Relatório de Estágio EM

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1.

Introdução

O estágio foi realizado na Escola Estadual “Prof. Vítor Antônio Trindade”,


localizada numa região suburbana da cidade de Araçatuba-SP, na Praça Diogo Júnior, nº
500, no bairro Santana o qual contém vários comércios, desde padarias a loja de materiais
de construção, clube recreativo, áreas de lazer, posto da polícia militar, igreja, posto de
saúde, salões de festas, academia de ginástica, autoescola, posto de combustível, indústria,
unidade de poupa tempo e além dessa escola, possui escolas de Educação Infantil, de
Ensino Fundamental anos iniciais, Senai e a Faculdade da Fundação Educacional
Araçatuba (FEA).
É uma escola grande, além das salas de aula, possui laboratório de informática,
laboratório de ciências, sala de leitura, quadra coberta, sala de professores, sala de reforço,
sala de atendimento especializado, secretaria, sala da diretora, sala da coordenadora, sala
da professora orientadora de convivência (POC), refeitório, banheiros com acessibilidade,
femininos e masculinos, banheiros para adultos- femininos e masculinos-, almoxarifado,
sala dos pertences de Educação Física, cozinha e auditório, único ambiente com ar
condicionado além do laboratório de informática. Vale ressaltar que a cidade de Araçatuba
é conhecida pelas altas temperaturas, sendo o calor um elemento dificultador no processo
de ensino e aprendizagem.
A alimentação e a limpeza são de responsabilidade de empresas terceirizadas. Há
alguns contratempos com a empresa da limpeza como número insuficiente de funcionários
para manter a escola limpa, carência de materiais adequados para o serviço de limpeza, o
que não contribui para deixar o ambiente adequadamente agradável.
Conforme dados da plataforma Qedu, 2021, a escola obteve a média geral de 498
pontos no Enem, o que demonstra um rendimento abaixo do satisfatório, principalmente ao
considerarmos que não a nota de redação. Já quanto à nota do Saeb não havia registro para
o nível do Ensino Médio (EM). O último resultado de Ideb do EM desta escola refere-se a
2019, nota 4,3, abaixo da meta projetada de 4,5 para o ano correspondente. A taxa de
abandono do 3º ano foi de 2%, no segundo 0% e no 1º ano foi de 4,5%. Este último dado
tão expressivo, segundo o diretor, é reflexo da perda de vínculo com a escola durante a
pandemia, consequência da desorganização da rotina presencial e dificuldade na realização
da busca ativa dos estudantes cujos pais ou responsáveis trocam muito o número de contato
telefônico.
O SARESP e o IDEB fazem parte do cotidiano da escola. Durante todo o ano letivo
os estudantes são preparados por meio de aulas direcionadas a recuperação e nivelamento
das habilidades requeridas por essas avaliações e pela necessidade de preenchimento de
lacunas no aprendizado devido ao período pandêmico. Além de ações voltadas ao
rendimento escolar, são promovidas outras relacionadas à convivência e ao
desenvolvimento da identidade e do vínculo da Comunidade com a escola, visando o
fortalecimento das habilidades emocionais junto à equipe docente tendo em vista
minimizar estresse e dificuldade de convivência, percebidos no comportamento mais
agressivo e intolerante dos estudantes no pós-pandemia.

2.
Este relatório de estágio formaliza o desenvolvimento do Plano de Atividades
de Estágio, em anexo, configurando-se não somente como o cumprimento da exigência
legal, em conformidade com a lei Nº 11788, de 25/09/2008 e com o regulamento da
Univesp, mas também como oportunidade de observar, aprender e refletir sobre a liderança
educacional no âmbito escolar relacionando-a à prática pedagógica vivenciada durante o
período de Estágio. De acordo com Zabalza (2004), ao escrever sobre a própria a prática
docente, reconstrói-se a atividade profissional tão necessária à fundamentação dos fatos
narrados, proporcionando aprendizagem social, profissional e cultural. Ademais,
desenvolvimento de sentimento de pertencimento à equipe escolar, no docente, pressupõe a
abertura de um espaço dialógico e colaborativo de práticas gestoras e docentes que
favoreçam a aquisição de conhecimentos plurais tão necessários, conforme expõe
Mizukami:

Conhecimentos de teorias e princípios relacionados a processos de ensinar e


aprender; conhecimento dos alunos (características dos alunos, processos
cognitivos e desenvolvimentais de como os alunos aprendem); conhecimentos de
contextos educacionais envolvendo tanto contextos micro, tais como grupos de
trabalho ou sala e gestão da escola, até contextos macro como o de comunidades e
de culturas, de manejo de classe e de interação com os alunos, conhecimentos de
outras disciplinas que podem colaborar com a compreensão dos conceitos de sua
área, do currículo como política em relação ao conhecimento oficial e como
programas e materiais destinados ao ensino de tópicos específicos e da matéria em
diferentes níveis e conhecimento de fins, metas e propósitos educacionais e de seus
fundamentos filosóficos e históricos (MIZUKAMI, 2004, p. 37). Grifo nosso.

O contexto deste estágio em gestão do Ensino Médio foi realizado numa escola com
mais de mil e duzentos estudantes, a partir de agosto de 2022. Favoreceu adentrar no universo
escolar de uma das poucas escolas deste município que não estão configuradas no Programa de
Escola Integral (PEI) da rede estadual de São Paulo, cujo diretor não completou ainda cinco
anos de atuação no cargo. Tal unidade escolar oferta o Ensino Fundamental II – Anos Finais (6º
ao 9º); Ensino Fundamental Educação de Jovens e Adultos; Ensino Médio Regular; Ensino
Médio Educação de Jovens e Adultos; Ensino Médio Integrado - Novotec ( Técnico em
Administração).
Retomando a experiência de estágio de docência numa escola PEI com número de
estudantes muito reduzido em comparação a esta e, focalizando o acolhimento como uma
das cinco premissas da escola PEI, pude observar neste último muito mais do que lá no
primeiro. Causou-me admiração como todos os segmentos, tanto a liderança como equipe
escolar, são acolhedores não somente em relação a mim, como estagiária, mas a todos da
comunidade interna e externa.

Assim que iniciei o diálogo solicitando autorização para lá realizar o estágio em


gestão, colocaram-me à disposição o projeto político-pedagógico, retroalimentado em julho
do corrente ano, ajustado à realidade local e preocupado em dialogar com o entorno
assegurando oportunidades de desenvolvimento para os estudantes e para a comunidade.
Neste sentido, a equipe gestora tem conseguido parcerias com empresas que trazem
benefícios a escola: Senai - A escola atende grande número de alunos que fazem cursos
técnicos na instituição, o que facilita a interação entre as duas unidades em caso de
problemas de frequência e indisciplina; Programa Jovem Aprendiz – SENAC- oferece
cursos para os alunos, favorecendo o ingresso no mercado de trabalho; CIEE - O Centro de
Integração Empresa-Escola – CIEE é uma associação civil de direito privado, sem fins
lucrativos e de fins não econômicos, reconhecida como entidade de assistência social que,
por meio de diversos programas, dentre eles o de aprendizagem e o estágio de estudantes,
possibilita aos adolescentes e jovens uma formação integral, ingressando-os ao mundo do
trabalho por meio de estágios, muitas vezes remunerados, gerando assim um grande
incentivo para todos da comunidade escolar, principalmente pela possibilidade de inserção
no mundo do trabalho.

Em busca de conhecer os resultados da aprendizagem da Escola Estadual “Prof.


Vítor Antônio Trindade”, acessei a plataforma Qedu e pude observar a escola obteve a
média geral de 498 pontos no Enem, o que demonstra um rendimento abaixo do
satisfatório, principalmente ao considerarmos que não a nota de redação. Já quanto à nota
do Saeb não havia registro para o nível do Ensino Médio (EM). O último resultado de Ideb
do EM desta escola refere-se a 2019, nota 4,3, abaixo da meta projetada de 4,5 para o ano
correspondente. A taxa de abandono do 3º ano foi de 2%, no segundo 0% e no 1º ano foi
de 4,5%. Este último dado tão expressivo, segundo o diretor, é reflexo da perda de vínculo
com a escola durante a pandemia, consequência da desorganização da rotina presencial e
dificuldade na realização da busca ativa dos estudantes cujos pais ou responsáveis trocam
muito o número de contato telefônico. Tais resultados projetam um desafio muito grande a
ser compartilhado pelo coletivo da escola, constituído por uma pluralidade de sujeitos que
interagem e convergem, confrontando e compartilhando opiniões e ações com vistas a
melhorar a qualidade de ensino oferecido pela escola.
Na medida em que fiz uma retrospectiva do que ocorreu durante o período de
estágio, refleti e analisei criticamente as ações da equipe gestora: diretor, vice-diretores,
coordenadores pedagógicos dos segmentos a fim de entender de que modo elas
convergiam para a garantia dos direitos de aprendizagem aos estudantes sob sua
responsabilidade, expressos na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) de 1996, no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014,
nas normativas e Diretrizes Curriculares Nacionais e nos documentos curriculares
alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), favorecendo, desta forma
também a superação dos desafios supracitados advindos do período pandêmico e
culminando em elevação de resultados das avaliações externas.
Um dos pontos que, seguramente posso ressaltar da gestão desta escola, é a ação
de organizar espaços e tempos de ensinar e aprender, tendo em vista que a escola está
passando por uma reforma que prioriza a adequação em prol de espaços favorecedores de
um clima escolar afirmativo que promova boas experiências de vida e desenvolvimento
intelectual. O pátio foi ampliado e foi incrementado um bangalô, em anexo a ele, onde
estão sendo cultivadas plantas ornamentais na cobertura e embaixo assentos de alvenaria
em círculos. Muito verde, muitos vasos decorados e coloridos, a cada dia, vão surgindo
na escola, dando novo tom à escola, com efeito de bem-estar no local.
Ademais, anterior a esta reforma a liderança, compreendendo a escola como
espaço de interação, ampliação de conhecimento e oportunidades de protagonismo de
adolescentes e jovens acerca das adversidades de questões raciais, étnico-culturais e de
gênero, apoiou a manifestação artística que circunscrevia tal temática discutida pelos
estudantes, a qual se tratava da pintura de um mural da imagem de Marielle Franco,
socióloga e ativista política, no muro da escola com os dizeres: “Quiseram nos enterrar,
não sabiam que éramos sementes. Marielle Presente”. A execução deste projeto de Arte
foi aprovada pelo Conselho de Escola, respeitando o princípio da gestão democrática e
participativa previsto na LDB 9394/96 e apoio da comunidade escolar. Entretanto, grupos
de pressão externos à escola, de uma cidade extremamente conservadora, dispararam
ataques midiáticos, moveram ações jurídicas, mobilizaram partidos de direita levando o
Conselho de Escola a se reunir novamente para deliberar sobre o assunto e decidiu-se que
o mural deveria ser apagado, por 15 votos contrários e 18 favoráveis. Havia também uma
imagem de Paulo Freire no muro de entrada que também acabou sendo apagada.
Outro ponto a ressaltar trata-se da constituição de uma equipe de trabalho
colaborativa, neste segundo semestre, focada em recomposição da aprendizagem dos
estudantes, revendo formas de agrupamento dos mesmos, organizando-os em função das
aprendizagens necessárias, por meio de aulas direcionadas a recuperação e nivelamento
das habilidades requeridas por essas avaliações e pela necessidade de preenchimento de
lacunas no aprendizado devido ao período pandêmico.
A equipe gestora criou uma pasta para cada ano/série num drive compartilhado
por toda a equipe docente e gestora. Em cada pasta há tabelas com os nomes dos
estudantes e situações que os envolvem: acompanhamento em equipamentos ligados à
saúde, fundo social, terapias ofertadas em ONGs ou outras instituições de apoio
especializado. Ao atender o responsável por determinado estudante, o profissional que o
fez, seja professor ou gestor, descreve a queixa familiar ou motivo da presença daquele
responsável e as medidas adotadas com vistas a possíveis soluções para que todos estejam
a par da situação de cada estudante.
A corresponsabilização pelo avanço de aprendizado de todos, independentemente
do segmento no qual atua é outra característica a ser destacada. Posso citar como exemplo
disto a organização dos momentos formativos junto aos professores contratados para
desenvolver o programa “Aprender Juntos”, o qual dispõe de um pedagogo para trabalhar
junto com a professora titular na sala de aula com enfoque na implementação da
recomposição da aprendizagem, que é preparado, organizado e executado pela
coordenadora do Ensino Médio mesmo se referindo ao Ensino Fundamental anos finais
porque ela dispõe de maior conhecimento didático de ensino de Língua Portuguesa e
Matemática para este público, considerando sua atuação no cargo de professora do
município.
Desta feita, pude deduzir que a garantia e efetivação do direito de cada estudante
ao acesso, permanência e aprendizagem com qualidade não é tarefa fácil de se cumprir,
porém também não é impossível se a escola contar o saber em ação de professores e
gestores envolvidos e comprometidos com o processo de ensino e aprendizagem, com
motivação à formação continuada, bom acervo de materiais e livros didáticos, clima
organizacional e respeito à individualidade dos estudantes.

3.Conclusões e recomendações

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais
alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para que eu não deixe de caminhar”
Fernando Birri

As vivências oportunizadas por meio deste estágio subsidiaram a contextualização


prática de aprendizados diversos e melhor entendimento de conceitos nos quais apresentei
certa dificuldade de compreensão durante o curso. Levaram-me a ressignificar a minha
maior preocupação, a qual se relacionava ao conhecimento pedagógico do conteúdo, (no
meu caso a gama de objetos de conhecimento em Matemática da Educação Básica
dispostos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Currículo Paulista),
conforme abordado por Graça (2001) e Shulman (1986; 1987) enquanto construção
pessoal do estudante-professor ao entrelaçar suas vivências e seus conhecimentos para
oferecer aos estudantes uma estrutura aprofundada sobre o assunto visando seu ensino.
Na escola em tela, os professores dispõem de muitas horas de estudos (ATPC e
ATPCA), alinhamentos e muitos cursos ofertados online pela Secretaria Estadual de
Educação os quais possibilitam o aprendizado permanente dos professores e interação
com os mais experientes num processo de desenvolvimento de autoconfiança e de
pertencimento à equipe.
Destarte, percebi que havia potencializado a questão do conhecimento pedagógico
do conteúdo. Não quero dizer com isto que tal preocupação seja desnecessária.
Entretanto, fizeram-se notórias outras fragilidades bem mais difíceis de equacionar:
participação de estudantes e comunidade em Conselhos de Classe Participativos, atingir a
meta do Idesp, minimizar frequência irregular de estudantes, lacunas de aprendizagem e
déficit de rendimento escolar, indisciplina em sala de aula e em outros ambientes dentro
e fora da escola, falta de envolvimento dos estudantes nas aulas, ausência dos pais ou
responsáveis em reuniões de pais ou quando convocados para conversar sobre seu(ua)
filho(a), uso inadequado do celular na sala de aula, problemas socioemocionais dos
arranjos familiares.
A despeito das fragilidades acima apresentadas se configurarem como uma tarefa
complexa, no meu entendimento, é possível trilhar um caminho que vá em direção da
mobilização de saberes plurais de sujeitos que interagem convergindo, divergindo e
confrontando suas ações e opiniões no universo escolar, visando promover a educação no
processo de escolarização exigido pela sociedade por meio das potencialidades que pude
verificar na escola. A saber: professores e gestores envolvidos e comprometidos com o
processo de ensino e aprendizagem, motivação à formação continuada, bom acervo de
materiais e livros didáticos, clima organizacional e respeito à individualidade dos
estudantes.
Mesmo entre os dilemas acima expostos que distanciam a escola do horizonte
onde se projeta uma educação de qualidade que acompanha as transformações sociais e
que dá conta do dinamismo digital e as reais condições de execução do projeto político
pedagógico da escola, retomo a epígrafe e afirmo que me mantenho adepta da utopia que
serve para não cessar o caminhar.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNC C_20dez_site.pdf. Acesso em: 01
de março de 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases Nacionais (LDB) nº.


9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm Acesso em 10 março 2022.

BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de


estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 set. 2008.

LOPES, A.O. Planejamento de ensino numa perspectiva crítica da educação. In: LOPES,
A.O. et al. Repensando a didática. São Paulo: Papirus, 1991.
MIZUKAMI, M. G. N. Formadores de professores: conhecimentos da docência e casos
de ensino. In: REALI, A. M. M. R.; MIZUKAMI, M. G. N. (Orgs.). Formação de
professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos: UFSCAR, 2000.
QEDU. Resultado Escola Estadual Vitor Antônio Trindade: Brasil. 2022. Disponível
em: https://novo.qedu.org.br/escola/35029804-vitor-antonio-trindade-prof Acesso em 12
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SÃO PAULO (Estado). Projeto Político Pedagógico. Araçatuba. EE Vitor Antonio


Trindade, 2022.

SÃO PAULO. Currículo Paulista. São Paulo, 2019.

SÃO PAULO. Resolução SEDUC nº 139, de 13 de janeiro de 2022. Disponível em:


http://www.educacao.sp.gov.br/lise/sislegis/detresol.asp?strAto=202011190085.
Acessado em 14 jan. 2022.

UNIVESP. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Regulamento de Estágio.


Disponível em https://bit.ly/2O7uy2E. Acesso em 28 jan 2022.

ZABALZA, M. Os dilemas práticos dos professores. Pátio Revista Pedagógica. Porto


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