Bacterias e Virus
Bacterias e Virus
Bacterias e Virus
Elas vivem no
solo, na água do mar e nas profundezas da crosta da Terra. Há relato de que
algumas bactérias vivem até em dejetos radioativos. Existem bactérias que
vivem no corpo do ser humano( na pele, vias respiratórias), sem causa dano.
Essas bactérias são denominadas flora habitual ou o microbioma. Elas sã
importantes, pois nos ajuda a diregir alimentos, prevenindo o crescimento de
outras bactérias, etc.
Apenas alguns tipos de bactérias causam doenças. Elas são chamadas
de patógenos. As bactérias podem ser classificadas por seu aspecto
macroscópico e microscópico, pelo crescimento característico e pelas
propriedades metabólicas, por sua antigenicidade e, finalmente, por seu
genótipo (MURRAY, ROSENTHAL, PFALLER, 2022, p. 116).
A principal característica exclusiva das bactérias em relação aos outros
seres vivos é ser procarionte, ou seja, o material genético não fica contido em
uma estrutura denominada núcleo, mas sim solto no citoplasma celular. As
bactérias são seres unicelulares e microscópicos, cujo tamanho pode variar
entre 1 e 5m.
Possuem uma estrutura formada por Parede celular de
peptidoglicano( proteção e patogenicidade); membrana citoplasmática,
ribossomos( responsável pela síntese de proteínas); material genético( não é
armazenado em um núcleo, mas relaciona-se com um nucleóide). Algumas
bactérias possuem componentes não essenciais em sua estrutura,
como: cápsula polissacarídica, plasmídeos, flagelo, pilus ou glicocálice.
Todas elas estão relacionadas com alguma função para a sobrevivência
bacteriana, por exemplo: proteção, reprodução e movimentação.
Todas as bactérias podem ser classificadas como uma de três formas
básicas: esferas (cocos), bastonetes (bacilos) e espirais ou hélices
(espiroquetas).
Elas são transparentes e para serem vistas, estudadas, analisadas é
preciso alguns produtos químicos(colorações) ser aplicados. Para esse
processo a coloração de Gram é muito usado. Sendo assim existem as
bactérias de Gram-positivo( um tom mais roxo), pois a parede celular acaba
absorvendo esse corante, e o Gram-negativo( um tom mais vermelho), pois a
membrana acaba dificultando essa absorção.
Os vírus são parasitos intracelulares obrigatórios e dependem de
uma célula para se propagar. Os vírus mais simples consistem em um genoma
de ácido desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico (RNA) empacotado
em uma capa protetora de proteínas e, para alguns vírus, uma membrana
(MURRAY, ROSENTHAL, PFALLER, 2022, p. 376). Como são parasitas
intracelulares obrigatórios, somente cultiváveis em sistemas vivos, necessitam
de metabolismo celular ativo e são chamados de agentes infeciosos.
O genoma viral pode ser composto de DNA ou RNA. Ambas as
moléculas podem ser de fita simples ou dupla. No caso dos vírus de genoma
RNA, em sua maioria de fita simples, esse filamento pode ter polaridade
positiva (mesmo sentido do mRNA) ou negativa (sentido inverso ao mRNA). O
genoma RNA pode também ser segmentado. O envelope, originado da
membrana da célula hospedeira, tem composição fosfolipídica, e está
associado a proteínas codificadas pelo vírus.
Para que um vírus se multiplique, ele precisa se ligar a uma célula
suscetível e em seguida utilizar a sua maquinaria metabólica, pois o genoma
viral tem somente uma pequena parte dos genes necessários para síntese de
novos vírus.
O mecanismo básico de multiplicação viral é semelhante em todos os
vírus e ocorre em estágios diferentes: adsorção, internalização ou penetração,
desencapsidação ou desnudamento, expressão gênica e replicação do
genoma, morfogênese/maturação e liberação.
Existem dois ciclos no qual acontece a multiplicação viral.
O ciclo lítico corresponde quando o DNA viral invade a célula e impede
que ela prossiga com seu metabolismo normal. A partir deste ponto, os
mecanismos de transcrição e duplicação estarão direcionadas para a produção
de novos vírus, duplicando DNA viral e transcrevendo e traduzindo as proteínas
do capsídeo, usando os ribossomos do hospedeiro. Conforme ocorre a
replicação e a montagem, eventualmente a célula se rompe, liberando novos
vírions no meio.
Já o ciclo lisogênico, ocorre quando o vírus liga seu DNA ao
cromossomo da célula infectada, permanecendo inativo, e permite que a célula
continue sua vida normalmente. A célula sofrerá mitoses, multiplicando assim
também o DNA viral, contido em seu cromossomo. Todas as células geradas a
partir deste momento então estarão infectadas.
A transmissão de vírus pode ocorrer de diferentes formas, como por
contato(ocorre por meio do contato direto com uma pessoa infectada);
Gotículas( A transmissão ocorre quando uma pessoa infectada tosse ou
espirra, expondo gotículas respiratórias que contêm vírus. Isso é mais provável
quando a pessoa infectada está a menos de 1 metro de distância da outra), etc.
MURRAY, Patrick R.; et al. Microbiologia médica pág. 115-402. 8.ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.