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Impacto das dietas na

microbiota intestinal
Guia nutricional
BiomeHub - Direitos Autorais Reservados©
Sobre este e-book 02
Pirâmide de Evidência 03
Introdução 04
Dieta rica em fibras 05
Dieta plant-based 13
Dieta do Mediterrâneo 17
Dieta vegatariana 21
Dieta vegana 25
Dieta isenta em glúten 31
Dieta low FODMAP 34
Dieta low carb e cetogênica 39
Restrição calórica 47
Jejum intermitente 54
Dieta ocidental 57
Dieta onívora 61
Resumo 65
Sobre a BiomeHub 66
Referências 68

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Sobre este e-book

Este e-book visa elucidar os impactos que as diversas dietas


podem exercer sobre a microbiota intestinal, fornecendo ao
profissional insights que o capacitam a antecipar e entender os efeitos
resultantes das diversas estratégias nutricionais.

Neste e-book foi compilado o resultado de estudos realizados em


humanos e publicados em revistas científicas, que avaliaram a relação
de diferentes dietas e a diversidade e abundância de bactérias da
microbiota intestinal. Os parâmetros aqui apresentados podem ser
analisados por meio dos exames PRObiome e PRObiome Plus.

É importante salientar que, ao analisar a dieta do paciente, seja a


atual ou a recomendada, é crucial levar em consideração não apenas o
tipo de dieta, mas também os alimentos que a compõem. Os efeitos
sobre a microbiota podem variar significativamente com base nos
nutrientes específicos e nas quantidades ofertadas.

Autores:
Louise Crovesy de Oliveira - Nutricionista - PhD - CRN4-100230
Sabrina Reis - Nutricionista - PhD - CRN3-32672
Daniela Sousa - Designer
02

Versão: 2024.1
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Esse documento é de propriedade da BiomeHub e está legalmente
protegido. Não é permitida a sua distribuição ou cópia, tanto parcial
ou na sua integralidade, sem a devida permissão do proprietário.
Pirâmide de Evidência

A avaliação da qualidade metodológica dos estudos pode ser


feita utilizando uma pirâmide de evidência, que auxilia o profissional
de saúde na interpretação dos resultados. A pirâmide classifica o nível
de evidência dos diferentes tipos de estudos, de forma simples e
visual.

Neste guia sinalizamos o nível de evidência de cada estratégia.


Desta forma, esperamos melhorar sua experiência na interpretação e
aplicação de estratégias nutricionais cientificamente embasadas.

03
Fonte: Adaptado de Oxford Center for Evidence-Based Medicine: Levels of Evidence. Produced by
Bob Phillips, Chris Ball, Dave Sackett, Doug Badenoch, Sharon Straus, Brian Haynes, Martin Dawes
since November 1998. Updated by Jeremy Howick March 2009.

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Introdução

A microbiota intestinal sofre influência de diversos fatores,


podendo ser endógeno ou exógeno ao hospedeiro, como por exemplo
a genética e o estilo de vida, respectivamente (1). Neste contexto, a
dieta é um importante pilar na modulação intestinal, correspondendo
a cerca de 60% da variação da microbiota e podendo contribuir para a
homeostase ou desequilíbrio dos microrganismos, servindo como
fator protetor ou causador de inúmeras doenças (2).

Atualmente existem diferentes estratégias nutricionais que são


empregadas com objetivos distintos no tratamento de sintomas e
condições apresentados pelos pacientes. Porém, o impacto que elas
podem causar na microbiota deve ser considerado na prescrição do
tratamento para o paciente com a intenção de prevenir o
desequilíbrio da microbiota intestinal (3).

Os componentes dietéticos podem ser favoráveis ou deletérios


à manutenção da microbiota, podendo também impactar no manejo
de sintomas e condições do paciente. Uma dieta com variedade de
nutrientes irá fornecer substratos para diferentes bactérias da
microbiota, promovendo aumento da diversidade e abundância de
bactérias benéficas (4). Enquanto as dietas mais restritivas tendem a
04 reduzir a população bacteriana, podendo, a longo prazo comprometer
o equilíbrio da microbiota intestinal (5). Ademais, alguns nutrientes da
dieta são capazes de favorecer o crescimento de bactérias com
características pró-inflamatórias como o ácido graxo saturado, açúcar
e aditivos alimentares (2). Por outro lado, as fibras, polifenóis e a
gordura poli-insaturada ômega-3 são capazes de aumentar as
bactérias benéficas na microbiota (6).

A seguir, são apresentados os impactos que as diversas dietas


podem ter na diversidade e abundância dos principais filos, gêneros e
espécies que constituem a microbiota intestinal.

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1.
Dieta rica em
fibras

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Dieta rica em fibras

As fibras são polímeros de carboidratos que não são hidrolisados


pelas enzimas do trato digestivo humano. Porém, são metabolizadas
pelas bactérias intestinais, as quais expressam enzimas ativas em
carboidratos (CAZymes), gerando principalmente ácidos graxos de
cadeia curta. As fibras podem ser divididas em solúveis e insolúveis e
estão presentes nas frutas, hortaliças, oleaginosas e cereais (7).

A dieta rica em fibras é aquela na qual há um consumo


aumentado deste componente dietético. Baseado na recomendação
de Ingestão Dietética de Referência (DRI), o consumo ideal de fibras
varia entre 20-35 g para adultos, com isso pode-se partir do princípio
que o consumo acima de 35 g diárias de fibras é considerado uma
dieta rica em fibra.

Porém, não há um valor específico para definir uma dieta rica em


fibras, pois seu consumo é variado de acordo com a cultura alimentar,
por exemplo (8):
se o consumo médio for de 40 g/dia, seria necessário, neste caso,
o consumo de fibras superar o consumo habitual e a
recomendação de DRI;
se o consumo médio for abaixo de 20 g/dia, a recomendação de
06 DRI já pode ser considerada uma dieta rica em fibra.

Neste ebook foram incluídos 11 estudos com dieta rica em fibras.


Uma dieta rica em fibras promove uma série de benefícios à saúde, e
as pesquisas demonstram que o aumento da ingestão de fibras,
também é favorável para a microbiota intestinal, por se tratar de um
dos principais substratos utilizados pelas bactérias. De forma geral, os
estudos relatam aumento na diversidade e abundância das bactérias
marcadoras de saúde, além da redução de bactérias com perfil pró-
inflamatório (Proteobacteria). Desta forma, a inclusão de fibras parece
ter grande importância para a manutenção da saúde da microbiota
intestinal.

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Dieta rica em fibras

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
intestinais)
E=30
Diversidade ↑

Indivíduos com diabetes tipo 2


(dieta rica em fibra VS. controle) (10)
1c
N=17

Legenda: ↑ aumenta a diversidade


N=número de indivíduos no estudo; E=número de estudos incluídos
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

07

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Dieta rica em fibras

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com diabetes tipo 2


Firmicutes ↓ (dieta rica em fibra VS. controle)
N=17
1c (10)

Indivíduos com diabetes tipo 2


Bacteroidetes ↑ (dieta rica em fibra VS. controle)
N=17
1c (10)

Razão Indivíduos com diabetes tipo 2


Firmicutes/ ↓ (dieta rica em fibra VS. controle)
N=17
1c (10)
Bacteroidetes

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
intestinais)
E=30

Proteobacteria ↓ Indivíduos com diabetes tipo 2


(dieta rica em fibra VS. controle) 1c (10)
N=17

08
Indivíduos com diabetes tipo 2
(dieta rica em fibra VS.
1c (11)
tratamento dietético usual)
N=43

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância/razão


N=número de indivíduos no estudo; E=número de estudos incluídos
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta rica em fibras

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
intestinais)
E=30

Indivíduos com diabetes tipo 2


(dieta rica em fibra VS.
1c (11)
tratamento dietético usual)
N=43
Faecalibacterium
prausnitzii

Indivíduos com obesidade e
doença cardíaca (dieta pobre em
gordura e rica em carboidrato
1c (12)
complexo VS. dieta
mediterrânea)
N=20

Indivíduos com sobrepeso


diabetes tipo 2 (dieta rica em
fibra VS. tratamento dietético 1c (13)
usual)
N=56
09
Indivíduos saudáveis
(suplemento de amido resistente
Eubacterium
rectale
↑ ou inulina VS. suplemento
placebo)
1b (14)

N=174

Legenda: ↑ aumenta a abundância


N=número de indivíduos no estudo; E=número de estudos incluídos
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta rica em fibras

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
intestinais)
E=30

Indivíduos com sobrepeso,


Roseburia ↑ obesidade e diabetes tipo 2
(dieta + suplemento de fibras VS. 1b (15)
dieta + placebo)
N=290

Indivíduos com sobrepeso


diabetes tipo 2 (dieta rica em
fibra VS. tratamento dietético 1c (13)
usual)
N=56

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
10 intestinais)
E=30

Akkermansia
muciniphila
↑ Indivíduos com diabetes tipo 2
(dieta rica em fibra VS. controle) 1c (10)
N=17

Indivíduos com sobrepeso


diabetes tipo 2 (dieta rica em
fibra VS. tratamento dietético 1c (13)
usual)
N=56

Legenda: ↑ aumenta a abundância


N=número de indivíduos no estudo; E=número de estudos incluídos
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta rica em fibras

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
intestinais)
E=30

Indivíduos saudáveis
1a (16)
N=2099 / E=58

Indivíduos com diabetes tipo 2


1a (17)
E=9

Indivíduos com diabetes tipo 2


1a (18)
E=10

Bifidobacterium ↑ Indivíduos saudáveis


(suplemento de amido resistente
ou inulina VS. suplemento 1b (15)
placebo)
N=174

Indivíduos com diabetes tipo 2


11 (dieta rica em fibra VS. controle) 1c (10)
N=17

Indivíduos com diabetes tipo 2


(dieta rica em fibra VS.
1c (11)
tratamento dietético usual)
N=43

Indivíduos saudáveis (pré VS.


pós intervenção) 2b (19)
N=22

Legenda: ↑ aumenta a abundância


N=número de indivíduos no estudo; E=número de estudos incluídos
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta rica em fibras

Nível de
Efeito Condição/N amostral DOI
evidência

Indivíduos com doenças


inflamatórias crônicas (doença
cardiovascular, diabetes
mellitus, artrite reumatoide, 1a (9)
doenças inflamatórias
intestinais)
E=30

Indivíduos saudáveis
Lactobacillus ↑ N=2099 / E=58
1a (16)

Indivíduos com diabetes tipo 2


(dieta rica em fibra VS. controle) 1c (10)
N=17

Indivíduos saudáveis (pré VS.


pós intervenção) 2b (19)
N=22

Legenda: ↑ aumenta a abundância


N=número de indivíduos no estudo; E=número de estudos incluídos
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

12

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2.
Dieta
Plant-based

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Dieta Plant-based

A dieta plant-based, como o nome sugere, se refere a dieta que


tem como base os alimentos de origem vegetal, incluindo frutas,
verduras, legumes, grãos integrais, oleaginosas e sementes, podendo
conter ou não níveis moderados de alimentos de origem animal. Os
alimentos são consumidos em sua versão integral. Assim, são
excluídos do cardápio alimentos ultraprocesados, fast-foods,
refinados e frituras (20).

Desta forma, algumas dietas podem ser consideradas plant-based,


tais como as dietas vegetarianas, podendo ser restrita (vegana) ou não
(ovovegatariana. lactovegetariana, ovolactovegetariana, pescetariana),
flexitariana, mediterrânea e DASH (20).

Foram encontrados 4 estudos que avaliaram o impacto da dieta


plant-based na microbiota intestinal. A dieta plant-based exerce
efeitos benéficos na microbiota intestinal, promovendo o aumento de
bactérias marcadoras de saúde (Faecalibacterium prausnitzii e
Roseburia) e reduzindo bactérias com perfil pró-inflamatório. Porém,
seu efeito sobre a diversidade é controverso. O estudo que
14 identificou redução na diversidade utilizou uma dieta com base em
carnes de origem vegetal, tendo um excesso de produtos
processados, que contém aditivos que podem comprometer a
microbiota intestinal. Por outro lado, o estudo que descreve a
associação com uma maior diversidade incluiu diversos alimentos de
origem vegetal, sendo um cardápio mais diverso e variado, fator que
provavelmente contribuiu para o aumento da diversidade microbiana.

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Dieta Plant-based

Nível de
Efeito Condição/N amostral DOI
evidência

Indivíduos saudáveis (dieta


↓ plant-based VS. dieta habitual)
N=39
1c (21)

Diversidade
Indivíduos com risco
cardiovascular (pré VS. pós
↑ intervenção)
1c (22)

N=73

Indivíduos saudáveis (dieta


Firmicutes ↑ pescetariana VS. vegana)
N=149
2b (23)

Indivíduos adultos (dieta plant-


based VS. onívora) 1a (24)
N=612
Faecalibacterium
prausnitzii
↑ Indivíduos com risco
cardiovascular (pré VS. pós
1c (22)
intervenção)
N=73

Indivíduos adultos (dieta plant-


based VS. onívora) 1a (24)
15 N=612

Roseburia ↑ Indivíduos com risco


cardiovascular (pré VS. pós
1c (22)
intervenção)
N=73

Legenda: ↑ aumenta a diversidade/abundância; ↓ diminui a diversidade


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta Plant-based

Nível de
Efeito Condição/N amostral DOI
evidência

Indivíduos adultos (dieta plant-


Sutterellaceae
(Proteobacteria)
↓ based VS. onívora)
N=612
1a (24)

Indivíduos com risco


Bilophila
cardiovascular (pré VS. pós
wadsworthia ↓ intervenção)
1c (22)
(Proteobacteria) N=73

Indivíduos com risco


Bacteroides
cardiovascular (pré VS. pós
vulgatus ↓ intervenção)
1c (22)
(Bacteroidetes) N=73

Indivíduos com risco


Bacteroides
cardiovascular (pré VS. pós
caccae ↓ intervenção)
1c (22)
(Bacteroidetes) N=73

Legenda: ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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3.
Dieta do
Mediterrâneo

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Dieta do Mediterrâneo

A dieta do mediterrâneo é definida pelo consumo elevado de


cereais integrais, leguminosas, frutas, legumes e oleaginosas, e baixo
consumo de leite e derivados, carne e aves. Além de um moderado
consumo de álcool, especialmente o vinho. A principal característica
desta dieta é o baixo consumo de ácidos graxos saturados, e elevado
de gorduras insaturadas e compostos fenólicos, com potencial anti-
inflamatório e antioxidante (25). Foram detectados 5 estudos com
dieta do Mediterrâneo e seu impacto sobre a microbiota intestinal.

Segundo estudos que avaliaram a microbiota intestinal, este tipo


de dieta promove o aumento de bactérias marcadoras de saúde
(Faecalibacterium prausnitzii, Eubacterium rectale e Roseburia), pois
contém muitos alimentos fontes de prebióticos utilizados por estas
taxonomias.

18

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Dieta do Mediterrâneo

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (adesão à


Razão dieta mediterrânea VS. não
Firmicutes/ ↓ adesão)
2b (26)
Bacteroidetes N=27

Indivíduos com sobrepeso e


obesidade (dieta mediterrânea
1b (27)
VS. habitual)
N=82

Faecalibacterium Indivíduos idosos (adesão à


prausnitzii ↑ dieta VS. sem adesão à dieta)
N=612
1c (28)

Indivíduos com síndrome


metabólica (pré VS. pós
1c (29)
intervenção)
N= 106

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a razão


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta do Mediterrâneo

Nível de
Efeito Condição/N amostral DOI
evidência

Indivíduos com obesidade e


doença cardíaca (dieta
mediterrânea VS. dieta pobre em
1c (12)
gordura e rica em carboidrato
complexo)
N=20

Indivíduos com sobrepeso e


obesidade (dieta mediterrânea
1c (27)
VS. habitual)
Roseburia ↑ N=82

Indivíduos idosos (adesão à


dieta VS. sem adesão à dieta) 1c (28)
N=612

Indivíduos com síndrome


metabólica (pré VS. pós
1c (29)
intervenção)
N=106

Indivíduos idosos (adesão à


Eubacterium
rectale
↑ dieta VS. sem adesão à dieta)
N=612
1c (28)

20
Indivíduos saudáveis (adesão à
dieta mediterrânea VS. não
Bifidobacterium ↓ adesão)
2b (26)
N=27

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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4.
Dieta
Vegetariana

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Dieta Vegetariana

A dieta vegetariana é aquela na qual há a exclusão de carnes de


origem animal e produtos oriundos de animais em diferentes níveis.
Dentro da dieta vegetariana existem divisões de acordo com as
exclusões alimentares que são realizadas podendo haver a exclusão
total ou parcial de tais produtos da alimentação (30).

Desta forma temos a dieta: ovo vegetariana, que permite a


inclusão apenas de ovos, lactovegetariana, que permite leite e
derivados, e ovolactovegetariana, que pode consumir ovos, leites e
derivados (30).

Foram encontrados 6 trabalhos que avaliaram a dieta vegetariana


na microbiota intestinal. Segundo a literatura, a dieta vegetariana
parece promover um aumento na diversidade, na abundância do filo
Bacteroidetes e de algumas bactérias marcadoras de saúde
(Faecalibacterium prausnitzii e Roseburia), e reduzir o filo
Proteobacteria, que contém bactérias com perfil pró-inflamatório.
Nesta dieta é permitida a maior inserção de alimentos no cardápio,
não sendo tão restritiva quanto a vegana, o que contribui com
22 aumento de diversidade, além disso a baixa quantidade de proteína de
origem animal e aumentada no consumo de vegetais, parece
favorecer a redução de bactérias com perfil pró-inflamatório.

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Dieta Vegetariana

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (dieta


Diversidade ↑ vegetariana VS. onívora)
N=101
2b (31)

Indivíduos saudáveis (dieta


Bacteroidetes ↑ vegetariana VS. onívora)
N=101
2b (31)

Indivíduos saudáveis (dieta


vegetariana VS. onívora) 2b (32)
N=36

Proteobacteria ↓
Mulheres saudáveis (dieta
vegetariana VS. onívora) 2b (33)
N=24

Legenda: ↑ aumenta a diversidade/abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

23

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Dieta Vegetariana

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com excesso de peso


Faecalibacterium sem comorbidades (dieta
prausnitzii
↑ vegetariana VS. dieta habitual)
1c (34)

N=115

Mulheres saudáveis (dieta


vegetariana VS. onívora) 2b (33)
N=24

Indivíduos saudáveis (dieta


vegetariana VS. onívora) 2b (35)
Roseburia ↑ N=36

Indivíduos eutróficos e com


sobrepeso (dieta
2b (36)
ovolactovegetariana VS. onívora)
N=272

Mulheres saudáveis (dieta


Bifidobacterium ↓ vegetariana VS. onívora)
N=24
2b (33)

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
24 *Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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5.
Dieta Vegana

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Dieta Vegana

A dieta vegana se refere a um estilo de vida no qual o indivíduo


exclui o consumo de produtos de origem animal, desde a alimentação
até o vestuário e cosméticos, sendo permitido apenas os alimentos de
origem vegetal. A dieta vegana é adotada por várias razões, incluindo
preocupações éticas em relação aos direitos dos animais,
preocupações ambientais relacionadas à pecuária e também
benefícios potenciais para a saúde (30).

Para garantir uma nutrição adequada, os veganos precisam planejar


cuidadosamente suas refeições para garantir a obtenção de todos os
nutrientes essenciais, como proteína, ferro, cálcio, vitamina B12 e
ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (30).

Foram identificados 11 estudos investigando o papel dieta


vegana sobre a microbiota intestinal. Os estudos encontrados foram
unânimes em mostrar redução na diversidade. Este fenômeno pode
estar relacionado à redução da variedade de alimentos devido à
exclusão dos alimentos de origem animal. Outros impactos na
microbiota foram a redução do filo Firmicutes e aumento do filo
26 Bacteroidetes, principalmente do gênero Prevotella. Houveram
divergências em algumas bactérias marcadoras de saúde
(Bifidobacterium e Lactobacillus), que podem ter ocorrido pelos
alimentos que compõem a dieta. Dependendo de quais são as
escolhas alimentares dentro da dieta o impacto sobre a microbiota
pode diferir em alguns parâmetros.

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Dieta Vegana

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis veganos


há 3 anos (dieta vegana VS.
2b (37)
onívora)
N=95

Indivíduos saudáveis (dieta


Diversidade ↓ vegana VS. ocidental)
N=205
2b (38)

Indivíduos saudáveis em dieta


há 6 meses (dieta vegana VS.
2b (39)
onívora)
N=89

Legenda: ↓ diminui a diversidade


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

27

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Dieta Vegana

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (dieta


vegana VS. pescetariana) 2b (23)
N=149

Firmicutes ↓ Indivíduos eutróficos e com


sobrepeso (dieta vegana VS.
2b (36)
ovolactovegetariana e onívora)
N=272

Indivíduos saudáveis (dieta


vegana VS. onívora ou
2a (40)
ociedental)
N=268

Indivíduos saudáveis (dieta


vegana VS. onívora) 2b (31)
N=101

Indivíduos eutróficos e com


sobrepeso (dieta vegana VS.
Bacteroidetes ↑ ovolactovegetariana e onívora)
2b (36)
N=272

28 Indivíduos saudáveis (dieta


vegana VS. onívora) 2b (41)
N=72

Indivíduos com obesidade e


diabetes tipo 2 e/ou hipertensão
2b (42)
(pré VS. pós intervenção)
N=6

Razão Indivíduos saudáveis (dieta


Firmicutes/ ↓ vegana VS. ocidental)
N=205
2b (38)

Bacteroidetes

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância/razão


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta Vegana

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (dieta


Faecalibacterium
prausnitzii
↑ vegana VS. onívora)
N=72
2b (40)

Indivíduos saudáveis (dieta


Roseburia ↓ vegana VS. rica em carne)
N=53
2c (43)

Indivíduos saudáveis (dieta


vegana VS. onívora ou
2a (41)
ociedental)
N=268

Indivíduos saudáveis veganos


↓ (dieta vegana VS. onívora) 2b (37)
N=95

Indivíduos saudáveis (dieta


Bifidobacterium vegana VS. rica em carne 2c (43)
N=53

Indivíduos saudáveis (dieta


vegana VS. lowcarb) 2b (39)
29 N=89


Indivíduos saudáveis (pré VS.
pós intervenção) 2c (44)
N=85

Indivíduos saudáveis (dieta


↓ vegana VS. ocidental)
N=205
2b (38)

Lactobacillus
Indivíduos saudáveis (pré VS.
↑ pós intervenção)
N=85
2c (44)

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.
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Dieta Vegana

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com obesidade e


Escherichia diabetes tipo 2 e/ou hipertensão
(Proteobacteria)
↓ (pré VS. pós intervenção)
2b (42)

N=6

Indivíduos com obesidade e


Klebsiella diabetes tipo 2 e/ou hipertensão
(Proteobacteria)
↓ (pré VS. pós intervenção)
2b (42)

N=6

Legenda: ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

30

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6.
Dieta isenta
em glúten

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Dieta isenta em glúten

O glúten corresponde a 85-90% do total de proteínas presentes


nos grãos de trigo. Embora o trigo seja uma boa fonte de vários
nutrientes e um substrato fermentável pela microbiota, muitas
pessoas acabam excluindo o glúten da dieta sem necessidade (45).
Uma dieta isenta em glúten se refere à exclusão por completo
dos alimentos que contêm glúten na sua composição (trigo, centeio,
cevada) ou que tenham risco de terem sido contaminados com glúten
oriundo de outros alimentos fontes processados com mesmo
equipamento ou utensílio de cozinha (46). Além disso, a dieta isenta
de glúten é específica para os distúrbios relacionados ao glúten, os
quais são indutores de sintomas gastrointestinais (47).

Dentre os distúrbios relacionados ao glúten eles podem ser de


caráter autoimune, como a doença celíaca ou alérgica, e a
sensibilidade ao glúten não celíaca, que não é nem de caráter
autoimune e nem alérgico (47).

Até o momento há poucas evidência do impacto da dieta isenta


em glúten sobre a microbiota, sendo encontrados apenas 4 estudos. A
32 exclusão do glúten da dieta promove a redução global do consumo de
alimentos fontes de carboidratos, podendo reduzir a diversidade,
devido à restrição alimentar, e as bactérias que usam como substrato
as fontes de carboidratos, incluindo as bactérias marcadoras de saúde,
principalmente Bifidobacterium. O estudo que encontrou aumento de
Faecalibacterium prausnitzii e Roseburia utilizou um pão com baixo teor
de gliadina. Desta forma não se pode generalizar que a isenção de
glúten aumenta as bactérias marcadoras de saúde.

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Dieta isenta em glúten

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos celíacos em remissão


Diversidade ↓ VS. indivíduos não celíacos
N=28
2b (48)

Indivíduos celíacos ativos VS.


indivíduos não celíacos e
Firmicutes ↓ indivíduos celíacos em remissão
2b (48)

N=28

Indivíduos celíacos ativos VS.


indivíduos não celíacos e
Bacteroidetes ↑ indivíduos celíacos em remissão
2b (48)
N=28

Indivíduos com sensibilidade ao


Faecalibacterium glúten não celíaca (pré VS. pós
prausnitzii
↑ intervenção)
2c (49)
N=11

Indivíduos com sensibilidade ao


glúten não celíaca (pré VS. pós
Roseburia ↑ intervenção)
2c (49)
N=11

33
Indivíduos com doença celíaca
VS. indivíduos não celíacos 1c (50)
N=76

Bifidobacterium ↓ Indivíduos com doença celíaca


em dieta isenta de glúten VS.
indivíduos com doença celíaca
2a (51)
não tratados e indivíduos
saudáveis
N=724

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a diversidade/abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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7.
Dieta low
FODMAP

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Dieta low FODMAP

A dieta low FODMAP é reduzida nos alimentos que têm níveis


consideráveis de FODMAPs, que são um grupo de açúcares que o
organismo humano não consegue digerir completamente. FODMAP
se refere à Oligossacarídeos (frutanos e galactoligossacarídeos),
Dissacarídeos (lactose), Monossacaríeos (frutose), e Polióis (sorbitol e
manitol) Fermentáveis. A estratégia low FODMAP é composta por 3
fases, na qual na primeira fase ocorre a exclusão de alimentos com
alto a moderado teor de FODMAP, seguida pela segunda fase na qual
há a reintrodução dos alimentos com FODMAP, e na terceira fase
ocorre a personalização da dieta baseada na aceitação dos alimentos
reintroduzidos na fase anterior (52).

Essa dieta é recomendada particularmente para o alívio de


sintomas de pacientes com síndrome do intestino irritável, casos
específicos de doença inflamatória intestinal e de desordens
relacionadas ao glúten (52).

Foram encontrados 7 pesquisas que investigaram o impato da


dieta low FODMAP na microbiota intestinal. A dieta low FODMAP
35 pode causar impactos negativos na microbiota, devido a exclusão de
diferentes fibras, que servem de substratos para as bactérias
marcadoras de saúde da microbiota intestinal. Por conta disso, ela
pode levar a redução destas bactérias (Faecalibacterium prausnitzii e
Bifidobacterium), sendo a mais impactada o gênero Bifidobacterium. No
entanto, há limitações, pois ainda existem poucos estudos avaliando o
impacto dessa dieta na microbiota intestinal.

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Dieta low FODMAP

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com diagnóstico de


SII (dieta Low FODMAP VS. dieta
Bacteroidetes ↑ controle)
1b (53)

N=95

Indivíduos com diagnóstico de


doença intestinal (DII, SII, câncer
de cólon) (dieta Low FODMAP 1a (54)
VS. dieta controle)
N=275
Faecalibacterium
prausnitzii

Indivíduos com doença de Crohn
ou colite ulcerativa e sintomas
gastrointestinais (dieta Low 1c (55)
FODMAP VS. dieta controle)
N=52

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

36

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Dieta low FODMAP

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com diagnóstico de


doença intestinal (DII, SII, câncer
de cólon) (dieta Low FODMAP 1a (54)
VS. dieta controle)
N=275

Adultos e adolescentes com


diagnóstico de SII (dieta Low
1a (56)
FODMAP VS. dieta controle)
N=320

Indivíduos com diagnóstico de


SII (dieta Low FODMAP VS. dieta
1a (57)
controle)
N=403

Bifidobacterium ↓ Indivíduos com diagnóstico de


SII (dieta Low FODMAP VS. dieta
1b (53)
controle)
N=95

Indivídos com diagnóstico de SII


ou distensão abdominal
funcional (dieta Low FODMAP 1b (58)
37 VS. prebiótico)
N=44

Indivíduos com diagnóstico de


SII padrão diarreico (dieta Low
FODMAP VS. aconselhamento 1b (59)
nutricional tradicional) /
N=108

Legenda: ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta low FODMAP

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com diagnóstico de


SII padrão diarreico (dieta Low
Bilophila
(Proteobacteria)
↑ FODMAP VS. aconselhamento
nutricional tradicional)
1b (59)

N=108

Indivíduos com diagnóstico de


doença intestinal (DII, SII, câncer
de cólon) (dieta Low FODMAP 1a (54)
VS. dieta controle)
N=275
Bilophila
wadsworthia ↑
(Proteobacteria) Indivíduos com diagnóstico de
SII ou distensão abdominal
funcional (dieta Low FODMAP 1b (58)
VS. prebiótico)
N=44

Indivíduos com diagnóstico de


SII padrão diarreico (dieta Low
Fusobacterium
(Fusobacteria)
↓ FODMAP VS. aconselhamento
nutricional tradicional)
1b (59)

N=108

38 Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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8.
Dieta
low Carb e
Cetogênica

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Dieta low Carb e Cetogênica

A dieta low carb ou restrita em carboidrato é uma dieta com


redução dos carboidratos totais consumidos, podendo ter uma
variação de restrição entre 10-40% do valor energético total (VET)
deste macronutriente na dieta. Dentro desta dieta existem dois tipos
principais: moderada restrição de carboidratos, que permite um
consumo de 30-40% do VET de carboidratos (~150-200 g de
carboidrato por dia), e muito restrita em carboidrato, que contempla
até 10% do VET de carboidrato (30-50 g de carboidrato por dia). Esta
última eliminam da dieta várias fontes importantes de carboidratos
como: frutas, legumes, grãos e vegetais amiláceos. Por outro lado,
prioriza alimentos fontes de gordura mono e poli-insaturada (60).

Esse padrão dietético começou a ser utilizado anos atrás para


tratamento de Epilepsia refratária da infância (pacientes
apresentavam menos crises convulsivas) e desde então, apesar de ser
uma dieta de complexa sustentabilidade, atualmente vem sendo
estudada nos diagnósticos psiquiátricos (61).

Foram incluídos 14 estudos avaliando o impacto de dietas com


baixo teor de carboidrato na microbiota intestinal. As dietas low
carb/cetogênica impactam os dois principais filos da microbiota,
40 favorecendo a redução de Firmicutes e aumento de Bacteroidetes.
Isso se deve a natureza destas dietas que promovem redução do
consumo de carboidratos, que servem de substratos para o filo
Firmicutes, e aumentam as proteínas e gordura, em especial as de
origem animal, favorecendo os Bacteroidetes. Ademais, a supressão
de carboidratos promove redução do consumo de fibras, o que leva a
redução das bactérias marcadoras de saúde. A Akkermansia
muciniphila aumentou em um dos estudos, provavelmente pela
presença de polifenóis na dieta empregada, que foi mediterrânea
cetogênica. Outra alteração encontrada foi o aumento das bactérias
com perfil pró-inflamatório, que pode ter ocorrido pelo maior
consumo de ácidos graxos saturados e proteína animal.

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Dieta low Carb e Cetogênica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com lesão crônica na


medula espinhal (C2-L2) há pelo
menos 3 anos e resistência à
↓ insulina (dieta low carb VS.
1c (62)
controle)
N=19
Diversidade

Indivíduos com obesidade (pré


VS. pós dieta cetogênica com
↑ restrição severa de calorias)
1b (63)

N=33

Indivíduos com obesidade sem


comorbidades (pré VS. pós dieta
1b (64)
cetogênica)
N=15

Indivíduos com obesidade e


resistência à insulina (pré VS.
pós dieta cetogênica com 1c (65)
restrição severa de caloria)
N=48

Crianças com epilepsia não
41 Firmicutes respondedores a tratamento
medicamentoso (pré VS. pós 2b (66)
dieta cetogênica)
N=20

Indivíduos com excesso de peso


(pré VS. pós dieta low carb) 2b (67)
N=65

Indivíduos com obesidade (pré


VS. pós dieta cetogênica com
↑ restrição severa de calorias)
1b (63)
N=33

Legenda: ↑ aumenta a diversidade; ↓ diminui a diversidade/abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.
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Dieta low Carb e Cetogênica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com obesidade sem


comorbidades (pré VS. pós dieta
1b (64)
cetogênica)
N=15

Indivíduos com obesidade e


resistência à insulina (pré VS.
pós dieta cetogênica com 1c (65)
restrição severa de caloria)
N=48

Adultos com obesidade (pré VS.


Bacteroidetes ↑ pós dieta cetogênica com
restrição severa de caloria)
1c (68)
N=38

Crianças com epilepsia não


respondedores a tratamento
medicamentoso (pré VS. pós 2b (66)
dieta cetogênica)
N=20

Indivíduos com excesso de peso


(pré VS. pós dieta low carb) 2b (67)
42 N=65

Legenda: ↑ aumenta a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta low Carb e Cetogênica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com obesidade (pré


VS. pós dieta cetogênica com
1b (63)
restrição severa de calorias)
N=33

Indivíduos com obesidade (pré


↓ VS. pós dieta cetogênica com
restrição severa de caloria)
1c (68)

N=38

Indivíduos com excesso de peso


(pré VS. pós dieta low carb) 2b (67)
Proteobacteria N=65

Indivíduos com obesidade e


resistência à insulina (pré VS.
pós dieta cetogênica com 1c (65)
restrição severa de caloria)
N=48

Crianças e adolescentes com
epilepsia (pré VS. pós dieta
1c (69)
cetogênica)
N=12
43
Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância
N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta low Carb e Cetogênica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com excesso de peso


Desulfovibrio
(Proteobacteria)
↑ (pré VS. pós dieta low carb)
N=49
1c (70)

Indivíduos com excesso de peso


Bilophila
(Proteobacteria)
↑ (pré VS. pós dieta low carb)
N=49
1c (70)

Bilophila Indivíduos com excesso de peso


wadsworthia ↑ VS. eutróficos (dieta low carb)
N=86
1c (71)

(Proteobacteria)

Crianças e adolescentes com


epilepsia (pré VS. pós dieta
1c (69)
cetogênica)
N=12
Escherichia coli
(Proteobacteria)

Indivíduos com excesso de peso
VS. eutróficos (dieta low carb) 1c (71)
N=86

Legenda: ↑ aumenta a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.
44

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Dieta low Carb e Cetogênica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Crianças e adolescentes com


Eubacterium epilepsia (pré VS. pós dieta
rectale
↓ cetogênica)
1c (69)

N=12

Indivíduos pré-diabéticos com ou


sem comprometimento cognitivo
Akkermansia
muciniphila
↑ leve (pré VS. pós dieta
mediterrânea cetogênica)
1b (72)

N=40

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

45

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Dieta low Carb e Cetogênica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Idosos com risco de doença de


Alzheimer (dieta mediterrânea
cetogênica VS. dieta 1b (73)
recomendada por AHA**)
N=17

Adultos jogadores de futebol


semiprofissional (dieta
mediterrânea cetogênica VS. 1b (74)
ocidental)
N=16

Crianças e adolescentes com


epilepsia (pré VS. pós dieta
1c (69)
cetogênica)
Bifidobacterium ↓ N=12

Indivíduos seguindo dieta por


pelo menos 6 meses (dieta low
2b (39)
carb VS. vegana)
N=89

Indivíduos com excesso de peso


VS. eutróficos (dieta low carb) 2b (71)
46 N=86

Indivíduos de meia idade com


alto teor de gordura no fígado
2b (75)
(pré VS. pós dieta lowcarb)
N=10

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.
** AHA = American Heart Association

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9.
Restrição
calórica

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Dieta com Restrição calórica

A restrição calórica é definida como uma redução total e


contínua na ingestão de energia das necessidades calóricas do
indivíduo, mantendo a oferta de nutrientes para manutenção das
atividades celulares (76).

A restrição calórica pode ser dividida em: moderada, quando há


uma redução de até 40% da ingestão calórica total, ou muito pobre
em caloria, quando a ingestão calórica diária fica em torno de 800 kcal
(76).

Os 12 estudos publicados sobre o impacto da restrição calórica na


microbiota ainda apresentam muitas diferenças na população avaliada
e no tipo de restrição calórica adotada. O filo Firmicutes reduziu
quando a restrição calórica foi severa e associada à dieta cetogênica,
ou seja, além da restrição de calorias houve redução do consumo de
carboidratos, que são substratos deste filo. Alguns parâmetros
mostram divergência, e na maioria dos casos se deve às diferentes
populações estudadas (obesos vs. eutróficos) e/ou o grau de restrição
das calorias (moderada ou severa). Dietas com restrições severas
48 tendem a ter uma variedade alimentar reduzida, podendo impactar
negativamente nas bactérias marcadoras de saúde. As dietas com
restrição calórica moderada tendem a preservar mais as bactérias
marcadoras de saúde. Um dos estudos que encontrou aumento de
Akkermansia muciniphila usou uma fórmula contendo inulina (dieta de
800 kcal/dia), e em contrapartida também observou aumento em
várias bactérias com perfil pró-inflamatório. Além da restrição calórica
reduzir a ingestão de alimentos de forma global, é importante
considerar quais alimentos irão compor esta dieta para prever o
impacto que ela poderá causar na microbiota intestinal, se positivo ou
negativo.

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Dieta com Restrição calórica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Mulheres com excesso de peso e


na menopausa (pré VS. pós
↓ intervenção)
1b (77)

N=80

Indivíduos com obesidade (pré


VS. pós intervenção) 1b (78)
N=18

Diversidade Indivíduos com excesso de peso


e pelo menos 3 critérios para
síndrome metabólica VS. 1c (79)
↑ indivíduos eutróficos
N=78

Indivíduos com obesidade e


diabetes tipo 2 (pré VS. pós
2b (80)
intervenção)
N=12

Legenda: ↑ aumenta a diversidade; ↓ diminui a diversidade


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

49

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Dieta com Restrição calórica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com obesidade e


resistência à insulina (pré VS.
Firmicutes ↓ pós intervenção)
1c (65)

N=48

Adolescentes com excesso de


peso (pré VS. pós intervenção) 1b (81)
N=13

Indivíduos com obesidade e


resistência à insulina (pré VS.
Bacteroidetes ↑ pós intervenção)
1c (65)
N=48

Indivíduos com obesidade (pré


VS. pós restrição calórica) 1c (68)
N=38

Indivíduos com síndrome


Razão metabólica (dieta mediterrânea
Firmicutes/ ↑ com restrição calórica VS. sem
restrição calórica)
1b (82)

Bacteroidetes
N=362

50 Legenda: ↑ aumenta a abundância/razão; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta com Restrição calórica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com obesidade (pré


VS. pós restrição calórica) 1c (68)
N=38


Mulheres com obesidade (pré
VS. pós intervenção) 2b (83)
N=20

Proteobacteria
Indivíduos com obesidade e
resistência à insulina (pré VS.
1c (65)
pós intervenção)
N=48

Indivíduos com obesidade (pré
VS. pós intervenção) 1c (84)
N=23

Indivíduos com obesidade e


Escherichia coli peso estável há dois anos (pré
(Proteobacteria)
↑ VS. pós intervenção)
1c (85)

N=16

Indivíduos com obesidade e


Parasutterella
51 peso estável há dois anos (pré
excrementihominis ↑ VS. pós intervenção)
1c (85)
(Proteobacteria) N=16

Indivíduos com obesidade e


Bacteroides peso estável há dois anos (pré
vulgatus ↓ VS. pós intervenção)
1c (85)
(Bacteroidetes) N=16

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Dieta com Restrição calórica

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos com excesso de peso


e pelo menos 3 critérios para
Faecalibacterium
prausnitzii
↑ síndrome metabólica VS.
indivíduos eutróficos
1c (79)

N=78

Indivíduos com excesso de peso


e pelo menos 3 critérios para
síndrome metabólica VS. 1c (79)
indivíduos eutróficos
N=78

Indivíduos com obesidade (pré


↓ VS. pós intervenção) 1c (84)
N=23
Roseburia
Indivíduos com obesidade e
diabetes tipo 2 (pré VS. pós
2b (78)
intervenção)
N=12

Adolescentes com excesso de


↑ peso (pré VS. pós intervenção)
N=13
1b (81)

52
Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância
N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos excesso de peso VS.


↓ eutróficos
N=86
1c (71)

Bifidobacterium
Mulheres com obesidade (pré
↑ VS. pós intervenção)
N=20
2b (83)

Indivíduos com excesso de peso


e pelo menos 3 critérios para
síndrome metabólica VS. 1c (79)
indivíduos eutróficos
N=78
Akkermansia
muciniphila

Indivíduos com obesidade e
peso estável há dois anos (pré
1c (85)
VS. pós intervenção)
N=16

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
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53

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10.
Jejum
intermitente

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Jejum intermitente

O jejum intermitente se refere a períodos de tempo sem


consumo de calorias com duração fixa, sendo permitida a ingestão de
alguns líquidos não calóricos. Existem diferentes protocolos propostos
que determinam os períodos alimentados (aquele no qual é permitido
o consumo de calorias) e não alimentados (jejum), podendo ser:

Dias alternados - jejum de 24 horas 2 vezes na semana, sendo dias não


consecutivos, com 5 dias na semana de alimentação que pode ser livre
(sem restrição calórica) ou com restrição moderada a severa de calorias.
Alimentação com tempo restrito (TRF) - período do dia não alimentado,
podendo variar de 12h a 18h de jejum (86).

Muitas pessoas vêm adotando essas estratégias, em busca de


benefícios à saúde, no entanto, pouco se sabe sobre o seu impacto na
microbiota intestinal a longo prazo. Ainda temos poucos estudos que
são preliminares e com divergências entre eles. Dos 5 artigos
encontrados que atenderam aos critérios de elegibilidade para
inclusão neste material, 2 não observaram mudança na microbiota
intestinal. Três artigos foram com TRF de 12 h (n=1) e 16h (n=2) de
55 jejum diários. A estratégia de 12h de jejum foi realizada em indivíduos
com obesidade associando a restrição calórica (-500 a 1000 Kcal/dia)
e levou ao aumento de bactéria com perfil pró-inflamatório. E o único
trabalho que mostrou aumento de uma bactéria marcadora de saúde
(Roseburia) foi conduzido em indivíduos com síndrome metabólica em
jejum com restrição de 75% das calorias em 2 dias não consecutivos e
5 dias de dieta ad libitum.
Os resultados são controversos dificultando identificar o impacto
do jejum sobre a microbiota intestinal, pois os protocolos empregados
e a população de estudo são distintos, além de o que é consumido no
período alimentado não ser especificado nos estudos e ser o provável
elemento que levou as mudanças na microbiota intestinal.

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Jejum intermitente

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (pré VS.


Diversidade ↑ pós jejum)
N=80
1c (87)

Indivíduos saudáveis (pré VS.


Bacteroidetes ↑ pós jejum)
N=80
1c (87)

Indivíduos com síndrome


Roseburia ↑ metabólica (pré VS. pós jejum)
N=46
1c (88)

Indivíduos com obesidade


Parasutterella
(Proteobacteria)
↑ (préVS. pós jejum)
N=49
1c (89)

Legenda: ↑ aumenta a diversidade/abundância


N=número de indivíduos no estudo
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11.
Dieta
ocidental

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Dieta ocidental

A dieta ocidental é caracterizada por alto teor de ácidos graxos


saturados, grãos refinados, açúcar, sal, álcool e aditivos presentes em
alimentos industrializados. Associado a isso, há um baixo consumo de
fibras (frutas e vegetais) (90).

Neste padrão alimentar há o consumo frequente de lanches


rápidos como fast food e snacks (90).

Foram incluídos 6 estudos que abordaram o efeito da dieta


ocidental na microbiota intestinal. Apesar de alguns parâmetros
importantes terem aumentado (diversidade e bactérias marcadoras de
saúde), a dieta ocidental tem características que favorecem o
aumento de bactérias com perfil pró-inflamatório, devido ao excesso
de carboidratos simples, açúcar e ácidos graxos saturados. O aumento
na diversidade e nas marcadoras de saúde foi em comparação à dieta
vegana, que é um padrão alimentar com restrição importante de
alimentos. Desta forma, não se pode afirmar que o padrão ocidental
oferece efeitos positivos para saúde da microbiota intestinal.

58

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Dieta ocidental

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (dieta


Diversidade ↑ ocidental VS. dieta vegana)
N=205
2b (38)

Indivíduos saudáveis (pré VS.


↓ pós intervenção)
N=245
1b (91)

Indivíduos saudáveis (dieta


ocidental VS. dieta vegana,
Firmicutes 2b (38)
vegetariana e flexitariana)
N=205

Crianças europeias VS. Crianças
africanas de aldeia rural 2b (92)
N=29

Indivíduos saudáveis (pré VS.


Bacteroidetes ↑ pós intervenção)
N=245
1b (91)

Razão Indivíduos saudáveis (dieta


Firmicutes/ ↑ ocidental VS. dieta vegana) 2b (38)
59 Bacteroidetes
N=205

Indivíduos com excesso de peso


(dieta rica em gordura saturada
VS. rica em gordura insaturada 1c (93)
ou açúcar simples)
N=38
Proteobacteria ↑
Crianças europeias VS. Crianças
africanas de aldeia rural 2b (92)
N=29
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Indivíduos saudáveis (dieta com


Bilophila
(Proteobacteria)
↑ fast food VS. mediterrânea)
N=10
1b (94)

Legenda: ↑ aumenta a diversidade/abundância/razão; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.
Dieta ocidental

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Adultos jogadores de futebol


semiprofissional (dieta ocidental
Bifidobacterium ↑ VS. mediterrânea cetogênica)
1b (74)

N=16

Indivíduos saudáveis (dieta


ocidental VS. dieta vegana e
Lactobacillus ↓ vegetariana)
2b (38)

N=205

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

60

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12.
Dieta
onívora

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Dieta onívora

A dieta onívora é a mais realizada no mundo, sendo composta


por alimentos de origem animal e vegetal, não tendo restrições de
alimentos (95).

Foram encontrados 6 trabalhos com dieta onívora e a maioria


mostrou o aumento de bactérias com perfil pró-inflamatório. Este
aumento foi encontrado em comparação com a dieta vegetariana. O
consumo de proteína animal eleva a ingestão de ácidos graxos
saturados, que podem aumentar bactérias com perfil pró-inflamatório.
Uma dieta onívora, nem sempre será maléfica para a microbiota
intestinal, pois depende dos alimentos que a compõem e o equilíbrio
entre os nutrientes.

62

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Dieta onívora

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Indivíduos saudáveis (dieta


↓ onívora VS. vegana)
N=101
2b (31)

Indivíduos saudáveis veganos


há 3 anos (dieta vegana VS.
Diversidade 2b (37)
onívora)
N=95

Indivíduos saudáveis (dieta
onívora VS. vegana) 2b (96)
N=100

Legenda: ↑ aumenta a diversidade; ↓ diminui a diversidade


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

63

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Dieta onívora

Nível de
Efeito Condição/N amostral Ref*
evidência

Mulheres saudáveis (dieta


Proteobacteria ↑ onívora VS. vegetariana)
N=24
2b (33)

Indivíduos saudáveis (dieta


onívora VS. vegetariana e

Desulfovibrionaceae 2b (35)
(Proteobacteria) vegana)
N=36

Indivíduos eutróficos e com


Succinivibrio sobrepeso (dieta onívora VS.
(Proteobacteria)
↓ vegana e ovolactovegetariana)
1b (36)

N=272

Indivíduos saudáveis (dieta


Bilophila onívora VS. vegetariana e
wadsworthia ↑ vegana)
2b (35)
(Proteobacteria) N=36

Parasutterella Indivíduos saudáveis (dieta


excrementihominis ↑ onívora VS. vegana)
N=100
2b (96)
(Proteobacteria)
64
Indivíduos saudáveis (dieta
onívora VS. vegetariana e
2b (35)
Bacteroides vegana)
N=36
vulgatus
(Bacteroidetes)

Indivíduos saudáveis (dieta
onívora VS. vegana) 2b (96)
N=100

Legenda: ↑ aumenta a abundância; ↓ diminui a abundância


N=número de indivíduos no estudo
*Para maiores informações sobre a dieta e tempo de tratamento consultar os artigos na íntegra.

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Resumo
DIETAS

PARÂMETROS
Rica em Plant- Mediterrâneo Vegetariana Vegana Isenta em Low Low carb e Restrição Jejum Ocidental Onívora
fibras based glúten FODMAP cetogênica calórica intermitente

Diversidade ↑↑ ↑↓ - ↑ ↓↓↓ ↓ - ↑↓ ↑↑↑↓ ↑ ↑ ↑↑↓

Firmicutes ↓ ↑ - - ↓↓ ↓ - ↑↓↓↓↓ ↓ - ↑↑↓ -

Bacteroidetes ↑ - - ↑ ↑↑↑↑↑** ↑ ↑ ↑↑↑↑↑ ↑↑↑ ↑ ↑ -

Proteobacteria* ↓↓↓ ↓↓ - ↓↓ ↓↓ - ↑↑↑ ↑↑↑↑↓↓↓ ↑↑↑↓↓↓ ↑ ↑↑↑ ↑↑↑↓

Faecalibacterium ↑↑↑↑ ↑↑ ↑↑↑ ↑ ↑ ↑ ↓↓ - ↑ - - -


prausnitzii

Roseburia ↑↑↑ ↑↑ ↑↑↑↑ ↑↑↑ ↓ ↑ - - ↑↓↓↓ ↑ - -


65
Eubacterium
rectale ↑ - ↑ - - - - ↓ - - - -

Bifidobacterium ↑↑↑↑↑↑↑↑ - ↓ ↓ ↑↑↓↓↓ ↓↓ ↓↓↓↓↓↓ ↓↓↓↓↓↓ ↑↓ - ↑ -

Akkermansia ↑↑↑ - - - - - - ↑ ↑↑ - - -
muciniphila

Lactobacillus ↑↑↑↑ - - - ↑↓ - - - - - ↓ -

Legenda: ↑ aumenta a diversidade/abundância; ↓ diminui a diversidade/abundância. A quantidade de setas representa o número de estudos com o resultado representado.
* Taxonomias do filo Proteobacteria; **Relacionado ao aumento do gênero Prevotella.

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4.
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