AULA 11 - Complexo Do Tornozelo e Pé - 2018 - 1

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Biomecânica e Cinesiologia

Complexo do Tornozelo e

Francisco Xavier de Araujo


Complexo do Tornozelo e

• O tornozelo e o pé formam uma estrutura complexa composta
de 26 ossos (além de dois sesamóides) 34 articulações
(incluindo 20 sinoviais), interconectados por mais de 100
ligamentos e músculos;

• A articulação do tornozelo sustenta maior carga por área do


que qualquer articulação do corpo;

• As articulações e os ligamentos do complexo do pé e do


tornozelo agem como estabilizadores e adaptam-se de forma
constante durante, atividades de sustentação de peso. Isso
ocorre, particularmente, em superfícies irregulares.
Complexo do Tornozelo e

Complexo do Tornozelo e

• Anatômica e biomecanicamente, o pé é,
muitas vezes, subdividido em retropé (o
tálus e o calcâneo), mediopé (5 ossos
do tarso - o navicular, o cuboide e os
três cuneiformes) e antepé (as 14
falanges, os cinco metatarsais e os
sesamoides medial e lateral);

• O retropé desempenha um importante


papel nos movimentos e posições do
mediopé;

• Os ossos do pé e os ligamentos
associados formam os três arcos: o arco
longitudinal medial, o arco longitudinal
lateral (menor) e o arco transverso.
Terminologia do Movimento
• Os eixos dos movimentos do pé e do tornozelo são
desviados dos planos simples de movimento que já
conhecemos;

• Em outras palavras, os eixos de movimento são oblíquos


a esses planos de movimento tradicionais;

• Como resultado, os movimentos que ocorrem ao redor


desses eixos não são pura flexão-extensão, abdução-
adução, ou rotação medial-lateral;

• Já que esses eixos de movimento são diferentes dos


movimentos tradicionais, os nomes dos movimentos també
m são diferentes.
Terminologia do Movimento
• Os movimentos do pé e do tornozelo que ocorrem próximos ao
plano sagital em torno de um eixo transversal são flexão
dorsal e flexão plantar. A flexão dorsal ocorre durante a
aproximação dos dois segmentos da articulação. A flexão
plantar ocorre quando os dois segmentos se afastam;

Terminologia do Movimento
Os movimentos que ocorrem no plano frontal em torno de um eixo
anteroposterior são denominados inversão e eversão. O movimento
de inversão caracteriza-se por uma rotação em que a superfície
plantar do pé roda, ficando de frente para o membro inferior oposto.
A eversão é o movimento contrário, em que a superfície plantar do pé
roda lateralmente, direcionando-se para o lado oposto do outro
membro inferior.
Terminologia do Movimento
• Os últimos movimentos ocorrem em um plano transverso
em torno de um eixo longitudinal. Esses movimentos são
abdução e adução, nomeados similarmente aos
movimentos tradicionais, mas que ocorrem em um plano
diferente em torno de um eixo distinto da abdução e da adu
ção que normalmente conhecemos;

• Ao longo dos outros segmentos do corpo, abdução e aduç


ão ocorrem no plano frontal, mas, no pé, ocorrem no plano
transverso em torno de um eixo vertical. Nesse caso, abduç
ão é o movimento do pé distanciando-se da linha central,
enquanto adução ocorre quando o pé se move na direção
da linha central.
Terminologia do Movimento
Terminologia do Movimento
• Embora esses movimentos individuais costumem ser mensurados no
ambiente fisioterápico, eles não são movimentos funcionais. O
movimento funcional geralmente engloba os três movimentos
simultâneos. Um único eixo articular que não é perpendicular aos
planos cardinais mas intersecta os três planos é chamado de eixo
triplanar;

• O movimento em torno desse eixo ocorre em todos os três planos. No


pé e no tornozelo, esses movimentos triaxiais são chamados de
pronação e supinação. Pronação e supinação são os movimentos
triaxiais que incluem flexão plantar ou flexão dorsal, inversão ou evers
ão e abdução ou adução ocorrendo simultaneamente;

• A razão por que a articulação talocrural e, em maior grau, a articulaçã


o talocalcânea atuam em movimentos triplanares é que seus eixos são
oblíquos aos planos de movimento verdadeiros.
Articulações

• Os 26 ossos do pé e do tornozelo formam 34 articulações.


Muitos desses ossos e articulações podem ser comparados
aos do punho e da mão;

• No entanto, as articulações do pé servem principalmente


para funções de sustentação de peso e são capazes de
gerar ou compensar lesões mais proximais na cadeia cinemá
tica;
Articulações Tibiofibulares

• Há duas articulações que mantêm a tíbia e a fíbula firmemente unidas: a


articulação tibiofibular proximal e articulação tibiofibular distal;

• A membrana interóssea, uma camada de tecido conjuntivo denso, tamb


ém se situa entre os dois ossos e ajuda a manter o alinhamento entre
eles;

• Embora a articulação tibiofibular superior, ou proximal, seja uma


articulação sinovial, a articulação tibiofibular inferior, ou distal, é
uma sindesmose.
Articulações Tibiofibulares
Osteocinemática

• Embora a articulação tibiofibular proximal esteja imediatamente distal à


articulação do joelho, ela não é afetada por ele, mas sim pelo tornozelo. O
movimento nessa articulação ocorre com a flexão dorsal e a flexão plantar
do tornozelo enquanto a fíbula se movimenta em relação à tíbia. Mesmo
com uma amplitude de movimento de apenas alguns graus, o movimento
dessas duas articulações é vital para a flexão dorsal e a flexão plantar do
tornozelo.

• Na articulação tibiofibular proximal, o movimento é limitado pelas inserçõ


es distais do tendão do músculo bíceps femoral, pelo ligamento colateral
lateral e pelo tendão do músculo poplíteo;

• Um leve deslizamento articular pode ser sentido quando se faz a flexão


dorsal do tornozelo. Lesões do joelho ou cirurgia tratada com imobilização
podem levar à limitação de movimento na articulação tibiofibular superior,
o que resulta na limitação da flexão dorsal do tornozelo.
Articulação Talocrural
• Comumente, refere-se à articulação
talocrural como a articulação do tornozelo;

• A articulação talocrural, entre o tálus e a tí


bia, é uma articulação em dobradiça (gí
nglimo) (pode ser considerada uniaxial ou
biaxial);

• Como mencionado, a tróclea do tálus é a


superfície superior de sustentação de
peso, que se articula com a extremidade
distal da tíbia, enquanto as superfícies
medial e lateral se articulam com o maléolo
medial da tíbia e com o maléolo lateral da fí
bula, respectivamente.
Articulação Talocrural

• https://www.youtube.com/w
atch?v=NIOVbq-y_Nc
Articulação Talocrural
Osteocinemática

• A articulação Talocrural possui dois graus de liberdade (alguns autores


consideram um grau de liberdade apenas). Ainda que os movimentos
predominantes sejam de flexão plantar e flexão dorsal, pequenos graus de
adução e abdução são permitidos;

• Partindo da posição anatômica, a amplitude de movimento média da flexão dorsal


é de até 30o, enquanto que a flexão plantar é de até 55o;

• A amplitude de movimento em flexão plantar não é alterada pela posição do joelho


porque não há nenhum músculo dorsiflexor que atravesse essa articulação.
Enquanto que a posição do joelho pode limitar a amplitude de dorsiflexão, devido à
inserção do Gastrocnêmio.
Articulação Talocrural
Osteocinemática
Articulação Talocrural
Artrocinemática

• A artrocinemática varia em relação ao tipo de cadeia cinética do


movimento;

• Em cadeia cinética aberta, o tálus convexo rola e desliza em


relação ao seu encaixe côncavo na articulação do tornozelo,
formada pela tíbia e pela fíbula, durante a flexão dorsal e a flexão
plantar;

• Quando a articulação se move em flexão dorsal, o tálus obedece ao


princípio convexo-côncavo, de maneira que, ao rolar anteriormente,
desliza posteriormente;

• Os movimentos opostos ocorrem durante a flexão plantar: o tálus


rola posteriormente enquanto desliza anteriormente.
Articulação Talocrural
Artrocinemática
Articulação Subtalar
(Talocalcânea)
• A grande e complexa articulação
Subtalar consiste em três
articulações formadas entre as três
facetas (posterior, média e anterior)
do Calcâneo que se articulam com as
facetas correspondentes na superfí
cie inferior do Tálus;

• A faceta articular talar posterior é


convexa, enquanto as facetas
articulares talares média e anterior sã
o côncavas. Essa configuração
anatômica impede o deslocamento
anterior ou posterior do tálus sobre o
calcâneo.
Articulação Subtalar
(Talocalcânea)
Osteocinemática

• Assim como no caso da articulação Talocrural, a articulação Subtalar


também não se desloca em um plano reto, mas produz movimento em
um eixo que cria movimento multiplanar;

• Nesta articulação ocorrem os movimentos de inversão e a eversão. As


amplitudes médias são 30o de inversão e 18o de eversão.

• O movimento de inversão é bem superior ao movimento de eversão. A


proporção é definida como de 2:1 ou 3:2 de inversão para eversão.

• É preciso considerar que é muito difícil isolar o movimento da articulaçã


o subtalar daquele da articulação talocrural, especialmente quando se
avalia um movimento funcional.
Articulação Subtalar
(Talocalcânea)
Osteocinemática
Articulação Transversa do Tarso
• A articulação transversa do tarso
também é conhecida como
articulação de Chopart. Quando
visualizada de cima, a linha
articular possui uma forma de S e
é formada por duas superfícies
articulares: as articulações
talonavicular e
calcaneocuboidea;

• Embora sejam duas articulações, s


ão mencionadas como uma: a
articulação transversa do tarso.
Seria a articulação entre o
Retropé e o Mediopé.
Articulação Transversa do Tarso
Osteocinemática

• Como são duas as articulações que compõem a articulação transversa do


tarso, sua movimentação é complexa e gira em torno de dois eixos de
movimento. Um deles é longitudinal e se situa próximo ao eixo da
articulação talocalcânea, permitindo movimentos de inversão e eversão;

• O outro eixo é um eixo oblíquo semelhante ao eixo da articulação


talocrural onde ocorrem os movimentos de flexão dorsal com abdução e
flexão plantar com adução do antepé;

• Esses movimentos são muito difíceis de isolar e mensurar. De um ponto de


vista clínico, não é necessário identificar a amplitude de movimento em
cada plano de cada articulação durante a supinação ou a pronação do pé
.
Articulações Tarsometatarsais

• As articulações tarsometatarsais são o elo entre o retropé e o antepé.


Elas formam o arco transverso do metatarso e fornecem uma pequena
contribuição para o arco longitudinal;

• As articulações tarsometatarsais também são chamadas de articulação


de Lisfranc. O cuboide e os três ossos cuneiformes se articulam com
as bases dos cinco metatarsos para formar as articulações
tarsometatarsais;

• As articulações tarsometatarsais são quase planas. Suas mobilidades sã


o limitadas por causa da grande aproximação dos metatarsos
adjacentes, portanto, produzem apenas pequenos deslizamentos para
contribuírem para as amplitudes das demais articulações do tornozelo e
pé.
Articulações Tarsometatarsais
Articulações Metatarsofalângicas
e Interfalângicas
• Essas articulações correspondem em estrutura àquelas dos dedos das
mãos, porém, possuem algumas diferenças funcionais. Cada cabeça
do metatarso, que é convexa, faz par com a base correspondente da
falange proximal, que é côncava, formando as articulações
metatarsofalângicas (MTF) do pé;

• Essas articulações são biaxiais, movendo-se nos planos sagital e


transverso. Nas articulações MTF dos dedos dos pés a hiperextensão
é de 90o e a flexão é de apenas 30o a 45o (ao contrário das
correspondentes nas mãos). A alta amplitude de hiperextensão é
necessária quando ficamos na ponta dos pés e, durante a caminhada,
na fase final de apoio, depois que o calcanhar deixa o solo. Embora
existam músculos para fazer esses movimentos, os movimentos de
abdução e adução dos dedos dos pés possuem menos amplitude de
movimento e controle muscular que os da mão.
Articulações Metatarsofalângicas
e Interfalângicas

• As articulações interfalângicas (IF) dos dedos dos pés são


semelhantes às presentes nos dedos das mãos. Elas são
essencialmente articulações em dobradiça (gínglimo) com um grau de
liberdade;

• O primeiro dedo, ou hálux, possui uma articulação dessa forma entre


uma falange próxima e uma falange distal, e os demais dedos laterais
possuem três falanges com articulações IF proximais e distais;
Osteocinemática
Arcos do Pé
• Os arcos do pé possibilitam importantes funções: permitem que ele
se adapte a várias superfícies, absorvem as forças de impacto do
pé durante atividades de cadeia fechada, proporcionam uma superfí
cie para a sustentação do peso corporal e transformam o pé em
uma alavanca para a propulsão do corpo;

• A capacidade do pé de se transformar de uma estrutura flexível em


uma rígida em um simples passo é dependente das estruturas ó
sseas dos três arcos do pé, do suporte estático ligamento-fascial e
da contração muscular dinâmica;

• No movimento de cadeia fechada, como permanecer em pé, o peso


corporal apoiado é distribuído, posteriormente, através do tálus e da
tuberosidade calcânea, e, anteriormente, às cabeças dos ossos
metatarsos e aos dedos.
Arcos do Pé
Arcos do Pé
Arco Longitudinal Medial

• O arco longitudinal medial é o


mais longo e o mais alto. Ele é
composto pelos ossos calcâneo,
tálus, navicular, cuneiforme
medial e primeiro metatarso.
Arcos do Pé
Arco Longitudinal Lateral

• O arco longitudinal lateral é mais


baixo e composto por calcâneo,
cuboide e quinto metatarso.
Arcos do Pé
Arco Transverso

• O arco transverso é côncavo


quando não há sustentação de
peso de medial a lateral nas á
reas mediotarsal e
tarsometatarsal;

• Distalmente a esse arco, as


cabeças dos ossos metatarsais s
ão flexíveis e se configuram
conforme a superfície do terreno.
Arcos do Pé
• Em cadeia cinética fechada, o apoio
do peso corporal normalmente cai
próximo a região talonavicular;

• Este peso é distribuído entre retropé


e antepé. O peso corporal deprime
o tálus e achata o arco longitudinal
medial;

• A tensão de estiramento dos tecidos


conectivos como a fáscia plantar
atuam como uma mola impedindo a
queda completa do arco.
Arcos do Pé
• Uma queda crônica do arco longitudinal
é definida como pé plano. Essa
condição muitas vezes é o resultado de
frouxidão articular no mediopé,
combinada com estiramento excessivo
da fáscia plantar e do tendão do tibial
posterior;

• A capacidade de dissipar cargas de


forma ideal e uniforme fica prejudicada;

• Essa deformidade pode ser rígida


(congênita), quando o arco é caído
mesmo em situações sem sustentação
de peso, ou flexível, quando o arco
parece normal quando está sem
descarga de peso.
Músculos
• Os músculos que passam sobre as articulações do tornozelo
possuem inserções proximais na tíbia e na fíbula, com a exceção do
gastrocnêmio e do plantar, que se inserem no fêmur;

• Como nenhum músculo se insere no tálus, os músculos que vão da


perna para o pé agem simultaneamente nas articulações
talocalcânea (subtalar) e do tornozelo (talocrural);

• Assim como na mão, os dedos dos pés são movimentados e


controlados por músculos extrínsecos, que se originam acima das
articulações do tornozelo, e por intrínsecos, que se originam dentro
do próprio pé.

• Os músculos que agem só no tornozelo ou no tornozelo e nos dedos


dos pés, e que possuem inserções proximais principalmente na
perna, são divididos em três grupos: posterior, lateral e anterior.
Músculos
Flexores Dorsais/
Inversores

Flexores Dorsais/
Eversores

Flexores Plantares/ Flexores Plantares/


Inversores Eversores
Grupo de Músculos Posteriores

• Existem dois grupos de músculos posteriores: o


superficial e o profundo;

• O grupo superficial inclui gastrocnêmio, sóleo e


plantar;

• O grupo profundo de músculos posteriores inclui o


flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e o
tibial posterior.
Grupo de Músculos Posteriores
Superficiais - Flexores Plantares

• O gastrocnêmio compõe o maior volume dos músculos da


panturrilha. As inserções proximais do músculo se ligam
parcialmente à cápsula da articulação do joelho. A cabeça
medial do gastrocnêmio é maior que a lateral, e sua porção
muscular desce mais distalmente;

• O sóleo, juntamente com o gastrocnêmio, consistem o trí


ceps sural. Ele situa-se profundamente aos músculos
gastrocnêmio e plantar, e é facilmente observado logo distal
aos ventres musculares dos gastrocnêmios medial e lateral;

• Os tendões do sóleo e do gastrocnêmio se unem formando o


tendão do calcâneo, ou de Aquiles.
Grupo de Músculos Posteriores
Superficiais - Flexores Plantares
Grupo de Músculos Posteriores
Superficiais - Flexores Plantares
Grupo de Músculos Posteriores
Superficiais - Flexores Plantares

• A flexão plantar do tornozelo é executada sobretudo e


quase exclusivamente pelo tríceps sural; esse grupo
proporciona 80% do torque total da flexão plantar.

• O plantar é o único outro músculo do tornozelo ou do pé


além do gastrocnêmio cuja inserção proximal é proximal à
articulação do joelho. Ele é um músculo muito pequeno.
Sua verdadeira função não é bem conhecida, mas
presume-se que ofereça certa assistência ao
gastrocnêmio e ao sóleo na flexão plantar do tornozelo.
Grupo de Músculos Posteriores
Profundos - Inversores

• Os músculos Tibial Posterior, Flexor Longo do Hálux e


Flexor Longo dos Dedos estão localizados profundamente
ao Sóleo;

• A posição dos tendões que cruzam o tornozelo e o pé


explica o forte componente de supinação (inversão)
destes músculos.
Grupo de Músculos Posteriores
Profundos - Inversores
Grupo de Músculos Laterais

• Esse grupo muscular localiza-se na lateral da perna,


anterior ao grupo da panturrilha, ocupando uma área
comparativamente menor e separado dos grupos
musculares anterior e posterior por um septo
intermuscular;

• Há dois músculos nesse grupo: o fibular longo e o


fibular curto.
Grupo de Músculos Laterais
Eversores

• Os músculos Fibular Longo e Fibular Curto são os


principais eversores do pé. Fornecem a principal fonte
de estabilidade ativa para a região lateral do tornozelo;

• Ambos têm braço de alavanca importantes para a


eversão subtalar;

• O maléolo lateral, que serve como roldana fixa,


determina o caminho dos tendões do fibular posterior ao
eixo de rotação da articulação talocrural. Portanto,
ambos também realizam flexão plantar.
Grupo de Músculos Laterais
Eversores
Grupo de Músculos Anteriores
• O grupo muscular anterior da perna se localiza no lado
lateral da margem anterior da tíbia, a protuberante crista
óssea palpável desde a tuberosidade da tíbia, por toda
a extensão da tíbia, até o tornozelo;

• Ele é separado do grupo lateral por um septo


intermuscular, mas parece, à palpação, ser contínuo a
ele;

• Os músculos do grupo anterior incluem tibial anterior,


extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e
fibular terceiro.
Grupo de Músculos Anteriores
Flexores Dorsais

• Os quatro músculos anteriores são dorsiflexores. O


Tibial Anterior também inverte a articulação subtalar;

• O extensor longo do hálux além de dorsiflexor executa


a extensão do hálux, como ele possui um braço de
alavanca desprezível em relação ao eixo da subtalar sua
ação como inversor é mínima;

• Os músculos extensor longo dos dedos e fibular


terceiro além de dorsiflexores executam eversão.
Grupo de Músculos Anteriores
Flexores Dorsais
Grupo de Músculos Intrínsecos
• Quatro camadas de músculos intrínsecos se localizam na
superfície plantar do pé;

• Embora os músculos intrínsecos possam realizar movimentos


como abdução, adução e flexão dos dedos, sua função
principal não inclui esses movimentos;

• Os músculos intrínsecos são utilizados sobretudo para


estabilidade e balanço, bem como para gerar suporte e
assistência ao pé durante a atividade;

• Os músculos intrínsecos desempenham um importante papel


na estabilidade do arco transverso do tarso e são, de fato,
os principais contribuintes ativos para sustentar o arco.
Grupo de Músculos Intrínsecos
Grupo de Músculos Intrínsecos
1a Camada

• Flexor curto dos dedos,


Abdutor do hálux e Abdutor
do dedo mínimo;

• Como grupo, estes músculos


se originam nos processo
lateral e medial da
tuberosidade do calcâneo.
Grupo de Músculos Intrínsecos
2a Camada

• Lumbricais e Quadrado Plantar;

• Ambos os músculos são


anatomicamente relacionados aos
tendões do flexor longo dos dedos;

• Quadrado plantar auxilia na


estabilização dos tendões do flexor
longo dos dedos;

• Lumbricais fletem as articulações


metatarsofalangeanas e estendem
as interfelangeanas.
Grupo de Músculos Intrínsecos
3a Camada

• Flexor curto do hálux, Flexor


curto do dedo mínimo e
Adutor do hálux;
Grupo de Músculos Intrínsecos
4a Camada

• Interósseo plantar (3) e


interósseo dorsal (4);

• Interósseos plantares realizam a


adução metatarsofalangeana;

• Interósseos dorsais realizam a


abdução metatarsofalangeana;

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