Aula 3

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DIREÇÃO DEFENSIVA


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AULA 3 – COMPORTAMENTO SEGURO NA CONDUÇÃO DE


VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA

Introdução

Nesta aula, você conhecerá as principais causas de acidentes e os procedimentos adequados para a realização
de manobras como a ultrapassagem. Aprenderá também como evitar o envolvimento em acidentes ao adotar
procedimentos seguros na condução de veículos de emergência.

3.1. DEFININDO ACIDENTE DE TRÂNSITO


Mas você deve estar se perguntando: afinal, o que é acidente de trânsito?

Acidente de trânsito é:

Todo acontecimento, casual ou não, tendo como consequências danos


físicos ou materiais, envolvendo veículos, pessoas e/ou animais nas vias
públicas.

Em sua opinião, quais as principais causas dos acidentes de trânsito?

3.2 ACIDENTE EVITÁVEL OU NÃO EVITÁVEL


Caro profissional de segurança pública, a primeira coisa que devemos pensar quando tratamos sobre acidentes
de trânsito é: afinal, os acidentes são evitáveis ou não evitáveis?

De acordo com as pesquisas realizadas sobre o assunto, confira as definições dos acidentes evitáveis e dos
acidentes inevitáveis:

Acidentes evitáveis Acidente inevitável

São aqueles que ocorrem apenas porque pelo menos uma das pessoas envolvidas não agiu corretamente ou
tomou as medidas de segurança cabíveis.

Levando-se em consideração que os acidentes de trânsito são o resultado de múltiplos fatores e que, em quase
90% dos acidentes, o erro humano é o principal motivo (de acordo com pesquisas na área de acidentologia, os
defeitos em veículos respondem por cerca de quatro por cento das causas principais e os defeitos nas vias por
cerca de 6%), fica claro que a grande maioria dos acidentes
DIREÇÃO é completamente evitável. Praticamente todos os
DEFENSIVA
 acidentes de trânsito são evitáveis. Na maior parte das vezes, só acontecem porque alguém é negligente de
alguma forma, como, por exemplo, quando 
alguém dirige em alta velocidade, com os pneus carecas, sem manter
uma distância de segurança, realizando ultrapassagens em faixa contínua.

Qual a sua opinião a respeito disso? Você concorda comigo que a esmagadora maioria dos acidentes de trânsito
são evitáveis?

A violência dos graves acidentes está presente nas vias urbanas e rurais de todo o país. Aproximadamente 90%
dos acidentes têm como causa a falha humana e, normalmente, ela recai sobre três aspectos jurídicos que
caracterizam a culpabilidade:

Figura 60: Três aspectos jurídicos que caracterizam a culpabilidade


Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.

O acidente é um evento — de certa forma, intencional —, que pode ser evitado. É causador de lesões físicas e,
muitas vezes, emocionais; no âmbito doméstico ou nos ambientes sociais. O acidente de trânsito visto como uma
violência poderá ajudar na elaboração e na implementação de políticas públicas que possam prevenir sua
ocorrência.

3.3 A IMPORTÂNCIA DE VER E SER VISTO


Como é sabido, nós, seres humanos, possuímos cinco sentidos que possibilitam a nossa interação com o mundo:

Figura 61: Cinco sentidos


Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
DIREÇÃO DEFENSIVA

de veículos, a visão acaba
Do ponto de vista do trânsito e da condução tendo um papel primordial!
Assim, para transitar com segurança, é necessária a capacidade do condutor para ver o que está à sua volta, e
também é primordial que o seu veículo seja visto pelos demais atores envolvidos no trânsito. Isso porque,
conforme já sabemos, a falta de visibilidade, isto é, a falha em ver o que está na pista a tempo de tomar as
decisões adequadas, é uma das principais causas de acidentes.

Vejamos, agora, algumas dicas gerais para aumentar nossa capacidade de vermos e sermos vistos, assim como
alguns aspectos específicos para os veículos de emergência.

3.3.1 Aspectos gerais

a) Sistema de Iluminação dos Veículos:

b) Use o sistema de sinalização (setas) corretamente:

c) Regulagem dos espelhos retrovisores:

d) Luz certa em caso de neblina:

3.3.2 Aspectos específicos para os veículos de emergência

a) Uso das luzes intermitentes: b) Padronização visual dos veículos:

Conforme vimos no módulo anterior, as luzes intermitentes são uma das características distintivas dos veícul
de emergência, devendo ser, obrigatoriamente, acionadas para que o veículo desfrute das prerrogativas de
prioridade de passagem, de livre-circulação, de estacionamento e de parada. No caso de deslocamento de
urgência, elas devem ser usadas em conjunto com os dispositivos de alarme sonoro.

O uso correto das luzes intermitentes vai aumentar sobremaneira a visibilidade do veículo de emergência,
evitando que você se envolva em acidentes de trânsito, especialmente durante o período noturno.

3.4 A importância do comportamento seguro na condução de veículos


especializados

Caro profissional de segurança pública, como você já está ciente a esta altura de nossos estudos, os veículos de
emergência possuem características e regras bem específicas para a sua condução com segurança.

Conforme vimos anteriormente, existem vários tipos de acidentes e de fatores de risco para a condução. No
entanto, um dos fatores mais comuns para a ocorrência de acidentes é não ser capaz de desviar ou parar seu
veículo a tempo de evitar a colisão. Por isso, é importante que você tome medidas que possam garantir a sua
segurança, tais como:

a) Manter a distância de segurança:

b) Antecipar a frenagem:

c) Controlar a situação:

d) Prestar atenção redobrada nos cruzamentos:


DIREÇÃO DEFENSIVA

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3.5 COMPORTAMENTO SEGURO E COMPORTAMENTO DE RISCO —
DIFERENÇA QUE PODE POUPAR VIDAS.
O trânsito em condições seguras é um direito de todos (CTB – art. 1º, § 2º) (BRASIL, 1997), cabendo aos órgãos
do Sistema Nacional de Trânsito as medidas que assegurem a efetivação desse direito.

Veja o que diz o CTB, em seu artigo 1º, inciso 2º:

Art. 1º, § 2º “O trânsito, em condições seguras, é um direito


de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito
das respectivas competências, adotar as medidas
destinadas a assegurar esse direito”.

Mas, além de ser um direito, o comportamento seguro no trânsito também é um dever de todos os cidadãos
usuários das vias terrestres, seja na condição de condutor, de pedestre ou de passageiro. E VOCÊ, profissional de
segurança pública, tem um papel importante nesse quesito.

Entre as causas que influenciam o comportamento de risco no trânsito, temos o ser humano, as vias e os
veículos. Conforme já falamos anteriormente, mais de 90% dos acidentes de trânsito decorrem da adoção de
comportamentos inseguros ou imprudentes por parte dos condutores de veículos motorizados. Reconhecer
estes comportamentos é um passo muito importante para que se obtenha atitudes prudentes e seguras.

Comportamentos de risco do condutor

Muitas vezes, durante a viagem, o motorista adota comportamentos de risco, geralmente na intenção de
completar sua jornada no menor tempo possível. Na grande maioria das vezes, o ganho de tempo é ínfimo e isso
não chega nem perto de compensar os riscos assumidos. Entre os diversos comportamentos inadequados
adotados pelos condutores dos veículos motorizados, podemos citar os seguintes:

I II III I

Não sinalizar as mudanças de faixa de rolamento, as manobras de conversão à esquerda e à direita e os


retornos;

Muitos acidentes de trânsito acontecem não por incapacidade ou por falta de habilidade dos condutores, mas
como consequências de escolhas e de decisões erradas, que fazem com que o condutor cometa infrações e dirija
de forma imprudente.

Importante
Caro profissional de segurança pública,
DIREÇÃO é importante que você avalie as suas
DEFENSIVA
 atitudes de modo a perceber se, na sua condução, você adota
 ou comportamentos seguros.
comportamentos de risco  Devemos ter
autocrítica e estar sempre avaliando o nosso comportamento. Lembre-se: o
primeiro e principal interessado na sua segurança é VOCÊ! Além disso, sua
família e seus companheiros de trabalho agradecem a sua prudência.

3.6 COMO ULTRAPASSAR E SER ULTRAPASSADO

3.6.1 Ultrapassagem, uma manobra arriscada

Quando você se desloca em um veículo de emergência (ambulância, viaturas de socorro e salvamento, viatura
policial, viatura de fiscalização de trânsito), por ruas, avenidas e rodovias de pista simples, necessita, em muitos
momentos, realizar uma manobra arriscada: a ultrapassagem.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) nos traz a seguinte definição:

“ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro


veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor
velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair
e retornar à faixa de origem” (Anexo I) (BRASIL, 1997, n.p.).

A ultrapassagem é uma manobra perigosa, pois, por alguns instantes, o veículo adentra a faixa de trânsito dos
veículos que transitam em sentido contrário e, caso ocorra algum erro de cálculo por parte do condutor que
realiza a ultrapassagem, pode ocorrer uma colisão frontal, um acidente que muitas vezes gera vítimas fatais.

A urgência da ocorrência, o som agudo da sirene, o estresse do motorista e, dependendo da velocidade, uma
redução significativa da visão periférica são fatores que podem alterar o senso crítico do agente que conduz o
veículo.

IMPORTANTE:

Visão periférica: observe o desenho e entenda o que ocorre com a visão


periférica quando você se desloca em alta velocidade. Quanto mais veloz
você estiver, mais seu campo de visão se reduz, entrando num efeito túnel
(visão de túnel) e deixando de captar, por exemplo, a presença de ciclistas e
de pedestres que trafegam pelas margens da via.

Quanto maior for a velocidade, menor será o campo de visão do condutor,


trazendo, como consequência, sérios riscos à segurança.
DIREÇÃO DEFENSIVA

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Figura 62: Visão periférica x velocidade


Fonte: do conteudista.

Etapas para uma ultrapassagem segura

Para que a manobra de ultrapassagem ocorra com segurança, você deve seguir as seguintes etapas:

I II III I

Mantenha a distância de segurança em relação ao veículo que segue adiante;

Saiba mais:

As normas que regem o comportamento adequado dos condutores de


veículos que realizam a manobra de ultrapassagem estão dispostas no art.
29, inciso IX, X e XI do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

3.6.3 Como ser ultrapassado

Em condições normais de operação de um veículo de emergência, especialmente quando as viaturas policiais


estão realizando atividades de ronda e de patrulhamento, em velocidade moderada, poderá ocorrer que outros
veículos que seguem atrás queiram ultrapassar a viatura.

Saiba mais:

As viaturas de polícia quando em atividades de patrulhamento ou


policiamento ostensivo deverão, de uma forma geral, adotar uma baixa
velocidade. Por este motivo, recomendamos que estes deslocamentos sejam
feitos pela faixa mais à direita da via quando esta comportar mais de uma
faixa de rolamento.
Nesses casos, o condutor de veículo de emergência,
DIREÇÃOao DEFENSIVA
perceber que outro veículo que o segue deseja ultrapassá-
 lo, deve deslocar-se para a faixa da direita (sem acelerar a marcha), caso esteja circulando pela faixa de
rolamento da esquerda.  

Se o veículo de emergência estiver nas demais faixas (que não aquela da esquerda) ou estiver transitando em
rodovias de pista simples, ele deve manter-se na faixa que está circulando, sem acelerar a marcha.

Nunca acelere enquanto está sendo ultrapassado, especialmente em rodovias de pista simples e duplo sentido de
circulação, pois isso prolonga o tempo que o outro veículo fica no sentido contrário, aumentando o risco para
ambos.

Quanto antes o veículo que ultrapassa o veículo de emergência conseguir completar a manobra com segurança,
tanto melhor para todos os envolvidos.

Saiba mais:

As normas que regem o comportamento adequado dos condutores de


veículos que estão sendo ultrapassados estão dispostas no art. 30 do Código
de Trânsito Brasileiro.

Fatores de risco em ultrapassagens

Além das etapas para realizar a ultrapassagem, você precisa levar em consideração diversos fatores que podem
influenciar nessa manobra, como, por exemplo:

I II III I

Motorização do veículo que está conduzindo (potência e combustível);

Veja o que diz o CTB, em seu artigo 203, inciso III:

Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo:


§ 3º - nas pontes, viadutos ou túneis;
Infração- gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes).

3.7 PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

I II III I
DIREÇÃO DEFENSIVA

Excesso de velocidade;  

3.8 COMO EVITAR ACIDENTES COM OUTROS VEÍCULOS — TIPOS DE


ACIDENTES E COMO EVITÁ-LOS
No desempenho da atividade de condução de veículos de emergência, os riscos de ser envolvido em acidentes de
trânsito aumentam exponencialmente. Para que você possa reduzir esses riscos, além da atenção redobrada,
deve utilizar técnicas de condução operacional defensivas.

3.8.1 Colisão Frontal

Esse acidente ocorre quando os dois veículos se chocam frontalmente. Trata-se de um acidente muito perigoso,
pois os vetores de velocidades são somados, gerando, não raras vezes, graves danos aos ocupantes dos veículos,
geralmente resultando em morte. Normalmente, ela ocorre em rodovias de pista simples como resultado de
ultrapassagens mal calculadas ou realizadas em locais proibidos e/ou sem visibilidade.

Figura 63: Colisão frontal


Fonte: https://www.metropoles.com

Para evitar a colisão frontal, você deve:

I II III I

Prever com antecedência o risco de erro na manobra;

IMPORTANTE
Em caso de colisão, o uso do cinto de
DIREÇÃO segurança por todos os ocupantes
DEFENSIVA
 aumenta em até seis vezes a chance de sobrevivência. Você, como todos os
seres humanos, possui  sérias lesões ou irá a
um corpo frágil que sofrerá
óbito em caso de acidente. Então, se você deseja voltar para casa em
segurança, o uso do cinto aumenta essa probabilidade.

Existem muitos profissionais de segurança pública, em especial os policiais, que têm receio de usar o cinto de
segurança por temer que, em caso de situações de confronto com criminosos armados, o cinto de segurança
possa interferir na mobilidade e no desembarque dos ocupantes da viatura. No entanto, embora em situações
excepcionais isso possa ser verdade, nas condições normais de trabalho, o risco de se envolver em um acidente
de trânsito é muitas vezes maior do que o risco de ser surpreendido por um ataque repentino. Além do mais, o
uso do colete balístico pode dar ao profissional uma segunda chance de reação, ao passo que a não utilização do
cinto, em caso de acidentes, impede qualquer tipo de reação. Se você tiver alguma dúvida, consulte a doutrina de
abordagem e patrulhamento da sua corporação.

Assista ao vídeo:
E reflita sobre a sua decisão pelo uso ou não do cinto de segurança.

3.8.2 Colisão Traseira

De acordo com a análise de boletins de acidentes de trânsito, uma das principais causas desse tipo de acidente é
motivada por condutores que têm o hábito de dirigir muito próximos aos veículos da frente (“colado”); e, por isso,
nem sempre é possível avisá-los da manobra que se pretende fazer, principalmente nas emergências. Outros
motivos são a falta de consciência dos condutores em sinalizar suas manobras de conversão e paradas
repentinas.

Observação: como você estudará no próximo módulo, esse tipo de acidente pode causar grave lesão no pescoço
(coluna cervical) dos ocupantes do veículo colidido por trás, ocasionada pelo movimento do “efeito chicote”.
Quando possível, uma providência a ser tomada dentro das
DIREÇÃO técnicas defensivas é “livrar-se” do condutor que o
DEFENSIVA
 segue a curta distância, incentivando-o a ultrapassá-lo, facilitando a ultrapassagem com a redução da velocidade
e/ou com o deslocamento ao acostamento, ou até mesmo com a parada  em tal faixa.

Figura 64: Colisão traseira


Fonte: https://portalespigao.com.br

Atitudes para evitar colisão traseira:

1. Fique alerta:

2. Domine a situação:

3. Mantenha a distância:

4. Comece a parar mais cedo:

5. Saiba o que fazer:

6. Sinalize suas intenções:

7. Pare suave e gradativamente:

3.9 O ACIDENTE DE DIFÍCIL IDENTIFICAÇÃO DA CAUSA (COLISÃO


MISTERIOSA):
É chamado de acidente de difícil identificação da causa ou de Colisão Misteriosa o acidente de trânsito que
envolve apenas um veículo e que apresenta dificuldade para se definir a causa provável. Os principais elementos
causadores são:

I II III I

Pista de rolamento;

Estude a seguir cada um deles!

Pista de rolamento

Condições climáticas

Correntes aerodinâmicas

Veículo

O outro condutor

O estado físico e mental


DIREÇÃO DEFENSIVA

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3.10 COMO EVITAR ACIDENTES COM PEDESTRES E OUTROS
INTEGRANTES DO TRÂNSITO (MOTOCICLISTAS, CICLISTAS,
CARROCEIROS, ESQUEITISTAS)

3.10.1 Atropelamento de pedestres

Os impactos das colisões de veículos com pedestres são responsáveis por muitas mortes anualmente. A
diferença de peso e de resistência que há entre uma pessoa e um veículo provoca um encontro bem desigual,
resultando, na maioria dos casos, em ferimentos graves.

Como o comportamento do pedestre pode ser imprevisível, a melhor regra para evitar atropelamentos é ser
cuidadoso, concedendo-lhe o direito de passagem. Um número considerável de pessoas atropeladas estavam
alcoolizadas no momento do acidente.

Quase todos os adultos atropelados são pessoas que não sabem dirigir, portanto, não têm noção da distância de
parada ou desconhecem seus deveres como parte do trânsito no tocante à legislação. O CTB, em seu artigo 254,
prevê algumas situações que consistem em infrações de trânsito para o pedestre, como permanecer ou andar nas
pistas de rolamento ou atravessar fora da faixa. No entanto, a falta de regulamentação deste artigo compromete
a sua aplicabilidade.

Importante

Como condutor defensivo, você deve dedicar atenção especial às crianças,


pessoas idosas e aos deficientes físicos, pois estes grupos são mais
suscetíveis de envolverem-se em acidentes.

3.10.2 Como evitar acidentes com motociclistas

Cada vez mais, aumenta a quantidade de motocicletas em circulação em nosso trânsito. Um dos motivos que
levam a isso é a precariedade do transporte público; além disso, os preços desses veículos são mais baixos que
os dos automóveis, e o consumo de combustível também é mais econômico.

Ocorre que, ao mesmo tempo em que aumenta a quantidade de motocicletas e de outros ciclos motorizados
(motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados etc.), também aumenta, a cada ano, a quantidade de acidentes
envolvendo esses tipos de veículos. Em geral, esses acidentes têm, ao menos, um ferido: o próprio motociclista.
Isso decorre da fragilidade estrutural de tais veículos, que não possuem a proteção fornecida pelo habitáculo da
cabine de um automóvel ou de uma camioneta, por exemplo.

Por esse motivo, a recomendação é ter bastante cuidado com a aproximação de motocicletas; pois, por vezes,
seus condutores fazem manobras imprevisíveis. E, nos grandes centros urbanos, um cuidado especial deve ser
dispensado à questão dos “corredores”, que se formam entre os carros, nos congestionamentos. Não é incomum
que os motociclistas transitem em alta velocidade neles, sem cuidados com a distância de segurança.

Veja o que diz o CTB, em seu artigo 29, inciso II:

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação


obedecerá às seguintes normas:
§ 2º - Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste
artigo, em ordem decrescente, os veículos
DIREÇÃO de maior porte serão sempre
DEFENSIVA
 responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não
 incolumidade dos pedestres.
motorizados e, juntos, pela 

E quando o profissional de segurança pública é o motociclista?

Não é incomum que policiais, agentes de trânsito, bombeiros e socorristas sejam motociclistas. Muitos procuram
utilizar-se de motocicletas para deslocar-se ao trabalho devido ao custo mais baixo na aquisição e ao menor
consumo de combustível de tais veículos.

Além disso, como vimos no Módulo 1, além da utilização para fins pessoais, a motocicleta também pode ser um
veículo de emergência. Vários órgãos de segurança pública utilizam-se das motocicletas para o
policiamento/patrulhamento urbano ou rodoviário, em razão de sua versatilidade e facilidade de deslocamento.

Figura 65: Para refletir


Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.

Vamos colocar aqui algumas dicas e conselhos que estão longe de esgotar o assunto:

a) Ponto cego:

b) Distância de segurança:

c) Farol aceso:

d) Buzina:

e) Correntes Aerodinâmicas:

f) Capacete e roupa adequada:

g) Manutenção adequada do veículo:

Assista ao vídeo:
“6 dicas de pilotagem defensiva”, para aprender mais algumas dicas de como conduzir sua motocicleta de
maneira defensiva.
DIREÇÃO DEFENSIVA

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3.10.3 Como evitar acidentes com ciclistas, carroceiros e esqueitistas:

Ciclistas

Uma parcela cada vez maior da população vem optando pelo uso da bicicleta no trânsito, não apenas para as
finalidades de lazer, mas também para os seus deslocamentos cotidianos para trabalhar, para estudar etc.

A grande questão, aqui, é que o sistema viário brasileiro foi concebido, em sua maioria, para acomodar apenas os
veículos motorizados. Esse paradigma tem sido reescrito em algumas cidades que estão investindo em
infraestrutura cicloviária, tais como Fortaleza/CE, Santos/SP e Rio de Janeiro/RJ, as quais vêm se destacando
pelos espaços cada vez maiores e mais adequados para a circulação de ciclistas; mas essas cidades, no Brasil,
infelizmente, ainda são as exceções, não a regra.

Sendo assim, para um bom convívio dos veículos motorizados com os ciclistas e para minimizar o risco de
acidentes, recomendamos as seguintes dicas:

I II III I

Ao ultrapassar um ciclista, o motorista deve sempre observar uma distância


mínima de 1,5 m. Passar muito próximo (tirar “finos”) dos ciclistas pode assustá-
los e causar quedas ou acidentes mais graves. Conforme o art. 201 do CTB,
deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao
passar ou ultrapassar bicicleta, constitui infração de natureza média, punida com
a penalidade de multa;

Figura 66: Ciclistas


Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Carroças DIREÇÃO DEFENSIVA

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Quanto às carroças e aos demais veículos de tração animal, a norma de trânsito diz que eles devem ser
conduzidos pela faixa mais à direita da pista de rolamento, junto à guia da calçada (meio-fio) ou pelo
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada. Devemos ter cuidado quando nos
aproximamos deles; pois, em geral, eles desenvolvem uma velocidade muito abaixo da desenvolvida pelos
veículos motorizados.

Veja o que diz o CTB, em seu artigo 52:

Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela


direita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou
acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles
destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
couber, às normas de circulação previstas neste Código e
às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via.

Figura 67: Carroça


Fonte: https://www.jornalterceiravia.com.br

Esqueitistas e patinadores

Em determinados locais, o condutor de veículo de emergência pode se deparar com esqueitistas, patinadores ou
com outros usuários de brinquedos e/ou de acessórios esportivos nas vias públicas. Apesar de o CTB ser omisso
em relação a eles, as normas de direção defensiva ensinam que eles devem ser considerados como pedestres (e,
portanto, deveriam transitar na calçada ou passeio); então, devemos aplicar as mesmas regras de segurança que
devemos ter com relação aos pedestres.

O que deve ser levado em conta é que os esqueitistas e patinadores podem ser bem rápidos em algumas
ocasiões, especialmente em declives, o que demanda atenção e cuidado redobrados.

Figura 68: Squeitista e patinador


Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen.

3.10.4 Como evitar o atropelamento de animais

Em todos os anos, morrem muitos condutores em consequência de acidentes com animais. Fique atento e dirija
com muito cuidado em regiões de fazendas ou em campos abertos, principalmente à noite, pois podem surgir
animais na pista. Os animais, diante do frio proporcionado pela noite, procuram o asfalto ou as adjacências dele
neste período, já que se trata de um local que absorveu calor durante o dia.

Mais uma vez, fique atento à sinalização vertical de advertência, pois ela pode vir a indicar locais onde há um
grande risco de acidentes envolvendo animais domésticos ou selvagens.

Figura 69: Sinalização Vertical de Advertência indicando risco de acidentes com animais
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004; SCD/EaD/Segen.

IMPORTANTE:
Assim que você perceber animais
DIREÇÃOna via, quaisquer que sejam seus
DEFENSIVA
 tamanhos, reduza a velocidade até que os tenha ultrapassado. Se possível,
caso contrário, informeao órgão competente, pois
auxilie na retirada deles;
compete à Autoridade de trânsito ou seus agentes o recolhimento de
animais da via, conforme o Artigo 269 do CTB.

Figura 70: Atropelamento de animal


Fonte: https://www.didigalvao.com.br

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