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ELETRICIDADE BÁSICA

SAMARA RAFAELLA DE CARVALHO CHAVES

Unidade 03
Unidade 3 | Introdução

A área de eletrotécnica e eletrônica faz parte da


cadeia de produção de uma empresa. Sua principal
responsabilidade é entender e criar circuitos, fazer
a instalação elétrica de uma residência ou
indústria, fazer a manutenção de equipamentos
elétricos, acionamento de motores, aterramentos
e proteções de segurança, além de uma infinidade
de outras coisas.

Fonte: Pinheiro (2007)


Unidade 3 | Objetivos
 Identificar os principais tipos de transformadores e sensores,
compreendendo suas aplicações;

 Compreender o funcionamento dos diferentes tipos de geradores


elétricos;

 Identificar os tipos e entender o funcionamento dos motores de


corrente contínua;

 Identificar os tipos e entender o funcionamento dos motores de


corrente alternada.
Identificar os Principais Tipos de Transformadores,
Compreendendo suas Aplicações

A energia elétrica é produzida, normalmente, nas


usinas hidrelétricas por meio de geradores
capazes de transformar a energia potencial da
queda da água em energia elétrica.

Fonte: Castro e Münchow (2012)


A energia elétrica das usinas possui tensão em torno de 25 kV e essa tensão
é elevada nas linhas de transmissão, a depender da linha até 750 kV, depois
na subestação de distribuição a tensão é baixada para uma tensão menor,
por exemplo 13,8 kV, a depender da concessionária e do local.

Por fim, a energia elétrica das linhas de distribuição passa por outra
transformação para ficar no padrão de baixa tensão, por exemplo 220 V,
usados em residências, comércios e indústrias de pequeno porte. Todo esse
processo de transformação dos níveis de tensão da energia elétrica é feito
por transformadores.
Dessa forma, no transporte de energia elétrica, quanto maior a tensão,
maior a potência transmitida, porque elevando-se a tensão, a corrente
diminui e assim as perdas no transporte também são menores. Desse modo,
é possível regular a quantidade de potência transmitida apenas mudando o
nível de tensão ao longo do sistema, o que é realizado de modo simples em
circuitos de corrente alternada, por meio de transformadores.
Princípios Básicos

De acordo com ABNT um transformador é


definido como: um dispositivo que por meio da
indução eletromagnética, transfere energia
elétrica de um ou mais circuitos (primário) para
outro ou outros circuitos (secundário), usando a
mesma frequência, mas, geralmente, com
tensões e correntes de intensidades diferentes.
Fonte: Castro e Münchow (2012)
O transformador ideal se trata de um equipamento estático que transfere
energia elétrica, por meio da indução eletromagnética, do circuito primário
(entrada) para o circuito secundário (saída). Como se trata de um
transformador ideal, não há perdas de potência, dessa forma, mantém-se a
frequência e são alterados apenas os níveis de tensão e corrente.

As variáveis mais importantes para definir o dimensionamento de um


transformador são a corrente, a qual é responsável pelo tamanho da seção
transversal dos condutores e a tensão que é relacionada ao material
isolante usado no transformador. Os enrolamentos do primário,
normalmente de alta tensão (AT), são formados por espiras de fio fino. Já os
enrolamentos secundários, geralmente de baixa tensão, têm um número
menor de espiras, porém, o fio é mais grosso, devido à corrente no
secundário ser maior do que no primário.
Sabendo-se que o estudo dos transformadores abrange as principais
grandezas elétricas, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
designou normas nacionais de operação, construção, manutenção e uso
desses equipamentos.

De forma simplificada, os transformadores são formados de uma parte ativa


e de acessórios complementares.
Compreender o Funcionamento dos Diferentes
Tipos de Geradores Elétricos

O gerador elementar foi inventado em 1831, na


Inglaterra, por Michael Faraday e nos Estados
Unidos da América, mais ou menos na mesma
época, por Joseph Henry. Esse gerador simples
era formado de um ímã que se movimentava
dentro de uma espira, ou vice-versa, causando o
aparecimento de uma força eletromotriz captada
por um galvanômetro. Fonte: Pinheiro (2017).
O gerador de corrente alternada, como os presentes nas usinas hidrelétricas,
é atualmente o meio mais importante para a produção de energia elétrica no
país. Como já foi discutido anteriormente, a tensão alternada é utilizada no
transporte de energia elétrica, por conta da facilidade que sua amplitude
pode ser modificada com o uso de transformadores.

O tamanho dos geradores CA, também conhecidos como alternadores, é


dependente da energia que os mesmos fornecem. Na usina de Itaipu, por
exemplo, um dos 20 alternadores lá existentes, gera 700 MW e a capacidade
de carga instalada na usina é de 14 GW. Já um gerador de corrente alternada
utilizado em automóveis, normalmente, possui potência de 500 W.

Os geradores elementares, sejam de corrente contínua ou alternada,


possuem o mesmo princípio de funcionamento, distinguindo-se apenas na
maneira como a tensão induzida, a qual é sempre alternada e é coletada na
armadura.
Noções de Aplicações

Os geradores usados para a produção de energia


elétrica são do tipo geradores síncronos, os quais
são máquinas designadas a transformar a energia
mecânica em energia elétrica. A grande maioria
da energia consumida nas indústrias, residências,
comércios, entre outros, é oriunda desse tipo de
gerador.
Fonte: Pinheiro (2017).
Esse tipo de gerador também conhecido como alternador e
aproximadamente toda a energia elétrica consumida em indústrias,
comércio e resistência é suprida pelos alternadores presentes nas usinas
que produzem eletricidade.

O valor da tensão gerada por um alternador de corrente alternada é


dependente da intensidade de campo e da velocidade em que o rotor gira.
A grande maioria dos geradores de corrente alternada funciona com
velocidade constante, são os chamados geradores síncronos. O valor da
fem induzida é controlado por meio da excitação do campo.
Identificar os Tipos e Entender o Funcionamento
de Motores de Corrente Contínua

Os motores elétricos são máquinas que


convertem energia elétrica em energia mecânica,
normalmente energia cinética. Logo, ao
conectarmos um motor em uma rede de energia
elétrica, esse irá absorver uma certa quantidade
de potência elétrica e em troca, é capaz de Fonte: Fuentes (2005).

acionar uma dada carga.


O processo de conversão de energia em um motor elétrico é semelhante
ao que ocorre em um motor a gasolina. Nesse último, também conhecido
como motor à explosão, a energia oriunda da queima do combustível é
usada para movimentar o veículo. Em um motor elétrico, o combustível é
a energia elétrica.

Os motores elétricos podem ser classificados de acordo com o tipo de


alimentação dos mesmos, ou seja:

• Motores de corrente contínua (CC): são aqueles em que é possível


controlar a velocidade de maneira precisa. Esses motores necessitam
de uma fonte de corrente contínua, de algum tipo de retificador para
converter a corrente alternada comum em contínua.
• Motores de corrente alternada (CA): devido ao seu menor custo em relação
aos anteriores e por conta da energia elétrica ser normalmente do tipo
corrente alternada, são os motores mais utilizados. Esse tipo de motor é
encontrado em refrigeradores domésticos, máquinas, ferramentas e uma
infinidade de outras aplicações.

• Fonte de alimentação: corrente contínua ou alternada, quantidade de fases,


nível de tensão, frequência etc.

• Condições ambientais: altitude, temperatura, agressividade etc.

• Necessidades da carga e condições de serviço: potência necessária, rotação,


ciclos de operação, esforços mecânicos etc.

• Consumo e manutenção: é comum mudar de acordo com os interesses


econômicos e as perspectivas de curto ou longo prazo.

• Formas de controle: torque, velocidade, posição e corrente de partida.


Características Construtivas do Motor CC

Para fins didáticos, pode-se subdividir o motor de


corrente contínua (ou alternada) em duas partes
diferentes, a primeira é chamada de estator ou
campo e é fixa, a segunda é o rotor ou armadura
e é móvel.

Fonte: Fuentes (2005).


Confira a seguir os principais componentes de um motor de corrente
contínua e suas respectivas funções.

• Estator ou campo: trata-se da parte física do motor, que é formado por:


carcaça, polos de excitação, polos de comutação, enrolamento de
compensação, conjunto porta escova e escovas.

• Rotor ou armadura: trata-se da parte móvel do motor, que é conectada


ao eixo de transmissão de movimento. O rotor tem um conjunto de
lâminas de aço e silício contendo ranhuras, em que são instalados os
fios condutores da bobina do rotor. Os terminais do enrolamento, ou
bobinas, estão em contato elétrico com as lâminas do comutador:
comutador ou coletor e eixo.
• Em motores CC, as bobinas são usadas para produzir o campo
magnético estatórico. Possuem características diversificadas, conforme
com o tipo de excitação, possibilitando a divisão dos motores de
corrente contínua em diversas categorias.

• Motores auto excitados: Motor com excitação em série, motor com


excitação em paralelo ou shunt e motor com excitação composta ou
série-paralela.

• Motores com excitação independe: nesse tipo de motor, as bobinas de


campo possuem propriedades parecidas com as do motor shunt e elas
são alimentadas por uma fonte de tensão de corrente contínua
independente.
Há vários tipos de alimentação para um motor de corrente contínua,
contudo, para se conseguir uma tensão CC variável, os métodos mais
utilizados são: chaves de partida, sistema ward-leonard e conversores
estáticos.

Há também vantagens e desvantagens dos motores de corrente contínua e


alguns fatores são determinantes para a escolha desse tipo de motor.
Identificar os Tipos e Entender o Funcionamento
dos Motores de Corrente Alternada

Normalmente, as redes públicas de distribuição


de energia elétrica disponibilizam a tensão em
duas modalidades básicas: fontes de tensão
monofásica e trifásica. Dito isso, os motores de
corrente alternada são divididos em dois grupos,
de acordo com sua operação sob alimentação
monofásica ou trifásica.
Fonte: Pinheiro (2007).
Os motores monofásicos são usados em aplicações em que só se dispõe da
fonte monofásica de energia, a exemplo da grande maioria das instalações
elétricas residenciais, comércios e indústrias de pequeno porte, porque
nesse tipo de instalação as necessidades de potência são relativamente
pequenas, da ordem de 5 CV no eixo do motor. Dessa forma, bombas de
água, aparelhos de ar condicionado, acionamentos industriais de pequeno
porte são exemplos de aplicações com motores monofásicos.

Já os motores de corrente alternada trifásicos são mais importantes do


ponto de vista da engenharia, porque esses motores são de maior porte e
são mais frequentemente usados em aplicações de potência elevada,
como em indústrias de médio e grande porte, comércios maiores e outros
tipos de instalações destinadas a um maior uso de energia elétrica.
Motores Universais

Os motores universais recebem esse nome


porque permitem a ligação em corrente
alternada ou contínua, devido a seu rotor e
estator serem constituídos de chapas de ferro e
silício, as quais restringem ao mínimo os efeitos
térmicos causados pelas correntes induzidas nas
massas metálicas quando está sob a influência de
um campo magnético variável.
Fonte: SENAI (1997).
O estator do motor universal possui ranhuras em que estão localizadas as
bobinas de campo necessárias para gerar o campo indutor. Já nas
ranhuras do rotor, as bobinas induzidas são enroladas diretamente e seus
terminais são conectados nas lâminas formadoras do coletor.

O motor de indução trifásico é formado de um estator com ranhuras em


seu interior, em que estão situadas várias bobinas perfeitamente isoladas
entre si e de massa estatórica, as quais estão adequadamente distribuídas
e conectadas, originando três circuitos distintos e simétricos, denominados
de fases.
Uma das vantagens dos motores de indução em relação aos motores
síncronos é a possibilidade de acionamento com carga, além de serem
simples, robustos, de bom rendimento e arranque próprio.

O motor síncrono trifásico gira na mesma velocidade do campo magnético


girante, possuí alto rendimento, mas é um motor mais caro e de aplicação
mais restrita, sendo utilizado na maioria das vezes para correção de fator
de potência da instalação.

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