2015.pesquisa Artstica
2015.pesquisa Artstica
2015.pesquisa Artstica
net/publication/318278668
CITATIONS READS
3 1,018
1 author:
Rubén López-Cano
Escola Superior de Música de Catalunya (ESMUC)
168 PUBLICATIONS 455 CITATIONS
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Rubén López-Cano on 13 January 2018.
1. Introdução
A pesquisa artística situa-se no vértice de vários pontos críticos da cultura
contemporânea.1 Entre estes, encontram-se os seguintes:
A remodelação do sistema educacional no seu conjunto, que vai desde a
emergência de novas tecnologias pedagógicas até a privatização e
mercantilização da educação em todos os seus níveis.
As discussões sobre o papel da educação, simplesmente como espaço de
instrução prática para o trabalho remunerado ou como atividade holística,
ampla, que busca a formação integral de sujeitos críticos, pensante, livres
e capazes de transformar a sociedade.
O papel da arte na sociedade como fator de elevação existencial, como
atividade de ócio ou como insumo econômico das industrias turísticas e
culturais.
O papel dos artistas em propor novos conceitos para os problemas das
sociedades contemporâneas e sua capacidade de oferecer soluções
alternativas, ou pelo menos, de propor novas perguntas, baseadas em
modos de pensamento não exclusivamente racionais.
Os limites epistêmicos das ciências convencionais para proporcionar um
conhecimento do mundo efetivo na compreensão da existência humana,
etc.
1A pesquisa artística como atividade desenvolvida nos centros de ensino superior é extremamente
contraditória. Para suas definições e discussões ver López-Cano e San Cristóbal (López-Cano e San
Cristóbal 2014).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
71
Não questiono que as obras de arte sejam entidades de conhecimento por direito
próprio e que a atividade estética seja em si mesma outra maneira de conhecer-
estar no mundo.2 Tampouco ponho em dúvida a dimensão criativa e estética da
pesquisa científica ou social, nem a “pesquisa” que realizam muitos artistas
durante seus processos criativos.3 Mas, creio que existe um problema de
ambiguidade com o conceito de pesquisa. Coloco um exemplo. Todos os dias ao
dar aulas, “examino” a minha mochila para achar o pen drive onde levo os
materiais das aulas. Entretanto, em algumas ocasiões, examino meus alunos
para avaliar seu aproveitamento nas minhas disciplinas. Fica evidente a diferença
de significado no emprego do mesmo verbo: “examinar” e examinar. No primeiro
caso, estou utilizando o verbo na sua acepção coloquial, enquanto no segundo,
me refiro a uma atividade acadêmica específica, que cumpre certos requisitos
institucionais em termos de formato, planejamento, operação e avaliação.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
72 ISSN: 2357-9978
4
Neste ensaio não me refiro à pesquisa artística que pode ser desenvolvida por profissionais fora
do âmbito das instituições de ensino superior ou de centros de pesquisa especializados.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
73
Por esta perspectiva, nem toda criação artística implica numa pesquisa tal e
como estamos delimitando o termo. Para isto deveria cumprir certos requisitos.
Henk Borgdorff assinala os seguintes:
Esta definição requer um exame mais detalhado. Por um lado, observamos que
um dos seus requisitos é o desejo expresso de produzir um conhecimento novo e
que esse conhecimento possa colaborar para satisfazer as necessidades próprias
do meio artístico. Da mesma maneira, como em qualquer tipo de pesquisa, seus
processos e resultados deverão estar documentados e divulgados no contexto da
comunidade interessada. No entanto, há dois elementos nesta aproximação de
Borgdorff que podem resultar mais problemáticos. Esta modalidade de pesquisa
está fortemente vinculada a alguma produção artística como resultado de
processos criativos. Deste modo, a pesquisa se realiza “em e através” dos
mesmos objetos e processos que formam parte dos produtos da pesquisa. São,
ao mesmo tempo, o meio e o resultado da investigação. Da mesma maneira, os
métodos de pesquisa tendem a revelar, tornar explícitos ou pelo menos
organizar, os conhecimentos tácitos encarnados nestas obras e processos. Estes
elementos outorgam complexidade ao processo e ao resultado da pesquisa
artística.
Florian Dombois, sugere que, tendo a ciência explicado o mundo de maneira bem
sucedida, mas não exaustiva, requer-se agora uma alternativa de conhecimento
que focalize os aspectos ignorados ou negados pela própria ciência (citado em
Borgdorff, 2013, p. 158). Uma dessas alternativas é a pesquisa artística.
Entretanto, o tipo de pesquisa desenvolvida no terreno musical não se
caracteriza por retomar perguntas, inquietudes e problemas atuais, da maneira
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
74 ISSN: 2357-9978
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
75
performance (Juslin, 2001; Clarke, 2004; Bowen, 2008; Cook, 2010; Leech-
Wilkinson, 2010). No entanto, ao contrário desta, a pesquisa artística se
interessa nestes campos não para descreve-los ou analisa-los, senão para
informar criticamente a própria interpretação do pesquisador. É conhecimento
orientado para a ação.
7Ver o trabalho de reconstrução da prática do baixo continuo para a viola da gamba e o violoncelo
de R. Smith (2009).
8Ver, por exemplo, o texto de Jan (Schacher, 2013) sobre o impacto do trabalho com tecnologia e
corporeidade; a reflexão sobre a colaboração entre instrumentista e compositores de Stefan
Östersjö, (López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 240) ou as conceptualizações sobre os elementos
da performance em diversas artes cênicas no trabalho de Pedro González (López-Cano e San
Cristóbal, 2014, p. 114, 117, 171, 176, 179, 181).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
76 ISSN: 2357-9978
9Para bons exemplos deste tipo de pesquisas ver Around a Rondo de Stephen Emmerson (López-
Cano e San Cristóbal, 2014, p. 222-223); De la repetition au concert de Remy Campos (López
Cano, 2013) ou La pronuntiatio musicale une interprétation rhétorique au service de Händel,
Montéclair, C. P. E. Bach et Telemann de Rafael (Palacios Quiroz, 2012).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
77
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
78 ISSN: 2357-9978
como modelo para novas experiências similares. A prazo médio, a revisão crítica
de vários trabalhos pode dar lugar a novos métodos desenvolvidos
exclusivamente para o meio musical.
13Em alguns centros de ensino de arte dramática, este trabalho escrito pode ser substituído por
registros audiovisuais. Na música ainda não existe essa opção. A norma geral é que a defesa
adquira a forma de comunicação ou apresentação oral, mas em alguns lugares se realiza na
maneira de masterclass, workshop ou palestra-concerto.
14 A “pergunta inicial de pesquisa” é um conceito técnico que designa a ou as perguntas de
pesquisa principais, as quais o trabalho pretende responder. Não se refere necessariamente às
primeiras preocupações que aparecem cronologicamente no início do processo. Ver a seção 6 -
Problema ou pergunta de investigação (López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 69-82).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
79
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
80 ISSN: 2357-9978
Esta distribuição gnosiológica pode ser desigual em cada caso e pode ser que a
carga de conhecimento se concentre ou desapareça em algum elemento mais do
que em outro.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
81
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
82 ISSN: 2357-9978
Por outro lado, é bem conhecido que as inferências realizadas na maioria das
ciências humanas, como a filosofia, história, filologia e as ciências sociais, como
a antropologia, não se fundamentam em operações lógicas estáveis, bem
definidas e suscetíveis de serem reconstruídas logicamente, passo-a-passo, por
meio de operações lógicas clássicas. Estas áreas agem por interpretações
baseadas na inteligência emocional e subjetiva, por meio da empatia e dos
princípios hermenêuticos que orientam a interpretação. Entre estes, podemos
mencionar: o círculo hermenêutico, os critérios de autoridade e a tradição, a
economia interpretativa (a interpretação mais simples é a melhor), a
consistência do mesmo princípio de interpretação aplicados em outros casos, a
força persuasiva do discurso com o qual se argumenta, etc. (Mardones, 1991).
Muitos destes critérios são considerados pela lógica clássica como “falácias”, mas
as ciências duras também recorrem a eles, ocasionalmente.
15 Ou através da lógica conídica como foi chamada por Cornelius (Castoriadis, 1999, p. 273).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
83
7. Conhecimento formal
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
84 ISSN: 2357-9978
17 Ver The reception of 19th century opera and implications for today’s performers de Massimo
Zicari (López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 88-89) ou Viajeros románticos en el flamenco de
Isabelle Laudenbach (López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 92).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
85
18 Similar àquilo que Borgdorff chama perspectiva performativa (Borgdorff, 2012, p. 38) embora
ele lhe atribua alguns elementos distintos.
19 Sobre os componentes e características do conhecimento intuitivo, ver (Hogarth 2002). É
indispensável uma análise mais detalhada sobre qual é o conhecimento desenvolvido na pesquisa
artística.
20 Lembre-se que a ostentação é um modo de pensamento que comunica um saber demonstrando
um exemplo do mesmo. À pergunta, o que é um lápis? respondemos mostrando um exemplar sem
utilizar definições técnicas.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
86 ISSN: 2357-9978
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
87
vivo das ações referidas. Pode-se inclusive representar por meios audiovisuais
com voz em off ou legendas.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
88 ISSN: 2357-9978
22É o caso de El violoncello en imágenes de Marta Requena (López-Cano e San Cristóbal, 2014, p.
214).
23 Como observamos, também o conhecimento processual pode produzir este tipo de
conhecimento. Precisamos lembrar que algumas performances não pretendem ser o lugar de
fixação do conhecimento, senão espaços para a experimentação donde se produz o conhecimento.
Ver o projeto Tangencias (Tendências) de Pedro González (López-Cano e San Cristóbal, 2014, p.
114, 117, 171, 176, 179, 181). Tangencias (ESMuC 2014) de Pedro González. Disponível em:
https://youtu.be/I6dUjl1ths4. Acesso em: 28 maio 2015.
24Frequentemente a análise dá lugar ao conhecimento proposicional. Se a análise é mais imediata
e intuitiva poderia gerar conhecimento processual. A análise também produz conhecimento
implícito em outros níveis da experiência analítica.
25Em relação ao conhecimento discursivo ou às ações, os objetos artísticos podem exemplificar,
ampliar, complementar, matizar ou inclusive negar (deliberada ou involuntariamente), os
conhecimentos verbais ou práticos.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
89
Nas ocasiões nas quais não se possa verbalizar alguns aspectos da interpretação
resultante, podem ser utilizados os meios ostensivos. Por exemplo, a
comparação com outras interpretações ou a exegese inter-semiótica, onde
outros objetos artísticos colaboram para compreender a interpretação. Às vezes,
26Ver o projeto Open Artist & Dear Audience de Anu Vehviläinen (Polifonia Research Working
Group 2010, p. 30; López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 121) e The Piano Sonata in
Contemporary Music: A Practical and Analytical Study de Alessandro Cervino (Polifonia Research
Working Group 2010, p. 60; López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 132-133).
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
90 ISSN: 2357-9978
10. Conclusões
27 Ver o projeto Requiem por la muerte del yo artista de Adrián Blanco (López-Cano e San
Cristóbal, 2014, p. 191-192) ou Merging cultures: Manga and Classical music de Misaki Yamada
(López-Cano e San Cristóbal, 2014, p. 214). Requiem por la muerte del yo artista. Trabalho de
conclusão de curso (ESMuC 2013) de Adrián Blanco (Fragmento de pista de vídeo (com som guia)
projetado durante a performance ao vivo). Disponível em: https://youtu.be/cWZMF16EytI.
Acesso em: 28 maio 2015.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
91
Referencias
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
92 ISSN: 2357-9978
CLARKE, Eric. Empirical methods in the study of performance. In: CLARKE, Eric;
COOK, Nicholas (Ed.). Empirical musicology: Aims, methods, prospects. Oxford:
Oxford University Press, 2004, p. 77-102.
COOK, Nicholas. 2010. The Ghost in the Machine: Towards a Musicology of
Recordings. Musicae Scientiae v. 14, n. 2, p. 3-21.
DESAIN, Peter; HONING, Henkjan. HONING. The formation of rhythmic
categories and metric priming. Perception v. 32, n. 3, p. 341-66, 2003.
GODØY, Rolf Inge; LEMAN, Marc (Ed.). Musical Gestures: Sound, Movement, and
Meaning. London; New York: Routledge, 2010.
HASEMAN, Brad. A Manifesto for Performative Research. Media International
Australia incorporating Culture and Policy, n. 118, 2006, p. 98-106.
HEIDER, Eleanor Rosch. 1972. Probabilities, sampling, and ethnographic method:
The case of Dani colour names. Man, 1972, p. 448-466.
HEIDER, Eleanor Rosch; OLIVIER, Donald C. The structure of the color space in
naming and memory for two languages. Cognitive Psychology v. 3, n. 2, 1972, p.
337-354.
HOGARTH, Robin M. Educar la intuición: el desarrollo del sexto sentido.
Barcelona: Paidós, 2002.
JOHNSON, Mark. The Body in the Mind : The Bodily Basis of Meaning,
Imagination, and Reason. Chicago: University of Chicago Press, 1997.
______. The Meaning of the Body : Aesthetics of Human Understanding.
Chicago: University of Chicago Press, 2007.
JUSLIN, Patrik N. 2001. Communicating emotion in music performance: A review
and a theoretical framework. In: SLOBODA, John; JUSLIN, Patrick (Ed.). Music
and emotion: Theory and research. Series in affective science. New York, NY,
US: Oxford University Press, 2001, p. 309-337.
LAKOFF, George. Women, Fire, and Dangerous Things : What Categories Reveal
about the Mind. Chicago: University of Chicago Press, 1987.
LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metáforas de la vida cotidiana. Madrid:
Cátedra, 1998.
LAURENCE, Stephen; MARGOLIS, Eric. Concepts and cognitive science. In:
______. (Eds.). Concepts: core readings. Cambridge Mass.: MIT Press, 1999, p.
3-81.
LEECH-WILKINSON, Daniel. Performance Style in Elena Gerhardt’s Schubert
Song Recordings. Musicae Scientiae v. 14, n. 2, 2010, p. 57-84.
LÓPEZ CANO, Rubén. 2003. Setting de body in music. Gesture, schemata and
stylistic-cognitive types. In: International Conference on Music and gesture,
University of East Anglia, Norwich, United Kingdom.
______. De la Retórica a la Ciencia Cognitiva. Valladolid: Universidad de
Valladolid, 2004. Disponível em: www.lopezcano.net.
______. Performatividad y narratividad musical en la construcción social de
género. Una aplicación al Tango queer, Timba, Regetón y Sonideros. In: MUNS,
Rubén Gómez (Ed.). Música, ciudades, redes: creación musical e interacción
social. Salamanca: SIbE-Fundación Caja Duero, 2008.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
93
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)
94 ISSN: 2357-9978
SMITH, Robert. Basso Continuo Realization on the Cello and Viol. Proyecto de
Master, Amsterdam: Conservatorio de Amsterdam, 2009.
VARELA, Francisco J.; THOMPSON, Evan; ROSCH, Eleanor. De cuerpo presente:
las ciencias cognitivas y la experiencia humana. Barcelona: Gedisa, 1992.
ARJ | Brasil | V. 2, n. 1 | p. 69-94 | jan. / jun. 2015 LÓPEZ-CANO | Pesquisa artística (música)