Resumo Expandido - Inteligência Emocional
Resumo Expandido - Inteligência Emocional
Resumo Expandido - Inteligência Emocional
1 INTRODUÇÃO
A inteligência emocional é uma habilidade importante que pode ser aplicada em
diversos contextos, incluindo no ambiente corporativo. Segundo Richard Boyatzis (1995) a
inteligência emocional é fundamental para o sucesso no trabalho. Ele destaca a importância de
habilidades emocionais, como empatia, autoconsciência e automotivação, no desempenho
eficaz. É um conceito que se tornou cada vez mais relevante nos negócios modernos, a medida
que as empresas reconhecem a importância de entender e gerenciar as emoções em seus locais
de trabalho.
Empresas de suporte ao público, são responsáveis por amparar o cliente a fim de
garantir sua satisfação. Para que isso ocorra é considerável que os funcionários possuam
habilidades de inteligência emocional.
Neste sentido, o objetivo desse resumo expandido é verificar o nível de inteligência
emocional dos colaboradores do setor de suporte em uma empresa de sistemas, localizada na
cidade de Toledo, Paraná. Uma vez que, o tema pode ajudá-los a lidar com clientes frustrados
e insatisfeitos e a manter a calma, enquanto trabalham para solucionar o problema.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A importância da inteligência emocional é cada vez mais reconhecida hoje como fator
de sucesso, não só a vida privada, mas também um fator indispensável na carreira profissional.
Pesquisas mostram que para obter um bom desenvolvimento organizacional profissional,
conhecimento por si só não é suficiente, mas também é necessário ter características básicas
pertinentes à inteligência emocional. Nos dias de hoje, as características essenciais têm sido
muito valorizadas pelas empresas, pois é um fator que sugere o progresso do funcionário e o
clima organizacional da instituição.
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Para Mayer e Salovey (apud PALMER et al., 2005), a inteligência emocional é a
capacidade de perceber, ter a capacidade de avaliar e se expressar com precisão, acessar e/ou
gerar emoções, que por sua vez nos ajudam a pensar e entender esses sentimentos e emoções,
com a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
Segundo Goleman (GOLEMAN 2007), para buscar resultados, o profissional
contemporâneo precisa saber resolver conflitos envolvendo múltiplos interesses,
principalmente conflitos comportamentais. Posto isto, é previsível que tenha dificuldades na
realização dos trabalhos, pois as pessoas são a razão de tudo acontecer, por definição não é
apenas gerenciado o trabalho em si, mas sim as pessoas.
Hoje, há uma necessidade urgente de entender os princípios que tornam possível o
controle das emoções, de soluções pacíficas, equilibradas para distinguir os conflitos para uma
boa convivência no ambiente de trabalho e no ambiente social. Conflitos e impasses,
independente dos problemas que os provocam, nos dias atuais, existem métodos que podem ser
usados de forma prática para treinar as emoções e evitar consequências graves, ou seja,
possibilidades de aprender e saber como agir emocionalmente. Os conflitos devem ser
reconhecidos pelas partes, e se há conflito é uma questão de percepção. Se ninguém sabe de sua
existência, costuma-se estabelecer que não existe. Outras características comuns na definição
são alguma forma de resistência ou inconsistência e interação. Esses fatores definem as
condições que determinam o início do processo conflituoso (GOLEMAN, 2007).
De acordo com Weisinger (1997, p.14), a inteligência emocional se resume a utilizar
de forma inteligente as emoções, ou seja, agir intencionalmente para que as emoções trabalhem
a nosso favor, utilizando-as como um auxílio para influenciar nosso comportamento e
pensamento, a fim de melhorar nossos resultados. A inteligência emocional estaria
intrinsecamente relacionada aos resultados alcançados nas organizações. Ao aplica-la, líderes
em todos os níveis hierárquicos estariam empenhados em promover o benefício coletivo, ou
seja, tanto dos subordinados quanto das empresas, trabalhando em conjunto para atingir metas
e resultados e estabelecendo um ambiente propício ao crescimento mútuo.
Em concordância com Richard Boyatzis (2007), que contribuiu significativamente
para a aplicação da inteligência emocional em ambientes de trabalho, ele acredita que é
fundamental ter a competência emocional para o sucesso na carreira e na liderança. Ele destaca
a relevância de habilidades emocionais, como automotivação, empatia, autoconsciência, no
desempenho eficaz do trabalhador.
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esse estudo se classifica como sendo de abordagem qualitativa e quantitativa, foi
realizada por meio de uma pesquisa virtual, utilizando o Google Forms. Foi direcionada para o
setor de suporte de uma empresa de sistemas, localizada no município de Toledo-PR no ano de
2023, especificamente para um público de sete pessoas, das quais responderam às perguntas de
forma anônima em um formulário do Google. Os dados foram analisados a fim de demonstrar
o nível de inteligência emocional dos colaboradores entrevistados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As perguntas foram aplicadas para um público de 8 pessoas, no qual 7 responderam e
uma não. Abaixo seguem as respostas de algumas perguntas:
• 100% dos entrevistados responderam que acham importante reconhecer e lidar com as
suas emoções no ambiente de trabalho.
• 57,1% dos entrevistados responderam que conseguem lidar com as suas emoções em
situações de pressão ou estresse no trabalho de forma mediana e 42,5% disseram que
conseguem.
• 57,1% dos entrevistados responderam que reconhecem a importância das emoções no
ambiente de trabalho e 42,9% reconhecem um pouco, dependendo da situação.
• 100% dos entrevistados acreditam que a inteligência emocional pode ajudar a melhorar
o desempenho profissional
• 57,1% dos entrevistados responderam que são sensíveis às emoções de seus colegas e
se colocam no lugar deles, respondendo de forma apropriada; 28,6% responderam mais
ou menos e 14,3% não prestam atenção nas emoções dos seus colegas de trabalho.
• 100% dos entrevistados acreditam que a inteligência emocional pode ser aprendida e
desenvolvida
Analisando as respostas, foi verificado que o nível de inteligência dos colaboradores é
significativamente eficiente, pois a maioria dos entrevistados informaram conseguir lidar com
suas emoções em situações de pressão ou estresse no trabalho, e são sensíveis às emoções de
seus colegas, tendo empatia ao se colocar no lugar deles. Isso é de extrema importância para
que as emoções trabalhem a nosso favor, a fim de melhorar nossos resultados, assim como diz
Weisinger.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Os resultados revelaram que a maioria dos entrevistados reconhece a importância de
lidar com suas próprias emoções no ambiente de trabalho.
Esses resultados são encorajadores, uma vez que a inteligência emocional é
fundamental para lidar com clientes frustrados e insatisfeitos, bem como para manter a calma
durante a resolução de problemas. A capacidade dos colaboradores em reconhecer e gerenciar
suas emoções pode contribuir para um desempenho profissional mais eficaz e um ambiente de
trabalho mais saudável.
No entanto, é importante ressaltar as limitações deste estudo. A amostra utilizada foi
restrita, composta por um número reduzido de participantes da mesma empresa, o que pode
limitar a generalização dos resultados. Além disso, a pesquisa foi conduzida de forma virtual,
o que pode ter influenciado nas respostas dos entrevistados.
Os resultados indicam que investir no desenvolvimento da inteligência emocional dos
colaboradores pode ter impactos positivos no desempenho profissional e na satisfação do
cliente. Sugere-se que futuros estudos ampliem a amostra e incluam colaboradores de diferentes
setores e empresas, a fim de obter resultados mais abrangentes e representativos.
6 REFERÊNCIAS
WEISINGER, H: Inteligência emocional no trabalho: Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.
GOLEMAN, Daniel. Trabalhando com a Inteligência Emocional: Tradução do original:
Working With Emotional Intelligence por M. H. C. Côrtes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
MAYER, J.D.; DIPAOLO, M.; SALOVEY, P. Perceiving Affective Content in Ambiguos
Visual Stimuli: A Component of Emotional Intelligence.Journal of Personality Assesment, 54:
3-4, 772-781, 1990.
MOREIRA, V. L. A IMPORTÂNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS
ORGANIZAÇÕES. Gestão e Desenvolvimento em Revista, [S. l.]. Disponível em: https://e-
revista.unioeste.br/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/16963. Acesso em: 1 jul.
2023.
PALMER, B.R.; CIGNAC, G.; MANOCHA, R.; STOUGH, C. A psychometric evaluation of
the Mayer–Salovey–Caruso Emotional Intelligence Test Version 2.0. Intelligence.33. 2005.