3.2.4 CE INEP Especificacoes Tecnicas Const Civil
3.2.4 CE INEP Especificacoes Tecnicas Const Civil
3.2.4 CE INEP Especificacoes Tecnicas Const Civil
ÍNDICE
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ESPECIFICAÇÃO 1 ‐ GENERALIDADES
1. OBJECTO DO TRABALHO
2. OBJECTIVO
O objectivo das especificações que a seguir se apresentam é de definir em geral, juntamente com os
desenhos, memórias e a lista de quantidades, os procedimentos a seguir durante a realização dos
trabalhos. Nos aspectos omissos, o Empreiteiro é obrigado a usar a boa prática de Engenharia.
Todos os materiais e equipamentos a serem incorporados nos trabalhos e na sua fabricação deverão
estar de acordo com as últimas Normas e Especificações aplicáveis, estabelecidas e aprovadas no País
de fabrico dos materiais ou equipamentos.
4. MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO
O Empreiteiro deverá fornecer e manter as instalações necessárias para executar os trabalhos de acordo
com as normas aplicáveis e boa prática de engenharia.
Assume-se que, para formular a sua Proposta, o Empreiteiro tenha-se inteirado completamente das
condições locais, não só em tudo o que possa ser considerado como condicionamento de produção,
mas como também do actual estado de estrutura e das instalações existentes, pelo que não serão
aceites quaisquer reclamações sobre eventuais dificuldades que possam surgir na execução dos
trabalhos por alegado desconhecimento e/ou insuficiência de informação.
Da mesma forma, para a elaboração da sua Proposta, o Empreiteiro deverá procurar inteirar‐se, junto
do Dono da Obra, da melhor localização para o estaleiro da obra.
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5. TRABALHOS PRELIMINARES OU ACESSÓRIOS
5.1. Objectivo
Esta secção define os principais trabalhos preparatórios ou acessórios a serem executados pelo
Empreiteiro no âmbito da Empreitada.
O Empreiteiro procederá à sinalização de toda a área afectada pelos trabalhos, limitando o acesso a
pessoas estranhas pela introdução de uma vedação. A solução deverá ser aprovada pela Fiscalização.
O Empreiteiro procederá a montagem de uma placa de obra metálica, conforme o desenho fornecido
pela Fiscalização, em local a acordar com a Fiscalização. Esta placa deverá conter, em forma visível, a
informação respeitante ao Dono da Obra, Financiador, Fiscalização, Empreiteiro, Projectista, Licença de
Construção e Prazo de Obra, conforme o desenho fornecido, e deverá ser aprovada pela Fiscalização.
O Empreiteiro deverá providenciar instalações de escritórios para o seu pessoal e para a Fiscalização.
Os gabinetes de trabalho do Empreiteiro e da Fiscalização serão independentes.
Os escritórios deverão ter energia eléctrica e água potável canalizada e estar equipados com o seguinte
mobiliário: 1 secretária e respectiva cadeira, uma mesa de reuniões e 6 cadeiras, uma estante de livros
de 2.5 m2. Os pormenores sobre os escritórios e o mobiliário a fornecer deverão ser sujeitos à aprovação
da fiscalização.
O Empreiteiro também deve construir uma instalação sanitária para a fiscalização próxima do gabinete
de trabalho da fiscalização.
5.5. Armazém
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5.6. Vazadouro e/ou Depósito
b) Limpeza;
c) Demolições e remoções; e
d) Outros quaisquer que resultantes dos trabalhos se encontrem no estaleiro sem utilidade.
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ESPECIFICAÇÃO 2 ‐ DEMOLIÇÕES
1. OBJECTIVO
Na presente especificação são fixadas as condições técnicas a que devem satisfazer as operações de
demolição e remoção total ou parcial durante a execução das obras.
2. GENERALIDADES
Dever‐se‐á simplificar ao máximo todo o processo de demolição e transporte do material retirado dentro
da obra, reduzindo ao mínimo o contacto deste material com o operário.
O Empreiteiro deverá estar munido de equipamento e meios apropriados para a execução dos trabalhos,
procurando deste modo evitar a demolição desnecessária de outros elementos.
Todo o material resultante das demolições realizadas na obra é propriedade do Dono da Obra e ficará à
responsabilidade do Empreiteiro até a sua entrega e aceitação formal.
a) Abertura de roços
A abertura de roços para a instalação de elementos para a canalização de água e esgotos ou outros
sistemas previstos no projecto (electricidade, AVAC, informática e segurança electrónica) deve ser feita
nas dimensões e comprimento necessários à instalação das canalizações, evitando danos excessivos
nas paredes e ou lajes.
A execução do roço deve ser antecedida pela respectiva marcação pelo Empreiteiro e aprovação pela
Fiscalização.
Os roços devem ser executados com recurso à equipamentos ligeiros que não resultem em vibrações
excessivas nos elementos não sujeitos à demolição.
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Os equipamentos de demolição devem ser adequados, de calibre consistente com o elemento a demolir,
e em bom estado de utilização.
Após a execução das instalações de canalização de água e esgotos ou outros sistemas previstos no
projecto (electricidade, AVAC, informática e segurança electrónica), as aberturas devem ser seladas
com espuma corta-fogo do tipo “firestop foam cp 620” da Hilti.
4. SELAGEM DE ABERTURAS
O projecto prevê a execução de várias aberturas em paredes e lajes para a passagem de tubagens,
cabos, condutas de AVAC, e outros elementos construtivos. Com vista a evitar que, após a construção,
aqueles locais sejam propensos a facilitar a propagação de chamas em casos de incêndio, aquelas
zonas devem ser devidamente seladas com espuma corta-fogo.
5. MODALIDADES DE MEDIÇÃO
As quantidades para a determinação do custo total no caso de abertura de roços, este trabalho está
incluído nas actividades de montagem das respectivas instalações de hidráulica ou electricidade.
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ESPECIFICAÇÃO 3 ‐ ESCAVAÇÃO E ATERRO
1. OBJECTIVO
A escavação a efectuar refere‐se a todas as variedades de solos na zona a escavar, qualquer que seja
a sua natureza.
2. GENERALIDADE
O Empreiteiro deverá certificar‐se das dificuldades dos trabalhos, quer através dos desenhos do
projecto, quer através do reconhecimento físico do local.
3. ESCAVAÇÕES
A escavação não deve ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo por indicação da
Fiscalização, face à presença de solos que não correspondem à tensão exigida em projecto para as
fundações e que devem por isso ser removidos. Tratando‐se de solos arenosos, as faces laterais das
escavações devem ter uma inclinação de 1:1.5.
A medição dos trabalhos realizados será efectuada em função da cota de fundação prevista no projecto
e considerando que a escavação foi executada com a inclinação máxima de 1:1.5.
Os materiais removidos abaixo das cotas de projecto, deverão ser substituídos por solos devidamente
compactados.
Deverá atender‐se à conveniência de reduzir ao mínimo possível, o tempo que medeia entre a abertura
dos caboucos ou valas e o seu enchimento, de modo a evitar o desmoronamento ou desagregação dos
paramentos das trincheiras e o alagamento demorado destas.
Os fundos das escavações serão regularizados, nivelados e bem compactados. No caso de dúvida da
devida compacidade do leito de fundação, a fiscalização poderá recomendar ensaios para a sua
verificação.
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O material escavado não aplicado em aterros será transportado ao vazadouro.
4. ATERROS
De igual modo o equipamento e os meios humanos utilizados, deverão permitir sempre o bom
andamento dos trabalhos.
Os materiais para aterro devem estar isentos de detritos orgânicos ou lixos e devem provir de solos
seleccionados da escavação.
Os solos a empregar nas camadas de aterro, serão quando necessário, regados, devendo procurar‐se
sempre que possível, conferir aos solos a humidade e o grau de compactação necessários, com um
mínimo de 95% de baridade AASHTO Modificada.
Sempre que se verificar que a humidade dos solos excede os valores óptimos a uma boa compactação,
de acordo com a Fiscalização, tomar‐se‐ão as providencias necessárias à sua correcção.
Os aterros serão cuidadosamente executados em camadas. A espessura das camadas deve estar de
acordo com os meios de compactação. Quando os meios utilizados não forem mecânicos a espessura
da camada não deverá exceder os 0,20m.
Não se deverá proceder ao espalhamento de uma camada sem que a anterior se encontre com o grau
de compactação exigido.
A execução de aterro sobre peças enterradas somente deve ser efectuada após a aprovação da
fiscalização.
A medição das quantidades de aterro será efectuada em função da cota de fundação aprovada pela
fiscalização e tendo em conta que as escavações foram efectuadas como anteriormente especificado.
5. TRANSPORTES A VAZADOURO
O transporte dos produtos sobrantes da escavação a vazadouro será encargo do Empreiteiro e ter‐se‐
á sempre em consideração que a acumulação dos produtos escavados no local, não deverá prejudicar
o bom andamento dos trabalhos.
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6. PARTICULARIDADES
Se a natureza dos solos escavados não permitir a sua utilização em aterros ou se só o permitir
parcialmente, os aterros serão efectuados com solos de empréstimo que obedeçam as qualidades
exigidas.
7. MODALIDADES DE MEDIÇÃO
As quantidades para a determinação do custo total das escavações e aterros serão determinadas com
base nos volumes da zona escavada, previamente aprovados pela fiscalização incluindo o transporte a
vazadouro.
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ESPECIFICAÇÃO 4 ‐ BETÃO SIMPLES OU ARMADO
1. OBJECTIVO
A presente especificação estabelece as condições técnicas gerais a que devem satisfazer os materiais,
o fabrico, o transporte, a colocação e cura do betão a utilizar em obras de betão simples ou armado a
que se não exigem técnicas especiais.
2. NORMAS DE EXECUÇÃO
3. MATERIAIS
3.1. Cimento
Salvo determinação expressa em projecto, o ligante a empregar deverá ser de presa normal. Só será
admitida a utilização de cimento que se encontre em boas condições de aplicação.
Não é autorizado o uso de ligante com elevadas temperaturas resultantes de fabrico, com grânulos
endurecidos que se possam desfazer com a pressão dos dedos; ou, qualquer outra característica que
ponha em perigo o tipo, classe e qualidade do betão pretendido.
Os sacos devem ser armazenados em lotes, correspondentes a cada fornecimento, para permitir o seu
emprego por ordem cronológica e para facilitar a sua identificação em face de eventuais ensaios de
recepção.
Os sacos serão conservados até à sua utilização em armazém, ou contentor exclusivamente destinado
a esse fim, devidamente fechado, coberto e pavimentado com um estrado ligeiramente sobrelevado do
chão, contendo todas as disposições necessárias para evitar a acção da humidade.
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3.3. Dosagens Mínimas
A dosagem mínima de cimento a empregar na fabricação de betão, deve ser estabelecida por estudos
prévios, tendo em vista a resistência, durabilidade, agressividade do meio, impermeabilidade,
trabalhabilidade de um betão da classe especificada no projecto.
Quando não forem realizados estudos prévios de composição do betão, para que este possa ser
considerado da classe B20, terá de ser fabricado com a dosagem mínima de 300 kg de cimento Portland
Normal por metro cúbico de betão.
3.4. Água
A água a empregar nas amassaduras ou na lavagem de inertes, deverá ser doce e limpa, isenta de
substâncias orgânicas, de cloretos, sulfatos e outros sais em percentagens prejudiciais, bem como óleos
ou outras impurezas.
As águas captadas na zona das obras poderão ser utilizadas, desde que obedeçam aos documentos
normativos sobre o seu uso e após aprovação da Fiscalização.
3.5. Areia
Considera‐se areia, o inerte resultante da desagregação de rochas, natural ou provocada, composto por
partículas de dimensões compreendidas entre 0.06 e 5 mm de diâmetro.
A areia a empregar no fabrico de betão, deverá, de preferência, ser natural, de grãos siliciosos e
arredondados, sem conter elementos alongados ou achatados. A curva granulométrica da areia deve
englobar, quase na totalidade, o intervalo das dimensões de areias apresentado, ou seja, não será
permitido o uso somente, nem de areias muito finas, nem muito grossas.
Deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a boa ligação com os outros materiais, tais
como: argilas (especialmente as aderentes ao grão ou em nódulos), mica, carvão, conchas, detritos,
partículas vegetais ou outras matérias orgânicas, cloretos, sulfatos, ou outros sais em percentagem
prejudicial.
A Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições ou
promover a remoção imediata do material rejeitado por encargo do Empreiteiro.
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3.6. Pedra
A pedra para o fabrico de betão poderá ser obtida por britagem ou pela simples extracção de depósitos
naturais. Sempre que possível, deverá ser dada preferência à pedra britada. Britas provenientes de
rochas ígneas, poderão ser aceites, quando satisfaçam o exigido nos documentos normativos.
Pedra proveniente de depósitos naturais deverá tanto quanto possível, ser de natureza siliciosa, e as
superfícies não devem apresentar‐se excessivamente polidas.
A pedra a utilizar deverá ser isenta de quaisquer substâncias que prejudiquem a boa ligação com os
outros materiais, tais como: argilas (especialmente as aderentes à pedra ou em nódulo), mica solta,
carvão, detritos, partículas vegetais ou outros materiais orgânicos, cloretos, sulfatos ou outros sais
em percentagens prejudiciais.
Deverá ser rija, apresentar aspecto homogéneo, não ser margosa nem geladiça, porosa ou quebradiça,
alongada ou achatada.
A pedra deverá ser separada ou ensilada por granulometrias, de forma a não se misturarem no decorrer
dos trabalhos. A dimensão máxima da pedra deve ser de 1 ½”.
A Fiscalização pode impedir a entrada em estaleiro dos materiais que não estejam em condições ou
promover a remoção imediata do material rejeitado, por encargo do Empreiteiro.
A Fiscalização poderá permitir a lavagem da pedra, quando se verificar que da lavagem resulta a sua
recuperação. No caso de a pedra ter de ser lavada para eliminar impurezas, somente deverá ser usada
água doce, potável.
Os inertes das diversas categorias devem ser armazenados separadamente por lotes, tomando‐se os
cuidados necessários para que não haja mistura dos inertes entre si ou com substâncias estranhas.
Cada lote não deverá conter mais de 10% em peso, de partículas fora das suas dimensões limites, nem
mais de 10%, também em peso, de elementos lamelares.
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3.8. Humidade dos Inertes
A humidade dos inertes, na ocasião do fabrico do betão, deve ser tão uniforme quanto possível. Esta
humidade, medida pelo teor em água total, deve ser devidamente tida em conta no estabelecimento da
quantidade de água a utilizar na amassadura em face da dosagem fixada na composição do betão.
As composições do betão devem ser estabelecidas de modo que satisfaçam as características que a
sua utilização impõe ‐ tipo, classe e qualidade ‐ tendo em atenção os componentes disponíveis, as
condições particulares de fabrico, transporte, colocação e cura.
Qualquer que seja a composição do betão a utilizar, ela carece da aprovação da Fiscalização, que
poderá exigir a apresentação dos estudos que conduziram às dosagens propostas para cada um dos
componentes.
5. FABRICO DO BETÃO
A medição dos ligantes deve ser sempre efectuada por pesagem ou por número de sacos de embalagem
de origem. De igual modo, a medição dos inertes deve ser feita em peso, podendo, em casos a aprovar
pela Fiscalização, ser feita em volume. A precisão da medição dos componentes a utilizar em cada
amassadura, deve ter em conta, a qualidade do betão que se pretende.
5.2. Amassadura
O Empreiteiro é obrigado a equipar‐se com os meios necessários à satisfação das quantidades de betão
a colocar. Todos os betões, qualquer que seja o seu tipo ou a sua aplicação, serão fabricados
mecanicamente.
Deve utilizar‐se equipamento que promova a mistura homogénea dos componentes e que não dê lugar
a segregação, assentamento ou fractura dos inertes.
A saída das amassaduras das betoneiras deve ser feita com esta em rotação, e de modo a não provocar
a desagregação total ou parcial dos materiais.
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6. BETONAGEM
Antes do início das betonagens, o Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização o plano das betonagens
a executar, onde se indique, claramente, a localização das juntas de trabalho.
6.2. Transporte
Os processos a utilizar para o transporte ou o transbordo do betão, desde a descarga da betoneira até
ao local de aplicação, deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização.
O intervalo de tempo entre a amassadura e a colocação do betão deve ser o menor possível, com o
limite máximo de 20 minutos.
Não será permitido qualquer processo de transporte ou transbordo que possa causar segregação,
assentamento ou fractura dos inertes, excessiva secura, exagerada exposição à chuva e ao sol ou
quaisquer outros inconvenientes que prejudiquem a sua qualidade. No caso de evidência de segregação,
o fiscal pode rejeitar a amassadura. As amassaduras rejeitadas devem ser inutilizadas.
6.3. Colocação
Os meios a utilizar para colocar o betão "in situ", deverão estar em correspondência com as restantes
instalações, com os volumes exigidos, o tipo, classe e qualidade de betão, bem como, o local da sua
aplicação. Só se deverá colocar o betão no espaço que o irá conter, depois de se verificar que este está
em condições de o receber.
O enchimento deve processar‐se tanto quanto possível de modo contínuo. No caso da interrupção, a
escolha da localização desta e a preparação da superfície de betão para o recomeço da colocação,
devem ser objecto de cuidados especiais.
O enchimento deve fazer‐se por camadas de espessura proporcionada aos meios de compactação. Em
caso algum a espessura das camadas deve exceder 50 cm. O espalhamento do betão para formar estas
camadas, poderá ser efectuado por meios manuais ou mecânicos, mas nunca por vibração.
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Todas as operações de transporte, depósito e colocação propriamente ditas, deverão realizar‐se antes
de se iniciar a presa do betão. Durante a colocação e a posterior compactação do betão, não será
permitido transitar directamente sobre as armaduras, se as houver, ou, por qualquer outra forma,
modificar a sua posição em relação aos elementos estruturais.
6.4. Compactação
Salvo determinação em contrário, todo o betão será compactado com vibração mecânica à massa ou,
no caso de peças pouco espessas, com vibração especial por meio de chapas vibradoras, ou ainda, nos
casos justificáveis e devidamente autorizadas pela Fiscalização, por qualquer sistema de vibração a
cofragem. A vibração deverá ser caracterizada por alta frequência e pequena amplitude.
O número, a massa e a potência dos vibradores deverão estar de acordo com o volume de betão a
vibrar. Cada camada deve ser vibrada até que, depois de obtido o refluimento da água e das partículas
mais finas, cesse a libertação de bolhas de ar.
A compactação do betão deve, portanto, ser feita de modo que o betão venha a constituir, dentro dos
moldes, uma massa homogénea.
Após a desmoldagem ou descimbramento, as superfícies do betão deverão ficar sem pedras à vista,
ninhos de pedras, poros, concavidades ou convexidades.
O tempo para a desmoldagem das peças de betão após a sua betonagem completa e início de processo
de cura é de 2 dias para os pilares e 7 dias para as vigas.
Não serão permitidas as interrupções da betonagem por períodos superiores a 1 hora. Períodos
superiores ao indicado poderão ter de ser encerrados como juntas de trabalho ou de betonagem.
Quando houver necessidade de criar juntas de betonagem, estas devem ser localizadas, tanto quanto
possível, nas secções menos esforçadas das peças e ter orientação sensivelmente perpendicular à
direcção das tensões principais de compressão.
O empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização, o plano de localização das juntas, caso
estas não se possam evitar.
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7. CURA DO BETÃO
A cura deve processar‐se em condições que favoreçam a presa e o endurecimento do betão. Para tal,
tomar‐se‐ão logo após a betonagem, as medidas convenientes face à temperatura do ambiente ou
outros factores que possam provocar a perda de água do betão ou que impeçam a sua reacção com o
ligante.
Os cuidados a ter com a cura do betão deverão ser objecto de aprovação da Fiscalização. Em qualquer
circunstância e nada sendo determinado em contrário, deverão ser observadas as normas seguintes:
✓ a perda de água do betão por evaporação deve ser evitada, usando‐se os seguintes meios:
• manter as superfícies do betão protegidas pelos moldes, não os retirando
prematuramente.
• quando os moldes forem permeáveis, conservá‐los humedecidos;
• revestir as superfícies pelas quais se dá a evaporação, com materiais impermeáveis ou
com materiais humedecidos.
✓ manter continuamente molhadas as superfícies expostas.
As medidas de protecção contra a perda de água por evaporação devem ser mantidas, durante os
seguintes períodos, a partir da betonagem:
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ESPECIFICAÇÃO 5 ‐ MOLDES PARA BETÃO
1. OBJECTIVO
A presente especificação destina‐se a estabelecer as condições técnicas gerais a que deverão obedecer
os moldes para betão.
2. GENERALIDADES
O tipo e a qualidade dos moldes a utilizar, será proposto pelo Empreiteiro e aprovado pela Fiscalização.
De qualquer modo, à partida, a qualidade dos materiais escolhidos para a confecção dos moldes deve
ter em conta, o tipo de acabamento que se deseja conferir ao betão e as tolerâncias admitidas para a
peça a moldar.
Tanto os moldes metálicos, como os de madeira, devem antes do lançamento do betão, apresentar as
superfícies limpas, isentos de detritos, incluindo ferrugem, calda de cimento ou materiais desagradáveis.
Sempre que um molde for reaplicado, de igual modo, as suas superfícies deverão ser inspeccionadas,
reparadas, se necessário, e limpas, antes de nova aplicação.
Devem ser incluídos na cofragem, todos os tacos para fixações, contramoldes para tubagens ou mesmo
tubos para atravessamentos, de modo a evitar posteriores operações de corte ou aberturas de roços.
Quando os moldes forem de madeira de pinho, com a finalidade de diminuir a capacidade de absorção
de água do betão fresco e de reduzir as juntas que houver, devem ser abundantemente regados, de
modo a incharem, sem todavia se deformarem, a água ressumar, ou esta restar neles empoçada.
A utilização de produtos auxiliares de desmoldagem não deve provocar manchas nas superfícies
externas do betão, ou prejudicar a aplicação posterior de qualquer revestimento.
A medição das quantidades de cofragem será efectuada em função das linhas exteriores das peças de
betão projectadas.
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3. CARACTERÍSTICAS
Qualquer que seja o tipo de moldes a utilizar deverão ter as seguintes características:
✓ conferir ao betão fresco, a forma definitiva e prevista para a peça ou conjunto de peças a
betonar;
✓ ser suficientemente rígida e pouco deformável, para poder resistir às solicitações produzidas
durante a betonagem (pesos, pressões, vibrações, sobrecargas, cargas eventuais, choque,
etc.), não se deformando senão dentro do limite das tolerâncias admitidas. Para tal, recorrer‐
se‐á aos escoramentos, contraventamentos e travamentos necessários, que confiram aos
moldes, a rigidez e indeformabilidade pretendida;
✓ ter uma permeabilidade e absorção suficientemente pequenas, para que a leitada de cimento e
partículas finas do betão não se percam em quantidade que possa afectar as características
deste, depois de endurecido. Por este motivo, não serão permitidos nos soltos ‐ quando a
cofragem for de madeira ‐ orifícios ou juntas que permitam o escoamento da leitada;
✓ permitirem, ou terem dispositivos que permitam a fácil colocação do betão.
4. DESMOLDAGEM
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ESPECIFICAÇÃO 6 ‐ AÇOS EM ARMADURAS
1. OBJECTIVO
Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre a execução e colocação
de armaduras de aço correntes em obras de betão armado.
2. GENERALIDADES
As classes e diâmetros a utilizar, serão os que constam dos desenhos de execução do projecto. As
armaduras devem ser executadas dentro das tolerâncias dimensionais admissíveis.
Durante o período de betonagem, dever‐se‐á evitar o mais possível a deslocação e deformação das
armaduras. Será por isso obrigatória a utilização de arames recozidos a fim de atar os varões
das armaduras, de forma a manter entre os varões o posicionamento e o afastamento indicado em
projecto, como também, de forma a que o conjunto de armaduras apresente a rigidez suficiente para
não sofrer deformações, além das tolerâncias admissíveis, quer durante a betonagem e a respectiva
vibração e compactação, quer durante as operações complementares da betonagem. Recorrer‐se‐á a
ferros complementares, mesmo quando não indicados em projecto, sempre que necessários à
manutenção da indeformabilidade necessária às armaduras.
De igual modo, recorrer‐se‐á a calços, os quais serão intercalados entre as armaduras e a face interior
dos moldes, que assegurem o recobrimento regulamentar as armaduras ou o indicado em projecto,
quando este for superior à dimensão de recobrimento regulamentar.
De preferência, estes calços serão pré‐fabricados com material que possa ficar incorporado na peça a
betonar ‐ desde que não interfiram na sua estabilidade ‐ de espessura constante e contendo já o arame
de atar.
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Os varões colocados em obra devem estar convenientemente limpos de ferrugem solta, de qualquer
material destacável, de matérias orgânicas, óleos ou outros materiais que possam afectar a aderência
dos varões ao betão ou a sua durabilidade.
3. EXECUÇÃO
Os ganchos terminais dos varões lisos devem ter a forma semi‐circular, com os diâmetros de curvatura
mínimos relacionados com o diâmetro dos varões a que se referem e ser prolongados de comprimento
recto pelo menos igual a quatro vezes o diâmetro do varão.
A amarração dos varões, salvo indicação expressa do projectista, deverá ser feita, prolongando‐se dos
comprimentos de amarração indicados na regulamentação em vigor.
As amarrações dos varões do tipo liso, serão terminados por ganchos, excepto em armaduras
longitudinais de pilares quando as armaduras não estejam especialmente indicadas em projecto.
Nas amarrações de varões de tipo nervurado é dispensável o uso de ganchos, excepto no caso de
armaduras de tirantes.
Os varões devem ser emendados o menos possível. As emendas a executar sê‐lo‐ão em zonas em que
a tensão seja relativamente baixa. Numa mesma secção não será permitida a emenda de mais do que
um terço dos varões lá existentes.
Nas emendas por sobreposição, os comprimentos de sobreposição dos varões, devem, no mínimo, ser
os indicados no quadro correspondente aos comprimentos de amarração, sendo obrigatório que os
varões do tipo liso, terminem por ganchos, excepto no caso dos pilares.
Secções consecutivas onde existam emendas por sobreposição, devem ficar separadas pelo menos de
uma distância igual ao comprimento de amarração dos varões.
Estas emendas devem ficar sempre convenientemente envolvidas por armaduras transversais (estribos
ou cintas). Dever‐se‐á ainda evitar o contacto directo entre varões, pois tal conduz, regra geral, a
dificuldades em realizar o conveniente envolvimento das armaduras pelo betão.
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ESPECIFICAÇÃO 7 ‐ ALVENARIA DE BLOCOS DE CIMENTO E DE TIJOLO
1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por objectivo fornecer indicações técnicas gerais, características, modo
de realização do trabalho e particularidades referentes à execução de paredes de alvenaria de blocos.
2. CARACTERÍSTICAS
2.1. Generalidades
O material a utilizar será o bloco de areia e cimento para alvenaria. A resistência de compressão mínima
de 12Kg/cm2.
2.2. Tolerância
As Tolerâncias das deformações das faces dos blocos em relação às arestas que as definem não devem
ser superiores a 5 mm.
Esta inspecção deve ser realizada pelo comprador ou pela Fiscalização, compreendendo verificações
de dimensões e de deformação, além da satisfação às exigências de identificação, aparência e toque.
3. REALIZAÇÃO DO TRABALHO
Na execução das alvenarias, ter‐se‐á cuidado de não utilizar bloco sem estar completamente molhado,
não se devendo assentar nenhuma fiada sem se ter assegurado a ligação da precedente.
Estender‐se‐á argamassa em camadas mais espessas do que o necessário, a fim de que, comprimidos
os blocos contra as juntas e leitos, a argamassa ressuma por todos os lados. A espessura das juntas
horizontais não deve exceder 0.01 m e as verticais 0.005 m.
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As vergas dos vãos das portas, que existem nestas paredes, serão executadas em betão armado ou
bloco armado.
Nos casos de execução de alvenarias em zonas adjacentes a construções já existentes, a junta entre a
construção existente e a nova deve ser convenientemente tratada como junta de modo a prever os
movimentos diferenciais devido as variações de temperatura e/ou assentamentos que porventura
possam ocorrer. As juntas devem ser marcadas (riscadas) ao longo de todo o seu comprimento de modo
a evitar a fendilhação de elementos adjacentes as juntas.
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ESPECIFICAÇÃO 8 ‐ APLICAÇÃO DE ARGAMASSAS EM REBOCOS
1. OBJECTIVO
Constitui o objectivo desta especificação estabelecer as normas a seguir nos trabalhos relacionados
com a aplicação de rebocos em edifícios, nas zonas onde deve ser reparado.
2. APLICAÇÕES
Nas paredes em que se prevê a aplicação de tinta de óleo, a camada de regularização do reboco, até a
altura limite da superfície sujeita a aplicação de tinta de óleo, deve ser executada com uma argamassa
constituída por areia fina e cimento ao traço 1:3.
3.1. Generalidades
Deverá ser removido o reboco das paredes exteriores e o reboco das paredes interiores que se
encontrem deteriorados, até se atingir a parede base, seja ela de betão ou de alvenaria.
A parede base existente deverá estar devidamente preparada para receber o reboco. A superfície a
cobrir deverá estar totalmente desembaraçada de partículas mal aderentes ou de quaisquer outros
corpos que possam afectar a argamassa do reboco, bem como isentas de pó, gorduras ou fuligem de
fogo.
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Imediatamente antes da aplicação do reboco, a parede deverá ser abundantemente molhada de modo
a encontrar‐se totalmente húmida na altura da aplicação da argamassa, sem, contudo, apresentar
qualquer cavidade com água retida. A espessura de cada camada não deverá exceder 2cm.
Sempre que a Fiscalização não tenha dispensado a aplicação do chapisco, este deverá ser feito
imediatamente, depois da parede ter sido bem molhada. A argamassa a utilizar deverá ter o traço de 1:1
a 1:3, conforme os casos, que será projectada com força contra a parede, formando uma camada rugosa
e aderente de espessura, compreendida entre 1 e 3mm.
As superfícies de peças de betão existentes e nas quais não seja possível executar o chapisco, deverão
ser picadas de modo a permitir a aderência da argamassa de reboco.
4. APLICAÇÃO DE REBOCOS
4.1. Generalidades
A argamassa deverá ser utilizada imediatamente após o seu fabrico, devendo ser totalmente aplicada
antes de iniciar a presa. Durante o período em que aguarde a aplicação, deverá estar protegida do sol,
chuva ou vento. Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, mesmo com adição de
água. A argamassa endurecida deverá ser retirada do local de trabalho.
Considera‐se que a argamassa está endurecida quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver
sido amassada há mais de uma hora, na estação quente, e 2 horas, na outra. A relação destes períodos
será sujeita à aprovação da Fiscalização.
A aplicação de rebocos exteriores é interdita sempre que se verifique vento forte ou chuva.
Todos os remendos ou reparações deverão ser feitos de modo que se obtenham acabamentos iguais
aos circundantes e com linhas ou remates que não representem descontinuidades nas superfícies vistas.
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Caso nada em contrário seja indicado pela Fiscalização, a extensão do remendo ou reparação, deverá
ser tal que as linhas de remate coincidam com as arestas, cantos, alhetas ou outras linhas
singulares da construção.
Onde existirem juntas de construção, o reboco será sempre armado com uma tela de fibrocimento, em
casos específicos e aprovados pela fiscalização será executada uma junta “viva”.
Quando se verifiquem temperaturas elevadas, sol forte ou vento, deverão os rebocos recém‐colocados
manter‐se permanentemente húmidos, durante o mínimo de três dias, o que poderá ser feito por meio
de rega, de aspersão ou qualquer outro sistema adequado.
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ESPECIFICAÇÃO 9 ‐ REVESTIMENTOS SOBRE ALVENARIA E BETÃO
1. OBJECTIVO
Constitui o objectivo desta especificação estabelecer as normas a seguir nos trabalhos relacionados
com a aplicação de revestimentos em alvenarias e paredes de betão.
2. GENERALIDADES
O assentamento do revestimento não iniciará sem estarem instaladas todas as tubagens e terminados
quaisquer trabalhos que possam interferir no assentamento do revestimento.
3. MATERIAIS
As superfícies a revestir deverão estar isentas de humidade, pó, ferro, fumo, ou qualquer outro material
que comprometa a adesão perfeita da peça à superfície.
Caso as peças estejam molhadas, estas deverão ser deixadas ao ambiente, para secagem natural, por
um período mínimo de 48 horas antes da sua aplicação. Neste período deve-se garantir que as peças
não sejam sujeitas à humidade.
Para garantir uma fixação perfeita deve se usar duas camadas de cola, uma na superfície a revestir e
outra na peça a fixar.
Para garantir uma adesão perfeita à superfície a revestir o batimento da peça deve ser homogéneo.
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Os mosaicos serão bem demolhados, pelo menos 6 (seis) horas, assentes a seco com cimento‐cola
aprovado pela fiscalização. Terão juntas verticais e horizontais perfeitamente alinhadas e as superfícies
niveladas e desempenadas.
As juntas serão de 2 mm (em aplicação interior ou exterior) e preenchidas com betume cinza ou preto
conforme a cor do mosaico.
Com os mosaicos serão assentes todos os acessórios (porta rolos, toalheiros, etc), corretamente
centrados e alinhados pelas juntas dos mosaicos.
4. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
Os revestimentos de paredes serão medidos por metro quadrado, incluindo o material de colagem ou
fixação, o betume ou outro material para fecho de juntas e todo o material e equipamento necessário à
execução adequada, nomeadamente cruzetas, elementos de fixação e ancoragem.
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ESPECIFICAÇÃO 10 ‐ BETONILHAS EM PAVIMENTOS
1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais para a execução de
betonilhas.
2. GENERALIDADES
Quando não for indicada, a dosagem de argamassa para as betonilhas será, no mínimo, de 350 Kg de
cimento por metro cúbico, a que corresponde uma relação aproximada de cimento e areia de 1 para 3,5
em volume.
3. BASE DE ASSENTAMENTO
Quando a base de assentamento já tenha feito presa ou não garanta uma perfeita ligação, deve ser
previamente picada, limpa e bem molhada.
4. EXECUÇÃO
4.1. Generalidades
Previamente à execução das betonilhas serão realizadas mestras em número suficiente, que garantam
um bom nivelamento e desempeno da superfície.
A argamassa deverá ser aplicada tão depressa quanto possível, após o seu fabrico, devendo ser
aplicada antes de iniciar a presa.
Durante o período em que se aguarde a sua aplicação, deverá estar protegida do sol, chuva ou vento.
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Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, não sendo permitida a adição de água
para lhe tornar a conferir trabalhabilidade. A argamassa endurecida será retirada do local de trabalho.
Considera‐se que a argamassa está endurecida, quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver
sido amassada há mais de uma hora na estação quente e duas horas na estação fria.
Não será permitido executar betonilhas com mais de 4cm de espessura em cada camada, seja qual for
a espessura de enchimento a executar para cumprimento das cotas.
Cada camada será aplicada antes de a precedente ter terminado a presa e deverá ser fortemente
apertada e comprimida.
Haverá o cuidado de manter as betonilhas húmidas nos primeiros dias subsequentes à sua execução.
A superfície de acabamento das betonilhas deve ser queimada a colher. Em qualquer caso, porém, ficará
devidamente desempenada e de aspecto uniforme.
5. MEDIÇÃO DE QUANTIDADES
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ESPECIFICAÇÃO 11 – REVESTIMENTO DE PISOS
1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais para a execução de
revestimentos em lajes de pavimentos.
2. MATERIAIS
Para garantir uma fixação perfeita deve se usar duas camadas de cola, uma na superfície a revestir e
outra na peça a fixar.
Para garantir uma adesão perfeita à superfície a revestir o batimento da peça deve ser homogéneo.
Os mosaicos serão bem demolhados, pelo menos 6 (seis) horas, assentes a seco com cimento‐cola
aprovado pela fiscalização. Terão juntas verticais e horizontais perfeitamente alinhadas e as superfícies
niveladas e desempenadas.
As juntas serão de 2 mm (em aplicação interior ou exterior) e preenchidas com betume cinza ou preto
conforme a cor do mosaico.
Com os mosaicos serão assentes todos os acessórios (porta rolos, toalheiros, etc), corretamente
centrados e alinhados pelas juntas dos mosaicos.
3. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
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Os revestimentos de pavimentos serão medidos por metro quadrado, incluindo o material de colagem
ou fixação, o betume ou outro material para fecho de juntas e todo o material e equipamento necessário
à execução adequada, nomeadamente cruzetas, elementos de fixação e ancoragem.
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ESPECIFICAÇÃO 12 ‐ REVESTIMENTOS DE TECTOS
1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais para a execução de
revestimentos em Tectos.
2. GENERALIDADES
Este trabalho só poderá ser excutado depois de fechado o edifício, isto é, depois de instalados os vidros
nas janelas e portas exteriores.
Não deverá ser assente cabelagem apoiada directamente aos tectos falsos.
3. MATERIAIS
As placas serão fixadas a uma estrutura constituída por réguas de chapa metálica quinada,
contraventoras entre si, as quais, por sua vez, serão suspensas dos elementos rígidos da construção,
através de elementos metálicos, de comprimento regulável.
Os elementos metálicos de suspensão fixar‐se‐ão ao tecto real por intermédio de parafusos ou através
de pregos de aço cravados por pistolas de fulminantes. Tanto as réguas de sustentação e fixação das
placas, como os elementos metálicos de suspensão serão em número tal, terão secções, dimensionais
e a rígidez adequada a assegurar não só o suporte do tecto sem deformações e em segurança, como
também, o de eventuais elementos de iluminação e decoração.
Todos os elementos metálicos de fixação e/ou suspensão do tecto serão de materiais inoxidáveis ou
terão protecção anti‐corrosiva adequada.
3.1.2. Assentamento
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Antes de se iniciar o assentamento, as placas serão inspeccionadas e serão rejeitadas todas as que
tiverem cantos e arestas quebradas, arestas não rectilíneas, perfurações, fissuras, empenos ou outros
danos.
As testas (diferenças de nível entre estes e outros elementos), sancas de iluminação ou outras que
houver, peças de bordadura e de remate do tecto, e zonas amovíveis do tecto e os dispositivos e
elementos necessários à movimentação do tecto nessas zonas fazem parte do fornecimento. Tanto uns
elementos como outros serão realizados ‐ mesmo quando de materiais diferentes do tecto propriamente
dito ‐ e fornecidos pelo fabricante destes; e, obedecerão quanto ao tipo de materiais, esterotomia,
dimensões, acessórios, fixações e acabamentos, ao determinado nos desenhos e pormenores de
projecto; ou, na sua ausência, às indicações da fiscalização.
De igual modo, serão dispensados cuidados especiais ao refechamento das juntas e pontos de fixação,
o qual, se processará com os materiais e de acordo com o método recomendado pelo fabricante das
placas.
O tecto depois de executado constituirá uma superfície contínua, sem fissuras, ressaltos bruscos,
concavidades ou convexidades, não se notando as zonas de refechamento das juntas e pontos de
fixação.
A tolerância para o desempeno geral de superfície é determinada pelo afastamento máximo de 5,0 mm
entre o ponto mais saliente e o mais retraído quando à superfície do tecto é aplicada uma régua com o
comprimento de 2,0 m ajustada em qualquer ponto e em qualquer direcção.
O afastamento de nível com o plano de referência de assentamento do tecto deve ser inferior a 3,0 mm
por metro, e em caso algum ser igual ou superior a 2,0 cm.
3.1.5. Particularidades
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As placas a utilizar terão a espessura e as dimensões indicadas nos desenhos e pormenores de projecto.
Em caso algum se aplicarão placas de tipo diferente no mesmo tecto, isto é, onde se aplicarem placas
do tipo STD não se aplicarão P.P.M., e vice‐versa.
As placas P.P.M. (placas de alta resistência à humidade) têm as mesmas características físicas e
mecânicas das placas standard (STD), à excepção de terem dois parâmetros e o seu interior
hidrofugados. As placas P.P.M. distinguem‐se visivelmente das STD por terem o seu âmago colorido de
cor verde.
Ao fornecedor e montador do tecto compete a abertura dos rasgos, execução de reforços ou outros
dispositivos de suporte ou apoio do equipamento das instalações técnicas especiais a integrar nos
tectos, como por exemplo, armaduras, grelhas, aparelhagem de detecção de incêndio, altifalantes,
estores, etc..
O trabalho de assentamento será executado por pessoal especializado. A Fiscalização poderá exigir um
plano de montagem para sua prévia aprovação.
4. TECTOS REBOCADOS
5. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
Os revestimentos de tectos serão medidos por metro quadrado, incluindo o barramento, estrutura de
suporte e/ou fixação e todo o material e equipamento necessário à execução adequada, nomeadamente
elementos de fixação e ancoragem, cortes para instalação de equipamento e fechos.
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ESPECIFICAÇÃO 13 ‐ MADEIRA‐CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE
1. OBJECTIVO
Esta especificação tem por objectivo dar indicações técnicas gerais sobre a madeira a utilizar.
2. CARACTERÍSTICAS
A madeira a utilizar será de fibras direitas e unidas, sem nós podres, fundidos ou lascados, sem fendas
ou podridões, resultantes ou não de ataques de fungos. Não deverão apresentar sinais de infestamento
de duração, resistência ou efeito estético.
Dever‐se‐á seguir, para determinação da qualidade das madeiras, e de acordo com o fim a que se
destinam, as Normas Portuguesas:
Deste modo, a madeira apresentar‐se‐á seca ao ar, isto é, com uma humidade média de
aproximadamente 15%, perfeitamente desempenada, sem descaimentos ou falhas de laboração,
observando nas suas características mecânicas, os valores para o efeito fixados pelas Normas
Portuguesas em vigor.
3. PARTICULARIDADES
Serão protegidos com produtos à base de naftalato de cobre, todas as superfícies e peças em contacto
ou permanecendo em meios favoráveis ao aparecimento de fungos ou animais xilófagos.
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ESPECIFICAÇÃO 14 ‐ ELEMENTOS DE CARPINTARIA
1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por objectivo dar indicações técnicas relativas à execução e assentamento
da carpintaria em portas, janelas, outras estruturas ou peças isoladas.
2. MADEIRA
A madeira a utilizar será de fibras direitas e unidas, sem nós podres, fundidos ou lascados, sem fendas
ou podridões, resultantes ou não de ataques de fungos. Não deverão apresentar sinais de infestamento
de duração, resistência ou efeito estético.
3. ASSENTAMENTO
Os elementos a assentar na obra devem estar bem secos para que não sejam susceptíveis de
deformações futuras. Quer em execução, quer em assentamento, deverão ser observados cuidados
esmerados com ligações, sambladuras, moldados, etc.
As partes móveis deverão trabalhar levemente, sem prisões e deverão apresentar uma folga sempre
igual e nunca superior a 1,5 mm em relação as partes fixas onde se inserem. Todos os trabalhos deverão
garantir uma perfeita rigidez de travamentos e fixações.
Todos os parafusos de fixação de ferragem, que fiquem ou não a vista, serão de latão cromado e com
dimensões adequadas.
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ESPECIFICAÇÃO 15 ‐ CHAPA DE VIDRO
1. OBJECTIVO
A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre vidros normais
correntes.
2. GENERALIDADES
A chapa de vidro a fornecer e a montar será transparente em toda a sua área e, quando vista de cutelo,
deverá apresentar a mesma tonalidade em toda a extensão.
A chapa não deverá apresentar bolhas, ampolas, serpenteios, fiadas, cordas, pedras, arranhaduras,
queimaduras, desvitrificações, bolhas rebentadas, bolhetes espalhados, alvoroçados, murças,
empenos, arestas e cantos quebrados ou outros danos.
3. DIMENSÕES
As dimensões e forma das chapas serão idênticas às das janelas existentes e/ou com as dimensões
indicadas nos desenhos com a espessura mínima indicadas nos mapas de quantidades.
4. ASSENTAMENTO
Qualquer que seja o elemento de fixação indicado, este deve, por si próprio, pela pressão que exerce
sobre o vidro ser capaz de o fixar de modo sólido não permitindo o seu deslocamento, vibração ou que
seja retirado com facilidade. Deve, de igual modo, assegurar a estanqueidade pretendida.
5. ARMAZENAMENTO
Deve haver cuidado na descarga, acomodação e armazenamento das chapas, evitando que se partam,
que quebrem os cantos e arestas; ou, mesmo que se risquem.
Quando se armazenarem em sobreposição, haverá que colocar entre elas camadas de papel grosso,
cartão canelado ou palha miúda.
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Deverão ser armazenadas em recinto coberto e vedado, separadas por lotes perfeitamente identificados,
só daí devendo ser retiradas para o local de colocação, a qual deve ser imediata.
6. OUTRAS PARTICULARIDADES
Em caso algum serão permitidas massas que provoquem manchas nos aros, que tenham uma secagem
rápida em toda a sua espessura, fissurando ou perdendo a maleabilidade que as deve caracterizar.
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ESPECIFICAÇÃO 16 ‐ PAVIMENTO EM PAVÊ
1. INTRODUÇÃO
Alguns pavimentos das estradas e parques de estacionamento terão uma estrutura composta por (i)
revestimento em blocos de betão, (ii) almofada de areia para o assentamento dos blocos de betão, (iii)
camada de base em tout-venant, (iv) camada de sub-base em solos importados de cámaras de
empréstimo, e (v) o leito de fundação composto por solo local. Uma vez tratar-se de uma obra de
reabilitação, sob autorização da Fiscalização, poderão ser usados os materiais resultantes das
demolições dos actuais pavimentos.
2. LEITO DE FUNDAÇÃO
A preparação do leito da fundação deverá extender se para além das contenções laterais do pavimento,
para assegurar que a fundação seja mantida limpa, seca e bem drenada.
O solo do leito de fundação será considerado adequado para receber a sub-base se a sua resistência,
expresso pelo indice CBR, for maior que 2%, e a expansibilidade relativa for menor ou igual a 2%.
As camadas de sub-base e base devem ter uma espessuara de 150 e 150mm, respectivamente.
A camada de base tem como função receber as tensões distribuídas pela camada de desgaste. Deverá
resistir e distribuir os esforços à camada de sub-base, evitando assim as deformações permanentes e a
consequente deterioração do pavimento.
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O materiail a aplicar na camada de base será o tout-venant. Devem ser tomadas as precauções de rotina
para evitar a segregação do material durante o transporte, descarga e espalhamento. É fundamental
que estejam limpos, livre de lodo, pó e sujeira, e que esteja bem graduado, isto é, que tenham grãos de
diversos tamanhos (até um máximo de 50mm), para que ao serem compactados se obtenha um bom
arranjo entre eles.
% retida
Peneiro [mm]
Base Sub-base
50 0 -
25 10 a 25 0
9.5 25 a 60 50 a 85
4.8 40 a 70 35 a 65
2.0 55 a 80 25 a 50
0.4 70 a 85 15 a 30
0.075 85 a 95 85 a 95
A compactação representa um dos procedimentos cruciais para o pavimento. Por esta razão devem ser
tomadas precauções para que sejam atendidos os requisitos mínimos.
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4. ALMOFADA DE AREIA
O principal objectivo do colchão de areia é de servir de apoio ao assentamento dos blocos de betão.
A areia deve, de preferência, ser isenta de silte e argila. Para evitar a presença de silte e argila, a areia
deve ser lavada e não estar em contacto com outro solo. A areia não deve conter mais de 3% em peso
de silte e argila.
9.52 100
4.75 90 a 100
2.36 75 a 100
1.18 55 a 90
0.60 35 a 70
0.30 8 a 35
0.15 1 a 10
0.075 0a3
5. BLOCOS DE BETÃO
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Os blocos de betão terão a espessura de 80mm em locais de circulação de viaturas e 50mm em locais
de circulação de pessoas. Estes deverão ter as seguintes características:
6. NORMAS
7. ASPECTOS DE CONSTRUÇÃO
7.1. Preparação do Leito de Fundação
A preparação do leito de fundação consiste na escavação ou aterro para se obter a cota do projecto.
A seguir a escavação ou aterro, deve-se compactar adequadamente o leito de fundação por forma a
garantir a capacidade de suporte exigida no projecto. O comportamento do terreno deve ser o mais
uniforme possível, pelo que convém retirar as zonas brandas e substituí-las por terrenos adequados.
Se o terreno de fundação natural não posuir as características de suporte necessárias, deverá proceder-
se ao tratamento do mesmo com cimento ou cal, ou até substituí-lo por solos mais adequados.
A superfície acabada não deverá variar em mais de 15 a 20mm, o que se verifica com uma régua de 3
metros aplicada tanto paralela, como normalmente ao eixo da via.
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A superfície acabada não poderá baixar do valor teórico em nenhum ponto, nem diferir dele em mais de
1/5 da espessura prevista no Caderno de Encargos do IEP (Instituto de Estradas de Portugal) para a
sub-base granular.
A superfície acabada não pode variar mais de 10mm, quando verificada com uma régua de 3 metros,
aplicada tanto paralela, como normalmente ao eixo da via.
As tolerâncias das superfícies acabadas também coincidem com as expostas para a sub-base.
Os pavimentos de blocos requerem elementos que os confinem para evitar deslocamentos das peças,
abertura das juntas e perda de travamento de blocos. Estes elementos devem colocar-se antes dos
blocos. Se se optar por colocar estes elementos depois dos blocos, devem limitar-se as cargas sobre o
pavimento numa distância de aproximadamente um metro, a contar do limite não confinado.
O lancil deve apoiar-se, no mínimo, 15 cm abaixo do nível inferior dos blocos, para poder garantir a
fixação desejada.
A camada de areia constitui um elemento fundamental que vai incidir sobre o comportamento do
pavimento.
Deve depositar-se cuidadosamente, com o objectivo de se conseguir uma camada uniforme no que
respeita ao comportamento, e como consequência, em espessura, já que não se compacta senão após
a colocação dos blocos. Para isso, pode usar-se uma régua mestra de nivelamento com guias
longitudinais, ou então com recurso a meios mecânicos.
Não se pode pisar a areia já nivelada, pois a colocação dos blocos realiza-se com a camada concluída.
Também não se deve encher de areia intervalos muito grandes de cada vez, para não se desperdiçar
tanto material, e planeia-se melhor o trabalho com intervalor de 3 ou 4 metros.
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A espessura final desta camada, uma vez colocados os blocos e vibrado o pavimento, deve ser de
30mm.
Embora se tenham desenvolvido meios mecânicos para este fim, actualmente a colocação manual
continua sendo o processo mais usual nesta actividade.
Os blocos colocam-se sem nenhum tipo de ligante. As juntas devem preencher-se com areia, tal como
se explica mais adiante. A espessura ideal das juntas oscila entre 2 a 3mm.
Todos os blocos devem ficar nivelados, garantindo-se que não exista diferença de mais de 1 centímetro,
quando se verifica a superfície com uma régua de 3 metros, aplicada tanto paralela, como normalmente
ao eixo da via. No caso em que apresentem diferenças maiores, é necessário corrigir a colocação da
areia. A diferença de nível entre blocos adjacentes não deve diferir em mais de 2mm.
O acerto entre os blocos e os bordos de confinamento faz-se com partes de blocos bem cortados. Se a
distância entre o bloco e linha de consinamento é menor que 4cm, não se usam blocos, mas preenche-
se o espaço com uma mistura feita de 3 ou 4 partes de areia e uma de cimento.
No caso de existirem, no interior da área a pavimentar, caixas de visita, sumidouros ou valetas, o acerto
dos blocos faz da mesma forma que com os lancís ou bordos de confinamento.
Uma vez terminada a colocação dos blocos numa zona que deve ser utilizada, por exemplo para a carga
e descarga de materiais da obra, ou quando se vai suspender o trabalho, é necessário efectuar a
compactação da superfície construída, seja com um vibrador de placa ou mediante o uso de um pilão.
Este trabalho faz-se até a uma distância de um metro relativamente ao bordo em que se suspenderá o
trabalho, ou em relação ao qual não se tenha construído o bordo de confinamento, para evitar que os
blocos desloquem a sua posição.
Quando se dispõe de vibrador de placa, basta passar com a máquina duas ou três vezes sobre a zona
construída. Quando a compactação se faz com pilões, martela-se cada bloco até que este penetre
aproximadamente 10mm na camada de areia.
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7.8. Preenchimento de Juntas com Areia
O preenchimento de juntas com areia realiza-se espalhando sobre a superfície do pavimento uma areia
fina e seca no momento da colocação.
Posteriormente, com uma escova dura ou com uma vassora manual ou mecânica, varre-se para que a
areia entre nos espaços deixados entre os blocos, ao mesmo tempo que se faz uma compactação final
que assegure o melhor enchimento das juntas. A areia que sobra sobre o pavimento deve retirar-se,
varrendo, e não por lavagem com água. Não se deve terminar o dia sem completar a compactação e o
preenchimento do pavimento executado, pois a chuva pode danificá-la.
Uma vez terminado o trabalho de colocação da areia de preenchimento, e se existem os lancís ou bordos
de confinamento necessários, pode permitir-se a passagem de veículos imediatamente.
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