I S C E E: Nstituto Uperior de Iências Conómicas E Mpresarias
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I
RESUMO ANALÍTICO
O presente trabalho tem como objectivo, por um lado, debruçar sobre a Norma de
Relato Financeiro que trata de imparidade de activos (NRF 17), e, por outro lado,
identificar os possíveis impactos decorrentes da sua aplicação. Assim, depois de todo o
desenvolvimento teórico da Norma, foi então realizado um estudo de caso, a fim de
analisar e identificar os possíveis impactos. Os principais resultados indicam que a
aplicação da NRF 17 tem tido um impacto significativo, visto que, essa norma ainda
não é aplicada pela maioria das empresas, os contabilistas, assim como as empresas
necessitam de maior qualificação no que diz respeito a essa matéria, e também,
constata-se que a sua aplicação tem muito impacto nos activos como nas fases do
processo contabilístico. Conclui-se também que, das que aplicam a norma, a sua maioria
tem identificado activos com imparidade e que essa aplicação tem dado contributo
positivo na qualidade das demonstrações financeiras (DF).
II
ÍNDICE
III
ÍNDICE DE ABREVIATURAS
DF Demonstrações Financeiras
EC Estrutura Conceptual
§ Parágrafo
IV
LISTA DE TABELAS
V
LISTA DE FIGURAS
VI
LISTA DE GRÁFICOS
VII
INTRODUÇÃO
8
Com o Trabalho iremos responder a seguinte pergunta de partida: Quais os possíveis
impactos decorrentes da aplicação da NRF 17 ?
Objectivo geral
Este trabalho tem como objetivo geral debruçar sobre a imparidade de activos e
identificar o impacto da sua aplicação.
Objectivos específicos
Estrutura do trabalho
9
Conclusão
Metodologia
10
CAPÍTULO I. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
A globalização dos negócios levou a que a informação contabilística tenha cada vez
mais um carácter global e universal, dados os diferentes interessados nas informações
financeiras proporcionadas pelas empresas, em particular os investidores e
financiadores, se posicionarem em locais distintos do globo.
1
Investidores, credores, financiadores, fisco, estatísticas nacionais e sectoriais, etc.
11
Por essa razão, tem-se deparado nos últimos anos a um crescente movimento de
normalização contabilística, assente numa estrutura conceptual2 que procura dar
significado e sentido ao conteúdo e a maneira como as demonstrações financeiras são
elaboradas e divulgadas.
Elaboração de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidades económicas;
Neste modo, normalizar consiste em criar uma metodologia comum a ser seguida pelas
unidades económicas visando, fundamentalmente, a comparabilidade das informações
inter-unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a sua compreensibilidade pelos
diversos agentes económicos (Borges, Rodrigues e Rodrigues, 2005).
2
Destina-se a enunciar as grandes linhas orientadoras do SNCRF em geral e das NRF em particular.
12
De acordo com Nabais e Nabais (2005), devido aos vários factores e circunstâncias,
sentiu-se a necessidade de uma regulamentação geral de organização contabilística da
empresa, de modo a que todos “falassem” a mesma língua e obedecessem às mesmas
leis. Então, é adoptada a normalização contabilística, que é, a uniformização dos
métodos e processos contabilísticos.
3
Constitui a empresa a organização de factores humanos, materiais e jurídicos, destinada ao exercício
profissional, pelo empresário seu titular, de uma actividade económica com o objectivo de produção ou
troca de bens ou de serviços (Código das empresas comerciais e registo das firmas, 2003).
13
Segundo Borges, Rodrigues e Rodrigues (2005), em 29 de junho de 1973 os orgãos
reguladores dos sistemas contabilísticos de dez países (França, Canadá, Reino Unido,
Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Japão, Holanda, Irlanda e México) acordaram em
constituir um órgão supranacional, que se designou por IASC (International Accounting
Standards Committee), com vista a elaborar normas de aplicação mais universal.
14
Esquematicamente segue a composição deste organismo internacional de normalização
contabilística:
I.A.S.C.F
Outros
4
Também entendido como informação contabilística.
5
Compreensibilidade, relevância, fiabilidade e comparabilidade.
15
preocupação de melhorar a qualidade das demonstrações financeiras e do relato
financeiro das empresas, como o factor de credibilidade ao funcionamento da economia
real em Cabo Verde”.
Embora, sendo obrigatório para diversas entidades, o SNCRF para Cabo Verde não é
ainda de aplicação geral, já que para as empresas do sector financeiro, segurador,
previdência social e bancário, aplicam-se planos de contabilidade específicos.
Esta norma de relato financeiro tem por base a Norma Internacional emitida pelo IASB
sobre imparidade de activos.
“Um activo6 é escriturado por mais do que a sua quantia recuperável se a sua quantia
escriturada exceder a quantia a ser recuperada através do uso ou venda do activo”. Se
assim for o caso, o activo é descrito como estando com imparidade e a norma exige que
6
Segundo EC do SNCRF (Almeida, 2009), é definido como recurso controlado pela entidade como
resultado de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios
económicos futuros.
16
a entidade reconheça uma perda por imparidade. A norma especifica também as
circunstâncias em que uma entidade deve reverter uma perda por imparidade e
prescreve divulgações.
- Inventários;
- Activos provenientes de contratos de construção;
- Activos por impostos diferidos;
- Activos por benefícios de empregados;
- Activos financeiros que estejam no âmbito da NRF 16 – Instrumentos
Financeiros;
- Propriedades de Investimento que sejam mensuradas pelo justo valor;
- Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola que sejam
mensurados pelo justo valor menos o custo estimado no ponto de venda;
- Activos não correntes classificados como detidos para venda de acordo com a
NRF 8 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais
descontinuadas.
Também é preciso realçar que esta norma aplica-se a activos que sejam escriturados
pela quantia revalorizada, ou seja, ao justo valor de acordo com outras Normas, tais
como o modelo de revalorização da NRF 7 – Activos Fixos Tangíveis7.
7
São itens tangíveis que sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para
arrendamento a outros, ou para fins administrativos, e se espera que sejam usados durante mais do que
um período (Almeida, 2009).
8
SNCRF (Almeida, 2009).
17
Consideramos, neste tópico destacar algumas definições que achamos convenientes para
a compreensão da NRF 17.
Quanto às definições, diversos termos são utilizados nesta norma com significados
específicos. Assim, destacando-os, podemos entender por:
- Activos “corporate”
Activos excepto trespasse que contribuam para os fluxos de caixa futuros de várias
unidades geradoras de caixa.
- Depreciação (Amortização)
- Mercado activo
Um mercado onde os itens negociados são homogéneos, onde podem ser encontrados
em qualquer momento compradores e vendedores dispostos a comprar e vender ,e ainda,
onde os preços estão disponíveis ao público.
- Quantia escriturada
18
A quantia pela qual um activo é reconhecido no balanço, após a dedução de qualquer
depreciação / amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas inerentes.
- Quantia recuperável
A quantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou UGC menos os custos de
vender e o seu valor de uso.
O mais pequeno grupo identificável de activos que seja gerador de influxos de caixa e
que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros activos ou grupo
de activos.
- Valor de uso
O valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, que se espere surja do uso
continuado de um activo ou UGC e da sua alienação no fim da sua vida útil.
- Vida útil
O período durante o qual uma entidade espera que um activo esteja disponível para uso,
ou ainda, o número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera obter
do activo.
Para identificar um activo com imparidade, de acordo a NRF 17, uma entidade deve
avaliar em cada data de relato se há qualquer indicação que um activo possa estar com
imparidade, e se assim for o caso, a entidade deve estimar a sua quantia recuperável.
19
- A imparidade de um activo intangível com uma vida útil indefinida ou um activo
intangível ainda não disponível para uso comparando a sua quantia escriturada
com a sua quantia recuperável. Este teste de imparidade pode ser efectuado em
qualquer momento durante o período anual, desde que seja efectuado no mesmo
momento de cada ano. Activos intangíveis diferentes podem ser testados quanto
a imparidade em momentos diferentes. Contudo, se um desses activos
intangíveis for inicialmente reconhecido durante o período anual corrente, esse
activo deve ser testado quanto a imparidade antes do final do período corrente;
- E também, a imparidade do trespasse (goodwill)9 Adquirido numa concentração
de actividades empresariais10.
9
Corresponde a benefícios económicos futuros resultantes de activos que não são capazes de ser
invidualmente identificados e separadamente reconhecidos (Almeida, 2009).
10
É uma concentração de actividades empresariais em que todas as entidades ou actividades
empresariais concentradas são em última análise controladas pela maema parte ou partes antes e após
a concentração, sendo que o controlo não é transitório (Almeida, 2009).
20
Tabela I
Indicadores de Imparidade
internas período, ou espera-se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na
forma que, um activo seja usado ou se espera que seja usado.
- Existe evidência nos relatórios internos que indica que o desempenho económico de
um activo é, ou será, pior do que o esperado.
E, ainda, a Norma diz que, se houver uma indicação de que um activo possa estar com
imparidade, isto pode indicar que a vida útil remanescente, o método de depreciação ou
o valor residual11 do activo precisa de ser revisto e ajustado de acordo com a Norma
aplicável ao activo, mesmo que não seja reconhecida qualquer perda por imparidade
relativa a esse activo.
11
É a quantia estimada que uma entidade obteria correctamente pela alienação de um activo, após
dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse a idade e as condições esperadas no
final da sua vida útil (Almeida, 2009).
21
Existem indícios de que um activo possa estar em imparidade?
Não Sim
Não Sim
Resumindo, considera-se importante uma entidade avaliar o real estado do activo. Para
identificar se o mesmo encontra-se com indícios de imparidade, deverá ter em
consideração fontes externas e internas de informação.
22
Como já tínhamos mencionado anteriormente que a quantia recuperável é a quantia
mais alta de entre o justo valor de um activo ou de uma UGC menos os custos de vender
e o seu valor de uso, então, para esse efeito, é necessário ter em consideração o justo
valor de um activo ou de uma UGC menos os custos de vender e o valor do uso do
activo para evidenciar a quantia recuperável.
Para Costa e Alves (2005), o justo valor menos os custos de vender,” é a quantia que se
obtém da venda de um activo ou de uma unidade geradora de dinheiro numa transação
normal entre as partes conhecedoras e interessadas, deduzida dos custos da alienação, os
quais são os custos incrementais directamente atribuíveis á alienação, excluíndo custos
financeiros e impostos sobre os lucros”.
Quanto ao valor de uso do activo, e de acordo com Costa e Alves (2005), o valor de
uso “é o valor presente (actual ou descontado) dos fluxos da caixa futuros que se espera
que resultem do activo ou da unidade geradora de dinheiro”.
- Uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter do
activo;
- Expectativas acerca de variações possíveis na quantia ou na tempestividade
desses fluxos de caixa futuros;
- O valor temporal do dinheiro, representado pela taxa corrente de juro sem risco
de mercado;
- O preço de suportar a incerteza inerente ao activo;
23
- Outos factores, tais como a falta de liquidez, que os participantes no mercado
poderiam reflectir na valorização dos fluxos de caixa futuros que a entidade
espera obter do activo.
Segundo a NRF 17, só é reconhecida uma perda por imparidade quando a quantia
escriturada do activo exceder a sua quantia recuperável.
Quando a perda por imparidade for superior a quantia escriturada, deve-se reconhecer
um passivo, isto se, tal for exigido por outra norma.
Uma perda por imparidade de um activo deve ser logo reconhecida nos resultados. Após
o reconhecimento da perda, o encargo com a depreciação do activo deve ser ajustado
nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do activo, menos o seu
valor residual (caso exista) numa base sistemática ao longo da restante vida útil desse
activo.
Segundo a NRF 17, a quantia recuperável deve ser estimada para o activo individual
caso exista indicação de que um activo possa estar com imparidade. Caso, não for
possível estimar a quantia recuperável do activo individual, a norma exige que, uma
entidade deve determinar a quantia recuperável da UGC à qual o activo pertence. Essa
12
Norma da IASB que trata sobre imparidade de activos.
24
tal UGC como definido anteriormente, é o grupo mais pequeno de activos que inclui o
activo e que gera influxos de caixa que sejam em larga medida independentes dos
influxos de caixa de outros activos ou grupo de activos.
As UGC devem ser identificadas de forma consistente de período para período para o
mesmo activo ou tipo de activos, a não ser que uma alteração seja justificada.
De acordo com a NRF 17, quando à data de cada relato financeiro exista algum
indicador que uma desvalorização (perda por imparidade) reconhecida em anos
anteriores relativamente a um activo (com excepção do “goowill”) possa já não existir
ou tenha diminuido, deve a entidade estimar a sua quantia recuperável e proceder aos
respectivos ajustamentos.
As reversões de uma perda por imparidade são feitas a activos individuais, a UGC, mas
não para o trespasse (goowill).
- A reversão de perdas por imparidade de activos, que não o trespasse (goowill), deve
ser reconhecida imediatamente nos resultados, a não ser que o activo esteja escriturado
pela quantia revalorizado segundo uma outra norma ( por exemplo, o modelo de
revalorização da NRF 7- AFT ). Neste caso, qualquer reversão da perda por imparidade
de um activo revalorizado deve ser tratada como um acréscimo de revalorização de
acordo com as disposições dessa outra norma.
25
Quanto à reversão da perda por imparidade de uma UGC, a NRF 17 especifica o
seguinte:
- A reversão de perdas por imparidade de uma UGC deve ser imputada aos activos da
unidade, que não o trespasse (goodwill), numa base pró rata em relação às quantias
escrituradas desses activos;
-ao imputar essa reversão para uma UGC, a quantia escriturada de um activo não deve
ser aumentada acima de mais de entre a sua quantia recuperável e a quantia escriturada
que seria determinada se nenhuma perda por imparidade tivesse reconhecida no activo
em períodos anteriores.
Concluímos que à semelhança das perdas por imparidade, uma entidade deve considerar
as indicações para a reversão das perdas provenientes de fontes externas e de fontes
internas, mas, de sentido oposto.
1.2.8. Divulgação
26
Para o efeito, é indispensável definir um corpo coerente de conceitos, princípios e regras
de procedimento disciplinadores da sua elaboração13, com características de
credibilidade, clareza e comparabilidade”.
Então, considerando esses ojectivos, os relatos sobre a perda por imparidade também
devem ser claros.
Para a divulgação, a NRF 17 requer que para cada classe de activos sejam divulgadas as
perdas por imparidade reconhecidas na demonstração de resultados durante o período e
as rúbricas de gastos em que essas perdas foram registadas, reversões de perdas por
imparidade reconhecidas na demonstração dos resultados durante o período e as
rúbricas da demonstração dos resultados em que essas perdas foram revertidas, as
perdas por imparidade em activos revalorizados que tenham sido reconhecidos
directamente no capital próprio e as reversões de perdas por imparidade em activos
revalorizados que tenham sido reconhecidos directamente no capital próprio.
Sempre que os valores das perdas por imparidade reconhecidos ou revertidos sejam
material, deve-se divulgar:
13
Estes são os PCGA, ou seja, princípios contabilísticos geralmente aceites.
27
- Se a quantia recuperável for o justo valor menos os custos de vender, a base
usada para determinar o justo valor menos os custos de vender;
- Se a quantia recuperável for o valor do uso, a taxa de desconto usada na
estimativa corrente e anterior do valor de uso.
Neste tópico, vamos comparar num quadro o actual SNCRF e o PNC em ralação à conta
de perdas por imparidade.
Tabela II
SNCRF vs PNC
SNCRF PNC
69 Provisões do exercício
82 Resultados extraordinários de
exercício
Fonte: SNCRF
28
Como já tinha sido observado, segundo Almeida (2009), o conteúdo da conta 65, Perdas
por imparidade, estava ramificado por diferentes contas do 1º grau, nomeadamente da
68 (Amortização e reintegrações do exercício), 69 (Provisões) e 82 (Resultados
extraordinários do exercício).
29
CAPÍTULO II. ESTUDO EMPÍRICO
2.1. Enquadramento
Neste sentido, achamos conveniente realizar este estudo para analisar os possíveis
impactos decorrentes da aplicaçao da NRF 17 a fim de extrair conclusões tais como:
2.2. Metodologia
Para este estudo foi utilizado uma população de 90 (Noventa) empresas de contabilidade
existentes na ilha de Santiago, o que corresponde aproximadamente a 68 % das
empresas deste sector em Cabo Verde, donde foi retirado uma amostra de 41 empresas,
conforme tabela abaixo:
30
Tabela III
População
Ilha Nº de Amostra
Percentagem
Empresas
Boavista 1 0,75% 0
Fogo 2 1,50% 0
Sal 15 11,28% 0
Santiago 90 67,67% 41
Santo Antão 1 0,75% 0
São Vicente 24 18,05% 0
Total 133 100,00% 41
Fonte: INE
Com,
n= proporção na amostra
= Proporção na amostra;
= Probabilidade do insucesso;
31
Posteriormente a definição da amostra foi aplicado um questionário fechado dirigido às
empresas descritas acima, com o objectivo de identificar os possíveis impactos
decorrentes da aplicação da NRF 17.
Tabela IV
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Menos de 25% 11 26,7 26,7
25% a 50% das
11 26,7 53,3
empresas
50% a 75% das
12 30,0 83,3
empresas
Não aplicam 7 16,7 100,0
Total 41 100,0
Quando questionado sobre a proporção das empresas que aplicam a NRF 17, 16,7%
afirmam que não, enquanto 30% de entre 50 a 75% das empresas consideram a sua
aplicação. No entanto, constatamos que cerca de 53,3% alegam que menos de 50% das
empresas a aplicam.
32
Tabela V
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Valid Sim 23 68,00% 68,00%
Não 11 32,00% 100,00%
Total 34 100,00%
Das 83% das empresas que têm aplicado a NRF 17, verificamos que a maioria tem
detectado activos com imparidades, ou seja 68%.
Tabela VI
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Menos de 25% 15 36,7 36,7
25% a 50% das
16 40,0 76,7
empresas
50% a 75% das
5 13,3 90,0
empresas
Não Sei 4 10,0 100,0
Total 41 100,0
De acordo com 36,7% dos inquiridos, existe menos de 25% das empresas que estão
preparadas para aplicar a NRF 17. No entanto, 40% dos inquiridos acreditam que essa
percentagem é um pouco maior e que são 25 a 50% das empresas. Salienta-se ainda, que
existe um grupo pequeno de inquiridos (13,3%) que acredita que essa proporção é de 50
a 75%.
33
Gráfico I
34
Gráfico II
No que diz respeito ao nível de preparação, 50% dos inquiridos alegam estar
razoavelmente preparados e isso vem a condizer com o nível de preparação das
empresas para a aplicação da NRF 17, já referidas no gráfico 1, o que nos levam a
afirmar que tanto as empresas como os contabilistas estão razoavelmente preparados.
Tabela VII
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Pouco impacto 1 3,3 3,3
Algum Impacto 14 33,3 36,7
Muito impacto 23 56,7 93,3
Sem opinião 3 6,7 100,0
Total 41 100,0
Segundo 56,7% dos inquiridos, a aplicação da NRF 17 tem muito impacto nos activos
fixos tangíveis e 33% defendem que tem algum impacto. Resultado semelhante também
obteve-se ao analisar o impacto nos activos intangíveis, onde 30% afirmam que essa
aplicação tem muito impacto, e cerca de 46% com algum impacto.
35
Tabela VIII
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Nenhum impacto 3 6,7 6,7
Pouco impacto 4 10,0 16,7
Algum Impacto 19 46,7 63,3
Muito impacto 12 30,0 93,3
Sem opinião 3 6,7 100,0
Total 41 100,0
Tabela IX
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Algum Impacto 12 30 30
Muito impacto 25 60 90
Mensuração
Sem opinião 4 10 100
Total 41 100
Algum Impacto 18 43,3 43,3
Muito impacto 19 46,7 90
Reconhecimento
Sem opinião 4 10 100
Total 41 100
Pouco impacto 1 3,3 3,3
Algum Impacto 14 33,3 36,7
Divulgação Muito impacto 18 43,3 80
Sem opinião 8 20 100
Total 41 100
36
Entretanto, a mensuração destaca entre os inquiridos (60%), que a consideram como a
fase onde se há maior impacto, seguindo-se depois, o reconhecimento com 46,7% e, por
último, a fase da divulgação com 43,3%.
Tabela X
Frequência Frequência
Frequência
Relativa Acumulada
Muito negativo 4 10,0 10,0
Negativo 1 3,3 13,3
Positivo 22 53,3 66,7
Muito positivo 12 30,0 96,7
Não sei 1 3,3 100,0
Total 41 100,0
No que tange à qualidade das DF, notamos que 53,3% dos inquiridos afirmam que a
NRF 17 tem dado um contributo positivo.
37
CONCLUSÃO
Conclusões Gerais
Após o desenvolvimento deste trabalho, concluímos que menos de metade das empresas
nacionais aplicam a NRF 17 e dos que tem aplicado a norma a maioria tem identificado
activos com imparidade. Isso leva-nos a concluir que esta norma ainda não é aplicada na
maioria das empresas.
Concluímos também que a aplicação da NRF 17 tem muito impacto tanto nos activos
fixos tangíveis, nos activos intangíveis como nas fases do processo contabilístico e que
essa aplicação tem dado um contributo positivo na qualidade das demonstrações
financeiras.
É importante também frisar que, das que aplicam a norma, a sua maioria tem
identificado activos com imparidade.
Portanto, esperamos que este trabalho venha ser importantíssimo no seio académico
e profissional.
38
Para a realização do nosso trabalho tivemos várias limitações desde o seu início até ao
seu término.
No seu início, tivemos a noção de dificuldade que iriamos encontrar devido ao facto de
existirem poucos estudos relacionados com imparidade de activos e também da escassez
da bibliografia o que nos dificultou muito aquando da sua realização.
No seu término, destacamos o facto de que tanto a população como a amostra que
definimos não iriam proporcionar uma resposta mais abrangente, o que nos levaria a
extrair melhores conclusões.
39
BIBLIOGRAFIA
BAPTISTA, Fernando M.; DIAS, Maria J.- Contabilidade Geral (Caderno de Apoio).
Lisboa: Unversidade Aberta, 1997. ISBN: 972-674-210-2
COSTA, Carlos B.; ALVES, Gabriel C.- Contabilidade Financeira. 5ª ed. Lisboa:
Publisher Team, 2005. ISBN: 989-601-012-9
40
RODRIGUES, JOÃO.- Adopção em Portugal das Normas Internacionais de Relato
Financeiro. 2ª ed. Lisboa: Áreas Editora, 2005. ISBN: 972-8472-00-0
SILVA, Eusébio P.; JESUS, Tânia A.; SILVA, Cristina P.- Contabilidade Financeira
(Casos Práticos): Letras e Conceitos, 2010. ISBN: 978-989-8305-02-2
Monografias e Teses
41
ANEXOS
Questionário
1. Qual o nível de preparação dos contabilistas para aplicar a NRF 17? (assinale
uma opção)
Não
Sim.
Menos de 25%
Mais de 75%
42
5. Essas têm identificado activos com imparidades?
Não
Sim.
6. Qual a proporção das empresas que estão preparadas para a aplicação da NRF
17?
Nenhuma
Menos de 25%
Mais de 75%
Não sei
Mensuração
Reconhecimento
Divulgação
43
9. Qual o impacto da aplicação das NRF 17 nos seguintes elementos das
Demonstrações Financeiras?
Activos intangiveis
44