Trabalho de Fis
Trabalho de Fis
Trabalho de Fis
Evanilson Issufo
Francisco Serra
Jantar Dabulene
Marlon André
Nelva Trindade
Suabur Alberto
Gravitação Universal
Nampula
2024
Afwan Abacar
Evanilson Issufo
Francisco Serra
Jantar Dabulene
Marlon André
Nelva Trindade
Suabur Alberto
Gravitação Universal
Índice
Capítulo I: Introdução.......................................................................................................................4
Capitulo II: Lei da Gravitação Universal.........................................................................................6
2.1. Lei da gravitação Universal de Newton.................................................................................6
A gravitação universal é um dos pilares fundamentais da física clássica, descrita pela primeira
vez por Isaac Newton no século XVII. A teoria de Newton revolucionou a compreensão da
interação entre os corpos celestes, oferecendo uma explicação matemática para o movimento dos
planetas, luas e outros objetos no espaço. Segundo a Lei da Gravitação Universal, todos os corpos
com massa se atraem mutuamente com uma força que é proporcional ao produto de suas massas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa. A partir dessa lei, Newton foi
capaz de explicar as órbitas elípticas dos planetas, conforme descritas pelas leis de Kepler, e
prever o comportamento de objetos sob a influência de campos gravitacionais. A gravitação
universal não apenas explicou fenômenos astronômicos que eram observados por séculos, mas
também abriu caminho para avanços tecnológicos significativos, como o lançamento de satélites
e a exploração espacial.
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
A metodologia do estudo iniciou-se com uma pesquisa teórica sobre o tema, utilizando
critérios de pesquisa básica. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica para embasar o trabalho,
com abordagem qualitativa. Os objetivos foram exploratórios e descritivos, e a pesquisa foi
aplicada. Quanto à abordagem, foi adotada uma perspectiva qualitativa e quantitativa, formando
uma pesquisa mista. As diretrizes de formatação da APA na sua 3ª edição foram seguidas. Essa
metodologia permitiu uma análise abrangente e aprofundada do tema.
Capitulo II: Lei da Gravitação Universal
m1 m2
F g=G 2
r
−11 2 2
G=6,674 ×10 N × m /k g
Figura 1: A força gravitacional entre duas partículas é atrativa. O
vetor unitário r^ 12é dirigido da partícula 1 para a 2
A lei da força dada pela acima apresentada, é chamada muitas vezes lei do inverso do quadrado,
porque o módulo da força varia com o inverso do quadrado da separação das partículas. Podemos
expressar essa força atrativa na forma vetorial, definindo um vetor unitário r^ 12direcionado de m1
para m2, como mostrado na Figura 1. A força exercida por m1 em m2 é:
m1 m 2
⃗
F 21=−G r^ 12
2
r
em que o sinal negativo indica que a partícula 2 é atraída para a 1. Da mesma forma, com a
Terceira Lei de Newton, a força exercida por m2 sobre m1, designada, ⃗
F 21, é igual em módulo a
⃗
F 12 e na direcção oposta. Ou seja, essas forças formam um par acção-reação, ⃗
F 21=−⃗
F 12.
Exemplo:
Como calcular a força exercida pela Terra (considerada como sendo uma esfera homogênea de
raio R e massa M) sobre uma partícula de massa m localizada a uma distância r de seu centro?
Para responder esta pergunta vamos apelar para o Teorema das Cascas: Uma casca esférica
homogênea de matéria atrai uma partícula que se encontra fora da casca como se toda a massa da
casca estivesse concentrada no centro. Para uma casca homogênea de massa M temos:
mM
F=G 2
r
Considerando uma esfera homogênea como uma superposição de cascas esféricas homogêneas:
mM
F=G 2
r
GmM F GM
Para uma partícula próxima à superfície da Terra temos: F= → ag = = 2
R
2
m R
−11 24
6 , 67 ×10 ∙5 , 98 ×10
a g=
¿¿
Usando a massa e o raio da Terra:
n
Gm1 mi
⃗
F 1, res =⃗
F12 + ⃗
F13 + ⃗ F1 n= ∑ ⃗
F 1i + …+ ⃗ F 1 i , F1 i=
i=2 r 21i
Exemplo: Força que uma haste homogênea de comprimento L e massa m exerce em uma
partícula de massa m1
dm m m
Densidade linear de massa (haste homogênea): λ= = → dm= dx
dx L L
G m1 dm Gm1 m dx
d F1= 2
=
x L x2
[ ] [ ]
d+L d+L
G m1 m dx G m1 m −1 −G m 1 m 1 1 G m1 m
F 1=∫ d F 1= ∫ = = − =
d L x
2
L x d L d + L d d (d + L)
Fig.2:Esfera
mdM 2 senθdθ
dF=G 2
cos α =2 πGtρm r 2
cosα
x x
R−r cosθ
A relação entre x, α e θ é: cos α=
x
2
x =¿
x
Diferenciando x2 temos: 2 xdx=2 rRsenθdθ → sen θ dθ= dx
rR
Em caso de uma partícula que se encontra dentro da casca, a força resultante sobre ela é nula:
Fig.3 Esfera
Em suma, como Newton demonstrou, a força gravitacional exercida por uma distribuição de
massa de tamanho definido e esfericamente simétrica sobre uma partícula fora da distribuição é a
mesma como se toda a massa da distribuição fosse concentrada no centro. Por exemplo, a força
sobre uma partícula de massa m na superfície da Terra tem módulo:
MT m
F g=G 2
RT
Em que M T é a massa da Terra e RT é seu raio. Essa força é direcionada para o centro da Terra.
O aparelho que ele utilizou é composto de duas pequenas esferas, cada uma de massa m, fixas às
extremidades de uma haste horizontal leve suspensa por um fio fino, como na Figura 1. Duas
esferas grandes, cada uma de massa M, em seguida são colocadas perto das esferas menores. A
força atrativa entre as esferas maiores e menores faz a haste girar e torcer o fio. Se o sistema é
orientado como mostrado na Figura 1, a haste gira no sentido horário quando vista de cima. O
ângulo em que ela gira é medido pela deflexão de um feixe de luz que é refletido de um espelho
ligado ao fio. A experiência é repetida cuidadosamente com massas diferentes em várias
separações.
É interessante que G seja a menos conhecida das constantes fundamentais, com uma incerteza
percentual milhares de vezes maior que os de outras constantes, como a massa me do elétron e a
carga elétrica fundamental e. Várias medições recentes de G variam significativamente dos
valores anteriores e uma da outra. A busca por um valor mais preciso de G continua sendo uma
área de pesquisa ativa. Um experimento de 2006 mediu alterações dos pesos medidos em um
corpo fixo enquanto um segundo corpo era aproximado, resultando em um valor de G de
−11 3 2
6,674 × 10 m /kg ∙ s , com incerteza de = ± 0,001 a 5 %. Um experimento de 2007 mediu G
usando um gradiômetro de gravidade baseado em interferometria atômica. O resultado desse
experimento foi 6,693 ×10−11 m3 /kg ∙ s 2, com uma incerteza de ¿ ± 0 , 3 %. O resultado de 2006 está
praticamente dentro do intervalo de incerteza relativamente grande do resultado de 2007.
Fig.4. Diagrama esquemático do aparelho Cavendish. Quando
as esferas pequenas de massa m são atraídas pelas esferas grandes de massa M, a haste gira um
pequeno ângulo. Um feixe de luz refletido por um espelho fixo no aparelho que gira mede o
ângulo de rotação. (Na realidade, o comprimento do fio acima do espelho é muito maior que
abaixo dele.)
⃗
Fg
⃗g=
m
GmM ⃗
F GM
⃗
F = 2 r^ → ⃗g = = 2 r^
r m r
2.5.1. Gravitação próximo à superfície da Terra
Vamos considerar duas hipóteses:
Exemplo, vimos que, para uma “maçã" a uma distância r do centro da Terra.
GmM F GM 2
F= → ag = = 2 → a g ( r=R ) =9 , 83 m/s
r
2
m r
−11 2 2
G=6 ,67 × 10 N m /k g
6
R=6 , 37× 1 0 m
24
M =5 , 98 ×10 kg
dF d a g dr
F=m a g , dF=md a g → = =−2 ag
F ag r
No entanto:
Vamos apelar para a outra parte do teorema das cascas: Uma casca homogênea de matéria não
exerce força resultante sobre uma partícula colocada no seu interior.
Figura: Força interna e lei de hooke.
ρ=
−GmM ´ −GmMr
r
2
=
R
3
=−
(
GmM
R
3 )
r=−Kr
Mm
ma=G 2
r^
r
Podemos simplificar esta equação cancelando a massa m do objeto de ambos os lados (assumindo
m≠o¿:
M
a=G 2
r^
r
Essa equação mostra que a aceleração (a) de um corpo devido à gravidade, depende apenas da
massa M do corpo que gera o campo gravitacional e da distância r entre os dois corpos.
O tipo da atmosfera de um planeta depende da velocidade (média) térmica das moléculas dos
gases em comparação à velocidade de escape para o planeta. Moléculas de oxigênio e nitrogênio
são encontradas na atmosfera da Terra, uma vez que elas possuem velocidade média menor do
que a velocidade de escape, ao contrário de hidrogênio e hélio. A velocidade de escape da Lua é
pequena e, desta forma, não há atmosfera.
4.2. Movimento de Planetas e Satélites
Analisamos até agora a mecânica orbital do ponto de vista das forças e do momento angular.
Investigaremos agora o movimento dos planetas em órbita do ponto de vista da energia.
Considere um corpo de massa m movendo-se a uma velocidade v nas proximidades de um corpo
maciço de massa M >> m. Esse sistema de dois corpos pode ser um planeta em movimento ao
redor do Sol, um satélite em órbita da Terra ou um cometa fazendo um único sobrevôo ao redor
do Sol. Vamos modelar os dois corpos de massa m e M como um sistema isolado. Se assumirmos
que M está em repouso em um referencial inercial (porque M >> m), a energia total E do sistema
de dois corpos é a soma da energia cinética do corpo de massa m e a energia potencial
gravitacional do sistema:
A Equação mostra que E pode ser positivo, negativo ou zero, dependendo do valor de v em uma
determinada distância de separação r. Se considerarmos o método do diagrama de energia,
podemos mostrar as energias potencial e total do sistema como uma função de r, como na Figura .
Um planeta movendo-se em torno do Sol e um satélite em órbita em torno da Terra são os
sistemas ligados, a Terra vai ficar sempre perto do Sol e o satélite perto da Terra. Esses sistemas
são representados por uma energia total E, que é negativa. O ponto no qual a linha de energia
total intercepta a curva de energia potencial é um ponto de retorno, a máxima distância de
separação r máx entre os dois corpos vinculados. O sobrevôo único de um meteoróide representa
um sistema ligado.
Fig. 6: A linha inferior de energia total representa um sistema
ligado. A distância de separação r entre os dois corpos gravitacionalmente ligados nunca excede r
máx. A linha superior de energia total representa um sistema não ligado de dois corpos
interagindo gravitacionalmente. A distância de separação r entre os dois corpos pode ter qualquer
valor
O meteoróide interage com o Sol, mas não está vinculado a ele. Portanto, o meteoróide pode, em
teoria, mover-se infinitamente distante do Sol, como representado na Figura 11.9, por uma linha
de energia total na região positiva do gráfico. Essa linha nunca cruza a curva de energia
potencial, por isso todos os valores de r são possíveis. Para um sistema vinculado, como a Terra e
Podemos facilmente estabelecer que E < 0 para o sistema composto por um corpo de massa m
movendo-se em uma órbita circular em torno de um corpo de massa Mm.
5.1.Leis de Kepler
O astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601) fez medições astronômicas precisas durante
um período de 20 anos e forneceu a base para o modelo estrutural do Sistema Solar atualmente
aceito. Essas observações precisas, feitas sobre os planetas e 777 estrelas, foram realizadas com
nada mais elaborado que um grande sextante e uma bússola; o telescópio ainda não tinha sido
inventado.
O astrônomo alemão Johannes Kepler, que foi assistente de Brahe, adquiriu dados astronômicos
de seu mentor e passou aproximadamente 16 anos tentando deduzir um modelo matemático para
os movimentos dos planetas. Após muitos cálculos trabalhosos, descobriu que os dados precisos
de Brahe sobre a revolução de Marte ao redor do Sol forneciam a resposta. A análise de Kepler
mostrou, primeiro, que tinha de ser abandonado o conceito de órbitas circulares ao redor do Sol
no modelo heliocêntrico. Ele descobriu que a órbita de Marte podia ser descrita precisamente por
uma curva chamada elipse. Generalizou então essa análise para incluir os movimentos de todos
os planetas. A análise completa está resumida em três declarações conhecidas como as Leis de
Kepler do movimento planetário, cada uma delas será discutida nas seções seguintes.
Newton demonstrou que essas leis são consequência da força gravitacional que existe entre duas
massas quaisquer. A Lei da Gravitação Universal de Newton, juntamente com suas leis do
movimento, fornecem a base para uma representação matemática completa do movimento dos
planetas e satélites.
Muitos satélites artificiais foram colocados em órbita em torno da Terra. Onde mostra muitos
satélites em órbitas baixas da Terra. Essa região do espaço está se tornando muito congestionada:
em 2009, um satélite comercial Iridium dos EUA colidiu com um satélite russo Kosmos inativo,
destruindo ambos. (A área de destroços mostrada na imagem é a impressão de um artista com
base em dados reais. No entanto, os corpos de detritos são mostrados com um tamanho
exagerado, a fim de torná-los visíveis na escala mostrada.
Esse resultado mostra claramente que a energia total deve ser negativa no caso de órbitas
circulares. Além disso, a Equação mostra que a energia cinética de um corpo numa órbita circular
é igual à metade do módulo da energia potencial do sistema (quando a energia potencial é
escolhida para ser igual a zero na separação infinita). A energia total também é negativa no caso
das órbitas elípticas. A expressão de E para essas órbitas é a mesma que a Equação, com r
substituído pelo semi-eixo maior a:
Combinando essa constatação da conservação de energia com nossa discussão anterior sobre a
conservação do momento angular, vemos que tanto a energia total quanto o momento angular
total de um sistema de dois corpos gravitacionalmente ligados são constantes de movimento.
Fig.8: Kepler
5.1.1. A Primeira Lei de Kepler
A Primeira Lei de Kepler indica que a órbita circular de um corpo em torno de um centro de força
gravitacional é um caso muito especial, e que órbitas elípticas são a situação geral:
A Figura Ativa 11.4 mostra a geometria de uma elipse, que serve como nosso modelo geométrico
para a órbita elíptica de um planeta.2 Elipse é definida matematicamente pela escolha de dois
pontos F1 e F2, cada um dos quais é chamado foco; e então desenha-se uma curva através dos
pontos para a qual a soma das distâncias r1 e r2 de F1 e F2, respectivamente, é uma constante. A
maior distância através do centro entre os pontos da elipse (passando por cada foco) é chabmada
eixo maior, e essa distância é 2a. Na Figura Ativa 11.4, o eixo principal é desenhado ao longo da
direção de x. A distância a é chamada semieixo maior. Da mesma forma, a menor distância
passando pelo centro entre os pontos da elipse é chamada eixo menor, de comprimento 2b, em
que a distância b é o semieixo menor. Qualquer um dos focos da elipse está localizado a uma
distância c do centro da elipse, em que a2 = b2 + c2. Na órbita elíptica de um planeta em torno do
Sol, esse está em um dos focos da elipse. Não há nada no outro foco. A excentricidade de uma
elipse é definida como e º c/a e descreve a forma geral da elipse. Para um círculo, c = 0, a
excentricidade é, portanto, zero. Quanto menor for b em comparação com a menor será a elipse
ao longo da direção y em comparação com sua extensão na direção x (Figura Ativa 11.4).
Quando b diminui, c aumenta, e aumenta a excentricidade e. Portanto, os maiores valores de
excentricidade correspondem a elipses longas e estreitas. O intervalo de valores da excentricidade
de uma elipse é 0 < e < .
As excentricidades de órbitas planetárias variam amplamente no Sistema Solar. A excentricidade
da órbita da Terra é de 0,017, o que a torna quase circular. Por outro lado, a excentricidade da
órbita de Mercúrio é de 0,21, a maior dos oito planetas. A Figura a mostra uma elipse com a
excentricidade da órbita de Mercúrio. Note que é difícil distinguir até mesmo essa órbita de maior
excentricidade de um círculo perfeito, esta é uma das razões que faz da Primeira Lei de Kepler
um feito admirável. A excentricidade da órbita do cometa Halley é de 0,97, descrevendo uma
órbita cujo principal eixo é muito maior que seu eixo menor, como mostrado na Figura 11.5b.
Como resultado, o cometa Halley passa boa parte do seu período de 76 anos longe do Sol e
invisível a partir da Terra. Ele só é visível a olho nu durante uma parte pequena de sua órbita,
quando está próximo do Sol
Agora, imagine um planeta em uma órbita elíptica, como mostrado na Figura Ativa 11.4, com o
Sol no foco F2. Quando o planeta está na extrema esquerda do diagrama, a distância entre o
planeta e o Sol é de a + c. Nesse ponto, chamado afélio, o planeta está em sua distância máxima
do Sol. (Para um corpo em órbita ao redor da Terra, esse ponto é chamado apogeu.) De maneira
recíproca, quando o planeta está na extremidade direita da elipse, a distância entre o planeta e o
Sol é de a – c. Nesse ponto, chamado periélio (para uma órbita da Terra, perigeu), o planeta está
em sua distância mínima do Sol.
A Primeira Lei de Kepler é uma consequência direta da natureza do inverso do quadrado da força
gravitacional. Já discutimos órbitas circulares e elípticas, as formas das órbitas permitidas para os
corpos que estão ligados ao centro de força gravitacional. Esses corpos incluem planetas,
asteroides e cometas que se movem repetidamente ao redor do Sol, assim como luas que orbitam
um planeta. Corpos não acoplados também podem ocorrer, como um meteoro do espaço
profundo que possa passar pelo Sol uma vez e depois nunca mais voltar. A força gravitacional
entre o Sol e esses corpos também varia com o inverso do quadrado da distância de separação, e
os caminhos permitidos para a presença deles incluem parábolas (e = 1) e hipérboles (e > 1).
Esta lei pode ser mostrada como sendo uma consequência da conservação do momento angular
para um sistema isolado, como segue. Considere um planeta de massa Mp movendo-se ao redor
do Sol numa órbita elíptica. Vamos considerar o planeta como um sistema. Modelamos o Sol
para que seja mais massivo do que o planeta de modo que o Sol não se mova. A força
gravitacional que atua sobre o planeta é uma força central, sempre direcionada ao longo do raio
vetor voltado para o Sol. O torque do planeta por causa dessa força central é zero, porque F g é
paralela a r . Isto é:
Lembre-se de que o torque externo líquido em um sistema é igual à taxa de variação no tempo do
momento angular do sistema; isto é, text = dL /dt. Portanto, como text = 0 para o planeta, o
momento angular L do planeta é uma constante do movimento:
P odemos relacionar esse resultado com a seguinte consideração geométrica. Num intervalo de
tempo dt, o raio vetor r na Figura Ativa 11.6b varre a área dA, o que equivale à metade da área
de ½r ´ dr ½ do paralelogramo formado pelos vetores r e dr . Como o deslocamento do
planeta no intervalo de tempo dt é dado por dr = v dt, temos:
em que L e Mp são constantes. Portanto, podemos concluir que o raio vetor do Sol a qualquer
planeta varre áreas iguais em tempos iguais. Essa conclusão é uma consequência da força
gravitacional ser uma força central, o que implica que o momento angular do planeta é constante.
Portanto, a lei se aplica a qualquer situação que envolva uma força central, quer seja do inverso
do quadrado ou não.
A Terceira Lei de Kepler pode ser predita a partir da lei do inverso do quadrado para órbitas
circulares. Considere um planeta de massa Mp que se presume estar se movendo em torno do Sol
(massa MS) em uma órbita circular, como na Figura Ativa 11.7. Considerando que a força
gravitacional fornece a aceleração centrípeta do planeta que se move em um círculo, o
modelamos o planeta como uma partícula em movimento circular uniforme e incorporamos a lei
de Newton da gravitação universal:
Essa equação também é válida para órbitas elípticas se substituirmos r pelo comprimento a do
semi-eixo maior:
A Equação é a Terceira Lei de Kepler. Pelo fato de o semi-eixo maior de uma órbita circular ser o
seu raio, essa equação é válida para ambas as órbitas, circulares e elípticas. Observe que a
constante de proporcionalidade KS é independente da massa do planeta. Essa equação é,
portanto, válida para qualquer planeta. Se fôssemos considerar a órbita de um satélite como a Lua
sobre a Terra, a constante teria um valor diferente, com a massa do Sol sendo substituída pela da
Terra, isto é, KT = 4p2/GMT.
A Tabela 1 fornece um conjunto de dados planetários úteis. A última coluna mostra que a relação
de T2/r3 é constante. As pequenas variações nos valores dessa coluna são o resultado das
incertezas nos dados medidos para os períodos e semi-eixos maiores dos corpos.
Exemplo:
Considere um satélite de massa m movendo-se em uma órbita circular ao redor da Terra a uma
velocidade constante v e a uma altitude h acima da superfície da Terra, conforme ilustrado na
Figura, (A) Determine a velocidade do satélite quanto a G, h, RT (o raio da Terra) e MT (a massa
da Terra
Conceitualização: Imagine o satélite em movimento ao redor da Terra em uma órbita circular sob
a influência da força gravitacional. Esse movimento é semelhante ao da Estação Espacial
Internacional, o telescópio espacial Hubble, e outros corpos em órbita ao redor da Terra.
Categorização O satélite deve ter uma aceleração centrípeta. Portanto, o classificamos como uma
partícula sob uma força resultante e uma partícula em movimento circular uniforme.
Análise : A única força externa que atua sobre o satélite é a gravitacional, que age em direção ao
centro da Terra e mantém o satélite em sua órbita circular
Aplique os modelos de partícula sob uma força resultante e de partícula em movimento circular
uniforme ao satélite:
Para parecer estar em uma posição fixa em relação a um ponto na Terra, o período do satélite
deve ser de 24 h = 86 400 s, e o satélite deve estar em órbita diretamente sobre o equador.
Capitulo III: Conclusão
A Lei da Gravitação Universal nos proporciona uma compreensão profunda de como corpos com
massa interagem no espaço, explicando fenômenos como as órbitas planetárias, as marés
terrestres e o comportamento dos satélites artificiais. A derivação das equações do movimento e
do potencial gravitacional oferece ferramentas essenciais para prever e analisar o movimento de
corpos celestes e objetos em órbita.
Além disso, a análise das velocidades orbital e de escape revela a precisão e a elegância da física
newtoniana ao descrever a dinâmica dos corpos em diferentes contextos gravitacionais.
Comparando a gravitação universal com a teoria da relatividade geral de Einstein, reconhecemos
as limitações da primeira em situações de campos gravitacionais intensos e velocidades próximas
à da luz, ao mesmo tempo que apreciamos sua precisão em regimes de baixa energia.
Em resumo, a gravitação universal não só revolucionou nossa visão do universo, mas também
estabeleceu as bases para muitas áreas da física e da astronomia modernas. Este estudo reafirma a
importância de compreender e ensinar esses princípios, garantindo que futuras gerações
continuem a explorar e expandir nosso conhecimento do cosmos.
A teoria da gravitação universal de Isaac Newton continua a ser uma das realizações mais
notáveis da ciência, oferecendo uma compreensão profunda e precisa das forças que governam o
movimento dos corpos celestes e terrestres. Este trabalho revisitou os fundamentos dessa teoria,
explorando suas fórmulas chave e implicações práticas.
Referências Bibliográficas
Serway, Raymond & Jewett, John W. (2015), Princípios de Física Vol 1 – Mecânica Clássica e
Relatividade (ed.). Estados Unidos, Cengage Learning.
Marconi, Marina de Andrade & Lakatos, Eva Maria. (2010). Fundamentos de Metodologia