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Brinquedos Diferentes Fases

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BRINQUEDOS PARA AS DIFERENTES ETAPAS DE

DESENVOLVIMENTO
Amara Holanda

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não


pode ser vista apenas como diversão, posto que facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental,
facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do
conhecimento.
Há uma relação evidente entre as fases do desenvolvimento infantil e a
atividade lúdica com a qual o indivíduo se envolve, observando o brincar de uma
criança é possível Ter uma verdadeira compreensão do mundo infantil, suas
representações, seu estado emocional, seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social. Assim, é de fundamental importância que se conheça a relação
estabelecida entre o brincar e o desenvolvimento infantil para que se possa
propor situações lúdicas coerentes com os interesses, necessidades e
possibilidades das crianças.
Durante os primeiros anos de vida, a criança explora o mundo através de
movimentos aleatórios. Com a aquisição do controle dos movimentos
inicialmente dos membros superiores, ela passa a explorar cada vez mais
organizadamente o seu corpo e os objetos do mundo ao seu redor. E assim cada
vez mais, vai aprendendo sobre o mundo e sobre si mesma, tendo o brincar
como principal fonte de desenvolvimento.
O brincar transforma –se, diversifica –se de acordo com as diversas faixas
etárias, entretanto, em cada uma dessas fases é inegável o valor e a importância
do brincar infantil. Sozinhas, em pequenos grupos, na companhia de crianças
mais velhas ou de um adulto, a criança vai se desenvolvendo tendo o brinquedo
como elemento mediador de seu crescimento físico, emocional, cognitivo, social,
lingüístico; enfim, nas diversas áreas de desenvolvimento.
Embora já há bastante tempo, educadores e psicólogos, tenham reconhecido
a importância dessa atividade para o desenvolvimento infantil, não faz muito que
surgiu um olhar nacional, em que as leis que regulamentam as bases da
Educação brasileira não apenas reconhecem, como de fato indicam o BRINCAR
como Parâmetro Curricular Nacional.
Felizes com esta nova legislação, aqueles que já haviam enxergado e do
lúdico faziam uso em seus programas de ensino, se rejubilam com a
possibilidade da expansão desse pensamento em ações lúdicas em prol da
Educação . Infantil, esperando que estas ações se estendam ao Ensino
Fundamental e Médio.
Nesse sentido, é importante pensar na formação do educador para que este
esteja preparado e intrumentalizado para atuar ludicamente.
O brincar é uma atividade que caracteriza a criança e que auxilia no seu
desenvolvimento global. Os brinquedos e as brincadeiras quando propostos de
forma organizada e respeitando-se o interesse e desenvolvimento da criança,
auxiliam na construção do pensamento e nos aspectos multidimensionais do
desenvolvimento infantil. Para que o educador possa respeitar os interesse e o
desenvolvimento infantil em relação ao brincar, é necessário um conhecimento
específico da dimensão do lúdico na educação e no desenvolvimento infantil.
Para que os brinquedos realmente representem desafios para a criança,
devem estar adequados ao interesse, às necessidades e às capacidades da
etapa de desenvolvimento, na qual se encontra. Entretanto, a escolha de
brinquedos não pode se basear simplesmente no critério de indicação por faixa
etária. Embora os estágios do desenvolvimento, pelos quais toda criança passa,
sejam semelhantes, a época e a forma como ele se processa podem variar
bastante, cada criança tem seu ritmo próprio de desenvolvimento e características
pessoais que a diferenciam das demais.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO,


SEGUNDO PIAGET

1. PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR (0 A 2 ANOS )

Este estágio corresponde a um período muito significativo na vida de uma


criança. É um período no qual ocorrem mudanças significativas em um breve
período. Corresponde ao estágio onde os processos evolutivos são mais “gritantes”.
A criança passa dos comportamentos reflexos à formação das bases do
pensamento, da quase imobilidade ao andar ereto, da “não comunicação” ao
desenvolvimento da linguagem, rapidamente ingressando em um mundo de ações e
intenções.
Quanto ao brincar este é basicamente funcional, através da interação com as
pessoas e objetos, a criança desenvolve tanto funções específicas (andar, falar)
quanto funções mais complexas (desenvolvimento da inteligência, formação da
personalidade). Suas ações são guiadas pelos órgãos dos sentidos e pela presença
da figura materna.
A partir do primeiro mês, a atividade reflexa da criança é enriquecida pelas
primeiras ações coordenadas. Neste momento, a criança passa a explorar partes do
seu próprio corpo e objetos, desde que estejam em seu campo visual.
Até o final do primeiro ano, desenvolvem-se as ações intencionais. A criança
repete movimentos que causaram alguma ação, chegando a antecipar resultados.
Neste período, se dá um grande número de aquisições pela criança. As atividades
principais giram em torno da manipulação e exploração de objetos (atividade oral ou
manual).
Quando recém-nascido, o bebê só apresenta comportamentos reflexos. No
segundo mês já começam a aparecer às chamadas “reações circulares”: a criança
provoca involuntariamente um fato e, estimulada pelo que aconteceu, tenta repeti-lo,
começando então suas primeiras reações coordenadas. Está fase é propícia para a
estimulação visual e sonora. Sendo assim, é importante enriquecer seu campo
visual e auditivo, variando as oportunidades para que a criança fixe o olhar e
perceba estímulos diferentes. Nesta fase são importantes os seguintes brinquedos:
 Face humana
 Móbiles coloridos, sonoros que se movimentam,
 Móbiles improvisados (um pano vermelho, um objeto ou brinquedo
pendurado em lugar bem visível).
 Argola de borracha para morder
 Chocalho com sons suaves
 Esconde-esconde: pessoa ou objeto deve reaparecer sempre no mesmo
local para a criança.

Por volta do quarto mês, iniciam-se as ações intencionais, desenvolve-se a


coordenação óculo - motora e a preensão palmar. A criança já estende os braços e
tenta pegar objetos. Nessa fase, adquire informações através dos sentidos e leva
tudo à boca. Interessa-se por:
 Chocalho, brinquedos musicais
 Bichinhos de borracha/látex com apito
 Móbile que ao tocado produza ação
 Bola transparente com água e pequenos objetos dentro
 Objetos para a criança levar à boca (atóxicos, não pontiagudos...)

Em torno dos seis meses a criança adquire a “noção de permanência do


objeto”, ou seja, começa a perceber que os objetos existem, apesar de não estarem
sendo vistos, e passa então a procurá-los: quando por exemplo, escondemos
alguma coisa em baixo de uma fralda, ela levanta a fralda para encontrar o que foi
escondido. Esta aquisição é indispensável a qualquer aprendizagem.
Para essa fase são sugeridos os seguintes brinquedos:
 Móbiles colocados ao alcance da mão da criança
 Chocalhos pequenos
 Brinquedos para morder
 Bichinhos de vinil
 Bola-bebê, de diferentes texturas.
 Martelos de borracha
 Objetos que possam ser batidos um contra o outro
 Objetos embrulhados para a criança desembrulhar
 Amassar papel para o bebê olhar e repetir a ação.
 Pegar coisas que o bebê joga no chão
 Brincar com os pés
 Brincar de esconder e achar (face, objetos).

Dos oito aos doze meses, acontece um, grande desenvolvimento motor.
Amplia-se o campo de ação da criança, pois ela já senta e se locomove mais
facilmente. Já tem o desenvolvimento de pinça e é capaz de passar os objetos de
uma mão para a outra; pôr, tirar, atirar, empilhar, experimentar.
Imita gestos e sons e é capaz de antecipar o resultado de algumas ações,
fato este que a deixa muito contente. Busca a aprovação dos adultos examinado
suas reações. Para satisfazer sua necessidade de exploração, precisamos dar-lhe
muitos materiais para manipular:
 Brinquedos de puxar e de empurrar
 Livros de pano
 Argolas de plástico para encaixar
 Cubos de pano
 Bichos de pelúcia
 “João Bobo”
 Caixa com vários objetos para pôr e tirar
 Caixa de música
 Vasilhas para encaixar umas nas outras
 Bonecas de pano
 “Cavalinhos de pau”
 Móbile que ao ser tocado produza ação
 Brinquedos aquáticos
 Cubos de espuma ou papelão revestidos com figuras caixas de sapato com
tampa
 Objetos ocos que possam ser encaixados uns nos outros
 Bola de tecido
 Bexiga, ver o adulto encher e esvaziar lenta e rapidamente.
 Imitar gestos
 Esconde-esconde: esconder sempre no mesmo local e deixar a criança
procurar
 Sucatas, tampas e panelas...
 Enfim, brinquedos que possam ser manipulados sem oferecer perigo e que
estimulem a criança a interagir.
Dos doze aos dezoito meses, a criança começa a observar o efeito de sua
conduta no ambiente a sua volta. Aprendendo a andar, explora o espaço e exercita-
se correndo de um lado para o outro. Aprende a usar as duas mãos juntas. Age por
tentativas sucessivas até acertar o que deseja. Pede as coisas apontando para os
objetos. Seu vocabulário aumenta e a mesma palavra pode significar várias coisas
que, para ela, são semelhantes. Nesta fase são interessantes:
 Os chamados “brinquedos pedagógicos”, aqueles que oferecem
oportunidade de manipulação realizando alguma proposta, como encaixar
argolas.
 “Bate bola”, aqueles em que a criança coloca uma bola num orifício e bate
para que ela penetre e role saindo por outro lugar
 Encaixe de formas geométricas
 Brinquedos nos quais se apertam botões que fazem saltar peças ou abrir
portas
 Brinquedos com cordão para puxar
 Cavalo de pau com rodas, velocípedes sem pedais.
 Objetos que possam ser empurrados (carrinhos, carrinhos de mercado, de
bonecas).
 Tambor
 Vasilhas; tampas de panelas.
 Objetos que possam ser superpostos
 Cantar e dançar

Dos dezoito aos vinte e quatro meses, a criança começa a internalizar as


ações realizadas e passa a lembrar-se de pessoas e coisas. Sua memória já está
bastante ativa.
Desenvolve a capacidade de imitar, que irar subsidiar o surgimento da
brincadeira simbólica, (o jogo do “faz-de-conta”), que se estabelecerá na próxima
fase.
Realiza construções alienadas, tem preferência por cores vivas, vivo sentido
possessivo; início das noções espaciais (de em cima/ em baixo, dentro/fora).
A motricidade aperfeiçoa-se e a criança já é capaz de correr e trepar. Começa
a querer ser independente e fazer tudo sozinha, mesmo que ainda não consiga
(também nas AVDS).
Precisa de brinquedos que satisfaçam sua necessidade de movimentação:
 Brinquedos de empurrar
 Carrinhos ou outros brinquedos de puxar
 Blocos de construção
 Cadeira de balanço ou cavalo-de pau para balançar
 Bate-estacas
 Brinquedos de desmontar / Lego (grandes)
 Degraus e pequenos escorregadouros
 Túneis para passar por dentro
 Carrinho de mão, carrinho de boneca ou de feira.
 Cadeira de balanço ou carrinho de pau para balançar
 Bexiga para rebater com as mãos
 Bolas grandes (20 a 60 cm)
 Caixas de papelão sem fundo para a criança passar por dentro
 Carro ou bicicleta sem pedal, que a criança movimente com os pés no
chão.
 Bonecas ou animais de pano
 Objetos pequenos (caixinha, carrinho)
 Jogos domésticos (de cozinha, de banheiro..)
 Jogos de limpeza (de espanador, vassoura)
 Formas, balde, peneiras, pás, para brincar com água e areia.
 Material de pintura a dedo.
 Blocos de construção coloridos.
 Barro ou argila, massa de modelar para misturar e amassar.
 Jogos de armar simples, de três, quatro peças.
 Carros, trens, aviões, etc...(pequenos)
 Instrumentos musicais simples (gaita, tambor, etc.)
 Brinquedos desmontáveis
 Livros com figuras grandes e coloridas, de pano ou cartão grosso.
 Encaixes de argolas ou formas geométricas
 Giz ou pauzinho para riscar no chão ou na areia
 Quebra-cabeça, encaixe de figuras inteiras.

2. PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS (2 a 12 anos)


Aproximadamente aos dois anos, a criança já é capaz de planejar suas
ações e de usar um objeto representando outro, mas o seu pensamento ainda tem
algumas limitações que precisam ser conhecidas e entendidas pelas pessoas que
com ela interagem.
A-PERÍODO RRÉ-OPERACIONAL (2a7 anos)
Neste estágio, o pensamento da criança apresenta características bem
marcantes: relaciona tudo ao seu redor com seus sentimentos e ações. É incapaz de
perceber o ponto de vista dos outros.
Considera só um aspecto das situações e tira conclusões baseadas em um
único aspecto perceptivo Não consegue reverter o raciocínio, liga fatos que não tem
relação entre si e pode atribuir, à sua vontade ou às suas ações , até mesmo os
eventos da natureza. Considera que objetos, plantas, ou nuvens também podem ter
sentimentos (animismo).

B - PERÓDO PRÉ-CONCEITUAL ( 2a 4 anos)


Nesta fase, a criança ainda não é capaz de elaborar conceitos, pois ainda
não generaliza para formar classes.
A linguagem verbal desenvolve - se bastante, quer saber o nome de tudo e
define as coisas pela sua função. Interessa-se por livros e gosta de reconhecer
figuras.
Partindo da imitação de seu cotidiano, brinca de “faz-de-conta” e pode
usufruir os seguintes brinquedos:
Que estimulam o Faz - de – Conta:
 Telefone
 Jogo das profissões
 Casinha / panelinhas e todo tipo de utensílios de cozinha
 Mobílias e objetos domésticos
 Bonecas
 Máscaras, chapéus, fantasias e capas.
 Fantoches
 Bichinhos de plásticos e de pelúcia
 Família de bonecas, ursinhos, casa de bonecas e acessórios
(roupas, utensílios domésticos).
 Cabanas e casinhas
 Caminhão para bagagem
 Bichos de pelúcia
 Massa para modelar
Que desenvolve a destreza manual:
 Blocos grandes de construção
 Quebra-cabeças simples
 Encaixe de atarraxar, com rosca manual grande.
 Bate-pinos
 Blocos grandes, com orifícios para costurar: Barbante e agulhas grossos.
 Lego
Livros e Musicas
 Tambor, pandeiros e cornetas,
 Pianinho ou xilofone
 Livros de tecido
 Reco-reco, apitos, cornetas, campainha.
Atividades ao ar livre:
 Jogo de praia: balde, peneira e pá.
 Tanque de areia
 Boliche
 Balanços e gangorras com auxílio
 Velocípede
 Triciclo
 Material para a fazer bolhas de sabão.
Atividades expressivas manuais:
 Lápis cera grosso e papel sem pauta
 Pintura a dedo
 Argila/ massa de modelar
 Pincéis largos para pintar com água
 Revistas velhas para pintar com as mãos
Jogos perceptivos:
 Encaixes de figuras inteiras ou divididas em poucas partes
 Jogos com peças que se encaixam umas nas outras
 Encaixes classificados de acordo com uma única variável: cor, tamanho,
forma.
 Jogos com figuras em pares
 Jogos que iniciem noções numéricas
 Dominó de figuras, cores, formas.

C-PERÍODO INTUITIVO (4 aos 7 anos )


Neste período, a criança começa a argumentar, embora suas razões ainda
não sejam lógicas, no sentido de como o adulto concebe a lógica. Suas razões são
baseadas em seus desejos ou temores. Quer saber o porquê de tudo e faz muitas
perguntas.
Está mais hábil e gosta de montar e desmontar, assim como de desenhar. Já
é capaz de classificar e dar nome às classes, considerando mais de um atributo,
fazer ordenações por tamanhos e estabelecer seqüências.
O desenvolvimento do conceito de quantidade ainda está ligado à via
perceptiva, mas logo estabelece a correspondência um a um. Adquire noção de
dinheiro, a partir de suas necessidades.
Gosta que lhe contem histórias e é capaz de inferir o final e de prever
situações. Seus conceitos espaciais ainda têm seu próprio corpo como referência.
Os conceitos temporais ainda podem não ser bem compreendidos, mas já sabe que
umas coisas acontecem antes, outras depois. Gosta de fazer construções com
blocos.
O grupo de amigos passa a ser importante; estabelece e cobra regras, a
linguagem se amplia, assim como o interesse pela escrita e leitura. Gosta de
competições e de jogar com os amiguinhos.
Sugestões de brinquedos:
Faz-de –conta:
 Casinha com mobília para vários ambientes
 Miniaturas de cidades, tendas de feira.
 Miniaturas de fazendas e animais domésticos
 Bonecos representando profissões, com trajes regionais, palhaços.
 Equipamento para médicos e enfermeiro
 Bonecos que possibilitem trocas de roupas
 Fantasia e baú para guardá-las
Jogos que desenvolve a destreza manual:
 Encaixe com rosca manual pequena, com ou sem ferramenta.
 Brinquedos com botões, zíper, colchetes.
 Caros e trenzinhos desmontáveis
 Jogos de montar com pinos menores
 Jogos de enfiar contas, bordados de alinhavo.
Livros e músicas:
 Livros de história com figuras grandes
 Xilofone, piano e sanfonas pequenos.
 Vitrola e discos infantis
Atividades ao ar livre:
 Triciclo ou bicicleta com “rodinhas”
 Bola para jogar com as mãos, chutar, cabecear.
 Jogos de argolas
 Carrinhos para a criança entrar dentro
 Corda para pular
 Patinete
 Bichos de estimação: peixe, tartarugas, pequenos mamíferos.
Atividades expressivas manuais:
 Lápis de cor grande
 Tesoura sem ponta
 Cola e papel colorido
 Tintas atóxicas e pincéis grandes
 Quadro negro e giz
 Mesa e cadeiras pequenas
Jogos perceptivos:
 Quebra-cabeça: Várias peças únicas inteira
 Figuras com detalhes e divididas em peças grandes
 Figuras de corpo humano: partes ou total
 Relógio e calendários
 Blocos lógicos/ jogos com seqüência lógica
 Jogos simples de memória
 Jogos com letras/ Seqüência numérica
 Jogos que relacionem números e quantidades
 Loto com figuras
 Jogos de sorte, com dados e seqüência numérica (loto, banco imobiliário)
 Blocos de construção
 Material para pintura e desenho
 Jogos de dominó, loto, etc.
 Jogos de circuito
 Carrinho de boneca
 Livros de contar história
 Jogos de dama.
D-PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS propriamente dito (7 aos 12
anos )
O pensamento da criança ultrapassa o nível sensorial. Já forma classes e
séries mentalmente, relacionam fatos e tira conclusões. Surge o interesse por
coleções e pode colecionar desde tampinhas, até selos ou papéis de carta.
Considera os fatos antes de dar uma resposta, faz seriações através de
comparações e estabelece hierarquias. Faz inclusões de classes e entende que uma
ação realizada pode ser revertida ou anulada.
Nos conceitos espaciais, já considera a relação dos objetos entre si e localiza
um ponto através de coordenadas. A noção de tempo é mais objetiva, usa o relógio
e calendário e situa passado, presente e futuro. Tem maior senso de
responsabilidade, pode compreender a conseqüência dos seus atos.
Gosta de assumir pequenas tarefas e escolhe companheiros por afinidade. É
sensível a crítica e gosta de receber elogios.
Embora o “faz – de - conta” possa acontecer, Já é totalmente separado da
realidade, pois a criança agora quer ser realista e descobrir a verdade dos fatos.
Esta é a fase em que surge o interesse pelas coleções, tudo pode ser
colecionado e, se este interesse for subsidiado, poderá evoluir para se transformar
em interesse por pesquisar. Os esportes também passam a atrair e, partindo do
prazer de jogar certo jogo, a criança pode desenvolver o gosto por um determinado
esporte.
Sugestões de brinquedos:
 Faz – de – conta:
 Teatro de bonecos
 Dramatização
 Jogos que desenvolvem a destreza manual:
 Passar cordão, dar nó e laço.
 Jogos competitivos que necessitem coordenação motora fina
(pega-varetas, cinco marias)
 Jogo de botão
 Sinuca/ pebolim
 Minitear
 Livros e músicas:
 Livros de contos juvenis
 Aulas para tocar instrumentos musicais
 Atividades ao ar livre:
 Peteca
 Bicicleta,
 Instrumento de jardinagem
 Bichos de estimação
 “Skate”
 Jogos de bola que exijam pontaria para agarrar e lançar
 Tênis de praia
 Teatro e cinema adequados à idade
 Visita a museus
 Esportes
 Atividades expressivas manuais:
 Canetas hidrográficas coloridas
 Tintas e pincéis finos
 Jogos perceptivos:
 Encaixes classificados de acordo com uma ou mais variáveis: cor,
tamanho, forma.
 Quebra-cabeça com peças menores
 Jogos com letras, silabas e palavras
 Bingo de números e letras
 Jogos competitivos que envolvam raciocínio complexo
 Jogos de cartas, baralhos.
 Jogos de seqüência lógica complexa
 Dominó com associação de idéias
 Jogo - da- velho
 Jogos com associação de figuras e palavras
 Coleção de papel de papel de carta, selos, figurinhas, coleção de um
modo geral
 Batalha naval/caça ao tesouro
 Montagem de sistemas eletrônicos simples
 Brinquedos de experiências químicas
 Jogos de tabuleiro
 Bolas e raquetes
 Boliche
 Futebol de botão
 Peteca
 Jogos de montar que sejam desafiantes
 Jogos de construção
 Jogos de circuito
 Jogos de perguntas e respostas
 Mini - laboratórios
 Quebra-cabeças mais difíceis
 Ferramentas para a construção de brinquedos
 Jogo de damas
 Jogo de xadrez

Compilação de: CUNHA, Nylse Helena Silva. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 2ªed. São Pualo: Maltese,
1994 e KUDO, AIDE Mitie et al (coord.). Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional em pediatria. São
Paulo: Sarvier, 1994

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