20161010-151744 Arquivo
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RESUMO
1
Acadêmico Faculdade Sul Brasil – FASUL
2
Docente Faculdade Sul Brasil – FASUL - ORIENTADOR
INTRODUÇÃO
100
𝑀𝐴𝑅𝐾 − 𝑈𝑃 =
100 − (CV + CF + LP)
Depois de encontrado o índice do Mark-up, basta multiplicar o valor que
representa o custo unitário pelo índice encontrado, assim tem-se o valor de venda
(LONGUINHO, 2015).
Custos variáveis, conforme o próprio nome diz, são os custos que variam
conforme a produção, quanto maior for à produção e/ou vendas, maior será o custo.
Pode-se citar como exemplo de custos e variáveis, o consumo de matérias primas
ou de materiais de produção, energia industrial, fretes, materiais de embalagens,
impostos calculado sobre o faturamento e comissões sobre vendas. Os custos e
despesas variáveis, “são aqueles gastos cujo valor total aumenta ou diminui direta e
proporcionalmente com as flutuações ocorridas na produção e vendas” (BRAGA,
1995, p.180).
Os custos variáveis são representados, basicamente, pelos materiais
utilizados no processo de produção (matéria primas, materiais auxiliares e etc.) e
pela mão-de-obra direta. “As despesas variáveis são representadas pelas despesas,
como a comissão de vendas e alguns tipos de impostos sobre as vendas”. (HOJI,
2010, p.351).
Os custos ou despesas fixas, diferentemente dos custos variáveis, não sofrem
alterações conforme a produção, ou seja, são custos que não dependem da
quantidade produzida, havendo a produção ou não este custo acontece. Por
exemplo, salários e encargos sociais, despesas de depreciação, despesas
financeiras, contraprestações de contratos de leasing, aluguéis, impostos prediais,
iluminação, materiais de escritórios, entre outros. “São os gastos que permanecem
constantes dentro de um intervalo de tempo, independentemente das variações
ocorridas no volume de produção e vendas durante esse período” (BRAGA 1995, p.
180).
Para Hoji (2010), os custos e despesas fixas, não são fixos eternamente, se
um local alugado para a produção tem a capacidade total de produzir um número de
produtos, para produzir o dobro será necessário alugar outro local. Nesse caso, o
custo deixa de ser fixo e passa a ser variável.
Custos semifixos são custos que não são totalmente fixos, ou seja, uma parte
deste custo é fixa, e outra parte é variável, por exemplo, o custo da água, depende
de sua utilização na empresa, se o recurso da água entra como componente de
matéria prima, a taxa de esgoto que é paga entra nos custos fixos e a outra parte
referente ao uso, refere-se nos custos variáveis.
Conforme SILVA, (2006, p. 514):
Os custos com água, luz, telefone são do tipo semifixo (ou semi variáveis),
ou seja, a conta de um telefone é composta de uma ou mais parcelas fixa
(assinatura, por exemplo) e de outra variável, que depende do número de
impulsos no período. A conta de água, por sua vez, pode conter uma
parcela fixa referente à taxa de esgoto e outra parte variável em função dos
metros cúbicos de água consumida. Se os custos semifixos forem valores
pequenos, sua classificação como fixos não traz grande distorções. Por
outro lado, se os valores forem expressivos, é melhor separar os elementos
fixos dos variáveis para fazer as apropriações adequadas.
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Analisando a tabela 01, juntamente com os dados obtidos pela entrevista com
o proprietário e histórico financeiro da empresa, realizou-se o cálculo da formação de
preço com base na fórmula do Mark-up, obtendo seu índice, ressaltando que CV:
percentual custo variável, CF; percentual custo fixo e LP percentual lucro desejado,
no qual na entrevista realizado com o empresário ficou decidido que o lucro
desejado seria de 20%.
100
𝑀𝐴𝑅𝐾 − 𝑈𝑃 =
100 − (0% + 30% + 20%)
2
Depois de encontrado o índice do Mark-up o próximo passo é identificar o
custo unitário de cada mensalidade, para tal, foi preciso elaborar uma estimativa de
receita, que conforme os dados levantados espera-se que seja de 70 alunos, assim,
a receita necessária para cobrir os custos totais da academia de artes marciais é de
R$ 2.311,66, dividindo este valor pela quantidade estimada de mensalidade chega-
se ao custo unitário da mensalidade de R$33,02.
Para chegar ao preço final da academia de artes marciais, realizou-se a
multiplicação entre o custo unitário que é de R$33,02 por dois que é o índice do
Mark-up, chegando ao preço final da mensalidade a ser cobrado de R$ 66,04.
Depois de calculado o preço final da mensalidade, o passo seguinte é a
realização do cálculo da margem de contribuição. Este é realizado através da
subtração da receita unitária (R$66,04), pelos custos variáveis (R$0,00, visto que a
empresa não possui custos variáveis). Desse modo, verifica-se que a margem de
contribuição unitária é de R$ 66,04.
Contudo, para obtermos a margem de contribuição (MCT) multiplica-se a
margem de contribuição unitária R$ 66,04 pela estimativa de mensalidades, neste
caso, 70, chegando ao valor da margem de contribuição total de R$ 4.622,80.
Encontrado a margem de contribuição, usa-se o resultado para a fórmula do
cálculo do ponto de equilíbrio contábil, onde dividimos o total dos gastos fixos da
academia (R$ 2.311,66) pela margem de contribuição unitária (R$ 66,04), obtendo a
quantidade de mensalidades necessárias para o ponto de equilíbrio contábil, ou
seja, quantas mensalidades são necessárias para a empresa quitar os custos e
obter lucro zero, nesse caso, o resultado obtido foi de 35 mensalidades.
O cálculo do ponto de equilíbrio econômico é realizado com a soma do total
dos custos fixos da academia (R$ 2.311,66) com o retorno desejado pelo empresário
(R$ 2.000,00), dividindo pela margem de contribuição unitária (R$ 66,04) chega-se à
quantia de 65,28 mensalidades, as quais são necessárias para chegar ao ponto de
equilíbrio econômico.
Para chegar ao valor contábil do ponto de equilíbrio econômico multiplica-se
a quantia de mensalidades necessárias (R$65,28), pelo valor unitário de cada
mensalidade (R$66,04), obtendo-se o valor de R$ 4.311,66, ou seja, valor
necessário para cobrir os custos e o retorno desejável pelo empresário.
CONCLUSÃO
CERVO, Amado Luiz & BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4. Ed. São
Paulo: Makron Books, 1996.
CRUZ, Carla. & RIBEIRO, Uirá. Metodologia Científica – Teoria e Prática, 2003
SILVA, José Pereira Da. Análise financeira das empresas. 8. Ed. São Paulo, Atlas
2006.