2 - Noções de Direito Eleitoral
2 - Noções de Direito Eleitoral
2 - Noções de Direito Eleitoral
UNIFICADO
Direito Eleitoral
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Bárbara Guerra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
DIOGO SURDI
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Análise da banca CESPE (Cebraspe). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1. Análise Estatística e Qualitativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Direito Eleitoral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1. Organização da Justiça Eleitoral – Composição e Competências. . . . . . . . . . . . . . 8
2. Lei dos Partidos Políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. Lei das Eleições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4. Alistamento Eleitoral – Regras Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5. Alistamento Eleitoral – Resolução TSE 23.659-2021. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
6. Súmulas Relacionadas com o Conteúdo Programático. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
gran.com.br 3 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
De acordo com o “Princípio de Pareto”, também conhecido como “Técnica do 80/20”,
80% das situações podem ser resolvidas com a utilização de 20% do conhecimento.
O Princípio de Pareto é amplamente utilizado em várias áreas do conhecimento humano,
uma vez que apresenta uma tendência para a resolução dos problemas e otimiza os
resultados.
Você já pensou em como isso pode ser importante caso a aplicação seja possível, tam-
bém, no universo dos concursos públicos?
E justamente pensando nisso é que esta aula foi desenvolvida. Aqui, o nosso claro
objetivo é o de apresentar, com base em dados e estudos anteriores, os pontos que,
historicamente, são mais exigidos pelas bancas organizadoras em relação a determinados
conteúdos do edital.
Isso não quer dizer que você não precise estudar todos os pontos do edital. Nos dias
atuais, em que a concorrência está cada vez mais acirrada, um estudo completo é mais do
que essencial para garantir uma boa preparação.
No entanto, é inegável que as bancas, ao longo dos anos, tendem a se repetir. E isso ocorre
por um motivo bastante simples: no processo de elaboração das questões, a instituição
responsável pela organização do concurso contrata professores ou autores qualificados
na respectiva área ou matéria envolvida. E como cada pessoa tende a seguir, ainda que
inconscientemente, autores ou pontos específicos da matéria, o que acaba ocorrendo,
como iremos retratar, é uma quantidade desproporcional de questões em relação aos
pontos exigidos em determinada disciplina.
Dito de outra forma, raramente vemos uma prova onde as questões foram elaboradas
seguindo todos os pontos do edital de forma simétrica. O que é constantemente visto,
em sentido contrário, é alguns assuntos sendo exigidos de maneira bem mais constante
do que os demais.
Sendo assim, ao identificarmos quais são estes assuntos, iremos dar um “salto de
qualidade e eficiência” na preparação. Para isso, faremos uso do “Princípio de Pareto”,
verificando quais são os assuntos mais exigidos e otimizando em diversos aspectos a sua
preparação.
gran.com.br 4 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 5 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
b) por ser uma disciplina mais específica, não contamos com uma quantidade
significativa de questões anteriores do CESPE. Logo, a análise deve levar em conta, para
termos uma amostragem significativa, as questões pertinentes ao conteúdo programático
de todas as organizadoras.
Filtrando as questões anteriores de Direito Eleitoral (anos de 2020 a 2024), chegamos,
em relação aos tópicos exigidos no conteúdo programático, nos seguintes dados:
Quantidade de Percentual
Assunto
Questões Aproximado
Lei dos Partidos Políticos 35 40,0%
Lei das Eleições 31 36,0%
Organização da Justiça Eleitoral 12 14,0%
Alistamento Eleitoral (Regras Gerais) 5 6,5%
Alistamento Eleitoral – Resolução 23.659/2021 3 3,5%
Total 86 100,0%
Com base nos números apresentados, podemos observar que alguns pontos do conteúdo
programático de Direito Eleitoral tendem a ser exigidos com maior intensidade.
Neste sentido, dois tópicos do edital são responsáveis, nas últimas questões, por mais
da metade das questões elaboradas sobre a matéria, sendo eles:
a) Lei dos Partidos Políticos
b) Lei das Eleições
gran.com.br 6 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 7 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
DIREITO ELEITORAL
gran.com.br 8 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 9 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Os membros dos tribunais eleitorais são oriundos de diversos outros órgãos ou carreiras.
No caso do TSE, a composição abrange membros do STF, do STJ e advogados.
Com relação aos advogados, que devem reunir os requisitos de notável saber jurídico
e idoneidade moral, o STF forma uma lista tríplice, que será encaminhada para nomeação,
por parte do Presidente da República, de um dos nomes.
gran.com.br 10 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Como regra geral, as decisões dos Tribunais Eleitorais não podem ser objeto de recurso.
Das decisões dos TREs em que o recurso é possível, a decisão será de competência do
Tribunal Superior Eleitoral.
Das decisões do TSE em que o recurso é possível, a decisão será de competência do
Supremo Tribunal Federal.
Em sua composição, o TRE será formado, de forma semelhante ao que ocorre com o
TSE, por membros oriundos de outras carreiras. No entanto, como estamos diante de um
órgão de segunda instância, os membros serão originários de carreiras de outros órgãos
desta mesma instância.
Com relação à nomeação dos advogados, a escolha ocorrerá, assim como ocorre com o
TSE, por meio de lista tríplice. No âmbito dos TREs, no entanto, a lista tríplice é organizada
pelo Tribunal de Justiça, que a encaminha ao respectivo TRE. Posteriormente, o TRE
encaminha a lista ao TSE, que, por sua vez, a remete ao Presidente da República. De posse
da lista, o Presidente escolhe e nomeia um dos respetivos membros para cada vaga.
gran.com.br 11 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
O Presidente da Junta Eleitoral sempre será um Juiz de Direito. Embora não haja
obrigatoriedade do Juiz em questão ser aquele que exerce atribuições da respectiva Zona
Eleitoral, tal procedimento se mostra conveniente e é o habitualmente adotado.
gran.com.br 12 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Além do Juiz Eleitoral, a Junta será composta por 2 ou 4 cidadãos de notória idoneidade.
Aqui, devemos observar que não há a possibilidade da Junta contar com, por exemplo,
3 cidadãos. A composição, conforme mencionado, é de 2 ou 4 cidadãos.
Os membros das Juntas serão nomeados 60 dias antes das eleições. No prazo de 10
dias antes da nomeação, o nome das pessoas indicadas para fazerem parte das Juntas será
publicado na imprensa oficial, podendo qualquer partido, no prazo de 3 dias, impugnar as
indicações. Basicamente, o processo de escolha e nomeação dos membros se desenvolve
da seguinte forma:
a) Inicialmente, compete ao Juiz Eleitoral escolher os membros que irão compor as
Juntas Eleitorais;
b) No prazo de 10 dias antes da nomeação, os nomes são divulgados na imprensa
oficial, a partir do qual qualquer partido político, no prazo de 3 dias, poderá impugnar
as indicações.
c) Resolvidas as eventuais impugnações, os membros das Juntas serão nomeados no prazo
de 60 dias antes das eleições. Aqui, merece ser destacado que a nomeação será realizada
pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, após a aprovação do respectivo TRE.
O Código Eleitoral relaciona uma lista de pessoas que não podem ser nomeados como
membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares, sendo eles:
a) os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive,
e bem assim o cônjuge;
b) os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e cujos
nomes tenham sido oficialmente publicados;
c) as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
d) os que pertencerem ao serviço eleitoral.
O prazo para que as Juntas Eleitorais apurem as eleições realizadas nas zonas eleitorais
de sua jurisdição é de 10 dias. Atualmente, com o sistema eletrônico de votação, este prazo
é tranquilamente atendido. Na época do sistema manual de votação, com o uso de cédulas,
era bastante comum que a apuração levasse vários dias após as eleições.
gran.com.br 13 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Como decorrência desta liberdade de atuação é que a norma apresenta, por exemplo,
a previsão de que é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
De igual forma, é assegurada ao partido político autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento.
Obs.: O partido político possui autonomia para definir o prazo de duração dos mandatos
dos membros dos seus órgãos partidários, sejam eles permanentes ou provisórios.
O prazo de vigência dos órgãos provisórios dos partidos políticos poderá ser de até
8 anos.
Terminado o prazo de vigência de um órgão partidário, ficam vedados a extinção
automática do órgão e o cancelamento de sua inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica (CNPJ). A regra geral é que o diretório provisório seja transformado
em definitivo. Logo, caso isso não ocorra dentro do prazo máximo de vigência, não
há que se falar, apenas pelo decurso do prazo de 8 anos, em extinção do diretório
provisório e cancelamento do CNPJ.
Apenas poderá ser registrado no TSE o estatuto do partido que tenha caráter nacional,
assim considerado aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de eleitores
não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento)
dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados
os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um
mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.
Observem que são três as regras a serem observadas para que um partido político tenha
caráter nacional, sendo elas:
a) apoiamento mínimo de 0,5% dos votos válidos dados na última eleição para a
Câmara de Deputados;
b) o apoiamento deverá estar distribuído por pelo menos 1/3 dos Estados da Federação;
c) em cada Estado, deverá haver o apoiamento mínimo de 1/10 do eleitorado que
tenha votado.
Uma vez comprovado o caráter nacional, o estatuto do partido político poderá ser
registrado no TSE e, com isso, fazer jus a uma série de direitos, dentre os quais se destaca
a possibilidade de participar do processo eleitoral, o recebimento de recursos do Fundo
Partidário e o acesso gratuito ao rádio e televisão. Da mesma forma, o registro do estatuto
do partido assegura a exclusividade de sua denominação, sigla e símbolos, vedada a
utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão.
gran.com.br 14 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 15 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Os Partidos Políticos também poderão registrar delegados nas três esferas da Justiça
Eleitoral, ou seja, TSE, TREs e Juízos Eleitorais.
Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua
constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se
fosse uma única agremiação partidária. No processo de criação, a federação partidária
deverá observar uma série de regras, sendo elas:
a) a federação somente poderá ser integrada por partidos com registro definitivo
no Tribunal Superior Eleitoral;
b) os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por, no
mínimo, 4 anos. Em caso de descumprimento do prazo mínimo estabelecido, o partido
ficará vedado de ingressar em federação e de celebrar coligação nas 2 eleições seguintes
e, até completar o prazo mínimo remanescente, de utilizar o fundo partidário.
c) a federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das
convenções partidárias.
d) a federação terá abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao Tribunal
Superior Eleitoral.
gran.com.br 16 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.
Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o atendimento das
regras estatutárias do partido. Deferida a filiação do eleitor, será entregue comprovante
ao interessado, no modelo adotado pelo partido.
Deferido internamente o pedido de filiação, o partido político, por seus órgãos de
direção municipais, regionais ou nacional, deverá inserir os dados do filiado no sistema
eletrônico da Justiça Eleitoral, que automaticamente enviará aos juízes eleitorais, para
arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de
candidatura a cargos eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados, da qual constará:
a) a data de filiação;
b) o número dos títulos eleitorais;
c) o número das seções em que estão inscritos;
É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária
superiores aos previstos nesta lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. Contudo, os
prazos de filiação partidária fixados no estatuto do partido, com vistas a candidatura a
cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
Para desligar-se do partido político, deverá o filiado, mediante comunicação escrita ao
órgão de direção municipal e ao respectivo Juiz Eleitoral da Zona em que estiver escrito,
requerer o seu desligamento. Decorridos 2 dias da data da entrega da comunicação, o
vínculo com o Partido Político considera-se extinto para todos os efeitos.
gran.com.br 17 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
A Lei dos Partidos Políticos estabelece que é vedado ao partido receber, direta ou
indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou
estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
• Entidade ou governo estrangeiros;
• Entes públicos e pessoas jurídicas de qualquer natureza, ressalvadas as dotações do
Fundo Partidário e as provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha;
• Entidade de classe ou sindical;
• Pessoas físicas que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e exoneração,
ou cargo ou emprego público temporário, ressalvados os filiados a partido político;
O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil
do exercício findo até o dia 30 de junho do ano seguinte. A título de exemplo, o balanço
contábil do exercício de 2019 deverá ser encaminhado à Justiça Eleitoral até o dia 30 de
junho de 2020.
O balanço contábil do órgão nacional será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, o dos
órgãos estaduais aos Tribunais Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes
Eleitorais. Uma vez recebidos os balanços, a Justiça Eleitoral determina, imediatamente,
a publicação dos balanços na imprensa oficial, e, onde ela não exista, procede à afixação
dos mesmos no Cartório Eleitoral.
gran.com.br 18 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Quem examina a prestação de contas dos partidos políticos é a Justiça Eleitoral, e não
os Tribunais de Contas. Em caso de necessidade, os órgãos da Justiça Eleitoral poderão
solicitar o auxílio de servidores das Cortes de Contas.
A propaganda partidária deve ser gratuita, devendo ser transmitida no rádio e na
televisão entre as 19h30 e as 22h30, seja em âmbito nacional ou regional. A iniciativa e a
responsabilidade acerca da realização da propaganda é dos respectivos órgãos de direção
partidária.
gran.com.br 19 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Em cada rede, somente serão autorizadas até 10 inserções de 30 segundos por dia. As
mencionadas inserções deverão ser veiculadas pelas emissoras de rádio e de televisão no
horário estabelecido, sendo divididas proporcionalmente dentro dos intervalos comerciais
no decorrer das 3 horas de veiculação, da seguinte forma:
a) na primeira hora de veiculação, no máximo 3 inserções;
b) na segunda hora de veiculação, no máximo 3 inserções;
c) na terceira hora de veiculação, no máximo 4 inserções.
O partido político com estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral poderá divulgar
propaganda partidária gratuita mediante transmissão no rádio e na televisão, por meio exclusivo de
inserções
Conteúdo permitido Conteúdo vedado
a) a participação de pessoas não filiadas ao partido
a) difundir os programas partidários; responsável pelo programa;
b) transmitir mensagens aos filiados sobre b) a divulgação de propaganda de candidatos a cargos
a execução do programa partidário, os eletivos e a defesa de interesses pessoais ou de outros
eventos com este relacionados e as atividades partidos, bem como toda forma de propaganda eleitoral;
congressuais do partido; c) a utilização de imagens ou de cenas incorretas ou
c) divulgar a posição do partido em relação a incompletas, de efeitos ou de quaisquer outros recursos
temas políticos e ações da sociedade civil; que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação;
d) incentivar a filiação partidária e esclarecer d) a utilização de matérias que possam ser comprovadas
o papel dos partidos na democracia brasileira; como falsas (fake news);
e) promover e difundir a participação política e) a prática de atos que resultem em qualquer tipo de
das mulheres, dos jovens e dos negros. preconceito racial, de gênero ou de local de origem;
f) a prática de atos que incitem a violência.
gran.com.br 20 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 21 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Poderá participar das eleições o partido que, até 6 meses antes do pleito, tenha
registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e
tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo
com o respectivo estatuto.
Prazo Medida a ser adotada
Até 6 meses antes da eleição Registro do estatuto partidário junto ao TSE
Ter órgão de direção constituído na circunscrição
Até a data da convenção partidária
eleitoral
A coligação será representada perante a Justiça Eleitoral de duas diferentes formas: pelo
representante da coligação ou por delegados indicados pelos partidos que a compõem.
No caso dos delegados, devemos memorizar que poderão ser nomeados, a depender do
órgão da Justiça Eleitoral, um número diferente de membros, a saber:
• 3 delegados perante o Juízo Eleitoral;
• 4 delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;
• 5 delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.
gran.com.br 22 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser
feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada
em 24 horas em qualquer meio de comunicação.
gran.com.br 23 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 24 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 25 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Nas eleições majoritárias, caso o candidato seja de coligação, a substituição deverá ser
realizada por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos
coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que,
para isso, o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
A depender do cargo em disputa, os candidatos serão identificados numericamente de
diferentes formas. A identificação é importante, haja vista que é por meio destes números
que o eleitor, fazendo uso da urna eletrônica, vota em determinado candidato.
Candidatos Identificação Numérica
Chefes do Poder Executivo Número do partido ao qual estiverem filiados. Total de 2
(Presidente, Governador e Prefeito) Dígitos.
Número do partido acrescido de um algarismo à direita. Total
Senadores
de 3 Dígitos.
Número do partido acrescido de 2 algarismos à direita. Total
Deputados Federais
de 4 Dígitos.
Número do partido acrescido de 3 algarismos à direita. Total
Deputados Estaduais ou Distritais
de 5 Dígitos.
Vereadores Numeração disciplinada por Resolução do TSE
Com a adoção das urnas eletrônicas como forma de realizar as eleições, a votação em
papel (realizada por meio de cédulas) foi substituída pelo sistema eletrônico de votação.
O objetivo, com a modificação, foi conferir maior segurança para o voto do eleitor e maior
celeridade no processo de apuração dos votos.
A votação por meio eletrônico poderá ocorrer tanto no candidato quanto na respectiva
legenda partidária, que nada mais é do que o número do partido ao qual o candidato pertence.
Além de votar no candidato ou na legenda partidária, poderá o eleitor votar em branco
(quando não quiser escolher nenhum representante para o cargo em disputa) ou anular
o voto (quando o eleitor digitar na urna eletrônica um número em que não seja possível
identificar nem o candidato e nem o respectivo partido político).
gran.com.br 26 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Para fins de prova, devemos saber que tanto os votos em branco quanto os votos nulos
não são considerados votos válidos, não interferindo, consequentemente, no resultado
das eleições.
No caso das eleições gerais, a ordem de votação será a seguinte: 1º) Deputado Federal,
2º) Deputado Estadual ou Distrital; 3º) Senador; 4º) Governador e Vice-Governador de
Estado ou do Distrito Federal; 5º) Presidente e Vice-Presidente da República;
Nas eleições municipais, por sua vez, a ordem será a seguinte: 1º) Vereador; 2º)
Prefeito e Vice;
gran.com.br 27 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Como regra geral, o eleitor ficará vinculado permanentemente à seção eleitoral indicada
no seu título, a menos que requeira a transferência ou se, antes do período de suspensão
do alistamento, comprovar que mudou de residência dentro do mesmo município, de
um distrito para outro ou para lugar muito distante da seção em que se acha inscrito.
No período de 150 dias antes da eleição, nenhum requerimento de alistamento eleitoral
ou de transferência será recebido pela Justiça Eleitoral.
A partir do dia seguinte à conclusão dos trabalhos de apuração em âmbito nacional,
novos pedidos de alistamento e de transferência voltarão a ser aceitos.
De acordo com as regras do Código Eleitoral, não são todos os cegos que podem se
alistar como eleitores, mas sim apenas aqueles que dominarem o sistema braile. Logo,
aqueles que não souberem fazer uso de tal sistema (que não estiverem alfabetizados)
estarão impedidos de realizar o alistamento.
Em caso de perda ou extravio do título, o eleitor deverá requerer a segunda via ao juiz
do seu domicílio eleitoral, medida esta que pode ser tomada até 10 dias antes da eleição.
No caso de inutilização ou dilaceração, o pedido deverá ser feito com a primeira via do
gran.com.br 28 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
título eleitoral. No caso de perda ou extravio, o eleitor não conta com a primeira via do
título. Assim, deverá o Juiz Eleitoral publicar na imprensa, no prazo de 5 dias, a notícia
do extravio ou da perda e o requerimento de segunda via do eleitor. Neste momento, os
interessados poderão oferecer impugnações ao deferimento da segunda via, desde que,
para isso, observem o prazo de 5 dias da publicação do Juiz.
A transferência será realizada sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for
encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, unidade da
Federação ou país, em conjunto ou não com eventual retificação de dados.
Desta forma, são os seguintes os requisitos a serem observados para que a transferência
eleitoral seja possível:
a) Recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio até o 151º dia anterior
à eleição;
b) Transcurso de, pelo menos, 1 ano do alistamento ou da última transferência;
c) Residência mínima de 3 meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei,
pelo próprio eleitor;
d) Prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
Especificamente com relação aos servidores públicos que tiverem sido removidos
ou transferidos, bem como aos membros de suas famílias, os requisitos de residência
mínima de 3 meses no novo domicílio e de 1 ano do alistamento originário ou da última
transferência não precisam ser atendidos. Neste caso, entende o legislador que, pelo
fato do servidor ter sido removido e continuar a prestar um serviço público, não poderia
ele ser penalizado com requisitos que não poderiam ser atendidos justamente em razão
da remoção.
Requisitos a serem observados pelos servidores
Requisitos a serem observados para a
públicos removidos ou transferidos, bem como
realização da transferência
pelos respectivos familiares
a) recebimento do pedido no cartório eleitoral
do novo domicílio até o 151º dia anterior a
realização da eleição;
a) recebimento do pedido no cartório eleitoral do
b) transcurso de, pelo menos, 1 ano do
novo domicílio até o 151º dia anterior a realização
alistamento ou da última transferência;
da eleição;
c) residência mínima de 3 meses no novo
d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral
domicílio, declarada, sob as penas da lei, pelo
próprio eleitor;
d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral.
Com o cancelamento, caso o pedido não seja objeto de recurso ou de reativação, teremos,
após um lapso de tempo, a exclusão da inscrição da base de dados do TSE.
gran.com.br 29 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 30 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
É possível observar que quatro são as diferentes diretrizes que devem ser observadas,
pela autoridade competente, na gestão do cadastro eleitoral e na prestação de serviços
eleitorais que lhe são correlatos, sendo elas:
a) modernização e desburocratização da gestão do cadastro eleitoral e dos serviços
que lhe forem correlatos;
b) conformidade do tratamento dos dados aos princípios e regras previstos na Lei
Geral de Proteção dos Dados – LGPD;
c) preservação e facilitação do exercício da cidadania por pessoas ainda não alcançadas
pela inclusão digital;
d) expansão e especialização dos serviços eleitorais com vistas ao adequado atendimento
a pessoas com deficiência e grupos socialmente vulneráveis e minorizados.
A cidadã e o cidadão poderão solicitar, perante qualquer juízo eleitoral, a emissão de
certidão circunstanciada relativa a informações constantes do seu histórico que não
estejam compreendidas nos modelos gerados automaticamente pelo sistema. Contudo,
eventual incorreção dos dados contidos na certidão somente poderá ser sanada perante o
cartório do domicílio do eleitor ou da eleitora.
Em caso de incorreção dos dados contidos
Requisição de certidões
na certidão
Poderá ser realizada no juízo de qualquer zona
eleitoral, ainda que diversa daquela em que a Somente poderá ser sanada perante o cartório
pessoa se encontra inscrita eleitora, ou obtidas do domicílio do eleitor ou da eleitora
na página da Justiça Eleitoral
gran.com.br 31 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Obs.: O direito conferido às pessoas com deficiência abrange inclusive aquelas que forem
declaradas relativamente incapaz para a prática de atos da vida civil, que estiverem
excepcionalmente sob curatela ou, ainda, que tiverem optado pela tomada de
decisão apoiada.
É assegurado à pessoa com deficiência os seguintes direitos:
a) escolher, no ato de alistamento, transferência ou revisão, local de votação que
permita sua vinculação a seção eleitoral com acessibilidade, dentro da zona eleitoral;
b) indicar, no prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para cada pleito, local de votação,
diverso daquele em que está sua seção de origem, no qual prefere exercer o voto, desde
que dentro dos limites da circunscrição do pleito;
gran.com.br 32 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
c) ser auxiliada, no ato de votar, por pessoa de sua escolha, ainda que não o tenha
requerido antecipadamente ao juízo eleitoral.
É direito fundamental da pessoa transgênera, preservados os dados do registro civil,
fazer constar do Cadastro Eleitoral seu nome social e sua identidade de gênero.
Neste ponto da matéria, é importante conhecermos as definições trazidas pela norma
acerca do nome social e da identidade de gênero.
Nome Social Identidade de Gênero
Considera-se identidade de gênero a atitude individual que diz
Considera-se nome social a
respeito à forma como cada pessoa se percebe e se relaciona
designação pela qual a pessoa
com as representações sociais de masculinidade e feminilidade e
transgênera se identifica e é
como isso se traduz em sua prática social, sem guardar necessária
socialmente reconhecida.
relação com o sexo biológico atribuído no nascimento.
Como regra geral, a Justiça Eleitoral não divulgará o nome civil da pessoa quando for
ela identificada por nome social constante do Cadastro Eleitoral. As exceções, quando a
divulgação será possível, são as seguintes situações:
a) as hipóteses em que for legalmente exigido o compartilhamento do dado;
b) para atendimento de solicitação formulada pelo(a) titular dos dados.
A pessoa brasileira nata ou naturalizada, residente no exterior, que tenha requerido
alistamento ou transferência para zona eleitoral do exterior até 150 dias antes do pleito,
poderá votar nas eleições para presidente e vice-presidente da República.
De acordo com a norma objeto de estudo, quatro são as operações que serão efetivadas
no cadastro eleitoral, sendo elas o alistamento, a transferência, a revisão e a segunda via.
gran.com.br 33 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 34 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 35 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
A revisão será realizada quando a pessoa necessitar de uma das seguintes providências:
a) alterar o local de votação no mesmo município, ainda que não haja mudança de
zona eleitoral;
b) retificar os dados pessoais, cujas hipóteses serão especificadas em Provimento da
Corregedoria-Geral Eleitoral;
c) nas hipóteses em que for permitida a reutilização do número de inscrição, regularizar
a situação de inscrição cancelada.
A segunda via poderá ser requerida pelo eleitor, ao juízo de seu domicílio eleitoral, no
caso de perda, extravio, inutilização ou dilaceração do título eleitoral. Para isso, o eleitor
deverá possuir inscrição regular ou suspensa.
Segunda Via
Situações Ensejadoras Perda, extravio, inutilização ou dilaceração do título eleitoral
Requisitos A pessoa deve possuir inscrição regular ou suspensa
Local da Requisição Juízo do domicílio eleitoral
gran.com.br 36 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
A pessoa alistanda ou eleitora menor de 18 anos tem capacidade para estar em juízo,
como recorrente ou recorrida, nos feitos que versem sobre sua inscrição eleitoral, sendo-
lhe facultada a assistência por seu/sua representante legal.
Enquanto o processo tramitar nas instâncias ordinárias, não será exigida do eleitor ou
da eleitora representação por advogado, devendo as intimações, inclusive no âmbito do
tribunal regional, ser realizadas de forma pessoal, preferencialmente por meio eletrônico.
No caso das Zonas, os partidos políticos poderão manter até 3 delegados. No TRE, por
sua vez, o número de delegados que poderão ser mantidos é de 4.
gran.com.br 37 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Obs.: Serão canceladas todas as inscrições, lançando-se o ASE respectivo, se não for
possível:
a) identificar a titularidade das inscrições;
b) afastar a incoincidência verificada no batimento de dados biométricos e determinar
com precisão qual inscrição deve ser mantida.
gran.com.br 38 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Correição do Eleitorado
Iniciativa da Corregedoria Geral Iniciativa da Corregedoria Regional
a) quando o total de transferências ocorridas
no ano em curso seja 10% superior ao do ano
anterior;
b) quando o eleitorado for superior ao dobro
a) Quando houver indícios consistentes ou
da população entre dez e quinze anos, somada
denúncia fundamentada de fraude ou outras
à de idade superior a setenta anos do território
irregularidades no alistamento em zona ou
daquele município; e
município.
c) quando o eleitorado for superior a 65% e
menor ou igual a 80% da população projetada
para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Incorrerá em multa, a ser arbitrada pelo juiz ou pela juíza eleitoral e cobrada na forma
prevista na legislação eleitoral, o eleitor ou a eleitora que deixar de votar e, a depender
da situação, não se justificar, tiver o processamento de seu pedido de justificativa
rejeitado pelo sistema ou, ainda, tiver seu pedido de justificativa indeferido pelo juiz
ou pela juíza da zona a que pertence sua inscrição eleitoral.
gran.com.br 39 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
JURISPRUDÊNCIA
Súmula do TSE n. 10: No processo de registro de candidatos, quando a sentença for
entregue em cartório antes de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso
ordinário, salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo.
gran.com.br 40 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 41 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 42 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
QUESTÕES DE CONCURSO
gran.com.br 43 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
007. (FGV/PROC LEG (CM SP)/CM SP/2024) João, professor de Direito Eleitoral, questionou
Joana, sua aluna, em relação às características essenciais da coligação partidária e aos
efeitos do seu surgimento em relação aos partidos políticos que a integram.
gran.com.br 44 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
009. (FGV/NAC UNI OAB/OAB/2023) Os partidos políticos Alfa, Beta e Gama decidiram
celebrar uma coligação para a eleição municipal majoritária que se avizinhava. Apesar do
apoio recebido da maior parte dos correligionários dessas agremiações, alguns tinham
dúvidas em relação aos efeitos dessa iniciativa quanto à autonomia de cada partido político
durante o processo eleitoral, mais especificamente, se poderiam atuar isoladamente ou se
apenas a coligação poderia fazê-lo.
gran.com.br 45 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 46 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
c) Para solicitar à justiça eleitoral o registro de seus candidatos, os partidos políticos terão
até as dezenove horas do dia trinta de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
d) Entre outros documentos, o pedido de registro de candidato à justiça eleitoral deve ser
instruído com declaração de bens assinada pelo candidato.
e) Apenas partidos políticos podem solicitar registro de candidatos.
gran.com.br 47 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
018. (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA (PC GO)/2017) Em cada uma das próximas opções, é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada conforme a
Lei n. 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) Um grupo de eleitores encaminhou pedido de registro do estatuto do partido político
Y (PY) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa situação, o TSE somente poderá deferir
o registro depois de publicadas as normas que regerão o PY, devido ao fato de os partidos
políticos serem pessoas jurídicas de direito público sujeitas ao princípio da publicidade.
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam concorrer
a cargos eletivos os candidatos que tivessem mais de dois anos de filiação partidária.
Nessa situação, os filiados do PW deverão cumprir o estabelecido na referida determinação
estatutária, uma vez que é facultado aos partidos estabelecer prazos de filiação superiores
aos previstos em lei.
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), tendo juntado ao pedido documentos comprobatórios de apoiamento de eleitores,
todos filiados a partidos políticos e com representantes das diversas unidades da Federação,
inclusive do DF. Nessa situação, o TSE deverá deferir o pedido de registro do estatuto do
PZ em caráter nacional.
gran.com.br 48 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 49 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
gran.com.br 50 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
GABARITO
1. c
2. b
3. e
4. e
5. d
6. e
7. c
8. a
9. a
10. a
11. e
12. d
13. e
14. c
15. e
16. c
17. d
18. b
19. c
20. a
21. c
22. b
gran.com.br 51 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
GABARITO COMENTADO
a) Errada. A Função Consultiva é uma das principais peculiaridades da Justiça Eleitoral, não
estando presente em nenhuma outra Justiça Especializada. Por meio dela, é possível que
os legitimados possam consultar os Tribunais Eleitorais (TSE e TREs) acerca de assuntos
pertinentes ao processo eleitoral.
Nos termos do Código Eleitoral, tal função está expressa na lista de competências de cada
um dos Tribunais:
Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:
XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político. (art. 23, XII)
VIII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade
pública ou partido político. (art. 30, VIII)
gran.com.br 52 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
c) Certa. Nas situações elencadas pela alternativa, o TRE apenas poderá decidir se todos os
membros do órgão estiverem presentes, conforme previsão do Código Eleitoral.
Art. 28, § 4º As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação
de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com
a presença de todos os seus membros.
d) Errada. As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo TSE, e não pelos TREs.
Compete aos TREs fixar tais competências, apenas, em caráter supletivo ou complementar.
Art. 26, § 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral
e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.
e) Errada. A deliberação dos Tribunais Regionais Eleitorais ocorre por maioria de votos, em
sessão pública, com a presença da maioria de seus membros (e não de dois terços, conforme
mencionado pela alternativa).
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença
da maioria de seus membros.
Letra c.
No caso apresentado, estamos diante de uma decisão proferida pelo TRE e relacionada com
a cassação do registro de candidatura.
Nos termos do Código Eleitoral, esta é uma das matérias que, para a validade, exige, quando da
decisão, a presença de todos os membros componentes do respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença
da maioria de seus membros.
§ 4º As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação de
registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a
presença de todos os seus membros.
gran.com.br 53 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Assim, fica claro que a alternativa correta é a Letra B. Vejamos o erro das demais:
Letra A: Não há necessidade de homologação, por parte do TSE, para que a decisão do TRE
produza efeitos jurídicos.
Letra C: Os efeitos dos recursos eleitorais não estão relacionados com a matéria em questão.
Letra D: No caso, estamos diante de uma competência estabelecida pelo Código Eleitoral
para os TREs, não havendo avocação ou delegação.
Letra E: Não há necessidade de unanimidade dos votos. O que se exige é que todos os
membros estejam presentes para votar.
Letra b.
Façamos uso do Código Eleitoral, haja vista que o enunciado da questão expressamente
prevê a resolução da questão de acordo com esta norma.
Como e observa, apenas a Letra E elenca, de forma correta, órgãos que fazem parte da
Justiça Eleitoral.
Letra e.
gran.com.br 54 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
b) ordenar o registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais, além de comunicar tal
fato, por ofício, à zona eleitoral de cada candidato.
c) fornecer, aos que não votarem por motivo justificado, certificado de ciência e da guia
de recolhimento de multa no patamar mínimo legal.
d) receber a lista dos membros das mesas receptoras indicados pelo respectivo TRE, assim
como nomeá-los definitivamente pelo menos cinco dias antes da eleição.
e) cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do TSE e do respectivo TRE.
a) Errada. A designação dos locais de votação será feita com a antecedência mínima de 60
dias, e não 30 dias, conforme informado.
Art. 35. Compete aos juízes:
XIII – designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das seções;
b) Errada. A comunicação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais deverá
ser feita ao TRE, e não à zona eleitoral de cada candidato.
Art. 35. Compete aos juízes:
XII – ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municiais e
comunicá-los ao Tribunal Regional;
c) Errada. Em caso de não votação por motivo justificado, devem os Juízes Eleitorais
fornecer aos respectivos eleitores um certificado que os isente das sanções legais, e não,
como informado, a guia de recolhimento da multa eleitoral.
Art. 35. Compete aos juízes:
XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados
do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
d) Errada. A nomeação dos membros das mesas receptoras será feita pelo Juiz Eleitoral com
a antecedência mínima de 60 dias antes da realização das eleições, e não, como informado,
no prazo de 5 dias antes do pleito.
Art. 35. Compete aos juízes:
XIV – nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo
menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
e) Certa. Como não poderia deixar de ser, devem os Juízes Eleitorais, no desempenho de
suas atribuições, cumprir e fazer cumprir todas as determinações e decisões proferidas
pelo TRE e pelo TSE.
Art. 35. Compete aos juízes:
I – cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional;
Letra e.
gran.com.br 55 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
a) Errada. A expedição dos diplomas para os eleitos a cargos municipais deve ser feita pelas
Juntas Eleitorais (e não pelos Juízes Eleitorais), nos termos do art. 40, IV, do Código Eleitoral:
b) Errada. Os TREs são órgãos federais, motivo pelo qual não faz nenhum sentido a competência
mencionada pela alternativa. Em sentido oposto, cabe ao TSE (órgão máximo da Justiça
Eleitoral) propor o aumento do número de membros dos tribunais eleitorais. Assim é a
expressão do Código Eleitoral:
gran.com.br 56 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
d) Certa. Alternativa muito mal elaborada pela banca organizadora, uma vez que não
menciona se o conflito está ocorrendo entre dois municípios de um mesmo estado da
federação ou de estados diferentes.
Caso o conflito ocorra entre dois ou mais municípios de um mesmo estado, a competência
será do respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
Caso o conflito ocorra entre dois ou mais municípios de estados diferentes, a competência
será do Tribunal Superior Eleitoral. Assim é a expressão do Código Eleitoral:
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
I – Processar e julgar originariamente:
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes;
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
I – processar e julgar originariamente:
b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado;
Ainda assim, a banca considerou a alternativa como correta. O mais correto seria a anulação
da questão.
e) Errada. De acordo com o Código Eleitoral, a nomeação dos membros das mesas receptoras
é competência dos Juízes Eleitorais, e não das respectivas Juntas:
Art. 35. Compete aos juízes:
XIV – nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo
menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
Letra d.
gran.com.br 57 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
007. (FGV/PROC LEG (CM SP)/CM SP/2024) João, professor de Direito Eleitoral, questionou
Joana, sua aluna, em relação às características essenciais da coligação partidária e aos
efeitos do seu surgimento em relação aos partidos políticos que a integram.
Em resposta, Joana afirmou que
I. podem ser constituídas para as eleições majoritárias ou proporcionais.
II. devem ter estatuto próprio; e
III. os partidos políticos que integram a coligação não respondem solidariamente pelo
pagamento das multas eleitorais decorrentes de propaganda eleitoral, aplicadas aos
candidatos da coligação.
Ao analisar as afirmações de Joana, o professor concluiu corretamente que
a) todas as observações estão corretas.
b) apenas a observação II está correta.
c) apenas a observação III está correta.
d) apenas as observações I e II estão corretas.
e) apenas as observações I e III estão corretas.
Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações
para eleição majoritária.
II – Errado. As coligações não devem ter estatuto próprio, uma vez que apenas são realizadas
em caráter temporário. Ainda que dois ou mais partidos façam parte da coligação, continuarão
as agremiações a serem regidas, cada uma delas, pelo seu estatuto.
III – Certo. Estabelece o § 5º do art. 6º que “A responsabilidade pelo pagamento de multas
decorrentes de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos e os respectivos partidos,
não alcançando outros partidos mesmo quando integrantes de uma mesma coligação”.
Assim, o âmbito de uma coligação, eventual multa aplicada ao candidato será solidária,
apenas, com o partido do qual o candidato faça parte, e não em relação aos demais partidos
da coligação.
Letra c.
gran.com.br 58 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
009. (FGV/NAC UNI OAB/OAB/2023) Os partidos políticos Alfa, Beta e Gama decidiram
celebrar uma coligação para a eleição municipal majoritária que se avizinhava. Apesar do
apoio recebido da maior parte dos correligionários dessas agremiações, alguns tinham
gran.com.br 59 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
dúvidas em relação aos efeitos dessa iniciativa quanto à autonomia de cada partido político
durante o processo eleitoral, mais especificamente, se poderiam atuar isoladamente ou se
apenas a coligação poderia fazê-lo.
De acordo com a narrativa e a sistemática estabelecida na Lei n. 9.504/97, assinale a
afirmativa correta.
a) Alfa, Beta e Gama somente podem atuar isoladamente no processo eleitoral para questionar
a validade da própria coligação, isto no período delimitado em lei.
b) Em qualquer fase do processo eleitoral, somente a coligação pode atuar, mas isto não
afeta a autonomia de Alfa, Beta e Gama, que devem referendar cada ato praticado.
c) Alfa, Beta e Gama podem atuar isoladamente em todas as fases do processo eleitoral,
sempre que os seus interesses colidirem com os da coligação.
d) As prerrogativas e obrigações da coligação são distintas daquelas afetas a Alfa, Beta e
Gama, de modo que cada qual atua em sua própria esfera de atribuições.
O partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no processo
eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o período compreendido
entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos.
b) Errada. Os partidos não devem referendar cada ato praticado pela coligação. Na prática, é
escolhido um representante da coligação, que terá atribuições equivalentes às de presidente
de partido político, no trato dos interesses e na representação da coligação, no que se refere
ao processo eleitoral.
c) Errada. Conforme já afirmado, o partido político coligado somente possui legitimidade
para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da própria
coligação, e, ainda assim, durante o período compreendido entre a data da convenção e o
termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos.
d) Errada. O § 1º do art. 6º estabelece que
A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos que
a integram, sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que
se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido no relacionamento
com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
Letra a.
gran.com.br 60 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Devemos responder a questão com base nas disposições do art. 10 da Lei das Eleições, de
seguinte redação:
Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara
Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% (cem
por cento) do número de lugares a preencher mais 1 (um).
§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo.
Neste sentido, o limite de registro de candidatos por partido político para as assembleias
legislativas é de até cem por cento do número de vagas a preencher mais um, reservando-
se o mínimo de trinta por cento e o máximo de setenta por cento desse percentual para
candidaturas de cada sexo.
Letra a.
gran.com.br 61 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
O que o art. 9º da Lei das Eleições estabelece é que “Para concorrer às eleições, o candidato
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e
estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo”.
Errado.
Art. 11, § 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas
no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações,
fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível,
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido
ou cancelado.
Inicialmente, temos que saber que a regra é a possibilidade de substituição, de forma que
os partidos e coligações podem perfeitamente substituir os candidatos. Tal substituição,
no entanto, deverá ser registrada no prazo de 10 dias da ocorrência do fato gerador que
deu ensejo à substituição, e desde que tal pedido seja feito com antecedência mínima de
20 dias da data da realização das eleições.
gran.com.br 62 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
c) Errada. O prazo máximo para que os partidos e as coligações solicitem o registro dos
seus candidatos é até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem
as eleições.
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até
as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
Art. 11, § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:
IV – declaração de bens, assinada pelo candidato;
e) Errada. Não apenas os partidos políticos e as coligações são legitimados para solicitar
o registro dos candidatos, mas sim também, de acordo com a lei, os próprios candidatos.
Art. 11, § 4º, Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos,
estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito
horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.
Letra d.
Art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado inelegível,
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido
ou cancelado.
§ 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que
pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato
ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição.
gran.com.br 63 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se por
decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o
substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia
o substituído renuncie ao direito de preferência.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o
novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento
de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
Letra e.
Inicialmente, precisamos saber que o prazo para a realização das convenções partidárias é de
20 de julho a 5 de agosto do ano eleitoral. Neste sentido é a expressão da Lei n. 9.504/1997:
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser
feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-
se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em vinte e quatro
horas em qualquer meio de comunicação.
Uma vez escolhidos, os candidatos serão registrados na Justiça Eleitoral até as 19 horas do
dia 15 de agosto do ano em que forem realizadas as eleições. Contudo, caso as convenções
não indiquem o número máximo de candidatos a que teriam direito, os órgãos de direção
dos partidos poderão preencher as vagas não preenchidas com a antecedência mínima de
30 dias antes do pleito.
Art. 10, § 5º, No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número
máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão
preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do pleito.
Logo, é perfeitamente possível que as vagas não indicadas na convenção sejam preenchidas
após a data limite para o registro de candidatos (15 de agosto). Em tal situação, deve-se
observar a antecedência mínima de 30 dias das eleições.
Certo.
gran.com.br 64 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Art. 11-A. Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua
constituição e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se fosse
uma única agremiação partidária.
b) Errada. Apenas os partidos políticos com registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) é que poderão participar da federação partidária.
gran.com.br 65 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos dados a candidatas mulheres ou a
candidatos negros para a Câmara dos Deputados nas eleições realizadas de 2022 a 2030
serão contados em dobro.
Letra c.
gran.com.br 66 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
a) Errada. A lei estabelece uma série de regras para que a criação, fusão, incorporação e
extinção dos partidos políticos possa ser realizada.
b) Errada. O § 4º do art. 3º estabelece que “Exaurido o prazo de vigência de um órgão
partidário, ficam vedados a extinção automática do órgão e o cancelamento de sua inscrição
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)”.
c) Errada. Não há previsão, na Lei n. 9.096/1995, de que o estatuto da agremiação partidária
deve conter informações relacionadas com a transparência das informações partidárias
e com a responsabilização de seus dirigentes em casos de infração de regra estatutária.
Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
I – nome, denominação abreviada e o estabelecimento da sede no território nacional;
II – filiação e desligamento de seus membros;
III – direitos e deveres dos filiados;
IV – modo como se organiza e administra, com a definição de sua estrutura geral e identificação,
composição e competências dos órgãos partidários nos níveis municipal, estadual e nacional,
duração dos mandatos e processo de eleição dos seus membros;
V – fidelidade e disciplina partidárias, processo para apuração das infrações e aplicação das
penalidades, assegurado amplo direito de defesa;
VI – condições e forma de escolha de seus candidatos a cargos e funções eletivas;
VII – finanças e contabilidade, estabelecendo, inclusive, normas que os habilitem a apurar as
quantias que os seus candidatos possam despender com a própria eleição, que fixem os limites
das contribuições dos filiados e definam as diversas fontes de receita do partido, além daquelas
previstas nesta lei;
VIII – critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível municipal,
estadual e nacional que compõem o partido;
IX – procedimento de reforma do programa e do estatuto.
X – prevenção, repressão e combate à violência política contra a mulher.
d) Certa. De acordo com o art. 6º, temos a previsão de que “É vedado ao partido político
ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e
adotar uniforme para seus membros”.
e) Errada. A comprovação do caráter nacional ocorre apenas no momento do registro do
partido político.
Art. 7º, § 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por
cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados
os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo
de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.
Letra d.
gran.com.br 67 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
018. (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA (PC GO)/2017) Em cada uma das próximas opções, é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada conforme a
Lei n. 9.096/1995. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) Um grupo de eleitores encaminhou pedido de registro do estatuto do partido político
Y (PY) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa situação, o TSE somente poderá deferir
o registro depois de publicadas as normas que regerão o PY, devido ao fato de os partidos
políticos serem pessoas jurídicas de direito público sujeitas ao princípio da publicidade.
b) O partido político W (PW) estabeleceu em seu estatuto que somente poderiam concorrer
a cargos eletivos os candidatos que tivessem mais de dois anos de filiação partidária.
Nessa situação, os filiados do PW deverão cumprir o estabelecido na referida determinação
estatutária, uma vez que é facultado aos partidos estabelecer prazos de filiação superiores
aos previstos em lei.
c) O partido político Z (PZ) requereu o registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), tendo juntado ao pedido documentos comprobatórios de apoiamento de eleitores,
todos filiados a partidos políticos e com representantes das diversas unidades da Federação,
inclusive do DF. Nessa situação, o TSE deverá deferir o pedido de registro do estatuto do
PZ em caráter nacional.
d) Um deputado federal pretende desfiliar-se do partido político A, em razão da criação
do partido político B, ao qual ele pretende filiar-se. Nessa situação, é possível a troca de
partido sem perda do cargo parlamentar, pois a criação de um novo partido político é justa
causa para desfiliação partidária.
e) Um eleitor, já filiado ao partido político X, filiou-se também a outro partido. Tal situação
caracteriza dupla filiação, e ambas as filiações serão consideradas nulas para todos os
efeitos legais.
a) Errada. Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, e não de direito
público.
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse
do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal.
b) Certa. Com a Reforma Eleitoral, o prazo de filiação partidária deixou de ser de 1 ano
antes das eleições e passou para 6 meses. Nada impede, contudo, que o partido político
estabeleça, em seu estatuto, prazo de filiação partidária superior ao de 6 meses. O que não
pode ser feito, de acordo com a Lei n. 9.096/1995, é a alteração do prazo mínimo de filiação
partidária em anos eleitorais, medida que, se possível, poderia prejudicar a candidatura
de diversos filiados.
gran.com.br 68 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária
superiores aos previstos nesta lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas a
candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
c) Errada. O apoiamento mínimo deve ser comprovado, apenas, dentre eleitores não filiados
a outros partidos políticos.
Art. 7º, § 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional,
considerando-se como tal aquele que comprove, no período de dois anos, o apoiamento de
eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por
cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados
os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo
de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.
d) Errada. A criação de uma nova agremiação partidária deixou de ser considerada justa
causa para fins de desfiliação partidária. Logo, após a entrada em vigor da Reforma Eleitoral,
aquele que se desfiliar de um partido político em virtude da criação de uma nova agremiação
perderá o mandato eletivo.
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do
partido pelo qual foi eleito.
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes
hipóteses:
I – mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
II – grave discriminação política pessoal; e
III – mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de
filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
gran.com.br 69 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
c) Apenas o eleitor em pleno gozo de seus direitos políticos pode filiar-se a partido.
d) Para desligar-se do partido, o filiado tem de fazer comunicação escrita ao órgão de
direção regional desse partido e ao tribunal regional eleitoral.
e) Com o registro do estatuto do partido no registro civil das pessoas jurídicas fica-lhe
assegurada a exclusividade de uso dos seguintes elementos identificatórios: denominação,
sigla, símbolos e uniforme.
a) Errada. O partido político trata-se de pessoa jurídica de direito privado, e não, ao contrário
do que informado pela alternativa, pessoa jurídica de direito público.
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse
do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal.
b) Errada. O partido político é livre para alterar, em seu estatuto, o prazo de filiação partidária
com vista à candidatura a cargos eletivos. Salienta-se que tal alteração não poderá ser feita
em ano eleitoral, uma vez que implicaria na impossibilidade de diversos filiados concorrerem
aos cargos eletivos da próxima eleição.
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária
superiores aos previstos nesta lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos.
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas a
candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição.
c) Certa. O direito de filiação é assegurado a todos os cidadãos. No entanto, para que estes
possam se filiar e, como consequência, exercer a capacidade eleitoral passiva (capacidade de
eleger-se), dois requisitos, de acordo com a Lei dos Partidos Políticos, devem ser satisfeitos,
sendo eles:
a) Estar em gozo com seus Direitos Políticos;
b) Atender às regras estatutárias do respectivo Partido Político.
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.
d) Errada. Para desligar-se do Partido Político, deverá o filiado, mediante comunicação escrita
ao Órgão de Direção Municipal e ao respectivo Juiz Eleitoral da Zona em que estiver escrito
(e não ao TRE), requerer o seu desligamento. Decorridos dois dias da data da entrega da
comunicação, o vínculo com o Partido Político considera-se extinto para todos os efeitos.
e) Errada. Com o registro do estatuto no TSE (e não no Cartório de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas), o partido político passa a ter exclusividade de sua denominação, sigla e símbolos.
Tal exclusividade não abrange a possibilidade de utilização de uniformes, algo que é vedado
às agremiações partidárias.
gran.com.br 70 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos,
de variações que venham a induzir a erro ou confusão.
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de
organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
Letra c.
a) Certa. Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme previsão
da Lei n. 9.096:
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse
do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos
fundamentais definidos na Constituição Federal.
b) Errada. Não há, ao contrário do que informado, necessidade de autorização por parte
do Congresso Nacional. Em sentido diverso, os partidos políticos gozam de liberdade para
definir como irão se estruturar e funcionar.
Art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna, organização
e funcionamento.
c) Errada. Trata-se de uma das vedações estabelecidas na Lei n. 9.096/1995 para os partidos
políticos.
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de
organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.
d) Errada. Apenas após adquirir personalidade jurídica é que o partido irá promover o seu
registro no TSE.
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu
estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.
gran.com.br 71 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I – caráter nacional;
gran.com.br 72 de 74
TSE + TREs - Concurso Unificado
Direito Eleitoral
Diogo Surdi
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.
Letra c.
Letra b.
gran.com.br 73 de 74
Abra
caminhos
crie
futuros
gran.com.br