Exercício para Terceira Série

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Nome:

Turma:

Professora: Maria Clara

Questão 1
(IFMG)

A questão refere-se aos dois textos apresentados a seguir. O primeiro diz respeito à Mafalda, personagem icônica criada pelo argentino
Quino, em conversa com o amigo Filipe. O segundo texto trata-se de uma criação do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano, que
compõe a obra intitulada O Livro dos Abraços.

TEXTO 1

https://shrturl.app/5h6ZDN. (Acesso em: 12/08/2023)

TEXTO 2

Função da arte/1

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.

Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.

Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi
tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

— Me ajuda a olhar!

GALEANO, Eduardo. In: O livro dos abraços. 2ª ed. Porto Alegre: L&PM, 2009, p. 15.

Uma análise intertextual dos dois textos permite afirmar que:

a) Mafalda considera a importância da leitura como forma de escapar da imposição de sentidos. O personagem do texto 2 solicita ajuda ao
pai para “olhar o mar”. Em ambos os textos, ressalta-se o valor do compartilhamento de sentidos.

b) o diálogo entre os dois textos está inviabilizado pelo fato de que pertencem a esferas enunciativas bastante diferenciadas. Enquanto o
texto 1 foi produzido na esfera jornalística, o texto 2 pertence à esfera literária.

c) os dois textos remetem ao tema da leitura. No texto 1, a tematização é explícita, em razão de os personagens estarem no ambiente
escolar. No texto 2, a tematização é subentendida, pois a ajuda requerida pelo filho será dada com base nos conhecimentos que o pai
construiu com as leituras de livros que já realizou.

d) tanto a personagem Mafalda quanto o personagem Santiago Kovadloff colocam-se como mediadores no processo de construção de
sentidos por parte dos personagens Filipe e Diego: Mafalda, no contexto escolar; o pai no contexto da formação social e afetiva do filho.

e) os dois textos permitem a mesma interpretação: assim como “viver sem ler”, isto é, sem o olhar do outro, é perigoso, “olhar o mar” sem
a ajuda do outro também é perigoso, pois significa que a “leitura do mar” será feita solitariamente e, portanto, sob o risco do equívoco.
Validar resposta

Questão 2
(Enem) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam
entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:

I.Quando nasci, um anjo torto

Desses que vivem na sombra

Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964)

II.Quando nasci veio um anjo safado

O chato dum querubim

E decretou que eu tava predestinado

A ser errado assim

Já de saída a minha estrada entortou

Mas vou até o fim.

(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)

III.Quando nasci um anjo esbelto

Desses que tocam trombeta, anunciou:

Vai carregar bandeira.

Carga muito pesada pra mulher

Esta espécie ainda envergonhada.

(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)

Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por

a) reiteração de imagens.

b) oposição de ideias.

c) falta de criatividade.

d) negação dos versos.

e) ausência de recursos.

Validar resposta

Questão 3
(UEPB) Leia os textos 1 e 2 para responder à questão.
Texto 1

(https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQRsbASPO2ZrSt6wK1YbCM-LvCn_dEimj1z7RU-pac7c7BtZsA9).

Texto 2

A tecnologia auxilia no desenvolvimento da ciência, da medicina, da agricultura, da indústria e na disseminação do conhecimento.

Existe, porém, o outro lado da moeda. Se você faz parte dos 68% que pegam o celular assim que abrem os olhos, de acordo com
levantamento da revista Time, ou dos surpreendentes mesmos 68% que acionam o aparelho ainda dormindo, segundo pesquisa da
consultoria Deloitte, certamente está sucumbindo à tentação da conexão 24/7 (24 horas por sete dias da semana).

E talvez comece a perceber os efeitos nocivos dessa interação constante e concorde com o que a jornalista americana Catherine Price diz
em Celular: Como Dar um Tempo [...], recém-lançado no Brasil: “Ao mesmo tempo que estamos ocupados, também nos sentimos
ineficientes. Estamos conectados, mas somos solitários. A tecnologia que nos dá liberdade também funciona como uma prisão – quanto
mais ficamos presos, nos perguntamos com mais frequência quem está realmente no controle. O resultado é uma tensão paralisante.

(TOZZI,E; GOMES,N. Como evitar que o vício em celular acabe com sua produtividade. Disponível em: https://exame.abril.co,.br. Acesso em
23 abr 2019).

Ao relacionar os textos 1 e 2, nota-se que a abordagem feita sobre o uso do celular na sociedade atual é

I- semelhante, porquanto os dois textos concordam que, se, por um lado, a conectividade intensificou ainda mais as interações humanas,
por outro, nos tornamos mais solitários.

II- semelhante, porquanto os dois textos levantam o questionamento a respeito do autocontrole do indivíduo diante das tecnologias.

III- diferente, porque apenas o texto 2 evidencia o dilema paradoxal vivenciado por aqueles que vivem dependentes do aparelho.

IV- semelhante, porque ambos os textos evidenciam apenas as consequências do mau uso do celular nas relações entre avós e netos.

De acordo com os textos 1 e 2, é CORRETO o que se afirma apenas em:

a) II.

b) I e II.

c) III.

d) II e III.

e) I.

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