Como Interpretar Uma Espirometria

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Como Interpretar Uma Espirometria

- a espirometria é um exame que avalia a função


pulmonar, por meio da avaliação dos volumes e fluxos
pulmonares, ou seja, o ar que entra e sai dos pulmões

Indicações
- investigação da dispneia (sensação de falta de ar)
- acompanhamento do envelhecimento do pulmão
(prevenção)
- diagnóstico de distúrbios ventilatórios
- quantificação do distúrbio ventilatório
- acompanhamento e resposta ao tratamento Validação
Técnica de realização - o exame deve ser realizado com no máximo 8
tentativas
- necessário um espirômetro - ou até o examinador conseguir 2 curvas aceitáveis e
- posicionamento do paciente: sentado, coluna ereta, reprodutíveis (ou seja, que sejam realmente o máximo
pés apoiados no chão do paciente e sem diferença de > 150mL ou 10% entre
- uso de clipe nasal e lábios vedados em torno do bocal as variáveis)
- instruções claras
Variáveis Obtidas
a) pico de fluxo expiratório (PFE)
- ponto mais alto da curva fluxo-volume
- reflete o calibre das vias aéreas proximais
b) capacidade vital forçada (CVF)
- maior volume de ar mobilizado em uma expiração
forçada até o volume residual (VR)
c) volume expiratório forçado no primeiro segundo
Manobra de Realização (VEF1)
- volume de ar expirado no primeiro segundo durante a
- inicialmente, o paciente deve realizar algumas manobra forçada
respirações em seu volume corrente, que é de cerca d) relação VEF1/CVF
de 500mL em uma pessoa com pulmão normal - quantidade de ar que foi expirado no primeiro
- após esse momento, o examinador deve pedir para segundo em relação a todo o ar expirado durante a
que o paciente puxe todo o ar, ou seja, inspire até sua manobra
capacidade pulmonar total e logo em seguida realize a
manobra de expiração forçada, até o volume residual - a primeira coisa que vamos avaliar em uma
(expiração forçada explosiva) espirometria é a relação VEF1/CVF, essa relação deve
- essa manobra deve durar cerca de 6 segundos ou ser maior do que 70%, ou seja, mais do que 70% de
até que o fluxo alcance um platô de pelo menos 1 todo o ar que o paciente inspirou deve ser expirado
segundo logo no primeiro segundo
- caso essa relação seja maior do que 70%, nós - se VEF1/CVF < 70% e VEF1 < 80% com CVF >
podemos estar diante de uma espirometria normal ou 80% = distúrbio ventilatório obstrutivo
de um distúrbio restritivo
- caso essa relação seja menor do que 70%, podemos
estar diante de um distúrbio obstrutivo ou de um
distúrbio misto
- para avaliar isso, precisamos analisar as demais
variáveis, ou seja, a CVF e o VEF1:
- em um exame normal, esses valores devem estar
maiores ou igual 80% do predito
- se eu desconfio de um distúrbio restritivo, eu vou
avaliar a relação VEF1/CVF e o CVF
- se eu desconfio de um distúrbio obstrutivo, eu vou
avaliar a relação VEF1/CVF, o VEF1 e o CVF - se VEF1/CVF < 70% e VEF1 < 80% com CVF <
80% = distúrbio ventilatório obstrutivo com diminuição
da CVF

- se VEF1/CVF > ou igual 70% e CVF > ou igual a


80% = espirometria normal

- para que seja um distúrbio ventilatório misto:


- VEF1/CVF < 70%
- VEF1 e CVF < 80%
- subtração CVF-VEF1 < ou igual 12
- podemos ainda classificar a doença como leve
moderada e acentuada

- se VEF1/CVF > ou igual 70% e CVF < 80% =


distúrbio ventilatório restritivo
Exemplos (Valores e Laudos)

Você também pode gostar