ré não cumpriu a obrigação de fazer prevista na liminar
concedida no ID. 118894991 dos autos. Até o presente momento, os autores não
obtiveram o pagamento do adicional de insalubridade, no grau máximo de 40%,
utilizando como base de cálculo o atual subsídio da categoria, permanecendo a liminar
deferida descumprida.
O fato é que o Réu tomou ciência da decisão no dia 20 de maio de
2024, e no contracheque liberado após o réu ter tomado ciência, não foram tomadas
as providências conforme a supracitada decisão.
Dessa forma, os autores informam o descumprimento da liminar (20
dias) e reafirmam o compromisso de informar aos autos o decurso de 30 (trinta) dias
de descumprimento, para que sejam tomadas novas providências por este juízo.

Imperatriz-MA, na data do protocolo.

CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA


OAB/MA nº27.255

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernandacosta.adv@gmail.com

Número do documento: 24060921331169700000112736063


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24060921331169700000112736063
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 09/06/2024 21:33:11 Num. 121278296 - Pág. 1
ESTADO DO MARANHÃO
PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
COMARCA DE IMPERATRIZ
Fórum “Ministro Henrique de La Roque Almeida”
Rua Rui Barbosa, s/n, Centro, Imperatriz/MA
Telefone: (99) 3529-2037 - CEP 65900-440

INTIMAÇÃO ELETRÔNICA
(DECISÃO LIMINAR)

Processo Eletrônico nº: 0808674-18.2024.8.10.0040


Classe CNJ: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
Requerente(s): AITAN VIEGAS PONTES e outros (3)
Requerido(s): ESTADO DO MARANHAO

O Excelentíssimo Senhor JOAQUIM DA SILVA FILHO, Juiz de Direito da 1ª Vara da Fazenda


Pública da Comarca de Imperatriz do Estado do Maranhão.

INTIMAÇÃO ELETRÔNICA do ESTADO DO MARANHAO, sob representação do(a)


Procurador(a) Geral, para, no prazo de 05 (cinco) dias, CUMPRIR A DECISÃO LIMINAR, cuja
parte dispositiva segue transcrita: "Ante o exposto, pelos fatos e fundamentos acima, presentes
os requisitos legais, CONCEDO A LIMINAR PRETENDIDA, para DETERMINAR ao requerido que
efetue o pagamento do adicional de insalubridade a que tem direito os autores, no grau máximo
de 40%, utilizando como base de calculo o atual subsídio da categoria a que
pertencem, devendo, na oportunidade, ser incluso na primeira folha de pagamento seguinte à
ciência desta decisão, a qual, tão logo cumprida, deverá ser informada nos autos, SOB PENA DE
MULTA DIÁRIA, QUE ARBITRO MODERADAMENTE NO VALOR DE R$-1.000,00 (um mil
reais). A multa diária em razão do descumprimento desta decisão será aplicada somente até o
limite de 30 (trinta) dias. Ultrapassado este prazo, em descumprida a decisão, a parte interessada
deverá comunicar o fato a este Juízo, a fim de que sejam adotadas outras medidas ao
cumprimento desta decisão. Retire-se o sigilo processual. Intime-se as partes.".

Documentos associados ao processo

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Petição Inicial Petição Inicial 24050808023820300000110368899
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identificação
DOCS Documento de
24050808023898700000110368914
WANDERSON identificação
Petição Petição 24050808354667100000110370468
CUSTAS -
Custas 24050808354674500000110370474
GUIA_merged
Decisão Decisão 24050817284816400000110446938
Intimação Intimação 24050817284816400000110446938

Número do documento: 24051415424383200000110885841


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24051415424383200000110885841
Assinado eletronicamente por: HALINA CRISTINA CARVALHO BEZERRA - 14/05/2024 15:42:43 Num. 119271692 - Pág. 1
Citação Citação 24051009515348900000110598596

O que se CUMPRA nos termos e na forma da Lei. Dado e passado o presente nesta Secretaria
Judicial a meu cargo, nesta cidade de Imperatriz, Estado do Maranhão, aos Terça-feira, 14 de
Maio de 2024. Eu, HALINA CRISTINA CARVALHO BEZERRA, Tecnico Judiciario Sigiloso,
conferi e assinei por ordem do MM Juiz de Direito da 1ª Vara da Fazenda Publica, art. 250, VI do
CPC e art. 3º, III do provimento 01/2007 da CGJ.

HALINA CRISTINA CARVALHO BEZERRA


Tecnico Judiciario Sigiloso

Número do documento: 24051415424383200000110885841


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24051415424383200000110885841
Assinado eletronicamente por: HALINA CRISTINA CARVALHO BEZERRA - 14/05/2024 15:42:43 Num. 119271692 - Pág. 2
ESTADO DO MARANHÃO

PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA
COMARCA DE IMPERATRIZ
Fórum “Ministro Henrique de La Roque Almeida”
Rua Rui Barbosa, s/n, Centro, Imperatriz/MA
Telefone: (99) 3529-2037 - CEP 65900-440

CITAÇÃO ELETRÔNICA

Processo Eletrônico nº: 0808674-18.2024.8.10.0040


Classe CNJ: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
Requerente(s): AITAN VIEGAS PONTES e outros (3)
Requerido(s): ESTADO DO MARANHAO

O Excelentíssimo Senhor JOAQUIM DA SILVA FILHO, Titular da 1ª Vara da Fazenda Pública,


determina a:

CITAÇÃO ELETRÔNICA (art. 246, V) do ESTADO DO MARANHÃO, sob representação do(a)


Procurador(a) Geral do Estado (art. 242, §3º), para, querendo, CONTESTAR a presente ação,
no prazo de 30 (trinta) dias (arts. 335 c/c 183), todos do Código de Processo Civil.

O que se CUMPRA nos termos e na forma da Lei. Dado e passado o presente nesta Secretaria
Judicial a meu cargo, nesta cidade de Imperatriz, Estado do Maranhão, aos Sexta-feira, 10 de
Maio de 2024. Eu, JAQUELINE LIMA SOUSA, Servidor, conferi e assinei por ordem do MM Juiz
de Direito da 1ª Vara da Fazenda Publica, art. 250, VI do CPC e art. 3º, III do provimento 01/2007
da CGJ.

JAQUELINE LIMA SOUSA


121285
Servidor(a)

Número do documento: 24051009515348900000110598596


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24051009515348900000110598596
Assinado eletronicamente por: JAQUELINE LIMA SOUSA - 10/05/2024 09:51:53 Num. 118958486 - Pág. 1
ESTADO DO MARANHÃO - PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE IMPERATRIZ
Fórum Ministro Henrique de La Roque

Processo Judicial Eletrônico n.º 0808674-18.2024.8.10.0040

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) - [Irredutibilidade de Vencimentos, Gratificação


Complementar de Vencimento]

REQUERENTE: AITAN VIEGAS PONTES e outros (3)

Advogado do(a) AUTOR: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - MA27255

REQUERIDO: ESTADO DO MARANHAO

DECISÃO

AITAN VIEGAS PONTES e outros (3) ajuizou a Presente Ação de Obrigação de Fazer com
Pedido de Tutela de Urgência em face do Estado do Maranhão, aduzindo, em síntese, que são
servidores efetivos, ocupantes do cargo de Perito Criminal e detém, em seus proventos, fixado
por lei, o pagamento do adicional de insalubridade. Afirmam que o Estado réu realiza o
pagamento do adicional de insalubridade sobre uma parcela da remuneração, e não sobre o
subsídio. Pugnam, em razão disso, por liminar a fim de “Seja concedida TUTELA ANTECIPADA,
inaldita altera pars, já que preenchidos todos os seus requisitos, ordenando-se que a Ré pague, a
partir da próxima remuneração após a citação, o adicional de insalubridade em grau máximo, com
base no atual subsídio ou vencimento base da categoria do cargo dos autores, devidamente
atualizado através do índice INPC”. Instruem os pedidos com os documentos acostados à inicial.

Relatados, decido.

Preliminarmente, em relação à tramitação processual em segredo de justiça, o


artigo 189 do Código de Processo Civil garante o sigilo aos dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade, ocorre que as informações pessoais e de remuneração da parte,
enquanto servidora pública, não podem ser consideradas como sigilosas, porquanto abrangidas
pela necessária publicidade das informações públicas, da mesma forma não se vislumbra o
interesse público ressaltado pelos autores, nesses termos indefiro o sigilo processual.

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118957964 - Pág. 1
Tratando-se de tutela de urgência, a qual adianta o exercício do próprio direito alegado pela parte,
impõe-se, como diz a lei, a demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo do dano ou risco ao resultado útil do processo (art. 300, CPC).

Infere-se dos autos que a probabilidade do direito restou evidenciada.

Inicialmente, cumpre asseverar que os autores são servidores públicos estaduais, ocupantes do
cargo de perito criminal, profissão cujo caráter insalubre não comporta nenhuma discussão, tanto
que já recebem o adicional no grau máximo, consoante legislação em anexo, restando verificar,
tão somente, em qual base de calculo deve incidir o adicional de insalubridade.

Nessa perspectiva, o artigo 95 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Maranhão (Lei nº
6.107/1994), dispõe expressamente que o adicional de insalubridade incidirá “sobre o vencimento
do cargo efetivo”, in verbis:

Art. 95 - Os servidores que habitualmente trabalhem em locais insalubres, ou em contato


permanente com substâncias tóxicas, radioativas, inflamáveis ou com eletricidade ou que causem
danos à saúde, fazem jus ao adicional de insalubridade ou de periculosidade, calculado sobre o
vencimento do cargo efetivo.

Contudo, o ente público regulamentou o pagamento da sobredita verba, utilizando como


parâmetro, recorte da remuneração fixada em tabela de “subsídio do subgrupo de atividades de
processamento judiciário”, cuja base de calculo encontra-se defasada equiparando-se, na
hipótese, ao salário mínimo vigente na época da sua elaboração.

Ademais, infere-se que a sobredita tabela dispõe de forma contrária à legislação que rege a
carreira dos Servidores Públicos Civis do Maranhão, bem como restringe suas disposições.

Dessa forma, considerando que a tabela em questão não pode dispor de forma contraria a lei,
resta evidente que esta fere tanto o princípio da hierarquia das normas jurídicas quanto o
princípio da legalidade.

Nesse sentido, diante da evidente dissonância entre o teor da tabela remuneratória e o que
prevê a Lei nº 6.107/1994, a concessão da liminar, na forma pretendida na inicial, é medida que
se impõe, vez que a sobredita tabela não pode contrariar o Estatuto dos Servidores Públicos Civis
do Maranhão, nem restringir suas disposições a ponto de privar as partes do direito que a lei lhes
conferiu.

Por fim, cumpre asseverar que não se está criando uma base de calculo para pagamento do
adicional a que tem direito os autores, o que seria vedado, mas tao somente determinando a
aplicação correta da legislação estadual. Nesse sentido:

“RECURSO INOMINADO. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE CAMBÉ. AÇÃO DE


COBRANÇA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. LEI MUNICIPAL Nº.
1.718/2003. REMISSÃO GENÉRICA À LEGISLAÇÃO FEDERAL. OMISSÃO. ENTE PÚBLICO
QUE APLICA O SALÁRIO MÍNIMO, CONFORME DISPOSTO NO ART. 192, DA CLT.
EQUÍVOCO VERIFICADO. NECESSÁRIA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO CORRESPONDENTE
AO SERVIDOR PÚBLICO DA ESFERA FEDERAL. ART. 68, DA LEI FEDERAL Nº. 8.112/1990,
QUE ESTABELECE QUE, PARA O CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, UTILIZA-
SE O VENCIMENTO DO CARGO EFETIVO. LEGISLADOR POSITIVO. INOCORRÊNCIA.
INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. PEDIDO CONTRAPOSTO PELO ENTE PÚBLICO; POSSIBILIDADE.
ECONOMIA PROCESSUAL. ALÍQUOTA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. APLICAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO FEDERAL CORRESPONDENTE AO SERVIDOR PÚBLICO. LEI 8.270/1991.
COERÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”(TJPR, 4ª Turma

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118957964 - Pág. 2
Recursal, Ac nº XXXXX-47.2019.8.16.0056, Rel. Juíza Bruna Greggio, DJe 22/07/2020).

Ante o exposto, pelos fatos e fundamentos acima, presentes os requisitos legais, CONCEDO A
LIMINAR PRETENDIDA, para DETERMINAR ao requerido que efetue o pagamento do adicional
de insalubridade a que tem direito os autores, no grau máximo de 40%, utilizando como base de
calculo o atual subsídio da categoria a que pertencem, devendo, na oportunidade, ser incluso na
primeira folha de pagamento seguinte à ciência desta decisão, a qual, tão logo cumprida, deverá
ser informada nos autos, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA, QUE ARBITRO MODERADAMENTE
NO VALOR DE R$-1.000,00 (um mil reais). A multa diária em razão do descumprimento desta
decisão será aplicada somente até o limite de 30 (trinta) dias. Ultrapassado este prazo, em
descumprida a decisão, a parte interessada deverá comunicar o fato a este Juízo, a fim de que
sejam adotadas outras medidas ao cumprimento desta decisão. Retire-se o sigilo processual.
Intime-se as partes.

Realizadas as devidas providências, determino:

1. Em razão da previsão do art. 334, § 4º, II, do CPC, fica dispensada a designação de audiência
de conciliação.

2. A citação da parte requerida para contestar a presente demanda no prazo de 30 (trinta) dias
(art. 335 c/c art. 183, CPC).

2.1. Apresentada a contestação, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, se
manifestar em réplica.

2.2. Contestada ou não a ação, intimem-se as partes para, no prazo comum de 15 (quinze) dias,
especificarem as provas que pretendem produzir, justificando, de forma fundamentada, a
necessidade de cada uma delas, ou, se desejam o julgamento do feito no estado em que se
encontra. Anote-se que o silêncio de ambas as partes implicará julgamento antecipado do
processo.

3. Em caso de pedido de prova testemunhal, deverá a parte apresentar o rol de testemunhas no


prazo de 15 (quinze) dias (art. 357, § 4, CPC), sob pena de preclusão.

3.1. Serão inquiridas no máximo três testemunhas para cada fato, respeitando-se o limite
estabelecido no art. 357, § 6º, do Código de Processo Civil.

3.2. As testemunhas deverão comparecer, nos termos do art. 455 do CPC, independentemente
de intimação deste juízo, uma vez que cabe ao advogado da parte providenciar a intimação da
testemunha arrolada, salvo se apresentar justificativa devidamente fundamentada nas exceções
previstas no § 4º, incisos I a V, do mencionado artigo.

4. Cumpridas todas essas determinações, voltem os autos conclusos.

5. Cumpra-se.

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118957964 - Pág. 3
Imperatriz, (data do sistema).

Juiz JOAQUIM da Silva Filho

Titular da 1ª Vara da Fazenda Pública

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118957964 - Pág. 4
ESTADO DO MARANHÃO - PODER JUDICIÁRIO
1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE IMPERATRIZ
Fórum Ministro Henrique de La Roque

Processo Judicial Eletrônico n.º 0808674-18.2024.8.10.0040

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) - [Irredutibilidade de Vencimentos, Gratificação


Complementar de Vencimento]

REQUERENTE: AITAN VIEGAS PONTES e outros (3)

Advogado do(a) AUTOR: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - MA27255

REQUERIDO: ESTADO DO MARANHAO

DECISÃO

AITAN VIEGAS PONTES e outros (3) ajuizou a Presente Ação de Obrigação de Fazer com
Pedido de Tutela de Urgência em face do Estado do Maranhão, aduzindo, em síntese, que são
servidores efetivos, ocupantes do cargo de Perito Criminal e detém, em seus proventos, fixado
por lei, o pagamento do adicional de insalubridade. Afirmam que o Estado réu realiza o
pagamento do adicional de insalubridade sobre uma parcela da remuneração, e não sobre o
subsídio. Pugnam, em razão disso, por liminar a fim de “Seja concedida TUTELA ANTECIPADA,
inaldita altera pars, já que preenchidos todos os seus requisitos, ordenando-se que a Ré pague, a
partir da próxima remuneração após a citação, o adicional de insalubridade em grau máximo, com
base no atual subsídio ou vencimento base da categoria do cargo dos autores, devidamente
atualizado através do índice INPC”. Instruem os pedidos com os documentos acostados à inicial.

Relatados, decido.

Preliminarmente, em relação à tramitação processual em segredo de justiça, o


artigo 189 do Código de Processo Civil garante o sigilo aos dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade, ocorre que as informações pessoais e de remuneração da parte,
enquanto servidora pública, não podem ser consideradas como sigilosas, porquanto abrangidas
pela necessária publicidade das informações públicas, da mesma forma não se vislumbra o
interesse público ressaltado pelos autores, nesses termos indefiro o sigilo processual.

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118794782 - Pág. 1
Tratando-se de tutela de urgência, a qual adianta o exercício do próprio direito alegado pela parte,
impõe-se, como diz a lei, a demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo do dano ou risco ao resultado útil do processo (art. 300, CPC).

Infere-se dos autos que a probabilidade do direito restou evidenciada.

Inicialmente, cumpre asseverar que os autores são servidores públicos estaduais, ocupantes do
cargo de perito criminal, profissão cujo caráter insalubre não comporta nenhuma discussão, tanto
que já recebem o adicional no grau máximo, consoante legislação em anexo, restando verificar,
tão somente, em qual base de calculo deve incidir o adicional de insalubridade.

Nessa perspectiva, o artigo 95 do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Maranhão (Lei nº
6.107/1994), dispõe expressamente que o adicional de insalubridade incidirá “sobre o vencimento
do cargo efetivo”, in verbis:

Art. 95 - Os servidores que habitualmente trabalhem em locais insalubres, ou em contato


permanente com substâncias tóxicas, radioativas, inflamáveis ou com eletricidade ou que causem
danos à saúde, fazem jus ao adicional de insalubridade ou de periculosidade, calculado sobre o
vencimento do cargo efetivo.

Contudo, o ente público regulamentou o pagamento da sobredita verba, utilizando como


parâmetro, recorte da remuneração fixada em tabela de “subsídio do subgrupo de atividades de
processamento judiciário”, cuja base de calculo encontra-se defasada equiparando-se, na
hipótese, ao salário mínimo vigente na época da sua elaboração.

Ademais, infere-se que a sobredita tabela dispõe de forma contrária à legislação que rege a
carreira dos Servidores Públicos Civis do Maranhão, bem como restringe suas disposições.

Dessa forma, considerando que a tabela em questão não pode dispor de forma contraria a lei,
resta evidente que esta fere tanto o princípio da hierarquia das normas jurídicas quanto o
princípio da legalidade.

Nesse sentido, diante da evidente dissonância entre o teor da tabela remuneratória e o que
prevê a Lei nº 6.107/1994, a concessão da liminar, na forma pretendida na inicial, é medida que
se impõe, vez que a sobredita tabela não pode contrariar o Estatuto dos Servidores Públicos Civis
do Maranhão, nem restringir suas disposições a ponto de privar as partes do direito que a lei lhes
conferiu.

Por fim, cumpre asseverar que não se está criando uma base de calculo para pagamento do
adicional a que tem direito os autores, o que seria vedado, mas tao somente determinando a
aplicação correta da legislação estadual. Nesse sentido:

“RECURSO INOMINADO. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE CAMBÉ. AÇÃO DE


COBRANÇA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. LEI MUNICIPAL Nº.
1.718/2003. REMISSÃO GENÉRICA À LEGISLAÇÃO FEDERAL. OMISSÃO. ENTE PÚBLICO
QUE APLICA O SALÁRIO MÍNIMO, CONFORME DISPOSTO NO ART. 192, DA CLT.
EQUÍVOCO VERIFICADO. NECESSÁRIA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO CORRESPONDENTE
AO SERVIDOR PÚBLICO DA ESFERA FEDERAL. ART. 68, DA LEI FEDERAL Nº. 8.112/1990,
QUE ESTABELECE QUE, PARA O CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, UTILIZA-
SE O VENCIMENTO DO CARGO EFETIVO. LEGISLADOR POSITIVO. INOCORRÊNCIA.
INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS. PEDIDO CONTRAPOSTO PELO ENTE PÚBLICO; POSSIBILIDADE.
ECONOMIA PROCESSUAL. ALÍQUOTA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. APLICAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO FEDERAL CORRESPONDENTE AO SERVIDOR PÚBLICO. LEI 8.270/1991.
COERÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”(TJPR, 4ª Turma

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118794782 - Pág. 2
Recursal, Ac nº XXXXX-47.2019.8.16.0056, Rel. Juíza Bruna Greggio, DJe 22/07/2020).

Ante o exposto, pelos fatos e fundamentos acima, presentes os requisitos legais, CONCEDO A
LIMINAR PRETENDIDA, para DETERMINAR ao requerido que efetue o pagamento do adicional
de insalubridade a que tem direito os autores, no grau máximo de 40%, utilizando como base de
calculo o atual subsídio da categoria a que pertencem, devendo, na oportunidade, ser incluso na
primeira folha de pagamento seguinte à ciência desta decisão, a qual, tão logo cumprida, deverá
ser informada nos autos, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA, QUE ARBITRO MODERADAMENTE
NO VALOR DE R$-1.000,00 (um mil reais). A multa diária em razão do descumprimento desta
decisão será aplicada somente até o limite de 30 (trinta) dias. Ultrapassado este prazo, em
descumprida a decisão, a parte interessada deverá comunicar o fato a este Juízo, a fim de que
sejam adotadas outras medidas ao cumprimento desta decisão. Retire-se o sigilo processual.
Intime-se as partes.

Realizadas as devidas providências, determino:

1. Em razão da previsão do art. 334, § 4º, II, do CPC, fica dispensada a designação de audiência
de conciliação.

2. A citação da parte requerida para contestar a presente demanda no prazo de 30 (trinta) dias
(art. 335 c/c art. 183, CPC).

2.1. Apresentada a contestação, intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, se
manifestar em réplica.

2.2. Contestada ou não a ação, intimem-se as partes para, no prazo comum de 15 (quinze) dias,
especificarem as provas que pretendem produzir, justificando, de forma fundamentada, a
necessidade de cada uma delas, ou, se desejam o julgamento do feito no estado em que se
encontra. Anote-se que o silêncio de ambas as partes implicará julgamento antecipado do
processo.

3. Em caso de pedido de prova testemunhal, deverá a parte apresentar o rol de testemunhas no


prazo de 15 (quinze) dias (art. 357, § 4, CPC), sob pena de preclusão.

3.1. Serão inquiridas no máximo três testemunhas para cada fato, respeitando-se o limite
estabelecido no art. 357, § 6º, do Código de Processo Civil.

3.2. As testemunhas deverão comparecer, nos termos do art. 455 do CPC, independentemente
de intimação deste juízo, uma vez que cabe ao advogado da parte providenciar a intimação da
testemunha arrolada, salvo se apresentar justificativa devidamente fundamentada nas exceções
previstas no § 4º, incisos I a V, do mencionado artigo.

4. Cumpridas todas essas determinações, voltem os autos conclusos.

5. Cumpra-se.

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118794782 - Pág. 3
Imperatriz, (data do sistema).

Juiz JOAQUIM da Silva Filho

Titular da 1ª Vara da Fazenda Pública

Número do documento: 24050817284816400000110446938


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050817284816400000110446938
Assinado eletronicamente por: JOAQUIM DA SILVA FILHO - 08/05/2024 17:28:48 Num. 118794782 - Pág. 4
Segue o comprovante de pagamento das custas iniciais.

Número do documento: 24050808354667100000110370468


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808354667100000110370468
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:35:46 Num. 118709872 - Pág. 1
08/05/2024, 08:17 Poder Judiciário do Estado do Maranhão

ESTADO DO MARANHÃO
PODER JUDICIÁRIO Pagar com cartão
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO
DIRETORIA DO FERJ

Guia de Arrecadação do Tribunal de Justiça do Maranhão


Número da Guia Pagar este documento até
24.053.601.001.790.633-0 07/06/2024
Data de emissão Valor total do documento
08/05/2024 R$ 209,00
Cedente CNPJ
Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário - FERJ 04.408.070/0001-34

Serventia

IMPERATRIZ - IMPERATRIZ - VARA

Dados do Processo

Número: 0808674182024810
Autor/Requerente: AITAN VIEGAS PONTES
Réu/Requerido: ESTADO DO MARANHAO

Sacado

AITAN VIEGAS PONTES


AV SABIAS LARANJEIRAS , 25 , B QD 35 RES
IMPERATRIZ/MA CEP: 65919-370

Composição do Documento de Arrecadação


ATENÇÃO: Documento pago exclusivamente no Banco do Brasil e correspondentes bancários,
preferencialmente nos postos de autoatendimento.
Nº DA CUSTA: 988432024

AçãO CíVEL
Parâmetros informados:
Valor da Ação: 1.400,00.
Resultado do cálculo:
3.12 Distribuição R$ 6
1.1 Custas processuais R$ 175
PAGUE A GUIA VIA PIX
Taxa judiciária R$ 28
ATÉ 07/06/2024 ÀS 20H
(ART. 98, § 5º CPC) Desconto 0,00
(ART. 98, § 6º CPC) Parcelamento 1 x 209,00

TOTAL: R$ 209,00

85880000002 4 09000517202 6 40607240536 2 01001790633 1 AUTENTICAÇÃO MECÂNICA

85880000002 4 09000517202 6 40607240536 2 01001790633 1 Nº Guia: 24.053.601.001.790.633-0


Vencimento: 07/06/2024

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AO JUÍZO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE
IMPERATRIZ – MA

TUTELA DE URGÊNCIA
SEGREDO DE JUSTIÇA
JUÍZO 100% DIGITAL

AITAN VIEGAS PONTES, brasileiro, servidor público (perito criminal), casado,


inscrito no CPF sob o nº. 005.878.653-85, portador do RG nº. 101570320006
GEJUSPC/MA, residente e domiciliado na Avenida Sabiás Laranjeiras, n.º 25,
Quadra 35, Residencial Village Jardine B, Bairro Santa Inês, CEP 65919-370,
Imperatriz - MA;
SILVIA EDUVIRGENS FONSECA, brasileira, servidora pública (perita
criminal), casada, inscrita no CPF sob o nº. 013.389.493-22, portadora do RG
nº. 0196548420021 SESP/MA, residente e domiciliada na Avenida Atlântica,
Condomínio Mansões Paris, Rua Nortre Dame, nº.10, Bairro Parque das
Mansões, CEP 65917-702, Imperatriz – MA;
TIAGO SOARES TENORIO, brasileiro, servidor público (perito criminal),
casado, inscrito no CPF sob o nº. 021.662.893-80, portador do RG nº.
0292604120050 GESP/MA, residente e domiciliado na Rua Cinquenta e seis,
n.º 2, Condomínio Jacarandá, Bairro Vila Vitória, CEP 65918-249, Imperatriz –
MA;
WANDERSON BARROS RODRIGUES, brasileiro, servidor público (perito
criminal), casado, inscrito no CPF sob o nº. 031.634.533-41, portador do RG
nº. 238945120030 SSP/MA, residente e domiciliado na Avenida das
Constelações, n. 22, Condomínio Gisa Good, casa 05, Bairro Jardim Cinco
Estrelas, CEP 65913-420, Imperatriz – MA, vem, por intermédio de sua
advogada infrafirmada, conforme instrumentos de procuração em anexo,
respeitosamente, perante V. Exa. ajuizar a presente

AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face do ESTADO DO MARANHÃO, Pessoa Jurídica de Direito Público


Interno, CNPJ N° 06.3544.680/001-60, com endereço na Avenida D. Pedro II,
3717 - Palácio Dos Leões. CEP 65.010-450. São Luiz - MA, pelos fatos e
fundamentos adiante expostos:

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I. PRELIMINARMENTE
I.1. Do Juízo 100% Digital

O Juízo 100% Digital é um sistema aprovado pela Resolução


CNJ 345/2020, que permite que todos os atos processuais, como as audiências
e as sessões de julgamento, sejam praticados exclusivamente por meio
eletrônico.
Assim, estar-se-á viabilizando o acesso à justiça e propiciando
celeridade e eficiência da prestação jurisdicional.
Diante disso, as partes manifestam seu interesse pela
tramitação do juízo 100% digital.

I.2. Do Segredo de Justiça

Excelência, evidentemente a demanda possui interesse público


e se faz necessário que o presente processo tramite em segredo de justiça, com
fulcro no Art. 189, I, do Código de Processo Civil,
Ademais, vale destacar que os autores compõem o quadro de
servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão, na qual
estão expostos dados e informações que devem ser protegidos em segredo de
justiça (art. 189 do CPC).
Assim, requer o trâmite do processo em segredo de justiça, por
se tratar de demanda que versa sobre interesse público, bem como a
necessidade de proteção de dados dos Autores.

II. SÍNTESE FÁTICA

Os autores são servidores públicos estaduais, peritos criminais,


que ocupam cargos de provimento efetivo. Suas atividades são regidas por uma
série de normas jurídicas estaduais, incluindo, entre outras legislações, as
seguintes:

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• LEI Nº 6.107, DE 27 DE JULHO DE 1994: Dispõe sobre
o estatuto dos servidores públicos civis do estado e dá
outras providências;
• LEI Nº 8.508 DE 27 DE NOVEMBRO DE 2006: Dispõe
sobre a reorganização da Polícia Civil do Estado do
Maranhão, e dá outras providências;
• DECRETO Nº 31.401, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2015:
Dispõe sobre a classificação de locais insalubres da
Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
• LEI Nº 10.2666/2015: dispõe sobre o subsídio dos
servidores do Subgrupo Atividades de Polícia Civil – APC

Os requerentes recebem mensalmente um adicional de


insalubridade, conforme comprovado pelos contracheques anexos. Esse
adicional foi estabelecido pela Lei nº 6.107/94 e posteriormente reafirmado pela
Lei nº 8.508/2006.
A determinação de que o adicional seja concedido no grau
máximo para a categoria profissional dos autores foi estipulada pelo Decreto nº
31.401/2015, eliminando qualquer discussão sobre a sua incidência.
No entanto, a controvérsia atual reside na definição da base de
cálculo para esse adicional de insalubridade. Tanto o Estatuto dos Servidores
Públicos Civis do Estado quanto a lei de reorganização da Polícia Civil do
Estado do Maranhão estabelecem claramente que a base de cálculo para o
adicional de insalubridade, assim como para outras gratificações, deve ser
o vencimento base do servidor público.
O fato é que o Réu tem utilizado uma antinomia normativa e
mantido uma contradição interna ao empregar valores distintos, ilegalmente
fixados no Anexo V da Lei 10.266/2015. Essa prática tem sido prejudicial aos
interesses dos autores e, por consequência, prejudica o interesse público, pois
viola os Princípios da Administração Pública.
Segue-se agora à análise minuciosa das razões pelas quais os
mencionados servidores têm direito à aplicação do adicional de insalubridade
com base no vencimento base.

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III. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

a) DA APLICAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – MARANHÃO

Em respeito aos Princípios Constitucionais, especialmente o


Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e da Isonomia, o adicional de
insalubridade é previsto como direito dos servidores públicos na Lei nº
6.107/1994 - Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Maranhão.
Neste mesmo dispositivo legal, também encontramos a determinação de sua
base de cálculo.

SUBSEÇÃO XII - DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE


E DE PERICULOSIDADE Art. 95 - Os servidores que
habitualmente trabalhem em locais insalubres, ou em
contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas,
inflamáveis ou com eletricidade ou que causem danos à
saúde, fazem jus ao adicional de insalubridade ou de
periculosidade, calculado sobre o vencimento do cargo
efetivo.
Art. 97 – O adicional de insalubridade classifica-se
segundo os graus máximo, médio e mínimo, com
percentuais de 40% (quarenta por cento), 30% (trinta por
cento) e 20% (vinte por cento) do vencimento do servidor.
Art. 97-A. O adicional de insalubridade para o servidor
remunerado por subsídio classifica-se segundo os
graus máximo, médio e mínimo, de acordo com os
valores fixados em lei. Grifei.

A Lei nº 8.508/2006, que trata da reorganização da Polícia Civil


do Estado do Maranhão, ao abordar os vencimentos e gratificações, estabelece
consistentemente como base de cálculo o vencimento base do servidor público,
destaca-se:

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Art. 38 A Gratificação por Risco de Vida em atividade
Policial Civil será concedida a servidores ocupantes de
cargos do Grupo Ocupacional Atividades de Polícia Civil,
quando em efetivo exercício da função de natureza
essencialmente policial, no percentual de 100% (cem) por
cento sobre o vencimento base.
Art. 39 A Gratificação Especial de Exercício da Função
Policial Civil é privativa dos ocupantes dos cargos de
Agente de Polícia, Comissário de Polícia, Escrivão de
Polícia, Perito Criminalístico Auxiliar, Médico Legista,
Odontolegista, Farmacêutico Legista, Toxicologista e
Perito Criminal, desde que estejam no efetivo exercício da
função inerente às atribuições do respectivo cargo, no
percentual de 100% sobre o vencimento base.
(...)
Art. 41 A Gratificação de Representação é devida
exclusivamente aos servidores ocupantes dos cargos de
Delegado de Polícia, Perito Criminal, Médico Legista,
Odontolegista, Farmacêutico Legista e Toxicologista no
percentual de 222% incidente sobre o vencimento base.
Grifei.

Vale ressaltar que, o Estado do Maranhão, por meio do Decreto


nº 31.401/2015, já estabeleceu o adicional de insalubridade calculado no grau
máximo, qual seja: 40% (quarenta por cento). Diante da interpretação
sistemática que engloba a categoria profissional dos autores, não há
dúvidas de que a base de cálculo deve ser o vencimento base.
Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 19, de 1998,
que determinou a mudança da denominação do vencimento percebido pelos
servidores públicos para subsídio, foi publicada a Lei nº 10.266/2015, que trata
do subsídio dos servidores do Subgrupo Atividades de Polícia Civil – APC. Esta
lei fixou o vencimento base/subsídio de forma tabelada, conforme
estipulado no Anexo II (em conformidade com o disposto no art. 97-A da
Lei nº 6.107/1994).

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Desse modo, temos estruturado o sistema legislativo estadual
que permite o pagamento adequado do adicional de insalubridade, uma vez que
temos a previsão do direito, seu grau (máximo) e sua base de cálculo. Até este
ponto, não haveria qualquer antinomia ou contradição interna, uma vez que o
sistema legislativo mencionado estaria em perfeita harmonia, seguindo o
Princípio da Legalidade Administrativa mediante uma interpretação sistemática.
No entanto, a partir do momento em que o réu aplica a tabela
contida no Anexo V da referida legislação (Lei nº 10.266/2015), a qual estabelece
valores aleatórios, irrisórios e sem qualquer fundamentação, inúmeras
inadequações normativas passam a existir.
A forma como o Estado do Maranhão vem calculando o
adicional de insalubridade demonstra uma completa antinomia em relação
às Leis nº 6.107/1994, nº 8.508/2006 e ao Decreto nº 31.401/2015. O
mencionado sistema legislativo estadual é claro ao estabelecer o
vencimento base/subsídio como base de cálculo para o adicional de
insalubridade (40%).
A contradição Endógena reside na impossibilidade de se aplicar
conjuntamente os valores contidos no Anexo II e no Anexo V da Lei nº
10.266/2015 para fins de base de cálculo do referido adicional. Na verdade,
bastaria apenas o Anexo II da referida norma, uma vez que já atenderia aos
preceitos normativos anteriores.

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Dessa forma, a única e adequada decisão para corrigir a
ofensa aos direitos dos requerentes é a inaplicabilidade da tabela do Anexo
V, reconhecendo sua defasagem, uma vez que os valores lá estipulados
são incompatíveis com o fundamento lógico-sistemático das demais
normas jurídicas aqui comentadas, especialmente o subsídio fixado no
Anexo II.
O Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas julgou a controvérsia
em decisão cuja ementa abaixo reproduzida:

REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ORDINÁRIA. SERVIDOR PÚBLICO


ESTADUAL. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. COMPATIBILIDADE
DO RECEBIMENTO DO BENEFÍCIO COM O REGIME DE SUBSÍDIO.
DIREITO SOCIAL DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS
EXTENSÍVEL AOS SERVIDORES PÚBLICOS. BASE DE CÁLCULO
DO ADICIONAL. SUBSÍDIO DA CATEGORIA E NÃO O SUBSÍDIO DO
SERVIDOR. UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DESTE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA PELO PLENO Ementa: UNIFORMIZAÇÃO
DA JURISPRUDÊNCIA DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA PELO
PLENO JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. OBSERVÂNCIA DOS
PARÂMETROS ESTABELECIDOS PELA JURISPRUDÊNCIA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E NO JULGAMENTO DE
QUESTÃO DE ORDEM NAS ADIS 4357 E 4425 PELO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.
(...) 02 - Inexiste qualquer contrariedade ao posicionamento
sumulado, pois fazendo uma interpretação teleológica e
sistemática do art. 73 da Lei Estadual nº 5.247/1991, que faz
expressa menção ao pagamento do adicional com base no
vencimento do cargo efetivo do servidor, e dos artigos 1º e 2º da
Lei Estadual 6.772/2006, que prevê o pagamento do benefício com
base de retribuição pecuniária mínima, paga sob a forma de
subsídio pelo Poder Executivo, entendo pela implantação do
adicional de insalubridade tendo como base de cálculo o subsídio
mínimo pago a categoria do servidor/demandante, considerando
que possui legislação específica para implemento da sua
remuneração, e não sobre o seu respectivo subsídio conforme
restou entendido pelo Magistrado sentenciante. 03 - O Pleno deste
Tribunal de Justiça, através do incidente de uniformização da sua
jurisprudência (processo nº 0500356-82.2015.8.02.0000), deliberou
pela aplicação do subsídio mínimo da respectiva categoria a que
pertence o servidor público como base de cálculo para o adicional
de insalubridade. 04 - A correção monetária deverá ser: a) pelo INPC-
IBGE, com base no art. 1º do Provimento nº 10/2002 da Corregedoria-
Geral de Justiça do Estado de Alagoas, até 29/06/2009, data anterior
à vigência da Lei nº 11.960/2009, que conferiu nova redação ao art. 1º-
F da Lei nº 9.494/1997; b) pelo índice oficial de remuneração básica da
caderneta de poupança (TR), a partir da vigência da Lei nº 11.960/2009
(30/06/2009) até 25/03/2015, data em que foi proferida a decisão pelo
Supremo Tribunal Federal; e c) pelo IPCA-E, após a data
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retromencionada; e juros de mora de 6% (seis por cento) ao ano ou
0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao mês , até 29/06/2009, data
anterior à vigência da Lei nº 11.960/2009, que conferiu nova redação
ao art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997. REMESSA EX OFFICIO ADMITIDA.
SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. DECISÃO UNÂNIME.

(TJ-AL - Remessa Necessária Cível: 0731810-30.2014.8.02.0001


Maceió, Relator: Fernando Tourinho de Omena Souza, Data de
Julgamento: 27/04/2016, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação:
03/05/2016)

O Supremo Tribunal Federal, em precedente judicial sobre a


temática, manifestou-se em sede de Agravo Regimental, no Recurso
Extraordinário Com Agravo 1.076.065, da seguinte forma: “Por derradeiro, tem-
se que a aplicação da norma inserida pela Lei Estadual nº 11.713/97, com
redação da Lei Estadual nº 14.825/05 em nenhum momento afronta do art. 37,
caput, e inciso X, bem como o art. 39, § 1º e seus incisos, uma vez que o
adicional de insalubridade considerando o vencimento-base do regime de
trabalho foi fixada segundo legislação de regência do tema e específica
para tanto, inclusive observando o princípio da legalidade”.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais também já se manifestou
no mesmo sentido, em caso análogo, vejamos:

TJ-MG - Apelação Cível: AC 10027120211969002 MG -


SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. MÉDICO. ADICIONAL
DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO.
VENCIMENTO DO CARGO EFETIVO OCUPADO PELO
SERVIDOR. - O vencimento base ou o salário base
consiste na parte fixa paga mensalmente pela
Administração Pública ao servidor, correspondendo ao
padrão estabelecido em lei, o qual deve variar segundo os
níveis de progressão de carreira, enquanto a remuneração
compreende o total percebido pelo servidor, ou seja, o valor
legal correspondente ao cargo efetivo, acrescido de
adicionais, gratificações e verbas indenizatórias. - Nos
termos da Lei municipal 2.353/93, o adicional de
insalubridade deve ser calculado sobre o "salário base do
cargo efetivo", que corresponde ao vencimento atualizado
do servidor, observado o padrão legal do cargo efetivo que
ocupa para o nível de carreira que se encontra.

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O fato é que não há debate sobre a incidência ou não do referido
adicional, uma vez que o Decreto nº 31.401/2015 já determinou seu pagamento
em grau máximo (40%), não havendo mais nenhuma necessidade de laudo
pericial nesse sentido. Resta-nos identificar se o réu vem efetuando o
pagamento da verba constitucional de forma adequada.
O próprio requerido estruturou uma legislação que alcança os
autores de forma constitucional, equivocando-se apenas quanto à base de
cálculo utilizada (prevista na tabela do Anexo V da Lei nº 10.266/2015), o que
provoca, além da antinomia e contradição endógena já explicadas, uma ofensa
aos princípios constitucionais.
Acrescenta-se ainda que, na eventual procedência da
demanda, o Poder Judiciário não estaria modificando a base de cálculo do
adicional, muito menos legislando atipicamente, mas sim dando a correta
interpretação e aplicação ao sistema jurídico já existente, afastando os
preceitos que ofendem o direito de natureza constitucional.
A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, em
seu artigo 37, inciso X, assegura a revisão anual da remuneração dos servidores
públicos e do subsídio de que trata o § 4º do art. 39, o que, para ocorrer
adequadamente, deve levar em consideração a correta base de cálculo para fins
de pagamento do adicional de insalubridade.
Se a tabela contida no Anexo V da Lei nº 10.266/2015 for
mantida como base de cálculo, teremos valores desatualizados há mais de 08
(oito) anos! Percebe-se, inclusive, tamanho equívoco nos valores lá contidos,
uma vez que eram próximos ao salário mínimo vigente na época, R$ 788,00
(setecentos e oitenta e oito reais).
Foi diante desta realidade e do grande número de litígios que
chegavam ao colendo Supremo Tribunal Federal (STF) que este chegou a um
consenso e formulou, com fulcro no inciso IV do art. 7º da CF, o Enunciado nº. 4
da Súmula Vinculante do STF.

Salvo nos casos previstos na Constituição, o


salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de
servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.

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Assim, a partir de sua publicação no Diário de Justiça eletrônico,
em 09 de maio de 2008, o enunciado supratranscrito passou a vincular os atos
dos demais órgãos do Poder Judiciário e da administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Isto proibiu que a administração pública ou até mesmo o Poder
Judiciário pratiquem atos que venham a desrespeitar tal preceito, visto que se
tal violação vier a ocorrer poderá ser revista pelo STF, de acordo com o art. 103-
A, § 3º, in verbis:

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício


ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos
seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas
federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
[...] § 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que
contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a
aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal
que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo
ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da
súmula, conforme o caso.

Diante disso, não há como utilizar-se do salário mínimo


como base de cálculo do adicional de insalubridade dos servidores
públicos ou mesmo um valor fixo aproximado, especialmente quando a
base de cálculo já está prevista no regime jurídico do ente estadual ao qual
o servidor público está ligado.
Quanto aos precedentes e pareceres favoráveis, cabe
destacar que o digno juízo da Vara da Fazenda Pública de Imperatriz, MA,
já proferiu decisões judiciais no mesmo sentido da fundamentação jurídica
aqui apresentada. Inclusive, anexamos uma Decisão Liminar proferida em
2023, em uma Ação Judicial que trata dos mesmos pedidos e causas de pedir.

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Além disso, juntamos em anexo um Parecer favorável ao direito
aqui pleiteado, emitido pelo Ministério Público Estadual, em segundo grau de
jurisdição.

b) DO SUBSÍDIO E DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

É importante destacar a natureza jurídica da verba paga aos


autores sob a denominação de subsídio. Como se sabe, na ciência do direito,
para determinar a natureza jurídica de um determinado instituto, não basta
analisar apenas sua nomenclatura. Utilizando-se da hermenêutica, é necessário
analisar a regra que o instituiu, suas causas e seus objetivos.
Isso ocorre muitas vezes porque o legislador, que não é um
cientista jurídico, atribui denominações que nem sempre definem claramente o
instituto que pretende criar. Além disso, em nossa língua, existem muitas
palavras polissêmicas que dificultam o entendimento entre as pessoas.
No caso da palavra "subsídio", não é diferente. Segundo o
dicionário Aurélio, a palavra "subsídio" possui as seguintes acepções:

Subsídio (si) [Do lat. Subsídio] S.m.1. Contribuição pecuniária ou de


outra ordem que se dá a qualquer empresa ou particular; auxílio, ajuda:
pedir subsídio; cortar subsídio. 2. Quantia que o Estado arbitra ou
subscreve para obras de interesse público; subvenção: Foram
aumentados este ano os subsídios destinados ao cinema nacional. 3.
Quantia ou auxílio que um Estado concede a outro em virtude de
acordos ou convenções. 4. Bras. Vencimentos dos membros do poder
legislativo federal, estadual ou municipal.

Percebe-se, no mínimo, quatro acepções do referido termo,


sendo que em uma delas pode-se entendê-lo como o vencimento do servidor
público. Se interpretado dessa forma, não há qualquer impedimento para que
haja a incidência do adicional de insalubridade sobre ele. Além disso, o subsídio
foi criado com a clara intenção de absorver todos os adicionais devidos aos
servidores públicos, para só assim se tornar uma parcela única.

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O regime de subsídios não impede o pagamento dos direitos
trabalhistas aplicáveis aos servidores públicos, conforme previsto no art. 39, §
3º, da Constituição. Os §§ 3º e 4º do art. 39 da Carta convivem harmonicamente,
e o dispositivo legal estadual se limitou a reproduzir as restrições que já constam
do art. 39, § 4º, da Lei Fundamental.
É importante ressaltar que o art. 39, § 4º, da Constituição Federal
de 1988 (CF/88) não pode ser interpretado isoladamente, mas sim em conjunto
com os outros parágrafos do mesmo artigo.
Vejamos o que diz o § 3º do supracitado artigo, in verbis:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios instituirão conselho de política de administração
e remuneração de pessoal, integrado por servidores
designados pelos respectivos Poderes. [...] § 3º Aplica-se
aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no
art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX,
XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir.

Para um melhor esclarecimento da questão, é importante


considerar especialmente o que revela o ilustre jurista José dos Santos Carvalho
Filho sobre o tema:

Aliás, não custa lembrar que o próprio art. 39, § 4º, da CF,
não pode ser interpretado de forma literal, mas sim em
conjugação com o parágrafo 3º do mesmo artigo, que
manda aplicar aos servidores vários direitos concedidos
aos trabalhadores da iniciativa privada, entre eles o
adicional de férias, o décimo- terceiro salário, o acréscimo
de horas extraordinárias, o adicional de trabalho noturno
etc. São direitos sociais que não podem ser postergados
pela Administração. Por conseguinte, é induvidoso que
algumas situações ensejarão acréscimo pecuniário à dita
“parcela única”.

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Dessa forma, percebe-se que o adicional de insalubridade é um
direito dos autores, e estes devem ter direito ao retroativo do período em que foi
pago erroneamente.

c) DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Excelência, em um juízo de cognição sumária, entende-se que


a Lei Estadual nº 10.266/2015, ao fixar como base de cálculo valores
equiparados ao salário mínimo vigente à época de sua elaboração, encontra
óbice no art. 7º, parte final do inciso IV, da CF, aplicável aos servidores públicos
conforme art. 39, §3º, da CF, consistente na proibição constitucional de
vinculação de qualquer vantagem de servidor público ou de empregado ao
salário mínimo.
Sobre a matéria, a Súmula Vinculante nº 4, editada pelo
Supremo Tribunal Federal, é relevante: "Salvo nos casos previstos na
Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído
por decisão judicial."
Assim, existe ainda a possibilidade jurídica de declaração de
inconstitucionalidade do art. 6º da Lei nº 10.266/2015.

d) DA TUTELA DE URGÊNCIA

O presente pedido visa à imediata concessão da parcela do


adicional de insalubridade calculada sobre o subsídio percebido pelos Autores,
conforme contracheques apresentados, no percentual e base de cálculo
fundamentados nas Leis nº 6.107/1994, nº 8.508/2006, no Decreto nº
31.401/2015 e na Lei nº 10.2666/2015, tabela do Anexo II, devidamente
atualizada, qual seja 40%. A demora na concessão desse direito é prejudicial.
Os procedimentos e fundamentos legais relativos à Tutela
Provisória estão elencados no Código de Processo Civil, a partir do art. 294.
Nesse sentido, é sabido que para a concessão de DECISÃO
LIMINAR é necessário demonstrar prova inequívoca, verossimilhança e fundado
receio de dano de difícil reparação. Destaca-se que todos os requisitos estão
presentes:

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✓ Prova inequívoca: Este requisito é evidente quando se percebe que os
Autores já percebem o adicional de insalubridade, porém, sendo este
calculado sobre um valor fixo desatualizado, o que configura uma afronta
direta aos princípios e dispositivos estaduais e constitucionais.
✓ Verossimilhança da alegação: Este requisito é demonstrado diante dos
fundamentos jurídicos destacados acima, que concluem que é possível e
de direito o percebimento do adicional de insalubridade incidindo sobre o
subsídio dos Autores, em grau máximo, percentual de 40%.
✓ Fundado receio de dano de difícil reparação: Por fim, este requisito
também está integralmente observado, pois tratando-se de verba
alimentar, se não for concedida a antecipação da tutela, os Autores
permanecerão sofrendo agruras financeiras ao não receberem
corretamente o adicional de insalubridade ao qual têm direito.

Cumpre ressaltar que o eminente Tribunal de Justiça de Alagoas já teve


oportunidade de se manifestar sobre o tema nos autos do Agravo de Instrumento
nº 2011.005646-5, acolhendo a tese do Autor. Analise-se a sua Ementa: [Ementa
do Acórdão].

ACÓRDÃO N.º 2.1500 /2011 EMENTA: AGRAVO DE


INSTRUMENTO. PERSEGUE EFEITO ATIVO.
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEI ESTADUAL Nº
6.772/2006. RETRIBUIÇÃO PECUNIÁRIA MÍNIMA
ENTENDIDA COMO VENCIMENTO. DOCUMENTOS
QUE COMPROVAM QUE A ATIVIDADE REALIZADA É
DE GRAU MÁXIMO DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA
DO PERCENTUAL DE 40% (QUARENTA POR CENTO)
SOBRE A BASE DE CALCULO. POSSIBILIDADE DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA FAZENDA
PÚBLICA NOS CASOS EM QUE O ADICIONAL JÁ É
PAGO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Assim, a espera por uma solução final continuará impondo aos


Autores uma redução de seus vencimentos, sem perspectiva de que os mesmos
sejam recompostos de outra forma ou até mesmo por meio do pagamento
judicial.

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Portanto, resta incontestável o direito dos mesmos ao
deferimento da tutela antecipada pretendida, para que haja a imediata aplicação
da incidência do adicional de insalubridade sobre seus respectivos subsídios ou
vencimentos base, considerando os valores dos contracheques apresentado

III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

ISSO POSTO, requer:

a) Seja concedida a TUTELA ANTECIPADA, inaudita altera pars, já que


preenchidos todos os seus requisitos, ordenando-se que o Réu pague, a
partir da próxima remuneração, após a citação, o adicional de
insalubridade em grau máximo, com base no atual subsídio ou
vencimento base da categoria do cargo dos autores, devidamente
atualizado através do índice INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor);
b) Em caso de concessão da tutela antecipada, requer que seja expedido
mandado direcionado ao ESTADO DO MARANHÃO, assim como seja
expedido ofício à Secretaria de Estado da Gestão e Previdência -SEGEP,
determinando o imediato cumprimento da decisão, sob pena de multa
diária não inferior a R$1.000 (Um mil reais);
c) Seja citado o ESTADO DO MARANHÃO para, querendo, contestar a
presente ação;
d) Sejam julgados totalmente procedentes os pedidos dos autores, de modo
que a base de cálculo para o pagamento do adicional de insalubridade
seja o subsídio ou vencimento base dos autores, devidamente atualizados
os quais foram definidos inicialmente no Anexo II, da Lei nº 10.266/2015,
afastando-se, por consequência, a aplicação dos valores contidos na
tabela do Anexo V, da mesma legislação;
e) Subsidiariamente, na remota hipótese de Vossa Excelência entender que
os valores apresentados na tabela do Anexo II, da citada legislação, sejam
fixos, seja determinado o pagamento do referido adicional com base nos
mesmos, vez que estariam em maior consonância com a Lei nº
6.107/1994 e a Lei nº 8.508/2006; ou alternativamente, caso seja mantida
a aplicação ilegal, da tabela contida no Anexo V, seja o adicional de
insalubridade calculado considerando aqueles valores devidamente
atualizados;
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f) Seja o réu condenado ao pagamento dos reflexos das verbas acima
descritas, em qualquer das hipóteses, nas férias com acréscimo de 1/3 e
13º salário, desde o início das suas atividades no cargo, bem como as
respectivas diferenças remuneratórias retroativas remanescentes,
devidamente atualizadas no índice INPC, diante dos fatos e fundamentos
jurídicos apresentados nesta petição inicial;
g) A condenação do Requerido ao ônus de sucumbência e honorários
advocatícios nos termos dos artigos 82 §2º e 85 §2º do NCPC;
h) Que o processo tramite em segredo de justiça, conforme fundamentação
supra;
i) Que seja acatado o requerimento de juízo 100% digital, nos termos
dos artigos. 3ª e 5º da resolução 345/20 do CNJ
j) A Declaração de Inconstitucionalidade do art. 6º da Lei nº 10.266/2015,
por Controle Difuso de Constitucionalidade;
k) Que todas as intimações sejam realizadas, exclusivamente, em nome da
advogada Cláudia Fernanda Costa Gomes de Sousa, inscrito na OAB/MA
sob o nº 27.255, sob pena de nulidade.

Protesta provar o alegado por todos os meios em prova em direito admitidas,


onde, desde logo, pugna pela produção de prova oral e documental.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.400,00 (Um mil e quatrocentos reais).

Nesses Termos, Pede Deferimento.

Imperatriz-MA, na data do protocolo.

CLÁUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA


OAB/MA 27.255

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ESTADO DO MARANHÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO
21ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL

TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO


Processo nº 0816528-23.2023.8.10.0000 (Agravo de Instrumento)
P. ref. 0813758-34.2023.8.10.0040 (Ação Ordinária)
SIMP 101625-750/2023
Agravante: ESTADO DO MARANHÃO
Agravado: ADEILTON MOREIRA DE SOUSA JUNIOR e outros
Relator: Desembargador Antônio José Vieira Filho
Procurador de Justiça: Danilo José de Castro Ferreira

Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto pelo ESTADO DO


MARANHÃO, inconformado com decisão proferida pelo Juízo de Direito da 1ª Vara da
Fazenda Pública da Comarca de Imperatriz, que, nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA, movida
por ADEILTON MOREIRA DE SOUSA JUNIOR e outros em desfavor do apelante,
concedeu a liminar pleiteada.

Em suas razões recursais, aduziu o Estado do Maranhão, em suma, que o


adicional de insalubridade pretendido pelos recorridos já foi pago regularmente, requerendo,
ao fim, o conhecimento e provimento do recurso (ID 27930954).

Ainda antes de serem intimados, os agravados atravessaram petição,


consignando que o recurso é manifestamente protelatório, porquanto intempestivo (ID
27960702).

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Av. Prof. Carlos Cunha, nº 3261, Calhau. CEP 65076-820. São Luís (MA). Telefone: (98) 3219-1600

Danilo José de Castro Ferreira


Procurador de Justiça
TMAL

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2

ESTADO DO MARANHÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO
21ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL

Em primeira análise, o Desembargador-Relator reservou-se a apreciar o


pedido liminar após o estabelecimento do contraditório (ID 30699502).

Vista dos autos a esta Procuradoria de Justiça para emissão de parecer.

É o relatório. Passa-se à manifestação.

Tendo em vista a presença dos requisitos de admissibilidade, manifesta-se o


Ministério Público Estadual pelo CONHECIMENTO do apelo.

Ab initio, quanto à alegação dos agravados acerca da intempestividade do


recurso, pondere-se que não merece prosperar. Isto porque, embora a decisão combatida tenha
sido publicada no DJE em 12/06/2023, a intimação do Estado do Maranhão acerca do
expediente, consoante consta no sistema do PJe, apenas ocorreu em 19/06/2023,
passando, a partir desse termo, a correr o prazo recursal em dobro para interposição de agravo
de instrumento, isto é, 30 (trinta) dias úteis.

Essa é a conclusão, porquanto as intimações eletrônicas devem prevalecer


em detrimento das realizadas por diário de justiça, como explicita jurisprudência farta do
Superior Tribunal de Justiça, ao anotar que a intimação eletrônica prevalece sobre a
publicação no Diário de Justiça no caso de duplicidade de intimações1.

Nesse sentido, considerando como termo a quo o dia 19/06/2023, tem-se


que o fim do prazo ocorreria em 01/08/2023, data de protocolo do presente agravo de
instrumento, motivo pelo qual se entende pela tempestividade do recurso.

1
STJ, AgInt no AREsp 1330052/RJ, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 26/03/2019,
DJe 29/04/2019
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3

ESTADO DO MARANHÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO
21ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL

Pois bem, sabe-se que a antecipação da tutela será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao
resultado útil do processo2, sendo certo que os requisitos constituem o fumus boni iuris, a
representar a plausibilidade do direito, e o periculum in mora, consistente no elevado risco
de aproveitamento do processo em caso de não concessão urgente da medida pleiteada.

Conforme ensina o excelente magistério de Nelson Nery Junior e Rosa


Maria Nery (2021), quando dessa análise, incabível ao julgador promover exame exaustivo
dos fatos, sob pena de se confundir o deferimento da medida liminar com o requerimento
meritório da demanda. É que, ainda que eventual concessão repercuta no plano fático,
compreende apenas alguns dos efeitos da tutela pretendida de forma principal (principaliter).

Consoante se depreende dos autos originários, os agravados, na qualidade


de servidores públicos do Estado do Maranhão no cargo de peritos criminais, ajuizaram Ação
Ordinária em desfavor do ente federativo objetivando a determinação judicial de incidência
do adicional de insalubridade que recebem sobre seus vencimentos-base, tendo em vista que o
réu, aqui agravante, “vem se utilizando de antinomia normativa e mantendo contradição
endógena, ao utilizar valores distintos, fixados ilegalmente no Anexo V da Lei 10.266/2015”.

Pois bem, inicialmente, tem-se que a Lei Estadual nº 6.107/1994, dispondo


acerca do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Maranhão, consignou
expressamente, em seu art. 95, a possibilidade de recebimento do adicional de
insalubridade, aos servidores que se encaixassem nas circunstâncias ali elencadas, e que
deveria ser calculado sobre o vencimento do cargo efetivo.

2
Código de Processo Civil
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
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ESTADO DO MARANHÃO
MINISTÉRIO PÚBLICO
21ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL

Após, foi promulgada a Lei Estadual nº 8.957/2009, que disciplinou a


Reorganização do Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração do Grupo Ocupacional
Atividades de Polícia Civil do Estado do Maranhão, e assentou, em seu art. 25, que aos
servidores daquele grupo é devida remuneração por subsídio, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, excetuando-se (...) adicional de periculosidade e insalubridade.

Nesse sentido foi que, posteriormente, editou-se a Lei Estadual nº


10.266/2015, prevendo, em seu art. 6º, que o adicional de insalubridade do Subgrupo
Atividades de Polícia Civil - APC, terá como base de cálculo os valores definidos no Anexo
V daquela norma, conforme a data nele especificada, até que sobrevenha norma
específica sobre a matéria.

A princípio, em um juízo de cognição sumária, entende-se que a Lei


Estadual nº 10.266/2015, ao fixar como base de cálculo valores equiparados ao salário-
mínimo vigente à época de sua elaboração, encontra óbice no art. 7º, parte final do inciso IV,
da CF, aplicável aos servidores públicos conforme art. 39, §3º, da CF, consistente na
proibição constitucional de vinculação de qualquer vantagem de servidor público ou
empregado ao salário mínimo. Veja-se, sobre a matéria, a Súmula Vinculante nº 4, editada
pelo Supremo Tribunal Federal:

Súmula Vinculante nº 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

Desse modo, considerando a provável inconstitucionalidade do art. 6º da Lei


nº 10.266/2015, e que há expressa previsão legal no sentido de conceder adicional de
insalubridade calculado sobre o vencimento do cargo efetivo dos servidores públicos

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21ª PROCURADORIA DE JUSTIÇA CÍVEL

estaduais (art. 95, Lei Estadual nº 6.107/1994), entende-se que deve permanecer hígida a
decisão interlocutória combatida.

Ante o exposto, manifesta-se esta Procuradoria de Justiça Cível pelo NÃO


CONHECIMENTO e DESPROVIMENTO do agravo, para que seja mantida a decisão
agravada.

São Luís, 15 de dezembro de 2023.

DANILO JOSÉ DE CASTRO FERREIRA


Procurador de Justiça

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Danilo José de Castro Ferreira


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Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708449 - Pág. 1
DANF3E - DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL DE ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICA
2ª Via
Equatorial Maranhão Distribuidora de Energia S.A. Página 1/1
CNPJ: 06.272.793/0001-84 | Insc. Estadual: 120.515.11-3
Alameda A, Qd SQS, nº100, Loteamento Quitandinha,
Altos do Calhau - São Luís - MA CEP: 65.070-900
Classificação: Residencial Pleno Tipo de Fornecimento: TRIFÁSICO

Tensão Nominal Disp: 220 V Lim Min: 202 V Lim Max: 231 V
Data das Leitura Anterior Leitura Atual Nº de Dias Próxima Leitura
AITAN VIEGAS PONTES Leituras 14/03/2024 12/04/2024 29 14/05/2024
INSTALAÇÃO: 43551167 Parceiro de Negócio
CPF: ***.878.65*-**
AV SABIAS LARANJEIRAS , 25 , B QD 35 RES 40874399 NOTA FISCAL Nº 079983525 - SÉRIE 000 /
VILLAGE JARDINE B - QD 35 RES VILLAGE JARDINE DATA DE EMISSÃO: 12/04/2024
CEP: 65919-370 SANTA INES - IMPERATRIZ - MA Conta Contrato Consulte pela Chave de Acesso em:
https://dfe-portal.svrs.rs.gov.br/NF3E/Consulta
3017243550 chave de acesso:
21240406272793000184660000799835252060644223
Conta Mês Vencimento Total a Pagar Protocolo de autorização: 3212400009510967 -
12/04/2024 às 14:06:16
04/2024 06/05/2024 R$ 302,50

INFORMAÇÕES PARA O CLIENTE


Períodos: Band. Tarif.: Verde : 15/03 - 12/04

Itens de Fatura Quant. Preço Unit.(R$) Tarifa PIS/ ICMS Valor(R$) Tributo Base(R$) Aliquota(%) Valor(R$)
com Tributos Unit.(R$) COFINS(R$) (R$) ICMS 273,72 22,0000 60,22
Consumo (kWh) 287 0,953728 0,718810 7,21 60,22 273,72 PIS 213,50 0,6018 1,29
COFINS 213,50 2,7731 5,92
ITENS FINANCEIROS
Cip-Ilum Pub Pref Munic 28,78

ABR/23 1026
MAI/23 274
C JUN/23 272
O
N JUL/23 262
S AGO/23 224
U SET/23 281
M
O OUT/23 350
NOV/23 290
k
W DEZ/23 397
h JAN/24 417
FEV/24 264
MAR/24 277
ABR/24 287
Ativo

Medidor Grandeza Posto Horário Leitura Leitura Const. Consumo Reservado ao Fisco
Anterior Atual Medidor
32580049213 Consumo ATIVO TOTAL 36.178 36.465 1,00 287 kWh DAF6.F441.9732.7387.5E96.58C9.84FB.675E

Resolução ANEEL Apresentação Nº do Programa Social

3251/23 12/04/2024

REAVISO DE VENCIMENTO

............................... ............................... ......................................... ............................... ..............................


........

Nome do Cliente: C.C: Unidade de Leitura: Competência: Vencimento: Valor cobrado (R$):
AITAN VIEGAS PONTES 3017243550 IZ08B006 04/2024 302,50

FATURA ARRECADADA - NÃO RECEBER

Número do documento: 24050808023858200000110368905


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023858200000110368905
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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
COMPROVANTE DE RENDIMENTOS

ÓRGÃO

SECRETARIA DA SEGURANCA
MUNICÍPIO MÊS ANO
IMPERATRIZ ABRIL 2024
LOTAÇÃO/SETOR
INSTIT CRIMINALISTICA-IMPERATR
NOME DO SERVIDOR MATRÍCULA
AITAN VIEGAS PONTES 00873792-03
CPF RG GRUPO
00587865385 151070320006 SEGURANCA
SUB-GRUPO CARGO/ESPECIALIDADE
ATIVIDADES POLICIA PERITO CRIMINAL
CLASSE REF. FUNÇÃO SITUAÇÃO FUNCIONAL
A 1 ATIVO
DEP S.F. DEP I.R. BANCO AGÊNCIA CONTA CORRENTE REGIME JURÍDICO
0 0 001 4445-8 18308-3 ESTATUTARIO
TIPO DISCRIMINAÇÃO REF VALOR

VANTAGENS
251361 RETRIB.EXERC.LOC.DIF.PROV 425,56
252000 VALE TRANSPORTE PAGO 360,00
220203 % ADICIONAL NOTURNO 1 214,43
220176 ADICIONAL INSALUBRIDADE 40 343,14
250167 AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 539,00
251364 SUBSIDIO 30 10.821,90

DESCONTOS
220061 VALE TRANSPORTE 24,85
220102 IMPOSTO DE RENDA 1.979,39
250014 FEPA 100 1.349,05

BASE DE CÁLCULO IRPF DEPOSITO FGTS BRUTO DESCONTOS

11.805,03 0,00 12.704,03 3.353,29


MARGEM BRUTA CONSIG. 10% MARGEM BRUTA CONSIG. 15% MARGEM BRUTA CONSIG. 35% LÍQUIDO
845,17 1.267,76 2.958,10 9.350,74
MENSAGEM
O GOVERNO DO MARANHÃO ESTÁ IMPLANTANDO A CENTRAL DE ATENDIMENTO AO
SERVIDOR, QUE VAI REUNIR, NO MESMO ESPAÇO, SERVIÇOS QUE JÁ SÃO OFERECIDOS
EM DIFERENTES LOCAIS, ALÉM DE AGILIZAR O RECEBIMENTO DE OUTRAS DEMANDAS. O
OBJETIVO É AGILIZAR O ATENDIMENTO E OTIMIZAR O USO DA ESTRUTURA DOS
PRÉDIOS PÚBLICOS. SAIBA MAIS EM: SEAD.MA.GOV.BR

Este contracheque foi emitido às 19:30:36 do dia 06/05/2024 pelo


Portal do Servidor, tendo fé pública conforme Portaria Nº184/SEAPS de 27/07/2009.
CÓDIGO DE AUTENTICIDADE: P4403.AA125.93BF4.50222.2A007.72C0000083
Confirmação da autenticidade no site http://www.portaldoservidor.ma.gov.br

Número do documento: 24050808023858200000110368905


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PROCURAÇÃO

OUTORGANTE: AITAN VIEGAS PONTES, brasileiro, servidor público (perito


criminal), casado, inscrito no CPF sob o nº. 005.878.653-85, portador do RG
nº. 101570320006 GEJUSPC/MA, residente e domiciliado na Avenida Sabiás
Laranjeiras, n.º 25, Quadra 35, Residencial Village Jardine B, Bairro Santa Inês,
Imperatriz - MA, CEP 65919-370.

OUTORGADA: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA,


brasileira, casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG n.º
7096300, inscrita no Ministério da Fazenda sob o CPF n.º 020.666.212-26 e
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, secção Maranhão,
sob a OAB/MA n.º 27.255, com endereço eletrônico
claudiafernandacosta.adv@gmail.com e contato telefônico (99) 99202-8505,
com escritório sediado na cidade de Imperatriz/MA.

OBJETO: Representar a Outorgante, promovendo a defesa dos seus direitos


e interesses, podendo, para tanto, propor quaisquer ações, medidas
incidentais, acompanhar os processos administrativos e/ou judiciais em
qualquer Juízo, Instância, Tribunal, ou Repartição Pública.

PODERES GERAIS: Por este instrumento particular de procuração, constituo


minha bastante procuradora, a outorgada, concedendo-lhe os poderes
inerentes da cláusula AD JUDICIA ET EXTRA, para o foro em geral, podendo,
portanto, promover quaisquer medidas judiciais ou administrativas, assinar
termo, oferecer defesa, direta ou indireta, interpor recursos, ajuizar ações e
conduzir os respectivos processos, solicitar, providenciar e ter acesso a
documentos de qualquer natureza, sendo o presente instrumento de mandato
oneroso e contratual podendo substabelecer este a outrem, com ou sem
reserva de poderes, dando tudo por bom e valioso, a fim de praticar todos os
demais atos necessários ao fiel desempenho deste mandato.

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

Número do documento: 24050808023858200000110368905


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023858200000110368905
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708449 - Pág. 4
PODERES ESPECÍFICOS: De igual modo, concedo à advogada constituída,
poderes especiais para confessar, reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber,
dar quitação, levantar e sacar alvarás, firmar compromisso e assinar
declaração de hipossuficiência econômica, retirar autos de cartórios judiciais e
de repartições públicas, inclusive substabelecer, no todo ou em parte, com ou
sem reserva de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso, em
conformidade com o artigo 105 do Código de Processo Civil (CPC).

Imperatriz - MA, 07 de maio de 2024.

______________________________________________________________
OUTORGANTE

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

Número do documento: 24050808023858200000110368905


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023858200000110368905
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708449 - Pág. 5
Número do documento: 24050808023871900000110368906
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023871900000110368906
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708450 - Pág. 1
DANF3E - DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL DE ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICA
2ª Via
Equatorial Maranhão Distribuidora de Energia S.A. Página 1/1
CNPJ: 06.272.793/0001-84 | Insc. Estadual: 120.515.11-3
Alameda A, Qd SQS, nº100, Loteamento Quitandinha,
Altos do Calhau - São Luís - MA CEP: 65.070-900
Classificação: Residencial Pleno Tipo de Fornecimento: TRIFÁSICO

Tensão Nominal Disp: 220 V Lim Min: 202 V Lim Max: 231 V
Data das Leitura Anterior Leitura Atual Nº de Dias Próxima Leitura
SILVIA EDUVIRGENS FONSECA Leituras 05/03/2024 04/04/2024 30 06/05/2024
INSTALAÇÃO: 2000283670 Parceiro de Negócio
CPF: ***.389.49*-**
AV ATLANTICA , S/N , CD MANSOES PARIS RUA NOTRE 1000292327 NOTA FISCAL Nº 079587881 - SÉRIE 000 /
DAME LOTE10 CD MANSOES PARIS RUA NOTRE DAME DATA DE EMISSÃO: 05/04/2024
LOTE10 CEP: 65917-702 PQ DAS MANSOES - Conta Contrato Consulte pela Chave de Acesso em:
https://dfe-portal.svrs.rs.gov.br/NF3E/Consulta
3005291959 chave de acesso:
21240406272793000184660000795878811049258619
Conta Mês Vencimento Total a Pagar Protocolo de autorização: 3212400008844663 -
05/04/2024 às 10:33:57
04/2024 18/04/2024 R$ 168,75

INFORMAÇÕES PARA O CLIENTE


Períodos: Band. Tarif.: Verde : 06/03 - 04/04 O montante da devolução é resultado da multiplicação do CONSUMO COMPENSADO pela mini/microgeração ( 521 kWh) pela tarifa. Proporcionalizada, quando for o caso.
Demonstrativos de Saldos em kWh referente a Mini e Micro Geração, conforme REN Nº 482/2012. Conta contrato geradora 3005291959: Saldo do Mês Geral Total: 0.00, Saldo Acumulado Geral Total: 2703.00 , Saldo Total à
Expirar Próximo Mês Geral: 0.00.

Itens de Fatura Quant. Preço Unit.(R$) Tarifa PIS/ ICMS Valor(R$) Tributo Base(R$) Aliquota(%) Valor(R$)
com Tributos Unit.(R$) COFINS(R$) (R$) ICMS 95,37 22,0000 20,98
Consumo (kWh) 621 0,953704 0,718810 15,59 130,29 592,25 PIS 74,39 0,6018 0,45
Energia Ativa Injetada (kWh) 414 0,953696 0,718810 10,39- 86,86- 394,83- COFINS 74,39 2,7731 2,06
Energia Inj. mUC 07/2022 mPT (kWh) 107 0,953738 0,718810 2,69- 22,45- 102,05-

ITENS FINANCEIROS
285
Cip-Ilum Pub Pref Munic 73,38 ABR/23 520
369
MAI/23 516
C JUN/23 564
523
O 516
N JUL/23 442
454
S AGO/23 415
U SET/23
589
464
M 720
O OUT/23 557
777
NOV/23 473
k 720
W DEZ/23 391
526
h JAN/24 301
502
FEV/24 404
453
MAR/24 374
621
ABR/24 414

Ativo Injetado

Medidor Grandeza Posto Horário Leitura Leitura Const. Consumo Reservado ao Fisco
Anterior Atual Medidor
37020016966 Energia Injetada ATIVO TOTAL 10.887 11.301 1,00 414 kWh 0A1C.7624.5893.EE2B.C418.8843.C911.CB21
37020016966 Consumo ATIVO TOTAL 9.368 9.989 1,00 621 kWh

Resolução ANEEL Apresentação Nº do Programa Social

3251/23 11/04/2024

REAVISO DE VENCIMENTO

............................... ............................... ......................................... ............................... ..............................


........

Nome do Cliente: C.C: Unidade de Leitura: Competência: Vencimento: Valor cobrado (R$):
SILVIA EDUVIRGENS FONSECA 3005291959 IZ03B025 04/2024 168,75

FATURA ARRECADADA - NÃO RECEBER

Número do documento: 24050808023871900000110368906


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023871900000110368906
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708450 - Pág. 2
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
COMPROVANTE DE RENDIMENTOS

ÓRGÃO

SECRETARIA DA SEGURANCA
MUNICÍPIO MÊS ANO
IMPERATRIZ ABRIL 2024
LOTAÇÃO/SETOR
INSTIT CRIMINALISTICA-IMPERATR
NOME DO SERVIDOR MATRÍCULA
SILVIA EDUVIRGENS FONSECA 00807526-04
CPF RG GRUPO
01338949322 196548420021 SEGURANCA
SUB-GRUPO CARGO/ESPECIALIDADE
ATIVIDADES POLICIA PERITO CRIMINAL
CLASSE REF. FUNÇÃO SITUAÇÃO FUNCIONAL
B 6 ATIVO
DEP S.F. DEP I.R. BANCO AGÊNCIA CONTA CORRENTE REGIME JURÍDICO
1 1 001 0554-1 45632-2 ESTATUTARIO
TIPO DISCRIMINAÇÃO REF VALOR

VANTAGENS
220176 ADICIONAL INSALUBRIDADE 40 350,29
250219 SALARIO FAMILIA ESTATUTARIO 1 1,41
250167 AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 539,00
220203 % ADICIONAL NOTURNO 875,72 218,93
251364 SUBSIDIO 30 12.910,95
251361 RETRIB.EXERC.LOC.DIF.PROV 425,56

DESCONTOS
250014 FEPA 100 1.651,96
220102 IMPOSTO DE RENDA 2.421,65
252046 ASS DA P T CIENTIFICA MA 1/0 112,96

BASE DE CÁLCULO IRPF DEPOSITO FGTS BRUTO DESCONTOS

13.905,73 0,00 14.446,14 4.186,57


MARGEM BRUTA CONSIG. 10% MARGEM BRUTA CONSIG. 15% MARGEM BRUTA CONSIG. 35% LÍQUIDO
983,21 1.474,81 3.441,24 10.259,57
MENSAGEM
O GOVERNO DO MARANHÃO ESTÁ IMPLANTANDO A CENTRAL DE ATENDIMENTO AO
SERVIDOR, QUE VAI REUNIR, NO MESMO ESPAÇO, SERVIÇOS QUE JÁ SÃO OFERECIDOS
EM DIFERENTES LOCAIS, ALÉM DE AGILIZAR O RECEBIMENTO DE OUTRAS DEMANDAS. O
OBJETIVO É AGILIZAR O ATENDIMENTO E OTIMIZAR O USO DA ESTRUTURA DOS
PRÉDIOS PÚBLICOS. SAIBA MAIS EM: SEAD.MA.GOV.BR

Este contracheque foi emitido às 10:16:18 do dia 07/05/2024 pelo


Portal do Servidor, tendo fé pública conforme Portaria Nº184/SEAPS de 27/07/2009.
CÓDIGO DE AUTENTICIDADE: P4404.AA125.93FFF.10222.2W000.56C0000061
Confirmação da autenticidade no site http://www.portaldoservidor.ma.gov.br

Número do documento: 24050808023871900000110368906


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023871900000110368906
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708450 - Pág. 3
PROCURAÇÃO

OUTORGANTE: SILVIA EDUVIRGENS FONSECA, brasileira, servidora


pública (perita criminal), casada, inscrita no CPF sob o nº. 013.389.493-22,
portadora do RG nº. 0196548420021 SESP/MA, residente e domiciliada na
Avenida Atlântica, Condomínio Mansões Paris, Rua Nortre Dame, nº.10, Bairro
Parque das Mansões, Imperatriz - MA, CEP 65917-702.

OUTORGADA: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA,


brasileira, casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG n.º
7096300, inscrita no Ministério da Fazenda sob o CPF n.º 020.666.212-26 e
regularmente inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, secção Maranhão,
sob a OAB/MA n.º 27.255, com endereço eletrônico
claudiafernandacosta.adv@gmail.com e contato telefônico (99) 99202-8505,
com escritório sediado na cidade de Imperatriz/MA.

OBJETO: Representar a Outorgante, promovendo a defesa dos seus direitos


e interesses, podendo, para tanto, propor quaisquer ações, medidas
incidentais, acompanhar os processos administrativos e/ou judiciais em
qualquer Juízo, Instância, Tribunal, ou Repartição Pública.

PODERES GERAIS: Por este instrumento particular de procuração, constituo


minha bastante procuradora, a outorgada, concedendo-lhe os poderes
inerentes da cláusula AD JUDICIA ET EXTRA, para o foro em geral, podendo,
portanto, promover quaisquer medidas judiciais ou administrativas, assinar
termo, oferecer defesa, direta ou indireta, interpor recursos, ajuizar ações e
conduzir os respectivos processos, solicitar, providenciar e ter acesso a
documentos de qualquer natureza, sendo o presente instrumento de mandato
oneroso e contratual podendo substabelecer este a outrem, com ou sem
reserva de poderes, dando tudo por bom e valioso, a fim de praticar todos os
demais atos necessários ao fiel desempenho deste mandato.

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

Número do documento: 24050808023871900000110368906


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023871900000110368906
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708450 - Pág. 4
PODERES ESPECÍFICOS: De igual modo, concedo à advogada constituída,
poderes especiais para confessar, reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber,
dar quitação, levantar e sacar alvarás, firmar compromisso e assinar
declaração de hipossuficiência econômica, retirar autos de cartórios judiciais e
de repartições públicas, inclusive substabelecer, no todo ou em parte, com ou
sem reserva de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso, em
conformidade com o artigo 105 do Código de Processo Civil (CPC).

Imperatriz - MA, 07 de maio de 2024.

______________________________________________________________
OUTORGANTE

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

Número do documento: 24050808023871900000110368906


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023871900000110368906
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708450 - Pág. 5
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
SECRETARIA NACIONAL DE TRÂNSITO - SENATRAN

QR-CODE

Documento assinado com certificado digital em conformidade


com a Medida Provisória nº 2200-2/2001. Sua validade poderá
ser confirmada por meio do programa Assinador Serpro.

As orientações para instalar o Assinador Serpro e realizar a


validação do documento digital estão disponíveis em:
https://www.serpro.gov.br/assinador-digital.

Número do documento: 24050808023886200000110368907


https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=24050808023886200000110368907
Assinado eletronicamente por: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA - 08/05/2024 08:02:38 Num. 118708451 - Pág. 1
Telefonica Brasil S.A. Nº da Conta: 00001102390200
Rua Perdizes, - CEP: 65075-340 - São Luís - MA
I.E.: 122019180 CNPJ Matriz: 02.558.157/0001-62 Código Cliente: 00000102507587

MÊS REFERÊNCIA: 04/2024


DATA DE EMISSÃO: 24/04/2024
TIAGO SOARES TENORIO
R CINQUENTA E SEIS 2
CONDOMINIO jacaranda
VILA VITORIA
65918-249 IMPERATRIZ - MA
VENCIMENTO VALOR A PAGAR (R$)
08/05/2024 59,09

MEIO DE PAGAMENTO: BOLETO


ENVIO DA FATURA: E-MAIL
(tastenorio@gmail.com)

OS BENEFÍCIOS DO CELULAR RENOVAM TODO DIA: 21

(DE 21/03/24 A 20/04/24)


SEUS NÚMEROS VIVO
VIVO CELULAR 59,09 Tel. Celular: 99-99200-2395 (Caso você tenha mais linhas,
Total a pagar 59,09 consulte o detalhamento no App Vivo)

Plano contratado | Adicionais contratados Quantidade Valor (R$) SUAS BONIFICAÇÕES


VIVO CELULAR - Controle Celular Vivo: 1 Bônus Conta Digital 3GB

Vivo Controle 8GB_ 1 59,09


Veja detalhamento da sua conta no app Vivo
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Subtotal Vivo Controle 59,09 Pelo aplicativo, você também pode:
Cadastrar o Débito Automático na sua conta e
Subtotal Plano contratado / Adicionais contratados 59,09
receber 3GB de internet todo mês
Total a pagar 59,09 Aproveitar os benefícos do Vivo Valoriza
- Não existe(m) valor(es) pendente(s) até a data de emissão dessa conta -
FALE COM A GENTE
Acesse o App Vivo ou ligue:
Para os serviços da casa: 10315
Para os serviços do celular: *8486 do seu celular Vivo
Se tem necessidades específica de acessibilidade para fala
e/ou audição: 142
Ou acesse a Central de Intermediação em Libras disponível em
nosso site.

IMPORTANTE
Ser transparente é uma das nossas prioridades, por isso
informamos que não existem débitos pendentes no contrato
mencionado nesta conta, dos serviços do seu celular Vivo, no
período de 2023 . Esse comunicado não inclui quitações de
parcelamentos de contas, serviços prestados e não faturados,
débitos discutidos judicial e administrativamente, de cobranças
de serviços de outras operadoras que ocorreram na sua conta
Vivo, entre outras que não estejam mencionadas na Lei
12007/2009.

Importante: Mantenha o pagamento em dia e evite o cancelamento dos serviços, a suspensão parcial / total dos serviços, a rescisão contratual, e a inclusão nos órgãos de proteção ao crédito. Para pagamento
após o vencimento serão cobrados encargos de 2% e juros de 1% ao mês em conta futura. | Central de Atendimento ANATEL: 1331 e www.anatel.gov.br. PLANOS ANATEL: Vivo Controle 8GB_: 128/POS/SMP.
Para a prestação de serviços descrita nessa fatura incidem os seguintes impostos: MA - 22% ICMS, 0.65% PIS e 3% COFINS para Telecom. SP - 2% ISS, 1.65% PIS e 7.6% COFINS e 0% ISS, 0% PIS e 0%
COFINS e 0% ISS, 0.65% PIS e 3% COFINS para SVAs.

Autenticação Mecânica Destaque aqui

Vencimento Total a Pagar - R$


TIAGO SOARES TENORIO
08/05/2024 59,09
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Cód. Débito Automático Nº da Conta Nº da Fatura Mês Referência


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Número do documento: 24050808023886200000110368907


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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
COMPROVANTE DE RENDIMENTOS

ÓRGÃO

SECRETARIA DA SEGURANCA
MUNICÍPIO MÊS ANO
IMPERATRIZ ABRIL 2024
LOTAÇÃO/SETOR
INSTIT CRIMINALISTICA-IMPERATR
NOME DO SERVIDOR MATRÍCULA
TIAGO SOARES TENORIO 00417107-02
CPF RG GRUPO
02166289380 292604120050 SEGURANCA
SUB-GRUPO CARGO/ESPECIALIDADE
ATIVIDADES POLICIA PERITO CRIMINAL
CLASSE REF. FUNÇÃO SITUAÇÃO FUNCIONAL
A 3 ATIVO
DEP S.F. DEP I.R. BANCO AGÊNCIA CONTA CORRENTE REGIME JURÍDICO
0 0 001 0568-1 26565-9 ESTATUTARIO
TIPO DISCRIMINAÇÃO REF VALOR

VANTAGENS
252000 VALE TRANSPORTE PAGO 180,00
220176 ADICIONAL INSALUBRIDADE 40 343,14
250167 AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 539,00
251361 RETRIB.EXERC.LOC.DIF.PROV 425,56
220203 % ADICIONAL NOTURNO 1 214,43
251364 SUBSIDIO 30 11.480,95

DESCONTOS
252046 ASS DA P T CIENTIFICA MA 1/0 112,96
250014 FEPA 100 1.444,61
250389 BANCO DO BRASIL EMPREST 41/55 1.238,89
220005 PENSÃO ALIMENTÍCIA- VALOR FIXO 895,91
220061 VALE TRANSPORTE 24,85
220102 IMPOSTO DE RENDA 1.887,98

BASE DE CÁLCULO IRPF DEPOSITO FGTS BRUTO DESCONTOS

12.464,08 0,00 13.183,08 5.605,20


MARGEM BRUTA CONSIG. 10% MARGEM BRUTA CONSIG. 15% MARGEM BRUTA CONSIG. 35% LÍQUIDO
821,07 1.231,60 2.873,75 7.577,88
MENSAGEM
O GOVERNO DO MARANHÃO ESTÁ IMPLANTANDO A CENTRAL DE ATENDIMENTO AO
SERVIDOR, QUE VAI REUNIR, NO MESMO ESPAÇO, SERVIÇOS QUE JÁ SÃO OFERECIDOS
EM DIFERENTES LOCAIS, ALÉM DE AGILIZAR O RECEBIMENTO DE OUTRAS DEMANDAS. O
OBJETIVO É AGILIZAR O ATENDIMENTO E OTIMIZAR O USO DA ESTRUTURA DOS
PRÉDIOS PÚBLICOS. SAIBA MAIS EM: SEAD.MA.GOV.BR

Este contracheque foi emitido às 21:22:29 do dia 07/05/2024 pelo


Portal do Servidor, tendo fé pública conforme Portaria Nº184/SEAPS de 27/07/2009.
CÓDIGO DE AUTENTICIDADE: P4402.AA125.53FFD.10122.3J001.17C0000009
Confirmação da autenticidade no site http://www.portaldoservidor.ma.gov.br

Número do documento: 24050808023886200000110368907


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PROCURAÇÃO

OUTORGANTE: TIAGO SOARES TENORIO, brasileiro, servidor público


(perito criminal), casado, inscrito no CPF sob o nº. 021.662.893-80, portador do
RG nº. 0292604120050 GESP/MA, residente e domiciliado na Rua Cinquenta
e seis, n.º 2, Condomínio Jacarandá, Bairro Vila Vitória, Imperatriz - MA, CEP
65918-249.

OUTORGADA: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA,


brasileira, casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG n.º
7096300, inscrita no Ministério da Fazenda sob o CPF n.º 020.666.212-26 e
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, secção Maranhão,
sob a OAB/MA n.º 27.255, com endereço eletrônico
claudiafernandacosta.adv@gmail.com e contato telefônico (99) 99202-8505,
com escritório sediado na cidade de Imperatriz/MA.

OBJETO: Representar a Outorgante, promovendo a defesa dos seus direitos


e interesses, podendo, para tanto, propor quaisquer ações, medidas
incidentais, acompanhar os processos administrativos e/ou judiciais em
qualquer Juízo, Instância, Tribunal, ou Repartição Pública.

PODERES GERAIS: Por este instrumento particular de procuração, constituo


minha bastante procuradora, a outorgada, concedendo-lhe os poderes
inerentes da cláusula AD JUDICIA ET EXTRA, para o foro em geral, podendo,
portanto, promover quaisquer medidas judiciais ou administrativas, assinar
termo, oferecer defesa, direta ou indireta, interpor recursos, ajuizar ações e
conduzir os respectivos processos, solicitar, providenciar e ter acesso a
documentos de qualquer natureza, sendo o presente instrumento de mandato
oneroso e contratual podendo substabelecer este a outrem, com ou sem
reserva de poderes, dando tudo por bom e valioso, a fim de praticar todos os
demais atos necessários ao fiel desempenho deste mandato.

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

Número do documento: 24050808023886200000110368907


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PODERES ESPECÍFICOS: De igual modo, concedo à advogada constituída,
poderes especiais para confessar, reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber,
dar quitação, levantar e sacar alvarás, firmar compromisso e assinar
declaração de hipossuficiência econômica, retirar autos de cartórios judiciais e
de repartições públicas, inclusive substabelecer, no todo ou em parte, com ou
sem reserva de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso, em
conformidade com o artigo 105 do Código de Processo Civil (CPC).

Imperatriz - MA, 07 de maio de 2024.

______________________________________________________________
OUTORGANTE

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

Número do documento: 24050808023886200000110368907


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CNH Digital
Departamento Nacional de Trânsito

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Documento assinado com certificado digital em conformidade


com a Medida Provisória nº 2200-2/2001. Sua validade poderá
ser confirmada por meio do programa Assinador Serpro.

As orientações para instalar o Assinador Serpro e realizar a


validação do documento digital estão disponíveis em:
< http://www.serpro.gov.br/assinador-digital >, opção Validar
Assinatura.

Número do documento: 24050808023898700000110368914


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DANF3E - DOCUMENTO AUXILIAR DA NOTA FISCAL DE ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICA
2ª Via
Equatorial Maranhão Distribuidora de Energia S.A. Página 1/1
CNPJ: 06.272.793/0001-84 | Insc. Estadual: 120.515.11-3
Alameda A, Qd SQS, nº100, Loteamento Quitandinha,
Altos do Calhau - São Luís - MA CEP: 65.070-900
Classificação: Residencial Pleno Tipo de Fornecimento: TRIFÁSICO

Tensão Nominal Disp: 220 V Lim Min: 202 V Lim Max: 231 V
Data das Leitura Anterior Leitura Atual Nº de Dias Próxima Leitura
WANDERSON BARROS RODRIGUES Leituras 21/03/2024 20/04/2024 30 22/05/2024
INSTALAÇÃO: 34735441 Parceiro de Negócio
CPF: ***.634.53*-**
AV CONSTELACOES , 5 , CEP: 65900-001 RES 5 1000448475 NOTA FISCAL Nº 081008273 - SÉRIE 000 /
ESTRELAS - IMPERATRIZ - MA DATA DE EMISSÃO: 20/04/2024
Conta Contrato Consulte pela Chave de Acesso em:
https://dfe-portal.svrs.rs.gov.br/NF3E/Consulta
3008141133 chave de acesso:
21240406272793000184660000810082731061084154
Conta Mês Vencimento Total a Pagar Protocolo de autorização: 3212400010394882 -
20/04/2024 às 06:13:59
04/2024 26/04/2024 R$ 275,09

INFORMAÇÕES PARA O CLIENTE


Períodos: Band. Tarif.: Verde : 22/03 - 20/04

Itens de Fatura Quant. Preço Unit.(R$) Tarifa PIS/ ICMS Valor(R$) Tributo Base(R$) Aliquota(%) Valor(R$)
com Tributos Unit.(R$) COFINS(R$) (R$) ICMS 248,91 22,0000 54,76
Consumo (kWh) 261 0,953678 0,718810 6,55 54,76 248,91 PIS 194,15 0,6018 1,16
COFINS 194,15 2,7731 5,39
ITENS FINANCEIROS
Cip-Ilum Pub Pref Munic 26,18

ABR/23 223
MAI/23 268
C JUN/23 245
O
N JUL/23 250
S AGO/23 173
U SET/23 324
M
O OUT/23 353
NOV/23 362
k
W DEZ/23 301
h JAN/24 321
FEV/24 320
MAR/24 322
ABR/24 261
Ativo

Medidor Grandeza Posto Horário Leitura Leitura Const. Consumo Reservado ao Fisco
Anterior Atual Medidor
30120057991 Consumo ATIVO TOTAL 53.214 53.475 1,00 261 kWh 048C.A6A0.1CC4.20F8.A41E.4FC5.D4BC.C160

Resolução ANEEL Apresentação Nº do Programa Social

3251/23 20/04/2024

REAVISO DE VENCIMENTO

............................... ............................... ......................................... ............................... ..............................


........

Nome do Cliente: C.C: Unidade de Leitura: Competência: Vencimento: Valor cobrado (R$):
WANDERSON BARROS RODRIGUES 3008141133 IZ14B010 04/2024 275,09

FATURA ARRECADADA - NÃO RECEBER

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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
COMPROVANTE DE RENDIMENTOS

ÓRGÃO

SECRETARIA DA SEGURANCA
MUNICÍPIO MÊS ANO
IMPERATRIZ ABRIL 2024
LOTAÇÃO/SETOR
INSTIT CRIMINALISTICA-IMPERATR
NOME DO SERVIDOR MATRÍCULA
WANDERSON BARROS RODRIGUES 00873817-01
CPF RG GRUPO
03163453341 0238945120030 SEGURANCA
SUB-GRUPO CARGO/ESPECIALIDADE
ATIVIDADES POLICIA PERITO CRIMINAL
CLASSE REF. FUNÇÃO SITUAÇÃO FUNCIONAL
A 3 ATIVO
DEP S.F. DEP I.R. BANCO AGÊNCIA CONTA CORRENTE REGIME JURÍDICO
0 0 001 4445-8 16233-7 ESTATUTARIO
TIPO DISCRIMINAÇÃO REF VALOR

VANTAGENS
250167 AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 539,00
252000 VALE TRANSPORTE PAGO 360,00
250221 ADICIONAL POR SERV EXTRAORD 100 548,83
220203 % ADICIONAL NOTURNO 1 214,43
220176 ADICIONAL INSALUBRIDADE 40 343,14
250030 REPRESENTAÇÃO CARGO COMISSÃO 548,83
251361 RETRIB.EXERC.LOC.DIF.PROV 425,56
251364 SUBSIDIO 30 11.480,95

DESCONTOS
220061 VALE TRANSPORTE 24,85
220102 IMPOSTO DE RENDA 2.436,21
250014 FEPA 100 1.444,61
252046 ASS DA P T CIENTIFICA MA 1/0 112,96

BASE DE CÁLCULO IRPF DEPOSITO FGTS BRUTO DESCONTOS

13.561,74 0,00 14.460,74 4.018,63


MARGEM BRUTA CONSIG. 10% MARGEM BRUTA CONSIG. 15% MARGEM BRUTA CONSIG. 35% LÍQUIDO
965,60 1.448,41 3.379,62 10.442,11
MENSAGEM
O GOVERNO DO MARANHÃO ESTÁ IMPLANTANDO A CENTRAL DE ATENDIMENTO AO
SERVIDOR, QUE VAI REUNIR, NO MESMO ESPAÇO, SERVIÇOS QUE JÁ SÃO OFERECIDOS
EM DIFERENTES LOCAIS, ALÉM DE AGILIZAR O RECEBIMENTO DE OUTRAS DEMANDAS. O
OBJETIVO É AGILIZAR O ATENDIMENTO E OTIMIZAR O USO DA ESTRUTURA DOS
PRÉDIOS PÚBLICOS. SAIBA MAIS EM: SEAD.MA.GOV.BR

Este contracheque foi emitido às 08:43:19 do dia 29/04/2024 pelo


Portal do Servidor, tendo fé pública conforme Portaria Nº184/SEAPS de 27/07/2009.
CÓDIGO DE AUTENTICIDADE: P4401.AA125.93BFC.10122.6U007.87C0000015
Confirmação da autenticidade no site http://www.portaldoservidor.ma.gov.br

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PROCURAÇÃO

OUTORGANTE: WANDERSON BARROS RODRIGUES, brasileiro, servidor


público (perito criminal), casado, inscrito no CPF sob o nº. 031.634.533-41,
portador do RG nº. 238945120030 SSP/MA, residente e domiciliado na Avenida
das Constelações, n. 22, Condomínio Gisa Good, casa 05, Bairro Jardim Cinco
Estrelas, Imperatriz/MA, CEP 65913-420.

OUTORGADA: CLAUDIA FERNANDA COSTA GOMES DE SOUSA,


brasileira, casada, advogada, portadora da cédula de identidade RG n.º
7096300, inscrito no Ministério da Fazenda sob o CPF n.º 020.666.212-26 e
regularmente inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, secção Maranhão,
sob a OAB/MA n.º 27.255, com endereço eletrônico
claudiafernandacosta.adv@gmail.com e contato telefônico (99) 99202-8505,
com escritório sediado na cidade de Imperatriz/MA.

OBJETO: Representar a Outorgante, promovendo a defesa dos seus direitos


e interesses, podendo, para tanto, propor quaisquer ações, medidas
incidentais, acompanhar os processos administrativos e/ou judiciais em
qualquer Juízo, Instância, Tribunal, ou Repartição Pública.

PODERES GERAIS: Por este instrumento particular de procuração, constituo


minha bastante procuradora, a outorgada, concedendo-lhe os poderes
inerentes da cláusula AD JUDICIA ET EXTRA, para o foro em geral, podendo,
portanto, promover quaisquer medidas judiciais ou administrativas, assinar
termo, oferecer defesa, direta ou indireta, interpor recursos, ajuizar ações e
conduzir os respectivos processos, solicitar, providenciar e ter acesso a
documentos de qualquer natureza, sendo o presente instrumento de mandato
oneroso e contratual podendo substabelecer este a outrem, com ou sem
reserva de poderes, dando tudo por bom e valioso, a fim de praticar todos os
demais atos necessários ao fiel desempenho deste mandato.

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

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PODERES ESPECÍFICOS: De igual modo, concedo à advogada constituída,
poderes especiais para confessar, reconhecer a procedência do pedido,
transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber,
dar quitação, levantar e sacar alvarás, firmar compromisso e assinar
declaração de hipossuficiência econômica, retirar autos de cartórios judiciais e
de repartições públicas, inclusive substabelecer, no todo ou em parte, com ou
sem reserva de iguais poderes, dando tudo por bom, firme e valioso, em
conformidade com o artigo 105 do Código de Processo Civil (CPC).

Imperatriz - MA, 07 de maio de 2024.

______________________________________________________________
OUTORGANTE

Contato: (99) 99202-8505


E-mail: claudiafernanda.adv@gmail.com

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