Psicanálise - Resumo para Prova II
Psicanálise - Resumo para Prova II
Psicanálise - Resumo para Prova II
Sigmund Freud e posteriormente expandido por outros psicanalistas, como Melanie Klein e
Heinz Kohut. O termo tem suas raízes na mitologia grega, especificamente na história de
Narciso, um jovem que se apaixonou pela própria imagem refletida na água.
2. Narcisismo Secundário: Surge quando o indivíduo começa a direcionar sua libido para
objetos externos, como outras pessoas ou atividades. No entanto, o narcisismo
continua a desempenhar um papel importante ao longo da vida, influenciando a
autoestima, o senso de identidade e a forma como as pessoas se relacionam com os
outros.
Heinz Kohut introduziu o conceito de "narcisismo saudável", destacando que um certo grau de
amor e cuidado por si mesmo é essencial para o bem-estar psicológico. No entanto, o
equilíbrio entre o amor-próprio e a consideração pelos outros é crucial para um
desenvolvimento emocional saudável.
3. Fase de Ilusão: Ele propôs a ideia da "fase de ilusão" na infância, onde as crianças
podem criar ilusões e fantasiar como uma forma de lidar com as demandas da
realidade.
4. Falso Self e Verdadeiro Self: Winnicott desenvolveu a ideia do "falso self" (eu falso) e
"verdadeiro self" (eu verdadeiro). O falso self é uma adaptação às expectativas
externas, enquanto o verdadeiro self é a expressão autêntica do indivíduo.
Exemplo: Suponha que um terapeuta esteja trabalhando com uma criança chamada Ana, que
recentemente passou por uma separação dos pais. Durante as sessões, Ana é convidada a
escolher e interagir com diferentes brinquedos e objetos. O terapeuta observa como ela utiliza
esses objetos e brinquedos como uma forma de expressar seus sentimentos e experiências
emocionais.
Em uma sessão específica, Ana pode escolher representar a sua família usando bonecos. Ela
posiciona os bonecos de maneiras específicas, talvez colocando um boneco separado dos
outros, indicando seu sentimento de isolamento ou tristeza em relação à recente separação
dos pais. Pode ser que ela faça os bonecos interagirem de maneiras que expressem conflitos ou
emoções que ela tem dificuldade em articular verbalmente.
Esse exemplo ilustra como a apresentação de objetos pode ser uma ferramenta valiosa para
compreender o mundo interno de uma criança e abordar questões emocionais de uma
maneira simbólica durante a psicoterapia psicanalítica.
Exemplo: Imaginemos uma criança chamada Maria, que está começando a frequentar a escola.
Maria tem um bichinho de pelúcia, um ursinho chamado "Pelúcio". Sempre que Maria está
prestes a enfrentar uma situação nova, como ir para a escola pela primeira vez, ela segura
firmemente o Pelúcio. Nesses momentos, Pelúcio se torna um objeto transicional para Maria.
Ele representa uma ligação simbólica com a segurança e o conforto da casa, especialmente da
mãe. Quando Maria está na escola, segurar o Pelúcio pode ajudá-la a lidar com a ansiedade da
separação e proporcionar um senso de continuidade emocional.
Ao longo do tempo, à medida que Maria se adapta à escola e se torna mais independente, a
importância de Pelúcio como objeto transicional pode diminuir. No entanto, o ursinho ainda
pode ser um recurso reconfortante em momentos de estresse ou transição para Maria, mesmo
à medida que ela cresce.
Este exemplo ilustra como um objeto transicional, como o Pelúcio, pode desempenhar um
papel significativo no suporte emocional de uma criança durante períodos de transição e
desenvolvimento.
Exemplo: Imagine uma família em que os pais são consistentes em atender às necessidades
emocionais e físicas de sua filha, Maria. Eles respondem com sensibilidade aos sinais de Maria,
proporcionando um ambiente afetuoso e seguro. Quando Maria expressa emoções ou busca
conforto, os pais estão presentes para oferecer apoio emocional, agindo como uma
"sustentação" (holding) para suas necessidades emocionais.
Além disso, os pais estimulam a criatividade de Maria e dão espaço para suas ilusões e
fantasias. Eles encorajam sua expressão criativa, seja por meio de atividades artísticas,
brincadeiras imaginativas ou simples conversas que incentivam a exploração e a expressão do
seu "verdadeiro self".
Neste ambiente facilitador, Maria se sente segura para explorar sua identidade única, expressar
suas emoções e desenvolver um sentido autêntico de si mesma. A consistência, responsividade
e apoio emocional dos pais contribuem para o seu desenvolvimento saudável, permitindo que
seu verdadeiro self se desenvolva de maneira positiva. Este é um exemplo que ilustra como um
ambiente facilitador pode impactar positivamente o desenvolvimento infantil, conforme
proposto por Winnicott.
Falso Self – O conceito de "falso self" na psicanálise, atribuído a Donald W. Winnicott, refere-se
a uma construção defensiva que as pessoas desenvolvem para se proteger de experiências
dolorosas. É uma máscara social ou persona que esconde o verdadeiro eu, formada como uma
resposta a expectativas externas ou traumas. Winnicott destacou sua importância no
desenvolvimento infantil, enfatizando a necessidade de autenticidade emocional para um
desenvolvimento saudável. O reconhecimento e a exploração do verdadeiro eu são essenciais
para superar o falso self.
Exemplo: Imagine uma criança que cresce em um ambiente em que os pais são muito críticos e
exigentes. A criança, naturalmente, deseja a aprovação e o amor dos pais, mas percebe que
expressar suas verdadeiras emoções ou desejos pode levar a críticas ou rejeição.
Para lidar com essa situação, a criança pode desenvolver um falso self. Ela começa a suprimir
ou esconder suas verdadeiras emoções e necessidades, apresentando ao mundo uma imagem
que acredita ser mais aceitável para os pais. Esse falso self pode incluir comportamentos que
não refletem autenticamente quem a criança é, mas que são adotados para evitar conflitos ou
obter aprovação.
Ao longo do tempo, essa criança pode internalizar o falso self como uma forma de se proteger
emocionalmente. No entanto, essa construção defensiva pode levar a uma desconexão do
verdadeiro eu e impactar o desenvolvimento saudável da identidade.
Na psicanálise, a compreensão desse falso self é essencial para terapeutas que buscam ajudar
o indivíduo a reconectar-se com suas emoções autênticas, superando as defesas desenvolvidas
em resposta a experiências passadas.
Nesse cenário, o "Falso Self" seria a persona que essa pessoa apresenta ao mundo, mostrando
conformidade com as expectativas externas. O "Verdadeiro Self", por outro lado, seria
representado pelos verdadeiros desejos, paixões e interesses que foram reprimidos para se
ajustar ao que os outros esperavam.
Exemplo: Imagine uma mãe que, ao cuidar de seu bebê, responde de maneira sensível e
atenciosa às suas necessidades. Ela conforta o bebê quando chora, sorri quando o bebê está
feliz e está presente de maneira consistente. Além disso, ela permite que o bebê explore o
ambiente ao seu redor de maneira gradual, oferecendo apoio quando necessário.
Neste caso, o ato físico de segurar o bebê nos braços representa apenas uma parte do
"holding". O aspecto mais essencial é a resposta emocional e psicológica da mãe, criando um
ambiente de cuidado que transmite ao bebê uma sensação de segurança. Esse "holding
environment" permite que o bebê desenvolva confiança no mundo ao seu redor, explore suas
próprias emoções e desenvolva um senso inicial de identidade.
Na psicanálise, esse exemplo ilustra como um ambiente de holding adequado é fundamental
para o desenvolvimento emocional saudável de uma criança, contribuindo para a formação do
Verdadeiro Self. O conceito também pode ser aplicado de maneira mais ampla, considerando o
suporte emocional e terapêutico oferecido em contextos psicoterapêuticos para permitir a
exploração segura e a compreensão de aspectos pessoais mais profundos.
Além disso, o "handling" pode envolver interpretações cuidadosas por parte do terapeuta para
ajudar o paciente a compreender padrões de pensamento ou comportamento que podem
estar contribuindo para suas dificuldades. O terapeuta também pode escolher técnicas
terapêuticas específicas, como a exploração de sonhos ou a utilização de metáforas, como
parte do processo de "handling".
É importante notar que o Complexo de Édipo é uma construção teórica e não implica
necessariamente a ocorrência de desejos incestuosos reais. Ele representa uma fase normal do
desenvolvimento psicossexual infantil, e a sua resolução é crucial para a formação da
identidade e da consciência moral.
O termo "Complexo de Édipo" foi inspirado na tragédia grega "Édipo Rei", na qual Édipo
inadvertidamente mata seu pai e se casa com sua mãe, sem saber de sua verdadeira
identidade.
Exemplo: Suponha um menino chamado Pedro, que está na fase fálica do desenvolvimento
psicossexual, por volta dos 4 anos de idade.
1. Atração pela Mãe: Pedro desenvolve sentimentos de atração pela mãe. Ele deseja
passar mais tempo com ela, busca sua atenção e expressa um ciúme crescente quando
percebe a presença do pai.
2. Rivalidade com o Pai: Ao mesmo tempo, Pedro começa a sentir rivalidade e ciúmes em
relação ao pai. Ele percebe que o pai é o objeto do desejo da mãe e se sente ameaçado
por isso. Surge um medo simbólico da castração, associado à perda imaginada do
pênis.
Durante o Complexo de Édipo, o menino percebe que sua mãe não possui um pênis como ele
e, ao mesmo tempo, desenvolve sentimentos de atração por ela. A figura do pai entra como
uma ameaça simbólica de castração. Essa ameaça não é uma punição real, mas um medo
psíquico que surge como consequência dos desejos incestuosos do menino pela mãe.
A função simbólica da castração no Complexo de Édipo pode ser resumida da seguinte forma:
Para Meninos:
Para Meninas:
Diferenças em Resolução:
1. Identificação com o Mesmo Sexo: Tanto para meninos quanto para meninas, a
resolução do Complexo de Édipo envolve a identificação com o genitor do mesmo sexo.
Meninos identificam-se com o pai, enquanto meninas identificam-se com a mãe.
2. Desenvolvimento da Consciência Moral: Ambos os sexos internalizam normas e
valores sociais durante o processo de resolução, contribuindo para o desenvolvimento
da consciência moral.