Ecosustentabilidade

OS GANHOS DE SE TRABALHAR
COM ECOSSUSTENTABILIDADE E
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Neusa Schumacher
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O tripé da sustentabilidade
Lana Magalhães, professora de biologia da Universidade

do Estado do Amazonas, nos apresenta o tripé da
sustentabilidade, que é baseado em três princípios: o social,
o ambiental e o econômico. Esses três fatores precisam ser
integrados para que a sustentabilidade de fato aconteça.
Sem eles, a sustentabilidade não se sustentaria.
• Social: Engloba as pessoas e

suas condições de vida, como
educação, saúde, violência,
Social lazer, entre outros aspectos.
• Ambiental: Refere-se aos

recursos naturais do planeta e
Econômica à forma como são utilizados
pela sociedade, comunidades
Ambiental
ou empresas.
• Econômica: Relacionado com

a produção, distribuição e
consumo de bens e serviços,
sendo que a economia deve
considerar a questão social e
SUSTENTABILIDADE ambiental.
2 Os ganhos de se trabalhar com ecossustentabilidade

Sustentabilidade social
A sustentabilidade social sugere a igualdade dos indivíduos, baseando-se no
bem-estar da população. Para isso, é necessária a participação da população,
com o intuito de fortalecer as propostas de desenvolvimento social, acesso à
educação, cultura e saúde.
#Dicas O campo da sustentabilidade social é bem amplo e

há, inclusive, cursos específicos sobre o tema. Procure
Práticas se capacitar no assunto a fim de participar do debate
público, cada vez mais relevante, que se tem levantado
a esse respeito, além da possibilidade de transmitir esse
conhecimento aos seus alunos.
Uma boa maneira de abordar esse tema em sala de aula

é usar o noticiário, levando os alunos a refletir sobre o
contraste entre a valorização crescente do patrimônio
dos bilionários e o empobrecimento de grande parte da
população mundial.
3
Sustentabilidade econômica
A sustentabilidade econômica é fundamentada em um modelo de

gestão sustentável. Isso implica na gestão adequada dos recursos
naturais, visando ao crescimento econômico, ao desenvolvimento
social e à melhoria da distribuição de renda. Em resumo,
corresponde à capacidade de produção, de distribuição e de
utilização das riquezas produzidas pelo homem, buscando uma
justa distribuição de renda.

Exemplos de ações para
a sustentabilidade
As ações sustentáveis podem ser adotadas desde o âmbito individual até o nível global.
Ações individuais
• Economizar água;
• Evitar o uso de sacolas plásticas;
• Reduzir o consumo de carne bovina;
• Preferir o consumo de produtos biodegradáveis;
• Separar o lixo para a coleta seletiva;
• Realizar trajetos curtos através de caminhadas ou
bicicletas;
• Adotar transportes coletivos ou caronas.
5
Ação comunitária
Na comunidade do Vale Encantado, no
estado do Rio de Janeiro, os moradores
buscaram investimentos com colaboradores
para a melhoria do local onde vivem. Eles
implantaram um sistema de esgoto, painéis
solares, biodigestores, horta comunitária
e oportunidades econômicas relacionadas
com o turismo ecológico. Tais condições
favoreceram a melhoria da qualidade de vida
de todos. A comunidade ficou reconhecida
internacionalmente como um modelo de
desenvolvimento sustentável.
(MAGALHÃES, 2017)
Ações globais
• Limitação do crescimento populacional;
• Garantia de alimentação em longo prazo;
• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• Diminuição do consumo de energia;
• Desenvolvimento de tecnologias que possibilitem

o uso de fontes energéticas renováveis;
• Aumento da produção industrial nos países

não industrializados à base de tecnologias
ecologicamente viáveis;
• Criação de Unidades de Conservação – no Brasil,

existem diversas áreas protegidas;
• Controle da urbanização e integração entre campo

e cidades menores.

O ambiente e a responsabilidade
social das empresas
Segundo Maria Elisabeth Pereira Kraemer um bem privado no que se refere à

(1998), formada em Relações Econômicas produção e descarte dos seus resíduos.
e Sociais Internacionais pela Universidade Dentro desse processo, ao longo dos
do Minho, Portugal, a adaptação das últimos 30 anos, pode-se afirmar que os
empresas e, consequentemente, seu recursos naturais são tratados apenas
direcionamento para novos caminhos como matéria-prima para o processo
em sua expansão devem levar em produtivo, principalmente no processo
conta mudanças em seus paradigmas, produtivo industrial.
mudando sua visão empresarial,
O que aconteceu é que esse modelo,
objetivos, estratégias de investimentos
da maneira como foi idealizado, não é
e de marketing, tudo voltado para
sustentável ao longo do tempo. Ficou
o aprimoramento de seu produto,
claro que os recursos naturais eram
adaptando-o à nova realidade do
esgotáveis e, portanto, finitos, se mal
mercado global e corretamente ecológico.
utilizados.
O modelo de desenvolvimento da grande
Assume-se que as reservas naturais
maioria das empresas é um modelo
são finitas e que as soluções ocorrem
meramente capitalista que visa ao
através de tecnologias mais adequadas
lucro máximo. Portanto, o crescimento
ao meio ambiente. Deve-se atender às
econômico em si gera bem-estar à
necessidades básicas usando o princípio
sociedade, e o meio ambiente é apenas
da reciclagem.
7
Esse novo fazer foi construído, em Nesse aspecto, as empresas têm
grande parte, a partir dos resultados um papel extremamente relevante.
da Rio-92, em que a noção de Através de uma prática empresarial no
desenvolvimento sustentável se tripé sustentável já citado, provocando
alastrou e se estruturou. Porém, mudança de valores e de orientação
o que a noção e os conceitos de em seus sistemas operacionais, as
sustentabilidade trazem como novo empresas estarão engajadas à ideia
desafio são os caminhos para a gestão de desenvolvimento sustentável e
ambiental. preservação do meio ambiente.

Ecossustentabilidade:
uma tarefa de todos
É importante notar que, para que a ecossustentabilidade

(sustentabilidade ambiental) seja efetivada, as pessoas devem
estar em harmonia com o meio ambiente. Isso fará com que
obtenham melhoria na qualidade de vida através de investimentos
econômicos, pensando nas gerações futuras para que elas também
estejam comprometidas com as causas ambientais. Assim, tanto
a geração atual quanto as posteriores poderão extrair e manter o
seu sustento a partir da natureza com responsabilidade. Por isso,
no mundo da sustentabilidade, uma atividade econômica não
pode ser pensada ou praticada em separado, pois tudo está inter-
relacionado, em permanente diálogo.
9
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. Sustentabilidade. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015.
CARR, C. O poder competitivo da criatividade. São Paulo: Makron Books, 1997.

CREMA, R.; ARAÚJO, W. Liderança em tempo de transformação. Brasília: Letrativa,
2001.
FOLLE, J. O Futuro e Nossos Medos. Frederico Westphalen: Grafimax, 2016.
KRAEMER, M. E. P. Harmonização dos requisitos e prerrogativas do exercício

profissional do contabilista nos países que integram o Mercosul. 1998.
Dissertação (Mestrado em Relações Econômicas e Sociais Internacionais). Escola
de Economia e Gestão da Universidade do Minho, Braga-Portugal, 1998.
MAGALHÃES, L. C. S. Meio Ambiente. Toda Matéria – Conteúdos Escolares. Porto:

7Graus, 2017-2018. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/tudo-sobre-
meio-ambiente/. Acesso em: 15 jul. 2021.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
VENTURI, J. L.; LENZI, F. C. Desenvolvimento Gerencial: da teoria acadêmica

para a prática empresarial. Rio do Sul: Nova Era, 2003.

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• Ambiental: Refere-se aos

• Econômica: Relacionado com

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A sustentabilidade econômica é fundamentada em um modelo de

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• Garantia de alimentação em longo prazo;

• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;

• Diminuição do consumo de energia;

• Desenvolvimento de tecnologias que possibilitem

• Aumento da produção industrial nos países

• Criação de Unidades de Conservação – no Brasil,

• Controle da urbanização e integração entre campo

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Segundo Maria Elisabeth Pereira Kraemer um bem privado no que se refere à

8 Os ganhos de se trabalhar com ecossustentabilidade

É importante notar que, para que a ecossustentabilidade

CARR, C. O poder competitivo da criatividade. São Paulo: Makron Books, 1997.

FOLLE, J. O Futuro e Nossos Medos. Frederico Westphalen: Grafimax, 2016.

KRAEMER, M. E. P. Harmonização dos requisitos e prerrogativas do exercício

MAGALHÃES, L. C. S. Meio Ambiente. Toda Matéria – Conteúdos Escolares. Porto:

OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

VENTURI, J. L.; LENZI, F. C. Desenvolvimento Gerencial: da teoria acadêmica

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