Clostridioses: Patogenia, Prevenção e Vacinas
Clostridioses: Patogenia, Prevenção e Vacinas
Clostridioses: Patogenia, Prevenção e Vacinas
Orientador(a):
Prof.(a). Dr(a) Marco Antônio Stephano
São Paulo
2020
0
SUMÁRIO
Pág.
RESUMO .......................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 3
2. OBJETIVOS ................................................................................... 6
4. RESULTADOS ................................................................................ 7
5. DISCUSSÃO ................................................................................... 7
6. CONCLUSÃO .................................................................................. 24
7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................ 26
8. ANEXOS ....................................................................................... 32
1
LISTA DE ABREVIATURAS
RESUMO
SANTOS, C.M. Clostridioses: patogenia, prevenção e vacinas. 2020. no. f.
Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia-Bioquímica – Faculdade de
Ciências Farmacêuticas – Universidade de São Paulo, São Paulo, ano.
1. INTRODUÇÃO
Os Clostridium são pertencentes a um gênero de bactérias presentes nos
mais variados ambientes, como solos, sedimentos marinhos, produtos em
decomposição e até mesmo na microbiota animal e humana. 1 São caracterizados
como bacilos Gram-positivos, anaeróbios, formadores de esporos, incluídos no filo
dos Firmicutes, com uma variedade de aproximadamente 200 espécies
conhecidas. Apesar disso, limitam-se a 11 o número de clostrídios patogênicos
para animais.2
A descoberta das bactérias conhecidas como Clostridium aconteceu de
maneiras diversas. Em meados do século XIX um cientista germânico, chamado
Justinus Kerner (1786–1862) desejava compreender a causa de intoxicações
alimentares por salsichas e encontrou células em formato de bastão em suas
amostras. O biólogo belga Emile van Ermengem (1851–1932) encontrou estes
microrganismos formadores de esporos, que mais tarde foram classificados como
Bacillus. Somente no século XX os Clostridium foram diferenciados como
bactérias com esporos, em forma de bacilo e com metabolismo anaeróbico. 3
A definição de uma bactéria em aeróbica, anaeróbica ou facultativa
depende dos meios de reação que ela necessita para seu metabolismo. Os
organismos aeróbicos obtêm energia por carbono consumindo oxigênio e são
incapazes de sobreviver na ausência deste. Os anaeróbios, ao contrário, são
inibidos pelo oxigênio e utilizam outras substâncias para o metabolismo, pela
fermentação, por exemplo. Neste caso o oxigênio pode ser tóxico para o
crescimento, possivelmente reagindo com componentes celulares pelo potencial
de óxido-redução. 4
A patogenia depende de muitos fatores e um dos mais importantes é a
interação do Clostridium com o ambiente. Fatores ambientais determinam se a
bactéria ou seu esporo germinará e produzirá as toxinas, como um ambiente de
anaerobiose, meio nutritivo, entre outros. Por exemplo, em condições
4
diferenças de quantidade entre lotes, entre outros. Novos métodos têm surgido a
fim de superar essas questões, como o desenvolvimento de vacinas
recombinantes criadas por engenharia genética, ou métodos de liberação por
vetores.10 17
Para garantir a segurança e eficácia, as vacinas devem seguir, desde o seu
desenvolvimento até o produto final, uma série de leis e é vital que seu processo
seja bem controlado por testes de qualidade e siga as boas práticas de fabricação
18
(BPF) , a fim de minimizar respostas imunes indesejadas, como provocar a
doença e garantir a menor toxicidade possível.19
Dessa forma, considerando que o Brasil é o maior exportador mundial de
carnes e um dos maiores produtores agropecuários tanto de bovinos como de
outros animais, entender as doenças veterinárias é de suma importância. 20 As
clostridioses são muito comuns, sendo de notificação obrigatória 21 e de alta
letalidade. Como os tratamentos por antibióticos se tornam inviáveis, as vacinas
são a melhor alternativa como profilaxia.
2. OBJETIVO(S)
A proposta do trabalho é revisar e analisar os principais aspectos das
clostridioses veterinárias, demonstrando sua patogenia, suas formas de contágio e
de transmissão, além de seu diagnóstico.
O objetivo também é apresentar e discutir como as clostridioses podem ser
prevenidas pelo uso de vacinas, fabricadas por diversos métodos, destacando
técnicas de vacinas comerciais tradicionais e comparar com as novas tecnologias
que surgiram nos últimos dez anos.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Esta revisão da literatura foi feita escolhendo artigos e revisões por meio de
bases de dados científicas: PubMed, ScienceDirect, Scielo, CrossRef e por
ferramentas de busca como Google Acadêmico. O período de publicação foi
7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Levando em conta que as clostridioses são um dos principais grupos de
doenças que acometem os animais na pecuária e seu tratamento é difícil,
dependendo de ações profiláticas como a vacinação, é relevante que se pesquise
sobre seus mecanismos e manifestações. Neste trabalho serão apresentadas a
seguir as principais clostridioses que infectam animais da pecuária e suas
patogêneses, as quais passam pela classificação em neurotóxicas, histotóxicas e
enterotóxicas.
Fonte: ZARAGOZA, Nicolas E. et al. Vaccine production to protect animals against pathogenic
clostridia. Toxins, v. 11, n. 9, p. 525, 2019.
8
4.1.1. Botulismo
O Botulismo é uma doença causada pelas toxinas produzidas pelo agente
Clostridium botulinum, também conhecidas como neurotoxinas botulínicas ou
BoNTs.9 Elas são substâncias altamente letais e tóxicas aos humanos e animais,
causando inúmeras perdas e são potenciais armas biológicas do bioterrorismo. 8
As cepas de Clostridium botulinum e outras Clostridium que produzem
essas neurotoxinas são classificadas em quatro diferentes grupos (I a IV) de
acordo com seu metabolismo, genética e taxonomia. 22 No caso de infecções em
animais, o botulismo mais comum é causado pelo grupo III, enquanto os grupos I
e II estão mais relacionados com casos em humanos.23 9
As neurotoxinas botulínicas por sua vez, são divididas em sete tipos
diferentes de A a H, ordenadas segundo suas propriedades metabólicas e
proteolíticas ou não, nas quais os tipos C e D (não-proteolíticos) acometem
geralmente os animais e os demais em humanos, com algumas exceções. 24 25
As vias de contaminação são a exposição ambiental aos esporos que estão
presentes no solo, água e em carcaças de animais, sendo a ingestão a forma mais
comum, muitas vezes em casos de osteofagia, na qual a deficiência de fósforo faz
com que se alimentem dos ossos de animais mortos ou da própria carcaça. 26
Porém, existem episódios pontuais da entrada do microrganismo por ferimentos
expostos, no qual o esporo germina e produz as toxinas na lesão. 27
As toxinas botulínicas têm estruturas semelhantes, com duas cadeias
proteicas ligadas por ponte de dissulfeto, o que impede sua degradação pelo suco
gástrico do animal.28 29
Após colonização de Clostridium botulinum intestinal e
produção de toxinas, a BoNT realizará uma transcitose para mucosa do epitélio
intestinal. Uma vez absorvida, atinge a circulação sanguínea e tem afinidade pelos
neurônios motores da junção neuromuscular, onde impede a liberação de
9
4.1.2. Tétano
O tétano é uma doença neurológica ocasionada pelo Clostridium tetani,
altamente fatal, ocorrendo em humanos e animais, incluindo ruminantes e
principalmente equinos, os quais são muito sensíveis a toxina tetânica. 8 A
enfermidade acontece quando feridas expostas, pós cirurgias e castrações dos
animais (ou feridas do cordão umbilical de potros) permitem o contato com
esporos do agente, que germinam em baixos potenciais de óxido-redução e
anaerobiose. 8 31
A toxina responsável pela patogênese é a tetanopasmina, ou neurotoxina
tetânica (TeNT), ainda que o C. tetani produza também a toxina tetanolisina
(formadora de poros). A TeNT é uma metaloprotease dependente de zinco, que
quando absorvida se liga aos neurônios motores inibidores do SNC e impede a
liberação dos neurotransmissores, consequentemente, provoca uma constante
contração dos músculos.30 32
Os primeiros músculos atingidos pela ação da toxina tetânica são os da
mandíbula e do pescoço (em inglês existe a expressão lockjaw), sendo um dos
sintomas mais característicos. Outros sinais clínicos são espasmos involuntários,
dificuldade de movimento, sinais neurológicos tais como agitação, ansiedade ou
depressão e convulsões.31 Curiosamente, o efeito da toxina é variável entre as
espécies, inclusive, répteis e animais de sangue frio são praticamente resistentes,
10
4.3. Enterotoxemias
O Clostridium perfringens, entre os Clostridium, é o que produz maior
quantidade e variedade de toxinas, sendo um dos principais causadores de
enterotoxemias, assim como enterites hemorrágicas, além do Clostridium difficile.
Por mecanismos ainda não muito conhecidos, em condições ideias como
estresse, há uma predisposição para seu crescimento e produção de toxinas
letais. A doença é descrita como lesões necróticas com presença de hemorragia
no intestino do animal. A prevalência varia de espécie e de tipo de cepa. 44
O C. perfringens é uma bactéria anaeróbia, fermentadora, formadora de
esporos encontrada na microbiota natural de seres humanos e animais. A sua
classificação é feita de acordo com as toxinas produzidas, variando do tipo A ao E
(mais recentemente foram acrescentados os tipos F e G) 43, resumidos na Tabela
1, baseado na presença dos genes para toxina alfa, beta, épsilon e iota, existindo
ainda outras como perfringolisina O, enterotoxina (CPE), enterotoxina binária
(BEC), toxina tipo-beta de enterite necrótica (NetB), toxina perfringens grande
(TpeL) e toxina-beta2.44 45
14
Fonte: Adaptado de ZARAGOZA, Nicolas E. et al. Vaccine production to protect animals against
pathogenic clostridia. Toxins, v. 11, n. 9, p. 525, 2019.
4.4. Vacinas
As vacinas têm sido utilizadas como prevenção por séculos. O seu
nascimento se deu a partir da observação de casos de varíola no século XVIII,
onde os achados em animais eram mais leves em relação ao de humanos. Um
cientista da época, chamado de Edward Jenner, resolveu então inocular parte dos
fragmentos de animais nos braços das pessoas, a chamada variolação. Ele
originou, dessa forma, o princípio da vacina, que nada mais é do que a inoculação
do agente infeccioso morto, atenuado ou um elemento deste, sem que cause a
doença, mas gere resposta imune.48
Anos mais tarde se iniciaram as primeiras formas de vacinas, porém, de
baixa potência e sem controle rígido de pureza. Conforme o desenvolvimento de
novas tecnologias e com as novas descobertas de agentes etiológicos tornou-se
mais viável a produção de vacinas seguras tanto para os seres humanos quanto
para os animais, domésticos e da pecuária.48
A principal função das vacinas é promover uma resposta imune de longo
prazo no organismo e, pela imunização de vários indivíduos, o bloqueio das
infecções e infestações na população. Na resposta imunológica, o ideal é que o
antígeno apresentado leve a um reconhecimento efetivo pelo sistema imune, com
16
Fonte: Adaptado de ZARAGOZA, Nicolas E. et al. Vaccine production to protect animals against
pathogenic clostridia. Toxins, v. 11, n. 9, p. 525, 2019.
19
bois Nelore foi dividida em três grupos, o primeiro imunizado com a vacina
recombinante, o segundo com a vacina comercial bivalente dos toxoides do tipo C
e D, e finalmente, o terceiro grupo com o controle de solução salina.
A prova de soro neutralização demonstrou que os títulos da vacina quimera
foram de 5 e 6 UI/mL contra os sorotipos C e D, respectivamente, pouco acima
dos títulos das vacinas comerciais (5 +-0 e 2.85 +- 1.35 UI/mL) e a quantidade de
anticorpos produzida foi semelhante entre os grupos vacinados com a
recombinante e a comercial. Concluindo-se que os exemplos de vacinas
recombinantes podem ser efetivas contra o botulismo (sorotipos C e D, no caso de
animais) e diminuir os riscos de biossegurança e outros problemas dos métodos
tradicionais.51
As vacinas comerciais contra o C. perfringens são uma combinação das
toxinas ETX, CPA e CPB na forma de toxoides ou toxoides e massa bacteriana,
polivalentes, apenas no campo veterinário, já que não existem vacinas aprovadas
para humanos. A imunização evita as doenças mais comuns ocasionadas por
este, como a gangrena gasosa e Enterotoxemias. 10 A produção da vacina começa
pelo crescimento dos diferentes microrganismos (C. perfringens do tipo B, C e D),
como os demais, as toxinas são inativadas por formaldeído e a imunização ocorre
geralmente em mais de uma dose. Os lotes passam então por teste de controle de
pureza, toxicidade e eficácia.62 10
Não existe ainda nenhum protótipo ou vacina comercial contra as toxinas
ITX, CPE ou A NetB, porém cresce a quantidade de pesquisas sobre possíveis
candidatos de vacinas recombinantes de uma ou mais toxinas, principalmente no
que se refere a ETX. Embora os métodos de produção das vacinas tradicionais
obtenham o nível de anticorpos desejado, há desvantagens como grandes
diferenças entre as potências dos lotes produzidos, riscos relacionados a
biossegurança e resíduos do processo que possam permanecer no produto final. 63
Em 2016, Moreira et al64 elaborou uma formulação trivalente de vacina
recombinante contra as toxinas alfa, beta e épsilon de C. perfringens. A expressão
23
6. CONCLUSÃO(ÕES)
No ramo das vacinas contra clostridioses, ainda há muito o que se
melhorar, principalmente referente a novos métodos de desenvolvimento e
produção, já que a maioria dos agentes têm riscos de biossegurança na
fabricação e grandes diferenças entre lotes, representando desvantagens do
processo tradicional.
Como demonstrado, as vacinas recombinantes e novos métodos de
liberação são possíveis oportunidades de transpor essas limitações. Ainda podem
25
ter como vantagem requerer menos métodos de "downstream", ou seja, das fases
de purificação do antígeno, uma vez que a produção por recombinantes
conhecidas como E. coli ou P. pastoris conseguem um nível de antígeno
purificado melhor em relação ao tradicional e também têm uma quantidade de
produção estabelecida.
No entanto, os métodos tradicionais ainda são eficazes e de bom custo-
benefício, enquanto que as vacinas recombinantes podem encarecer o custo de
uma produção em larga escala, porque exigem tecnologias mais caras. Ainda
assim, inovações surgiram nas últimas décadas, como a proposta de vacinas de
liberação controlada por meio de probióticos, no protótipo de L. casei para
liberação de alfa toxina do C. perfringens, as quais podem ser interessantes pela
fácil administração (pela alimentação ou via nasal) e efetividade na produção de
anticorpos.
Na situação atual, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores
mundiais de carnes, dependendo da agropecuária para o crescimento da
economia. As clostridioses causam perdas financeiras consideráveis nessa área e
podem ser evitadas por medidas simples de manejo e vacinação. Por
consequência, é primordial entender a patogênese destas doenças e conhecer a
produção das vacinas comerciais, a fim de planejar melhorias no desenvolvimento
de vacinas mais efetivas, de custo acessível e que sigam os critérios de
legislação.
26
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32
8. ANEXOS
03/11/2020
____________________________ SP, 04/11/2020
____________________________
Data e assinatura do aluno(a) Data e assinatura do orientador(a)