Pós-Modernismo - Aula Completa - Síntese
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1960 - ATUALIDADE
CONCRETISMO - POESIA
O texto passa a ser visual e trata de temáticas do Cotidiano, o espaço em branco da folha e a
forma do poema são pensados com atenção e criatividade pelos escritores. Os artistas
incorporam recursos que abrem múltiplas possibilidades de construção e leitura, como ritmo,
a abolição do verso, jogos com significados e fonemas das palavras, ideogramas e trocadilhos.
Utilizam múltiplos recursos: Acústico / Visual / Carga semântica / Espaço tipográfico / Disposição
geométrica dos vocábulos na página / Exige do leitor uma participação ativa / Permite uma leitura
múltipla. / Poema = Desafio / Leitor = Co-autor
Ferreira Gullar, autor de Luta Corporal e Poema Sujo; Mario Chamie, autor de Lavra-Lavra (1962) e
Cassiano Ricardo; há também Álvaro de Sá, Paulo Leminski, Chacal, Ana Cristina Cesar, Augusto de
Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari.
POEMA-PROCESSO
Liderado pelos poetas Álvaro de Sá, Neide Sá, Moacy Cirne e Wlademir Dias-Pino, o movimento pretendia-se
inovador ao propor um desmonte nas formas estabelecidas de criação de um poema.
Essa corrente faz uma dissociação do que vem a ser POESIA de um lado e, de outro, o POEMA. Conceitua
POESIA como um gesto ligado à língua e próprio dos poetas enquanto operadores criativos. Já o POEMA será
tratado como um objeto de consumo que será resolvido, apropriado ou interferido pelo receptor da informação
que assumirá, no momento de vivência, a responsabilidade pelo surgimento de uma nova informação. O
POEMA possibilita experimentar as muitas formas de linguagens.
POESIA MARGINAL
GERAÇÃO MIMEÓGRAFO
O inconformismo com os moldes literários impostos pela academia e com a chamada “cultura oficial” brasileira,
responsável por deixar à margem toda produção cultural que estava fora dos padrões, foi a força motriz para esse
grupo de artistas criativos que subverteram a mesmice ao propor uma constante inovação poética.
A Poesia Marginal não ganhou um capítulo só seu nos livros didáticos de Literatura Brasileira, mesmo porque nunca
foi considerada um movimento literário, e sim um movimento de poesia, mas ainda assim deixou um legado para
diversos poetas e escritores
JOGOS FLORAIS
Cacaso
O fiel e a pedra, Um copo de cólera ,1975 Estorvo, 1991 Boca do Inferno, 1989
1961. Lavoura arcaica, , 1978 Benjamim, 1994 A última Quimera, 1995
Lisbela e o prisioneiro Menina a caminho, 1994 Budapeste, 2003 Desmundo , 1996
1964. Obra Completa, 2016 Leite Derramado, 2009 Dias e Dias 2002
Um Mundo O irmão Alemão, 2014
Estagnado , 1966.
CONTO/CRÔNICA
CONTEMPORÂNEO
Rubem Braga Fernando Sabino Lygia Fagundes Murilo Eugênio
(1913-1990) (1923-2004) Telles (1927) Rubião (1916-1991)
SONETO
Pergunto aqui se sou louca Os deslimites da palavra
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã Ando muito completo de vazios.
E ainda mais, se sou eu Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Adorar o fingimento Está rengo de mim o amanhecer.
Fingindo que sou fingida Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
que se chama Ana Cristina destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
E que se diz ser alguém A minha independência tem algemas
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?
Hilda de Almeida Prado Hilst (1930-2004) Adélia Luzia Prado de Freitas (1935)