Direito Ambiental
Direito Ambiental
Direito Ambiental
DIREITO AMBIENTAL
Prof.ª Dr.ª Annelise-Monteiro-Steigleder
DIREITO AMBIENTAL
CONSTITUCIONAL
MEIO AMBIENTE
• Art. 3°, inc. I, da L. 6.938/81
• I - meio ambiente, o conjunto de
condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas;
• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III
- definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida
em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se
consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal,
registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o
bem-estar dos animais envolvidos.
MEIO AMBIENTE PERSPECTIVA CONSTITUCIONAL
Direitos e garantias individuais não são apenas os que estão inscritos no art. 5º. Não. Esses
direitos e essas garantias se espalham pela Constituição. O próprio art. 5º no seu § 2º,
estabelece que os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte. Sabido, hoje, que a doutrina dos direitos
fundamentais não compreende, apenas, direitos e garantias individuais, mas, também,
direitos e garantias sociais, direitos atinentes à nacionalidade e direitos políticos. Este quadro
todo compõe a teoria dos direitos fundamentais. Hoje não falamos, apenas em direitos
individuais, assim de primeira geração. Já falamos de direitos de primeira, de segunda, de
terceira e até de quarta geração.
STF - MC - ADIN 3540-1 MIN. CELSO DE MELLO
“Meio ambiente. Direito à preservação de sua integridade (CF, art. 225). Prerrogativa
qualificada por seu caráter de metaindividualidade - Direito de 3.ª. Geração (ou de novíssima
dimensão) que consagra o postulado da solidariedade. Necessidade de impedir que a
transgressão desse direito faça irromper, no seio da coletividade, conflitos intergeracionais...”
No mesmo sentido, registram-se a ADI 6288, Rel. Min Rosa Weber, j. em 23.11.2020; a ADI
4717, Rel. Min. Carmen Lúcia, j em 05.04.2018; a ARE 955846, Ag R., Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. em 26.05.2017.
PROIBIÇÃO DE RETROCESSO
Dimana dos quatro pilares previstos nos arts. 3°, inc. II - desenvolvimento -, 4°, inc. IX
(progresso da humanidade), 5°, § 2° (§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou
dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte), e 60, § 4°
(cláusula pétrea), todos da Constituição), não admitindo invocação de suposto direito
adquirido a poluir no caso de superveniência de lei menos protetiva.
● O Protocolo de San Salvador, internalizado pelo Decreto Federal n° 3.321/99. Incorpora
a compreensão acerca dos DESCA (Direitos econômicos, sociais, culturais e
ambientais), apontando em sua literalidade que “toda pessoa tem direito a viver em um
meio ambiente sadio e a contar com os serviços públicos básicos”(art. 11.1), bem
como que “os Estados-Partes promoverão a proteção e melhoramento do meio
ambiente” (11.2) .
● “Não há direito adquirido a poluir ou degradar o meio ambiente, não existindo permissão
ao proprietário ou posseiro para a continuidade de práticas vedadas pelo legislador”
(TESE JURÍDICA N° 3 DO STJ)
PROIBIÇÃO DE RETROCESSO URBANO-AMBIENTAL
● Proibição de proteção insuficiente: STF, ADI 4988, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. em
19.09.2018, unânime.
“PACOTE VERDE” DO STF
● ADPF 708 – FUNDOCLIMA: procedente;
● ADPF 760 – Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal;
● Envolve riscos abstratos – mas não pode se converter num argumento preconcebido para o
imobilismo
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO CIVIL DIREITO
AMBIENTAL. CONSTRUÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA. PRODUÇÃO PESQUEIRA. REDUÇÃO. SÚMULA Nº 7/STJ.
NÃO CABIMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO INCONTESTE. NEXO CAUSAL. PRINCÍPIO DA
PRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados
Administrativos n.º 2 e 3/STJ).
2. Não há falar, na espécie, no óbice contido na Súmula n.º 7/STJ, haja vista que os fatos já restaram delimitados nas
instâncias ordinárias, devendo ser revista nesta instância somente a
interpretação dada ao direito para a resolução da controvérsia.
3. A Lei n.º 6.938/1981 adotou a sistemática da responsabilidade objetiva, que foi integralmente recepcionada pela ordem
jurídica atual, sendo irrelevante, na hipótese, a discussão da conduta do agente (culpa ou dolo) para atribuição do dever
de reparação do dano causado, que, no caso, é inconteste.
4. O princípio da precaução, aplicável ao caso dos autos, pressupõe a inversão do ônus probatório, transferindo para
a concessionária o encargo de provar que sua conduta não ensejou riscos ao meio ambiente e, por consequência, aos
pescadores da região.
5. Agravo interno não provido.
OUTRAS DECISÕES JUDICIAIS
● Conciliação do princípio do
desenvolvimento econômico com o
princípio da defesa do meio ambiente
● Equidade intergeracional
● Direito à informação
b) O princípio usuário-pagador pressupõe uma prática ilícita daquele que utiliza o recurso ambiental, sendo possível a
exigência de pagamento quando houver o cometimento de faltas ou infrações.
c) O princípio da precaução contido no artigo 225 da Constituição Federal impõe ao Poder Público a obrigação de
controlar atividades de risco quando importarem ameaças de danos irreversíveis e conhecidos pela ciência, sendo
liberada a atividade se não houver prova do prejuízo.
d) A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente obriga a reparação dos danos causados pelo poluidor à fauna, à flora e
ao meio ambiente, devendo ser demonstrada a culpa em sua conduta, exceto em caso de prejuízo causado pela
atividade nuclear.
JUIZ FEDERAL TRF 3ª/2018
A respeito dos princípios que sustentam o direito ambiental brasileiro é CORRETO afirmar que:
b) O princípio usuário-pagador pressupõe uma prática ilícita daquele que utiliza o recurso ambiental, sendo possível a
exigência de pagamento quando houver o cometimento de faltas ou infrações.
c) O princípio da precaução contido no artigo 225 da Constituição Federal impõe ao Poder Público a obrigação de
controlar atividades de risco quando importarem ameaças de danos irreversíveis e conhecidos pela ciência, sendo
liberada a atividade se não houver prova do prejuízo.
d) A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente obriga a reparação dos danos causados pelo poluidor à fauna, à flora e
ao meio ambiente, devendo ser demonstrada a culpa em sua conduta, exceto em caso de prejuízo causado pela
atividade nuclear.
COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS
Competências materiais
● Exclusiva:
União - art. 21, XVIII, XIX, XX, XXIII
Municípios – art. 30, VIII e IX
● Comum: art. 23
Art. 21. Compete à União:
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas, especialmente as secas e as inundações; Lei 12.608/12
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu uso; Lei 9433/97
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos; Estatuto da Cidade, Lei
11.445/07 e Lei 14.026/2020
(...)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
Art. 30. Compete aos Municípios:
(...)
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual
COMPETÊNCIA COMUM
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
● Concorrente: art. 24
AG. Re. Município de Rio Verde. ADI. Lei Municipal (...) Competência legislativa.
Limitação de plantio de cana de açúcar. Invasão da competência privativa da União.
(...). O Município é competente para legislar sobre o meio ambiente com a União e
Estado no limite do seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico
com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados, o que não ocorreu no
caso dos autos...
COMPETÊNCIA PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL
● ESTADOS - art. 8º
● MUNICÍPIOS - art. 9º
LC 140/2011
Art. 2º -
● Competência supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente
federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas
nesta Lei Complementar (II)
LC 140/2011, art. 17
● ESTADOS - art. 8º
● MUNICÍPIOS - art. 9º
COMPETÊNCIA (ART. 2º, LC 140/2011)
Aspectos gerais
● Operacionaliza prevenção, precaução, função social da propriedade e busca o
desenvolvimento sustentável
Aspectos gerais
● Licença Prévia: localização e projeto
Validade: máximo 5 anos
● Licença de Instalação
Validade: máximo 6 anos
● Licença de Operação
Validade: de 4 a 10 anos
JUIZ – TJAL – 2015 – 85. A licença prévia concedida pelo Órgão Ambiental para
a implantação de um aterro sanitário traz uma série de medidas mitigadoras e
compensatórias, que
a) Conforme a Lei Complementar n.º 140/2011, os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados,
ambientalmente, apenas pela União, Estados ou Distrito Federal de forma concorrente, tendo em vista a competência
prevista no artigo 24 da Constituição Federal.
b) De acordo com a Lei Complementar n.º 140/2011 e com a Lei n.º 6.938/81, o licenciamento ambiental abrange o estudo
de impacto ambiental e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
d) Em face da supremacia da União em determinar os critérios a serem observados quanto à proteção do meio ambiente,
apenas a concessão de autorização do Poder Público federal poderá contrariar regra municipal ou estadual que estabeleça
zoneamento para determinado espaço territorial.
Juiz Federal TRF3a. 2018. A licença prévia concedida pelo Órgão Ambiental para a implantação de um aterro sanitário
traz uma série de medidas mitigadoras e compensatórias, que
a) Conforme a Lei Complementar n.º 140/2011, os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados,
ambientalmente, apenas pela União, Estados ou Distrito Federal de forma concorrente, tendo em vista a competência
prevista no artigo 24 da Constituição Federal.
b) De acordo com a Lei Complementar n.º 140/2011 e com a Lei n.º 6.938/81, o licenciamento ambiental abrange o estudo
de impacto ambiental e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
d) Em face da supremacia da União em determinar os critérios a serem observados quanto à proteção do meio ambiente,
apenas a concessão de autorização do Poder Público federal poderá contrariar regra municipal ou estadual que estabeleça
zoneamento para determinado espaço territorial.
JUIZ – TJCE – 2014. A empresa QTC Empreendimentos Imobiliários apresentou projeto para a
construção de duas torres residenciais e uma torre comercial em área de depósito arenoso paralelo à
linha da costa, de forma alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram
diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico,
apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo e arbustivo. A área é
caracterizada como fixadora de dunas existentes na região e está localizada na zona urbana do
Município. Neste caso, o empreendimento
(B) não poderá ser autorizado por estar em área de preservação permanente.
(C) não poderá ser autorizado por estar em área de reserva legal.
(E) poderá ser autorizado, desde que sejam exigidas medidas mitigadoras e compensatórias.
JUIZ – TJCE – 2014 - 92. A empresa QTC Empreendimentos Imobiliários apresentou projeto para a
construção de duas torres residenciais e uma torre comercial em área de depósito arenoso paralelo à
linha da costa, de forma alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram
diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico,
apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo e arbustivo. A área é
caracterizada como fixadora de dunas existentes na região e está localizada na zona urbana do
Município. Neste caso, o empreendimento
(B) não poderá ser autorizado por estar em área de preservação permanente.
(C) não poderá ser autorizado por estar em área de reserva legal.
(E) poderá ser autorizado, desde que sejam exigidas medidas mitigadoras e compensatórias.
JUIZ – TRF2 – 2017. Em relação à competência para o licenciamento ambiental é correto afirmar que:
a) O ente que não tem competência para licenciar a atividade tampouco poderá aplicar medidas de
polícia sobre ela.
b) Atividades localizadas em faixa de até 50 km da fronteira serão sempre licenciadas pela União.
c) Atividades que captem água de rios federais serão sempre licenciadas pela União.
d) Em regra, o ente competente para o licenciamento de uma atividade será competente para aplicar
sanções administrativas ambientais à pessoa responsável pela atividade.
a) O ente que não tem competência para licenciar a atividade tampouco poderá aplicar medidas de
polícia sobre ela.
b) Atividades localizadas em faixa de até 50 km da fronteira serão sempre licenciadas pela União.
c) Atividades que captem água de rios federais serão sempre licenciadas pela União.
d) Em regra, o ente competente para o licenciamento de uma atividade será competente para
aplicar sanções administrativas ambientais à pessoa responsável pela atividade.
(B) se substitui, nas hipóteses previstas na citada lei, ao ente federativo originariamente detentor das
atribuições.
(C) visa a auxiliar no desempenho das atribuições de- correntes das competências comuns, quando
solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas em lei.
(B) se substitui, nas hipóteses previstas na citada lei, ao ente federativo originariamente detentor
das atribuições.
(C) visa a auxiliar no desempenho das atribuições de- correntes das competências comuns, quando
solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas em lei.
(A) improcedente.
(B) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo ativo.
(C) procedente.
(D) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo passivo, que é ocupado pelo
Estado Y e pelo Município X.
(E) parcialmente procedente apenas para condicionar o licenciamento à previa autorização da União.
JUIZ – TJSC – 2015 – 100. A Defensoria Pública, preocupada com uma população carente que reside
nas cercanias do novo empreendimento, ajuizou uma ação civil pública pretendendo a declaração de
nulidade do licenciamento de uma Indústria conduzido pelo Estado Y, em razão de que, mediante
convênio, o Estado Y delegou a execução de ações administrativas relacionadas ao licenciamento para
o Município X, o qual dispõe de órgão ambiental capacitado para executar as ações delegadas e de
conselho de meio ambiente. A ação deverá ser julgada
(A) improcedente.
(B) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo ativo.
(C) procedente.
(D) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo passivo, que é ocupado pelo
Estado Y e pelo Município X.
(E) parcialmente procedente apenas para condicionar o licenciamento à previa autorização da União.
EIA/RIMA
● Previsão legal
● CF - art. 225, §1º, inc. VI
● Lei 6803/80, art. 10, §3º
● Lei 6938/81, art. 9º, III
● Dec. 99274/90, art. 17, §§ 1º, 2º e 3º
● Res. CONAMA 1/86 e 9/87
HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA
(A) são desprovidos de conteúdo mínimo previamente fixado pelo ordenamento jurídico.
(A) são desprovidos de conteúdo mínimo previamente fixado pelo ordenamento jurídico.
● Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerando (art. 5º., Res. 01/86,
CONAMA)
○ meio físico;
○ meio biológico;
○ meio sócio-econômico;
○ análise dos impactos ambientais e de suas alternativas;
○ medidas mitigadoras;
○ programa de monitoramento.
ATIVIDADES TÉCNICAS
● Elaborado por equipe interdisciplinar às expensas do empreendedor.
● Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerando (art. 5º., Res. 01/86,
CONAMA)
○ meio físico;
○ meio biológico;
○ meio sócio-econômico;
○ análise dos impactos ambientais e de suas alternativas;
○ medidas mitigadoras;
○ programa de monitoramento.
PUBLICIDADE E ACESSO AO EIA/RIMA
● Princípio da publicidade - art. 225, §3º, IV
● Elaboração do RIMA
● Valor proporcional aos impactos (STF – ADI 3378). Retira a obrigatoriedade do mínimo de
0,5% dos custos de implantação do empreendimento (STF – Recl. 12887 AgR)
● Tutela inibitória para que o órgão ambiental se abstenha de licenciar a atividade enquanto
não elaborado o EIA/RIMA
● Início da instalação do empreendimento sem EIA/RIMA, ou com EIA/RIMA fraudulento ou
omisso
(A) julgar, de forma antecipada, a ação procedente, uma vez que o EIA-RIMA é obrigatório no licenciamento ambiental.
(B) julgar, de forma antecipada, a ação improcedente, diante da presunção de legalidade do ato administrativo.
(C) determinar a produção de prova pericial para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no licenciamento ambiental.
(D) determinar a produção de prova testemunhal para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA.
(E) extinguir o processo, sem resolução de mérito, por verificar a ausência de interesse processual.
Juiz Estadual MS/2020. O Ministério Público ajuizou uma ação civil pública visando à declaração de nulidade de licenciamento
ambiental conduzido por estudo ambiental diverso do Estudo de Impacto Ambiental e Respectivo Relatório (EIA-RIMA). O
Magistrado deverá
(A) julgar, de forma antecipada, a ação procedente, uma vez que o EIA-RIMA é obrigatório no licenciamento ambiental.
(B) julgar, de forma antecipada, a ação improcedente, diante da presunção de legalidade do ato administrativo.
(C) determinar a produção de prova pericial para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no licenciamento ambiental.
(D) determinar a produção de prova testemunhal para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA.
(E) extinguir o processo, sem resolução de mérito, por verificar a ausência de interesse processual.
JUIZ – TJPR – 2015 – 80. Acerca do Licenciamento Ambiental, do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), é CORRETO afirmar que:
A) A elaboração do EIA e do RIMA é realizada pela equipe técnica multidisciplinar do órgão ambiental
competente, correndo por conta do empreendedor todas as despesas e custos respectivos.
B) Pode ser dispensada a realização do EIA no processo de licenciamento caso o órgão ambiental
considere inexistente o risco de significativa degradação ambiental, vez que se trata de ato discricionário não
sujeito a controle judicial.
D) As conclusões do EIA não vinculam a decisão do órgão ambiental competente, que pode conceder a
licença de operação mesmo em caso de EIA/RIMA desfavorável (no todo ou em parte).
JUIZ – TJPR – 2015 – 80. Acerca do Licenciamento Ambiental, do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), é CORRETO afirmar que:
A) A elaboração do EIA e do RIMA é realizada pela equipe técnica multidisciplinar do órgão ambiental
competente, correndo por conta do empreendedor todas as despesas e custos respectivos.
B) Pode ser dispensada a realização do EIA no processo de licenciamento caso o órgão ambiental
considere inexistente o risco de significativa degradação ambiental, vez que se trata de ato discricionário não
sujeito a controle judicial.
D) As conclusões do EIA não vinculam a decisão do órgão ambiental competente, que pode conceder a
licença de operação mesmo em caso de EIA/RIMA desfavorável (no todo ou em parte).
TRF 5ª R. AC N° 50495
CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEIO AMBIENTE. 1. A ELABORAÇÃO DE
ESTUDO COM RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL CONSTITUEM EXIGÊNCIA
CONSTITUCIONAL PARA LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE
CAUSADORAS DE SIGNIFICATIVA DEGRADAÇÃO DO MEIO-AMBIENTE.
2. A RESOLUÇÃO 001/86 DO CONAMA APENAS PRESCINDE DO EIA/RIMA COM
RELAÇÃO A PROJETOS URBANÍSTICOS DE ÁREA INFERIOR A 100 HA.
3. O RELATÓRIO DE VIABILIDADE AMBIENTAL NÃO É IDÔNEO E SUFICIENTE PARA
SUBSTITUIR O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVO RELATÓRIO. 4.
APELAÇÕES IMPROVIDAS.
TRF 1ª R. AI N° 200001000197131
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ACP. DECISÃO CONCESSIVA DE LIMINAR. (…)
CONSTRUÇÃO DE TERMINAL DE GRÃOS. DIQUE PROVISÓRIO. DEFERIMENTO DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL. NECESSIDADE DO EIA/RIMA. RESOLUÇÃO 001/86
-CONAMA. 1. O CONAMA, por meio da Resolução 001/86, em seu art. 2º, erigiu lista,
exemplificativa, das atividades modificadoras do meio ambiente que dependerão de
elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental
- RIMA para obter o licenciamento ambiental, dentre elas, portos e terminais de minério,
petróleo e produtos químicos. 2. A construção de silos, píers, dolfins, esteiras transportadoras,
ou seja, de um terminal de grãos é essencialmente obra de ampliação de Porto, portanto,
atividade explicitamente mencionada pela Resolução 001/86, regida pelo princípio da
obrigatoriedade, segundo o qual a Administração deve, e não simplesmente pode, determinar
a elaboração do EIA. (…)
RESPONSABILIDADE
ADMINISTRATIVA POR
INFRAÇÕES AMBIENTAIS
A TRÍPLICE RESPONSABILIZAÇÃO
Art. 225, §3º, CF/88 - As condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados”
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
● LC 140/2011
● Dec. 6514/2008
INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Lei 9.605/98
“Art. 70 - Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que
viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente”.
TIPICIDADE ABERTA
“5. A Lei 9.605/1998, embora conhecida, popular e imprecisamente, por Lei dos
Crimes contra o Meio Ambiente, em rigor trata, de maneira simultânea e em partes
diferentes do seu texto, de infrações penais e infrações administrativas. No campo
dos ilícitos administrativos, exige-se do legislador ordinário que estabeleça
tão só as condutas genéricas proibidas (= tipos genéricos), bem como o rol e
limites das sanções cabíveis, deixando a especificação daquelas e destas
para a regulamentação, por meio de decreto...”
6. De forma legalmente adequada, em tipo de contornos genéricos (= norma
administrativa em branco), o art. 70 da Lei 9.605/1998 prevê como infração
administrativa ambiental "toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente". É o que basta para,
com o preenchimento específico do Decreto regulamentador, cumprir as
exigências do princípio da legalidade, que, no Direito Administrativo, não deve
ser interpretado ou cobrado com mais rigor do que no Direito Penal, disciplina em
que similarmente se admitem tipos abertos. Precedentes, entre outros, do STJ:
AgRg no Resp 1.284.558/PB, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe
5/3/2012; REsp 1.091.486/RO, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJe
6/5/2009”.
( STJ REsp 1260813 / SC).
“3. Não há atipicidade na conduta do agente, porquanto ela se inclui na
previsão estabelecida no artigo 25, §1º do Decreto nº 6.514/08. A descrição de
conduta típica, para fins de infração administrativa, pode vir regulamentada por meio
de Decreto, desde que a norma se encontre dentro dos contornos previstos na Lei
n. 9.605/98, não inovando na ordem jurídica. De igual modo, inexiste violação ao
princípio da legalidade, tendo em vista a autonomia das instâncias de
responsabilização administrativa e penal”.
(STJ - REsp 1441774 / SC).
REGIME DE RESPONSABILIDADE
OBJETIVA SUBJETIVA
● Art. 21. Prescreve em cinco anos a ação da administração objetivando apurar a prática
de infrações contra o meio ambiente, contada da data da prática do ato, ou, no caso de
infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado.
● Gravidade do fato
● Antecedentes
● Suspensão de atividades
● Interdição
● Apreensão de equipamentos,
petrechos, produtos da infração
● Destruição imediata
TRF 4ª AC 200771990071971
● No processo em tela, o dano ambiental não foi de grande monta, por se tratar de apenas
5 garoupas , e a pena de perdimento da embarcação mostra-se desproporcional. A multa
aplicada pelo IBAMA e a apreensão dos demais petrechos (todos relacionados
diretamente com a pesca) são suficientes para satisfazer os objetivos da aplicação de
uma sanção administrativa, quais sejam: prevenir e reprimir a violação das normas de
proteção ambiental.
ADVERTÊNCIA
● Art. 72, II, e §3º, Lei 9.605/98, e Art. 8º, Dec. 6514/2008
● Infração continuada;
● Destinação dos bens: art. 25, Lei 9.605/98, e Arts. 134 a 138 do Decreto
6514/2008
APREENSÃO DE VEÍCULO UTILIZADO DA INFRAÇÃO. DESMATAMENTO DE VEGETAÇÃO
NATIVA. COMPROVAÇÃO DA UTILIZAÇÃO ESPECÍFICA, EXCLUSIVA, REITERADA OU
ROTINEIRA DO BEM NA PRÁTICA DO ILÍCITO AMBIENTAL. DESNECESSIDADE.
2. Os arts. 25 e 72, IV, da Lei n. 9.605/1998 estabelecem como efeito imediato da infração a
apreensão dos bens e instrumentos utilizados na prática do ilícito ambiental. A exigência de
requisito não expressamente previsto na legislação de regência para a aplicação dessas
sanções compromete a eficácia dissuasória inerente à medida, consistindo em incentivo, sob a
perspectiva da teoria econômica do crime, às condutas lesivas ao meio ambiente.
3. Ademais, exigir que a autoridade ambiental comprove que o veículo é utilizado específica,
exclusiva, reiterada ou rotineiramente para a prática de delito ambiental caracteriza verdadeira
prova diabólica, tornando letra morta a legislação que ampara a atividade fiscalizatória (....).
5. Seja em razão do conceito legal de poluidor, seja em função do princípio da
solidariedade que rege o direito ambiental, a responsabilidade administrativa pelo ilícito
recai sobre quem, de qualquer forma, contribuiu para a prática da infração ambiental,
por ação ou omissão.
6. Após a medida de apreensão, a autoridade administrativa oportunizará o direito de defesa
ao proprietário do bem antes de decidir sobre sua destinação. Cumpre ao proprietário do
veículo comprovar sua boa-fé, demonstrando que, pelas circunstâncias da prática envolvida
e apesar de ter tomado as precauções necessárias, não tinha condições de prever a utilização
do bem no ilícito ambiental.
(AREsp 1084396/RO, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em
19/09/2019, DJe 18/10/2019
Apreensão de bens e veículos:
Possibilidade, com garantia do direito de defesa do proprietário antes da decisão
sobre a destinação do bem (STJ, AREesp 1084.396-RO, j. 18/10/2019).
RECURSO DE APELAÇÃO EM AÇÃO ORDINÁRIA. MEIO AMBIENTE. ANULAÇÃO
DE SANÇÃO ADMINISTRATIVA. RESTITUIÇÃO DE EMBARCAÇÃO. A apreensão
por infração ocorreu em 2009 e houve o pagamento de multa, de modo que,
considerado o longo tempo da apreensão da embarcação, a tutela administrativa
ambiental já se mostrou efetiva, inexistindo, portanto, justificativa para a apreensão
que pode se tornar confisco. Precedente. Sentença de parcial procedência mantida.
Recurso desprovido
(TJSP, Relator(a): Marcelo Berthe; Comarca: Jaú; Órgão julgador: 7ª Câmara
Extraordinária de Direito Público; Data do julgamento: 10/11/2016; Data de registro:
16/11/2016)
TRF 4ª. AC 00008813520094047009/PR
● Ação ou Omissão
● Nexo Causal
● Dano
NEXO DE CAUSALIDADE
● Hipercomplexidade
● Imputação independente da
certeza
RESP. 1374342/MG
a) Segundo a teoria do risco criado, a responsabilidade pelo dano ecológico é objetiva, admitindo-se as
excludentes de culpa da vítima e força maior.
b) Pela teoria do risco integral é suficiente a demonstração do nexo causal e do dano para que exista o
dever de repará-lo, exceto em caso de ações de particulares praticadas de forma clandestina.
c) Diante da impossibilidade da produção de prova negativa, segundo o Superior Tribunal de Justiça, não
é possível se exigir de quem supostamente promoveu o dano ambiental que comprove que não o causou
ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva.
d) Em face da proporção e da intensidade que o dano ecológico pode alcançar é que a Lei nº 6.938/81
instituiu um fundo nacional para suprir situações de lesão em matéria de poluição como auxílio à
reparação de seus efeitos.
JUIZ FEDERAL TRF 3ª/2018
A respeito da responsabilidade por dano ecológico é CORRETO afirmar que:
a) Segundo a teoria do risco criado, a responsabilidade pelo dano ecológico é objetiva, admitindo-se as
excludentes de culpa da vítima e força maior.
b) Pela teoria do risco integral é suficiente a demonstração do nexo causal e do dano para que exista o
dever de repará-lo, exceto em caso de ações de particulares praticadas de forma clandestina.
c) Diante da impossibilidade da produção de prova negativa, segundo o Superior Tribunal de Justiça, não
é possível se exigir de quem supostamente promoveu o dano ambiental que comprove que não o causou
ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva.
d) Em face da proporção e da intensidade que o dano ecológico pode alcançar é que a Lei nº 6.938/81
instituiu um fundo nacional para suprir situações de lesão em matéria de poluição como auxílio à
reparação de seus efeitos.
STJ - RESP 650.728/SC
(...)10. Essa degradação transitória, remanescente ou reflexa do meio ambiente inclui: a) o prejuízo
ecológico que medeia, temporalmente, o instante da ação ou omissão danosa e o pleno
restabelecimento ou recomposição da biota, vale dizer, o hiato passadiço de deterioração, total ou
parcial, na fruição do bem de uso comum do povo (= dano interino ou intermediário), algo frequente
na hipótese, p. ex., em que o comando judicial, restritivamente, se satisfaz com a exclusiva
regeneração natural e a perder de vista da flora ilegalmente suprimida, b) a ruína ambiental que
subsista ou perdure, não obstante todos os esforços de restauração (= dano residual ou
permanente), e c) o dano moral coletivo. Também deve ser reembolsado ao patrimônio público e à
coletividade o proveito econômico do agente com a atividade ou empreendimento degradador, a
mais-valia ecológica ilícita que auferiu (p. ex., madeira ou minério retirados irregularmente da área
degradada ou benefício com seu uso espúrio para fim agrossilvopastoril, turístico, comercial).
(REsp 1198727/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
14/08/2012, DJe 09/05/2013)
STJ - RESP. 1180078/MG
(...) A reparação ambiental deve ser feita da forma mais completa possível, de modo que a
condenação a recuperar a área lesionada não exclui o dever de indenizar, sobretudo pelo dano que
permanece entre a sua ocorrência e o pleno restabelecimento do meio ambiente afetado (= dano
interino ou intermediário), bem como pelo dano moral coletivo e pelo dano residual (=
degradação ambiental que subsiste, não obstante todos os esforços de restauração)
5. A cumulação de obrigação de fazer, não fazer e pagar não configura bis in idem, porquanto a
indenização não é para o dano especificamente já reparado, mas para os seus efeitos
remanescentes, reflexos ou transitórios, com destaque para a privação temporária da fruição do bem
de uso comum do povo, até sua efetiva e completa recomposição, assim como o retorno ao
patrimônio público dos benefícios econômicos ilegalmente auferidos.
DANO EXTRAPATRIMONIAL
● Princípio da proporcionalidade
● Ausência de EIA/RIMA
Fonte: CETESB
LEIS ESPECIAIS DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS
● Lei 12.651/2012
● Caráter preservacionista
● Restingas, manguezais
● Oito meses após o Superior Tribunal de Justiça decidir que, às APPs em torno
de cursos d’água em áreas urbanas consolidadas, se aplica a faixa marginal de
30 a 500 metros estabelecida pelo Código Florestal em vez da faixa de 15
metros prevista na lei de parcelamento do solo urbano (Recurso Especial nº
1.770.760/SC), a nova lei permite que lei municipal ou distrital defina
faixas marginais diferentes daquelas fixadas pelo Código Florestal.
Entre os requisitos para tanto está a oitiva dos conselhos estaduais, municipais
ou distritais de meio ambiente.
ÁREA URBANA CONSOLIDADA
Art. 4º, §10, Lei 12.651/2012. Em áreas urbanas consolidadas, ouvidos os conselhos
estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente, lei municipal ou distrital poderá definir
faixas marginais distintas daquelas estabelecidas no inciso I do caput deste artigo, com
regras que estabeleçam:
I – a não ocupação de áreas com risco de desastres;
II – a observância das diretrizes do plano de recursos hídricos, do plano de bacia, do plano
de drenagem ou do plano de saneamento básico, se houver; e
III – a previsão de que as atividades ou os empreendimentos a serem instalados nas áreas
de preservação permanente urbanas devem observar os casos de utilidade pública, de
interesse social ou de baixo impacto ambiental fixados nesta Lei.”
O art. 4º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
● “Art. 4º
● III-A - ao longo da faixa de domínio das ferrovias, será obrigatória a reserva de uma
faixa não edificável de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado;
● III-B -III-B - ao longo das águas correntes e dormentes, as áreas de faixas não
edificáveis deverão respeitar a lei municipal ou distrital que aprovar o instrumento de
planejamento territorial e que definir e regulamentar a largura das faixas marginais de
cursos d´água naturais em área urbana consolidada, nos termos da Lei nº 12.651, de
25 de maio de 2012, com obrigatoriedade de reserva de uma faixa não edificável para
cada trecho de margem, indicada em diagnóstico socioambiental elaborado pelo
Município;
AS APPS RURAIS CONSOLIDADAS
Para os imóveis rurais com área de até 1 módulo fiscal que possuam áreas
consolidadas em APP ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a
recomposição das respectivas faixas marginais em 5 metros, contados da borda
da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.
MÓDULO FISCAL
● Finalidade
○ atenuar erosão, fixação de dunas
○ proteção ao longo de rodovias e ferrovias
○ proteção de áreas de excepcional beleza ou valor, etc
UTILIZAÇÃO DA APP
● Baixo impacto
UTILIDADE PÚBLICA
Lei 13.465/2017
Art. 11, § 2º Constatada a existência de núcleo urbano informal situado, total ou
parcialmente, em área de preservação permanente ou em área de unidade de conservação
de uso sustentável ou de proteção de mananciais definidas pela União, Estados ou
Municípios, a Reurb observará, também, o disposto nos arts. 64 Art. 11, § 2º Constatada a
existência de núcleo urbano informal situado, total ou parcialmente, em área de preservação
permanente ou em área de unidade de conservação de uso sustentável ou de proteção de
mananciais definidas pela União, Estados ou Municípios, a Reurb observará, também, o
disposto nos arts. 64 e 65 da Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012 , hipótese na qual se
torna obrigatória a elaboração de estudos técnicos, no âmbito da Reurb, que justifiquem as
melhorias ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior, inclusive por
meio de compensações ambientais, quando for o caso.
§ 3º No caso de a Reurb abranger área de unidade de conservação de uso sustentável que,
nos termos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, admita regularização, será exigida
também a anuência do órgão gestor da unidade, desde que estudo técnico comprove que
essas intervenções de regularização fundiária implicam a melhoria das condições
ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior.
§ 4º Na Reurb cuja ocupação tenha ocorrido às margens de reservatórios artificiais de água
destinados à geração de energia ou ao abastecimento público, a faixa da área de
preservação permanente consistirá na distância entre o nível máximo operativo normal e a
cota máxima maximorum.
RESERVA LEGAL
● Âmbito nacional
● Obrigatório para todos os imóveis rurais
● Finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses
rurais
● Objetivo de compor base de dados para
○ Controle
○ Monitoramento
○ Planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento
INFORMAÇÕES DO CAR
● Sistema autodeclaratório
● Código Florestal
○ Arts. 38 e 39, Lei 9.605/98 – Florestas de preservação permanente
○ Art. 44 - Extrair minerais de florestas de domínio público, ou
consideradas de preservação permanente
○ Art. 50 – Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou
vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues
● Somente pode ser alterada ou desafetada por lei (art. 225, §1, inciso III,
CF/88)
A) São consideradas APPs as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene, intermitente ou
efêmero, na largura mínima estabelecida em lei;
B)A criação, pelo Poder Público, de Parque Nacional deve ser precedida de estudos técnicos, sendo
indispensável a consulta pública
A) São consideradas APPs as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene, intermitente ou
efêmero, na largura mínima estabelecida em lei;
B)A criação, pelo Poder Público, de Parque Nacional deve ser precedida de estudos técnicos, sendo
indispensável a consulta pública
Com base na Lei 9985/2000, que institui o SNUC, assinale a opção correta, acerca do Parque Nacional
do Iguaçu, UC localizada no extremo oeste do estado do Paraná
A) Eventual redução dos limites originais do referido parque só poderá ser feita mediante lei específica.
B) Por ser UC já constituída como Parque Nacional por ato do poder público, o parque em apreço não
pode integrar reserva de biosfera
Com base na Lei 9985/2000, que institui o SNUC, assinale a opção correta, acerca do Parque Nacional
do Iguaçu, UC localizada no extremo oeste do estado do Paraná
A) Eventual redução dos limites originais do referido parque só poderá ser feita mediante lei específica.
B) Por ser UC já constituída como Parque Nacional por ato do poder público, o parque em apreço não
pode integrar reserva de biosfera
B) O resultado das consultas prévias à criação de UC só vincula o Poder Executivo quando houver
participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a consulta seja feita
com acompanhamento do TER
C) A zona de amortecimento de uma UC deve ter seus limites definidos, seja no ato de criação da
unidade ou posteriormente.
D) Nas UC de proteção integral não são admitidas atividades com finalidades lucrativas
B) O resultado das consultas prévias à criação de UC só vincula o Poder Executivo quando houver
participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a consulta seja feita
com acompanhamento do TER
C) A zona de amortecimento de uma UC deve ter seus limites definidos, seja no ato de criação da
unidade ou posteriormente.
D) Nas UC de proteção integral não são admitidas atividades com finalidades lucrativas
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. Acerca da Lei Federal nº 9.985/00, que
instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza:
I. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é composto pelas Unidades de
Conservação Federais, Estaduais e Municipais.
II. As Unidades de Conservação podem ser divididas entre Proteção Integral e de Uso Sustentável,
e, em todas as situações, haverá a transferência do título de propriedade ao ente federativo que a
instituiu.
III. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é composto por um órgão consultivo, o
Conama; um órgão Central, o Ministério do Meio Ambiente; e um órgão executivo, que, para as
Unidades de Conservação Federais, pode ser o Instituto Chico Mendes ou o Ibama.
IV. Todas as unidades de conservação instituídas legalmente possuem zona de amortecimento,
que tem como objetivo minimizar os impactos negativos da atividade humana sobre a unidade.
V. É permitida a ocupação das Unidades de Conservação para fins de pesquisa científica,
independentemente de autorização do órgão gestor respectivo.
UIZ – TRF 4 - 2016
b) o objetivo básico das UCPI é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de
parcela de seus recursos naturais.
c) em se tratando de UC deve ser elaborado um Plano de Manejo que abranja a área correspondente à
UC, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover
sua integração econômica e social das comunidades vizinhas
e) a Estação Ecológica, como UCPI, tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de
pesquisas científicas, sendo públicos a posse e o domínio de sua área. Havendo áreas particulares
incluídas em seus limites, deverão ser cedidas, a título gratuito, ao Poder Público, sendo esta uma das
restrições legais ao direito de propriedade.
POLÍTICA NACIONAL DE
RECURSOS HÍDRICOS
DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
● Recursos hídricos são de domínio da União e dos Estados, não havendo
recursos hídricos de domínio municipal, exceto em caso de delegações (rios
localizados em um único Município).
● Rios e mares são bens de uso comum do povo (Art. 99, I, do CC)
○ Usos permitidos de acordo com regulamentos públicos sobre o tema
○ Uso privativo passível de manifestação e autorização do Poder Público,
bem como imposição de condições especificas
FUNDAMENTOS DA PNRH
● Água é:
○ bem de domínio público (Art. 1º, I, da PNRH)
○ recurso natural limitado, dotado de valor econômico (Art. 1º, II, da
PNRH)
● Características:
○ Prazo determinado de, no máximo, 35 anos (renovável) e
○ Condições de uso expressas no ato da Outorga.
● Usos não delimitados em lei, mas que possam alterar o regime, a quantidade
ou a qualidade das águas
Ementa: CONSTITUCIONAL. FEDERALISMO E RESPEITO ÀS REGRAS DE
DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA. VIOLAÇÃO À COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
EXCLUSIVA DA UNIÃO (CF, ART. 21, XIX). AFRONTA AO ART. 225, §1º, V, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AO PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO. CONFIRMAÇÃO DA
MEDIDA CAUTELAR. PROCEDÊNCIA. 1. As regras de distribuição de competências
legislativas são alicerces do federalismo e consagram a fórmula de divisão de centros de
poder em um Estado de Direito. Princípio da predominância do interesse. 2. Ao disciplinar
regra de dispensa de outorga de direito de uso de recursos hídricos, o art. 18, § 5º, da
Lei 11.612/2009 do Estado da Bahia, com a redação dada pela Lei 12.377/2011, usurpa
a competência da União, prevista no art. 21, XIX, da Constituição Federal, para definir
critérios na matéria. 3. A dispensa de outorga de direito de uso de recursos hídricos para
perfuração de poços tubulares afronta a incumbência do poder público de controlar o
emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente (CF, art. 225, § 1º, V)...
4. Os arts. 19, VI, e 46, XI, XVIII e XXI, da lei atacada dispensam a manifestação prévia dos
Comitês de Bacia Hidrográfica para a atuação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos -
CONERH, o que reduz a participação da coletividade na gestão dos recursos hídricos,
contrariando o princípio democrático (CF, art. 1º). Da mesma maneira, o art. 21 da lei
impugnada suprime condicionantes à outorga preventiva de uso de recursos hídricos,
resultantes de participação popular. Ferimento ao princípio democrático e ao princípio da
vedação do retrocesso social. 5. Medida Cautelar confirmada. Ação Direta de
Inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 5016, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2018,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-230 DIVULG 26-10-2018 PUBLIC 29-10-2018)
COBRANÇA DO USO DE RECURSOS HÍDRICOS
● Cobrança dos usos sujeitos a outorga, salvo nos casos do art. 12, §1o., Lei
9433/97.
● Coleta Seletiva
● Logística Reversa
● Acordos Setoriais
DEVERES DECORRENTES DA LEI 12.305/2010
Consumidor
Fabricante Consumidor
Destinação SP
Final LU
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
Fabricante
Consumidor
Consu
midor
Fabricante
Importador
Destinação
Final Distribuidor
Comerciante
RESÍDUOS SUJEITOS À LOGÍSTICA REVERSA
● Agrotóxicos
● Pilhas e baterias
● Pneus
● Óleos lubrificantes
● Lâmpadas fluorescentes
● Produtos eletrônicos
● Consumidores ;
Quanto à ordem de prioridade a ser observada nas políticas de gestão e de gerenciamento de resíduos
sólidos:
A) A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos é o objetivo maior da Política Nacional de
Resíduos Sólidos
B) A ordem de prioridade é reciclagem, não geração e, por fim, uso como fonte de energia.
C)A ordem de prioridade se inicia com a tentativa de não geração e segue com a redução, reutilização,
reciclagem, tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Quanto à ordem de prioridade a ser observada nas políticas de gestão e de gerenciamento de resíduos
sólidos:
A) A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos é o objetivo maior da Política Nacional de
Resíduos Sólidos
B) A ordem de prioridade é reciclagem, não geração e, por fim, uso como fonte de energia.
C)A ordem de prioridade se inicia com a tentativa de não geração e segue com a redução, reutilização,
reciclagem, tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
● Art. 54 – Poluição