Dissertação de Mestrado Lucas Souza
Dissertação de Mestrado Lucas Souza
Dissertação de Mestrado Lucas Souza
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA
ÁREA DE PETROLOGIA, METALOGÊNESE E EXPLORAÇÃO
MINERAL
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Salvador
2015
1
LUCAS TEIXEIRA DE SOUZA
Salvador
2015
ii
iii
TERMO DE APROVAÇÃO
iv
AGRADECIMENTOS
Também aos amigos e colegas geológicos que sempre me ajudam tanto que são
quase meus coorientadores, Jailma Santos de Souza de Oliveira, Eron Pires Macedo,
Ângela Beatriz Menezes Leal. Assim como outros professores que sempre estiveram
dispostos a tirar dúvidas e compartilhar um pouco dos seus vastos conhecimentos.
Obrigado Marcelo, Cézar e Simone.
Agradeço aos amigos mais próximos que se permitiram me ouvir falar do meu
trabalho, mesmo sem estarem totalmente a par do que eu estava fazendo, mas sempre
interessados em discussões científicas, Diego, Marcus, Tico, Josafá, Fabinho, Marcus
(Alves), Léo, Berna, Pedroca, Natália e Vanderlúcia.
Aos mais diversos colegas do igeo e da vida que com certeza posso acabar
esquecendo algum, Victor, Thiagostinho, Tio Sérgio, Cipri, Subs, Mário, Nilsinho,
Clarinha, Vitinho, Renato, Rafael, entre tantos.
vi
ABSTRACT
There are many manganese occurrences in Bahia, state of Brazil, especially inserted in
the Itabuna-Salvador-Curaçá Block. These occurrences usually present themselves
parallel to the regional deformation, with NNE-SSW trends. Even though extensive
studies regarding reserves calculations have been done and that most of these
manganese ore have been extracted to the siderurgy, a specific study of the manganese
protore had yet to be done in Bahia. This type of study have only been done in a few
manganese occurrences in Brazilian territory, especially in São Paulo, Minas Gerais,
Ceará, Amapá and Bahia, where the main mineralogy of the protore of these locals vary
between sperssatines and rhodocrosites (gondites and queluzites), although some may
present pyroxenes with manganese (pyroxmangite and rhodonite). The studied area is
located close to the city of Maraú, south region of Bahia. Where in one of the mines,
nowadays deactivated, composed of manganese oxides such as pirolusite and
psilomelane, a drilling hole allowed the study of the protore rocks that were deep above
the surface. These rocks are metamorphosed in granulite facies and within supracrustal
granulites, called Almandina Complex. The granulites of the Almandina Complex are
composed of ortho and clinopyroxenes, garnet, plagioclase and biotite, with few
amphiboles, quartz and spinel. The protores mineralogy is composed of mainly Mn-rich
pyroxenes, like pyroxmangite and rhodonite, with up to 49% of MnO in its cristaline
structures, Mn-rich garnets, spessartine, with up to 30% of MnO and Mn-rich
carbonates, rhodocrosites, with up to 88% of MnO. Also occur a manganese sulfide,
alabandite, with 75% of MnO in its cristaline composition.
vii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.1 - Localização e acesso à área de estudo. Fonte: Modificado do Google Maps.
....................................................................................................................................... 18
Figura 2.1 - (a) Principais crátons e sistemas orogenéticos neoproterozoicos do território
brasileiro; (b) Mapa geológico simplificado do CSF. Fonte: Modificado de Alkmin et al.,
1993. .............................................................................................................................. 21
Figura 2.2 - Mapa esquemático das unidades geotectônicas arqueanas-
paleoproterozoicas mais importantes da parte leste do CSF na Bahia. Área de estudo
destacada em vermelho. Fonte: Modificado de Barbosa et al. (2012). .......................... 23
Figura 2.3 - Mapa geológico da região de Maraú (porção NE da Folha Ubaitaba –
SD.24-Y-B-III). Destacado em pequenos círculos, os depósitos de manganês da região
de Maraú, onde na mina Valha-me Deus Norte foi realizado o furo de sondagem no
protominério. Fonte: Barbosa et al., 2013. ..................................................................... 29
Figura 3.1 - Distribuição das faixas mineralizadas em manganês da região de Maraú,
com destaque para a mina Valha-me Deus Norte, onde foi realizado o furo de
sondagem. Fonte: Toniatti e Barbosa, 1973................................................................... 32
Figura 3.2 – Detalhe da mina Valha-me Deus Norte, exibindo as extensas atividades de
pesquisa realizadas no minério oxidado. Fonte: Toniatti e Barbosa, 1973. ................... 33
Figura 3.3 – Seção esquemática mostrando as diferentes ocorrências de Mn da Mina
Valha-me Deus Norte, destacando o protominério de Mn encaixado nas rochas
granulíticas e o furo de sondagem onde foram obtidas as amostras motivo deste
trabalho. Fonte: Toniatti e Barbosa, 1973. ..................................................................... 34
Figura 3.4 – Tabela com a mineralogia das lâminas estudadas, conseguidas a partir de
amostras recuperadas no furo de sondagem realizado na mina de Valha-me Deus
Norte. Identificaram-se os níveis enriquecidos do protominério de Mn, bem como a
mineralogia principal das rochas encaixantes. A cor amarela indica os níveis superior e
inferior do protominério, com minerais metamórficos ricos em manganês e teores
expressos em porcentagem de MnO no mineral. ........................................................... 38
Figura 4.1 – Diagrama de Morimoto (1988) da classificação dos piroxênios. ................ 47
Figura 5.1 - Fotografia da lâmina delgada M-23, exibindo duas faixas de ocorrência dos
minerais, separando-a ao meio (faixa esquerda e direita). ............................................ 50
Figura 5.2 – Lâmina e amostra de mão M-28, exibindo faixas de diferentes disposições
texturais e mineralógicas, representadas nas fotos por faixas com cores mais claras e
escuras. .......................................................................................................................... 60
viii
ÍNDICE DE PRANCHAS
ix
Prancha 5.7 – Lâmina M-31, mostrando a mineralogia do protominério. (A e B) exibem
cristais de ortopiroxênios em avançado estágio de alteração e cristais de granada. (C e
D) mostram cristais de granada e suas relações de contato com o ortopiroxênio. Nessa
lâmina pode-se ainda observar um mineral de cor avermelhada com contatos retos a
levemente curvos com a granada e o ortopiroxênio. Esse mineral não foi analisado na
microssonda. .................................................................................................................. 67
x
ÍNDICE DE TABELAS
xi
LISTA DE ABREVIATURAS DOS MINERAIS
Anfibólio - Amp
Biotita –Bt
Clinopiroxênio – Cpx
Espessartita - Sps
Espinélio – Spl
Granada – Grt
Hornblenda – Hbl
Magnetita - Mt
Opaco – Opq
Ortoclásio - Or
Ortopiroxênio – Opx
Piroxmangita - Pxm
Plagioclásio – Pl
Quartzo – Qz
Rodocrosita – Rds
Rodonita – Rdn
Tschermaquita – Ts
xii
SUMÁRIO
xiv
1 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
15
Pesquisa Mineral em convênio com a Secretaria de Minas e Energia (SME), através do
Projeto Manganês de Valença-Gandu (RIBEIRO, 1982).
1.1 OBJETIVOS
Essa dissertação tem como objetivo geral caracterizar a mineralogia da rocha que
constitui o protominério de manganês granulitizado do sul da Bahia, através de estudos
petrográficos e de química mineral, e com isso tentar sugerir modelos genéticos acerca
dessas rochas, visto que esse protominério, por estar abaixo da zona de intemperismo,
não sofreu processos supergênicos de concentração e formação do minério oxidado da
região de Maraú.
Tem-se como objetivos específicos: (i) identificar a mineralogia das rochas que
compõem o protominério, através de estudos de química mineral e caracterização
petrográfica; (ii) caracterizar este protominério, visando identificar as paragêneses
metamórficas dessas rochas; e, (iii) sugerir o ambiente de formação desses
metamorfitos de alto grau ricos em manganês.
1.2 JUSTIFICATIVAS
Considera-se esse trabalho inédito visto que nunca foram realizados estudos para
a caracterização desse protominério de manganês do sul da Bahia. As análises
petrográficas e os dados microquímicos trarão grande contribuição para o entendimento
dos depósitos e ocorrências de manganês da região, podendo vir a sugerir o ambiente
de formação destes depósitos e compará-lo a outros depósitos manganesíferos,
existentes no Brasil e no planeta.
16
1.3 LOCALIZAÇÃO E ACESSO
17
Figura 1.1 - Localização e acesso à área de estudo. Fonte: Modificado do Google Maps.
18
2 CAPÍTULO 2 – GEOLOGIA REGIONAL
19
O BG é constituído de rochas TTG’s que ocorrem de forma dispersa, podendo ser
divididas em dois grupos: um mais antigo, de idade variando entre 3,4 e 3,2 Ga e outro
com idades situadas 3,2 a 3,1 Ga. Ambos estão metamorfisados na fácies anfibolito
tendo sido originados por fusão de basaltos toleiíticos, deixando anfibolitos com
granada ou eclogitos como resíduo. Considera-se que o grupo mais antigo de TTG
diferencia-se do mais novo porque este último sofreu contaminação crustal (MARTIN et
al., 1991). O BG apresenta ainda, sequências vulcanossedimentares metamorfisadas
na fácies xisto-verde e anfibolito baixo, que constituem os greenstone belts deste bloco.
Ocorrem também gnaisses paraderivados, principalmente próximo aos greenstones, os
quais são de difícil separação dos gnaisses ortoderivados (TTG’s), devido às
similaridades nas suas deformações e metamorfismo. Essas rochas podem também se
apresentar com feições de migmatização (BARBOSA e SABATE, 2003; BARBOSA,
SABATE, MARINHO, 2003).
20
Paleoproterozoicas (BARBOSA e SABATE, 2003; BARBOSA, SABATÉ, MARINHO,
2003). Os ortognaisses foram provenientes da deformação e metamorfismo na fácies
anfibolito de rochas graníticas-granodioríticas e tonalíticas, datadas em torno de 3,1-2,8
Ga (BARBOSA e SABATE, 2003). Os plutonitos paleoproterozoicos possuem química
que indica tratar-se de rochas cálcio-alcalinas normais, peraluminosas a
metaluminosas, variando até alcalinas ou shoshoníticas (RIOS, 2002).
a)
b)
21
O BISC é dividido em dois segmentos principais, norte e sul (Figura 2.2). No norte
predominam rochas charnockíticas, embora ocorram subsidiariamente granulitos
básicos e granulitos paraderivados denominados de Complexos São José do Jacuípe e
Ipirá, respectivamente (TEXEIRA, 1997). No sul ocorrem rochas
tonalíticas/trondhjemíticas (BARBOSA e PEUCAT, 2006) e corpos charnockíticos, todos
com idades em torno de 2,6 Ga. Também são encontradas rochas supracrustais
(quartzitos, gnaisses alumino-magnesianos, grafititos e formações manganesíferas),
além de gabros/basaltos de fundo oceânico e/ou bacia back-arc de fonte mantélica
(BARBOSA et al., 2012), além de intrusões monzoníticas/shoshoníticas de 2,4 Ga
(LEDRU et al., 1993). Todas essas unidades encontram-se reequilibradas na fácies
granulito, devido ao evento Paleoproterozoico antes referido (BARBOSA, 1990). A área
de estudo encontra-se inserida no segmento sul do BISC, dentro de rochas
supracrustais que foram granulitizadas durante o evento Paleoproterozoico (BARBOSA,
1990).
22
forma de cristas alongadas que se destacam na topografia. Sua mineralogia envolve,
além do quartzo, granada, opacos e feldspato.
1.
23
As outras unidades do Complexo Almandina foram descritas a partir de análises
petrográficas de amostras colhidas nos poucos afloramentos encontrados. Os
granulitos alumino-magnesianos, ou kinzigitos, foram descritos com uma mineralogia
formada de quartzo, ortopiroxênio, granada, silimanita e plagioclásio como minerais
principais, tendo a microclina pertítica, opacos, rutilo, grafita, monazita e zircão como
acessórios.
24
granulitos básicos com biotita; (ii) granulitos básicos com hornblenda; (iii) granulitos
básicos com biotita e hornblenda; e, (iv) granulitos básicos com granada.
Elas são rochas similares, tanto nas suas características macroscópicas, quanto
nas suas composições mineralógicas e geoquímicas de elementos maiores. Sua
mineralogia principal envolve quartzo e plagioclásio antipertítico, além de pouco
piroxênio tanto orto como clino, sendo encontrado raramente, feldspato potássico
pertítico. Ocorrem ainda biotita e hornblenda em geral como produto do
retrometamorfismo dos minerais ferromagnesianos e opacos. O principal critério para
separá-los foi utilizando os elementos Terras Raras. Todos eles exibem padrões
decrescentes de Terras Raras tanto leves como pesados. No entanto, as rochas
paleoproterozoicas não apresentam anomalias de európio (TT1), enquanto que os
tonalitos-trondhjemitos arqueanos são divididos em dois grupos: um com anomalias
positivas deste elemento (TT2) e outro com anomalias negativas (TT5) (BARBOSA et
al., 2012).
27
areias quartzosas bem selecionadas, compondo morros de topo plano com altitudes em
torno de 5 metros. Esses morros estão presentes nas porções internas da planície
quaternária.
28
Figura 2.3 - Mapa geológico da região de Maraú (porção NE da Folha Ubaitaba – SD.24-Y-B-III).
Destacado em pequenos círculos, os depósitos de manganês da região de Maraú, onde na mina
Valha-me Deus Norte foi realizado o furo de sondagem no protominério. Fonte: Barbosa et al.,
2013.
29
3 CAPÍTULO 3 – DEPÓSITO DE MANGANÊS: MORFOLOGIA E
SUPERGÊNESE
32
Figura 3.2 – Detalhe da mina Valha-me Deus Norte, exibindo as extensas atividades de pesquisa
realizadas no minério oxidado. Fonte: Toniatti e Barbosa, 1973.
33
Figura 3.3 – Seção esquemática mostrando as diferentes ocorrências de Mn da Mina Valha-me
Deus Norte, destacando o protominério de Mn encaixado nas rochas granulíticas e o furo de
sondagem onde foram obtidas as amostras motivo deste trabalho. Fonte: Toniatti e Barbosa, 1973.
Com a Figura 3.3 pode-se fazer uma correlação entre os níveis supergênicos de
óxido de manganês e aqueles do protominério. Esse último foi estudado nessa
dissertação em lâminas petrográficas cujos minerais foram descritos em microscópio e
analisados quimicamente utilizando a microssonda eletrônica.
36
de mármore manganesífero, composto de rodocrosita e calcita manganesífera
(CHISONGA et al., 2012).
37
Figura 3.4 – Tabela com a mineralogia das lâminas estudadas, conseguidas a partir de amostras
recuperadas no furo de sondagem realizado na mina de Valha-me Deus Norte. Identificaram-se os
níveis enriquecidos do protominério de Mn, bem como a mineralogia principal das rochas
encaixantes. A cor amarela indica os níveis superior e inferior do protominério, com minerais
metamórficos ricos em manganês e teores expressos em porcentagem de MnO no mineral.
38
4 CAPÍTULO 4 – MINERALOGIA DA ENCAIXANTE DO
PROTOMINÉRIO
39
saussuritização (Prancha 4.1). A química mineral classifica esse mineral como
labradorita, indicando uma maior influência do cálcio na sua formação (Tabela 4.1).
Nessa tabela pode ser comparados os valores químicos da labradorita estudada com
aquela contida em Deer, Howie e Zussman (1963).
A granada (Grt) não foi analisada quimicamente mas, em geral, nos granulitos
básicos ela é do tipo almandina (BARBOSA, 1986). Possui cor bege, alto relevo e
isotrópica. São grãos xenoblásticos a subidioblásticos, bastante fraturados, não
orientados e com contatos curvos, serrilhados, interlobados e, por vezes, retos. Possui
inclusões de Opx, Cpx, Qz, Bt e Opq, em menor quantidade, constituindo a textura
poquiloblástica em peneira. Os contatos com a Bt são curvos a retos. Sua principal
associação é com os Opx e Cpx, apresentando diversas vezes pequenos grãos destes
no seu centro, fato que pode ser resultado de reações metamórficas progressivas,
devido ao aumento da pressão no metamorfismo (Prancha 4.1).
40
acordo com a forma dos seus cristais e ao momento de sua formação: (i) os cristais
subidioblásticos foram denominados Bt1, principalmente formando prismas orientados,
formados durante o ambiente progressivo do metamorfismo; (ii) os cristais
xenoblásticos foram denominados Bt2, os quais foram formados no retrometarmofismo.
Os contatos com Opx e Grt são interlobados a retos, enquanto que os contatos com Qz,
Pl e Opq são também curvos a interlobados e retos. Ocorre localmente em estágio mais
avançado de alteração e pode também ser encontrada dentro de Grt. Quando ocorre
com formas xenoblásticas (Bt2) sugere que estas foram formadas por processos
retrometamórficos (Prancha 4.1). Os resultados obtidos nas análises químicas das
biotitas indicam que são biotitas típicas de metamorfismo granulítico, em função dos
elevados teores de titânio (DEER, HOWIE, ZUSSMAN, 1963) (Tabela 4.1).
Tabela 4.1 – Análises química dos minerais da lâmina M-17, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Deer, Howie, Zussman (1963); (2) Kuno e Nagashima (1950); (3) Deer,
Howie, Zussman (2013).
41
Os minerais opacos são xenoblásticos, não orientados, com contatos curvos e
interlobados, principalmente com a Grt que comumente ocorre englobando-o. Tem
também contatos curvos com o Px e o Pl, não estando inclusos no mesmo.
Prancha 4.1 - Lâmina M-17, mostrando a associação mineral da amostra. (A e B), podendo-se
observar os dois tipos de ocorrência da Bt. (C e D), interação dos cristais de Opx, Bt e Qz com a
Grt.
42
apresentam teor de CaO mais reduzido em relação aos plagioclásios da lâmina anterior,
mas sem representar uma variação muito discrepante, de forma que são classificados
como andesinas. Embora, usando como padrão a andesina de Dana (1892), a andesina
estudada e analisada na microssonda, possua mais baixos teores de Na 2O e K2O e
mais alto Al2O3 (Tabela 4.2).
Os Opx e Cpx possuem cores que variam do cinza a bege claro e com cores de
interferência variadas como azul, amarelo e violeta. Seus cristais são xenoblásticos a
subidioblásticos. Os contatos com outros piroxênios são curvos a interlobados. Por sua
vez, os contatos com os plagioclásios são curvos e retos e com a Bt1 são serrilhados e
retos, sobretudo quando em contato com sua seção longitudinal. Em alguns locais da
lâmina os piroxênios exibem alteração secundária formando a Bt2, ao seu redor,
resultado do retrometamorfismo (Prancha 4.2 A e B). A química mineral mostra que os
Opx são hiperstênios, com baixo valor de CaO e teores de FeO e MgO similares aos
encontrados na lâmina anterior. Já os clinopiroxênios possuem valores mais elevados
de CaO e diminuição nos valores de MgO e FeO, formando uma solução sólida mais
rica em cálcio e permitindo classifica-los como augita. Comparando com os valores do
hiperstênio e da augita de Dana (1982) e Kuno e Nagashima (1950), esses mesmos
minerais estudados na lâmina M-26, diferem somente em relação aos teores de FeO e
MgO, que são mais elevados (Tabela 4.2).
43
envolvendo completamente cristais de Cpx, exibindo entre eles contatos
predominantemente serrilhados, corroborando mais uma vez que a biotita é o resultado
da transformação dos clinopiroxênios devido à entrada de H2O e abaixamento da
temperatura (Prancha 4.2). Os resultados obtidos nas análises químicas das biotitas
indicam que são biotitas típicas de metamorfismo granulítico, com altos teores de TiO2
(DEER, HOWIE, ZUSSMAN, 1963) (Tabela 4.2). Logo, tratam-se das Bt1.
Tabela 4.2 - Análises químicas dos minerais da lâmina M-26, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Dana (1892); (2) Kuno e Nagashima (1950); (3) Deer, Howie, Zussman (1963).
44
Prancha 4.2 - Lâmina M-26, mostrando a associação mineral da amostra. (C e D) Os contatos entre
os minerais são principalmente curvos e localmente retos, principalmente com a Bt1. (A e B) As
manchas pretas são marcações para a realização de análises químicas dos minerais com a
microssonda.
O espinélio (Spl) possui cor verde e é isotrópico. Seus cristais são subidioblásticos
a xenoblásticos, com contatos predominantemente curvos, mas localmente retos, com
as biotitas (Prancha 4.3 A, B, E e F). O espinélio, além de ter sido identificado
petrograficamente pelas suas características ópticas, é confirmado pela química
mineral. Trata-se de um óxido de MgO e Al2O3, como mostra a Tabela 4.3. Vale
destacar que o valor do FeO apresenta-se mais elevado em comparação ao espinélios
de Deer, Howie, Zussman (1978) (Tabela 4.3).
A hornblenda também não foi analisado na microssonda. Ela aparece com cor
bege a levemente esverdeada e cor de interferência azul clara. Seus contatos são
curvos com o espinélio, piroxênios e minerais opacos, e retos com as faces laterais da
Bt. Apresenta clivagem oblíqua de 124°/56° e com cristais subidioblásticos, às vezes
contendo inclusões de espinélio (Spl). Como essas inclusões têm forma redonda, ela
46
sugere que o anfibólio pode ter se formado pelo consumo do magnésio do espinélio
(Prancha 4.3 A e B).
Tabela 4.3 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-32, expressa em porcentagens dos
elementos. Os valores de óxidos totais do Cpx e do Spl indicam que as análises não são
totalmente confiáveis. Fonte: (1) Deer, Howie, Zussman (1962).
48
5 CAPÍTULO 5 - MINERALOGIA DO PROTOMINÉRIO
O estudo dos piroxênios mereceu uma atenção maior, por se tratarem de minerais
com altos teores de manganês, que são raros e difíceis de serem comparados com
àqueles encontrados na bibliografia classificatória dos minerais. Deer, Howie e
49
Zussman (1978) listam, por exemplo, somente os principais piroxênios de manganês,
ou seja: a rodonita, a piroxmangita e a bustamita. Uma análise da geologia da área
sugere uma maior tendência de ocorrer a rodonita e a piroxmangita, por estarem
associadas a ambientes metamórficos, enquanto que a bustamita tem uma maior
tendência de ocorrer em ambientes metassomáticos do tipo ―Skarn‖.
Fazendo parte do nível superior, antes referido, a amostra M-23 apresenta duas
tramas metamórficas distintas, facilmente visualizadas na própria lâmina, sem utilizar o
microscópio petrográfico (Figura 5.1).
Figura 5.1 - Fotografia da lâmina delgada M-23, exibindo duas faixas de ocorrência dos minerais,
separando-a ao meio (faixa esquerda e direita).
50
bordas longitudinais das biotitas, que exibem contatos retos. A paragênese mineral
inclui Bt, Grt, Pl e Cpx. O plagioclásio (Pl) está com geminação albita. A biotita (Bt)
possui pleocroísmo variando de bege claro a vermelho acastanhado e cores de
interferência rosa, verde e amarelo claros. Existem dois tipos de biotita: a primeira com
as laterais bem formadas, contatos retos com os outros minerais (Bt1) e a segunda,
mais abundante, com forma xenoblástica (Bt2). Isso sugere duas etapas de formação
dessas biotitas: a primeira durante o metamorfismo progressivo e a segunda durante os
processos de retrometamorfismo. O clinopiroxênio (Cpx) também tem variadas cores de
interferência, podendo estar com tons azuis, amarelo-violetas e amarelas. Apesar da
presença de granada nesta parte da lâmina, ela ocorre em menor quantidade do que na
faixa direita da lâmina, como será visto a seguir (Prancha 5.1).
Prancha 5.1 – Lâmina M-23 (faixa esquerda) sob o microscópio petrográfico, mostrando textura e
forma dos cristais. (A e C) sob luz plana e (B e D) em nicóis cruzados. Além das granadas e
piroxênios, observa-se os dois tipos de ocorrência das biotitas: uma com forma subidioblástica
(Bt1) e outra com cristais xenoblásticos (Bt2).
51
Na faixa direita, as biotitas são inexistentes e a paragênese mineral inclui
piroxênios, ortoclásio e granada. As granadas e piroxênios ocorrem como simplectitos
indicando que eles são contemporâneos e devem ter sido formados durante o
metamorfismo progressivo. Há uma predominância desses simplectitos nessa porção
da lâmina e por vezes o ortoclásio também é envolvido. O piroxênio é de difícil
identificação devido a possuir pequenos tamanhos e estar interdigitado com os cristais
de Grt. Assim, não se consegue visualizar no microscópio sua clivagem e separá-los
como clinopiroxênio ou ortopiroxênio, uma vez que suas cores de interferência são
bastante variadas e não são confiáveis para utilizá-las como parâmetro de classificação
(Prancha 5.2).
Na lâmina M-23 foram realizadas quatro análises de química mineral: uma visando
classificar o piroxênio, outras duas para classificar a granada e uma última para
classificação do plagioclásio (Tabela 5.1).
52
Prancha 5.2 – Lâmina M-23 (faixa direita) sob o microscópio petrográfico. (A e C) estão em luz
plana e (B e D) em nicóis cruzados. Essas fotos permitem observar simplectitos de Grt e piroxênio
(A e B) e o contato brusco entre as faixas esquerda e direita (C e D). Pode-se observar também a
inexistência da biotita nessa lâmina, diferentemente das anteriores, onde elas são abundantes.
Tabela 5.1 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-23, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Deer, Howie, Zussman (1978); (2) Dana (1892).
54
elementos formadores de rochas como SiO2 e Al2O3. Como a análise química deste
mineral não incluiu valores de S (enxofre), não se pode dizer com certeza que ele é um
sulfeto de Mn, mas tudo indica que ele seja do tipo alabandita (Mn2+S) visto que
apresenta valores próximos a esse tipo raro de sulfeto, segundo Palache, Berman,
Frondel (1944) (Tabela 5.2).
Tabela 5.2 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-24, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Deer, Howie, Zussman (1978); (2) Dana (1892); (3) Palache, Berman, Frondel
(1944).
55
Prancha 5.3 – Lâmina M-24, mostrando a associação mineral da amostra. (A e C) em luz plana e (B
e D) em nicóis cruzados. (A e B) contatos retos entre Grt e Px. (C e D) predominância de Px com
pequenas inclusões arredondadas de opacos e contatos retos entre Grt e Px.
A granada, que representa metade dos minerais constituintes dessa rocha, exibe
cristais predominantemente subidioblásticos com contatos curvos e retos,
principalmente com os clinopiroxênios. Com os carbonatos forma somente contatos
curvos. Possui cores rosadas (Prancha 5.4 A, B, C e D). A composição química da
56
granada apresenta valores próximos daquela da amostra M-23 e M-24, porém com
teores um pouco mais baixos de MnO (26%). Além disso, os valores de SiO2, Al2O3 e
FeO, também são menos elevados. Com isso, é possível classificá-la como espessartita
(Mn3Al2Si3O12). Em comparação com a bibliografia, a espessartita estudada nessa
amostra exibe uma quantidade de CaO maior e menor MnO (Tabela 5.3).
Em uma parte restrita dessa lâmina, ocorre uma zona com carbonatos. O contato
desta zona de carbonatação é bem marcado em relação à porção onde ocorrem as
granadas e os clinopiroxênios. Os minerais de carbonato são de cor rosa com os
cristais de pequeno tamanho em relação aos outros. Enquanto que os tamanhos dos
minerais mais importantes da rocha variam de 0,3 a 0,8 mm, os minerais de carbonato
atingem no máximo 0,3 mm. Além da diferença de tamanho dos cristais, outra
característica importante é a ausência de cristais de clinopiroxênio nesta zona de
carbonatação. Também a granada, quando ocorre, é de tamanho reduzido (Prancha 5.4
C, D, E e F). O resultado da análise química desses carbonatos, em função do
elevadíssimo teor de MnO, leva a crer que se trate de rodocrosita (Mn2+CO3). Embora
não tenha sido analisado o CO2, como foi feito na amostra mineral de Deer, Howie e
Zussman (1962) na Tabela 5.3, o valor relativamente alto de CaO confirma a existência
de rodocrosita na mineralogia desse protominério.
57
As características dessa zona de carbonatação, com cristais de tamanho reduzido
e formando uma faixa, sugerem que se trate de uma zona de alteração hidrotermal
retrometamórfica. Pode ter sido fluidos ricos em CO2 que, no retrometamorfismo,
percolaram essa parte da rocha alterando os minerais e formando os carbonatos de
Mn, do tipo rodocrosita.
A análise do mineral opaco apresenta teor de MnO nulo e alto teor de FeO.
Embora a análise não seja considerada boa (total de 62,77%), o alto teor de FeO
(62,55%) indica que esse opaco deve ser uma magnetita (Fe3O4) (Tabela 5.3).
Tabela 5.3 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-27, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Dana (1892); (2) Deer, Howie, Zussman (1978); (3) Deer, Howie, Zussman
(1962).
Sps Sps Pxm Pxm Rds Rds Mt Mt Or Or
Mineral
(1) Espessartita (2) Piroxmangita (3) Rodocrosita (3) Magnetita (1) Ortoclasio
SiO2 35.33 37.59 45.74 51.43 0 1.60 0.11 0.09 65.39 61.29
Al2O3 21.50 20.25 0 0.33 0 0.00 0.44 0.00 18.45 19.2
CaO 1.02 4.31 0.46 3.31 0 6.29 0 0.00 0 0
MgO 0 2.08 0.68 14.25 0 1.04 0 0.00 0 0,00
MnO 41.06 25.61 52.42 14.86 61.71 88.67 0 0.00 0 0.03
FeO 0 9.54 0.39 13.90 0 0.77 98.37 62.65 0 0.03
TiO2 0 0.36 0 0.05 0 0.00 0.29 0.02 0 0.06
Na2O 0 0.02 0.2 0.06 0 0.02 0 0.00 1.08 0.78
K2O 0 0.00 0.2 0.01 0 0.00 0 0.00 14.76 13.37
Cr2O3 0 0.11 0 0.02 0 0.04 0.08 0.01 0 0.01
CO2 0 0 0 0 38.29 0 0 0 0 0
Total 99.77 99.87 100.06 98.22 100.00 98.43 99.40 62.77 100.19 94.8
58
Prancha 5.4 – Lâmina M-27, mostrando a mineralogia do protominério. (A e B) predominância de
granada e clinopiroxênio. (C e D) zona de contato entre a porção com carbonato e a porção onde
predominam as granadas e os clinopiroxênios, além de detalhe da zona rica em carbonato. (E e F)
alteração amarelada do clinopiroxênio e da granada, indicando também que durante o
retrometamorfismo, fluidos hidrotermais predominaram, alterando a mineralogia da rocha (zona
amarelada).
59
5.4 Estudo Petrográfico e de Química Mineral da Amostra M-28
Figura 5.2 – Lâmina e amostra de mão M-28, exibindo faixas de diferentes disposições texturais e
mineralógicas, representadas nas fotos por faixas com cores mais claras e escuras.
61
Prancha 5.5 – Lâmina M-28 mostrando a mineralogia do protominério. (A e B) mineralogia da faixa
central da Figura 5.2. (C e D) zona de contato entre o campo dos simplectitos de Opx e Grt (parte
inferior esquerda da foto) e a zona com Pl. (E e F) demonstram com mais detalhe a ocorrência dos
simplectitos, sendo possível observar a ausência de Pl neste campo.
62
Tabela 5.4 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-28, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Dana (1892); (2) Deer, Howie, Zussman (1978).
As granadas ocorrem sem pleocroísmo, com alto relevo e com cor tendendo ao
bege claro. Aparecem sob a forma de cristais subidioblásticos a xenoblásticos sempre
com contatos curvos e retos com os piroxênios. Com os minerais opacos exibem
contatos curvos. Às vezes elas também ocorrem associadas com as rodocrositas, de
63
forma que se supõe, adicionalmente, que podem ter tido influência na formação das
rodocrositas durante os processos metamórficos. Evidência disto é a trama
representada nas fotos C e D da Prancha 5.6, onde ocorrem faixas de rodocrosita
invadindo de forma dendrítica alguns cristais de granada. Essa granada não foi
analisada microquimicamente, mas tudo indica que ela seja classificada como
espessartita, semelhantemente às outras amostras do protominério de manganês.
A rodocrosita (Rds) possui cor acinzentada, porém alguns cristais exibem cor de
interferência acentuada. As análises de química mineral confirmam a larga ocorrência
desse mineral na presente lâmina. Possui extinção ondulante e seus contatos são
curvos a interlobados ou serrilhados. Podem também serem vistas englobando cristais
de minerais opacos (Prancha 5.6). As análises das rodocrositas apresentam teores de
MnO mais baixos do que àquelas encontradas na amostra M-27, embora elas sejam
compatíveis com as rodocrositas encontradas em Deer, Howie, Zussman (1962). Vale
destacar os teores elevados de MgO nessas rodocrositas (Tabela 5.5).
Tabela 5.5 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-29, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Deer, Howie, Zussman (1978); (2) Deer, Howie, Zussman (1962).
64
Os minerais opacos completam a mineralogia da lâmina e são compostos por
grãos xenoblásticos, com contatos curvos com o piroxênio, a granada e a rodocrosita.
65
quando analisada verifica-se que é um pouco diferente das encontradas nas lâminas
anteriores. Com efeito, ela possui valores mais baixos de MnO, e valores mais elevados
de FeO, sugerindo tratar-se de uma fase intermediária entre a espessartita e a
almandina [Fe3Al2(SiO4)3]. Possuem mais altos teores de CaO quando comparadas com
as espessartitas de Dana (1892) (Tabela 5.6).
Os opacos ocorrem como pequenos cristais, por vezes com cores avermelhadas,
em contatos curvos com o piroxênio e a granada.
Tabela 5.6 – Análises químicas dos minerais da lâmina M-31, expressa em porcentagens dos
elementos. Fontes: (1) Dana (1892).
66
Prancha 5.7 – Lâmina M-31, mostrando a mineralogia do protominério. (A e B) exibem cristais de
ortopiroxênios em avançado estágio de alteração e cristais de granada. (C e D) mostram cristais
de granada e suas relações de contato com o ortopiroxênio. Nessa lâmina pode-se ainda observar
um mineral de cor avermelhada com contatos retos a levemente curvos com a granada e o
ortopiroxênio. Esse mineral não foi analisado na microssonda.
67
6 CAPÍTULO 6 – DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
68
Quanto às rochas encaixantes, as amostras recuperadas na sondagem
demostraram ser granulitos básicos, tendo como minerais principais, labradorita e/ou
andesina, hiperstênio, augita, biotita e anfibólios do tipo tschermaquita e
ferrohornblenda, esses últimos podendo ser metamórficos primários ou retrógrados.
Opacos do tipo magnetita ou ilmenita são onipresentes, além de pequena quantidade
de quartzo. Granada e espinélio também podem aparecer esporadicamente.
69
Além dos minerais antes citados, os anfibólios também confirmam que essas
rochas passaram por processos metamórficos de alto grau, principalmente se tratando
da tschermarquita. Esporadicamente encontra-se esse anfibólio com forma
arredondada, nas proximidades das piroxmangitas e rodonitas, indicando a presença da
reação: Hbl + Qtz = Grt + Opx + Cpx + Pl + H2O (SPEAR, 1993), ou seja, cristais de
anfibólios se transformando em piroxênios (Prancha 4.3 A e B). Uma reação deste tipo
permite a interpretação de que os piroxênios foram produzidos durante o metamorfismo
progressivo, com o aumento da pressão e temperatura, utilizando a hornblenda e o
quartzo como fonte de elementos para a sua formação, juntamente com granadas
manganesíferas.
70
erosão, trouxe esse protominério retrogradado para zonas mais superficiais, onde foi
possível sofrer os processos supergênicos e transformá-lo em óxidos de manganês.
72
depositados em ambiente redutor, em função, sobretudo da presença de grafititos e de
alabanditas. Não se trata de ambiente oxidante em função da ausência de óxidos
primários, certificada pela inexistência de jacobsita (magnetita manganesífera).
73
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