Exploração Infantil - Escravidão Antiga e Moderna
Exploração Infantil - Escravidão Antiga e Moderna
Exploração Infantil - Escravidão Antiga e Moderna
Sala: 9°A
Data:21/06/2021
Trabalho de EDHC
Exploração infantil
O trabalho infantil, isto é, o desempenho de atividades de qualquer
natureza por crianças e adolescentes que não tenha fins educativos,
foi uma prática muito comum em diversas civilizações ao longo do
desenvolvimento da humanidade. Embora atualmente seja uma prática
condenada na maioria dos países, ainda faz parte do cotidiano de
milhões de crianças no mundo inteiro.
• Até a Idade Média, o trabalho infantil, com exceção do trabalho escravo, estava
vinculado ao complemento da mão de obra para o sustento familiar, sendo pouco
comum o desenvolvimento do trabalho infantil para benefício de terceiros (quando a
criança não desfruta do lucro de seu trabalho). No período feudal, as crianças passaram
a trabalhar nos feudos, para os senhores feudais, e com os mestres artesãos nas
Companhias de Ofício, sendo muito comum, durante esse período, o trabalho infantil em
troca do aprendizado de um novo ofício, comida ou moradia.
• A exploração do trabalho infantil atingiu seu auge durante a Revolução Industrial. Nas
primeiras indústrias implantadas na Inglaterra, França, Alemanha e demais países da
Europa, era comum a exploração da mão de obra infantil em razão de seu menor custo
em comparação com a mão de obra masculina.
• Assim, crianças, a partir dos quatro anos de idade, eram submetidas a regimes de
trabalho de cerca de 14 horas diárias, em locais insalubres, sem controle de acidentes,
em troca de pouco mais do que alimentação e moradia. Em consequência dessa
exploração da mão de obra infantil no início da Revolução Industrial, muitas crianças
foram mutiladas ou perderam a vida em acidentes que aconteceram no interior de
fábricas. Além disso, era comum o abuso infantil dentro dessas fábricas. Erros,
brincadeiras ou até mesmo conversas durante o horário de trabalho recebiam punições,
na maioria das vezes, muito severas.
• O conceito de criança tal qual concebemos hoje, como um ser indefeso que precisa de
proteção, surgiu após esse período e foi um pressuposto para a constatação de que o
trabalho infantil compromete o desenvolvimento da criança e do adolescente. Essa
constatação deve-se ao fato de que crianças trabalhadoras são expostas a acidentes,
lesões e doenças, que, na maioria das vezes, podem ter efeitos permanentes e
irreversíveis em seu organismo, já que, como ainda não atingiram a maturidade
biológica, são menos resistentes. Além disso, o trabalho, muitas vezes, impossibilita o
convívio com outras crianças e o desenvolvimento de atividades próprias da idade,
como brincar e estudar, comprometendo, assim, o seu desenvolvimento social e
educacional. Diversas pesquisas mostram que uma das principais causas da evasão
escolar é o ingresso precoce da criança e do adolescente no mercado de trabalho, que,
sem qualificação profissional, acabam ingressando no mercado informal ou em serviços
pesados que não exigem qualificação. Ao permanecer no mercado de trabalho, poucas
crianças e adolescentes regressam para a escola, comprometendo também a sua
evolução profissional.
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pessoas e adoção de políticas e leis que punem empresas que contratam crianças para
exercer algum tipo de função empregatícia. Um dos principais órgãos que combatem o
trabalho infantil é a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que atua
internacionalmente na promoção de acordos multilaterais para a criação de legislações
internacionais contrárias a essa prática e na promoção de campanhas de
conscientização sobre as consequências do trabalho infantil para a criança e o
adolescente.
• Diante disso, para que as medidas de combate ao trabalho infantil realmente possam
dar resultados significativos, é preciso reduzir a miséria e a desigualdade social no
mundo, principalmente em países subdesenvolvidos. Como o trabalho infantil está
relacionado com um problema social ainda mais complexo, a erradicação total dessa
prática é muito difícil.
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• A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história
da humanidade. Já na Antiguidade, o código de Hamurábi, conjunto de leis escritas da
civilização babilônica, apresentava itens discutindo a relação entre os escravos e seus
senhores. Não se restringindo aos babilônios, a escravidão também foi utilizada entre os
egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Dessa forma, podemos perceber que se
trata de um fenômeno histórico extenso e diverso.
• Em Atenas, boa parte dos escravos era proveniente de regiões da Ásia Menor e Trácia.
Em geral, eram obtidos por meio da realização de guerras contra diversos povos de
origem estrangeira. Os traficantes realizavam a compra dos inimigos capturados e logo
tratavam de oferecê-los em algum lucrativo ponto comercial. Mesmo ocupando uma
posição social desprivilegiada, os escravos tinham diferentes posições dentro da
sociedade ateniense.
• Alguns escravos eram utilizados para formar as forças policiais da cidade de Atenas.
Outros eram usualmente empregados em atividades artesanais e, por conta de suas
habilidades técnicas, tinham uma posição social de destaque. Em certos casos, um
escravo poderia ter uma fonte de renda própria e um dia poderia vir a comprar a sua
própria liberdade. Em geral, os escravos que trabalhavam nos campos e nas minas
tinham condições de vida piores se comparadas às dos escravos urbanos e domésticos.
• A escravidão ateniense não era marcada por nenhuma espécie de distinção com
relação aos postos de trabalho a serem ocupados. O uso de escravos tinha até mesmo
uma grande importância social ao conceder mais tempo para que os homens livres
tivessem tempo para participar das assembléias, dos debates políticos, filosofar e
produzir obras de arte. Conforme algumas pesquisas, a classe de escravos em Atenas
chegou a compor cerca de um terço da população no Período Clássico.
• O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-de-obra
escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os escravos trabalhavam nas
propriedades dos patrícios, grupo social romano que detinha o controle da maior parte
das terras cultiváveis do império. Assim como em Atenas, o escravo romano também
poderia exercer diferentes funções ou adquirir a sua própria liberdade. A única restrição
jurídica contra um ex-escravo impedia-o de exercer qualquer cargo público.
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senhor consistia em dar uma boa alimentação ao seu escravo e mantê-lo bem vestido.
No século I, os senhores foram proibidos de castigar seus escravos até a morte e, caso
o fizessem, poderiam ser julgados por assassinato. Além disso, um senhor poderia dar
parte de suas terras a um escravo ou libertá-lo sem nenhuma prévia indenização.
• Essas medidas em favor dos escravos podem ser vistas como uma consequência
imediata a uma rebelião de escravos, liderada por Espártaco, que aconteceu em Roma
no ano em 70 d. C.. Nos séculos posteriores, as invasões bárbaras e a redução dos
postos militares fizeram com que o escravismo perdesse sua força dentro da sociedade
romana. Com a ascensão da sociedade feudal, a escravidão perdeu sua predominância
dando lugar para as relações servis.
♦ Escravidão Moderna
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antepassados. Da República Popular da China surgem denúncias sobre a existência de
campos de trabalho escravo.