Classe 7 - Rendimentos e Ganhos-2
Classe 7 - Rendimentos e Ganhos-2
Classe 7 - Rendimentos e Ganhos-2
Licenciatura em contabilidade
Universidade Rovuma
Pemba
2024
Amina Francisca
Cátia Dos Santos Vasco
Dilénia Elsa Celestino Wairasse
Gilda Abacar
Izate Alide Anrane
Joana Sengo
Nelton Anastácia João
Rosália Armando Cossa
Vandame Fausto Hamisse
Licenciatura em contabilidade
Universidade Rovuma
Pemba
2024
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 5
1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 5
1.1.2. Especificos ................................................................................................................ 5
1.2. Metodologias ........................................................................................................................ 5
2. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC) ........................................... 6
2.1. Importância do SNC para Moçambique ........................................................................... 7
2.2. Estrutura do SNC e o Plano de Contas ............................................................................. 7
2.3. Benefícios da Implementação do SNC............................................................................. 8
3. REGRAS GERAIS DE MOVIMENTAÇÃO DA CLASSE 7: CONTAS DE
RENDIMENTOS ............................................................................................................................ 9
3.1. O Papel da Classe 7 no Contexto das Demonstrações Financeiras .................................. 9
3.2. Subdivisões da Classe 7 ................................................................................................. 10
3.3. Importância da Classe 7 para a Gestão Empresarial ...................................................... 10
3.4. Diferença entre Rendimentos Operacionais e Não Operacionais .................................. 11
3.5. Estrutura da Classe 7 ...................................................................................................... 12
3.6. Contas Principais da Classe 7......................................................................................... 12
3.7. Finalidade da Estrutura Detalhada ................................................................................. 14
Relação com outras classes do plano de contas ........................................................................ 14
4. PRINCÍPIOS DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE RENDIMENTOS NA
CLASSE 7 ..................................................................................................................................... 15
4.1. Princípios de Reconhecimento de Rendimentos ............................................................ 15
4.2. Tipos de Reconhecimento de Rendimentos ................................................................... 16
4.3. Mensuração dos Rendimentos ........................................................................................ 16
4.4. Componentes que Afectam a Mensuração ..................................................................... 16
4.5. Importância dos Princípios de Reconhecimento e Mensuração ..................................... 18
4.6. Impacto da Classe 7 na Tomada de Decisões Empresariais........................................... 18
4.7. Indicadores de Desempenho Baseados nos Rendimentos .............................................. 18
5. RELAÇÃO RECEITAS/CUSTOS OPERACIONAIS ......................................................... 19
5.1. Decisões Estratégicas Baseadas nos Rendimentos......................................................... 19
5.2. Planejamento Financeiro e Orçamentação ..................................................................... 20
5.3. Conformidade Fiscal e o Papel da Classe 7 ................................................................... 21
5.3.1. Base para Cálculo dos Impostos ............................................................................. 21
5.4. Importância do Cumprimento Fiscal .............................................................................. 22
5.7. Ferramentas para Garantir a Conformidade ................................................................... 24
5.8. Importância da Integração entre Classes ........................................................................ 24
6. NORMAS INTERNACIONAIS RELACIONADAS AOS RENDIMENTOS (CLASSE 7) 25
6.1. Princípios Fundamentais das IFRS para o Reconhecimento de Receita ........................ 26
6.2. Impacto das Normas Internacionais no Relato e Comparabilidade ............................... 27
7. CASO PRÁTICO: EXEMPLO DE REGISTROS NA CLASSE 7 ....................................... 27
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................. 30
1. INTRODUÇÃO
O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) de Moçambique foi implementado através do
Decreto nº 70/2009, de 22 de dezembro, com o objetivo de modernizar e padronizar a
contabilidade no país. Essa modernização foi essencial para alinhar as práticas contábeis
moçambicanas com as melhores práticas internacionais, promovendo maior transparência,
comparabilidade e confiabilidade nas demonstrações financeiras das empresas moçambicanas. O
SNC trouxe importantes mudanças no ambiente contábil do país, substituindo o antigo Plano
Geral de Contabilidade (PGC) de 1981, que já não atendia às necessidades das empresas e das
exigências do mercado globalizado. O Decreto nº 70/2009 introduziu um novo sistema contábil,
baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting
Standards - IFRS), que é amplamente aceito em diversos países do mundo. A adoção deste
sistema contribui para aumentar a confiança dos investidores, facilitar o acesso ao crédito e atrair
mais investimentos estrangeiros.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Estudar a classe 7 do Sistema de Normalização Contabilística (SNC) de Moçambique foi
implementado através do Decreto nº 70/2009, de 22 de dezembro.
1.1.2. Especificos
Falar do Sistema de Normalização Contabilística (SNC) de Moçambique
1.2. Metodologias
Para a efectividade do presente trabalho adaptou-se diversas metodologias de pesquisa, tendo
como enfoque principal as pesquisas bibliográficas, pela norma APA 5ª edição em uso nessa
instituição de ensino. Pesquisas essas feitas em diversas literaturas disponibilizadas pela internet,
assim como nos materiais disponibilizados pela biblioteca da instituição. Fazendo assim uma
inclusão dos conhecimentos práticos e teóricos sobre o assunto em questão.
2. SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC)
O SNC foi implementado com o objetivo de oferecer um quadro contábil mais robusto, que
pudesse refletir de maneira mais precisa a realidade econômica e financeira das empresas em
Moçambique. Entre os principais objetivos da adoção do SNC, destacam-se:
a) Harmonização com as Normas Internacionais: O SNC foi adaptado a partir das IFRS,
permitindo que as empresas moçambicanas adotassem um padrão contábil comparável
internacionalmente. Isso facilita a comunicação entre as empresas locais e os investidores
estrangeiros, ao mesmo tempo que oferece maior clareza na leitura das demonstrações
financeiras.
f) Responsabilidade Fiscal: O SNC também contribui para uma maior responsabilização das
empresas em relação à sua gestão financeira e fiscal. Com a implementação de um plano
de contas uniforme, as empresas são obrigadas a manter registos contábeis claros e
detalhados, o que ajuda a evitar fraudes e a garantir o cumprimento das obrigações fiscais.
2.1. Importância do SNC para Moçambique
A adoção do SNC foi uma mudança estratégica significativa para o desenvolvimento econômico
de Moçambique, especialmente em um ambiente globalizado onde o fluxo de investimentos
internacionais é cada vez mais importante. A implementação do Decreto nº 70/2009 reflete o
compromisso do governo moçambicano com a melhoria do ambiente de negócios, a
transparência financeira e a integração econômica do país no contexto internacional.
Moçambique tem uma economia em crescimento, com setores estratégicos como mineração, gás
natural e agricultura. Estes setores atraem muitos investidores estrangeiros, que precisam de
garantias sobre a qualidade e a confiabilidade das informações financeiras fornecidas pelas
empresas locais. O SNC permite que as empresas moçambicanas se apresentem de maneira mais
profissional e alinhada com as expectativas dos investidores internacionais.
Classe 8: Resultados
Cada uma dessas classes é subdividida em contas mais detalhadas, que permitem o registo
preciso de todas as operações financeiras. A Classe 7, que se refere aos rendimentos, será
abordada em maior detalhe ao longo deste estudo, pois desempenha um papel crucial na
determinação da saúde financeira de uma empresa.
Os rendimentos registrados na Classe 7 são aqueles que resultam das atividades normais da
empresa, como a venda de produtos, prestação de serviços ou outras fontes de receita. Além
disso, também incluem rendimentos financeiros, como juros e dividendos, e outros rendimentos
não operacionais, como ganhos extraordinários.
O foco da Classe 7 está nas receitas operacionais, que provêm diretamente das atividades
principais da empresa, como vendas de produtos ou serviços. No entanto, também abrange
receitas não operacionais, como as obtidas por meio de atividades financeiras ou de outras fontes
que não estão diretamente ligadas à operação da empresa.
Além disso, os rendimentos da Classe 7 impactam diretamente o patrimônio líquido da empresa.
Quando os rendimentos superam os custos e despesas, o lucro resultante aumenta o patrimônio.
Por outro lado, um rendimento inferior aos custos resultaria em prejuízo, o que diminui o
patrimônio líquido.
Cada subconta é detalhada no Plano de Contas, permitindo uma contabilidade precisa que facilita
a análise de desempenho e a tomada de decisões. Além disso, a utilização dessas subcontas
assegura que a empresa esteja em conformidade com as exigências legais e regulamentares de
Moçambique.
Além disso, o correto registo das receitas é essencial para garantir a conformidade fiscal. A
legislação tributária em Moçambique exige que as empresas apresentem relatórios financeiros
precisos, nos quais as receitas sejam devidamente registradas e classificadas. Qualquer
inconsistência ou erro no registo das receitas pode resultar em penalidades fiscais,
comprometendo a saúde financeira da empresa.
Rendimentos não operacionais: São receitas que provêm de atividades que não fazem
parte do negócio principal da empresa, como ganhos com investimentos financeiros,
juros recebidos ou venda de ativos fixos. Embora importantes, esses rendimentos não são
recorrentes e, portanto, não indicam necessariamente a saúde operacional da empresa.
A separação entre esses tipos de rendimentos ajuda a oferecer uma visão clara e precisa sobre as
operações da empresa, auxiliando gestores, investidores e analistas a entenderem quais fontes de
receita são sustentáveis a longo prazo.
3.5. Estrutura da Classe 7
A Classe 7 do Plano Geral de Contabilidade de Moçambique, conforme o Sistema de
Normalização Contabilística (SNC), é dedicada ao registo de rendimentos. Esses rendimentos
são classificados de acordo com a natureza das atividades que geram receitas para a empresa. A
Classe 7 é subdividida em várias contas que ajudam a distinguir entre os diferentes tipos de
receitas, sejam elas provenientes de operações principais da empresa ou de fontes secundárias,
como rendimentos financeiros.
Cada subconta dentro da Classe 7 permite uma visão mais detalhada e específica das receitas da
empresa, facilitando a gestão financeira, o cumprimento das obrigações fiscais e a elaboração de
relatórios contábeis padronizados.
Vendas de Mercadorias
Usada por empresas que produzem seus próprios bens, essa subconta regista a receita obtida
pela venda de produtos finais que foram fabricados internamente. Para indústrias e empresas de
manufatura, esta conta é fundamental para registar os rendimentos das atividades operacionais
principais.
Prestações de Serviços
Rendimentos Financeiros
- Ganhos em operações cambiais: Quando há variações favoráveis nas taxas de câmbio que
resultam em aumento de valor dos ativos ou passivos denominados em moeda estrangeira.
Estas contas são essenciais para empresas que realizam investimentos ou que possuem uma
gestão ativa de seu caixa.
Outros Rendimentos
Esta subconta é usada para registrar receitas extraordinárias ou não recorrentes que não se
enquadram em nenhuma das outras categorias. Exemplos de rendimentos que podem ser
registrados aqui incluem:
- Ganhos na venda de ativos fixos: Quando a empresa vende um bem imobilizado, como
terrenos, edifícios, veículos ou equipamentos, e obtém um ganho sobre o valor contábil desse
ativo.
Esta conta é importante para registar eventos que, embora não façam parte das actividades
normais da empresa, afetam os resultados financeiros.
Além disso, a estrutura detalhada da Classe 7 facilita o cumprimento das obrigações fiscais,
permitindo que a empresa apresente informações claras às autoridades tributárias sobre suas
diferentes fontes de receitas. O correto registo de rendimentos em cada subconta ajuda a garantir
que a empresa não só esteja em conformidade com as normas fiscais e contábeis, mas também
que possa otimizar sua gestão tributária, aproveitando corretamente deduções e benefícios fiscais,
quando aplicáveis.
Além disso, a Classe 7 também se relaciona com a Classe 1 (Capital, Reservas e Resultados), já
que o lucro líquido, após a dedução de impostos, é transferido para as contas de reservas ou
capital próprio, impactando diretamente o patrimônio líquido da empresa.
4. PRINCÍPIOS DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE RENDIMENTOS
NA CLASSE 7
A Classe 7 do Plano Geral de Contabilidade de Moçambique segue os princípios internacionais
de reconhecimento e mensuração de rendimentos, conforme as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS). Esses princípios são essenciais para garantir que os rendimentos sejam
registados corretamente nas demonstrações financeiras, refletindo com precisão o desempenho
econômico da empresa.
Venda de Produtos
Uma empresa de bens de consumo vende mercadorias a um cliente por um valor total de
100.000 meticais. O contrato estipula que o cliente pode pagar em 30 dias. Apesar de o
pagamento ainda não ter sido recebido, o rendimento é registado no momento da venda, de
acordo com o princípio da competência, porque a obrigação de desempenho foi satisfeita com a
entrega dos produtos.
Prestação de Serviços
Uma empresa de consultoria assina um contrato de 1.000.000 meticais para prestar serviços ao
longo de um ano. Como o serviço será prestado continuamente durante esse período, a empresa
reconhece o rendimento proporcionalmente ao longo do ano, à medida que as obrigações
contratuais forem sendo cumpridas.
Receitas Variáveis
Um hotel oferece um programa de fidelidade que concede descontos aos clientes frequentes. Se
o cliente acumular pontos, pode receber descontos futuros em estadias. A empresa deve
reconhecer o rendimento da estadia atual com base no valor efetivamente pago pelo cliente, mas
também deve estimar a perda futura resultante dos descontos oferecidos pelo programa de
fidelidade.
Além disso, a aplicação consistente dos princípios de reconhecimento e mensuração permite que
a empresa cumpra suas obrigações fiscais de maneira adequada. Uma vez que os rendimentos
são a base para o cálculo de impostos e outras contribuições, a sua correta mensuração ajuda a
evitar problemas com a fiscalização e a garantir que a empresa pague a quantia justa de impostos.
A margem de lucro bruto é um dos indicadores mais importantes extraídos da análise dos
rendimentos. Ela é calculada subtraindo o custo dos bens vendidos (registrados na Classe 6) das
receitas obtidas na Classe 7. O resultado representa o valor que a empresa mantém após cobrir os
custos diretos de produção ou aquisição dos produtos vendidos. A análise da margem de lucro
bruto permite avaliar a eficiência da empresa em transformar rendimentos em lucros e pode
orientar decisões sobre ajustes de preços ou controle de custos.
A análise detalhada dos rendimentos por produto ou serviço pode ajudar os gestores a
identificar quais produtos ou segmentos de mercado são mais lucrativos e onde há oportunidades
para crescimento. Se um determinado produto ou serviço está gerando receitas crescentes, a
empresa pode decidir investir mais recursos para expandir a produção, aumentar os esforços de
marketing ou expandir a presença em novos mercados geográficos.
Ajustes de Preço
O registo e análise dos rendimentos podem fornecer insights importantes sobre a elasticidade
de preços e a competitividade da empresa no mercado. Se a empresa está a perder participação
de mercado ou suas receitas estão a diminuir, uma análise aprofundada dos rendimentos pode
sugerir a necessidade de ajustes nos preços dos produtos ou serviços para melhorar a
competitividade ou maximizar a receita.
Investimento em Inovação
Revisão de Custos
O registo dos rendimentos é essencial para a projeção do fluxo de caixa, que permite à empresa
prever suas entradas e saídas de dinheiro ao longo de um determinado período. Com base nos
rendimentos projetados, os gestores podem tomar decisões informadas sobre a necessidade de
financiamentos, a capacidade de realizar investimentos ou até a distribuição de dividendos aos
acionistas.
Gerenciamento de Endividamento
Uma empresa que está a gerar rendimentos saudáveis pode considerar contrair dívidas para
financiar projetos de expansão ou inovação, sabendo que será capaz de honrar seus
compromissos futuros com base nas receitas esperadas. Por outro lado, uma empresa cujos
rendimentos estão a diminuir pode optar por evitar novas dívidas e focar na redução de despesas
operacionais para preservar o caixa.
O IRPC é um dos principais impostos que incidem sobre as empresas em Moçambique. Ele é
calculado com base no lucro tributável da empresa, que resulta da diferença entre os rendimentos
(Classe 7) e os custos e despesas dedutíveis (Classe 6). As empresas devem declarar
corretamente os seus rendimentos anuais, ajustados por deduções fiscais permitidas, para
calcular o valor devido de IRPC.
A conformidade com o IRPC requer que as receitas sejam corretamente categorizadas, como
vendas de mercadorias, prestação de serviços ou rendimentos financeiros. Qualquer erro no
registo desses rendimentos pode resultar em uma base de cálculo incorreta, levando ao
pagamento excessivo ou insuficiente de impostos.
Empresas que não registem corretamente as suas receitas podem enfrentar problemas com a
autoridade fiscal em relação ao IVA. Se subestimarem as receitas, podem ser obrigadas a pagar
multas e juros de mora por não terem recolhido e declarado corretamente o imposto devido. Por
outro lado, se superestimarem, podem acabar pagando mais IVA do que o necessário,
impactando o fluxo de caixa.
Quando uma empresa realiza a venda de imóveis, os rendimentos resultantes dessa venda
devem ser registados na Classe 7. Isso é particularmente importante para o cálculo do imposto
sobre a transmissão de propriedade (SISA), que é cobrado sobre a venda de bens imóveis. A
receita da venda deve ser devidamente registada para garantir que o imposto devido seja
corretamente calculado.
Responsabilidade Legal
Além das obrigações fiscais, a Classe 7 também está diretamente relacionada à conformidade
com as normas de contabilidade estabelecidas, incluindo as Normas Internacionais de Relato
Financeiro (IFRS) As empresas devem registar seus rendimentos de acordo com os princípios de
reconhecimento e mensuração de receitas, garantindo que os relatórios financeiros sejam
precisos e reflitam a realidade das operações da empresa.
A correta contabilização dos rendimentos na Classe 7 ajuda a empresa a gerir os riscos fiscais de
forma mais eficaz. Ao garantir que todas as receitas sejam registadas de acordo com as normas e
que as obrigações fiscais sejam cumpridas, a empresa minimiza a probabilidade de ser alvo de
ações fiscais, como auditorias ou investigações por parte das autoridades. Além disso, a
conformidade fiscal ajuda a empresa a evitar custos adicionais, como multas, juros de mora e
outros encargos associados ao não cumprimento das suas obrigações fiscais.
2. Auditorias Internas: Realizar auditorias internas regulares pode ajudar a identificar erros ou
omissões nos registos de receitas antes que as declarações fiscais sejam submetidas. Isso permite
que a empresa corrija quaisquer inconsistências e reduza o risco de penalidades.
3. Consultoria Fiscal: Contar com o apoio de consultores fiscais especializados pode ser uma
estratégia eficaz para garantir que a empresa esteja a cumprir todas as suas obrigações fiscais e
que esteja a aproveitar todas as oportunidades de incentivos fiscais.
A IFRS 15 aplica-se a diversas indústrias e tipos de contratos, desde a venda de produtos até a
prestação de serviços e contratos de construção. Essa norma garante que a receita seja
reconhecida de maneira que reflete a transferência real de valor para o cliente, assegurando que a
Classe 7 apresente informações precisas e comparáveis sobre os rendimentos.
O valor da receita reconhecida deve ser baseado no valor justo da contraprestação que a empresa
espera receber. Este princípio garante que a Classe 7 apresente os rendimentos de forma que
representem adequadamente o valor econômico das transações.
Princípio da Realização
A receita deve ser reconhecida quando for realizável e quando a empresa tiver substancialmente
cumprido suas obrigações contratuais. Esse princípio previne o reconhecimento antecipado de
receitas, garantindo que apenas os rendimentos efetivamente realizados sejam apresentados na
Classe 7.
Transparência e Comparabilidade
As normas internacionais também fornecem diretrizes sobre como lidar com alterações contábeis
e ajustes. Quando há mudanças nas condições contratuais ou nos termos dos contratos, as
empresas devem ajustar o reconhecimento da receita de acordo com as novas condições,
garantindo que a Classe 7 reflita a situação financeira atualizada.
A Empresa XYZ vende mercadorias para um cliente. O valor da venda é de 10.000 MZN, e o
IVA aplicável é de 17%, que totaliza 1.700 MZN. O cliente paga o valor total da fatura.
Diário da Empresa XYZ
Contas Descrição Débito Crédito
4.1 Clientes
4.1.2 Titulos a receber 11,700.00
a) 7.1 Vendas
7.1.1. Mercadorias 10,000.00
a) 4.4. Estado
4.4.3 IVA
4.4.3.3 IVA Liquidado 1,700.00
Pela Venda de mercadorias
8. CONCLUSÃO
A sua correta aplicação não apenas reflete a situação econômica da empresa em termos de lucro
ou prejuízo, mas também facilita a análise do desempenho operacional versus não operacional,
permitindo uma melhor compreensão da sustentabilidade financeira. Portanto, a Classe 7 é uma
ferramenta indispensável para a gestão empresarial e para a produção de relatórios financeiros
confiáveis em Moçambique.