Carmo, Patrimônio Da História, Arte e Fé

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mCARMOe

PATRIMÔNIO
~ DA ~
HISTÓRIA, ART E E FE
CARMO
PATRIMôNIO DA HISTóRIA, ARTE E FÉ
RAUL LEME MONTEIRO

CARMO
PATRIMôNIO DA HISTóRIA, ARTE E FÉ

1978
SÃO PAULO - BRASIL
DO MESMO AUTOR:

o ESTELIONATO - Empresa Gráfica da Revista dos Tribunais, 1937


REMINISCBNCIAS DE UMA VIAGEM - Gráfica Barberis & La-
caze, 1939
UM POUCO DE HISTóRIA DO TIETB - Gráfica Barberis & La~
caze. 1944
25 ANOS A SERVIÇO DA AVIAÇÃO - Gráfica A. P. Lacaze, 1959

DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS


Para as obras filantrópicas
da ORDEM TERCEIRA DO CARMO de São Paulo
ESTE LIVRO TEM POR FINALIDADE MOSTRAR A
TODOS O QUE É A VENERÁVEL ORDEM TERCEIRA
DE NOSSA SENHORA DO MONTE DO CARMO DE SÃO
PAULO, E AINDA REVIVER A MEMóRIA DO GLO,
RIOSO e FECUNDO PASSADO DA ORDEM CARMELI,
TANA QUE, NO PRóXIMO ANO DE 1980, COMEMO,
RARÁ O 4.° CENTENÁRIO DA CHEGADA DE SEUS
FILHOS AO BRASIL. SERÃO, PORTANTO, 4 SÉCULOS

A SERVIÇO

DE DEUS
DA IGREJA

E DO BRASIL

1580-1980
À memória de meus pais
RAUL ORTIZ MONTEIRO
MARIA ADELAIDE LEME MONTEIRO (D. Nenê)

e de meus avós
JOSÉ ANTONIO DE OLIVEIRA MONTEIRO
MARIA JOANA ORTIZ MONTEIRO
LUIZ GONZAGA DA SILVA LEME
MARIA FAUSTA DE MACEDO LEME
priores jubilados da Ordem Terceira do Carmo

À minha' dileta esposa


LUIZA MARILANDIS LEME MONTEIRO

Às minhas filhas
l\tlARIA LUIZA, MARIA DO CARMO e MARIA ADELAI~
DE LEME MONTEIRO

Aos meus irmãos e cunhados


Aos REVERENDISSIMOS CARMELIT ANOS
Aos TERCEIROS CARMELIT AS
íNDICE GERAL

Apresentação por D. Erncsto de Paula. Bispo Titular de Gerocesaréa. XIII

Nota do Autor XVII

Autoridades religiosas, civis e militares no alio de 1977 XXIII

CAPíTULO I - BREVE HISTóRICO DA ORDEM CAR-


MELITANA - Origem da Ordem - Os
Carrnelitas no Brasil - Santos da Ordem
Carrnelítana - Autoridades Carmelitanas .. 3
CAPíTULO 11 O escapulário do Carmo . 23
CAPíTULO 111 Que são as Ordens Terceiras do Carmo? .. 27
CAPíTULO IV - A VENERA VEL ORDEM TERCEIRA
DE NOSSA SENHORA DO MONTE
DO CARMO de São Paulo - Fundação -
As celebres procissões - Os Imperadores
do Brasil no Carmo - Irmãos Terceiros
ilustres . 29
CAPíTULO V A Igreja do Carmo . 49
CAPITULO VI Reformas da Igreja do Carmo . 71
CAPíTULO VII Comissários da Ordem Terceira do Carmo 77
CAPíTULO VIII Cônego José Pascoal Christofaro 81

CAPITULO IX Monscnhor Doutor Camilo Passalacqua ... 85


CAPíTULO X Monsenhor Manfredo Leite ... . . . . . . . . . . . 107
CAPITULO XI Translado dos restos mortais de Monsenhor
Passalacqua e Monsenhor Manfredo Leite
para a cripta da Igreja do Carmo 119
CAPíTULO XII Cemitério da Ordem Terceira do Carmo 129
CAPITULO XIII Jazigo - Cripta - Pe. Diogo Antonio' Feijó 137
CAPITULO XIV - Colégio Nossa Senhora do Carmo . 141
XII RAUL LEME MONTEIRO

CAPITULO XV Estatuto da Ordem Terceira do Carmo 171


CAPITULO XVI Assistência Social na Ordem Terceira do
Carmo 187
CAPITULO XVII - Efemérides Carmelitanas e Paulistanas 193
CAPITULO XVIII - Catedral - Bispos e Arcebispos de São
Paulo 231
CAPiTULO XIX Nomes antigos e atuais de ruas citadas
nesta obra . 241

CAPITULO XX Paulo Cochrane Suplicy . 245


CAPITULO XXI Dr. José Maria Whitaker . 251
CAPITULO XXII Papas que reinaram gloriosamente desde a
fundação da Ordem Terceira do Carmo. -
Reis. Imperadores e Presidentes que presidi-
ram os destinos do Brasil desde a fundação
da Ordem Terceira do Carmo . 259
CAPITULO XXIII - Priores. Subpríores, Prioras e Subprioras
desde 1850 263
CAPíTULO XXIV - Mesas Administrativas de 1957 a 1978 279
CAPíTULO XXV - Arquivo da Ordem Terceira do Carmo . 293
CONCLUSÃO 295
BIBLIOGRAFIA 297
APRESENTAÇÃO

Embora a minha modéstia me faça mais humilde e menos ca-


paz de certos arroubos de literatura, tive a grata surpresa de ser
escolhido para apresentar a preciosa peça histórica que ora se es-
creve sobre a Venerável Ordem Terceira do Carmo, desta Capi-
tal, celeiro que é de tradições e de beleza espiritual.
Estou, assim, diante de um trabalho profundo e brilhante a
que se entregou, em dedicação e carinho especial, o devotado Irmão
Terceiro do Carmo hoje mais uma vez à testa do sodalício carme-
litano, como seu zeloso Prior.
Outra razão não encontro para ter sido alvo de tão alta dis-
tinção senão os laços de amizade que de há muito me prendem ao
dr. Raul Leme Monteiro e também atribuo tal distinção ao fato de
conhecer de perto as ocorrências que se relacionam com a vetusta
e tradicional igreja que é rico patrimônio de S. Paulo, sob a invo-
cação de Nossa Senhora do Carmo.
Honro-me, pois, de apresentar um trabalho que representa a
valiosa tarefa de uma inteira pesquisa sopre o passado, e que se
constitui um amplo repositório de acontecimentos e tradições que
põem em relevo, com maestria e paciência benedítina os eventos que,
a partir de 1594 se desenrolaram em terras de Píratínínqa, parti-
cularmente no histórico templo da Venerável Ordem Terceira.
Nada mais eu poderia acrescentar a esse relato que remonta
fielmente aos tempos d'antanho, porque o mais que se pudesse
dizer já o fez com habilidade ínexcedível de pesquisador abali-
sado o autor deste trabalho, percorrendo e devastando todo um
imenso cabedal arquivado quer nos recessos documentários da Or-
dem Terceira, quer em outras fontes de insuspeito valor histórico.
São séculos percorridos, detendo-se em pontos invulneráveis e, por
isso mesmo, proporcionando ao leitor e particularmente aos Irmãos
XIV RAUL LEME MONTElRO

Carmelitas leitura que, além de ser amena, é portadora das glórias


de um templo secularmente consagrado à Virgem do Carmelo,
acervo de arte, de história, de tradição e, sobretudo, de devoção
e culto à Virgem-Mãe, que vem sendo até hoje mantido e afervo-
rado pelo zelo persistente dos Terceiros Carmelitas.
A nosso vêr, o autor demonstra, no presente trabalho histó-
rico, não só piedade acendrada e filial devoção à Santa Mãe de
Deus, sob o título do Carmelo, mas também os dotes de inteligên-
cia e pertinácia na pesquisa de fatos que compõem, em grande
parte, a própria vida de S. Paulo.
Confesso que, lendo o paciente relato do autor, revivi epi-
sódios, personagens e lugares intimamente ligados à vivência da
Ordem Terceira, bem como ao antigo, saudoso e grandioso Con-
vento, com sua belíssima igreja situada no alto da então Ladeira
do Carmo, espaço esse hoje ocupado pelo grande edifício da Se-
cretaria da Fazenda do Estado; a Escola Santo Alberto, da qual
fui aluno, dirigida pelos Padres Carmelitas; as tradicionais ruas
do Carmo e da Bôa Morte. hoje Roberto Simonsen e do Carmo.
Desapareceu o antigo Largo do Carme;, fronteiriço à igreja. ras-
gado em alto plano e sustentado em seu desnível por um paredâo
que o separava da Ladeira. hoje inicio da Avenida Rangel Pestana
e em cuja esquina. durante muito tempo, se divisava a silhueta de
um pequeno canhão, ali mantido para defesa do paredão contra
possíveis invasões externas. Nas ruas adjacentes já residiam Ia-
mílias da mais fina SOCiedade e. sobretudo, de marcante espírito
de piedade cristã. Todo o movimento do centro urbano, naqueles
bons tempos, se agrupava e girava em torno da igreja da Venerá-
vel Ordem Terceira do Carmo. Nada faltou. a meu vêr, para mos-
trar às gerações atuais e futuras, o que foi essa augusta igreja
no campo espiritual como no social. Foi tudo isso que representou
a igreja do Carmo como centro de convergência das atenções não
só dos Terceiros Carmelitas como também das altas autoridades
do Império e da República.
Que dizer, então, dos eminentes comissários que dirigiam es-
piritualmente essa gloriosa Ordem desde o seu nascedouro? Todos
eles foram sacerdotes de profunda piedade, invejável cultura, des-
frutando sempre inegável prestigio na Igreja e na sociedade.
Basta que se leia o que, com muito acerto, escreveu o autor
sobre essa figura notável de apóstolo e asceta que foi Monsenhor
Camilo Passalacqua, destacando-o como um dos mais operosos
antecessores de grande repercussão e prestígio em S. Paulo. A
C A R M O xv

descrição que aí faz o autor a respeito desse grande sacerdote e


mestre da bondade, dará por certo aos que não o conheceram uma
idéia nítida do que foi o eminente prelado, no campo da religião,
da educação e da vida intelectual.
De Monsenhor Manfredo Leite, seu sucessor imediato, esse
que foi o príncipe da palavra erudita, em memoráveis sermões que
prendiam o povo, hipnotizados todos ante a fulguração do seu
verbo, - aqui tece o autor, com muita felicidade, admirável perfil.
focalizando o seu operoso zelo pelo prestiqio da Ordem, seu valor
mental e sua firmeza na direção do piedoso sodalicio. Era um ho-
mem de fé e, por isso mesmo, é que na lápide do seu túmulo não
mais se disse de grande senão que conservou a fé - "Fídem ser-
vavi". Por tal motivo, como o apóstolo S. Paulo, valendo-se dos
seus dotos de renomado orador sacro, pregou a todos e sobretudo,
numa evidente demonstração do seu espírito de fé.
Todos os diretores espirituais, hoje assim chamados, foram
sacerdotes de Deus, não poupando esforços e sacrifícios para ali-
mentar nas almas o culto e a devoção à Nossa Senhora do Carmo,
a medianeira de todas as graças. Prova disso eram, e continuam
a ser, as majestosas solenidades realizadas na tradicional igreja,
cuja nave regorgitava das cerimônias pomposas, no fervor e na
piedade como convém ao louvor da excelsa Mãe de Deus.
Acrescente-se que a Venerável Ordem Terceira, sobre ser um
sodalício religioso, católico, apostólico romano, também se consti-
tuiu num centro de assistência social para atendimento dos que,
desprovidos de recursos, batem às portas da sua igreja em busca
de lenitivo para suas necessidades espirituais e o auxílio para viver
decente e honesto.
Por tudo isso é digno de louvores o meticuloso trabalho do
dr. Raul Leme Monteíro, que ressuscita, com invulgar capacidade
descritiva os fatos que menciona no apostólico afan que sempre
desenvolveu a Ordem Terceira do Carmo, para a glória de Deus,
através do indispensável culto à Maria Santíssíma, muito bem cha-
mada Mãe dos Carmelitas numa das belíssímas jaculatórias que se
cantam na novena que habitualmente precede à festa da ínclita Pa-
droeira.
Que a leitura deste trabalho proporcione a quantos o lerem a
alegria de conhecer e admirar o que foi e continua a ser a Vene-
rável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, no seu longo
e admirável roteiro de ação social e catequese marial.
XVI RAUL LEME MONTElRO

Ao dr. Raul Leme Monteiro, a gratidão dos seus irmãos de


hábito e os aplausos do povo paulistano por essa contribuição im-
prescindível à história de tão fecundo e extraordinário sodalício
que honra os fastos religiosos de S. Paulo.

São Paulo. 30 de dezembro de 1977

DOM ERNESTO DE PAULA


BISPO TITULAR DE GEROCESAR1l:A

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