Apostila de Bioquímica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 41

Bioquímica Experimental

BIOQUÍMICA
EXPERIMENTAL
Professores
Ms. Fernando Medeiros Bastos
Dra. Sabrina Fonseca Ingênito Moreira Dantas

Nome do aluno:

Curso:

1
Bioquímica Experimental

SUMÁRIO

MODELO PARA ELABORAR O RELATÓRIO....................................................................... 03

AULA PRÁTICA Nº 1: INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO............................................05

AULA PRÁTICA Nº 2: VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS USADOS NO LABORATÓRIO


DE BIOQUÍMICA............................................................................................................................10

AULA PRÁTICA N° 3: PIPETAGEM E PREPARO DE SOLUÇÕES ..............................14

AULA PRÁTICA N° 4: PREPARAÇÃO DE SOLUÇÃO TAMPÃO E COMPROVAÇÃO DE


SEU EFEITO ......................................................................................................................17

AULA PRÁTICA Nº 5: TITULAÇÃO DE AMINOÁCIDOS ................................................21

AULA PRÁTICA N° 6: CARACTERIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS....................................24

AULA PRÁTICA N° 7: REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS.......................27

AULA PRÁTICA Nº 8: DETERMINAÇÃO DO PONTO ISOELÉTRICO DA


CASEÍNA............................................................................................................................30

AULA PRÁTICA Nº 9: DEMONSTRAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA......................30

AULA PRÁTICA N° 10: HIDRÓLISE ÁCIDA DO AMIDO.................................................34

AULA PRÁTICA N° 11: AÇÚCARES REDUTORES ........................................................37

AULA PRÁTICA N° 12: EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE LIPÍDEOS DE


SEMENTE DE SOJA..........................................................................................................39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................41

2
Bioquímica Experimental

MODELO PARA ELABORAR O RELATÓRIO

Deve conter os seguintes itens:

Capa:
UNIFAN - Faculdade Alfredo Nasser
Disciplina:
Professor:
Curso:
Título da prática experimental executada;

Nome dos alunos em ordem alfabética

Cidade/data

Para cada experimento deve-se seguir o esquema abaixo:


I- Fundamentos Teóricos
II- Material e Métodos
III- Resultados Observados
IV- Discussão e Interpretação dos Resultados
V- Conclusão
VI- Bibliografia

Fundamentos Teóricos: Esta parte é dedicada a consultas bibliográficas expondo dados


existentes na literatura especializada, que fundamentem melhor o assunto a ser tratado
na parte experimental.

Material e Métodos: Relaciona-se aqui o material utilizado, incluindo reagentes e


vidrarias. A respeito dos reagentes, é importante citar sua concentração e os cálculos
necessários para a sua concentração. O método deve ser descrito e o aluno não deve
limitar-se a copiar o procedimento do roteiro, mais sim detalhá-lo melhor, descrevendo-o,
e até ilustrando, quando possível, cada etapa do experimento.

Resultados Observados: Nesse item, é preciso anotar cuidadosamente todas as


mudanças observadas, não desprezando nenhum pormenor, pois os pormenores podem

3
Bioquímica Experimental

ser importantes na interpretação dos resultados. Estes devem ser lançados em tabelas ou
gráficos de forma a facilitar sua observação com um todo.

Discussão e Interpretação dos Resultados: A interpretação fundamenta o resultado,


tendo por base conhecimentos anteriores. É muito importante evidenciá-lo quimicamente,
escrevendo as fórmulas dos reagentes implicados e seus eventuais produtos.

Conclusão: Esta é a etapa que finaliza a discussão de forma objetiva e clara. É a síntese
do experimento em que são enfatizados os dados, que fundamentam o objetivo, se este
estiver sido plenamente alcançando.

Bibliografia: As referências bibliográficas são fundamentais em qualquer relatório, pois


só podemos chegar a alguma conclusão após consultas em livros, artigos científicos, etc.
Ela deve ser completa, evidenciando nome da obra, autor, edição, editora, ano de
publicação. No caso de artigo, é necessário que seja destacada a revista ou jornal onde
tenha sido publicado e as páginas onde se encontra.

Exemplo: Livro de ARTHUR ISRAEL VOGEL - Química Analítica Qualitativa:


Vogel, A. I. Química Analítica Qualitativa, 6a edição, Editora Livros Técnicos Científicos,
Rio de Janeiro, 2002.
Exemplo site:
1) Disponível em: <www.yahoo.com.br>
Acesso em 04/06/2008 às 9:49h

Essa data de acesso deve ser colocada a última que foi aberto o site.
A hora não é obrigatório.

2) Autor / editor (data de publicação ou última revisão), "Título do documento", Título da


Página, Disponível HTTP: endereço electrónico (data de acesso).

SPARKS, Colin (20 Setembro 2002), "The Internet and the Mass Media - The
Development of Online Newspapers ", COST Action A20
THE IMPACT OF THE INTERNET ON THE MASS MEDIA IN EUROPE,
Disponível HTTP: http://cost-a20.iscte.pt/Development_Online_Newspapers.ppt (Março
2002).

4
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA Nº 1: INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO

Normas de segurança para o laboratório de Bioquímica

SEGURANÇA é um assunto de máxima importância e especial atenção deve ser


dada às medidas de segurança pessoal e coletiva em laboratório. Embora não seja
possível enumerar aqui todas as causas de possíveis acidentes num laboratório, existem
certos cuidados básicos, decorrentes do uso de bom senso, que devem ser observados:

1. Siga rigorosamente as instruções fornecidas pelo professor;


2. Trabalhar com atenção, método, calma e seriedade;
3. Nunca trabalhe sozinho no laboratório;
4. Realizar somente os experimentos indicados em aula; previamente elaborados pelos
professores e testados pelos funcionários e monitores. O laboratório didático não é local
para experimentação ao acaso;
5. Não se aventurar a realizar um experimento ou utilizar um equipamento sem o prévio
conhecimento da técnica e dos prováveis riscos;
6. Ler atentamente os roteiros de aulas e os rótulos dos reagentes;
7. Não brinque no laboratório;
8. Comunicar aos professores qualquer acidente pessoal e danos nos materiais ou
aparelhos;
9. Encare todos os produtos químicos como venenos em potencial, enquanto não verificar
sua inocuidade, consultando a literatura especializada;
10. Não fume no laboratório;
11. Não beba nem coma no laboratório;
12. Durante a sua permanência dentro do laboratório use sempre óculos de proteção,
principalmente durante as atividades que apresentem riscos;
13. Use avental apropriado;
14. Caso tenha cabelo comprido, mantenha-o preso durante a realização dos
experimentos;
15. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter, por
exemplo) próximos à chama;
16. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis expostos ao sol;
17. Evite contato de qualquer substância com a pele;
18. Trabalhe calçado e nunca de sandálias;

5
Bioquímica Experimental

19. Não coloque sobre a bancada de laboratório bolsas, agasalhos ou qualquer material
estranho ao trabalho que estiver realizando;
20. Não use lentes de contato;
21. Conhecer o local e a forma de utilização dos equipamentos de segurança;
22. Permanecer no seu local de trabalho e manter uma postura profissional coerente com
o ambiente;
23. Saiba a localização e como utilizar o chuveiro de emergência, extintores de incêndio e
lavadores de olhos.

B - Princípios gerais de técnica


1. Use sempre uma pipeta para cada reagente a fim de evitar contaminações;
2. Evite as trocas de rolhas dos reagentes;
3. Não troque os reagentes de uma mesa para outra;
4. Para aquecer o tubo de ensaio na chama direta (no bico de Bunsen) observe se o tubo
está externamente seco, caso contrário, seque o mesmo antes de efetuar a operação.
Para que o tubo seja uniformemente aquecido, utilize pinças especiais ou um anel de
papel, e mantenha o tubo em constante agitação. Nunca dirija a boca do tubo em direção
a si mesmo, ou ao colega, pois poderá ocorrer um esguicho e com isto atingi-lo;
5. Espere sempre que o vidro quente volte a esfriar antes de pegá-lo. Lembre-se, o vidro
quente parece sempre estar frio;
6. Terminado o uso do bico de Bunsen, verifique se as torneiras do gás estão bem
fechadas, evitando assim explosões e intoxicações;
7. Nunca deixe ou abra frascos de líquidos inflamáveis (éter, álcool, acetona, benzeno,
etc.), nas proximidades de chamas;
8. Leia duas vezes o rótulo dos frascos de reativos, antes de utilizá-los;
9. Nunca devolva a solução para o frasco estoque, porque pode estar contaminada;
10. Antes de introduzir pipetas nas soluções certifique-se de que estão limpas;
11. Para preparar soluções de ácidos fortes (sulfúrico, clorídrico, nítrico, etc.), verter
sempre o ácido sobre a água, nunca a água sobre o ácido, porque provoca reação
exotérmica violenta;
12. Para o preparo das soluções alcalinas (NaOH, KOH, etc) tome bastante precaução
pois a reação é exotérmica e corrosiva. Mantenha o frasco em banho de gelo para evitar
quebras. Não aspirar os vapores desprendidos.
13. Para verificar o odor da substância, nunca leve o rosto diretamente sobre o frasco.

6
Bioquímica Experimental

14. Quando preparar soluções alcoólicas, o álcool e a água devem ser medidos
separadamente, e depois reunidos, porque há diminuição do.volume total.
15. O material volumétrico vem calibrado com água destilada a uma dada temperatura,
conforme vem registrado (15, 20, 25°C).
16. Uso das pipetas: para volumes entre 0 e 1 ml usar pipeta de 1 ml graduada ao
centésimo. Entre 1 e 2 ml usar pipeta de 2 ml graduada ao centésimo. Entre 2 e 5 ml usar
pipeta de 5 ml graduada ao décimo. Entre 5 e 10 ml usar pipeta de 10 ml graduada ao
décimo.
17. As pipetas volumétricas são de maior precisão e são utilizados para preparo de
soluções padrões, normais e molares.
18. O líquido no interior da vidraria forma menisco. A leitura deve ser feita na parte inferior
do menisco, e na altura da linha dos olhos.
19. Para medir substâncias corrosivas ou tóxicas, obturar a extremidade superior da
pipeta com um pouco de algodão, ou usar uma bureta, que é mais seguro.
Recomenda-se também o uso das pipetas automáticas.
20. Quando pipetar sangue, ácido concentrado ou soluções alcalinas concentradas lavar
imediatamente com água o material utilizado.
21. Experimentos em andamento devem apresentar anotações indicando o procedimento
em caso de acidente.
22. Não utilize material de vidro quebrado, rachado ou com defeito, principalmente para
aquecimento ou em sistemas com vácuo.
23. Não deixe vidraria ou qualquer equipamento quente sobre a bancada sem o devido
aviso.
24. Enxugue e lave qualquer local onde cair reagente.
25. O laboratório deve estar sempre limpo e arrumado, corredores e saídas
desobstruídas, chão e bancadas secas.
26. Nunca jogue papéis, fósforo ou qualquer sólido na pia.
27. Reagentes não tratados ou insolúveis não devem ser jogados na pia. Solventes
clorados e não clorados devem ser armazenados em frascos separados.
28. As mangueiras e conexões em geral são causas freqüentes de acidentes. Verifique-as
constantemente para prevenir vazamentos.
29. Todas as experiências que envolvem a liberação de gases e/ou vapores tóxicos
devem ser realizadas na câmara de exaustão (capela).
30. Nunca pipete líquidos cáusticos ou tóxicos com a boca, utilize pipetadores.
31. Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos.

7
Bioquímica Experimental

32. Não jogue resíduos de solventes na pia ou ralo; há recipientes apropriados para isso.
33. Não jogue vidro quebrado ou lixo de qualquer espécie nas caixas de areia. Também
não jogue vidro quebrado no lixo comum. Deve haver um recipiente especifico para
fragmentos de vidro.
34. Caindo produto químico nos olhos, boca ou pele, lave abundantemente com água. A
seguir, procure o tratamento especifico para cada caso.
35. Nunca teste um produto químico pelo sabor (por mais apetitoso que ele possa
parecer).
36. Não é aconselhável testar um produto químico pelo odor, porém caso seja necessário,
não coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para a sua direção, os vapores
que se desprendem do frasco.
37. Se algum ácido ou produto químico for derramado, lave o local imediatamente.
38. Verifique se os cilindros contendo gases sob pressão estão presos com correntes ou
cintas.
39. Consulte o professor antes de fazer qualquer modificação no andamento da
experiência e na quantidade de reagentes a serem usados.
40. Caso esteja usando um aparelho pela primeira vez, leia sempre o manual antes.
41. Não aqueça líquidos inflamáveis em chama direta.
42. Lubrifique tubos de vidro, termômetros, etc., antes de inseri-los em rolhas e proteja
sempre as mãos com um pano.
43. Antes de usar qualquer reagente, leia cuidadosamente o rótulo do frasco para ter
certeza de que aquele é o reagente desejado.
44. Verifique se as conexões e ligações estão seguras antes de iniciar uma reação
química.
45. Abra frascos o mais longe possível do rosto e evite aspirar ar naquele exato momento.
46. Apague sempre os bicos de gás que não estiverem em uso.
47. Nunca torne a colocar no frasco um produto retirado em excesso e não usado. Ele
pode ter sido contaminado.
48. Não armazene substâncias oxidantes próximas a líquidos voláteis e inflamáveis.
49. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento
prolongado ou que libere grande quantidade de energia.
50. Cuidado ao aquecer vidro em chama: o vidro quente tem exatamente a mesma
aparência do frio.
51. No final de cada aula, limpe todo o material: Passe água de torneira nos tubos e
outros materiais utilizados.

8
Bioquímica Experimental

52. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas.


Desligue todos os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e lave as mãos.

EM CASO DE DÚVIDAS SEMPRE CONSULTAR O PROFESSOR OU O TÉCNICO DO


LABORATÓRIO!!!!

9
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA Nº 2: VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS USADOS NO LABORATÓRIO


DE BIOQUÍMICA

Tubo de ensaio Copo de Béquer


É usado para efetuar reações Recipiente usado em reações,
com pequenas quantidades de dissolução de substâncias,
reagentes. Pode ser aquecido aquecimentos de líquidos, etc.
diretamente na chama do bico Para levá-lo ao fogo, use tripé
de Bunsen, com cuidado. com a proteção da tela de
amianto.

Erlenmeyer Cristalizador
Empregado na dissolução de São de vidro, possuem
substâncias, nas reações grande superfície que faz com
químicas, no aquecimento de que o solvente evapore com
líquidos e nas titulações. Sua maior rapidez. São
capacidade é variável. empregados na cristalização
em geral.

Pipetas Proveta
As pipetas são utilizadas para É empregada nas medições
transferências precisas de volumes aproximadas de volumes de
de líquidos. Existem dois tipos de
pipetas: 1) As pipetas graduadas
líquidos. Há provetas cuja
(mais finas) permitem medir capacidade varia de 5 mL a
volumes variáveis de líquidos. 2.000 mL. Nunca deve ser
2) As pipetas volumétricas( com aquecida.
bulbos), não são graduadas e só
permitem medir um volume único
de líquido.

Bureta Kitassato
Consiste de um tubo cilíndrico É utilizado para efetuar
graduado e apresenta na parte filtrações a vácuo.
inferior uma torneira de vidro
controladora da vazão. É
empregada especificamente
nas titulações.

Balão volumétrico Balão com saída lateral


Possui um traço de aferição no É mais utilizado para efetuar
gargalo que é longo e é usado destilações simples. A saída
no preparo de soluções que lateral por onde passa o vapor
precisam ter concentrações destilado, é ligada ao
definidas. Existem balões cuja condensador. Na parte
capacidade varia de 50 mL a superior coloca-se uma rolha
2.000 mL. furada, com termômetro.
Balão de fundo chato Balão de fundo redondo
Balão de vidro de volume É mais usado para o
variável, utilizado em aquecimento de líquidos e
aquecimentos, refluxos, reações com desprendimento
destilação e para a de gases.
conservação de materiais.

10
Bioquímica Experimental

Funil de vidro Vidro de relógio


Usado em transferências de Permite a pesagem de
líquidos e em filtrações de reagentes ou é utilizado para
laboratório, isto é na separação cristalizar substâncias.
das fases de misturas Também, pode ser usado
heterogêneas. para cobrir o copo de Béquer
em evaporações.

Tubos em U Frascos para reativos


Tubo recurvado em forma de U, Permitem guardar as soluções
quando preenchido com uma para armazenamento.Nos frascos
solução especial funciona como de cor âmbar são colocadas as
ponte salina permitindo a substâncias que se decompõem
passagem de íons na em presença da luz. Nos frascos
montagem de uma pilha de brancos são colocadas as
Daniell. soluções que não se decompõem
em presença da luz.

Condensador Funil de separação ou decantação


Recipiente de vidro em forma
de pêra, que possui uma
torneira. É Utilizado para
separar líquidos imiscíveis.
É empregado nos processos de Deixa-se decantar a mistura;
destilação. Sua finalidade é a seguir abre-se a torneira
condensar os vapores do deixando escoar a fase mais
líquido. É refrigerado a água. densa.

Almorafiz de porcelana com pistilo Funil de büchner


São utilizados para triturar e São recipientes de porcelana
pulverizar sólidos. de diferentes diâmetros, na
sua parte interna se coloca
um disco de papel de filtro.
Assim, é utilizado para
realizar filtrações a vácuo.

Cápsula de porcelana Cadinho de porcelana


Usada em evaporações, Usado para o aquecimento a
dissoluções a quente, seco (calcinação), na
calcinação, secagem e eliminação de substâncias
aquecimentos. orgânicas, secagem e fusões,
no bico de Bunsen ou mufla.
Desecador Bastão de vidro
É usado para guardar O bastão de vidro é utilizado
substâncias em ambiente com para agitar substâncias
pouco teor de umidade. facilitando a homogeneização.
Auxilia também na
transferência de um líquido de
um recipiente para outro.

Suporte Universal Mufa


É um suporte de ferro que É um adaptador do suporte
permite sustentar vários outros universal e de outros
utensílio como argolas, garras, utensílios.
etc.

Garra metálica Pinça metálica ou Tenaz

11
Bioquímica Experimental

Estas garras permitem Pinças metálicas são usadas


sustentar outros objetos nos para segurar, cadinhos,
suportes. cápsulas, etc., quando
aquecidos.

Pinça de Mohr Anel metálico ou argola


Esta pinça é muito utilizada É um anel metálico que se
para obstruir a passagem de adapta ao suporte universal.
um líquido ou gás que passa Serve como suporte para a
através de tubos flexíveis. tela de amianto, funil de
separação, funil simples, etc.

Triângulo de porcelana Tripé de ferro


Usado para sustentar cadinhos Usado para sustentar a tela
de porcelana em aquecimentos de amianto ou o triângulo de
diretamente no bico de Bunsen porcelana.
durante uma calcinação. Fica
sobre a argola ou tripé

Tela de amianto Colher de deflagração


Usado para sustentar frascos Se utiliza para realizar
de vidro que vão ao pequenas combustões de
aquecimento, pois distribuí substâncias ou observar o
uniformemente o calor tipo de chama, reação, etc.
proveniente das chamas do
bico de Bunsen, evitando
assim,que se quebrem

Bico de Bunsen Frasco lavador ou pisseta


É a fonte de aquecimento mais É empregada na lavagem de
empregada em laboratório. recipientes por meio de jatos
Apresenta uma base, um tubo de água ou de outros
cilíndrico, um anel móvel e uma solventes. O mais utilizado é
válvula. Para se fazer um bom o de plástico pois é prático e
aquecimento deve-se regular a seguro.
entrada de ar através do anel
móvel. A chama do bico deve
ser a azul (oxidante) pois não
deixa resíduos nos materiais.

Estante para tubos de ensaio Espátula


Suporte de madeira ou metal, Permite retirar substâncias
de vários tamanhos.É utilizada sólidas de frascos. É
como suporte para tubos de confeccionada em osso,
ensaio. porcelana ou metal.

Banho Maria Furador de rolhas


É um dispositivo que permite É um utensílio que permite
aquecer substâncias de forma produzir orifícios de diferentes
indireta(banho-maria), ou seja, diâmetros em rolhas de
que não podem ser expostas a cortiça ou de borracha.
fogo direto.

12
Bioquímica Experimental

Trompa d água Pinça ou Garra de madeira


Equipamento que, ligado a uma Usada para segurar tubos de
torneira, faz sucção nas ensaio durante o aquecimento
filtrações a vácuo. direto no bico de Bunsen.
evitando queimaduras nos
dedos.

Escova para tubo de ensaio Mufla


Permite lavar tubos de ensaio. É um tipo de estufa que
permite calcinar materiais.

Balança comum Balança analítica


É um instrumento que permite É um instrumento que tem
aferir massas de substâncias, uma grande sensibilidade de
sua sensibilidade pode chegar pesagem algumas chegam a
até 0,1 grama. 0,0001 grama.

Termômetro Centrífuga
É um instrumento que permite É um aparelho que acelera o
observar a temperatura que processo de decantação.
vão alcançando algumas Devido ao movimento de
substâncias que estão sendo rotação, as partículas de
aquecidas. maior densidade, por inércia,
são arremessadas para o
fundo do tubo.

Papel de filtro Capela


Papel poroso, que retém as Local fechado, dotado de um
partículas sólidas, deixando exaustor onde se realizam as
passar apenas a fase líquida. reações que liberam gases
tóxicos num laboratório.

Estufa
Aparelho elétrico utilizado para
dessecação ou secagem de
substâncias sólidas,
evaporações lentas de líquidos,
etc.

13
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA N° 3: PIPETAGEM E PREPARO DE SOLUÇÕES

- Conceitos:

Água destilada: Água que contém íons de cálcio e magnésio, chamada água dura, é
purificada por aquecimento, vaporização e posterior condensação (destilação simples), de
modo a eliminar os carbonatos, sulfatos de cálcio e magnésio dissolvidos. Água destilada
é uma água mais pura. Ela não é própria para beber, pois não possui os sais minerais
necessários para o organismo.

Água deionizada: Este termo refere-se ao processo de remoção total dos íons presentes
na água, por meio de resinas catiônicas e aniônicas.

Concentração: Indica a massa do soluto contida em um litro de solução e é expressa em


g/L. C (g/L) = m/V
Onde: C = concentração; m = massa; V= volume.

Molaridade: Indica a quantidade de substâncias do soluto contida em um litro de solução


e é expressa em mol/L. M (mol/L) = m/mol x V
Onde: M = molaridade; V= volume em litros da solução; m= massa; mol= peso molecular
em gramas.

Densidade: Indica a massa de solução que existe em uma determinada unidade de


volume. Normalmente é expressa em g/mL ou g/cm 3. D= m/V.
Onde: D= densidade; m= massa; V= volume.

Exemplo n°01: Azul de metileno 2%. Pesar 2 g de azul de metileno em uma


balança analítica, colocar em um béquer e dissolver o conteúdo em aproximadamente 50
mL de H2O destilada com auxílio de um bastão de vidro. Transferir para um balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume.

Exemplo n°02: Solução de hidróxido de sódio a 0,2M. (Peso molecular= 40)


M = n/v n= m/PM
0,2 = m/40 x 0,1 m= 0,2 x 4 m= 0,8g

14
Bioquímica Experimental

Exemplo n°03: Solução de Cloreto de sódio (NaCl) a 0,9% (Peso


molecular=58,5 ). Pesar 58,5g de azul de metileno em uma balança analítica, colocar em
um béquer e dissolver o conteúdo em aproximadamente 50 mL de H 2O destilada com
auxílio de um bastão de vidro. Transferir para um balão volumétrico de 100 mL e
completar o volume.

Objetivo: Recordar como preparar soluções e aprender a transferir pequenos volumes


com precisão utilizando a técnica de pipetagem.

Materiais e Método

Materiais
Béquer com água destilada
Pipetas graduadas de 0,5; 1; 2; 5 e 10 mL
Pipetas volumétricas
Pipetador ou pêra de sucção
Tubos de ensaio
Estante para tubos de ensaio

Reagente
Azul de metileno
Hidróxido de sódio
NaCl

Método:
É importante, antes do início do trabalho, verificar se as pipetas estão limpas e
livres de qualquer avaria.

Pipetagem com pipetas graduadas e volumétricas

Colocar água destilada em um béquer;


Colocar o pipetador ou pêra de sucção na pipeta;
Introduzir a pipeta na água destilada;
Aplicar sucção e encher a pipeta acima da marca de calibração;
Remover a pipeta da água destilada;

15
Bioquímica Experimental

Limpar com papel ou gaze. Segurar a pipeta na posição vertical e esvaziar


vagarosamente até o menisco inferior apenas toque a marca de calibração;
Tocar a ponta em um receptáculo limpo e seco para eliminar qualquer gota
pendente;
Levar a pipeta até o tubo de ensaio e na posição vertical esvaziar livremente.
Proceder à limpeza e à organização da bancada.

Pipetagem com pipetas automáticas

Ajustar o volume a ser pipetado;


Colocar a ponteira indicada para a pipeta;
Pressionar o êmbolo da pipeta até a primeira trava e aspirar a amostra dentro da
ponteira;

Pressionando o botão, ele funcionará com um êmbolo. Pressione até o primeiro


estágio para sugar o líquido e até o segundo para dispensá-lo;
Limpar com papel absorvente, tomando cuidado de não tocar no fluido da ponta;
Levar a pipeta até o tubo de ensaio e apertar o embolo até o final para descartar o
líquido;
Dispensar a ponteira utilizada em um recipiente;
Proceder à limpeza e à organização da bancada.

Resultados e conclusões: Anotar os resultados e as conclusões

Questões

1) Qual é a importância do conhecimento das vidrarias e do preparo de soluções


para o trabalho do laboratório?
2) Existe diferença entre pipetagem com pipeta graduada e a volumétrica?

16
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA Nº 4: PREPARAÇÃO DE SOLUÇÃO TAMPÃO E COMPROVAÇÃO DE


SEU EFEITO

No que diz respeito a ácidos e bases, o conceito de Brönsted-Lowry é adequado ao


estudo de pH e tampões:
Ácido: são capazes de doar prótons hidrogênio.
Bases: são capazes de receber prótons hidrogênio.
Como a água é o componente mais abundante nos sistemas biológicos, é de
esperar que ela e seus íons desempenhem um papel muito importante nesses sistemas.
Nesse sentido, recordaremos o comportamento ácido-básico da água que envolve a sua
dissociação como um eletrólito muito fraco. Sistemas biológicos ácidos e bases
provenientes do metabolismo intermediário sofrem ionização ao interagir com a água,
como doador ou aceptor de prótons de hidrogênio.
Quando os ácidos e as bases se ionizam até determinado limite em solução,
dependendo do grau de ionização são classificados como fortes e fracos. Ácidos fortes
são os que em solução diluída ionizam quase 100%. Boa parte dos metabólitos
intracelulares e macromoléculas apresentam comportamento de ácido e de bases fracas,
e, portanto, com capacidade de ionização parcial. Essa capacidade pode ser medida por
uma constante de ionização denominada Ki.

HA + H20 A- + H3O-
Ácido Base Base conj. Ácido conj

Ki= [A-] [H3O+]


[HA] [H2O]

Assim, misturas de ácidos fracos com suas respectivas bases conjugadas em


solução, ou vice-versa, constituem tampões e oferecem resistência à mudança de pH
quando adicionadas pequenas quantidades de ácido ou bases.
―Um tampão é alguma solução que resiste à mudança‖. Na linguagem química
usual, um tampão de pH é uma substância, ou mistura de substâncias, que permite às
soluções resistirem a grandes mudanças no pH quando adicionadas pequenas
quantidades de íons H+. As soluções tampões sofrem alterações de pH quando
acrescidas de íons H+ ou OH-, porém, essas alterações seriam muito maiores na ausência
do tampão.

Objetivos:

17
Bioquímica Experimental

São dois os objetivos desta aula:


1) Correlacionar os aspectos teóricos com os achados laboratoriais.

2) Verificar a importância desses conhecimentos em relação ao estado de equilíbrio


ácido-básico em sistemas biológicos.

Material e Métodos
Materiais:
Béquer, tubos de ensaio, estante para tubos de ensaio, canetas marcadoras, pipetas,
pHmetro, água destilada.

Soluções:
- Tampão Ácido Acético/Acetato de Sódio 1 mol/L pH 4,75.
- Solução de Ácido Clorídrico 0,1 mol/L.
- Solução de Hidróxido de Sódio 0,1 mol/L.

Preparo da solução de Tampão Ácido Acético/Acetato de Sódio 1mol/L pH 4,75

2.1- Preparar 100 mL de uma solução de 1mol/L de ácido Acético. Observação: este
procedimento deverá ser realizado no interior da capela.
Peso molecular: 60,05
Densidade: 1,049 g/mL
1,049 -----1 mL
60,05g---- X
X= 57,24 mL para 1mol/L
Para 100 mL— 5,724mL
Em um becker ou erlenmayer de 100mL, colocar 90mL de água destilada. Adicionar com
o auxílio de uma pipeta graduada 5,72 mL de ácido acético no erlenmayer ou becker.
Agitar suavemente e acertar para 100mL com água utilizando uma proveta de 100mL.

2.2- Preparar 100 mL de uma solução de 1mol/L de acetato de sódio.


PM - 82,03
M= m m = 1 x 82,03 x 0,1 m = 8,203 g
PM. V
X= 8,203 g em 100 mL de água

18
Bioquímica Experimental

Pesar 8,203 g de acetato de sódio, adicionar em um becker com aproximadamente 80


mL de água. Após a dissolução completa do sólido, acertar o volume da solução para
100mL com o auxílio de uma proveta de 100 mL. Passar a solução preparada para um
erlenmayer e identificá-lo.

Tampão Ácido acético/Acetato de sódio 1 mol/L pH 4,75.


Ajustar a solução 1mol/L de acetato de sódio com a solução de ácido acético 1mol/L para
pH= 4,75 com auxílio do pHmetro.

2.3- Preparo da solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L. Observação: este procedimento
deverá ser realizado no interior da capela.
PM=36,47 g T%=37%
Densidade= 1,18 g/ml
M= m m = 0,1 x 36,47 x 0,1 m = 0,3647 g
PM. V
37 g ______100g
0,3647g ______ x x= 0,98g

1mL ______ 1,18g


x _______ 0,98 g x=0,83 mL

Transferir com o auxílio de uma pipeta 0,8353 mL de HCl (PA) para um becker com 90 mL
de água. Medir a solução e acertar para 100mL com o auxílio de uma proveta de 100mL,
utilizando água destilada.

2.4- Preparo de 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,1mol/L


PM= 40 g
M= m m = 40 x 0,1 x 0,1 m= 0,4 g
PM. V

Pesar 0,4 g de hidróxido de sódio, acrescentar a um becker com aproximadamente 80 mL


de água destilada, acertar o volume , depois da completa dissolução, com o auxílio de
uma proveta de 100 mL. Separar a solução em um recipiente.

Método

Como fundamento, a capacidade tamponante pode ser expressa pelo número de moles
de H+ (ou OH-) que devem ser adicionados a um litro de solução para reduzir ou

19
Bioquímica Experimental

aumentar, no caso OH-) o pH em 1 unidade. Contudo a forma mais fácil de se visualizar a


capacidade tamponante é por meio de um gráfico, plotando o volume de ácido (ou base)
adicionado versus o pH da solução.
Assim, será adicionado HCl 0,1 M e NaOH 0,1 M no tampão ácido acético/acetato de
sódio 1mol/L pH 4,75.

Faça agora os seguintes procedimentos:


1) Separe 8 tubos de ensaio, e enumere-os de 1 a 8.
1.1) Tubo 1 e 3 adicionar 10 mL de água destilada
1.2) Tubo 2 e 4 adicionar 1 mL de solução Tampão Ácido Ácetico/ Acetato de sódio
1mol/L pH 4,75 seguido de 9 mL de água destilada.
1.3) Tubo 5, 7- Adicionar 10 mL de solução tampão pH 4,75.
1.4) Tubo 6, 8 – Adicionar 10 mL de água destilada.

2) Adicionar:
Tubos 1, 2, 5 e 6: Uma gota de NaOH, agitar e aferir o pH da solução no pHmetro.
Tubos 3, 4, 7 e 8: Duas gotas de HCl , agitar e aferir o pH

Questionário

1) Analise os resultados obtidos e discuta a capacidade tamponante do ácido acético e do


acetato comparados à da água destilada.

2) Ao considerarmos a necessidade de manutenção do pH sangüíneo pelo organismo,


qual a importância dos conhecimento adquiridos nesta atividade prática?

20
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA N° 5: TITULAÇÃO DE AMINOÁCIDOS

1. Introdução

Aminoácidos são moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono,


hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e alguns também podem conter enxofre. Os aminoácidos
são divididos em quatro partes: carbono alfa ligado a um grupo amina (NH2), grupo
carboxílico (COOH), hidrogênio e grupo radical, que é característico a cada um. Os
aminoácidos se unem através de ligações peptídicas, formando as proteínas. Para que as
células possam produzir suas proteínas, elas precisam de aminoácidos, que podem ser
obtidos a partir da alimentação ou serem fabricados pelo próprio organismo. Os
aminoácidos são moléculas anfóteras, ou seja, pode agir tanto quanto um ácido (doador
de prótons) tanto quanto uma base (receptor de prótons). Portanto, podem apresentar
grande capacidade tamponante em determinados pHs.

2. Objetivo

Elaborar experimentalmente uma curva de titulação de solução de glicina 0,02M e


observar em qual faixa de pH este aminoácido apresenta sua maior capacidade
tamponante.

3. Material e Métodos

- Solução de glicina 0,02 M


- Ácido clorídrico 1M
- Hidróxido de sódio 0,1M

3.1 - Preparo de 100 mL de uma solução de glicina 0,02 M. PM= 75,07g


M= m m = 0,02 x 75,07 x 0,1 m = 0,15 g
PM. V

Pesar 0,15 g do aminoácido glicina, acrescentar a um becker com aproximadamente 80


mL de água destilada misturar até completa dissolução e acertar o volume com o auxílio
de uma proveta de 100 mL. Separar a solução em um recipiente previamente rotulado.

21
Bioquímica Experimental

3.2 - Preparo de 100 mL de uma solução de ácido clorídrico 1M. Observação: este
procedimento deverá ser realizado no interior da capela. PM=36,47g. T%=37%.
Densidade= 1,18 g/ml
M= m m = 1 x 36,47 x 0,1 m = 3,647 g
PM. V

37 g ______100g
3,647g ______ x x= 9,8g

1mL ______ 1,18g


x _______ 9,8 g x=8,3 mL

Transferir com o auxílio de uma pipeta 8,353 mL de HCl (PA) para um becker com 90 mL
de água. Medir a solução e acertar para 100mL com o auxílio de uma proveta de 100mL,
utilizando água destilada.

3.3 - Preparo de 100 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,1 M. PM= 40 g


M= m m = 40 x 0,1 x 0,1 m= 0,4 g
PM. V

Pesar 0,4 g de hidróxido de sódio, acrescentar a um becker com aproximadamente 80 mL


de água destilada, acertar o volume , depois da completa dissolução, com o auxílio de
uma proveta de 100 mL. Separar a solução em um recipiente.

Método

1) Colocar 20 mL de solução de glicina em um frasco de erlenmeyer


2) Adicionar 1,0 mL de HCl 1M.
3) Misturar por agitação e medir pH, anotando-o no quadro abaixo
4) Lavar o eletrodo do pHmetro com água destilada e secar com papel absorvente
entre cada medida.
5) Adicionar 0,5 mL de NaOH 0,1M, misturar por agitação e medir o pH anotando o
resultado no quadro abaixo.
6) Repetir o item 5 até que o pH atinja o valor de 12.
7) Construir um gráfico de pH x Volume de NaOH 0,1 M adicionado em papel
milimetrado.

22
Bioquímica Experimental

Volume de pH Volume de pH Volume de pH


NaOH NaOH NaOH
adicionado adicionado adicionado
0 mL 7,0 mL 14,0 mL
0,5 mL 7,5 mL 14,5 mL
1,0 mL 8,0 mL 15,0 mL
1,5 mL 8,5 mL 15,5 mL
2,0 mL 9,0 mL 16,0 mL
2,5 mL 9,5 mL 16,5 mL
3,0 mL 10,0 mL 17,0 mL
3,5 mL 10,5 mL 17,5 mL
4,0 mL 11,0 mL 18,0 mL
4,5 mL 11,5 mL 18,5 mL
5,0 mL 12 mL 19,0 mL
5,5 mL 12,5 mL 19,5 mL
6 mL 13,0 mL 20,0 mL
6,5 mL 13,5 mL 20,5 mL

Questionário:

1) Calcule o pI da glicina e identifique a sua forma iônica predominante neste ponto


2) Todos os aminoácidos devem apresentar curvas de titulação semelhantes a da
glicina? Justifique a resposta.

3) Identificar a faixas tamponantes da glicina.

4) Caso a glicina ocorresse em altas concentrações no sangue ela desempenharia um


papel importante na manutenção do pH fisiológico? Justifique a sua resposta.

5) Em qual faixa de pH a glicina pode funcionar como solução tampão.

23
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA N° 6: CARACTERIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS

1. INTRODUÇÃO

O método apresentado a seguir é derivado do método do biureto (mesmo princípio


analítico), sendo recomendado para determinações de concentração de proteínas
corriqueiras. A concentração da amostra é calculada de tal forma que se pode dispensar o
uso da curva padrão

PRINCÍPIO DO MÉTODO

Soluções de polipeptídeos e proteínas, na presença de íons cúprico e em meio


alcalino, resultam em complexo de coloração arroxeada. A cor é devido a um complexo
de coordenação do átomo de cobre e quatro átomos de nitrogênio, cada um decorrente
de uma ligação peptídica. Desta forma, aminoácidos não reagem com o Biureto, sendo
necessárias, no mínimo, duas ligações peptídicas para que a reação ocorra.

C O
O C
H N N H
R C H H C R

Cu2+

O C C O

H N N H

2. MATERIAL E MÉTODOS

MATERIAIS

REATIVO DE BIURETO
NaOH: 1,86 mol/L
Tartarato de sódio e potássio: 0,32 mol/L
Sulfato de cobre: 0,188 mol/L
Iodeto de potássio: 0,3 mol/L

Guardar a 15 – 25°C por 6 meses

24
Bioquímica Experimental

MÉTODO I

1. Numerar 5 tubos de ensaio e colocar 0,5 mL de cada solução indicada abaixo:


Tubo 1 = aminoácido glicina 0,25g%
Tubo 2 = aminoácido tirosina 0,25g%
Tubo 3 = proteína ovoalbumina 1g%
Tubo 4 = amostra A
Tubo 5 = amostra B
2. Acrescentar 1,0 mL de Reativo de Biureto em cada tubo (CUIDADO)
3. Homogeneizar.
4. Observar coloração arroxeada na solução padrão de proteína e comparar com as
amostras.

RESULTADOS I

Tubo 1 = aminoácido glicina_________________________________


Tubo 2 = aminoácido tirosina________________________________
Tubo 3 = proteína ovoalbumina______________________________
Tubo 4 = amostra A_______________________________________
Tubo 5 = amostra B_______________________________________

Reação Xantoproteica

MÉTODO II

1. Numerar 6 tubos de ensaio e colocar 2,0 mL de cada solução indicada abaixo:


Tubo 1 = aminoácido glicina 0,25g%
Tubo 2 = aminoácido tirosina 0,25g%
Tubo 3 = aminoácido triptofano 0,25g%
Tubo 4 = proteína ovoalbumina 1g%
Tubo 5 = amostra A
Tubo 6 = amostra B
2. Acrescentar 1,0 mL de ácido nítrico a 20% em cada tubo (CUIDADO)
3. Homogeneizar.

25
Bioquímica Experimental

4. Aquecer se necessário, em banho-maria fervente até observar coloração amarela


nas soluções de aminoácidos aromáticos e comparar com a solução protéica e
com as amostras.

RESULTADOS II

Tubo 1 = aminoácido glicina_________________________________


Tubo 2 = aminoácido tirosina________________________________
Tubo 3 = aminoácido triptofano ______________________________
Tubo 4 = proteína ovoalbumina ______________________________
Tubo 5 = amostra A_______________________________________
Tubo 6 = amostra B_______________________________________

INTERPRETAÇÃO

Os aminoácidos tirosina e triptofano contêm anéis aromáticos com radicais orto-


para dirigentes que reagem com ácido nítrico formando compostos nitrosos de coloração
amarela. Ocorre reação de nitração ou substituição de hidrogênio do anel aromático pelo
NO2.
O

H
CH2 CH COOH + HO N O

HO NH2
Tirosina

NO2
CH2 CH COOH
H 2O +
HO NH2
3 Nitro Tirosina
"Mancha amarela xantoproteica"

Peptídeos e proteínas que contenham estes aminoácidos em sua estrutura molecular


resultam em coloração amarela quando na presença de ácido nítrico.

26
Bioquímica Experimental

PRÁTICA N° 7: REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO DE PROTEÍNAS

1. INTRODUÇÃO

Proteínas são moléculas orgânicas de alto peso molecular, compostas pela união
de um grande número de aminoácidos ligados através de ligações denominadas ligações
peptídicas. Representam cerca do 50 a 80% do peso seco da célula sendo, portanto, o
composto orgânico mais abundante de matéria viva. Uma grande parte das proteínas são
completamente sintetizadas nos ribossomos localizados no citoplasma celular através da
tradução do RNA. As proteínas destinadas à membrana citoplasmática, lisossomos e as
secretadas possuem um peptídeo sinal que é reconhecido pela membrana do retículo
endoplasmático, local onde terminam sua síntese, e de lá são endereçadas para seus
locais de atuação.

2. MATERIAL

- Pipetas de 1 mL (uma), 2 mL (três), 5 mL (duas)


- tubos de ensaio (cinco)
- banho maria ou bico de Bunsen
- clara de ovo diluída 10 vezes
- leite
- acetato de chumbo 5%
- álcool etílico absoluto
- acetona
- solução saturada de sulfato de amônio (50%)

3. OBJETIVO

Ao final desta aula o aluno deverá estar apto a observar a perda de solubilidade da
proteína (precipitação), passando ou não pelo processo de desnaturação.

4. PROCEDIMENTO

4.1. Reações de precipitação com desnaturação:

27
Bioquímica Experimental

1. Desnaturação pelo calor


Em um tubo de ensaio colocar 2 mL da solução de clara de ovo e aquecer em
banho-maria . Observar o resultado e anotar.
Resultado:_______________________

2. Reação com acetato de chumbo


Em um tubo de ensaio colocar 1 mL de solução de clara de ovo e 1 mL de acetato
de chumbo a 5%. Observar o resultado e anotar.
Resultado:________________________

3. Reação com solventes orgânicos


Em um tubo de ensaio colocar 1 mL de solução de clara de ovo e etanol até que se
forme um precipitado. Observar o resultado e anotar.
Colocar 2 mL de leite em dois tubos de ensaio e acrescentar 3 ml de etanol em um
tubo e 2 mL de acetona no outro tubo. Homogeneizar. Observar. O aparecimento de
sedimento branco indica precipitação proteica.
Tubo 3 = clara de ovo + etanol =__________________
Tubo 4 = leite + etanol = ________________________
Tubo 5 = leite + acetona = ______________________

INTERPRETAÇÃO
Os solventes orgânicos diminuem a constante dielétrica do meio, diminuindo a
repulsão entre as cargas opostas; em conseqüência, ocorrendo maior interação entre as
moléculas protéicas e diminuição da solubilidade. A adição de etanol (constante dielétrica
igual a 24) ou acetona (constante dielétrica igual a 21,4) em uma solução protéica aquosa
(constante dielétrica igual a 80) aumenta as forças de atração entre cargas opostas,
acarretando agregação das moléculas.

4.2. Reação de precipitação sem desnaturação:

1. ―Salting-out‖
Em um tubo de ensaio colocar 2 mL da solução de leite e adicionar 2 ml de solução
de sulfato de amônio a 50 %, lentamente, pelas paredes do tubo. Observar. O
aparecimento de turvação indica precipitação proteica.

28
Bioquímica Experimental

Resultado: _______________________________

INTERPRETAÇÃO
―Salting out‖ caracteriza a precipitação de proteínas de suas soluções aquosas por
adição de sal. Os sais de íons bivalentes como MgCl2 e (NH4)2SO4 têm efeito na
solubilidade das proteínas globulares devido alterarem a força iônica das moléculas.
Concentrações elevadas de sais podem remover a água de hidratação das moléculas de
proteínas, expondo as cargas elétricas e possibilitando uma maior interação eletrostática
entre as moléculas. Desta forma, pode ocorrer agregação das moléculas e precipitação.

29
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA Nº 8: DETERMINAÇÃO DO PONTO ISOELÉTRICO DA CASEÍNA

1. Introdução

A carga elétrica total de uma proteína é o somatório das cargas dos aminoácidos
que compõem a molécula, e depende do valor do pKa dos resíduos de aminoácidos e do
pH do meio. O ponto isoelétrico (pI) da proteína é o pH onde o número de cargas
positivas equivale ao número de cargas negativas. Nesse pH a molécula da proteína é
eletricamente neutra e ela não migra para nenhum dos pólos, quando submetida a um
campo elétrico. O pI das proteínas não pode ser calculado a partir dos valores de pKa dos
aminoácidos componentes isolados, pois os valores variam de acordo com a localização
do aminoácido na proteína. Os valores de pI da proteína são característicos e refletem a
porção de aminoácidos carregados positiva e negativamente na sua molécula.
Em valores de pH abaixo do pI, a proteína apresenta carga líquida positiva, devido
a protonação dos grupos básicos e ácidos e acima do pI apresenta carga líquida negativa.
A variação carga líquida de uma proteína interfere com a sua solubilidade. No pI a
solubilidade é menor do que em outros valores de pH, onde as moléculas tem a mesma
carga e se repelem eletrostaticamente, impedindo a precipitação.

2. Reagentes
- 50 mL de leite desnatado.
- Ácido acético 1 mol/L.
- Água destilada.
- Solução de Hidróxido de Sódio 1mol/L.
-Balão volumétrico de 50 mL
- Nove tubos de ensaio

3. Objetivo

Determinar experimentalmente o valor do ponto isoelétrico da caseína do leite.

4. Procedimento

Adicione ácido acético a 1 mol/L a 50 mL de leite desnatado até a precipitação. A


seguir adicione mais 5 mL de ácido acético a 1 mol/L. Centrifugue a 3.000 rpm por 5

30
Bioquímica Experimental

minutos. Despreze o sobrenadante. Ressuspenda o precipitado com água destilada e


centrifugue novamente. Despreze o sobrenadante.
Para dissolver o precipitado adicione 25 mL de água destilada em um béquer, junte
5 mL de NaOH 1 mol/L aqueça em 40°C até precipitar. Adicione então o precipitado de
caseína até dissolução completa. Transfira para um balão volumétrico de 50 mL, adicione
5 mL de ácido acético 1 mol/L e complete com água destilada. Se houver turvação filtre.
Prepare 9 tubos de ensaio e enumere de 1 a 9.
Ao tubo 1 adicione exatamente 3,2 mL de ácido acético 1 mol/L e 6,8 mL de água
destilada. Misture bem. A seguir adicione exatamente 8 mL de água destilada nos outros
8 tubos de ensaio. Do tubo número 1 retire 2 mL e transfira para o tubo 2. Agite e retire 2
mL desse tubo e transfira para o tubo número 3 e assim sucessivamente até o ultimo
tubo. Desse tubo número 9 retire 2 mL e despreze. Faça a leitura dos valores de pH
usando um potenciômetro.
Cada um dos tubos adicione 1 mL de caseína agite e observe o resultado
imediatamente após 15 minutos.

Tubos 1 2 3 4 5 6 7 8 9
pH

Precipitado

Observações

31
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA Nº 9: FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DAS ENZIMAS

1. Introdução

Enzimas são catalisadores biológicos que aumentam a velocidade de uma reação


química, mas não sofrem alteração em sua estrutura. Têm a função de viabilizar a
atividade das células, quebrando moléculas ou juntando-as para formar novos compostos.
A maioria das enzimas são proteínas.

2. Reagentes
- Água
- Solução de Ácido Clorídrico 0,1 mol/L.
- Solução de Hidróxido de Sódio 0,1mol/L.
- Glicose
- ―fermento seco ativo‖

2. Objetivo
Ao final desta aula o aluno deverá estar apto a observar a ação enzimática e a
interferência da temperatura na atividade de enzimas presentes em leveduras.

3. Procedimento

3.1- Preparo da solução de Ácido Clorídrico 0,1mol/L


Transferir com o auxílio de uma pipeta 0,8353 mL de HCl (PA) para um erlenmayer
com 90 mL de água . Medir a solução e acertar para 100mL com o auxílio de uma proveta
de 100mL, utilizando água destilada.

3.2- Preparo da solução de Hidróxido de sódio 0,1mol/L


Pesar 0,4 g de hidróxido de sódio, acrescentar a um becker com aproximadamente
80 mL de água destilada , acertar o volume , depois da completa dissolução, com o
auxílio de uma proveta de 100 mL. Separar a solução em um recipiente.

3.3- Reação enzimática

32
Bioquímica Experimental

Colocar uma pequena porção de ―fermento seco ativo‖, em água morna (40°C) e
medir o pH. Adicionar uma porção de glicose. Mexer a mistura e deixar em repouso.
Observar a atividade enzimática.

3.4- Interferência do pH na atividade enzimática


Repetir a reação no pH da água e em pH ácido (1-3) e pH básico (11-14). Observar
a atividade enzimática nestas condições.

3.5- Interferência da temperatura na atividade enzimática


Repetir a reação enzimática com a água nas seguintes temperaturas: 4ºC, a 25ºC,
a 40ºC e 90ºC. Observar os resultados.

4. Interpretação
Uma da enzimas da levedura é a zimase, esta enzima catalisa a conversão de
glicose em álcool e dióxido de carbono:

C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2


(glicose) (álcool etílico) (dióxido de carbono)

Esta reação é conhecida como fermentação, usada para produzir álcool e na


fabricação de pães. A massa do pão feita com levedura (fermento) cresce porque o álcool
e o dióxido de carbono são produzidos e expulsos durante a fermentação. As reações de
fermentação ocorrem muito lentamente em temperatura ambiente, e, portanto a massa
cresce mais rapidamente quando é aquecida.

33
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA N° 10: HIDRÓLISE ÁCIDA DO AMIDO

INTRODUÇÃO

Amido é um polissacarídeo, sintetizado pelos vegetais para ser utilizado como


reserva energética. Sua função, portanto, é análoga ao do glicogênio nos animais. O
amido é sintetizado em organelas denominadas plastídios, a partir da polimerização da
glicose, resultante da fotossíntese. A síntese do amido é muito semelhante à síntese do
glicogênio, com a substituição da forma ativada da glicose de UDP-glicose por ADP-
glicose. A reação é catalisada pela ADP-glicose sintase. O ADP-G é substrato da amido
sintetase, a enzima que verdadeiramente catalisa a incorporação de glicose ao polímero.

n moléculas de glicose ⇒ amido + água

PRINCÍPIO

O aquecimento de uma solução de amido, na presença de ácido clorídrico, acarreta


a hidrólise das ligações glicosídicas, resultando dextrinas, oligossacarídeos,
dissacarídeos e o monossacarídeo glicose. A reação de hidrólise pode ser evidenciada
pelo reativo de lugol, que indica a degradação do polissacarídeo.

Identificação da Hidrólise do Amido com o Reativo de Lugol

TÉCNICA

1. Numerar 2 tubos de ensaio e proceder conforme esquema:

Tubo 1 = 2,0 mL de amido 1% + 1 mL de ácido clorídrico 1M


Tubo 2 = 2,0 mL de glicose 1% + 1 mL de ácido clorídrico 1M

34
Bioquímica Experimental

2. Acrescentar 2 gotas do Reativo de Lugol em cada tubo. Homogeneizar e observar.


Coloração azul-arroxeada caracteriza formação de complexo de iodo com amido (padrão
indicativo que não ocorreu hidrólise); coloração amarela evidencia monossacarídeos e
oligossacarídeos, produtos da hidrólise do amido (padrão indicativo de hidrólise total).

3. Numerar outros 7 tubos de ensaio e colocar 2,0 mL de amido 1% mais 1,0 mL de HCl
1M. Homogeneizar e incubar em banho-maria fervente, por diferentes tempos, conforme
indicado:
Tubo 3 = 2 minutos
Tubo 4 = 4 minutos
Tubo 5 = 6 minutos
Tubo 6 = 8 minutos
Tubo 7 = 10 minutos
Tubo 8 = 15 minutos
Tubo 9 = 20 minutos

4. Após o tempo específico de hidrólise, retirar cada tubo do banho-maria e adicionar 2


gotas do reativo de lugol. Agitar e observar a coloração.

5. Comparar com os padrões (tubos 1 e 2) e verificar o grau de hidrólise de cada amostra.

RESULTADOS
Tubo 1 = ____________________________
Tubo 2 = ____________________________
Tubo 3 = ____________________________
Tubo 4 = ____________________________
Tubo 5 = ____________________________
Tubo 6 = ____________________________
Tubo 7 = ____________________________
Tubo 8 = ____________________________
Tubo 9 = ____________________________

INTERPRETAÇÃO

35
Bioquímica Experimental

A coloração azul, característica do complexo iodo-amido, diminuiu de intensidade à


medida que aumenta o tempo de aquecimento do amido na presença de ácido clorídrico.
Nestas condições, ocorre hidrólise das ligações glicosídicas e diminuição da interação
com o iodo. A hidrólise total do polissacarídeo é considerada quando se evidencia a
coloração amarela, típica do iodo em solução.

36
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA N° 11: ÁÇUCARES REDUTORES

1. Introdução

Carboidratos, que apresentam em sua estrutura molecular os grupos aldeído ou cetona


livres, apresentam o poder redutor e são denominados açúcares redutores. (Figura 1).
Através de reações específicas é possível identificá-los quantitativamente e
qualitativamente.

Figura 1: Reação de oxidação – redução entre glicose e os íons Cu2+.

2. Objetivos
Mostrar como os monossacarídios (aldose e cetose) ou substâncias, que por hidrólise
2+ 1+
neles se transformem, podem reduzir íons cúpricos (Cu ) a íons cuprosos (Cu ),
resultando numa mistura de açúcares ácidos. Os açúcares capazes de reduzir tais
agentes são denominados açúcares redutores.

3. Material e Métodos
Tubos de ensaio
Estante para tubos de ensaio

Reagentes
Glicose 0,1 M
Frutose 0,1 M
Sacarose 0,1M
Amido 1 %

37
Bioquímica Experimental

Lactose 0,1 M
Açúcar comum 1%

Reativo de Benedict
Dissolver 85 g de citrato de sódio e 50 g de carbonato de sódio anidro em cerca de 350
mL de água quente. Dissolver, à parte em 50 mL de água quente, 0,5 g de sulfato de
cobre cristalizado.Transferir lentamente, com agitação constante, a solução cúprica para a
primeira. Completar o volume a 500 mL com água, e filtrar, se necessário.

Método
Preparar a seguinte série de tubos, contendo aproximadamente:
A) 1 mL de água

B) 1 mL de glicose 0,1 M

C) 1 mL de frutose 0,1 M

D) 1 mL de sacarose 0,1M

E) 1 mL de amido 1 %

F) 1 mL de Lactose 0,1 M

G) 1 mL de açúcar comum 1 %

Acrescentar a cada um deles 1 mL de reagente de Benedict. Aquecer 5 minutos, em


banho Maria fervente. Observar.

Questionário

1. Quais carboidratos acima são açúcares redutores? Explique.

2. O que é um açúcar redutor

3. Um dissacarídeo não é capaz de reduzir Cu+2 em meio alcalino. Após a sua


hidrólise verificou-se que ele era composto de glicose e frutose. Qual é esse
dissacarídeo e por que isto ocorre?

38
Bioquímica Experimental

AULA PRÁTICA N° 12: EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE LIPÍDEOS DE


SEMENTE DE SOJA

1. INTRODUÇÂO

O termo lipídeo aplica-se a uma grande variedade de compostos que se


caracterizam em geral:
- pela insolubilidade em água e pela solubilidade em solventes orgânicos, tais como o
clorofórmio, éter, benzeno e outros.
- pela presença de ácidos graxos esterificados
- por sua utilização por parte dos seres vivos, onde desempenham importantes funções
fisiológicas.

A grande maioria dos lipídeos apresenta ácidos graxos esterificados em sua


estrutura, abrangendo os triacilglicerídeos, fosfolipídeos e os glicolipídeos. Esta família de
compostos, mediante aquecimento na presença de bases fortes como o NaOH ou KOH
produz os sais de sódio ou potássio dos ácidos graxos que participam da estrutura
original, ou seja, os sabões alcalinos. Devido esta propriedade essa classe corresponde
aos lipídeos saponificáveis, que podem então ser caracterizados, entre outros ensaios,
pela saponificação. Outros compostos enquadrados lipídeos são os esteróides e os
terpenos, os quais em sua forma livre, são denominados de lipídeos não saponificáveis.

TÉCNICA:

Extração
- em um béquer de 100 mL pesar 10 g de soja moída e seca.
- adicionar 25 mL de acetona e agitar por 5 minutos
- filtrar através de papel de filtro, para um béquer
- lavar o resíduo com 10 mL de acetona por duas vezes
- evaporar o filtrado em banho-maria à temperatura de 50°C com agitação constante até a
eliminação total de acetona.
- Observe o resíduo amarelo e oleoso.

Caracterização

1. Reação de saponificação de triacilgliceróis:


Técnica:

39
Bioquímica Experimental

- Em um tubo de ensaio acrescentar:


10 gotas de óleo vegetal
1,0 mL de etanol
1,0 mL de NaOH 40%

- Aquecer em chama livre por aproximadamente 3 minutos.


- resfriar
- Acrescentar 10 mL de água destilada e agitar fortemente.
- Não despreze a solução obtida.
Nestas condições o óleo é saponificado, obtendo-se uma solução opalescente de
sais de sódio de ácidos graxos e glicerol.

2. Formação de ácidos graxos:

Técnica:

- Em um tubo de ensaio acrescentar:

 3,0 mL da solução de sabão obtida anteriormente


 2 gotas de HCl concentrado
 agitar
 Observar a formação de uma película não miscível de ácido graxo na superfície do
líquido.

R – COONa + HCl R – COOH + NaCl


Sabão de sódio ácido graxo

40
Bioquímica Experimental

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Campbell, M. K. 2006. Bioquímica. 3ª edição. São Paulo: Artes Médicas Sul. (50
exemplares)
 Cisternas. J. R, Fundamentos de Bioquímica Experimental – 2 ed.- São Paulo:
Editora Atheneu,2005.
 Franco, G. 2007. Tabela de Composição Química de Alimentos. 9ª ed. São Paulo:
Ed. Atheneu. (10 exemplares)
 Lehninger, A. L. 2006. Princípios da Bioquímica. 4ª ed. São Paulo: Sarvier Editora
de Livros Médicos Ltda. (50 exemplares)
 Marzooco, A & Torres, B.B. 1999. Bioquímica Básica. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S.A. (50 exemplares)
 Rogatto, S. R. Citogenética sem risco - Biossegurança e Garantia de Qualidade.
Ribeirão Preto: FUNPEC-RP, 2000. 170 p. (10 exemplares)
 Sackheim, G. I. 2001. Química e Bioquímica para Ciências Biomédicas.
Barueri/SP: Manole. (15 exemplares)
 Smith, C.; Marks, A. D.; Lieberman, M. 2007. Bioquímica Médica Básica de Marks -
Uma Abordagem Clínica. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed. 980 p. (15 exemplares)
 Voet, D.; Voet, J. G.; Pratt, C. W. 2000. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre:
Artes Médicas. (50 exemplares livro e 48 CD)
 Aranha, F. L. 1998. Bioquímica Didática. Campinas, SP: Copola Livros. 410 p.
 Ucko, D. 1992. Química para as Ciências da Saúde - Uma Introdução à Química
Geral, Orgânica e Biológica. Ed. Manole. 646 p.
 Vasconcellos, A. M. H.; Valle, A. B. F. 1999. Cursos práticos em bioquímica. 9ª ed.
Rio de Janeiro: UFRJ. 310 p.

41

Você também pode gostar