Prova Godoy Brasileira
Prova Godoy Brasileira
Prova Godoy Brasileira
Em sua análise sobre a República Velha, Suzigan (1986), irá segmentar quatro
interpretações a respeito do desenvolvimento industrial brasileiro a partir da base agrícola
exportadora vigente no período. São elas: A teoria dos choques adversos; a ótica da
industrialização liderada pela expansão das exportações; a interpretação baseada no
desenvolvimento do capitalismo tardio; e a ótica da industrialização intencionalmente
promovida por políticas do governo.
A primeira argumenta que a industrialização começou como uma resposta às dificuldades
impostas às importações pelos choques da 1º guerra mundial, da Grande Depressão de
1930 e da Segunda guerra mundial.
A ótica da industrialização liderada pela expansão das exportações por outro lado,
pressupõe a existência de uma relação linear entre a expansão do setor exportador
(principalmente café) e a industrialização; de acordo com esta interpretação, o crescimento
industrial ocorria durante períodos de expansão das exportações desse produto e era
interrompido pelas crises no setor exportador, as guerras e a grande depressão da década
de 1930.
A interpretação baseada no “capitalismo tardio” propõe que o crescimento industrial deu-se
como parte do processo de desenvolvimento do capitalismo no Brasil. De acordo com essa
escola de pensamento, a acumulação de capital industrial ocorreu juntamente com a
acumulação de capital no setor exportador nos períodos de expansão das exportações.
Neste sentido, esta interpretação poderia ser confundida como uma “versão dialética” da
industrialização liderada pela expansão das exportações. Contudo, ela difere desta última
ao propor uma relação não linear (ou “contraditória”) entre o setor exportador (café) e a
indústria de transformação: ao mesmo tempo que a expansão da economia cafeeira
estimulava o crescimento industrial, também impunha limites a esse crescimento.
Argumenta-se que a acumulação de capital industrial era limitada porque estava
subordinada à acumulação de capital no setor exportador e esta última , por sua vez, está
subordinada à acumulação de capital nos países centrais e à respectiva divisão
internacional do trabalho.
Finalmente a quarta interpretação das origens do desenvolvimento industrial brasileiro,
embora reconheça um mercado para produtos manufaturados, enfatiza o papel de políticas
deliberadas do governo para promover o desenvolvimento industrial, especialmente a
proteção aduaneira e a concessão de incentivos e subsídios à indústria.
Furtado (1959) irá analisar o governo Vargas da perspectiva de três momentos: O governo
provisório, o governo institucional e o Estado Novo. A entrada do século XX se destaca
principalmente pela busca de uma solução para a crise de superprodução de café. O
convênio de Taubaté acordado em 1906, irá gerir uma política de valorização do produto
estabelecendo que o governo interviria em casos de instabilidade de oferta e demanda
internacional, comprando o excedente. Ainda, o governo iria incentivar a diminuição das
plantações de café. Embora o desincentivo da produção de café tenha desagradado a
classe latifundiária, principalmente de São Paulo, a gestão Varguista claramente se
direcionava para uma industrialização de complexidade, com produtos de alto valor
agregado e desenvolvimento interno com substituição das importações. Como demonstra a
coletânea Ordem do Progresso, no período datado de 1934 a 1937 o crescimento do setor
agropecuário marcava 3% enquanto o setor industrial do período de 1935 a 1938 marcava
11%. Embora com políticas econômicas direcionadas ao mercado interno, acordos
internacionais foram firmados mesmo com desgosto de Vargas. O acordo de Aranha, é um
exemplo disso, onde há uma aproximação do Brasil e EUA. No contexto internacional, a
segunda guerra mundial favorece essa aproximação desde que os países da europa se
encontram inviáveis a negociações. O câmbio se vê em foco do governo e o auxílio norte-
americano irá configurar a crescente importância dos EUA no país. Em descompasso e
desacordo de Vargas com os interesses dos empresários que viam com bons olhos a
entrada de capital norteamericano no pais, somado a eminência de ações antidemocráticas
no Brasil e no contexto da segunda guerra mundial, irão resultar na deposição de Vargas.
Dutra assume o governo brasileiro pós estado novo sobre a missão de restabelecimento da
Democracia Representativa, contrariamente ao que se havia vivenciado anteriormente no
governo Vargas. Compreende-se que se abandonava a política destinada a fortalecer o
capitalismo do tipo nacional, em favor da política de associação ou interdependência
apartir do Liberalismo econômico e enfoque ao setor privado nacional e estrangeiro. A
abertura de mercado, reintegrando a economia brasileira na dependência externa, voltou a
se intaurar no país e consequentemente gerar no governo democrático seguinte (de
Vargas) dificuldades a tentativa de retornar ao modelo nacionalista de desenvolvimento. No
âmbito social é importante evidenciar o impacto da política salarial que beneficiou as
empresas em detrimento das classes operárias, neste caso, não houve qualquer elevação
do salário minino a despeito da crescente inflação (confisco salarial). As desigualdades
setoriais e sociais se intensificavam e geravam, o que logo mais irá polarizar as
contestações políticas. O Plano Salte, um dos principais enfoques do governo Dutra, se
desenvolvia em cima de 4 setores: Saude alimentação, transporte e energia, teve pouco
êxito em termos de resultados concretos. A missão Abbink, também um dos enfoques do
governo Dutra, buscava através de uma parceria entre Brasil e Estados Unidos, estudar os
pontos de estrangulamento da economia brasileira, para buscar soluções em adição ao
direcionamento dos EUA sobre o que era relevante, e desta forma, se instaurava
gradativamente o país na dependência hegemônica estaduniense. A política cambial
também é relevante no governo em questão pois acentuou o desequilibrio do balanço
de pagamentos do país (divisas esgotadas - Queima das reservas cambiais), e sem
restrições as importações. A segunda fase da política cambial inicia nos anos 1947-50,
em que visto o desequilíbrio da balança de pagamentos, o governo Dutra logo adota a uma
escala de prioridades e preferências para importações. Quando Vargas volta ao poder,
desta vez, de forma democrática, os valores deixados no estado novo, se encontram
invertidos e a dependência externa reimplantada, sendo difícil para o governante atuar com
o setor privado então no poder. O plano Láfer estipulado no gverno de 51, tem como
principal resultado a criação da Petobrás, simbolo maximo de representaão da industria
nacional que firmava a emancipação economica do petroleo internacional. Em 53 foi
realizado uma reforma cambial destinada a melhorar a capacidade de exportação e
limitar as importações a bens essenciais.Ainda em 1953, a Carteira de Comércio
Exterior (CACEX) criou facilidades para importação de máquinas, ferramentas e
equipamentos necessários aos novos investimentos, sejam nacionais ou
estrangeiros. (impacto da guerra da coreia também).A Cepal também nasce nesse
momento recebendo fortes hostilidade dos empresários norteamericanos que se voltam ao
países latinoamericanos. Nesse contexto internacional, somado aos ataques ao
nacionalismo economico adotado pelo presidente, irá levar a deposição e suicidio de
Vargas.
redemocratização do brasil
foco no combate a inflação
Cruzado: inicalmente queda da inflação, e crescimento no ano seguinte
busca de ajuda ao FMI
Plano Bresser: plano hibrido, favoravel inicalmente (manutenção
Plano arroz com feijão: indefinido e pouco eficaz
Plano Verão - Novo cruzado: exportações fundamentais ao pagamento da divida externa
No exercício de sua gestão, Itamar Franco, reune dentre sua equipe econômica Fernando
Henrique Cardoso, o precursor do Plano Real, que enfrentou dentro do probleatico governo
vigente diversas dificuldades de cunho politico e apoio no congresso. O êxito do plano
econômico garantiu a FHC sua canditaduta no período seguinte. Voltando ao Plano Real,
alguns pontos são importantes de serem mencionados. Diferentemente dos outros planos
de estabilização, ele não envolvia nem congelamento de preços e salarios. A
implementação do plano real foi precedida por reforma monetária convencional, em 1993,
que simplesmente cortou três zeros dos valores expressos em cruzeiros que passaram a
ser expressos em cruzeiros reais. Em 1994, com a vitória eleitoral de FHC, a conduta de
pol. economica observada no inicio do governa será assegurar a estabilização do Plano
Real diantes dos choques externos. Foi com esse proposito que no segundo semestre de
94 a taxa de câmbio vinha sendo utilizada como âncora nominal. No inicio de 95 o
agravamento do quadro externo fez ser percebido que a politica cambial vigente concebida
para âncorar a inflação pudesse levar a rápida deteorização da balança comercial, e nesse
sentido, durante os 4 anos do primeiro mandato de FHC, muito se discutia sobre a
importância de um ajuste fical. Ao permitir que a deteriorização das contas publicas
avançasse, o governo deixou a economia brasileira vulnerável no cenário internacional dado
a politica fiscal frouxa. Seu segundo mandato, adquiro com bem menos aprovação que o
primeiro, se inicia, finalmente, um programa de estabilidade fiscal quase todo baseado em
elevação de carga tributária, com viabilidade ao tripé macroeconômico. Esse novo
arcabouço de política macroeconômica, formado por meta fiscal, política de metas de
inflação e câmbio flutuante seria substancialmente reforçado em 2000, pela aprovação pelo
Congresso da Lei de Responsabilidade Fiscal.