Prova Godoy Brasileira

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1.

Sistema político e econômico da república Velha

A historiografia econômica brasileira sobre a República Velha caracteriza o período


principalmente sobre as óticas da economia agroexportadora, o sistema político
determinado pela política dos governadores e a estrutura social do trabalho livre e a
pequena propriedade.
A economia da República Velha é caracterizada por uma produção extensa e
crescente de matérias primas e gêneros tropicais destinados à exportação, com
destaque para o Café, a Cana de Açúcar e o Algodão.
O largo incremento das exportações de café, se consolidou na economia brasileira
principalmente pelas finanças internacionais, com os capitais e créditos fornecidos por
outros países. Em consequência se observou o crescimento da dívida externa, que se
tornará expressiva no final do período,e também a queda de produção de gêneros de
consumo interno, que se tornará cada vez mais insuficiente para as necessidades do país.
Esta concentração cada vez maior de produção de poucos gêneros exportáveis torna o país
dependente dos choques externos do sistema internacional, e tornavam o sistema
vigente frágil e vulnerável. A superprodução de 1869 foi reflexo dessa fragilidade e tem
forte influência na revolução de 30.
Ligado então à economia agroexportadora, estão a elite política e os grandes
latifundiários detentores de terras. A aliança de ambos, denominada Política dos
governadores, será baseada na manutenção do poder político dos setores oligárquicos
anteriores à república, e se caracteriza pela troca de favores eleitorais e votos consolidados
nos currais eleitorais (coronelismo).
Os grandes detentores de terra que se observa na política do coronelismo, serão
os mesmo que se contorcem a adaptação ao trabalho livre. Para manutenção de um
trabalho semiescravo, o empregador mantinha seus empregados com salários baixos e alto
custo de sobrevivência (gêneros necessários ao sustento com preços elevados). Desta
forma, seus empregados estavam sempre endividados e reféns do trabalho. Ao longo dos
anos, a desagregação servil, que irá ser pouco a pouco constituída, irá, principalmente pelo
adensamento populacional e pelas crises do sistema de exploração, gerar a pequena
propriedade, com caráter camponês.
A última década da República Velha se vê sobre forte instabilidade política e
econômica. A crise dos choques externos sobre a economia pouco industrializada, a
transição do trabalho e o crescimento populacional, foram as estruturas viáveis da
Revolução de 30 e o reordenamento administrativo e econômico observado posteriormente
no período Varguista.

2. Óticas interpretativas sobre as origens da industrialização

Em sua análise sobre a República Velha, Suzigan (1986), irá segmentar quatro
interpretações a respeito do desenvolvimento industrial brasileiro a partir da base agrícola
exportadora vigente no período. São elas: A teoria dos choques adversos; a ótica da
industrialização liderada pela expansão das exportações; a interpretação baseada no
desenvolvimento do capitalismo tardio; e a ótica da industrialização intencionalmente
promovida por políticas do governo.
A primeira argumenta que a industrialização começou como uma resposta às dificuldades
impostas às importações pelos choques da 1º guerra mundial, da Grande Depressão de
1930 e da Segunda guerra mundial.
A ótica da industrialização liderada pela expansão das exportações por outro lado,
pressupõe a existência de uma relação linear entre a expansão do setor exportador
(principalmente café) e a industrialização; de acordo com esta interpretação, o crescimento
industrial ocorria durante períodos de expansão das exportações desse produto e era
interrompido pelas crises no setor exportador, as guerras e a grande depressão da década
de 1930.
A interpretação baseada no “capitalismo tardio” propõe que o crescimento industrial deu-se
como parte do processo de desenvolvimento do capitalismo no Brasil. De acordo com essa
escola de pensamento, a acumulação de capital industrial ocorreu juntamente com a
acumulação de capital no setor exportador nos períodos de expansão das exportações.
Neste sentido, esta interpretação poderia ser confundida como uma “versão dialética” da
industrialização liderada pela expansão das exportações. Contudo, ela difere desta última
ao propor uma relação não linear (ou “contraditória”) entre o setor exportador (café) e a
indústria de transformação: ao mesmo tempo que a expansão da economia cafeeira
estimulava o crescimento industrial, também impunha limites a esse crescimento.
Argumenta-se que a acumulação de capital industrial era limitada porque estava
subordinada à acumulação de capital no setor exportador e esta última , por sua vez, está
subordinada à acumulação de capital nos países centrais e à respectiva divisão
internacional do trabalho.
Finalmente a quarta interpretação das origens do desenvolvimento industrial brasileiro,
embora reconheça um mercado para produtos manufaturados, enfatiza o papel de políticas
deliberadas do governo para promover o desenvolvimento industrial, especialmente a
proteção aduaneira e a concessão de incentivos e subsídios à indústria.

3. Estado e Desenvolvimento econômico na era de Vargas

Furtado (1959) irá analisar o governo Vargas da perspectiva de três momentos: O governo
provisório, o governo institucional e o Estado Novo. A entrada do século XX se destaca
principalmente pela busca de uma solução para a crise de superprodução de café. O
convênio de Taubaté acordado em 1906, irá gerir uma política de valorização do produto
estabelecendo que o governo interviria em casos de instabilidade de oferta e demanda
internacional, comprando o excedente. Ainda, o governo iria incentivar a diminuição das
plantações de café. Embora o desincentivo da produção de café tenha desagradado a
classe latifundiária, principalmente de São Paulo, a gestão Varguista claramente se
direcionava para uma industrialização de complexidade, com produtos de alto valor
agregado e desenvolvimento interno com substituição das importações. Como demonstra a
coletânea Ordem do Progresso, no período datado de 1934 a 1937 o crescimento do setor
agropecuário marcava 3% enquanto o setor industrial do período de 1935 a 1938 marcava
11%. Embora com políticas econômicas direcionadas ao mercado interno, acordos
internacionais foram firmados mesmo com desgosto de Vargas. O acordo de Aranha, é um
exemplo disso, onde há uma aproximação do Brasil e EUA. No contexto internacional, a
segunda guerra mundial favorece essa aproximação desde que os países da europa se
encontram inviáveis a negociações. O câmbio se vê em foco do governo e o auxílio norte-
americano irá configurar a crescente importância dos EUA no país. Em descompasso e
desacordo de Vargas com os interesses dos empresários que viam com bons olhos a
entrada de capital norteamericano no pais, somado a eminência de ações antidemocráticas
no Brasil e no contexto da segunda guerra mundial, irão resultar na deposição de Vargas.

PAEG e o Milagre Econômico


O PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), foi um plano de estabilização
econômica elaborado pelo Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica posto
em prática em 1963. O plano visava conter progressivamente a inflação entre 64 e 65
(gerando efeitos já em 66); acelerar o desenvolvimento econômico (interrompido em 62/63);
atenuar diferenças setoriais e regionais; aliviar tensões criadas pelos desequilíbrios sociais;
política de investimentos para proporcionar oportunidades de empregos e corrigir déficit do
balanço de pagamentos. Dentre seus principais instrumentos de ação, encontram-se
Política de redução do déficit público diminuindo a pressão inflacionária e fortalecendo
poupança nacional, Política tributária para aumentar a arrecadação e combater a inflação,
Política monetária, evitando redução do nível de atividade e a redução da capacidade de
poupança das empresas, Política bancária fortalecendo o sistema creditício, e Políticas
de investimentos públicos, além de uma política salarial sem reajustamentos
salariais.Das políticas desinflacionárias do PAEG (contenção déficit público, política salarial
e creditícia), a mais eficaz quanto aos objetivos do plano foi a política de contenção do
déficit público. Aumentaram-se os impostos diretos e indiretos e o déficit como proporção do
PIB foi reduzido gradativamente .Quanto às políticas monetária e de crédito, não foram
atingidas as metas. Se nos anos que se seguem a 66, existe uma falsa ideia de
estabilização,Em 1967 a herança é uma grande recessão. em 68 Moeda e crédito
continuam se expandindo e a inflação sofre mais um pequeno declínio.O novo governo que
assumia Medici tem como objetivos: o crescimento econômico, redução do papel do setor
público e incentivo ao papel do setor privado e expansão do comércio exterior. O Governo
adotou políticas específicas para favorecer a evolução dos diversos setores, dentre ele a
habitação (construção civil) e criação de bancos. O milagre econômico, caracterizado pelo
alto crescimento do PIB (10% entre 67 e 73), foi uma reação de curto prazo que teve
impactos diretos no endividamento externo, concentração de renda (1% mais rico passa a
deter de 10% para 16%), e confisco salarial (salario minimo passa de 1000 para 600 reais).

II PND: contexto externo, objetivos, fontes de financiamento, instrumental de política


econômica e resultados
No início do governo Figueiredo houve a tentativa de ajustar os programas de investimento
do II PND com as restrições de refinanciamento da dívida externa, de forma que durante um
curto período ocorreu um esforço positivo na contenção do déficit público.O pacote
econômico acabou não surtindo efeito, pois nesse período a recessão da economia mundial
barrava a obtenção de novos empréstimos.Nesse quadro os conflitos políticos internos
desempenharam um papel fundamental na opção por “dar prioridade ao crescimento”. A
decisão de não utilização da política cambial significou a opção pela intervenção direta na
economia (incentivos fiscais e creditícios) no processo de reorientação da oferta. Essa
opção significou a deterioração mais rápida das receita públicas, sem a contrapartida de um
aumento de arrecadação. Outro problema no período foi a mudança no perfil da dívida
externa, que é progressivamente estatizada, passando de 45% correspondente ao setor
privado em 74, para 22% em 1980, o que implicaria, em meados da década de 80, na
incapacidade de financiamento do setor público. A principal crítica a esse movimento ataca
o fato de não ter ocorrido paralelamente um aumento da renda disponível do setor
público.Fica claro o caráter precário da articulação da política econômica após o primeiro
choque do petróleo

Contexto Internacional e política econômica dos governos Dutra e Vargas

Dutra assume o governo brasileiro pós estado novo sobre a missão de restabelecimento da
Democracia Representativa, contrariamente ao que se havia vivenciado anteriormente no
governo Vargas. Compreende-se que se abandonava a política destinada a fortalecer o
capitalismo do tipo nacional, em favor da política de associação ou interdependência
apartir do Liberalismo econômico e enfoque ao setor privado nacional e estrangeiro. A
abertura de mercado, reintegrando a economia brasileira na dependência externa, voltou a
se intaurar no país e consequentemente gerar no governo democrático seguinte (de
Vargas) dificuldades a tentativa de retornar ao modelo nacionalista de desenvolvimento. No
âmbito social é importante evidenciar o impacto da política salarial que beneficiou as
empresas em detrimento das classes operárias, neste caso, não houve qualquer elevação
do salário minino a despeito da crescente inflação (confisco salarial). As desigualdades
setoriais e sociais se intensificavam e geravam, o que logo mais irá polarizar as
contestações políticas. O Plano Salte, um dos principais enfoques do governo Dutra, se
desenvolvia em cima de 4 setores: Saude alimentação, transporte e energia, teve pouco
êxito em termos de resultados concretos. A missão Abbink, também um dos enfoques do
governo Dutra, buscava através de uma parceria entre Brasil e Estados Unidos, estudar os
pontos de estrangulamento da economia brasileira, para buscar soluções em adição ao
direcionamento dos EUA sobre o que era relevante, e desta forma, se instaurava
gradativamente o país na dependência hegemônica estaduniense. A política cambial
também é relevante no governo em questão pois acentuou o desequilibrio do balanço
de pagamentos do país (divisas esgotadas - Queima das reservas cambiais), e sem
restrições as importações. A segunda fase da política cambial inicia nos anos 1947-50,
em que visto o desequilíbrio da balança de pagamentos, o governo Dutra logo adota a uma
escala de prioridades e preferências para importações. Quando Vargas volta ao poder,
desta vez, de forma democrática, os valores deixados no estado novo, se encontram
invertidos e a dependência externa reimplantada, sendo difícil para o governante atuar com
o setor privado então no poder. O plano Láfer estipulado no gverno de 51, tem como
principal resultado a criação da Petobrás, simbolo maximo de representaão da industria
nacional que firmava a emancipação economica do petroleo internacional. Em 53 foi
realizado uma reforma cambial destinada a melhorar a capacidade de exportação e
limitar as importações a bens essenciais.Ainda em 1953, a Carteira de Comércio
Exterior (CACEX) criou facilidades para importação de máquinas, ferramentas e
equipamentos necessários aos novos investimentos, sejam nacionais ou
estrangeiros. (impacto da guerra da coreia também).A Cepal também nasce nesse
momento recebendo fortes hostilidade dos empresários norteamericanos que se voltam ao
países latinoamericanos. Nesse contexto internacional, somado aos ataques ao
nacionalismo economico adotado pelo presidente, irá levar a deposição e suicidio de
Vargas.

Plano de Metas: objetivos, fontes de financiamento instrumental de política


econômica e resultados

O governo de JK, posterior ao período conturbado entre sua posse em 56 e o suícidio de


Vargas em 54 foi marcado por uma das fases mais importantes da história do Brasil: O
Programa de Metas. Este visava a transformação da estrutura econômica do país, a partir
da criação de indústria de base a partir de investimento e teve dentre seus resultados a
reformulação das condições de interdependência do capitalismo mundial sobre hegemonia
estadunidense. Dentre os setores enfoques destacavam-se a automobilistica, indústria de
material elétricos e indústria pesada (no qual o setor automobilistico será o que terá
resultados visivieis). Importante ressaltar que a substituição de importações em JK,
diferentemente da industrialização de Vargas, não significou emancipação econômica pois
se amparava nas relações de complementariedade industrial e econômica dos insumos
e capitais estrangeiros.Outras marcas do governo JK foram a SUDENE, a OPA e Brasília.
Encarado como um todo, o Plano de Metas realizou uma etapa importante da expansão do
sistema econômico brasileiro de forma que diversificou a industria brasileira e modernização
nas áreas de energia, transporte, alimentação e industria de base.

Durante o governo de JK, a participação das importações industriais nas importações


total vão apresentar crescimento nos insumos metálicos e não-metálicos, mas queda nos bens
de consumo e de capital. urante o governo de Jânio, a Superintendência da Moeda e do
Crédito (SUMOC) definiu as instruções para que a importação de mercadorias deveria ser
realizada com câmbio adquirido no mercado livre, ou seja, sem subsídios especiais

pontos sobre Sarney:

redemocratização do brasil
foco no combate a inflação
Cruzado: inicalmente queda da inflação, e crescimento no ano seguinte
busca de ajuda ao FMI
Plano Bresser: plano hibrido, favoravel inicalmente (manutenção
Plano arroz com feijão: indefinido e pouco eficaz
Plano Verão - Novo cruzado: exportações fundamentais ao pagamento da divida externa

Os planos Cruzado, bresser e verão não produziram mais do que um represamento


temporário da inflação, uma vez que: não foram solucionadas quaisquer conflitos
distributivos de renda; o desequilibrio das contas do governo se agravou; a política monet.
foi acomodativa; o setor industrial se defendia ; os trabalhadores se manifestaram com
veemecia crescente sua insatisfação sobre o poder de compra dos salários.

Pontos sobre Collor:


drástico plano de estabilização no 1º dia de governo
- retenção pelo governo de parte substancial dos ativos financeiros de empresas e
pessoas físicas que sem sustenção irão ter em breve varios mecanismos de
flexibilização da retenção
- plano também evolveu uma reforma monetária mudando a moeda de cruzado novo
pra cruzeiro.
1990: processo terminal de perda de credibilidade do programa de estabilização
Collor II: novo congelamento de preços (resistencia do congresso)
Projeto de Reconstrução Nacional: discussões sobre reformas estruturais
Sem apoio, fracasso do plano, desgaste politico
1992: evolvimento em esquema de corrupção e deposição

Conclusões: o governo teve sucesso surpreendentemente na implementação de duas


reformas cruciais: privatizações e liberalização comercial.

Pontos sobre Itamar:

Equipe econômica bem organizada (FHC)


1993: Plano real
coalização centro-direita
Plano real: não envolvia congelamento de preços e salarios
1994: FHC deixa a fazenda para candidatura
A regularização das relações do país com a comunidade financeira internacional passou a
ser uma questão central da politica economica(1993)

Pontos sobre FHC


- taxa de câmbio utilizada como âncora nominal (deteorização da balança comercial
- necessidade de um ajuste fiscal mas receio de por a perder o plano real
- 1995: ( politica fiscal frouxa) Ao permitir que a deteorização das contas externas e
das contas públicas avançasse, o governo deixou a economia brasileira
especialmente vulnerável aos choques externos (crise asiática de 97)
- Pós reeleição: programa de estabilização fiscal (elevação de carga tributária) tripé
macroeconomico
2001: o pais se defrontava com um quadro de incontornável insuficiencia de oferta
de energia (programa de racionamento)
Segundo governo com muito desacordo sobre a condução da politica economica

Plano REAL até tripre macroeconomico

No exercício de sua gestão, Itamar Franco, reune dentre sua equipe econômica Fernando
Henrique Cardoso, o precursor do Plano Real, que enfrentou dentro do probleatico governo
vigente diversas dificuldades de cunho politico e apoio no congresso. O êxito do plano
econômico garantiu a FHC sua canditaduta no período seguinte. Voltando ao Plano Real,
alguns pontos são importantes de serem mencionados. Diferentemente dos outros planos
de estabilização, ele não envolvia nem congelamento de preços e salarios. A
implementação do plano real foi precedida por reforma monetária convencional, em 1993,
que simplesmente cortou três zeros dos valores expressos em cruzeiros que passaram a
ser expressos em cruzeiros reais. Em 1994, com a vitória eleitoral de FHC, a conduta de
pol. economica observada no inicio do governa será assegurar a estabilização do Plano
Real diantes dos choques externos. Foi com esse proposito que no segundo semestre de
94 a taxa de câmbio vinha sendo utilizada como âncora nominal. No inicio de 95 o
agravamento do quadro externo fez ser percebido que a politica cambial vigente concebida
para âncorar a inflação pudesse levar a rápida deteorização da balança comercial, e nesse
sentido, durante os 4 anos do primeiro mandato de FHC, muito se discutia sobre a
importância de um ajuste fical. Ao permitir que a deteriorização das contas publicas
avançasse, o governo deixou a economia brasileira vulnerável no cenário internacional dado
a politica fiscal frouxa. Seu segundo mandato, adquiro com bem menos aprovação que o
primeiro, se inicia, finalmente, um programa de estabilidade fiscal quase todo baseado em
elevação de carga tributária, com viabilidade ao tripé macroeconômico. Esse novo
arcabouço de política macroeconômica, formado por meta fiscal, política de metas de
inflação e câmbio flutuante seria substancialmente reforçado em 2000, pela aprovação pelo
Congresso da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Pontos sobre o governo Lula


-Carta Aberta ao povo brasileiro
-expansão do gasto do governo
-desestabilização de 2003 superada e 2005
mensalão
2005 - embate na cúpula sobre um programa de ajuste fiscal de longo prazo
a preocupação com o ajuste fiscal logo cedeu lugar à defesa ostensiva da expansão do
gasto público
pac (programa de aceleração do crescimento)
A reeleição do Lula não se deveu apenas ao crescimento relativamente rápido da economia
a partir de 2004. boa parte do seu bom desempenho eleitoral, no final de 2006, pode ser
atribuído ao sucesso das políticas de redistribuição de renda que haviam sido adotadas no
primeiro mandato.
- 2009 - governo decidiu que não era o momento de correr riscos políticos
desnecessários e intensificou o expansionismo fiscal em 2010 e previamente
anunciou a candidatura de Dilma

Experiência desenvolvimental do governo Dilma

Embora o fracasso do governo Dilma tenha se materializado a partir de 2015, como


consequência, em grande medida da guinada da política macroeconômica em direção à
ortodoxia ( coloca ênfase na política salarial excessivamente expansionista, afetando
a margem de lucro da empresas, e por sua vez, afetando o nível de investimentos), e
também da crise política, o desastre em si se preanuncia em 2013. O Governo Dilma, no
âmbito da política econômica, é considerado audacioso (temerário). Nova matriz econômica
com Dilma (diferente do tripé econômico, temos então uma inflexão).
No plano econômico, o indicador mais representativo das dificuldades é a trajetória do
investimento, que em 2013 entra em declínio continuado. Este comportamento uniforme
do investimento, desde então, atesta a falência do experimento desenvolvimentista e a
incapacidade das políticas econômicas postas em práticas desde então em revertê-lo.
Outra dimensão crucial da política econômica, posta em prática no governo Dilma, foi a da
administração da taxa de câmbio (abertura financeira da economia associada à piora
da qualidade dos passivos externos resultando uma maior volatilidade da taxa de
câmbio).Há também a questão energética com redução do custo de energia elétrica. Em
relação ao excesso de intervenção do governo nos processos de concessão, inclusive por
meio da eventual tentativa de fixar a taxa de retornos de projetos, foi nesse segmento onde
mais avançou a participação privada. 0 adesão do empresariado nacional a um projeto
nacional.

● Mudança estrutural na cadeia produtiva, para parar com a especialização regressiva


(desindustrialização, baixa complexidade) ● Ampliar a infraestrutura (PAC I e II, pacotes
grandes)

só se pode compreender Dilma 1 e 2 nas relações entre 3 planos da realidade: Estrutural,


Cíclico, Conjuntural (política econômica)
Estrutural: Projeto desenvolvimentista sem Estado desenvolvimentista
De um lado um Estado incapaz de usar da aparagem necessária para a experiência
desenvolvimentista (não existe e não dá para criar rápido) ● Do outro, uma elite
(empresariado tb) que não quer, não se costura um pacto social imediatamente
conjuntural: resistencia politica

Retorno ao neoliberalismo e austeridade

Os governos Temer e Bolsonaro se constituem sobre a restauração ultraliberal. A crise que


alimentou a alavancada desse retorno, se deu a partir de uma desvalorização da
presidência,associada à degradação do judiciário e legislativo e da desagregação da
coalizão social (bases jurídicas que banalizam o golpe). O PMDB, que no ínicio da sexta
república se encontrar sobre bases de progressismo político com inclusão social, entre
2013 e 2016 deixa de fazer parte da agenda e se alinha a uma direita conversadora que se
reformula. A nova coalização e nova agenda que assume em 2016 será o então enunciado
“Uma ponte para o Futuro” de autoria do proprio vice, que será caracterizada
principalmente por um forte conservadorismo politico com apoio do mercado para realizar
reformas econômicas conservadoras e austeras. O paralelo do golpe pode ser feito com a
ditadura de 64, pois da mesma forma há reação a políticas distributivas, denúncias
midiáticas a corrupção, delirio de uma ameaça comunista. Para reverter a crise econômica
o governo vigente irá impor politicas austeras de avanços aos direitos sociais do trabalhador
que não refletem em reversão da crise, mas sim em uma estagnação, sendo caracterizada
como a mais lenta recuperação da história brasileira. O teto de gastos e a reforma
trabalhista são algumas dessas politicas austeras que recaem sobre o trabalhador
brasileiro.
A justes recaem sobre os trabalhadores. Teto de gastos, reforma trabalhista
Promover a instabilidade é uma questão de sobrevivência do governo
Periodização da crise brasileira desde 2016: ● 1 ato é o golpe parlamentar de 2016 ● 2 ato
é o governo Temer e o efeito Joesley (cara da JBS) o ● 3 ato é a eleição do Bozo

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