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ESCOLA SECUNDARIA CRISTIANO PAULO TAIMO

Elementos
 Jaime Silale
 Julio Bonomar
 Eurico Adriano
 Isidor Fonseca
 Irene Medala
 Leonardo Patricio
 Ned dos Santos
 Esperança Jacinto
 Ernesto Muhocoroco
 Erasmo Nphanha
 Fanito Bento
 Manesse Eduardo

Classificaçao dos conceitos e termos

Lichinga aos 05 de outubro 2024


ESCOLA SECUNDARIA CRISTIANO PAULO TAIMO

Elementos
 Jaime Silale
 Julio Bonomar
 Eurico Adriano
 Isidor Fonseca
 Irene Medala
 Leonardo Patricio
 Ned dos Santos
 Esperança Jacinto
 Ernesto Muhocoroco
 Erasmo Nphanha
 Fanito Bento
 Manesse Eduardo

Classificaçao dos conceitos e termos

DOCENTE
Laurinda Francisco Salamo

Lichinga aos 05 de outubro 2024


Indice
INTRODUCAO.................................................................................................................4
Classificaçao dos conceitos e termos................................................................................5
Exemplo.............................................................................................................................6
Na fase analítica.............................................................................................................6
Na fase sintética.................................................................................................................6
Termo................................................................................................................................7
CONCLUSAO...............................................................................................................8
INTRODUCAO
A discussão acerca do conceito de “conceito” ora apresentada neste artigo foi parte da
fundamentação teórica desenvolvida e utilizada na tese de Maculan (2015), que tratou
da aplicação de um modelo de reengenharia de tesauro para a explicitação das relações
semânticas entre os conceitos nesse tipo de instrumento. A revisão de literatura
realizada sobre o conceito fez emergir interessantes questões, sobretudo sobre as
semelhanças e diferenças do entendimento do conceito de “conceito” no campo da
Linguística, da Terminologia, da Biblioteconomia e da Ciência da Informação. A
análise da literatura e as reflexões desenvolvidas levaram a autora a também apresentar
uma proposta para o conceito de “conceito”, que atenda aos princípios da Teoria
Comunicativa de Terminologia (TCT), criada por Cabré (1995; 1999).
Desde a Revolução Industrial, o controle de informações especializadas se faz cada vez
mais essencial, exigindo, nesse processo, a necessidade de organizar, representar,
armazenar e recuperar informações. Para auxiliar nesse controle, no âmbito dos estudos
da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, foram desenvolvidas diferentes
iniciativas e, entre elas, aquelas que deram origem aos tesauros. Pode-se afirmar que os
primeiros tesauros possuíam seu vocabulário formado com base em palavras
(CAMPOS; GOMES, 2006). Contudo, as autoras esclarecem que a construção de um
tesauro acontece na esfera do domínio e não do discurso, o qual é utilizado apenas como
estratégia para a coleta de terminologia na literatura da área (garantia literária)
Classificaçao dos conceitos e termos

Ao pensar o homem utiliza conceitos (casa, carro, lápis...). Um conceito, em lógica,


define-se como uma representação mental dos objectos ou seres da mesma espécie.

Um conceito é uma ideia geral que representa aquilo que as coisas da mesma espécie
têm de permanente, imutávele comum.

2. Um conceito não é verdadeiro, nem falso, porque nada afirma, nem nega. Podem
todavia ser possíveis (animal racional) ou impossíveis (circulo quadrado), segundo são
formados por elementos logicamente compatíveis ou incompatíveis entre si.

3. Formamos estas ideias por um processo de abstracção e generalização. Este processo


designa-se por conceptualização.

4.Os conceitos são expressos por múltiplos termos. Embora rigorosamente não se possa
confundir o termo com a palavra, neste nosso estudo não faremos qualquer distinção
entre ambos.

5. Nem sempre os termos (palavras) que usamos para nos referirmos a algo expressam
com clareza o que pretendemos significar, o que se traduz em frequentes equívocos na
comunicação oral. Este facto mostra a importância não apenas do estudo do conceitos,
mas também da adequação dos termos que usamos para os exprimir.

6. Podemos considerar um conceito ou um termo sob o ponto de vista da sua


compreensão ou extensão.
 A compreensão de um conceito/termo consiste no conjunto de propriedades que
atribuímos a uma coisa ou ser;
 b A extensão representa o número de seres abrangidos por essas características

7. Da relação entre a compreensão e a extensão podemos extrair a seguinte regra:


"Quanto maior é a compreensão menor é a extensão". O mesmo é dizer: quanto mais
nos afastamos do individual, menor é a compreensão, e maior é a extensão.

Conceitos podem se r representados por apenas uma


palavra ou por uma expressão, desde que essa expressão
designe um único conceito.

Exemplo:
Ciência da Informação, representa o conceito de apenas um objeto, e apesar de ser
composto por duas palavras,é representado por um termo.Desse modo, para
entendermos termo, é necessário conhecer a definição de conceito.buscando uma
definição para o conceito de “conceito”

um tesauro é um todo articulado de conceitos, e não um conjunto de conceitos


independentes. Sendo assim, os conceitos estão interrelacionados no tesauro,
estabelecendo entre si relações semânticas (de equivalência, hierárquicas e
associativas).
Em analogia à abordagem analítico-sintética de Ranganathan para a
elaboração e uso dos sistemas de classificação, é possível atribuir essa
abordagem ao que ocorre no campo dos tesauros, que possui uma
estrutura conceitual que reúne diferentes conceitos que representam o
conhecimento de um dado domínio.

Na fase analítica

da abordagem analítico-sintética de Ranganathan, um assunto composto ou


complexo,dentro de um determinado domínio, é analisado e decomposto até que seja
formado apenas por assuntos simples. São estes assuntos simples que serão
posteriormente combinados, na fase sintética, da classificação, para representar os
assuntos que determinam o conteúdo informacional de um documento. Como será
explicitado ao longo deste artigo,Ranganathan considera que o conteúdo de um assunto
é o conceito desse assunto, uma vez que devemos considerar que o conceito é o
elemento material para os sistemas de classificação (DAHLBERG, 1979). Assim, em
analogia à abordagem de Ranganathan, os tesauros também possuem uma estrutura
conceitual, composto por diferentes conceitos
(representados pelos termos descritores) de um dado domínio, que foram
obtidos conforme o mesmo processo analítico de Ranganathan.

Na fase sintética

, esses conceitos (termos descritores preferidos) podem ser


combinados de distintas formas, no momento da indexação, onde os
assuntos que descrevem o conteúdo de um documento são formados, a
partir dessa combinação. Nesse sentido, Svenonius (2000) afirma que a junção dos
diferentes termos (ou descritores) é que faz com que na estrutura de um tesauro não
exista termos sem ligação com outro, sendo que essa conexão está estreitamente
relacionada com o conteúdo do seu conceito, que se
definem a partir da inter-relação com outros conceitos na estrutura do
tesauro.

Desse fato advém a importância das discussões acerca do


conceito de “conceito” no âmbito dos estudos sobre a construção de
tesauros, que se passa agora a examinar, iniciando com a exposição da
origem das reflexões acerca do conceito, para, depois, apresentá-lo
dentro da Linguística, da Terminologia e, finalmente, na Biblioteconomia e
Ciência da Informação.

Termo

A unidade de comunicação que representa o conceito e pode ser constituído de uma ou


mais palavras, uma letra, um símbolo gráfico, uma abreviação, uma notação.
todo processo que torne possível a descrição, a classificação e a previsão dos objetos
cognoscíveis. Assim entendido, esse termo tem significado generalíssimo e pode incluir
qualquer espécie de sinal ou procedimento semântico, seja qual for o objeto a que se
refere, abstrato ou concreto,
próximo ou distante, universal ou individual, etc.

Dessa forma, como objeto cognoscível, o conceito se manifesta como um fenômeno que
é apreendido pelo sujeito e cuja função é determinada por um dado contexto.

As reflexões acerca do conceito têm início na Filosofia clássica,havendo diversas visões


para o seu significado. Nessa Filosofia, as questões metafísicas envolvendo conceitos
incluem o que é um universal e a distinção entre diferentes tipos de universais, sendo
Sócrates, Platão e
Aristóteles, os pioneiros nesses estudos.

Para Sócrates, a existência real dos conceitos (ou ideias) é obtida a partir de conceitos
abstratos (piedade,coragem ou justiça) e de conceitos concretos (homem, árvore ou
pedra),válidos para toda a humanidade, em qualquer tempo e lugar. Com
Platão,considerado de um realismo absoluto, o conceito é analisado mais do ponto de
vista de um universal real (essência) (FERRATER-MORA, 2004),existindo em um
mundo separado, a priori, que está fora dos objetos e fora da mente.

Já com Aristóteles, a partir de uma filosofia de realismo moderado, destacam-se os


universais como seres inerentes às coisas, cuja existência é dependente de existirem
indivíduos nos quais esses universais se exemplificam (FERRATER-MORA, 2004).
Sobre isso, Hjorland (2009) afirma que,Hoje, não há consenso sobre o que são
conceitos, quais teorias do conceito são mais importantes e como as teorias do conceito
podem ser classificadas [...] [havendo] diferentes visões sobre conceitos, de grandes
filósofos e cientistas, que estão associadas com distintas visões epistemológicas e do
mundo e cada uma delas estão inclinadas a competirem entre si (HJORLAND, 2009, p.
1519).Assim, dependendo da visão epistemológica adotada, o conceito de“conceito”
difere, o que justifica um exame mais reflexivo sobre esse tema.

Dentro do pensamento filosófico, Abbagnano (1998) afirma que da noção de conceito


emerge o problema sobre a sua natureza, que deu origem a duas soluções possíveis. Para
o autor, a primeira advém do período clássico da filosofia grega e considera o conceito
como a essência necessária das coisas, como parte constituinte do próprio objeto

o termo é uma designação que corresponde a um conceito em uma linguagem de especialidade.


É um signo lingüístico que difere da palavra, unidade da língua geral, por ser qualificado no
interior de um discurso de especialidade. Uma palavra tem propriedades (como em um
dicionário de língua), mas tem muitos significados, porquanto são elementos do léxico da
língua. Um termo, ao contrário, é uma palavra contextualizada no discurso, tendo,
conseqüentemente, um referente de interpretação. Le Guern sugere que a palavra, unidade do
léxico, constitui um predicado livre, e o termo, enquanto unidade do discurso, um predicado
vinculado (Le Guern, 1989). Dito de outro modo, a palavra no discurso – o termo – associase a
uma classe de objetos, às coisas do mundo real, tendo, dessa forma, uma extensão.
CONCLUSAO
Neste artigo o conceito de “conceito” foi descrito e analisado nas áreas da Linguística,
Terminologia, Biblioteconomia e Ciência da Informação, buscando insumos para o
campo da construção de tesauros conceituais.
Da Linguística, trouxe, principalmente, a visão de conceito em Saussure, que estabelece
uma inerente ligação entre o significante (forma) e o seu significado (substância), sendo
o signo constituído pelo grupo social (contexto de uso), de forma arbitrária. Contudo,
ficou claro que há críticas à visão de Saussure.
Do campo da Terminologia, foram apresentadas diferentes concepções para o conceito
de “conceito”, desde a origem da área, denominada de terminologia clássica.
Reconhecendo a validade dos princípios advindos da Teoria Geral da Terminologia
(TGT), de Wüster, que influenciaram os avanços nos fundamentos para o
desenvolvimento de tesauros, as limitações desses princípios normalizadores para
contextos comunicativos exigiram a busca por outras formas de representação. Nessa
perspectiva, a Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT) considera o termo como
uma unidade linguístico-pragmática, que faz parte do processo comunicativo humano e,
como tal, tem como particularidade transmitir conteúdos de diversos domínios, mas é
conduzida pelas mesmas regras e caracterizada pelos mesmos fenômenos de polissemia,
sinonímia e variação linguística, presentes na linguagem geral. Sendo assim, a
univocidade é, em parte, contestada.
Da Biblioteconomia e Ciência da Informação, foram
BIBLIOGRAFIA
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
ARBOIT, A. E.; GUIMARÃES, J. A. C. Conhecimento e linguagem na organização do
conhecimento: aspectos dialógicos a partir da concepção de Bakhtin. In: ENCONTRO
NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 14., de 29 de
outubro a 1 de novembro, Florianópolis, 2013. Anais... Florianópolis, SC: ENANCIB,
2013.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
BARBOSA, A. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de
Janeiro: Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969.
BARROS, L. A. Curso básico de Terminologia. São. Paulo: USP, 2004. 296p.
BARROS, L. A. Aspectos epistemológicos e perspectivas científicas da terminologia.
Ciência e Cultura, São Paulo, v. 58, n. 2, abr./jun. 2006. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252006000200011&script=sci_arttext>. Acesso em: 22 ago. 2016.
BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1989. v. 2.
BLIKSTEIN, I. Kaspar Hauser ou a fabricação da realidade. São Paulo: Cultrix;
EDUSP, 1983.

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