PNR-000102 - 00 - PNR-000102 - Plano de Fechamento para EARs

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de

Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


Diretoria Emitente: Diretoria de Geotecnia
Responsável Técnico: Rafael Bittar Matrícula: 81011569
Público Alvo: Todos os empregados da Vale
Necessita de Treinamento: ( ) SIM (X) NÃO

SUMÁRIO

da
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................4
2 OBJETIVOS .................................................................................................... 5

ola
3 ESCOPO .......................................................................................................... 5
4 LIMITAÇÕES E EXCLUSÕES ........................................................................ 6
4.1 Limitações ................................................................................................................... 6

5
4.2
4.3 ntr
Exclusões .................................................................................................................... 6
Disclaimer.................................................................................................................... 6
DEFINIÇÕES ................................................................................................... 7
co
5.1 Siglas ........................................................................................................................... 7
5.2 Glossário de Termos .................................................................................................. 8
6 NORMAS REGULATÓRIAS E REQUISITOS ..............................................14
6.1 Normas ...................................................................................................................... 14
o

6.2 Requisitos Regulatórios........................................................................................... 14


6.3 Relação com outras Regras e Elementos Procedimentais ................................... 15


7 PLANEJAMENTO DO FECHAMENTO ........................................................16
7.1 Ciclo de Vida da Mina ............................................................................................... 16
7.2 Visão de Fechamento ............................................................................................... 16
pia

7.3 Princípios de Fechamento ....................................................................................... 17


7.4 Critérios de Projeto de Fechamento ....................................................................... 18
7.5 Gestão e Mitigação de Risco ................................................................................... 19

7.6 Stakeholders e Partes Interessadas ....................................................................... 21


8 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE ARMAZENAMENTO DE REJEITOS
(EAR).....................................................................................................................21
8.1 Desaguamento e Tecnologias Emergentes ............................................................ 22
8.2 Plano de Disposição................................................................................................. 23
8.3 Manuseio de Materiais.............................................................................................. 23
8.4 Gestão da Água ........................................................................................................ 23
9 CONDIÇÕES AMBIENTAIS..........................................................................24
9.1 Ambiente Físico ........................................................................................................ 25
9.2 Ambiente Biológico .................................................................................................. 25

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9.3 Ambiente Social e Econômico................................................................................. 25
10 PROJETO E ATIVIDADES DE FECHAMENTO ..........................................25
10.1 Armazenamento Seguro de Rejeitos ...................................................................... 28
10.2 Proteção Ambiental .................................................................................................. 29
10.3 Uso Futuro do Solo .................................................................................................. 29
10.4 Estabelecimento do Relevo e Reabilitação ............................................................ 30

da
10.5 Estabilidade Física ................................................................................................... 31
10.6 Estabilidade Hidrológica .......................................................................................... 31
10.7 Estabilidade Geoquímica ......................................................................................... 32

ola
10.8 Estabilidade Biológica.............................................................................................. 32
10.9 Fechamento e Descomissionamento de Outras Estruturas ................................. 33
10.10 Transição Social e Econômica ................................................................................ 33

ntr
10.11 Avaliação de Risco Climático .................................................................................. 34
11 CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO ....................................................................34
11.1 Integridade do Fechamento Durante Construção e Operações ........................... 34
co
11.2 Status de Estruturas Permanente ........................................................................... 35
11.3 Estudos de Fechamento .......................................................................................... 35
11.4 Atualização do Plano de Fechamento..................................................................... 36
o

11.5 Fechamento Temporário .......................................................................................... 36


11.5.1 Plano para Fechamento Temporário ...................................................................... 36

11.6 Fechamento Progressivo ......................................................................................... 37


11.7 Plano de Execução de Fechamento ........................................................................ 37
12 FECHAMENTO E PÓS-FECHAMENTO ......................................................38
pia

12.1 Fase de Transição .................................................................................................... 39


12.2 Cuidado Ativo e Passivo no Fechamento............................................................... 39
12.2.1 Gestão de Segurança de Barragem ....................................................................... 39
12.2.2 Operações, Manutenção e Vigilância ..................................................................... 40

12.2.3 Preparação e Atendimento a Emergências ............................................................ 40


12.2.4 Análises de Segurança de Barragens .................................................................... 41
12.2.5 Análise e Avaliação ................................................................................................ 42
12.3 Monitoramento, Inspeção e Manutenção................................................................ 45
12.4 Inspeções de Segurança de Barragem ................................................................... 45
13 ESTIMATIVAS DE CUSTO DE FECHAMENTO ..........................................46
13.1 Estimativa de Garantia Financeira (FACE) ............................................................. 47
13.2 LoM ............................................................................................................................ 47
13.3 ARO ............................................................................................................................ 48

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14 DEVOLUÇÃO ................................................................................................48
15 MATRIZ DE RESPONSABILIDADES ..........................................................49
16 CICLO DE VIDA ............................................................................................49
17 REVISÃO DE QUALIDADE E ATUALIZAÇÕES .........................................50
17.1 Revisões e Atualizações .......................................................................................... 50

da
18 REFERENCIAS .............................................................................................50

Resultados Esperados:

ola
 Garantir que os processos executados ao longo do ciclo de vida da EAR sejam
implementados na Vale seguindo o Sistema de Gestão Vale - VPS (Vale Production
System), com especial atenção ao Sistema de Gestão de Rejeitos e Represas.

ntr
 Garantir que os processos propostos para fechamento de EAR sejam estudados de
modo a se compreender os perigos que podem impactar direta ou indiretamente a
saúde, a segurança, o meio ambiente, as comunidades e os direitos humanos, seja
como resultado de uma emergência ou de circunstâncias temporárias, adotando-se
co
planos e providências de contingência para garantir um fechamento adequado e
seguro, e mantendo os riscos em um nível considerado aceitável pelos padrões
normativos atuais.
o

 Melhorar as relações de longo prazo com as comunidades afetadas pelo projeto por
meio de seu envolvimento ao longo da vida da EAR, desde sua concepção e projeto

até o descomissionamento e de forma significativa na fase de fechamento.

 Melhorar os resultados do fechamento para a empresa e as comunidades afetadas


pelo projeto, reduzindo gastos desnecessários e limitando passivos.
pia

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1 INTRODUÇÃO
O fechamento de mina e a renúncia à concessão de lavra e aos direitos minerários, e à
infraestrutura associada, é um processo complexo, impactando às várias camadas da rede de
operações fortemente integrada da Vale com as partes interessadas e as comunidades
vizinhas.

Em todas as situações, o fechamento de uma Estrutura de Armazenamento de Rejeitos (EAR),

da
deve ser enfocado desde a perspectiva de contexto maior. Esta perspectiva demonstra a
necessidade de identificação e alavancagem das sinergias que existem, ou encontram-se
potencialmente, dentro e entre nossos funcionários, nossas unidades de negócios, nossas
comunidades, nossas cadeias de suprimentos e nossos reguladores.

ola
Harmonizar essas sinergias está no coração estratégico da Vale usando o fechamento como
meio de transformação positiva da própria empresa assim como das comunidades e clientes
que são atendidos e para o mundo em geral. O trabalho focado da equipe também pode originar
melhorias práticas e de resultados em diversas áreas, desde a simplificação de cartas de
ntr
processos de garantia até a otimização das operações entre as minas. Tais considerações
precisam ser feitas ao longo da vida útil da EAR, tornando o fechamento um aspecto ativo,
medido e controlado de operações de EARs bem sucedidas.
co
Aspectos de engenharia, tais como requisitos técnicos para se alcançar a necessária
estabilidade física, geoquímica e hidrológica, serão considerados juntamente com outros fatores
que incluam segurança de longo prazo, transição social, considerações ambientais e de custo
necessários para atividades de fechamento sustentáveis.
o

Necessário considerar que as áreas de exploração contêm recursos limitados para extração e
lucro; no entanto, o potencial para gerar passivos pode ser ilimitado como resultado de um

inadequado planejamento para o fechamento, podendo superar em muito o lucro operacional


de curto prazo. Esses passivos precisam ser contabilizados como parte dos relatórios regulares
da empresa. Embora tais relatórios internos se concentrem em finanças, os referidos passivos
podem incluir reparações, processos na justiça, bem como suspensão da licença para operar.
pia

Este documento reconhece a natureza única de cada site em todo o portfólio da Vale. Embora
os valores específicos possam diferir com as condições ambientais e características específicas
da EAR, os critérios de projeto para o fechamento de EARs são genéricos e bem estabelecidos
na indústria de mineração.

O fechamento de EARs envolve mudanças, muitas vezes por longos períodos, tornando mais
difícil identificar movimentos sutis, porém claros, nos riscos e potenciais para passivos
desnecessários. As mudanças durante o fechamento serão regidas dentro do Sistema de
Gestão de Barragens e Rejeitos (TDMS) da Vale: Gerenciamento da Mudança. Da mesma
forma, este documento complementa as diretrizes de TDMS que acompanham no fornecimento
de exceções e detalhes específicos que devem se aplicar às atividades de encerramento de
EAR, por exemplo, orientação de encerramento de estruturas geotécnicas consideradas como
ativos herdados sem critérios específicos de encerramento.

Conforme descrito na Figura 1, o fechamento eficaz é um processo a ser gerenciado ao longo


de toda a vida da mina.

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da
ola
Figura 1 – Fechamento da Mina

2 OBJETIVOS
Os objetivos deste documento são descrever:


ntr
Os requisitos mínimos de supervisão e governança;
co
 Estruturas operacionais;
 Funções/responsabilidades;
 Orientação para as atividades envolvidas no processo de fechamento das EARs,
o

incluindo considerações de projeto para fechamento.

3 ESCOPO

Este PNR tem como objetivo orientar na execução das atividades de fechamento das EARs ao
longo do ciclo de vida da mina. Quando o fechamento é incorporado ao plano da EAR desde o
início e sustentado para levar em conta novas tecnologias e mudanças, pode-se economizar
pia

tempo e custos de fechamento consideráveis.

Este PNR será aplicado ao fechamento de:

 Instalações passivas semelhantes a EARs existentes e herdadas


 Áreas com rejeitos depositados após processo de desaguamento;


 Áreas projetadas sem critérios de fechamento específicos;
 EARs mais modernas, projetadas originalmente com critérios de fechamento
específicos, mas que desde então receberam deposição de rejeitos adicionais ou
tem operado de modo diferente do previsto nos critérios de Projeto;
 Estruturas associadas, tais como planta de desaguamento, rejeitodutos, sistema
de recuperação de água, etc.;
 Barragens projetadas para reter sedimentos, bem como rejeitos.
Os requisitos desta norma se aplicam a instalações individuais, e todos devem ser aplicados e
podem estar sujeitos a auditoria.

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4 LIMITAÇÕES E EXCLUSÕES
4.1 Limitações

Este documento traz os componentes necessários de uma estrutura geral para atividades de
fechamento de EAR, incluindo melhores práticas a serem adotadas nas operações da Vale
globalmente.

da
Há documentos normativos específicos (PNRs) dentro da estrutura do Sistema de Gestão de
Barragens e Rejeitos (TDMS) que deverão ser consultados para fim de referências a Critérios
de Projetos, considerando todo o ciclo de vida da estrutura.

ola
4.2 Exclusões

As exclusões são:

 Minas / escavações subterrâneas, com soluções de reaterro (backfill);




Avaliação de impacto ambiental;
ntr
Aspectos específicos e econômicos geralmente tratados no planejamento geral
de fechamento de mina;
co
 Aspectos de fechamento e atividades específicas para outras instalações de
mineração, como pilhas de estéril, cavas a céu aberto, pilhas de lixiviação, etc;
 Indicações e aspectos detalhados específicos, que podem ser melhor apoiados
por outros PNRs da EAR, como por exemplo o de gestão de água, inspeções,
o

projeto de sistema de desaguamento, etc. Informações detalhadas sobre


descomissionamento de tipos específicos de instalações de processo.

4.3 Disclaimer

Este Padrão Normativo contém as diretrizes e requisitos mínimos de segurança e


integridade que devem ser aplicados no desempenho das atividades na [Vale e/ou
pia

controladas], pertinentes ao assunto tratado nesta norma, com base em normas nacionais
e internacionais. Além das diretrizes contidas neste documento, devem ser obedecidas as
legislações e regulamentações do local onde a função está sendo desempenhada. Os
requisitos mais rigorosos devem sempre prevalecer e ser adotados.

A aplicação desta norma não elimina a necessidade de análises e avaliações de engenharia


por profissionais qualificados, que devem estabelecer requisitos adicionais sempre que
necessário para garantir a integridade e segurança das pessoas, propriedades e meio
ambiente.

Em caso de dúvida na execução desta norma, o executor deve contatar o especialista de 2ª


linha de defesa responsável por este assunto. De acordo com a norma de Gestão de Risco
da Vale ("NOR-0003"), a revisão ou revogação deste Padrão Normativo é aprovada
exclusivamente pela 2ª linha de defesa, sendo vedadas quaisquer alterações em seu
conteúdo por outras áreas da Vale.

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5 DEFINIÇÕES
5.1 Siglas

Os seguintes siglas são usados neste documento

Tabela 1 – Siglas

da
Sigla Significado Norma Referenciada
ARD Drenagem Ácida de Rochas
ARO Obrigação de Retirada de Ativos
CCM Gerenciamento de Controle Crítico

ola
Aplicação das Diretrizes de Segurança
CDA Canadian Dam Association de Barragens para Barragens de
Mineração
CEP Plano de Execução de Fechamento
Verificação da Construção versus Intenção do
CDIV
DBR
DSR
EOR
Projeto
Relatório de Critério Base de Projeto
Análise de Segurança de Barragem
Engenheiro de Registro
ntr
Engenharia, Suprimentos, Gerenciamento da
EPCM
co
Construção
Plano de Preparação e Atendimento a
EPRP
Emergências
ESIA Avaliação de Impacto Ambiental e Social
ESMS Sistema de Gestão Ambiental e Social
FACE Estimativa de Custo de Garantia Financeira
o

FPIC Consentimento Prévio Livre e Informado


GAAP Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos

GARD Guia Global para Drenagem Ácida de Rochas


GIS Sistema de Informações Geográficas
GTR Revisão Global de Rejeitos Indústria Global
International Council on Mining and Metals
ICMM
(Conselho Internacional de Mineração e Metais)
Sistema Integrado de Planejamento de
pia

ICPS
Fechamento
International Commission on Large Dams
ICOLD
(Comissão Internacional de Grandes Barragens)
IFC International Finance Corporation
International Financial Reporting Standards

IFRS (Normas Internacionais de Relatórios


Financeiros)
ISO 9000 – Gestão da Qualidade
ISO International Standards Organization ISO 14000 – Gestão ambiental; e
ISO 31000 – Gestão de Riscos
Independent Tailings Review Board
ITRB (Conselho de Revisão Independente de
Rejeitos)
Life of Asset
LoA (vida útil do ativo, inclui período pós-
fechamento)
Life of Mine
LoM
(do início ao fim da vida produtiva da mina)
Protocolo de gestão de rejeitos em
MAC Mining Association of Canada direção à mineração sustentável (TSM)
2019

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Sigla Significado Norma Referenciada


NAG Geração Líquida de Ácido
NPV VPL - Valor Presente Líquido
NGO ONG - Organização Não-Governamental
OMS / OMV Operação, Manutenção e Vigilância
PAG Geração potencial de ácido
PNR Padrão Normativo Regulatório
QA Atestado da Qualidade

da
QC Controle de Qualidade
RTFE Registered Tailings Facility Engineer
Tailings Storage Facility / Estruturas de
TSF / EAR
Armazenamento de Rejeitos

ola
5.2 Glossário de Termos

Tabela de palavras-chave ou conceitos e seus significados, para fornecer maior clareza sobre
a intenção organizacional

Palavra-Chave ou Conceito
ntr
Tabela 2 - Glossário

Significado
Abandono Abandono é o ato de renunciar a uma reivindicação ou a um interesse por
co
um determinado ativo. Na verdade, significa retirar-se do ativo antes que
as atividades de fechamento acordadas sejam concluídas.

Análise de Alternativas Uma análise que deve considerar objetiva e rigorosamente todas as
opções e locais disponíveis para disposição de rejeitos. Deve avaliar todos
o

os aspectos de cada alternativa ao longo do ciclo de vida do projeto (ou


seja, desde a construção até a operação, fechamento e, finalmente,
monitoramento e manutenção de longo prazo). A análise de alternativas

também deve incluir todos os aspectos do projeto que podem contribuir


para os impactos associados a cada alternativa potencial. A avaliação
deve abordar os aspectos ambientais, técnicos e socioeconômicos de
cada alternativa ao longo do ciclo de vida do projeto.

Análise de Ruptura Hipotética de Um estudo que presume uma ruptura da instalação de rejeitos e estima
pia

Barragem seu impacto. Tais análises de ruptura devem ser baseadas em modos de
falha confiáveis. Os resultados devem determinar a área física impactada
por uma potencial ruptura, juntamente com tempos de chegada,
profundidade e velocidades das vazões de cheia, duração da inundação
e/ou profundidade de deposição de material. Essa análise de ruptura

hipotética é baseada em cenários que não estão associados à


probabilidade de ocorrência. É usada principalmente para informar o
planejamento de preparação e atendimento a emergências e a
consequência da classificação da falha. A classificação é então usada
para informar o componente de carregamento externo dos critérios de
projeto.

Análise de Segurança de Processo periódico e sistemático realizado por um engenheiro


Barragem independente para avaliar a segurança de uma barragem ou sistema de
barragens, ou instalações de armazenamento de rejeitos, contra modos de
falha futuros, a fim de fazer uma declaração sobre a segurança da TSF.

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Palavra-Chave ou Conceito Significado


Analista Técnico Sênior Profissional que é um empregado ou terceiro externo com conhecimento
profundo e pelo menos 15 anos de experiência na área específica dos
requisitos sob análise, por exemplo, projeto, operações e fechamento de
instalações de rejeitos, aspectos ambientais e sociais ou qualquer outro
tópico específico de preocupação.

Analista Técnico Sênior Um profissional independente com conhecimento profundo e pelo menos

da
Independente 15 anos de experiência relevante na área específica dos requisitos sob
análise, por exemplo, projeto, operações e fechamento de instalações de
rejeitos, aspectos ambientais e sociais ou qualquer outro tópico específico
de preocupação. O analista independente é um terceiro que não está e
não esteve diretamente envolvido com o projeto ou operação da instalação

ola
de rejeitos em questão.

Avaliação de Impactos Instrumento de apoio à tomada de decisão e gestão que permite


identificar, prever, medir e avaliar o impacto das propostas de
desenvolvimento, tanto antes da tomada de decisões importantes como
durante todo o ciclo de vida de um projeto. Embora as avaliações de

ntr
impacto normalmente se concentrem em um único projeto, as avaliações
podem ter seu escopo definido no nível da paisagem geral e considerar as
implicações estratégicas de uma mudança. Dependendo do contexto, das
circunstâncias e das questões em pauta, as avaliações de impacto podem
ser específicas a uma disciplina ou conduzidas como parte de um conjunto
co
integrado de estudos. As avaliações podem ser realizadas antes dos
impactos ou então retrospectivamente. Nesse contexto, os impactos são
as consequências para as pessoas, a infraestrutura construída ou o
ambiente natural trazidas por uma instalação de rejeitos ou sua ruptura,
incluindo impactos nos direitos humanos dos trabalhadores, comunidades
o

ou outros titulares de direitos, e incluindo receptores e serviços


ecologicamente sensíveis. Os impactos podem ser positivos ou adversos,
tangíveis ou intangíveis, diretos ou indiretos, agudos, crônicos ou

cumulativos, e mensuráveis quantitativa ou qualitativamente.

Base de Conhecimento A soma de conhecimentos necessários para apoiar o gerenciamento


seguro de uma instalação de rejeitos ao longo de seu ciclo de vida. A base
de conhecimento tem uma natureza iterativa e precisa ser atualizada
conforme novas necessidades surgem e o contexto muda. Seus elementos
pia

fundamentais incluem uma caracterização detalhada do local e um


conhecimento do contexto social e ambiental de baseline. À medida que o
projeto, a construção e o monitoramento do desempenho avançam, dados
adicionais vão sendo coletados conforme necessário, e a base de
conhecimento evolui.

Ciclo de Vida da Instalação de As fases da vida de uma instalação, que podem ocorrer em sucessão
Rejeitos linear ou cíclica, consistindo em:
1. Concepção, planejamento e projeto das estruturas;
2. Construção inicial;
3. Operação e construção em andamento (pode incluir recuperação
progressiva);
4. Fechamento provisório (incluindo cuidados e manutenção);
5.Fechamento (demolição, terraplanagem e recuperação);
6. Pós-fechamento (incluindo devolução, reprocessamento, realocação,
remoção)

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Palavra-Chave ou Conceito Significado


Componentes de mineração Classificados em: - componentes principais, que são aqueles diretamente
relacionados à extração e processamento do recurso mineral (cava,
trabalho subterrâneo, plataforma de lixiviação, depósito de rejeitos com
instalações associadas, planta de processamento, depósitos de
concentrados minerais, depósito de estéril, sistema de transporte de
rejeitos, pedreiras, etc.) e - componentes secundários; aqueles que
complementam os objetivos e funções dos componentes principais:

da
tubulações, acampamentos, galpões, paióis de pólvora, rodovias, linhas de
transmissão elétrica, etc.).

Controles Críticos Controle de risco que é crucial para se prevenir um evento de elevada
consequência ou para se mitigar as consequências de tal evento. A

ola
ausência ou falha de um controle crítico aumentaria desproporcionalmente
o risco, apesar da existência de outros controles.

Cuidado ativo Definido como o período em que a intervenção e o monitoramento são


necessários para atingir uma forma sustentável final (ICOLD, 2013).

Cuidado Passivo
ntr
É uma fase do fechamento na qual nenhuma operação ativa da barragem
de mineração e nenhuma mudança nesta devem ocorrer. Essa fase é uma
meta importante para uma mineradora - ter uma estrutura de baixa
manutenção em uma forma estável. (CDA, 2014).
co
Custos de fechamento Todos os custos associados à atividade de fechamento ao longo do ciclo
de vida da mina, além dos custos da fase de fechamento propriamente
dita, e incluindo os custos incorridos até que o local seja devolvido.

Descaracterização Remediação física da terra como necessário para devolver o local à


o

sociedade. Isso inclui medidas tomadas para reincorporar a estrutura ao


contexto natural do terreno e de forma que ela não se assemelhe mais
fisicamente (não apresenta as características típicas) a uma instalação de

rejeitos.

Devolução Ocorre quando a propriedade, os passivos residuais e a responsabilidade


por uma mina podem ser devolvidos à jurisdição correspondente, ao
proprietário original ou transferidos a um terceiro, após a conclusão das
atividades de fechamento e tendo sido satisfeitos os critérios acordados.
pia

Engenheiro de Referencia Engenheiro profissional qualificado designado pelo Engenheiro de Registro


para projetar a instalação de rejeitos no caso em que o Engenheiro de
Referência seja um profissional interno.

Engenheiro de Registro A firma de engenharia qualificada responsável por confirmar que a


instalação de rejeitos foi projetada, construída e descomissionada com a


devida preocupação com a integridade da instalação, e que ela se alinha
com e atende as regulamentações, estatutos, diretrizes, códigos e normas
aplicáveis. O engenheiro de registro pode delegar deveres, mas não
responsabilidade. Em algumas jurisdições altamente regulamentadas,
notadamente no Japão, o papel do EoR é desempenhado pelas
autoridades regulatórias responsáveis.

Estabilidade Física É o comportamento estável a curto, médio e longo prazo dos componentes
ou resíduos de mineração frente a fatores exógenos e endógenos, que
evita o deslocamento de materiais, não gerando assim riscos de acidentes
ou contingências nem para o meio ambiente nem para as populações e
suas atividades.

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Palavra-Chave ou Conceito Significado


Estabilidade química Refere-se à contenção de substâncias químicas poluentes para evitar que
sejam introduzidas no meio ambiente. Pode ser estabelecida por meio do
controle da fonte emissora, controle de migração ou tratamento.

Fechamento Progressivo O fechamento progressivo é a implementação de atividades de


fechamento durante a vida operacional de uma mina. Os tipos de
atividades que podem ser implementados no fechamento progressivo são

da
controlados pelas condições específicas do local e pelo plano da mina
(ICMM, 2018).

Fechamento seguro Uma instalação de rejeitos fechada que não representa riscos materiais
contínuos para as pessoas ou o meio ambiente, conforme confirmado por

ola
um ITRB ou analista técnico sênior independente e aprovado pelo
Executivo Responsável.

Gestão Adaptativa Um processo estruturado e iterativo de robusta tomada de decisão com o


objetivo de reduzir a incerteza ao longo do tempo por meio do
monitoramento do sistema. Inclui a implementação de medidas de

ntr
mitigação e gestão que atendam às mudanças nas condições, incluindo
aquelas relacionadas às mudanças climáticas, e os resultados do
monitoramento ao longo do ciclo de vida da instalação de rejeitos. A
abordagem apoia o alinhamento das decisões sobre a instalação de
rejeitos com as mudanças no contexto social, ambiental e econômico, e
co
aumenta as oportunidades de desenvolver resiliência às mudanças
climáticas no curto e longo prazo.

Governança corporativa Estruturas e processos organizacionais implementados pela Vale para


garantir eficácia na gestão, supervisão e prestação de contas.
o

Hierarquia de Mitigação Identifica uma série de etapas essenciais e sequenciais que os operadores
devem seguir durante o ciclo de vida do projeto de modo a limitar seus

impactos negativos e aumentar as oportunidades de resultados positivos.


Descreve o processo para antecipar e evitar impactos adversos de uma
ação proposta, sobre trabalhadores, comunidades e meio ambiente. Onde
não for possível evitar tais efeitos, ações devem ser tomadas para os
minimizar, e onde permanecerem impactos residuais, ações devem ser
tomadas para compensar de forma justa ou contrabalançar riscos e
pia

impactos.

Instalação de Armazenamento Área onde os rejeitos são armazenados. Normalmente, é uma instalação
de Rejeitos permanente. As instalações podem incluir barragens ou outras estruturas
destinadas a reter rejeitos. Também são chamadas de relevos de rejeitos,

represas de rejeitos, instalações de gerenciamento de rejeitos e


instalações de rejeitos integradas.

Instalação de rejeitos segura Uma instalação de rejeitos que desempenha sua função pretendida tanto
em condições normais como em condições incomuns; atendendo aos
critérios de segurança aplicáveis; e que não representa um risco
inaceitável para as pessoas, propriedade ou meio ambiente.

ITRB - Conselho de Revisão Conselho de especialistas que realiza uma análise técnica independente
Independente de Rejeitos do projeto, construção, operação, fechamento e gerenciamento das
instalações de rejeitos. Esses analistas independentes são terceiros que
não estão e não estiveram diretamente envolvidos com o projeto ou
operação da instalação de rejeitos em questão. A experiência dos
membros do ITRB deve refletir a gama de questões relevantes para a
instalação e seu contexto, e a complexidade dessas questões.

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Palavra-Chave ou Conceito Significado


Manual de Operação, Descreve os indicadores e critérios de desempenho para controles de
Manutenção e Vigilância risco e controles críticos, e os níveis de desempenho vinculados a ações
de gerenciamento específicas predefinidas. Um manual de OMV também
descreve os procedimentos para coletar, analisar e relatar os resultados
da vigilância de modo consistente com os controles de risco e controles
críticos, em apoio a tomadas de decisão efetivas e oportunas. A ligação
entre as atividades de OMV e o gerenciamento de controles críticos

da
ressalta o fato de que é essencial que os Manuais de OMV sejam
elaborados de modo a refletir as condições e circunstâncias específicas do
local. Um Manual OMV não pode ser adquirido 'direto da prateleira', ou
seja, como uma receita pronta. Para ser eficaz, deve ser adaptado ao site
em questão.

ola
Melhor prática disponível / Sistemas de gestão, procedimentos operacionais, técnicas e metodologias
aplicável que, por meio de experiência e aplicação comprovada, têm demonstrado
(BAP – Best Available/Applicable ser capazes de gerenciar riscos de maneira confiável e de atingir objetivos
Practice) de desempenho de maneira tecnicamente sólida e economicamente
eficiente. O BAP é uma filosofia operacional que abrange a melhoria

ntr
contínua e a excelência operacional, e que é aplicada de forma
consistente ao longo da vida de uma instalação, incluindo o período pós-
fechamento.

Melhor Tecnologia Disponível A combinação (específica ao local) de tecnologias e técnicas


co
(BAT – Best Available economicamente factíveis que de forma mais eficaz reduz os riscos
Technology) físicos, geoquímicos, ecológicos, sociais, financeiros e de reputação
associados à gestão de rejeitos, trazendo tais riscos a um nível aceitável
durante todas as fases do ciclo de vida e oferecendo suporte a uma
operação de mineração ambiental e economicamente viável.
o

Método Observacional Um processo contínuo, gerenciado e integrado de projeto, controle de


construção, monitoramento e análise que permite que modificações

previamente definidas sejam incorporadas durante ou após a construção,


conforme apropriado. Todos esses aspectos devem ser comprovadamente
robustos. O elemento chave do Método Observacional é a avaliação
proativa, na fase de projeto, de todas as possíveis situações desfavoráveis
que possam ser divulgadas pelo programa de monitoramento, além do
desenvolvimento de um plano de ação ou medida mitigatória visando
pia

reduzir o risco caso a situação desfavorável seja observada. Este


elemento forma a base de uma abordagem de gestão de risco centrada no
desempenho. O objetivo é obter maior segurança geral. Ver Peck, R.B.
(1969) "Vantagens e Limitações do Método Observacional em Mecânica
de Solo Aplicada " Geotechnique 19, No2., Pp.171-187.

Operadora Entidade que, individualmente ou em conjunto com outras entidades,


exerce o controle final de uma instalação de rejeitos. Isso pode incluir uma
empresa, parceria, proprietário, afiliada, subsidiária, joint venture ou outra
entidade, incluindo qualquer agência do Estado, que controle uma
instalação de rejeitos.

Perigo Fonte com potencial para causar lesões e problemas de saúde (ISO-
45001:2018), podendo ser também entendido como qualquer substância,
atividade humana, condição ou outro agente que possa causar danos,
perda de vidas, lesões, impactos na saúde, perda de integridade de
estruturas naturais ou construídas, danos a propriedade, perda de meios
de subsistência ou serviços, perturbação social e econômica, ou dano
ambiental.

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021

Palavra-Chave ou Conceito Significado


Plano de Atendimento a Este é um plano específico a cada TSF para lidar com cenários plausíveis
Emergência de ruptura, com previsão do cenário de pior caso e seus impactos. O plano
conterá informações de contato atualizadas, os meios para ativar o alerta
precoce e as atividades de suporte à evacuação que possam ser
necessárias. Ele irá também detalhar a resposta inicial e o reportar dessa
resposta à Vale, além de delinear um plano para gerenciar as ações de
resposta de modo satisfatório para a comunidade e as autoridades.

da
Plano de Preparação para Um plano para preparar as partes interessadas impactadas para a
Emergências emergência resultante de uma ruptura da TSF. Este plano deve identificar
perigos, avaliar a capacidade e preparar para um cenário de cheia
plausível, e incluir medidas para mitigar seu impacto na segurança e no

ola
meio ambiente. Tal preparação é mantida e contínua até a devolução. Este
plano requer um envolvimento significativo com as comunidades afetadas
pelo projeto, a fim de se compreender o escopo das atividades de alerta e
preparação envolvidas. Tais preparações incluem a garantia de que os
planos de resposta tenham os recursos adequados e o pessoal seja
treinado para fornecer o suporte necessário. Sistemas de alerta precoce e

Rejeitos
ntr
o planejamento da evacuação também podem ser incluídos entre os
preparativos necessários.

Um subproduto da mineração, que consiste na rocha ou solo processado


que sobrou depois da separação das commodities de valor da rocha ou
co
solo em que ocorrem.

Relatório de base de projeto Base documental para o projeto, operação, construção, monitoramento e
gerenciamento de risco da TSF.
o

Restauração O processo de auxiliar a recuperação dos sistemas sociais, ambientais e


econômicos locais que foram degradados, danificados ou destruídos.

Ruptura Catastrófica Uma ruptura da instalação de rejeitos, resultando em interrupção


significativa dos sistemas sociais, ambientais e econômicos locais. Os
operadores podem ser afetados por danos aos ativos, interrupção das
operações, perda financeira ou impacto negativo na reputação. Falhas
catastróficas excedem a capacidade das pessoas afetadas de lidar com
elas usando seus próprios recursos, desencadeando assim a necessidade
pia

de assistência externa em atendimento a emergências, com esforços de


restauração e recuperação.

Sistema de Gestão de O TDMS específico do local compreende os componentes-chave para o


Barragens e Rejeitos projeto e gerenciamento da instalação de rejeitos e é frequentemente

referido como a "estrutura" que gerencia esses componentes. O TMS


segue o ciclo bem estabelecido do PDCA (Plan-Do-Check-Act).

Tão baixo quanto ALARP (as-low-as-reasonably-practicable) requer que todas as medidas


Razoavelmente Praticável razoáveis sejam tomadas com relação aos riscos ‘toleráveis’ ou aceitáveis
para reduzi-los ainda mais, até que o custo e outros impactos da redução
adicional do risco sejam grandemente desproporcionais ao benefício.

Transição social A transição social cobre os aspectos sociais, ambientais, econômicos e


técnicos locais do fechamento. Este trabalho pode levar anos, e incluir o
envolvimento significativo das partes interessadas, programas de
pesquisa, estudos de projeto e monitoramento e avaliação de riscos
específicos.

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021

Palavra-Chave ou Conceito Significado


Verificação da Construção Destina-se a garantir que a intenção do projeto seja implementada e
versus Intenção de Projeto continue sendo cumprida caso as condições do local diferirem das
(CDIV) premissas do projeto. O CDIV identifica quaisquer discrepâncias entre as
condições de campo e as premissas do projeto, de modo que o projeto
possa ser ajustado para levar em conta as condições reais do campo.

Walk Away Condition Quando nenhum cuidado adicional ou atividades de manutenção são

da
(Sem nenhum cuidado – necessárias após o fechamento das atividades
condição)

6 NORMAS REGULATÓRIAS E REQUISITOS

ola
6.1 Normas

Consultar as normas consideradas para preparação deste documento.

 Bulletin on the Application of Dam Safety Guidelines to Mining Dams (Documento


barragens de mineração) da CDA, 2014; ntr
de referência sobre a aplicação das diretrizes de segurança de barragens para

BREF: Reference Document on Best Available Techniques for Management of


co
Tailings and Waste-Rock in Mining Activities (Documento de referência sobre as
melhores técnicas disponíveis para a gestão de rejeitos e material residual nas
atividades de mineração), da Comissão Europeia, Janeiro de 2009;
 Global Industry Standard on Tailings Management (Guia mundial da indústria para
o

a gestão de rejeitos), da ICMM, Agosto de 2020;


 Tailings Management Protocol (Protocolo de Gestão de Rejeitos) da CDA,

Fevereiro de 2019;
 Developing na Operation, Maintenance, and Surveillance Manual for Tailings and
Water Management Facilities Second Edition (Desenvolvimento de um Manual de
Operação, Manutenção e Vigilância para Instalações de Gerenciamento de
pia

Rejeitos e Água Segunda Edição) da MAC, Fevereiro de 2019;


 A Guide to the Management of Tailings Facilities Version 3.1 (Um Guia para a
Gestão de Instalações de Rejeitos Versão 3.1) da MAC, Fevereiro de 2019;
 Integrated Mine Closure: Good Practice Guide – ICMM, February 2019

(Fechamento integrado de mina: guia de boas práticas) do ICMM, Fevereiro de


2019.

6.2 Requisitos Regulatórios

A legislação e a regulamentação sobre o fechamento das EARs se encontram em vários


estágios de desenvolvimento em todo o mundo. Em alguns países, como por exemplo o Brasil,
a legislação está evoluindo e a Vale vem trabalhando em cooperação com as autoridades para
cumprir suas obrigações como mineradora responsável e signatária do ICMM para o guia
mundial da indústria para a gestão de rejeitos. A Vale reconhece que levará tempo para alinhar
as normas e a legislação de fechamento, porém durante esse tempo trabalhará para identificar,
avaliar e adotar as melhores práticas e tecnologias disponíveis para liderar nessa área.

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


Uma boa prática reconhecida é a de desenvolver um documento específico denominado Plano
de Fechamento que deve ser fundamentado na base de conhecimento existente. Tal plano deve
incluir as atividades de fechamento das EARs e deve ser atualizado anualmente para refletir as
mudanças ocorridas ao longo do tempo na visão de fechamento acordada, ou mudanças nas
condições ou tecnologias – o que vier a ocorrer primeiro.

Os planos de fechamento devem fornecer:

da
 Uma atualização sobre as atividades de fechamento, movimentação de material
(quantidades métricas) e custos associados;
 Uma atualização sobre quaisquer mudanças nas condições do local ou nas

ola
comunidades afetadas.
Os planos de fechamento devem, no mínimo, atender os requisitos regulatórios locais.

Na ausência de regulamentações específicas (nacionais, estaduais, municipais), deverá ser


avaliada a adoção das regulamentações mais restritivas existentes em torno do

Tais requisitos são frequentemente associados a:

 Atualizações de planejamento;
ntr
empreendimento (país, estado ou município) ou práticas em uso pela Vale em outras unidades.
co
 Conformidade com atividades progressivas previamente declaradas;
 Pagamento de cartas de garantia para cobrir custos;
 Definição e atualização dos de critérios de fechamento e objetivos a serem
o

alcançados, isto é, objetivos de estabilidade geoquímica, hidrológica, física e


ecológica / biológica, ou para conformidade com novos normas ambientais,

práticas de construção, etc.

6.3 Relação com outras Regras e Elementos Procedimentais

Este documento contém referências a vários elementos procedimentais pertencentes ao


pia

Sistema de Gestão de Barragens e Rejeitos (TDMS). As referências a elementos


procedimentais incluem:

 PNR-000073 – Classificação de Consequências para Barragem para Instalações


de Armazenamento de Rejeitos.

 PNR-000110 – Plano de Gestão Hídrica Local para Barragens e EARs.


 PNR-000114 – Análise Geotécnica.
 PNR-000076 – Relatório As-Built para Estruturas Geotécnicas.
 PNR-000109 – Procedimento Padrão para Inspeções de Segurança de
Barragens.
 PNR-000108 – Procedimento Padrão para Análise de Segurança de Barragem.
 PNR-000071 – Seleção da Tecnologia de Desaguamento.
 PGS-04255 – Gerenciamento da Mudança para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos.

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Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


 PNR-00075 – Acompanhamento Técnico da Qualidade na Obra e Controle de
Qualidade.
 PNR-000100 – HIRA para Estruturas Geotécnicas.
 PNR-000097 – Monitoramento e Avaliação de Desempenho para EARs.
 PNR-000096 – Sistema Vale de Gestão de Barragens e Rejeitos (TDMS).
 PNR-000101 – Gerenciamento de Mudanças.

da
 PGS-003550 Provisão para Descomissionamento e Fechamento de Ativos –
Asset Retirement Obligation (ARO).

ola
7 PLANEJAMENTO DO FECHAMENTO
7.1 Ciclo de Vida da Mina

O planejamento das estruturas de armazenamento de rejeitos é aplicado em cada estágio do

ntr
ciclo de vida da mina, desde os estudos conceituais, projeto, construção, operação e
fechamento. Os planos de fechamento devem conter estratégias e procedimentos para
fechamento, incluindo:


co
Um esboço dos possíveis compromissos a serem assumidos e mantidos;
 Além de estimativas de custo que possam ser constantemente atualizadas.
O Plano de Fechamento é considerado um “documento vivo” e deverá ser atualizado ao longo
do ciclo de vida da mina.
o

Projetar e operar instalações de rejeitos já tendo em vista o fechamento é a abordagem


escolhida para

 Gerenciar os riscos quando as operações cessam;


 Atender aos objetivos de fechamento;

pia

Alcançar os usos planejados do site após o fechamento.


O manual de OMV deve refletir a evolução do plano de fechamento, desde a fase de concepção
e planejamento do projeto até o final das operações. Uma base de conhecimento interdisciplinar
deve ser desenvolvida e mantida para apoiar o gerenciamento seguro de rejeitos em todo o
ciclo de vida da EAR, incluindo o fechamento. O desenvolvimento dessa base de conhecimento

requer um envolvimento significativo com as pessoas afetadas pelo projeto durante todo o ciclo
de vida da EAR. Nas decisões, que podem ter relação com a segurança pública e a integridade
da EAR, a Vale deve compartilhar informações com as partes interessadas afetadas pelo
projeto para apoiar esse processo.

7.2 Visão de Fechamento

A visão de fechamento abrange os objetivos da vida útil da mina para o ativo, bem como os
objetivos inicialmente acordados com as comunidades afetadas pelo projeto. Representa uma
transição das operações para um estado final sustentável. No entanto, esse cronograma pode
ser longo (muitos anos após o término das operações de mineração) e abordagens alternativas
de uso ativo do site podem gerar novas possibilidades para o ativo e as comunidades vizinhas.
Inicialmente, essas ideias podem assumir uma forma geral, melhorando conforme o

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Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


envolvimento significativo entre a Vale e as comunidades melhora, novas tecnologias e
conhecimentos são criados. Dessa forma, a visão de fechamento pode ser revisitada para se
ver onde existem novas oportunidades de melhoria.

A visão de fechamento inclui a visão geral e as perspectivas futuras da Vale e de todas as


comunidades afetadas pelo projeto. Os operadores devem se envolver de forma significativa
com essas comunidades e atualizar a visão quando necessário. Isso é ainda mais importante
quando são tomadas decisões de longo prazo que têm impacto na segurança pública e na

da
integridade das EARs em questão.

7.3 Princípios de Fechamento

ola
O fechamento efetivo é o resultado de um planejamento avançado detalhado para o
engajamento de pessoas e recursos necessários para progredir com o fechamento ao longo da
vida da mina.

O planejamento detalhado de atividades de fechamento será conduzido de acordo com os


seguintes princípios:

 Saúde e Segurança;
ntr
 Proteção Ambiental;
co
 Abordagem de projeto de fechamento da EAR de acordo com a classificação de
consequência;
 Planejamento de fechamento eficaz;
o

 Projeto para fechamento;



Elaboração e atualização do plano de fechamento da EAR;


 A estimativa dos custos de fechamento da EAR deve ser periódica e detalhada;
 Projeto de fechamento específico ao site;
 Viabilidade econômica das atividades de fechamento da EAR e redução dos
pia

custos de fechamento;
 Estabilidade física, hidrológica e geoquímica de longo prazo;
 Uso da terra com impactos sociais e ambientais positivos;

 Redução do uso de recursos hídricos;


 Utilização de cobertura e sistemas de gestão de água para reduzir percolação,
águas de contato e promover escoamento de águas de contato;
 Promover o uso de materiais locais e uso das condições ambientais na projeção
de uma EAR, como por exemplo sistemas de cobertura, canais para
gerenciamento d’água;
 Evitar planejar e construir sistemas de cuidados ativos para a gestão de
fechamento de uma EAR;
 Revegetação;
 Objetivos sociais;

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Rejeitos

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 Uso de BAPs e BATs;
 Redução progressiva de riscos e impactos associados;
 Inovação e melhorias contínuas (incluindo potencial para futura mineração /
reprocessamento dos rejeitos para reduzir o tempo entre fechamento e devolução
e os custos contínuos);
 Economia de energia e redução de CO2.

da
7.4 Critérios de Projeto de Fechamento

Estabelecer critérios de projeto de fechamento que considerem:

ola
 A vida operacional planejada para o projeto;
 Fechamentos antecipados;
 Requisitos legais.

ntr
Os projetos devem levar em consideração o armazenamento seguro de rejeitos, líquidos,
equipamentos e elementos de infraestrutura durante a fase de fechamento.

Os critérios de projeto devem fazer referência à avaliação de risco climático mais recente,
co
realizada referencialmente a cada cinco anos, para fornecer informações atualizadas e
indicadores iniciais de qualquer trabalho corretivo necessário para manter o plano de
fechamento.

O projeto de fechamento deve atender os requisitos deste PNR (Plano de Fechamento) com
o

detalhes suficientes para demonstrar a viabilidade do cenário de fechamento e para permitir a


implementação apropriada dos elementos do projeto durante a construção e operação. O

projeto deve incluir fechamento progressivo e recuperação durante as operações.

Os critérios de fechamento específicos para o projeto devem considerar:

 Infraestrutura hidráulica como canais, lagoas e vertedouros para alcançar


pia

estabilidade hidrológica e reduzir erosão pluvial;


 Represas / barragens / reforços considerando aspectos estáticos, sísmicos e pós-
sísmicos para atingir estabilidade física;
 EAR, represas / barragens / reforços, sistemas de cobertura, considerando o uso

de Geração Líquida de Ácido (NAG) ou uma combinação oportuna de materiais


Potencialmente Geradores de Ácido (PAG) e de NAG para alcançar estabilidade
geoquímica e obedecer aos limites de qualidade de água na descarga exigidos
para efluentes e os padrões de qualidade da água para receptores finais de água;
 Sistemas de revegetação para estabilidade biológica;
 Sistemas de cobertura para evitar erosão eólica;
 Uso preferencial de materiais de construção (naturais ou não) que exigem baixa
manutenção e são menos sujeitos a vandalismo.

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Rejeitos

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7.5 Gestão e Mitigação de Risco

A governança de risco do fechamento será estabelecida de acordo com a NOR-0003 – Gestão


de Risco da Vale, que tem como objetivo definir a metodologia e as principais responsabilidades
no processo de gestão e de prevenção de riscos. Ferramentas e métodos bem estabelecidos
de gestão de risco serão usados para minimizar o risco e maximizar as oportunidades de
fechamento bem-sucedido. A incorporação do gerenciamento de riscos ao processo de
fechamento fornece à empresa a propriedade e a capacidade de gerenciamento subsequente

da
para resolver os riscos associados à visão de fechamento. O gerenciamento da mudança é um
pilar fundamental da Gestão de Riscos e está delineada no PNR-000101 – Gerenciamento da
Mudanças.

ola
O plano de fechamento deve ser mantido desde a concepção, ou – por uma razão ou por outra
– tendo sido desenvolvido desde então, o plano de fechamento visa fechar a lacuna entre o
registro de risco residual pré-fechamento e o estado final articulado na visão de fechamento.

Uma realização bem-sucedida da visão de fechamento requer uma forte base de conhecimento

conceitual. ntr
sobre riscos físicos, hidrológicos, geoquímicos e de sustentabilidade, desde o estágio

Relatórios regulares sobre o andamento dos riscos identificados ajudarão a garantir que
co
ameaças ou riscos novos ou em evolução sejam identificados e avaliados, tanto para aproveitar
a oportunidade que pode estar ali presente quanto para melhorar a gestão de qualquer risco
apresentado que possa ameaçar o fechamento bem-sucedido.

As medidas de resiliência ao risco incluem aquelas que requerem adaptação às mudanças


o

climáticas e que podem impactar o site direta ou indiretamente via impactos sobre sua
infraestrutura de logística – tais como pontes, portos, estradas e ferrovias. As condições

climáticas previstas durante a fase conceitual podem não ser as mesmas encontradas pela
equipe de fechamento.

Sobre o processo de risco, existem seis etapas para se identificar e gerenciar os riscos do
fechamento, conforme descrição na Figura 2 abaixo.
pia

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Rejeitos

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da
ola
ntr
o co

Figura 2 – Etapas – Processo de Risco

Como os impactos dos riscos são variados, a Vale considera as seguintes cinco esferas de
pia

risco de fechamento:

 Pessoas;
 Meio Ambiente;

 Social e Direitos Humanos;


 Reputacional;
 Financeiro
Avaliados isoladamente, os riscos individuais podem não ser vistos como especialmente
preocupantes. Porém, quando vários desses riscos se manifestam simultaneamente, então o
impacto somado se mostra inaceitável. Por esta razão, deve-se levar em consideração os
impactos cumulativos e os riscos agregados. Relatórios regulares de riscos e métricas principais
são a oportunidade do gerenciamento para enxergar a natureza dos riscos envolvidos, que
frequentemente se apresentam em camadas, e refinar/ aprimorar as estratégias para manter
uma visão de fechamento.

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Uma avaliação prévia dos riscos cumulativos inerentes ao fechamento é necessária para
garantir que as abordagens adotadas para redução do risco agregado sejam adequadas, visto
que elas podem ser totalmente diferentes das estratégias destinadas a tratar os riscos de
maneira isolada. Uma falha em identificar e planejar esses riscos precocemente pode
representar custos adicionais significativos para a empresa, além de oportunidades reduzidas
de se obter benefícios.

O registro de riscos deve destacar os riscos que requerem planos de atendimento a

da
emergências, identificando a diferença entre aqueles riscos cujos impactos podem ser contidos
no local e aqueles para os quais uma resposta de emergência externa é necessária. Planos de
preparação para emergências devem ser eficazes, e aqueles que incluem emergências
externas devem ser elaborados e acordados por meio de um envolvimento significativo com as

ola
comunidades e organizações impactadas pelo projeto.

Deve-se desenvolver, prover de recursos e manter os planos de atendimento a emergências e


a capacidade imediata de reportar emergências de maneira precisa e oportuna. Esses planos
devem contar com pessoal da empresa, bem treinado e capaz de trabalhar em equipe para
responder adequadamente a incidentes.

7.6 Stakeholders e Partes Interessadas


ntr
co
As partes interessadas a serem consultadas sobre o fechamento da mina podem incluir, mas
não estão limitadas a:

 Comunidades e Populações afetadas pelo projeto;



o

Investidores;
 Órgãos regulatórios governamentais;

 Funcionários da Vale;
 Fornecedores essenciais.
As solicitações de informações sobre segurança pública e integridade das instalações devem
pia

ser atendidas de maneira adequada, sistemática e oportuna. Nos casos em que o pedido de
informação deva ser negado, deve haver uma explicação legítima e por escrito fornecida com
o mesmo profissionalismo.

A administração da Vale usará o trabalho de fechamento para demonstrar respeito aos direitos

humanos, de acordo com os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Negócios e
Direitos Humanos (UNGP), e conduzirá processos de diligência devida em direitos humanos
para informar as decisões da administração ao longo do ciclo de vida da instalação de rejeitos,
e para abordar os riscos aos direitos humanos representados por cenários plausíveis de ruptura
EARs.

8 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE ARMAZENAMENTO DE REJEITOS


(EAR)
As EARs continuam a mudar e evoluir ao longo de seu ciclo de vida. Raramente é uma simples
progressão linear de uma fase para a seguinte. Embora a construção seja uma fase específica
do ciclo de vida para a maioria dos aspectos de uma mina, as atividades de construção em uma
EAR típica continuam ao longo da vida operacional da mina, à medida que barragens ou outras

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Rejeitos

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estruturas de contenção são alteadas, ou à medida que as instalações são ampliadas para
acomodar volumes crescentes de rejeitos, ou ainda quando são identificadas novas
necessidades de correções/ ajustes a serem feitos no projeto inicial.

A descrição de uma EAR terá um papel importante e constituirá um primeiro estágio para o
projeto de fechamento. A descrição de uma EAR deverá assumir que a mesma será capaz de
conseguir uma estabilidade física, hidrológica e geoquímica.

da
A adoção de novas tecnologias ou o impacto na qualidade da água ou a adequação das práticas
de gestão de rejeitos podem ser medidas úteis para reduzir o risco e melhorar as condições
para um fechamento estável a longo prazo. Os sistemas de desaguamento e tecnologias
emergentes de disposição de rejeitos estão cobertas no PNR Adoção de Tecnologias de

ola
Desaguamento. Tais tecnologias e abordagem podem provocar correções nos materiais assim
como em planejamento e atividades de fechamento.

8.1 Desaguamento e Tecnologias Emergentes

ntr
O uso de tecnologias de desaguamento como alternativa à disposição convencional de rejeitos
é impulsionado pela necessidade de economizar água, de reduzir impactos ambientais da EAR,
e – quando aplicável – como medida de redução de risco.
co
A seleção de tecnologias de desaguamento durante a fase de projeto pode reduzir
significativamente os riscos e custos adicionais durante as atividades de fechamento. Essas
tecnologias também podem ser usadas para capturar informações a fim de confrontar os
projetos com as condições reais do site.
o

As tecnologias de desaguamento variam significativamente quanto a seus custos operacionais


e de capital, riscos técnicos e operacionais envolvidos, e benefícios ambientais. Por essas

razões, é recomendável adotar-se uma abordagem holística para selecionar uma tecnologia de
desaguamento alinhada com os objetivos da empresa.

Além do espessamento e da filtração, a maioria das tecnologias são bastante afetadas por
condições locais muito específicas, tais como clima, topografia e mineralogia. Algumas soluções
pia

se tornarão inviáveis em condições adversas.

Um aspecto fundamental do plano de fechamento requer uma conscientização do mercado para


soluções que possam melhorar os resultados de fechamento para EARs

Tabela 3 – Desaguamento e Tecnologias Emergentes

Tecnologia / Técnica de Desaguamento


Comprovada Emergente
Espessamento Filtração de Fluxo Cruzado
Filtração Rejeito Espessado em Linha
Centrífuga de Bojo Sólido Activation Tethering and Anchoring (ATA)
Tubos de Desaguamento de Geotêxtil Polímeros
Peso Próprio de Novos Rejeitos Tratamento Biológico
Método de Leito em Camadas Corrente Eletrocinética
Dreno Vertical Tratamento Químico
Carbonatação Método de Congelamento /
Deposição de Rejeitos em Praias Descongelamento
Inclinadas

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Rejeitos

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Tecnologia / Técnica de Desaguamento


Comprovada Emergente
Estabilização Mecânica Non-field Resonant Auto-Transformer
(NRAT)
Desaguamento Térmico
Evaporação Forçada por Micro-ondas

8.2 Plano de Disposição

da
O plano de disposição deve ser projetado ou adaptado para alcançar estabilidade durante toda
a operação e para minimizar os custos associados com medidas de suporte da EAR no pós-
fechamento. Em geral, a gestão da água de superfície nos períodos de fechamento e pós-

ola
fechamento será facilitada por um plano de disposição de rejeitos documentado e com recursos
alocados. Onde houver potencial para lixiviação ou ARD, medidas adequadas deverão ser
incluídas para atender os requisitos regulatórios.

O plano de disposição de rejeitos pode preparar para um fechamento progressivo como, por
ntr
exemplo, com a mudança de taludes prévio ao fechamento.

8.3 Manuseio de Materiais


co
Para o projeto da barragem de rejeitos, materiais de construção devem ser utilizados e
avaliados de acordo com suas características geoquímicas e geotécnicas. Essas características
são fatores-chave de longo prazo para aspectos do fechamento.

8.4 Gestão da Água


o

O elemento central de um bom plano de gestão da água é o balanço hídrico. Um balanço hídrico

abrangente é usado para projetar a EAR, que por si só se torna a parte mais importante de todo
o balanço hídrico da mina.

Os balanços hídricos devem contabilizar todas as entradas e perdas de água. Por exemplo, as
entradas de água podem incluir percolação, pluviosidade, águas de contato e sem contato.
pia

Projetar para um fechamento bem-sucedido requer uma compreensão de se a EAR foi


projetada para fechamento ou se o fechamento exigirá uma adaptação.

Ao se considerar a segurança da barragem, um balanço hídrico para adaptar isso na condição


de fechamento deve incluir o seguinte:

 Teor de umidade residual no rejeito após o processo de desaguamento;


 Características de permeabilidade e percolação da EAR;
 Dimensões da bacia, necessidade ou presença de canais de desvio para
gerenciar o escoamento externo à área da EAR, características de projeto (evento
pluviométrico, tempo de retorno, valores numéricos de precipitação definidos para
o projeto);
 Plano de disposição, topografia e localização da lagoa operacional e pontos de
lançamento;
 Borda livre exigida pela legislação e sob considerações técnicas;

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Rejeitos

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 Vazões, características dos circuitos de bombeamento e linhas de recuperação
de água de lagoas operacionais;
 Qualidade dos dados e conhecimentos relacionados às condições pré-mineração;
 Além do uso de condições “médias”, é necessário considerar os períodos de
chuva / seca extremos de longa duração;
 Cronograma de alteamento da Barragem;

da
 Consequências da capacidade inadequada de tratamento de água, possivelmente
devido a problemas mecânicos ou incrustação nas tubulações;
 Extensão da submersão das praias em barragens de rejeitos construídas a

ola
montante, e consequente percolação;
 Efeitos de bloqueio no vertedouro ou nas estruturas de descarga. Níveis
mínimos podem ser necessários para lagos que possuam camadas
impermeáveis, de forma a evitar danos ocasionados pelo gelo no revestimento e

forro de argila geossintética).

9 CONDIÇÕES AMBIENTAIS
ntr
/ ou ressecamento do material de revestimento (como revestimento de argila ou
co
É essencial para o projeto compreender as condições ambientais fundamentais, projetar para o
fechamento ou otimizar os projetos da EAR para as circunstâncias específicas do local. Essas
condições incluem características do ambiente físico, biológico e socioeconômico. Uma
cuidadosa consideração dessas características é um pré-requisito para otimizar recursos e para
o

identificar atividades viáveis tanto técnica como economicamente.

Os principais impactos ambientais dos rejeitos e de suas instalações são associados à sua

localização e à ocupação relativa do solo, bem como às emissões potenciais de poeira e


efluentes durante a operação ou na fase de cuidado posterior. Além disso, falhas estruturais
nas instalações de rejeitos podem causar graves danos ambientais e até mesmo a perda de
vidas humanas.
pia

As condições ambientais são físicas e quantificáveis. Evaporação, hidrologia e sismicidade


podem ser medidas. Com uma compreensão do solo e da vegetação, podemos medir os
aspectos botânicos e biológicos. Esse estudo também incluiria a busca pela presença de argila,
sem a qual não seria possível, muitas vezes, produzir os materiais necessários para a EAR a

um custo viável. As condições ambientais estabelecem os parâmetros para um projeto e


trabalho de fechamento viáveis.

A base para o gerenciamento bem-sucedido dos rejeitos é uma caracterização rigorosa do


material, incluindo uma previsão precisa dos comportamentos do material a longo prazo e
opções de locais ideais usando todos os elementos da base de conhecimento – social,
ambiental, econômico local e técnico – para informar decisões ao longo do ciclo de vida da
instalação de rejeitos, incluindo o fechamento.

As circunstâncias específicas do local referenciadas no Sistema de Gestão Ambiental são


necessárias para garantir que os planos e procedimentos estejam alinhados com os objetivos
gerais da gestão ambiental.

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Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


9.1 Ambiente Físico

Projetar uma EAR ou adaptar um projeto operacional para fechamento requer um bom
entendimento dos fatores sísmicos, hidrológicos, hidrogeológicos, geológicos, geoquímicos,
fisiográficos, edáficos, climatológicos, meteorológicos, naturais, qualidade do ar, nível de ruído,
e de qualidade da água superficial e subterrânea. Os estudos de referência nessas áreas devem
ser atualizados regularmente. Após alguns anos, esses estudos contribuirão para a base de
conhecimento e melhorarão a compreensão das condições reais em relação a essas previsões.

da
É precisamente por essa razão que os estudos devem ser continuamente atualizados e o
projeto deve levar em consideração essas possibilidades, a fim de garantir que o projeto que
está sendo implementado permaneça adequado a seu propósito, caso as circunstâncias

ola
mudem. Novas máximas pluviométricas anteriormente não registradas devem agora indicar se
os projetos precisam ser ajustados. A importância disso aumentará com as mudanças
climáticas.

9.2 Ambiente Biológico

ntr
As condições da flora e fauna terrestre, além de habitats aquáticos, devem ser consideradas no
fechamento.
co
Por exemplo, espécies nativas específicas devem ser consideradas para revegetação ou para
repovoar a área de revegetação com flora específica.

Quando as avaliações de impacto ambiental preverem impactos materiais agudos ou crônicos,


a operação deverá desenvolver, documentar e implementar planos de mitigação e gestão de
o

impactos usando a hierarquia de mitigação.


O PNR relacionado aos Planos de Preparação e Atendimento a Emergências deve incluir


disposições específicas para a aplicação de proteções de emergência aos ambientes biológicos
impactados pela EAR ou por sua ruptura.

9.3 Ambiente Social e Econômico


pia

A Vale abordará a proteção dos ambientes sociais e econômicos com base no engajamento
significativo com os impactados pelo fechamento. A intenção da Vale é criar oportunidades de
acordos de colaboração para maximizar o potencial social e econômico da EAR.

Este aspecto é apoiado na governança e direção pelos protocolos Vales ESG e CSR. Os
múltiplos fatores de demografia, saúde pública e segurança, educação e alfabetização,
organizações políticas, sociais e culturais, emprego e patrimônio cultural são todos fatores
importantes a serem considerados e justificativas adicionais para a gestão da mudança
(consulte PNR sobre Gestão de Mudanças)

10 PROJETO E ATIVIDADES DE FECHAMENTO


As atividades de projeção e planejamento do fechamento deverão alcançar:

 Condições seguras de armazenamento de rejeitos de longo prazo;


 Proteção ambiental;
 Uso futuro específico do solo;

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Rejeitos

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 Estabilidade física, estabilidade hidrológica, estabilidade geoquímica, estabilidade
biológica;
 Transição social e econômica.
A fase de fechamento deve ser projetada de maneira a atender aos requisitos das normas com
detalhes suficientes para demonstrar a viabilidade do cenário de fechamento e permitir a
implementação apropriada dos elementos de projeto durante a construção e operação. O
projeto deve incluir atividades de fechamento e recuperação progressivas durante as

da
operações.

O projeto e operação para fechamento deve ter uma abordagem holística e deverá levar em
consideração todos os aspectos da mina, não apenas a instalação de rejeitos em si. Por

ola
exemplo, as decisões operacionais e de projeto relacionadas à lavra e processamento de
minério podem impactar tanto a quantidade quanto as características físicas e químicas dos
rejeitos e da água associada, com implicações de longo prazo para a gestão de rejeitos. A
gestão de rejeitos começa ‘na operação em si – no planejamento da mina e na planta de
beneficiamento de minério.
ntr
A redução precoce dos riscos e incertezas associados aos rejeitos aumentam o potencial de
atendimento aos objetivos de fechamento de longo prazo, de maneira econômica e sustentável.
co
Os seguintes fatores também devem ser incluídos para consideração:

 Planejar, projetar, construir e operar instalações de rejeitos para reduzir impactos,


riscos e responsabilidades de longo prazo;
o

 As práticas de contabilidade financeira usadas no planejamento da mina também


devem incluir uma conta adequada dos custos e riscos ambientais e do

fechamento da mina. Isso é particularmente importante para a aplicação de taxas


de desconto a custos de prazo mais longo. Do ponto de vista financeiro, isso pode
minimizar a importância comercial de longo prazo de investir no desenvolvimento
do fechamento para reduzir os custos associados aos impactos de falhas. Além
disso, à medida que novas tecnologias se tornam disponíveis ao longo da vida da
pia

EAR, surgem oportunidades para fornecer mais opções de melhorar o meio


ambiente e / ou reduzir os custos e riscos de fechamento podem se tornar
disponíveis. Essas tecnologias incluirão a capacidade de melhorar a quantificação
dos detalhes necessários para as práticas contábeis (consulte a Seção de
Estimativa de Custo e PGS-003550 – Provisão para Descomissionamento e

Fechamento de Ativos – Asset Retirement Obligation);


 Depois que as principais decisões de projeto tenham sido tomadas sobre a
seleção da tecnologia de gerenciamento dos rejeitos e sobre o local identificado
para a EAR, os planos de fechamento devem começar a evoluir e ser refinados
em maiores detalhes. Tais mudanças a serem consideradas incluem:
 Mudanças no plano de lavra;
 Mudanças regulatórias;
 Alteração do perfil de risco da EAR;
 Momento das atividades de recuperação progressiva;
 Mudanças na expectativa das comunidades afetadas pelo projeto.

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Rejeitos

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 Uma EAR projetada sem critérios específicos de fechamento pode adaptar suas
práticas de gestão de rejeitos ou adotar novas tecnologias para reduzir o risco e
posicionar melhor a EAR para o fechamento. Avaliações regulares de
oportunidades potenciais de melhoria são fundamentais para se alcançar isso;
 As EAR evoluem ao longo de seu ciclo de vida, mas raramente em progressão
linear de uma fase para a próxima. Por exemplo, embora a construção seja uma
fase específica do ciclo de vida para a maioria dos aspectos de uma mina, as

da
atividades de construção em uma EAR podem continuar ao longo da vida
operacional da mina à medida que ela se desenvolve para acomodar o volume
projetado de rejeitos;
 É natural que ocorram mudanças inesperadas ao longo da vida operacional do

ola
site. Essas mudanças podem incluir ampliação da área da EAR, suspensões de
cuidado e manutenção (e reinicializações subsequentes), mudanças de processo
e tecnologia, que ressaltam a importância crítica do gerenciamento eficaz dos
riscos e das mudanças ao se determinar o ritmo de progresso da atividade de


fechamento;
ntr
As EARs podem operar em um ciclo de vida que dure por muitas décadas antes
de chegarem ao fim das operações. Na verdade, séculos podem se passar antes
que possam ser totalmente desativadas, com os processos e tecnologias atuais;
co
 Conforme o progresso é feito nessas áreas, será possível reduzir esses prazos,
talvez reaproveitando os rejeitos para uma infinidade de finalidades diferentes ou
reprocessando-os quando os preços das commodities puderem suportar os
orçamentos. Considerando o rápido avanço da tecnologia, não é mais possível
o

prever o resultado das EARs já na sua concepção; simplesmente, “não sabemos


o que não sabemos”;

 A identificação e gestão eficaz de riscos dependem de se ter a base de


conhecimento dos dados do projeto original e da intenção da equipe de gestão de
garantir que os elementos fundamentais do projeto, seus princípios operacionais
e restrições, processos de gestão de risco e outros controles críticos associados
estejam em vigor para se incluir nos riscos existentes os novos riscos identificados
pia

na transferência da custodia;
 O desenvolvimento inicial do conceito e da visão de fechamento é um pré-requisito
para se orientar o projeto e a operação subsequente da EAR.

Os conceitos e projetos de fechamento devem considerar o seguinte:


 Os conceitos de fechamento devem progredir em cada fase do projeto com o nível
equivalente de projeto e estimativa de custo como em outros componentes de
engenharia da EAR. Por exemplo, durante as operações, os conceitos de
fechamento para o plano de lavra de longo prazo declarado publicamente devem
ser ativamente desenvolvidos e mantidos em um padrão de projeto de nível de
viabilidade com estimativas de custo disponíveis para garantir que os custos e
responsabilidades de longo prazo sejam compreendidos;
 Sempre que possível, serão utilizadas tecnologias para controlar a drenagem
ácida de mina e a lixiviação de metais. Isso incluiria, por exemplo, rejeitos
dessulfurizados;

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 Conceitos de fechamento para o nível de viabilidade ou projetos existentes não
serão baseados em suposições não-testadas relativas à geoquímica ou ao
desempenho dos materiais. As estruturas devem manter sua integridade seguindo
os fatores de Sismo Máximo de Projeto (MDE – Maximum Design Earthquake) e
Cheia Máxima de Projeto (MDF – Maximum Design Flood);
 Para contabilizar a existência de longo prazo da instalação e o aumento
subsequente da probabilidade de ocorrência de eventos de projeto, os requisitos

da
de projeto para instalações fechadas devem ser aumentados para a próxima
classificação de consequência mais alta;
 Estruturas de decantação não devem ser utilizadas em instalações fechadas. As
estruturas de decantação tipo tulipa utilizadas durante as operações devem ser

ola
descomissionadas permanentemente de forma a garantir estabilidade física,
geoquímica e hidrológica a longo prazo;
 Todos os projetos e operações devem considerar coberturas ao planejar o
fechamento para reduzir requisitos de operação pós-fechamento, manutenção e


aprovada pela VALE; ntr
vigilância. Qualquer outra tecnologia de fechamento deve ser justificada e

Validar a classificação de consequência de ruptura, incluindo as condições a


co
jusante nas avaliações da EAR e classificando-as de acordo;
 O EdR deve preparar um Relatório de Critério Base de Projeto (DBR), fornecendo
detalhes das premissas e critérios de projeto, incluindo restrições operacionais. O
DBR fornece a base de projeto para todas as fases do ciclo de vida da EAR. O
DBR será mantido e atualizado pelo EOR sempre que mudanças relevantes forem
o

feitas nas premissas de projeto, nos critérios de projeto, no próprio projeto ou na


base de conhecimento, para verificar e confirmar a consistência entre esses

elementos. O DBR está sujeito a uma revisão externa independente.

10.1 Armazenamento Seguro de Rejeitos

Durante o estágio de fechamento, as EARs devem estar sujeitas a atividades de monitoramento


pia

e ter planos de contingência com recursos alocados para manter um adequado gerenciamento
de fechamento.

Ao se estabelecer fatores de segurança apropriados para a EAR é requerido que no projeto se


considerem:

 As consequências de uma ruptura;


 As condições de carregamento;
 Parâmetros de resistência.
O projetista também deve considerar medidas para reduzir as consequências do rompimento
da barragem e, portanto, a classificação de dano potencial (DP) da barragem. Essas medidas
incluem:

 Reduzir o nível piezométrico na barragem;


 Sempre que possível, e onde existirem, materiais sujeitos a liquefação contidos
na EAR, deve-se reforçar as estruturas geotécnicas para reduzir o potencial e

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mitigar a extensão do fluxo de uma ruptura. As estruturas de uma EAR sob carga
devem ser transformadas em pilhas drenadas estáveis;
 Reduzir a altura da área contida pela EAR, remodelando a superfície e os taludes
no perímetro para reduzir as consequências de uma ruptura. Uma avaliação
detalhada da acomodação do conteúdo é necessária para este projeto;
 Monitorar e gerenciar as mudanças e os efeitos das mudanças na qualidade da
água contida pela EAR e nas propriedades químicas e físicas dos sólidos

da
envolvidos.
Mudanças potenciais no ambiente a jusante, como desenvolvimento ou estabelecimento de um
ecossistema, podem alterar a classificação da consequência criadas por uma ruptura da EAR

ola
e alterar subsequentemente sua classificação de risco e tratamento. Tais mudanças ocorrerão
inevitavelmente ao longo da vida útil de uma EAR e devem ser regularmente registradas na
base de dados.

10.2 Proteção Ambiental

ntr
Como parte do planejamento para o fechamento, uma avaliação da proteção ambiental
necessária deve incluir:


co
Sistema de cobertura vegetal necessário;
 Topografia a ser estabelecida;
 Programas necessários para reabilitar os habitats aquáticos e terrestres;
 Qualquer avaliação adicional de qualquer degradação ambiental devida à
o

liberação de água das lagoas de contenção durante e após a operação;


 O uso de coberturas deve ser adequadamente discutido ao planejar o fechamento,


para reduzir custos e desafios associados aos requisitos de manutenção e
vigilância no pós-fechamento.

10.3 Uso Futuro do Solo


pia

As EARs projetadas para fechamento são verdadeiras formas de relevo topográfico projetadas
para o futuro, destinadas a permanecer física e quimicamente estáveis por longo prazo. Um
princípio orientador para se alcançar isso é um estudo cuidadoso, na base de conhecimento,
de quaisquer restrições que o desenvolvimento de mineração possa ter sobre a utilidade futura

da terra. O uso do solo no futuro deve ser considerado como parte do plano de fechamento da
mina, bem como para aspectos específicos diretamente relacionados à EAR.

Embora algumas dessas formas de relevo possam retornar ao uso do solo pré-mineração, para
muitos casos isso nem sempre será possível devido às alterações da paisagem, ou nem mesmo
ser desejável dadas as mudanças ocorridas no contexto socioeconômico local. Não obstante,
o esforço necessário para retornar o relevo ao uso do solo anterior à mineração é um ponto de
partida útil para se examinar uma ampla variedade de usos alternativos para a região alterada.
Essas visões alternativas e positivas podem incluir a adaptação de perspectivas pós-
fechamento para silvicultura, agricultura ou habitat de vida selvagem. Pode haver um potencial
recreativo para a terra, ou outra opção, criando uma solução conveniente, mas sustentável e
confiável para a empresa e as comunidades afetadas pelo projeto.

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Uma consequência trágica e inevitável do uso e manutenção incorretos da EAR durante o
fechamento podem ser os problemas sociais e ambientais gerados. Por exemplo, o
envolvimento significativo com as autoridades locais pode ajudar a lidar com quaisquer
condições específicas pós-fechamento quanto ao uso do solo, levando em consideração as
prioridades de política e planejamento dos governos locais. Esse entendimento ampliado
melhora o marco legal em torno da transferência de titularidade e de qualquer cessão a
terceiros.

da
10.4 Estabelecimento do Relevo e Reabilitação

Para definir a informação topográfica do terreno no fechamento, as seguintes considerações


são necessárias:

ola
 Elaborar planos detalhados para o fechamento do depósito de rejeitos,
apresentando o seguinte:
 tipos de relevo topográfico (após reabilitação);


ntr
 plano de drenagem; classificação da vegetação; e
 detalhes das seções transversais de cada tipo de relevo.
Fornecer informações detalhadas sobre:
co
 Uso do solo desejado para o pós-fechamento;
 Restrições quanto ao uso do solo;
 Composição e caracterização química dos materiais utilizados para
o

reconformação topográfica;
 Para cada tipo de relevo Topográfico:

 Atividades, cronogramas e datas;


 Propriedades do material;
 Propriedades físicas esperadas (dimensões, topografia, etc.).
pia

 Até que ponto as propriedades físicas representam relevos naturais


análogos;
 Atividades e datas da reabilitação / recuperação;
 Métodos de reabilitação / recuperação novos ou propostos a serem usados;

 Medidas para:
 Preservar a estabilidade desses relevos;
 Garantir a saúde e segurança pública;
 Prevenir descargas catastróficas;
 Prevenir erosão;
 Controlar a descarga de água de superfície e percolação (por
exemplo, reconstituição de drenos, construção de lagoas /
pântanos de mitigação)
 Criar os relevos topográficos finais como parte da sequência de
mineração (ou seja, evitar o manuseio excessivo de materiais);

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 Requisitos de corte e enchimento;
 Desmatamento e manejo do solo, armazenamento e reposição final da
cobertura vegetal;
 Capacidade de uso do solo após a reabilitação;
 Composição química e volumes esperados de descarga de escoamento;
 Avaliação do desempenho do plano de fechamento;

da
 Identificação das atividades de pesquisa que serão necessárias para obter
informações sobre procedimentos que não são conhecidos ou não foram
testados.

ola
10.5 Estabilidade Física

O fechamento requer estabilidade física da EAR. As EARs não devem apresentar perigos do
modo de falha que possam colocar vidas ou o meio ambiente em risco. Detalhes do guia de

de Segurança de Barragem.
ntr
estabilidade geotécnica está disponível no PNR-000108 - Procedimento Padrão para Análise

É inerente à natureza das EARs serem localizadas ao lado ou próximo a outros componentes
de infraestrutura de mineração, como cavas a céu aberto e elementos subterrâneos. Os
co
impactos de uma falha da EAR nesses componentes precisam ser compreendidos de maneira
apropriada. Da mesma forma, o impacto de uma falha operacional de um aspecto da mineração
na EAR precisa ser bem compreendido. É particularmente importante considerar isso para a
EAR, onde apenas o monitoramento regular pode fornecer prova visível de alterações no que
o

pode parecer à distância um imutável cenário de fundo para a vida diária.

10.6 Estabilidade Hidrológica


A estabilidade hidrológica será estabelecida com base em modelos de balanço hídrico e


hidrogeologia.

Desenvolver, implementar e manter um modelo de balanço hídrico e planos de gestão de água


pia

associados para as estruturas de rejeitos. Estes planos devem ser baseados em:

 Considerando a base de conhecimento das mudanças climáticas, as bacias


hidrológicas e regime hidrogeológico a montante e a jusante, o local da mina;

 Site da Mina, planejamento de minas e operações gerais;


 O plano de lavra, as operações gerais da mina;
 Proteção contra liberações não intencionais.
Além daquilo já previsto no PNR-000110 – Plano de Gestão Hídrica local para Barragens e
EARs, os seguintes fatores devem ser levados em conta para se chegar à estabilidade
hidrológica:

 Um vertedouro final deve estar instalado como parte das atividades de


fechamento. Ele deve ser apropriadamente localizado e integrado com canais de
desvio, e ter capacidade para lidar com todo o escoamento da bacia. O vertedouro
requer uma PMP associada a um tempo de retorno determinado pela classificação
de risco da EAR;

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 Um sistema de cobertura pode ser necessário no caso de fatores de baixa
permeabilidade, para remover a água de contato;
 Em alguns casos, canais de desvio são necessários para desviar a água de modo
a manter uma cobertura úmida sobre os rejeitos. Isso pode ser necessário para
manter a separação da água que foi afetada pela mineração da água sem contato,
ou para a compensação ou preservação do habitat dos peixes durante o
fechamento;

da
 Um declive na topografia final do plano de fechamento concluído para permitir que
o escoamento se dê pelo vertedouro;
 Caso a EAR tenha sido projetada sem critérios de fechamento, pode ser

ola
necessário alterar a inclinação durante o período operacional para evitar a
acumulação de água próximo às barragens, até o momento em que a EAR esteja
pronta para o fechamento e seja capaz de descarregar água pelo vertedouro;
 Se o material da barragem for NAG, o escoamento da face externa a jusante não


é considerada como água de contato;
ntr
Quando o material de cobertura não é de baixa permeabilidade e os rejeitos são
PAG, com uma bacia significativamente maior que a área da EAR, canais de
desvio serão necessários para evitar que água sem contato se torne água de
co
contato;
 A água deve ser testada para ácidos e alta concentração de metais, para que
possa ser tratada de forma adequada antes de sua disposição em conformidade
com os requisitos legais.
o

10.7 Estabilidade Geoquímica


Quando viável, devem ser utilizadas tecnologias para controlar a drenagem ácida de rocha e
lixiviação de metal (por exemplo, existem tecnologias de rejeito dessulfurizado, disponíveis para
certas condições, que podem controlar drenagem ácida de rocha e lixiviação de metal).

Nenhum conceito de fechamento para projetos de nível de viabilidade ou operações existentes


pia

deve ser baseado em suposições geoquímicas ou de desempenho do material.

Processos geoquímicos (geralmente drenagem ácida de rocha ou lixiviação de metal) podem


obstruir filtros e drenos por acúmulo de precipitado. Embora isso também possa ocorrer com

barragens convencionais, é mais prevalente em barragens de mineração contendo materiais


com potencial de geração de ARD. A taxa de entupimento e o tempo que os drenos são
necessários para operar podem exceder em muito os típicos valores correspondentes das
barragens convencionais de armazenamento de água. O endurecimento do solo pode afetar as
condições de infiltração em uma barragem.

10.8 Estabilidade Biológica

Para garantir a estabilidade durante toda a fase de fechamento, um programa de revegetação


deve ser planejado e implementado com base na área total da superfície que deseja
revegetação.

Um programa de revegetação requer as seguintes considerações:

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 A área de superfície total que requer revegetação;
 Requisitos quanto ao tipo de solo e de cobertura, incluindo matéria orgânica,
fertilizantes, micronutrientes, etc.;
 Selecionar o tipo de espécie para revegetação a ser utilizada durante a
reabilitação / recuperação, priorizando espécies nativas, e considerando também
a densidade de semeadura e plantio;

da
 Projeto dos ecossistemas de forma que estes não requeiram manutenção e sejam
autossustentáveis;
 Indicar de que forma os ecossistemas reabilitados simulam os ecossistemas
naturais existentes antes da intervenção;

ola
 Identificação das atividades de pesquisa que serão necessárias para obter
informações ou avaliar procedimentos pouco conhecidos ou não testados
anteriormente;

10.9
Monitoramento e manutenção.
ntr
Fechamento e Descomissionamento de Outras Estruturas

Outras estruturas associadas à EARs que devem ser consideradas para desativação incluem
co
plantas de desaguamento, rejeitodutos, sistemas de recuperação de água e infraestrutura
associada. Estruturas de metal devem ser desmontadas e estruturas de concreto devem ser
demolidas. Devem ser implementados processos específicos para essas atividades. Se
possível, deve-se considerar a reutilização ou reciclagem desses componentes. Empresas
o

qualificadas e autorizadas para tratar e/ou fazer a disposição de resíduos especiais devem ser
contratadas. Resíduos inertes podem ser dispostos nas estruturas de estéril do próprio site.

Em nível de viabilidade, é possível estimar esses recursos em termos do volume de concreto


(valores de demolição) e do peso dos componentes metálicos (custos de desmontagem). Para
estimativas de custos mais detalhadas, a boa prática é solicitar às empresas cotações
comerciais para o trabalho de descomissionamento da EAR.
pia

Durante o processo de lavagem, devem ser tomadas medidas para evitar qualquer risco de
contaminação do solo. Após o descomissionamento das estruturas, deverá ser verificado se a
qualidade do solo atende as normas, assegurando que qualquer contaminação seja removida.

10.10 Transição Social e Econômica


Os projetos devem considerar as questões indígenas e sociais associadas ao futuro uso do solo
nas áreas afetadas pelas barragens de mineração. Tendo isto em vista, devem prevalecer os
melhores projetos e práticas operacionais, levando a um futuro mais sustentável, com menores
impactos de longo prazo, maior clareza das complexas questões envolvidas e redução efetiva
do risco.

Dependendo da jurisdição, pode ser necessário limitar o acesso do público às estruturas,


instalações e / ou obras de recuperação, para reduzir o potencial de problemas de segurança
pública e / ou vandalismo.

Se o terreno não for propriedade de taxa simples, então o arrendamento de terra superficial
deve ser considerado.

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Sempre que possível, os títulos minerários sob a instalação devem ser mantidos para fornecer
uma medida de controle sobre atividades relacionadas à exploração dentro dos limites da EAR.

Transição econômica e social é um conceito a ser aplicado a toda o ativo e não apenas ao
fechamento da EAR em questão.

10.11 Avaliação de Risco Climático

da
Os projetos devem considerar os potenciais impactos futuros das mudanças climáticas na área
e local específicos da infraestrutura da EAR. Risco climático é o potencial de consequências
específicas relacionadas ao clima afetarem ativos, pessoas, ecossistemas, cultura, etc. Isso é
a consequência da interação entre as três métricas aceitas para avaliação de risco climático:

ola
 Vulnerabilidade;
 Exposição;
 Perigos.

ntr
Nota: Isso difere da tradicional avaliação de risco por excluir a probabilidade como fator de
avaliação.

Sistemas de monitoramento remoto podem ser empregados para coletar passivamente


co
métricas de dados, visando melhor compreender as condições climáticas nas EARs e
reconciliá-las com as condições previstas para o projeto, fazendo as adaptações necessárias.
Podem ser necessárias inspeções especiais após eventos extremos.

Se novos dados indicarem que os impactos da EAR se alteraram significativamente, inclusive


o

como resultado do conhecimento sobre mudanças climáticas ou de impactos de longo prazo, a


Operadora deverá atualizar a gestão da instalação de rejeitos para refletir os novos dados,

usando para tal as melhores práticas de Gestão Adaptativa.

11 CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO
11.1 Integridade do Fechamento Durante Construção e Operações
pia

O planejamento e gestão do fechamento é um aspecto constante e ativo das fases de


construção e operação das EARs. Manter a integridade do plano de fechamento geral durante
essas fases pode ser um desafio, e nem sempre é um processo suave e direto.

O valor de um site durante as operações pode ser perdido durante o fechamento. Além disso,
não estar preparado para o fechamento leva a custos e exposições desnecessários,
transformando um local outrora lucrativo, potencialmente em um passivo continuamente
gerenciado. Manter as atividades de fechamento de acordo com o cronograma e as
especificações ao longo da construção e das operações é essencial para se obter um
fechamento sustentável e de custo reduzido. Por este motivo, os relatórios sobre as atividades
de fechamento terão a mesma importância que os relatórios que trazem números sobre
produção e lucros.

O fechamento bem-sucedido exige que o plano de fechamento seja executado fielmente e


programado durante as fases de construção e operação da obra. O
acompanhamento/rastreamento das atividades de fechamento pode ajudar a concentrar o
suporte corporativo onde ele é necessário. As equipes de fechamento conjunto de capacidade

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multifuncional ajudarão a identificar e alavancar as sinergias necessárias. Isso pode levar a uma
redução das cartas de garantia, sendo melhor capaz de demonstrar adesão ao plano de
encerramento.

11.2 Status de Estruturas Permanente

As estruturas de rejeitos raramente se destinam a armazenamento temporário. Enquanto


algumas delas podem eventualmente ser re-lavradas para recuperar commodities adicionais de

da
valor, elas devem ser concebidas, projetadas, construídas, operadas e fechadas no
pressuposto de que serão instalações permanentes.

As estruturas de rejeitos, projetadas para fechamento são verdadeiras formas de relevo

ola
projetadas para o futuro, destinadas a permanecer física e quimicamente estáveis por longo
prazo. É importante priorizar as melhores práticas de projeto e operacional com menores
impactos a longo prazo, complexidade e riscos sobre prioridades financeiras ou operacionais
de curto prazo.

ntr
As EARs sevem ser construídas, operadas e monitoradas de acordo com a intenção de projeto
em todas as fases do ciclo de vida da instalação de rejeitos, utilizando

 Pessoal qualificado;
co
 Metodologia adequada;
 Equipamentos e procedimentos;
 Métodos de aquisição de dados;
o

 Sistema de Gestão de Barragens e Rejeitos (TDMS);



Sistema Global de Gestão Ambiental e Social (ESMS) para a mina e infraestrutura


associada.

11.3 Estudos de Fechamento

Durante a vida útil de uma EAR, as lacunas terão sido identificadas no plano inicial de
pia

fechamento à medida que novas informações e conhecimentos se tornem disponíveis. Essas


lacunas exigirão que os estudos específicos de fechamento sejam atualizados ou
comissionados para atualizar o plano

Tais estudos específicos podem incluir:

 Estudos de caracterização;
 Modelagem numérica preditiva;
 Estudos pilotos no campo.
Estudos de fechamento específicos podem envolver aspectos geotécnicos, hidrológicos,
geoquímicos, hidrogeológicos, de cobertura, tratamento de água, entre outros.

Os diretores de cada corredor serão responsáveis por garantir que o orçamento esteja
disponível para estudos de fechamento.

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


11.4 Atualização do Plano de Fechamento

Atualizações do Plano de Fechamento devem ser regulares e considerar:

 As mudanças no plano de lavra;


 Mudanças regulatórias;
 Novos estudos de fechamento;

da
 Mudança no perfil de risco da EAR;
 Status das atividades de recuperação progressiva; e

ola
Mudanças nas expectativas do projeto.
As atualizações do Plano de Fechamento da Mina devem considerar as mudanças no plano de
lavra, mudanças regulatórias, uma mudança no perfil de risco das EARs, o status das atividades
de recuperação progressiva e as mudanças nas expectativas do COI.

ntr
Implementar um sistema formal de gestão de mudanças que acione a avaliação, revisão,
aprovação e documentação de mudanças no projeto, construção, operação ou monitoramento,
durante todo o ciclo de vida da instalação de rejeitos. O sistema de gestão de mudanças deve
também incluir a exigência de que o EdR prepare um Relatório de Responsabilidade de Desvio
co
(DAR – Deviance Accountability Report) periódico, fornecendo uma avaliação do impacto
cumulativo das mudanças no nível de risco da instalação conforme construída.

11.5 Fechamento Temporário


o

O fechamento temporário é a decisão de suspender as operações da EAR por um período a


ser determinado pelas autoridades competentes. Na ausência de tal definição, surge a questão

do equilíbrio entre a espera por um futuro econômico melhor e os custos correntes e passivos
incorridos para gerenciar o fechamento temporário. Sem definir a duração do fechamento
temporário, os custos cumulativos são maiores do que aqueles que se incorrem ao gerenciar
um período pós-fechamento. O fechamento temporário não deve ser usado para evitar
atividades de fechamento progressivo ou final. Em geral, após o tempo de fechamento
pia

temporário, as mudanças geoquímicas podem exigir gerenciamento ativo para evitar medidas
de tratamento dispendiosas.

As práticas anteriores de fechamento temporário que dependem do status temporário como


meios para mais metas comerciais ou operacionais devem ser imediatamente substituídas por

um plano de descomissionamento. Um plano de descomissionamento necessário para o status


de fechamento temporário detalhará as atividades de descomissionamento e o plano de passar
do status 'temporário' para 'vivo' ou de encerramento permanente dentro de três anos.

11.5.1 Plano para Fechamento Temporário

Um plano de fechamento temporário exigiria a autoridade e, se necessário, a re-autoridade do


Comitê de Gestão de Riscos corporativos.

Um plano de fechamento temporário também deve incluir uma abordagem para gerenciar
ativamente a estabilidade da EAR, bem como manter o acordo e o consentimento das
comunidades afetadas pelo projeto delineados na visão de descomissionamento. Isso
envolverá um engajamento significativo e a necessidade de comunicar um resumo da

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Rejeitos

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linguagem simples da lógica para a base e o método de fechamento temporário. Isso exigirá
uma análise de alternativas de vários critérios para ser incluída e referenciada no plano. Além
disso, tais alterações exigirão uma classificação de consequência (de acordo com a PNR-
000073)

O Diretor Executivo é responsável pelo relatório anual, que deve estar incluso:

 Uma descrição da estrutura de rejeitos;

da
 Classificação de Consequências para Barragem para Estruturas de
Armazenamento de Rejeitos; (PNR-000073);
 Um resumo do registro de risco da EAR, avaliações atualizadas de

ola
impacto/acordos de colaboração e de exposição humana e vulnerabilidade a
falhas de fluxo críveis da EAR;
 Resumo das ameaças e oportunidades materiais e quaisquer mitigações ou
iniciativas em andamento;

ntr
Uma versão resumida da instalação de rejeitos EPRP para instalações com um
modo de falha crível(s) que poderia levar a um evento de falha de fluxo
impactando as pessoas afetadas como identificado através da análise de violação
de instalações de rejeitos e envolver cooperação com agências do setor público;
co
 Divulgação da capacidade financeira da Vale (incluindo seguros na medida
comercialmente razoável) para cobrir custos estimados de fechamento
temporário, reinício, fechamento antecipado, recuperação e pós-fechamento do
TSF (Ver ARO PNR).
o

11.6 Fechamento Progressivo


O fechamento progressivo será alinhado com o PGS-003764 - Fechamento Progressivo de


Ferrosos.

O fechamento progressivo é benéfico para o meio ambiente e tem menor custo, pois permite a
pia

recuperação do terreno e possibilita o controle de futuros passivos por degradação ambiental


(ex: geração de drenagem ácida, erosão, etc).

Espera-se uma redução dos custos das atividades de fechamento final devido à disponibilidade
de pessoal e equipamentos no local. Essa presença proporciona uma experiência valiosa para

a etapa final de fechamento e melhora a imagem pública da empresa. Alguns governos podem
incentivar o fechamento progressivo descontando o montante da garantia financeira.

11.7 Plano de Execução de Fechamento

Para executar um plano de fechamento progressivo ou final, é necessário um plano de


execução de fechamento final em nível de engenharia detalhada.

O plano de execução do fechamento consiste em definir quais atividades serão definitivamente


executadas para a desmontagem e fechamento do site. Essas atividades devem ser
consistentes com a última atualização do plano de fechamento e devem estar de acordo com
as condições técnicas, econômicas, sociais e ambientais anteriores ao encerramento das
operações.

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Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


Um Relatório As-Built (PNR-000076) é necessário para avaliar os riscos e os trabalhos
relacionados as EARs que, por razoes operacionais, não foram submetidos ao fechamento
progressivo.

O plano de execução de fechamento deve apresentar:

 Objetivos ambientais, socioeconômicos e de uso do solo;


da
Atividades específicas a serem implementadas durante o período de fechamento
para se atingir os objetivos;
 Monitoramento no pós-fechamento, condições de cuidado e manutenção
necessárias para se atingir os objetivos de fechamento;

ola
 Cronograma detalhado de fechamento;
 Custos estimados das atividades de fechamento e dos programas de manutenção
e cuidados pós-fechamento.

12 FECHAMENTO E PÓS-FECHAMENTO
ntr
O fechamento definitivo começa quando a deposição de rejeitos na instalação cessa
permanentemente. A instalação e a infraestrutura associada são desativadas e os principais
co
aspectos do plano de fechamento são implementados, incluindo:

 Transição de operações para fechamento permanente;


 Remoção das principais infraestruturas, como por exemplo tubulações;
o

 Mudanças na gestão ou tratamento da água; e


 Recontorno ou revegetação de rejeitos e de quaisquer estruturas de contenção ou


outros elementos estruturais.
O Pós-fechamento começa quando o trabalho de descomissionamento é concluído:

 Os principais aspectos do plano de fechamento foram implementados;


pia

 A instalação de rejeitos fez a transição para manutenção e vigilância de longo


prazo.
Durante o pós-fechamento, a responsabilidade por uma instalação de rejeitos pode ser
transferida do Proprietário para o controle jurisdicional.

O pós-fechamento começa quando o descomissionamento é concluído:

 Os principais aspectos do plano de fechamento foram implementados;


 A instalação de rejeitos fez a transição para manutenção e vigilância de longo
prazo.
Períodos pós-fechamento de longo prazo e a manutenção e vigilância que os acompanham são
essenciais para que os relevos de rejeitos permaneçam física e quimicamente estáveis. O plano
de fechamento deve facilitar a manutenção e supervisão de longo prazo.

A Vale é responsável por qualquer infraestrutura associada no local após o fechamento, a


menos que ocorra uma transferência explícita de propriedade.

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Rejeitos

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O acesso a todas as instalações normalmente deve permanecer sob o controle da Vale para
permitir que as atividades de inspeção e manutenção necessárias sejam realizadas.

São três as fases principais no fechamento de uma barragem de mineração: Transição,


Fechamento-Cuidado Ativo e Fechamento-Cuidado Passivo.

12.1 Fase de Transição

da
A primeira fase do fechamento é a transição. Esta fase normalmente começa quando a
barragem de mineração atinge sua capacidade e deixa de ser operada, ou quando a mina ou
operação de processamento é encerrada definitivamente. Nesse período, são realizadas
atividades de preparação da barragem de mineração para as fases de Fechamento-Cuidado

ola
Ativo ou Fechamento-Cuidado Passivo.

Durante a Fase de Transição, a barragem de mineração pode ser descomissionada por abertura
de brecha ou remoção. Do ponto de vista ambiental, as barragens que contêm sólidos não-
contaminados são mais fáceis de abrir ou remover do que as barragens que contêm sólidos
contaminados.
ntr
Quando não há opção prática para descomissionar a barragem, ela deve ser projetada e
mantida como uma estrutura de longo prazo e possivelmente permanente.
co
A Fase de Transição pode ser realizada ao mesmo tempo que outras atividades de
descomissionamento no local da mina (por exemplo, demolição, vedação de aberturas de mina,
etc.). O fim da Fase de Transição ocorre quando as atividades mencionadas acima são
concluídas para entrar no Fechamento - Fase de Cuidado Ativo.
o

12.2 Cuidado Ativo e Passivo no Fechamento


Será necessário que o cuidado ativo ou passivo continue durante o fechamento, o que pode
incluir a necessidade de tratamento de água pós-fechamento ou o uso de biomaterial, e a
responsabilidade residual será maior e pode se estender por muitos anos no futuro.
pia

Os princípios das fases de cuidado ativo e passivo são apresentados nas próximas seções.

12.2.1 Gestão de Segurança de Barragem

Além dos Procedimentos Padrões de Revisão e Inspeção de Segurança de Barragens (PNR-


000108 e PNR-000109) e Gestão de Risco para Estruturas Geotécnicas (PNR-000100) os


principais aspectos a serem considerados nesta fase são:

 Há barragens de mineração que não podem ser descomissionadas e devem ser


mantidas como barragens funcionais por muito tempo;
 O esquema de classificação de barragens descrito se aplica a essas fases. No
entanto, o projetista deve considerar medidas para reduzir as consequências do
rompimento da barragem e, portanto, a classificação da barragem, como as
seguintes:
 Melhorar a resistência dos materiais passíveis de liquefação contidos pela
barragem (tentar mudar a estrutura de uma barragem para, efetivamente,
um depósito de resíduos);

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


 Abaixar a altura da área contida pela barragem, remodelando a superfície
e os taludes no perímetro para reduzir as consequências de uma ruptura.
A acomodação do conteúdo deve ser considerada nesse projeto;
 Considerar os efeitos de mudanças na qualidade da água contida pela
barragem e nas propriedades químicas e físicas dos sólidos;
 Considerar possíveis mudanças a longo prazo no ambiente a jusante (ou
seja, desenvolvimento, estabelecimento de ecossistemas) pois podem

da
aumentar as consequências de uma ruptura.
 Devido ao extenso horizonte de tempo do fechamento, é preciso colocar em
prática sistemas para garantir que os princípios associados ao EOR e à gestão de

ola
registros sejam adequadamente tratados.

12.2.2 Operações, Manutenção e Vigilância

Antes de entrar no Fechamento – Fase de Cuidado Ativo, o Manual OMS (PNR-000074) deve


ntr
ser atualizado para refletir as condições nesta fase.

Em suporte às alterações na frequência de inspeção, deve ser realizada uma


avaliação de risco que considere o desempenho das barragens durante as fases
co
de Operação e Transição;
 Antes de entrar no Fechamento - Fase de Cuidado Passivo, o Manual do OMS
deve também ser atualizado. A fim de atualizar o OMS, dependendo da presença
da reduzida equipe no local:
o

 Considerar a possibilidade de inspeções de rotina com frequência mais


baixa;

 Considerar sistemas de observação remota para monitoramento de


instrumentação;
 Inspeções especiais e de engenharia podem ser necessárias após eventos
extremos, e o Manual OMS deve prescrever as condições sob as quais tais
pia

inspeções devem ser feitas.


 Um objetivo central do projeto e das medidas de fechamento implementadas para
o Fechamento - Fase de Cuidado Passivo é o reduzir o esforço associado às
atividades de operação, manutenção e vigilância.

12.2.3 Preparação e Atendimento a Emergências

Esta seção é suportada pelo PNR-000066 - Gestão de Emergências. Além disso, devem ser
considerados os seguintes pontos específicos para fechamento:

 Para sites que requerem gerenciamento e tratamento de água contínuos,


geralmente haverá pessoal presente no local durante o Fechamento - Fase de
Cuidado Ativo. Outros locais podem ter apenas vigilância intermitente durante esta
fase. A capacidade de responder a emergências de forma eficaz durante esta fase
precisa ser avaliada como parte do processo de planejamento do fechamento;
 Para sites que se encontram no Fechamento - Fase de Cuidado Passivo,
normalmente não há empregados no local e não há capacidade de responder em
curto espaço de tempo a emergências ou a problemas com as barragens. O

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Manual de Preparação e Atendimento a Emergências para o Fechamento - Fase
de Cuidado Passivo deve ainda desenvolver uma abordagem para lidar com
possíveis emergências relacionadas a questões de estabilidade das barragens;
 Tanto o EPRP quanto o ERP (PAE) devem ser testados e atualizados em todas
as fases do ciclo de vida da instalação de rejeitos. O Plano de Fechamento deve
indicar a frequência das atualizações do EPRP e ERP conforme estabelecido, ou
mais frequentes se desencadeadas por mudanças significativas na instalação de

da
rejeitos ou no contexto social, ambiental e econômico local. É preciso envolver-se
de modo significativo com os empregados e contratados para informar as
respostas de emergência e desenvolver medidas de preparação para
emergências com foco na comunidade, juntamente com as pessoas afetadas pelo

ola
projeto;
 Envolver-se com agências do setor público, socorristas, autoridades e instituições
locais, e tomar medidas razoáveis para avaliar a capacidade dos serviços de
atendimento de emergência em lidar com os perigos identificados no EPRP da

ntr
instalação de rejeitos; identificar lacunas nessa capacidade e usar essas
informações em suporte ao desenvolvimento de um plano colaborativo para
melhorar a preparação.

12.2.4 Análises de Segurança de Barragens


co
As revisões de Segurança de Barragem serão realizadas de acordo com os Procedimentos
Padrões de Revisão de Segurança de Barragens (PNR-000108). Os seguintes pontos são
considerações específicas para fechamento:
o

 Operadores do site realizarão Análise de Segurança de Barragens em intervalos


regulares para garantir que:

 alterações na barragem e no ambiente circundante sejam consideradas;


 seus efeitos sobre a segurança da barragem sejam determinados; e
 as consequências potenciais de uma ruptura sejam reavaliadas.
pia

 A Análise da Segurança de Barragens deve identificar qualquer necessidade de


atualizações do Manual OMS como resultado de quaisquer mudanças no
ambiente, seja no local ou dentro de perímetros de preocupação com o local ou
comunidades afetadas pelo projeto;

 A classificação da barragem e o perfil de risco da barragem (incluindo os riscos


adicionais que não são capturados no PNR-000073 Classificação de
Consequências) devem ser revisados como parte do processo de Análise de
Segurança de Barragens, de modo a refletir as mudanças no ambiente e no uso
do solo a jusante;
 Se forem necessárias modificações no projeto como resultado da Análise de
Segurança de Barragem, modificações no projeto EAR são necessárias, a
barragem retornaria ao status de Fase de Transição;
 A frequência de futuras Análises de Segurança de Barragens deve ser
desenvolvida como parte do Manual OMS que é preparado antes de se entrar nas
Fases de Fechamento-Ativo ou Fechamento-Passivo;

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
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PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


 A frequência da Análise de Segurança de Barragens deve então ser revisada
seguindo cada Revisão de Segurança de Barragens com a frequência de
inspeções específicas de barragens para ser apropriado para as condições
associadas;
 Métodos de avaliação de risco podem ser usados para auxiliar nas Análises de
Segurança de Barragens e indicar a frequência de futuras inspeções de
segurança na barragem (DSIs) e futuras Análises de Segurança de Barragens.

da
12.2.5 Análise e Avaliação

 Para o Fechamento - Fase de Cuidado Ativo, o intervalo de projeto pode durar

ola
décadas ou mesmo centenas de anos, havendo a capacidade de responder
efetivamente aos sinais de alerta e emergências se houver monitoramento regular
e DSIs;
 Para o Fechamento - Fase de Cuidado Passivo, o intervalo de projeto pode se


ntr
estender por centenas de anos e pode não haver monitoramento regular ou
oportunidade para responder efetivamente aos sinais de alerta e emergências;
O intervalo de projeto estendido deve ser considerado ao se elaborar os critérios
para segurança de barragens;
co
 Os critérios de projeto para o Fechamento - Fase Passiva podem precisar ser mais
rigorosos para levar em conta o intervalo de projeto mais longo, o limitado
monitoramento e a limitada oportunidade de responder a sinais de alerta e
emergências:
o

 Os critérios de projeto para eventos sísmicos e de cheias podem ser


tornados mais rigorosos, dependendo da avaliação de risco (Classificação

da Barragem) e dos intervalos de projeto;


 Os critérios de projeto devem ser proporcionais à gama de consequências
potenciais da barragem em questão;
 Uma avaliação de risco geralmente é necessária para justificar a seleção
pia

dos critérios de projeto;


 Os critérios de projeto seguirão o PNR para análise Geotécnica em todas
as fases de projeto, incluindo o fechamento. Exceções especiais para
fechamento serão detalhadas onde existirem.

Os critérios de projeto de inundação / cheias para condições de operação e fechamento são


apresentados na PNR-000111. A Tabela 4 apresenta abaixo os critérios de projeto com base
no ICMM (2020). Os requisitos locais com base nas diretrizes brasileiras e canadenses podem
ser encontrados na PNR-000111.

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


Tabela 4 – Critérios de Projeto Hidráulico de acordo com a classificação pelas consequências

Critérios de Cheias -
Critérios de Cheias -
Probabilidade de
Probabilidade de Excedência
Excedência Anual
Classificação da Barragem Anual (operação e
(fechamento – fases de
fechamento – fases de
cuidados ativos)
cuidados ativos)
Baixo 1/200 1/10.000 1

da
Significativo 1/1.000 1/10.000 1
Alto 1/2.475 1/10.000 1
Muito alto 1/5.000 1/10.000 1
1
Extremo 1/10.000 1/10.000 1

ola
Siglas: PMF - Probable Maximum Flood (Cheia Máxima Provável); AEP - Annual Exceedance
Probability (Probabilidade de Excedência Anual)

Notas:
1) O PMF é requisito aceitável para a atribuição de cheia a se atender (ou exceder), para
estruturas com classificação de consequência extrema e/ou estruturas nas fases de pós-

ntr
fechamento (ou fechamento passivo – cuidado passivo)

Os critérios de projetos sísmicos variam dependendo da jurisdição. A Tabela 5 apresenta os


co
critérios de projeto com base no ICMM (2020). As diretrizes locais e os requisitos regulatórios
devem ser verificados e respeitados.

Tabela 5 – Critérios de projeto de carregamento sísmico de acordo com a classificação pelas


o

consequências

Critérios de Sismos -

Critérios de Sismos -
Probabilidade de Excedência Probabilidade de
Classificação da Barragem Anual (operação e Excedência Anual
fechamento – fases de (fechamento – fases de
cuidados ativos) cuidados ativos)
Baixo 1/200 1/10.000 1
pia

Significativo 1/1.000 1/10.000 1


Alto 1/2.475 1/10.000 1
Muito alto 1/5.000 1/10.000 1
1
Extremo 1/10.000 1/10.000 1
AEP - Annual Exceedance Probability (Probabilidade de Excedência Anual)

Nota:

1) A seleção da movimentação do terreno para a área do projeto deve considerar a


configuração sísmica e a confiabilidade e aplicabilidade dos métodos probabilísticos e
determinísticos para avaliações de riscos sísmicos. O Terremoto máximo credível (MCE,
Maximum Credible Earthquake) faz parte de uma abordagem determinística que pode
governar em algumas áreas. O método que produz o movimento do terreno mais adequado
para a segurança das estruturas deve ser usado para o projeto.

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


O projetista (EdR) e o proprietário podem elevar esses níveis-alvo ao definir os critérios, se
desejarem reduzir ainda mais o risco. O projetista também pode abaixá-los se tiver feito uma
avaliação de risco abrangente para apoiar tal decisão, e se o regulador concordar com tal
avaliação.

Os critérios de projetos para Risco de Cheia e Ameaça Sísmica também podem ser aplicáveis
para barragens que devam permanecer na Fase de Fechamento – Cuidado Ativo por um
período prolongado (muitas décadas ou séculos), se o proprietário estiver conduzindo vigilância

da
infrequente ou não tiver recursos suficientes para responder a sinais de alerta ou emergências.

Os requerimentos mínimos de fatores de segurança para instabilidade são detalhados na


Tabela 6.

ola
Tabela 6 – Fatores de segurança mínimos exigidos (referência PNR-000114 – Análise
Geotécnica)

Condição de carregamento

”Drenado” a longo prazo


”Não drenado” a curto prazo
1.5
ntr
Mínimo recomendado para
barragens de rejeitos
Resistência ao cisalhamento a ser
usada para avaliação

Resistência Efetiva
Resistência não drenada
1.5
co
(potencial perda de contenção) consolidada##
”Não drenado” a curto prazo Resistência não drenada
1.3
(potencial perda de contenção) consolidada##
Resistência ao cisalhamento pós
Pós-sísmico 1.0-1.2 #
sísmico ###
# Está relacionado à confiança na seleção da resistência ao cisalhamento residual. 1.0 pode ser adequado
o

para uso com resultados/limites mais baixos.


## A análise de tensão efetiva acoplada pode ser mais representativa do caso de carregamento de curto prazo

'não drenado' ou 'parcialmente drenado'


### Resistência ao cisalhamento não drenada / drenada ciclicamente e/ou a resistência ao cisalhamento
residual liquefeita para materiais com potencial de liquefação.

 Recomenda-se que as barragens de rejeitos construídas a montante não sejam


pia

construídas em áreas de alta atividade sísmica;


 Itens como erosão de taludes de jusante e montante; dimensionamento do
vertedouro não apenas para passar a inundação de entrada mais severa para a
qual uma barragem e suas instalações associadas foram projetadas., mas para

lidar com bloqueio devido à queda de árvores, gelo e atividade de castores;


acesso, etc. precisam ser considerados com relação à Fase de Fechamento -
Cuidado Passivo;
 Para o fechamento, é comum supor que valas que desviam água doce de um
reservatório para reduzir a necessidade de tratamento não estejam funcionando
durante a inundação de entrada mais severa para a qual uma barragem e suas
instalações associadas foram projetadas;
 A proteção contra erosão nos taludes laterais das barragens é uma consideração
importante para o fechamento, especialmente para a Fase de Cuidado Passivo,
considerando-se o escoamento;
 Geossintéticos são frequentemente considerados como elementos de projeto para
barragens no fechamento, e o uso desses materiais precisa ser cuidadosamente

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


avaliado para barragens que estejam sendo consideradas para a Fase de Cuidado
Passivo. O fechamento geralmente considera que geossintéticos inacessíveis se
tornarão ineficazes depois de 20-30 anos, enquanto os geossintéticos acessíveis
exigirão cuidado ativo;
 Fatores adicionais devem ser considerados ao se elaborar critérios de projeto
específicos ao local para a Fase de Cuidado Passivo, tais como os seguintes:
 Limitações inerentes associadas à estimativa de mudanças em longos

da
períodos de tempo, feita com base em dados de 20 a 50 anos;
 Efeito das mudanças climáticas em eventos extremos;
 Efeito das mudanças nas condições das instalações (ou seja, vandalismo,

ola
redução da manutenção, riscos naturais como incêndio e seca);
 Efeito de potenciais mudanças na propriedade da instalação ou pessoal e
no grau de vigilância / inspeção da estrutura;
 Efeito de alterações no lençol freático e na química da água do fluido ou

barragem e da fundação; ntr


materiais retidos, que podem alterar as condições de percolação dentro da

 Potencial para futuros assentamentos e desenvolvimentos de terras na


co
área;
 Alterações nos filtros ao longo do tempo, reduzindo sua eficácia a longo
prazo. Em algumas jurisdições, os projetos devem demonstrar que a
barragem / pilha ficará estável mesmo com o filtro totalmente obstruído,
independentemente do mecanismo de obstrução;
o

 Intemperismo de materiais naturais, como enrocamento e materiais de


transição usados como vertedouro de fluxo livre, etc.


 Os critérios de projeto para o Fechamento - Fase de Cuidado Passivo podem ser
os critérios primários adotados para o projeto durante a Operação, Transição ou
Fechamento - Fase de Cuidado Ativo;
pia

 Estudos podem ser feitos para determinar qual fase é a ideal para implementação
dos projetos necessários para atender o Fechamento - Fase de Cuidado Passivo.

12.3 Monitoramento, Inspeção e Manutenção


O plano de monitoramento, inspeção e manutenção pós-fechamento deve fazer parte do Plano


de Fechamento da Mina. O objetivo deste plano é verificar, durante o período de fechamento e
pós-fechamento, se a estabilidade física, geoquímica e biológica associada ao fechamento da
EAR (in situ) foi alcançada. Monitoramento e manutenção deverão ser levados a frente com o
PNR-000097 Monitoramento e Avaliação de Desempenho para EARs.

Projetar, implementar e operar um sistema de monitoramento de engenharia abrangente e


integrado, que seja apropriado para verificar premissas de projeto e para monitorar potenciais
modos de falha.

Sistemas de monitoramento serão utilizados como indicadores de detecção para alertar


autoridades dos impactos e populações em risco.

12.4 Inspeções de Segurança de Barragem

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Plano de Fechamento para Estruturas de Armazenamento de
Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


A classificação da barragem e o perfil de risco da barragem (incluindo os riscos adicionais não
capturados no esquema de classificação) devem ser revisados como parte do processo de
Análise de Segurança de Barragem (PNR-000108), para refletir as mudanças no ambiente e no
uso da terra a jusante. Se modificações no projeto forem necessárias como resultado da Análise
de Segurança de Barragem, então a barragem retornará à Fase de Transição.

A frequência das futuras Análises de Segurança de Barragem deve ser desenvolvida como
parte do Manual OMS.

da
Métodos de avaliação de risco podem ser usados para auxiliar nas Análises de Segurança de
Barragens e determinar a frequência de futuras inspeções de segurança de barragens (DSIs) e
Revisões de Segurança de Barragem.

ola
13 ESTIMATIVAS DE CUSTO DE FECHAMENTO
Para atender as exigências regulatórias, a Vale deve reportar com acurácia adequada seus
passivos financeiros aos acionistas, instituições de crédito e governos. Uma etapa de controle

fechamento. ntr
fundamental e vital neste processo é padronizar o processo de estimativa de custos para o

As estimativas de custo devem apresentar detalhes em termos de análise de custo unitário para
co
itens significativos, por exemplo, cobertura, corte / aterro, gestão de água / canais de tratamento
de água, reforço de aterro, etc.

Se permitido pela legislação, as estimativas de custos de fechamento devem levar em


consideração os possíveis custos de recuperação, reutilização, reciclagem ou revenda de
o

materiais. Algumas atividades, por exemplo demolição ou desmontagem, podem ser estimadas
em termos do volume de concreto e do peso dos componentes metálicos.

As estimativas de custo devem incluir os custos contínuos relacionados à atividade identificada


como necessária para se alcançar e manter a estabilidade física, geoquímica e hidrológica do
site a longo prazo.
pia

A estimativa de custos de fechamento demonstra com acurácia a capacidade dos sistemas e


controles da Vale de garantir que as responsabilidades de fechamento sejam devidamente
definidas, quantificadas e relatadas. É necessário que seja realizada uma auditoria anual de
sistemas e controles, verificando o progresso ao longo do ciclo de vida da mina para o
fechamento, cujos resultados devem ser apresentados e analisados pelo Comitê Executivo de

Risco da VALE.

Os custos sociais para o fechamento da TSF devem ser incluídos nas estimativas de custo
social para a operação da mina como um todo, e não isoladamente

A Vale poderá usar três tipos diferentes de estimativas de custos de acordo com a necessidade
pertinente. Cada uma dessas três abordagens tem um propósito diferente, e podem ser usadas
em combinação ou isoladamente para fornecer objetivos diferentes:

 Estimativa de custo de garantia financeira (FACE);


 Life of Mine (LoM);
 Obrigação de Retirada de Ativos (ARO).

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13.1 Estimativa de Garantia Financeira (FACE)

 A frequência dos relatórios será determinada pela jurisdição que solicita a FACE;
 As estimativas de custo FACE tentam definir o trabalho complexo que o governo
local herdaria para concluir o fechamento de acordo com o plano, caso a empresa
abandonasse ou parasse de fazer o trabalho de fechamento. Nesse sentido, tenta
estimar quanta garantia financeira a autoridade local exigiu para conceder a

da
licença;
 Essas estimativas vêm crescendo em sofisticação e na amplitude de fatores que
estão sendo estudados;

ola
 Limitações:
 Útil apenas para estimativa de garantia financeira;
 Todas as estimativas de custo devem presumir que a Vale nunca
abandonará uma EAR e que apoiará o fechamento de toda a EAR até a

ntr
devolução. Sempre que possível e vantajoso para a comunidade, serão
oferecidas oportunidades de treinamento e emprego para auxiliar a Vale no
plano de fechamento e durante o período de transição social subsequente;
 Este método é baseado no pressuposto de que o governo anfitrião tem a
co
capacidade de cumprir o plano de fechamento prometido. Nesse sentido, o
plano de fechamento é apenas tão forte quanto os recursos com que conta
e, independentemente dos contratos, a Vale manterá seu dever de cuidar
(duty of care), de modo coerente com seus valores e papel social diante
das comunidades afetadas por seus projetos ao redor do mundo,
o

assegurando que o plano seja suportado até a devolução. Isso pode incluir
a contratação, pelo governo, de um empreiteiro externo para realizar o

trabalho de fechamento.

13.2 LoM

 Frequência de relatórios. Embora exista um LoM mestre, o planejamento e as


pia

atividades atuais da mina fornecerão a referência apropriada a partir da qual se


poderá reconciliar o plano de fechamento a intervalos periódicos. As atualizações
desses planos estarão alinhadas com os requisitos detalhados pelas PNRs para
Gestão de Mudanças e Gerenciamento de Rotina;

 As estimativas de custo do LoM assumem o custo total para a Vale concluir a obra
de acordo com o plano de fechamento;
 Isso é útil para ajudar a Vale a planejar, orçar e rastrear custos para
gerenciamento do fechamento;
 As estimativas de LoM permitem que a Vale agende e incorpore os custos de
fechamento por meio da integração efetiva do plano de fechamento do site nas
operações;
 Limitações:
 Exclui as estimativas de eventos dispendiosos, como resíduos perigosos
ou a remoção de prédios e/ou equipamentos especializados;

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Rejeitos

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 A maior economia de custos geralmente é obtida com a implementação da
estimativa de custos de fechamento no estágio conceitual;
 A vantagem limitada de qualquer ativo pode ser perdida através da
desvantagem ilimitada de não se gerenciar os custos de fechamento ao
longo do ciclo de vida da mina;
 Quanto mais tarde os controles de estimativa de custo de fechamento
forem aplicados a uma TSF no ciclo de vida da mina, menos opções

da
permanecerão disponíveis para uma solução econômica e sustentável;
 A venda de produção residual e equipamento recuperado representa uma
porcentagem muito pequena dos passivos financeiros resultantes de um

ola
fechamento não controlado.

13.3 ARO

 Os requisitos de ARO envolvem relatórios anuais detalhados de todos os passivos


para relatórios de mercado; ntr
registrados com qualquer ativo específico. Eles são obrigatórios e necessários

Vale como líder de organização corporativa sobre requisitos de relatórios ARO;



co
Os requisitos de ARO são fornecidos em detalhes completos em PGS-003550 -
Provisão para Descomissionamento de Ativos.

14 DEVOLUÇÃO
o

Cada país terá seus próprios critérios para concordar com a renúncia de um site. Em geral, a
renúncia refere-se a:

 Renúncia da EAR com gestão de terceiros;


 Condições e modalidades para proceder com o abandono e transferência do
local de mineração para entidades estaduais ou privadas para sua gestão;

pia

Renúncia aos direitos de mineração:


 Alinhado com as leis estaduais locais e condições com aspectos
ambientais;
 Alinhado com as leis e condições federais e nacionais com aspectos de

mineração.
 Renúncia aos direitos de propriedade:
 Alinhado com legislação local relevante.
Para o pós-fechamento, o manual do OMS deve considerar os requisitos do OMS associados
a uma possível devolução da instalação de rejeitos à responsabilidade do governo. Em caso de
abandono, o manual do OMS e outros registros seriam entregues às autoridades
governamentais responsáveis para garantir que os riscos sejam gerenciados de forma
adequada durante essa transição e para fornecer as informações necessárias a uma gestão de
risco apropriada após o abandono.

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Rejeitos

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15 MATRIZ DE RESPONSABILIDADES
A responsabilidade pela gestão de rejeitos é atribuída a um Diretor Executivo Responsável, que
deve garantir uma estrutura de gestão e recursos adequados estão disponíveis para prover
garantia à empresa de que os rejeitos são gerenciados com responsabilidade. A matriz de
responsabilidade com a gestão de rejeitos está detalhada nos papéis da Vale e nos documentos
de governança de responsabilidades.

da
Consulte outros documentos de governança e PGSs listados na Tabela 7.

Tabela 7 – Documentos de Referência para Matriz de Responsabilidade

ola
Número Título

PGS-004397 Papéis e Responsabilidades TDMS Ferrosos

PGS-004524 Roles and Responsibilities TDMS BMNA

PGS-004525

PGS-004526

PGS-004527
ntr Papéis e Responsabilidades TDMS BMSA

Roles and Responsibilities TDMS PTVI

Papéis e Responsabilidades TDMS Carvão


co
PGS-004528 Papéis e Responsabilidades TDMS Energia Canadá

16 CICLO DE VIDA
o

É um desafio a realização de uma gestão responsável das instalações de rejeitos em todas as


fases do seu ciclo de vida. A progressão do ciclo de vida de uma instalação de rejeitos
geralmente não é linear. A natureza dinâmica do ciclo de vida das instalações de rejeitos
significa que é essencial contar com uma abordagem de gestão sistemática e baseada em risco,
com atividades de OMS planejadas e implementadas para atender às necessidades específicas
de gestão de risco de cada fase do ciclo de vida. Essa abordagem pode ser representada na
pia

Figura 3 abaixo.

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Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021

da
ola
ntr
Figura 3 – Ciclo de Vida
co
17 REVISÃO DE QUALIDADE E ATUALIZAÇÕES
A revisão e as atualizações de qualidade serão realizadas de acordo com os PNRs de Garantia
o

de Qualidade de Construção e Controle de Qualidade (PNR-000075).

17.1 Revisões e Atualizações


Este documento será revisado anualmente com base nas conclusões de uma Revisão Anual
da Gestão de Rejeitos. Esta Revisão Anual, com vencimento em janeiro, é fornecida ao Diretor
Executivo Responsável para demonstrar a governança corporativa sobre a gestão de rejeitos.
Além disso, as conclusões deste relatório são para validar se as estruturas de gestão de rejeitos
pia

existentes são eficazes e adequadas para o propósito.

A publicação e atualização deve ser regular com informações sobre os compromissos com a
gestão segura das EARs, a implementação de sua estrutura de governança de rejeitos, suas
políticas, padrões ou abordagens de projeto, construção, monitoramento e fechamento de

EARs.

18 REFERENCIAS
 A Guide to the Management of Tailings Facilities, Third Version (Guia de Gestão
de Instalações de Rejeitos, Terceira Versão). Mining Association of Canada.
Outubro de 2017.
 A Guide to the Management of Tailings Facilities, Version 3.1. (Guia de Gestão de
Instalações de Rejeitos, Versão 3.1.) Mining Association of Canada. Fevereiro de
2019.

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Rejeitos

PNR-000102, Rev.00 - 29/04/2021


 Application of Dam Safety Guidelines to Mining Dams (Aplicação das Diretrizes de
Segurança de Barragens para Barragens de Mineração). Canadian Dam
Association. 2014.
Os seguintes documentos foram analisados e usados como fonte de informação para o
presente documento. Esses documentos podem ser consultados para mais informações:

 Developing an Operation, Maintenance, and Surveillance Manual for Tailings and

da
Water Management Facilities, Second edition (Desenvolvimento de um Manual de
Operação, Manutenção e Vigilância para Instalações de Gerenciamento de
Rejeitos e Água, Segunda edição). Mining Association of Canada. Fevereiro de
2019.

ola
 Global Industry Standard On Tailings Management. (Norma Global para
Gerenciamento de Rejeitos). Co-convocado pelo ICMM (International Council on
Mining and Metals), UNEP (United Nations Environment Programme) e PRI
(Principles for Responsible Investment). Agosto de 2020.

ntr
Integrated Mine Closure - Good Practice Guide, 2nd Edition (Guia de Boas
Práticas para Fechamento Integrado de Mina, 2ª edição). International Council on
Mining and Metals. Fevereiro de 2019.
 Key Performance Indicators Tool for closure (Ferramenta de Indicadores-chave de
co
Desempenho para fechamento). International Council on Mining and Metals. 2020.
 Reference Document on Best Available Techniques for Management of Tailings
and Waste-Rock in Mining Activities (Documento de Referência sobre as Melhores
Técnicas Disponíveis para Gerenciamento de Rejeitos e Estéril nas Atividades de
o

Mineração). European Commission. Janeiro de 2009.



Tailings Management Protocol, Towards Sustainable Mining (Protocolo de Gestão


de Rejeitos, Rumo à Mineração Sustentável). Mining Association of Canada.
Fevereiro de 2019.
 Tailings Storage Facilities in Western Australia – Code of Practice: (Instalações de
armazenamento de rejeitos na Austrália Ocidental - código de prática:) Resources
pia

Safety and Environment Divisions, Department of Mines and Petroleum, Western


Australia, 2013.

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