Direito Ambiental

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Direito Público

DIREITO AMBIENTAL
Prof.ª Dr.ª Annelise-Monteiro-Steigleder
DIREITO AMBIENTAL
CONSTITUCIONAL
MEIO AMBIENTE
• Art. 3°, inc. I, da L. 6.938/81
• I - meio ambiente, o conjunto de
condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas;

• Bem jurídico autônomo, incorpóreo,


inapropriável, indisponível, indivisível e
unitário;

• Macrobem x microbem ambiental


DIREITO FUNDAMENTAL

• Declaração de Estocolmo de 1972

• Princípio 1 - homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao


desfrute de condições de vida adequadas em um meio ambiente de
qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, tendo
a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações
presentes e futuras.
DIREITO FUNDAMENTAL

• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III
- definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal


Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-
á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida
em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se
consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam
manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal,
registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o
bem-estar dos animais envolvidos.
MEIO AMBIENTE PERSPECTIVA CONSTITUCIONAL

Direito Fundamental de terceira dimensão

Revolução americana Estado liberal contra a Primeira dimensão de


e francesa opressão da monarquia e direitos fundamentais -
clero foco na liberdade e
igualdade

Revolução industrial – Início do século XX- Estado Segunda dimensão–


exploração da classe Social direitos sociais, econômicos
operária e culturais

2ª Revolução Industrial e Estado Social de Direito Terceira dimensão –


duas grandes guerras direitos transindividuais
STF - ADIN N. 939-7 – REL. MIN. CARLOS VELLOSO

Direitos e garantias individuais não são apenas os que estão inscritos no art. 5º. Não. Esses
direitos e essas garantias se espalham pela Constituição. O próprio art. 5º no seu § 2º,
estabelece que os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte. Sabido, hoje, que a doutrina dos direitos
fundamentais não compreende, apenas, direitos e garantias individuais, mas, também,
direitos e garantias sociais, direitos atinentes à nacionalidade e direitos políticos. Este quadro
todo compõe a teoria dos direitos fundamentais. Hoje não falamos, apenas em direitos
individuais, assim de primeira geração. Já falamos de direitos de primeira, de segunda, de
terceira e até de quarta geração.
STF - MC - ADIN 3540-1 MIN. CELSO DE MELLO

“Meio ambiente. Direito à preservação de sua integridade (CF, art. 225). Prerrogativa
qualificada por seu caráter de metaindividualidade - Direito de 3.ª. Geração (ou de novíssima
dimensão) que consagra o postulado da solidariedade. Necessidade de impedir que a
transgressão desse direito faça irromper, no seio da coletividade, conflitos intergeracionais...”

No mesmo sentido, registram-se a ADI 6288, Rel. Min Rosa Weber, j. em 23.11.2020; a ADI
4717, Rel. Min. Carmen Lúcia, j em 05.04.2018; a ARE 955846, Ag R., Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. em 26.05.2017.
PROIBIÇÃO DE RETROCESSO

Dimana dos quatro pilares previstos nos arts. 3°, inc. II - desenvolvimento -, 4°, inc. IX
(progresso da humanidade), 5°, § 2° (§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou
dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte), e 60, § 4°
(cláusula pétrea), todos da Constituição), não admitindo invocação de suposto direito
adquirido a poluir no caso de superveniência de lei menos protetiva.
● O Protocolo de San Salvador, internalizado pelo Decreto Federal n° 3.321/99. Incorpora
a compreensão acerca dos DESCA (Direitos econômicos, sociais, culturais e
ambientais), apontando em sua literalidade que “toda pessoa tem direito a viver em um
meio ambiente sadio e a contar com os serviços públicos básicos”(art. 11.1), bem
como que “os Estados-Partes promoverão a proteção e melhoramento do meio
ambiente” (11.2) .

● “Não há direito adquirido a poluir ou degradar o meio ambiente, não existindo permissão
ao proprietário ou posseiro para a continuidade de práticas vedadas pelo legislador”
(TESE JURÍDICA N° 3 DO STJ)
PROIBIÇÃO DE RETROCESSO URBANO-AMBIENTAL

CASO CITY LAPA

STJ – Resp. 302.906/SP Rel. Ministro Herman Benjamin, J. em 26.08.2010


DEVER FUNDAMENTAL DE PROTEÇÃO
DO MEIO AMBIENTE

● Dupla conotação: subjetivo e objetivo

● Direito do indivíduo e deveres ao Estado e coletividade

● Direito de caráter prestacional – controle judicial de políticas públicas ambientais

● Proibição de proteção insuficiente: STF, ADI 4988, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. em
19.09.2018, unânime.
“PACOTE VERDE” DO STF
● ADPF 708 – FUNDOCLIMA: procedente;

● ADPF 760 – Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal;

● ADPF 735 – Operação Verde Brasil 2, de responsabilidade do Conselho Nacional da Amazônia;

● ADPF 651 –Fundo Nacional do Meio Ambiente;

● ADO 54 – Omissão no combate ao desmatamento;

● ADO 59 – Fundo Amazônia;

● ADI 6148 – Questiona a Resolução CONAMA 492/2018 sobre qualidade do ar;

● ADI 6808 – Sobre o licenciamento ambiental.


PROIBIÇÃO DE PROTEÇÃO INSUFICIENTE –
CASO AMIANTO
“À luz do conhecimento científico acumulado sobre a extensão dos efeitos nocivos do amianto para a
saúde e o meio ambiente e à evidência da ineficácia das medidas de controle nela contempladas, a
tolerância ao uso do amianto crisotila, tal como positivada no art. 2º da Lei n.º 9.055/1995, não
protege adequada e suficientemente os direitos fundamentais à saúde e ao meio ambiente
equilibrado (arts. 6º, 7º, XXII, 196, e 225 da CF), tampouco se alinha aos compromissos internacionais
de caráter supralegal assumidos pelo Brasil e que moldaram o conteúdo desses direitos, especialmente
as Convenções n.º 139 e 162 da OIT e a Convenção de Basileia. Inconstitucionalidade da proteção
insuficiente.
Validade das iniciativas legislativas relativas à sua regulação, em qualquer nível federativo,
ainda que resultem no banimento de todo e qualquer uso do amianto. 8. Ação direta de
inconstitucionalidade julgada improcedente, com declaração incidental de
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 9.055/1995 a que se atribui efeitos vinculante e
erga omnes (STF - STF, ADI 3470, Relatora Min. Rosa Weber, Tribunal Pleno, julgado em
29/11/2017, publicado em 01.02.2019).
PRINCÍPIOS DO
DIREITO AMBIENTAL
● São os valores fundamentais de um sistema, síntese dos valores abrigados no ordenamento jurídico. Espelham a
ideologia da sociedade, seus postulados básicos, seus fins. Dão unidade e harmonia ao sistema, integrando suas
diferentes partes e atenuando tensões normativas (BARROSO, L. R.)

● Norma é gênero – regras e princípios são espécies.

● São mandamentos de otimização (ALEXY).

● No confronto, não se impõem na base do tudo ou nada.

● Critérios da razoabilidade e proporcionalidade – trifásico: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido


estrito
DIREITO FUNDAMENTAL AO AMBIENTE
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO

● Supremacia do interesse público na conservação da qualidade ambiental

● Efeito vinculante do direito fundamental aos poderes públicos

● Consideração das variáveis ambientais pelos poderes públicos para a tomada de


decisões
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO

● Art. 225, caput, e §1º., IV, CF/88

● Lei 12.305/10, Lei 11.105/05

● Atitude diante do risco potencial

● Exigência de informação prévia à tomada de decisões


que tenham por conteúdo a gestão de riscos
CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS
● Implica antecipação diante da incerteza científica sobre a nocividade de determinada atividade

● Envolve riscos abstratos – mas não pode se converter num argumento preconcebido para o
imobilismo

● CF, 225, § 1°, inc. IV

● Convenção Mudança de Clima – Art. 3°, 3

● Lei de Biossegurança (11.105/05), Art. 1°

● LCA (9.605/98), art. 54, §3°

● Lei da Mata Atlântica (11.428/06) – art. 6°, par. único


● Princípio 15 da Rio 92:
“De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente
observado pelos Estados, de acordo com as suas capacidades. Quando houver ameaça de
danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada
como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a
degradação ambiental”.

● Súmula 618 - A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação ambiental.


(Súmula 618, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/2018, DJe 30/10/2018)
TRF - 4ª, EMB. INFRING. AC 2000.7101000445-6/RS

“Estudo de Impacto Ambiental. Arroz geneticamente modificado. Os princípios da precaução e


prevenção sugerem que o mero risco de dano ao meio ambiente é suficiente para que sejam tomadas
todas as medidas necessárias a evitar a sua concretização. Isso decorre tanto da importância que o
meio ambiente adquiriu no ordenamento constitucional inaugurado com a CF/88 quando da
irreversibilidade e gravidade dos danos em questão e envolve inclusive a paralisação de
empreendimentos que, pela sua magnitude, possam implicar em significativo dano ambiental, ainda que
este não esteja minuciosamente comprovado pelos órgãos protetivos. O EIA/RIMA é uma exigência
constitucional, não podendo ser dispensado, sobretudo em se tratando de experimentos com OGMs,
porquanto ainda não há consenso no que tange aos danos que possam causar ao meio ambiente”.
(Rel. Des. Fed. Edgard Antônio Lippmann Júnior, j. em 12.07.2007)
STJ - AGINT NO ARESP 1311669 / SC – J. EM 03.12.2018

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO CIVIL DIREITO
AMBIENTAL. CONSTRUÇÃO DE USINA HIDRELÉTRICA. PRODUÇÃO PESQUEIRA. REDUÇÃO. SÚMULA Nº 7/STJ.
NÃO CABIMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO INCONTESTE. NEXO CAUSAL. PRINCÍPIO DA
PRECAUÇÃO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO.
1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Enunciados
Administrativos n.º 2 e 3/STJ).
2. Não há falar, na espécie, no óbice contido na Súmula n.º 7/STJ, haja vista que os fatos já restaram delimitados nas
instâncias ordinárias, devendo ser revista nesta instância somente a
interpretação dada ao direito para a resolução da controvérsia.
3. A Lei n.º 6.938/1981 adotou a sistemática da responsabilidade objetiva, que foi integralmente recepcionada pela ordem
jurídica atual, sendo irrelevante, na hipótese, a discussão da conduta do agente (culpa ou dolo) para atribuição do dever
de reparação do dano causado, que, no caso, é inconteste.
4. O princípio da precaução, aplicável ao caso dos autos, pressupõe a inversão do ônus probatório, transferindo para
a concessionária o encargo de provar que sua conduta não ensejou riscos ao meio ambiente e, por consequência, aos
pescadores da região.
5. Agravo interno não provido.
OUTRAS DECISÕES JUDICIAIS

➢ Suspensão de licenciamento até que sejam dirimidas dúvidas sobre o impacto


de uma obra (STJ, Corte Especial, AgRg na SLS 1.524/MA, j. 02/05/2012).

➢ Queima de palha em atividades agrícolas: licenciamento e EIA. Na dúvida,


prevalece a defesa do meio ambiente (STJ, REsp 1285463/SP, j. 28/02/2012).

➢ Suspensão da licitação de exploração de “gás de xisto” antes de estudos


aprofundados sobre a técnica e as jazidas (TRF4, AG
5020999-46.2014.404.0000, Rel. Candido Alfredo Silva Leal Junior,
02/12/2014).
Princípio do In dubio pro natura:

● Conceder à natureza o benefício da dúvida;

● Inversão do ônus da prova;

● Cessação da atividade lesiva em caso de dúvida;

● Atua como reforço argumentativo para a vedação de retrocesso em matéria


ambiental;

● Critério de orientação hermenêutica


REsp 1328753 / MG – J. em 28-05-13

Administrativo. Ambiental. Ação Civil Pública. Desmatamento e edificação em área


de preservação permanente, sem autorização da autoridade ambiental. Danos
causados à biota. Interpretação dos marts. 4º, VII, E 14, § 1º, da lei 6.938/1981, e
do art. 3º da Lei 7.347/85. Princípios da reparação integral, do poluidor-pagador e
do usuário-pagador. Possibilidade de cumulação de obrigação de fazer (reparação
da área degradada) e de pagar quantia certa(indenização). Reduction ad pristinum
statum. Dano ambiental intermediário, residual e moral coletivo. art. 5º licc.
interpretação in dubio pro natura da norma ambiental.
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO

● Art. 225, §1º., V, CF/88;

● Pressupõe prévia identificação dos


perigos;

● Atitude diante de riscos concretos a


fim de impor limitações às atividades;
utilizadoras de recursos ambientais
ou potencialmente lesivas.
PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR

Art. 4º., VII, Lei 6938/81 e Lei 12.305/10.

● Responsabilização pelos custos de


prevenção de riscos e reparação de
danos ambientais;

● Internalização das externalidades


ambientais negativas.
Princípio 16 da Declaração do Rio “As autoridades nacionais devem procurar
garantir a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos
econômicos, considerando o critério de que, em princípio, quem contamina deve
arcar com os custos da descontaminação e com a observância dos interesses
públicos, sem perturbar o comércio e os investimentos internacionais”.

Princípio da reparação in integrum do dano ambiental, que é multifacetário (ética,


temporal e ecologicamente falando, mas também quanto ao vasto universo das
vítimas, que vão do indivíduo isolado à coletividade, às gerações futuras e aos
próprios processos ecológicos em si mesmos considerados) (STJ, REsp 1114893 /
MG).
PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR

Art. 4º., VII, Lei 6938/81 e Lei 12.305/10.

● Art.º, VII, Lei 6938/81

● Lei 9433/97 – cobrança pelo uso dos


recursos hídricos
PRINCÍPIO DO PROTETOR-RECEBEDOR

● Lei 12.305/2010 – Política nacional de


resíduos sólidos – art. 6º, II.

● Código Florestal – Lei 12.651/2012

● Pagamento por serviços ambientais -


Lei 14.119/2021
DESENVOLVIMENTO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL

● Conciliação do princípio do
desenvolvimento econômico com o
princípio da defesa do meio ambiente

● Caráter multidimensional (FREITAS).

● Arts. 170, VI, e 225 da CF/88

● Equidade intergeracional

● Objetivo do Estado de Direito Ambiental


Princípio da Equidade ou Solidariedade Intergeracional:

● Igualdade entre as gerações presentes e futuras

● Lei 12305/2010 (Resíduos Sólidos): responsabilidade pós-consumo –


responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (arts. 3º, IV e
XVII; 6º, VII)

● Relação jurídica continuativa e intergeracional


PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL E
AMBIENTAL DA PROPRIEDADE
• Direito à proteção ambiental

• Arts. 170, III e VI, 182, 186, II, 225, CF/88

• Art. 1228, § 1º, CC/02


PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO

● Dimensão subjetiva do direito fundamental ao meio ambiente

● Direito à informação

● Direito à educação ambiental

● Direito à participação na organização e no procedimento (tutela administrativa


e jurisdicional)
JUIZ FEDERAL TRF 3ª/2018
A respeito dos princípios que sustentam o direito ambiental brasileiro é CORRETO afirmar que:

a) O princípio do desenvolvimento sustentável envolve a substituição de norma de expansão


quantitativa por uma melhoria qualitativa como caminho para o progresso, trazendo a integração entre a proteção
ambiental e o desenvolvimento econômico para o benefício das presentes e futuras gerações.

b) O princípio usuário-pagador pressupõe uma prática ilícita daquele que utiliza o recurso ambiental, sendo possível a
exigência de pagamento quando houver o cometimento de faltas ou infrações.

c) O princípio da precaução contido no artigo 225 da Constituição Federal impõe ao Poder Público a obrigação de
controlar atividades de risco quando importarem ameaças de danos irreversíveis e conhecidos pela ciência, sendo
liberada a atividade se não houver prova do prejuízo.

d) A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente obriga a reparação dos danos causados pelo poluidor à fauna, à flora e
ao meio ambiente, devendo ser demonstrada a culpa em sua conduta, exceto em caso de prejuízo causado pela
atividade nuclear.
JUIZ FEDERAL TRF 3ª/2018
A respeito dos princípios que sustentam o direito ambiental brasileiro é CORRETO afirmar que:

a) O princípio do desenvolvimento sustentável envolve a substituição de norma de expansão


quantitativa por uma melhoria qualitativa como caminho para o progresso, trazendo a integração entre a
proteção ambiental e o desenvolvimento econômico para o benefício das presentes e futuras gerações.

b) O princípio usuário-pagador pressupõe uma prática ilícita daquele que utiliza o recurso ambiental, sendo possível a
exigência de pagamento quando houver o cometimento de faltas ou infrações.

c) O princípio da precaução contido no artigo 225 da Constituição Federal impõe ao Poder Público a obrigação de
controlar atividades de risco quando importarem ameaças de danos irreversíveis e conhecidos pela ciência, sendo
liberada a atividade se não houver prova do prejuízo.

d) A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente obriga a reparação dos danos causados pelo poluidor à fauna, à flora e
ao meio ambiente, devendo ser demonstrada a culpa em sua conduta, exceto em caso de prejuízo causado pela
atividade nuclear.
COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS
Competências materiais
● Exclusiva:
União - art. 21, XVIII, XIX, XX, XXIII
Municípios – art. 30, VIII e IX

● Comum: art. 23
Art. 21. Compete à União:
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas, especialmente as secas e as inundações; Lei 12.608/12
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir
critérios de outorga de direitos de seu uso; Lei 9433/97
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos; Estatuto da Cidade, Lei
11.445/07 e Lei 14.026/2020
(...)
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
Art. 30. Compete aos Municípios:
(...)
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual
COMPETÊNCIA COMUM
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de


outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;


LC 140/11
● Regulamentou o art. 23, parágrafo único, CF

● Competências para o licenciamento ambiental

● Competência para a fiscalização atrelada à competência do licenciamento


COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
● Privativa:
União: art. 22, IV, XII, XIV e XXVI
Municípios: Art. 30, I

● Concorrente: art. 24

● Suplementar dos Municípios: art. 30, II


COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO
● Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV - águas, energia.....
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia
XIV - populações indígenas;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza

● Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre


questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a


competência suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a


competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei


estadual, no que lhe for contrário.
CRITÉRIOS PARA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
CONCORRENTE DOS ESTADOS
1. A competência legislativa concorrente cria o denominado “condomínio
legislativo” entre a União e os Estados-Membros, cabendo à primeira a edição
de normas gerais sobre as matérias elencadas no art. 24 da Constituição Federal; e
aos segundos o exercício da competência complementar — quando já existente
norma geral a disciplinar determinada matéria (CF, art. 24, § 2º) — e da
competência legislativa plena (supletiva) — quando inexistente norma federal a
estabelecer normatização de caráter geral (CF, art. 24, § 3º)” (STF - ADI 5077, Rel.
Alexandre de Moraes).
2. Normas gerais federais estabelecem os padrões e as diretrizes gerais de
proteção dos bens jurídicos e não podem ser flexibilizadas pelas normas
estaduais (conteúdo material).

3. Princípio in dubio pro natura

4. Princípios da proibição do retrocesso e da proibição da proteção insuficiente


(STF, ADI 4988)

5. Legislação estadual pode aumentar a proteção ambiental para atender às suas


peculiaridades (STF, ADI 3470), mas não pode “anular a lei suplementada”.

6. Competência supletiva depende de lacuna normativa


É o vácuo legislativo, ou seja, a lacuna do ordenamento jurídico, que permite o
exercício de competência supletiva dos Estados. Caso exista uma norma federal
geral, “não pode o Estado-Membro fazer uso da competência legislativa plena que
lhe é assegurada em caso de ‘vácuo legislativo’. A norma federal ordinária limita e
condiciona essa faculdade” (MENDES, 2005).
JURISPRUDÊNCIA DO STF

ADI. CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. LEI 14.675/2009 DO ESTADO


DE SANTA CATARINA. LICENÇA AMBIENTAL POR COMPROMISSO – LAC.
Competência legislativa concorrente. Os Estados-membros podem
complementar a legislação federal em matéria de licenciamento ambiental,
mormente no que se refere a procedimentos simplificados para atividades e
empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental.
Precedente: ADI 4.615. Atendimento ao princípio da prevenção.
(STF - RE 1264738 AgR, Rel. Luiz Fux, 1ª T., j. em 24/08/2020).
STF ADI 6288

ADI. Resolução Conselho Estadual do Meio Ambiente. Ceará. COEMA/CE n.º


02/2019. Criação de hipóteses de dispensa de licenciamento ambiental de
atividades e empreendimentos potencialmente poluidores. Flexibilização
indevida. Violação do direito fundamental ao meio ambiente equilibrado, do princípio
da proibição do retrocesso e dos princípios da prevenção e da precaução.
Inconstitucionalidade material do artigo 8º da Resolução do COEMA/CE n.º
02/2019.
(ADI 6288, Rel. Rosa Weber, Tribunal Pleno, j.em 23/11/2020)
STF ADI 3252

Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei n° 1.315/2004, do


Estado de Rondônia, que exige autorização prévia da Assembleia Legislativa para o
licenciamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas
efetivas e potencialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental. Indevida interferência do Poder Legislativo no
Executivo. Precedente: ADI 1505. Compete à União legislar sobre normas gerais em
matéria de licenciamento ambiental. (Rel. Gilmar Mendes, j. 06.04.2005)
ADI 1086 MC - STF
EMENTA: CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA. LIMINAR. OBRA OU ATIVIDADE
POTENCIALMENTE LESIVA AO MEIO AMBIENTE. ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO
AMBIENTAL. Diante dos amplos termos do inc. IV do par. 1. do art. 225 da Carta Federal,
revela-se juridicamente relevante a tese de inconstitucionalidade da norma estadual que
dispensa o estudo prévio de impacto ambiental no caso de áreas de florestamento ou
reflorestamento para fins empresariais. Mesmo que se admitisse a possibilidade de tal
restrição, a lei que poderia viabilizá-la estaria inserida na competência do legislador federal, já
que a este cabe disciplinar, através de normas gerais, a conservação da natureza e a proteção
do meio ambiente (art. 24, inc. VI, da CF), não sendo possível, ademais, cogitar-se da
competência legislativa a que se refere o par. 3. do art. 24 da Carta Federal, já que esta busca
suprir lacunas normativas para atender a peculiaridades locais, ausentes na espécie. Medida
liminar deferida.
STF ADI 5312
● AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL E AMBIENTAL.
FEDERALISMO E RESPEITO ÀS REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA
LEGISLATIVA. LEI ESTADUAL QUE DISPENSA ATIVIDADES AGROSSILVIPASTORIS
DO PRÉVIO LICENCIAMENTO AMBIENTAL.

● INVASÃO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA EDITAR NORMAS GERAIS SOBRE


PROTEÇÃO AMBIENTAL. DIREITO FUNDAMENTAL AO MEIO AMBIENTE
EQUILIBRADO E PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. 2. A
possibilidade de complementação da legislação federal para o atendimento de interesse
regional (art. 24, § 2º, da CF) não permite que Estado-Membro dispense a exigência de
licenciamento para atividades potencialmente poluidoras, como pretendido pelo art. 10 da
Lei 2.713/2013 do Estado do Tocantins
3. O desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris pode acarretar uma relevante
intervenção sobre o meio ambiente, pelo que não se justifica a flexibilização dos instrumentos
de proteção ambiental, sem que haja um controle e fiscalização prévios da atividade.
4. A dispensa de licenciamento de atividades identificadas conforme o segmento econômico,
independentemente de seu potencial de degradação, e a consequente dispensa do prévio
estudo de impacto ambiental (art. 225, § 1º, IV, da CF) implicam proteção deficiente ao direito
fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225 da CF), cabendo ao
Poder Público o exercício do poder de polícia ambiental visando a prevenir e mitigar potenciais
danos ao equilíbrio ambiental.
5. Ação direta julgada procedente.
(ADI 5312, Rel. Min. Alexandre Moraes, Tribunal Pleno, j. em 25.10.2018)
TRF 4ª. REGIÃO/2016
Assinale a alternativa correta.
Acerca da competência de legislar em matéria ambiental prevista na Constituição:
(a) É de competência concorrente entre União, Estados e Municípios a edição de normas gerais acerca de
proteção do meio ambiente e controle de poluição.
(b) Inexiste competência da União para legislar sobre proteção ambiental em porção territorial limitada a um
Estado ou que não tenha alcance em todo o território nacional, como, por exemplo, a vedação de pesca em
um único estado da federação.
(c) Segundo posicionamento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, viola a Constituição Federal a edição
de norma estadual que vise a suprimir requisito legal previsto em lei federal mais restritivo para determinada
modalidade de licenciamento ambiental, sem justificada peculiaridade local.
(d) É de competência concorrente entre União, Estados e Municípios a edição de normas de
responsabilidade por danos ao meio ambiente.
(e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
TRF 4ª. REGIÃO/2016
Assinale a alternativa correta.
Acerca da competência de legislar em matéria ambiental prevista na Constituição:
(a) É de competência concorrente entre União, Estados e Municípios a edição de normas gerais acerca de
proteção do meio ambiente e controle de poluição.
(b) Inexiste competência da União para legislar sobre proteção ambiental em porção territorial limitada a um
Estado ou que não tenha alcance em todo o território nacional, como, por exemplo, a vedação de pesca em
um único estado da federação.
(c) Segundo posicionamento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, viola a Constituição Federal a
edição de norma estadual que vise a suprimir requisito legal previsto em lei federal mais restritivo
para determinada modalidade de licenciamento ambiental, sem justificada peculiaridade local.
(d) É de competência concorrente entre União, Estados e Municípios a edição de normas de
responsabilidade por danos ao meio ambiente.
(e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DO MUNICÍPIO
● Art. 30. Compete aos Municípios:

● I - legislar sobre assuntos de interesse local;

● II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;


COMPETÊNCIA MUNICIPAL
● Direito Constitucional e Ambiental. Planejamento Urbano. Meio Ambiente e Paisagem
Urbana. Publicidade e propaganda externa. Poluição visual. Interpretação da Lei
Municipal paulista 14.223/2006. Competência Municipal para legislar sobre assuntos de
interesse local. Ausência de prequestionamento. Súmulas 282 e 356/STF.
(STF - AI 799690 AgR -)
STJ - RESP 1676443 / SP

CÓDIGO FLORESTAL E A ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 5. Está


correto o entendimento do Voto-vencido, que concluiu que "o artigo 4º, § 10, da Lei
n. 12651/12, também deixa evidente a obrigatória observância dos limites traçados
pelo Código Florestal pela legislação municipal. Não resta dúvida, então, sobre a
prevalência da norma federal que limita a utilização dos imóveis situados nas
margens de cursos d'água urbanos pela imposição da faixa mínima de preservação
da mata ciliar. É inviável ao Município, com base em norma municipal, autorizar
quaisquer obras, construções ou projetos e parcelamento de solo em área de
preservação permanente estabelecida pela legislação federal.”
RE 633548 - STF

AG. Re. Município de Rio Verde. ADI. Lei Municipal (...) Competência legislativa.
Limitação de plantio de cana de açúcar. Invasão da competência privativa da União.
(...). O Município é competente para legislar sobre o meio ambiente com a União e
Estado no limite do seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico
com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados, o que não ocorreu no
caso dos autos...
COMPETÊNCIA PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

● IBAMA - art. 7º, LC 140/2011 e Decreto 8.437/2015

● ESTADOS - art. 8º

● MUNICÍPIOS - art. 9º
LC 140/2011

Art. 2º -
● Competência supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente
federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas
nesta Lei Complementar (II)

● Competência subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no


desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando
solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições
definidas nesta Lei Complementar (III)
Art. 7º São ações administrativas da União:

XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:


a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;

b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na


zona econômica exclusiva;

c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;

d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela


União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;

f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato


do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas,
conforme disposto na LC 97/99.

g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e


dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em
qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (Cnen); ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de
proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um
membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os
critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;
Decreto 8437/2015
XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações
sucessoras em:
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação
instituídas pela União, exceto em APAs; e
b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela
União;
ART. 8.º SÃO AÇÕES ADMINISTRATIVAS DOS ESTADOS

XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos


utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o
disposto nos arts. 7.º e 9.º;
XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos
localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado,
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações
sucessoras em:

a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em


Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7.º; e

c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo


Estado
ART. 9.º SÃO AÇÕES ADMINISTRATIVAS DOS
MUNICÍPIOS
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei
Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme
tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente,
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou

b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em


Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei
Complementar, aprovar:
a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em
florestas públicas municipais e unidades de conservação instituídas pelo Município,
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e

b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em


empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município.
COMPETÊNCIA PARA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

Art. 23, CF/88 – Comum entre a União, Estados, DF e Municípios

LC 140/2011, art. 17

Art. 70, §1º, Lei 9.605/98 - Autoridades do SISNAMA


LC 140/2011 – ART. 17

“Compete ao orgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme


o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e
instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação
ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada”
§1º – Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental
decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais,
efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se
refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia
§2º. – Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade
ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar
medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente
ao órgão competente para as providências cabíveis.
§3º. – O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes
federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de
empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores
de recursos naturais com a legislação ambiental, prevalecendo o auto de infração
lavrado por órgão que detenha atribuição de licenciamento ou autorização a
que se refere o caput.
POSIÇÃO DO STJ

● Jurisprudência em Teses – Edição 82/2017

● 4) A prerrogativa de fiscalizar as atividades nocivas ao meio ambiente concede


ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA interesse jurídico suficiente para exercer seu poder de polícia
administrativa, ainda que o bem esteja situado dentro de área cuja
competência para o licenciamento seja do município ou do estado.
AMBIENTAL. ÁREA PRIVADA. MATA ATLÂNTICA. DESMATAMENTO. IBAMA. PODER
FISCALIZATÓRIO. POSSIBILIDADE.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. (...)
1. Não há falar em competência exclusiva de um ente da federação para promover medidas
protetivas. Impõe-se amplo aparato de fiscalização a ser exercido pelos quatro entes
federados, independentemente do local onde a ameaça ou o dano estejam ocorrendo, bem
como da competência para o licenciamento.
2. A dominialidade da área em que o dano ou o risco de dano se manifesta é apenas um dos
critérios definidores da legitimidade para agir do Parquet Federal.
3 (…) (REsp 1479316/SE, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado
em 20/08/2015, DJe 01/09/2015)
Acórdãos
AgInt no REsp 1484933/CE, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, Julgado em 21/03/2017,DJE
29/03/2017
REsp 1560916/AL, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, Julgado em 06/10/2016,DJE 09/12/2016
AgRg no REsp 1466668/AL, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, Julgado em 15/12/2015,DJE
02/02/2016
Decisões Monocráticas
REsp 1530546/AL, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, Julgado em 16/03/2016,Publicado em 09/05/2016
AgInt no REsp 1484933/CE, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA,Julgado em 21/03/2017,DJE
29/03/2017
AgRg no REsp 711405/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, Julgado em 28/04/2009,DJE
15/05/2009
Decisões Monocráticas
REsp 1346734/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, Julgado em 07/12/2016,Publicado
em 12/12/2016
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BENJAMIN, Antônio Herman V. Direito Constitucional Ambiental Brasileiro,


In: CANOTILHO,J.J Gomes e LEITE, José Rubens Morato (Org.). Direito
Constitucional Ambiental Brasileiro. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

MENDES, Gilmar Ferreira. Jurisdição constitucional: o controle abstrato de


normas no Brasil e na Alemanha. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 239.

SARLET, Ingo Wolfgang; FENSTERSEIFER, Tiago. Curso de direito


ambiental. Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 340-341.
INSTRUMENTOS DA
POLÍTICA NACIONAL
DO MEIO AMBIENTE
LEI 6938/81 – ART. 9º.

Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:


I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção
de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as
de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público
federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante
interesse ecológico e reservas extrativistas;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das
medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado
anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,
obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais.
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental,
seguro ambiental e outros.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente


Arts. 225, pár. 1., incisos IV e V, CF/88
Arts. 9 e 10, Lei 6938/81
LC 140/2011
Resolução CONAMA 237/97

Princípios regentes: Precaução, Prevenção, Poluidor-pagador, Desenvolvimento


Sustentável, Função Social da Propriedade e Participação Democrática
COMPETÊNCIA PRIMÁRIA PARA O LICENCIAMENTO

● IBAMA - art. 7º, LC 140/2011 e Decreto 8.437/2015

● ESTADOS - art. 8º

● MUNICÍPIOS - art. 9º
COMPETÊNCIA (ART. 2º, LC 140/2011)

Competência supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente


federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas na LC
140/2011. (art. 14)

Competência subsidiária:ação do ente da Federação que visa a auxiliar no


desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando
solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas na
LC 140/2011. (art. 16)

Delegação de competência: Art. 5º.


COMPETÊNCIA (ART. 2º, LC 140/2011)

● Natureza sui generis;

● Condiciona o exercício de um direito constitucional: art. 170, CF/88;

● Vinculação do órgão ambiental;

● Apreciação técnica da Administração para fixação das condicionantes;

● Não é definitiva, goza de estabilidade temporal pelo prazo de vigência.


COMPETÊNCIA (ART. 2º, LC 140/2011)

Aspectos gerais
● Operacionaliza prevenção, precaução, função social da propriedade e busca o
desenvolvimento sustentável

● Exigência de ponderação entre riscos, impactos positivos e negativos


envolvidos (localização e opções tecnológicas)

● Avaliação da tolerabilidade dos impactos

● Definição de medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias de impactos


ambientais negativos
● Exigência de transparência, publicidade e oportunidade de controle social

● Exigência de estudos e avaliações de impacto adequadas (proporcionalidade)

● Não se sujeita à Lei 13.874/2019 (Lei da Liberdade Econômica)

● Não se aplica o silêncio positivo ao licenciamento ambiental

● As medidas mitigadoras e compensatórias de impactos negativos não são


limitadas à área de influência direta do empreendimento
ETAPAS DO LICENCIAMENTO

Aspectos gerais
● Licença Prévia: localização e projeto
Validade: máximo 5 anos

● Licença de Instalação
Validade: máximo 6 anos

● Licença de Operação
Validade: de 4 a 10 anos
JUIZ – TJAL – 2015 – 85. A licença prévia concedida pelo Órgão Ambiental para
a implantação de um aterro sanitário traz uma série de medidas mitigadoras e
compensatórias, que

(A) não são medidas cabíveis na fase de licença prévia.


(B) não são medidas cabíveis no licenciamento ambiental.
(C) podem ser impostas com base no Princípio da Taxatividade Ambiental.
(D) são de cumprimento facultativo.
(E) podem ser impostas com base no Princípio do Poluidor-Pagador.
JUIZ – TJAL – 2015 – 85. A licença prévia concedida pelo Órgão Ambiental para
a implantação de um aterro sanitário traz uma série de medidas mitigadoras e
compensatórias, que

(A) não são medidas cabíveis na fase de licença prévia.


(B) não são medidas cabíveis no licenciamento ambiental.
(C) podem ser impostas com base no Princípio da Taxatividade Ambiental.
(D) são de cumprimento facultativo.
(E) podem ser impostas com base no Princípio do Poluidor-Pagador.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL SIMPLIFICADO

● STF – ADI 4615/CE, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 20.09.2019

● Lei estadual que versa sobre procedimentos simplificados de licenciamento.

● “5. A legislação federal, retirando sua força de validade diretamente da


Constituição Federal, permitiu que os Estados-membros estabelecessem
procedimentos simplificados para as atividades e empreendimentos de
pequeno potencial de impacto ambiental.

● 6. Ação direta de inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente”.


Juiz Federal TRF3a. 2018. A licença prévia concedida pelo Órgão Ambiental para a implantação de um aterro sanitário
traz uma série de medidas mitigadoras e compensatórias, que

A respeito do licenciamento ambiental, é CORRETO afirmar que:

a) Conforme a Lei Complementar n.º 140/2011, os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados,
ambientalmente, apenas pela União, Estados ou Distrito Federal de forma concorrente, tendo em vista a competência
prevista no artigo 24 da Constituição Federal.

b) De acordo com a Lei Complementar n.º 140/2011 e com a Lei n.º 6.938/81, o licenciamento ambiental abrange o estudo
de impacto ambiental e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.

c) É o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos


ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.

d) Em face da supremacia da União em determinar os critérios a serem observados quanto à proteção do meio ambiente,
apenas a concessão de autorização do Poder Público federal poderá contrariar regra municipal ou estadual que estabeleça
zoneamento para determinado espaço territorial.
Juiz Federal TRF3a. 2018. A licença prévia concedida pelo Órgão Ambiental para a implantação de um aterro sanitário
traz uma série de medidas mitigadoras e compensatórias, que

A respeito do licenciamento ambiental, é CORRETO afirmar que:

a) Conforme a Lei Complementar n.º 140/2011, os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados,
ambientalmente, apenas pela União, Estados ou Distrito Federal de forma concorrente, tendo em vista a competência
prevista no artigo 24 da Constituição Federal.

b) De acordo com a Lei Complementar n.º 140/2011 e com a Lei n.º 6.938/81, o licenciamento ambiental abrange o estudo
de impacto ambiental e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.

c) É o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos


ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental.

d) Em face da supremacia da União em determinar os critérios a serem observados quanto à proteção do meio ambiente,
apenas a concessão de autorização do Poder Público federal poderá contrariar regra municipal ou estadual que estabeleça
zoneamento para determinado espaço territorial.
JUIZ – TJCE – 2014. A empresa QTC Empreendimentos Imobiliários apresentou projeto para a
construção de duas torres residenciais e uma torre comercial em área de depósito arenoso paralelo à
linha da costa, de forma alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram
diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico,
apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo e arbustivo. A área é
caracterizada como fixadora de dunas existentes na região e está localizada na zona urbana do
Município. Neste caso, o empreendimento

(A) poderá ser autorizado, desde que seja precedido de EIA-RIMA.

(B) não poderá ser autorizado por estar em área de preservação permanente.

(C) não poderá ser autorizado por estar em área de reserva legal.

(D) poderá ser autorizado por estar na zona urbana do Município.

(E) poderá ser autorizado, desde que sejam exigidas medidas mitigadoras e compensatórias.
JUIZ – TJCE – 2014 - 92. A empresa QTC Empreendimentos Imobiliários apresentou projeto para a
construção de duas torres residenciais e uma torre comercial em área de depósito arenoso paralelo à
linha da costa, de forma alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se encontram
diferentes comunidades que recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico,
apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo e arbustivo. A área é
caracterizada como fixadora de dunas existentes na região e está localizada na zona urbana do
Município. Neste caso, o empreendimento

(A) poderá ser autorizado, desde que seja precedido de EIA-RIMA.

(B) não poderá ser autorizado por estar em área de preservação permanente.

(C) não poderá ser autorizado por estar em área de reserva legal.

(D) poderá ser autorizado por estar na zona urbana do Município.

(E) poderá ser autorizado, desde que sejam exigidas medidas mitigadoras e compensatórias.
JUIZ – TRF2 – 2017. Em relação à competência para o licenciamento ambiental é correto afirmar que:

a) O ente que não tem competência para licenciar a atividade tampouco poderá aplicar medidas de
polícia sobre ela.

b) Atividades localizadas em faixa de até 50 km da fronteira serão sempre licenciadas pela União.

c) Atividades que captem água de rios federais serão sempre licenciadas pela União.

d) Em regra, o ente competente para o licenciamento de uma atividade será competente para aplicar
sanções administrativas ambientais à pessoa responsável pela atividade.

e) O licenciamento ambiental de qualquer atividade conduzida por concessionária de serviço público


federal será de competência da União.
JUIZ – TRF2 – 2017. Em relação à competência para o licenciamento ambiental é correto afirmar que:

a) O ente que não tem competência para licenciar a atividade tampouco poderá aplicar medidas de
polícia sobre ela.

b) Atividades localizadas em faixa de até 50 km da fronteira serão sempre licenciadas pela União.

c) Atividades que captem água de rios federais serão sempre licenciadas pela União.

d) Em regra, o ente competente para o licenciamento de uma atividade será competente para
aplicar sanções administrativas ambientais à pessoa responsável pela atividade.

e) O licenciamento ambiental de qualquer atividade conduzida por concessionária de serviço público


federal será de competência da União.
JUIZ – TJAL – 2015 – 86. Segundo a Lei Complementar Federal no 140/2011, atuação supletiva é a
ação do ente da Federação que

(A) delega à União a atribuição para conceder as licenças de instalação e de operação.

(B) se substitui, nas hipóteses previstas na citada lei, ao ente federativo originariamente detentor das
atribuições.

(C) visa a auxiliar no desempenho das atribuições de- correntes das competências comuns, quando
solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas em lei.

(D) assume apenas a fiscalização do empreendimento.

(E) delega ao Município a atribuição para conceder a licença de operação.


JUIZ – TJAL – 2015 – 86. Segundo a Lei Complementar Federal no 140/2011, atuação supletiva é a
ação do ente da Federação que

(A) delega à União a atribuição para conceder as licenças de instalação e de operação.

(B) se substitui, nas hipóteses previstas na citada lei, ao ente federativo originariamente detentor
das atribuições.

(C) visa a auxiliar no desempenho das atribuições de- correntes das competências comuns, quando
solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas em lei.

(D) assume apenas a fiscalização do empreendimento.

(E) delega ao Município a atribuição para conceder a licença de operação.


JUIZ – TJCE – 2014 – 85. A empresa X pretende instalar uma indústria no Estado Alfa. Tal Estado,
contudo, não possui órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente. Nesta hipótese,
segundo a Lei Complementar no 140/2011, a competência para conduzir o licenciamento ambiental será

(A) solidária da União.

(B) supletiva do Município no qual se localizará o empreendimento.

(C) subsidiária da União.

(D) solidária do Município no qual se localizará o empreendimento.

(E) supletiva da União.


JUIZ – TJCE – 2014 – 85. A empresa X pretende instalar uma indústria no Estado Alfa. Tal Estado,
contudo, não possui órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente. Nesta hipótese,
segundo a Lei Complementar no 140/2011, a competência para conduzir o licenciamento ambiental será

(A) solidária da União.

(B) supletiva do Município no qual se localizará o empreendimento.

(C) subsidiária da União.

(D) solidária do Município no qual se localizará o empreendimento.

(E) supletiva da União.


JUIZ – TJSC – 2015 – 100. A Defensoria Pública, preocupada com uma população carente que reside
nas cercanias do novo empreendimento, ajuizou uma ação civil pública pretendendo a declaração de
nulidade do licenciamento de uma Indústria conduzido pelo Estado Y, em razão de que, mediante
convênio, o Estado Y delegou a execução de ações administrativas relacionadas ao licenciamento para
o Município X, o qual dispõe de órgão ambiental capacitado para executar as ações delegadas e de
conselho de meio ambiente. A ação deverá ser julgada

(A) improcedente.

(B) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo ativo.

(C) procedente.

(D) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo passivo, que é ocupado pelo
Estado Y e pelo Município X.

(E) parcialmente procedente apenas para condicionar o licenciamento à previa autorização da União.
JUIZ – TJSC – 2015 – 100. A Defensoria Pública, preocupada com uma população carente que reside
nas cercanias do novo empreendimento, ajuizou uma ação civil pública pretendendo a declaração de
nulidade do licenciamento de uma Indústria conduzido pelo Estado Y, em razão de que, mediante
convênio, o Estado Y delegou a execução de ações administrativas relacionadas ao licenciamento para
o Município X, o qual dispõe de órgão ambiental capacitado para executar as ações delegadas e de
conselho de meio ambiente. A ação deverá ser julgada

(A) improcedente.

(B) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo ativo.

(C) procedente.

(D) extinta, sem resolução de mérito, por ilegitimidade de parte no polo passivo, que é ocupado pelo
Estado Y e pelo Município X.

(E) parcialmente procedente apenas para condicionar o licenciamento à previa autorização da União.
EIA/RIMA

● Previsão legal
● CF - art. 225, §1º, inc. VI
● Lei 6803/80, art. 10, §3º
● Lei 6938/81, art. 9º, III
● Dec. 99274/90, art. 17, §§ 1º, 2º e 3º
● Res. CONAMA 1/86 e 9/87
HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA

● Obrigatório para obras e atividades de “significativa degradação” ambiental

● Conceito jurídico indeterminado

● Art. 2º, Res. 1/86 - rol exemplificativo


EIA/RIMA E LICENCIAMENTO

● EIA é realizado antes da emissão da LP;

● Atua na motivação do ato administrativo;

● O órgão ambiental deve considerar as informações técnicas obtidas com o EIA.


JUIZ – TJAP – 2014 – 87.O Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório (EIA-RIMA)

(A) são desprovidos de conteúdo mínimo previamente fixado pelo ordenamento jurídico.

(B) é a única modalidade de avaliação de impacto ambiental admitida pelo ordenamento


jurídico brasileiro.

(C) é exigido no licenciamento de obra ou atividade potencialmente causadora de significativo


impacto ambiental.

(D) é exigido apenas no licenciamento de usinas geradoras de energia.

(E) é exigido no licenciamento de obra ou atividade potencialmente causadora de qualquer


impacto ambiental.
JUIZ – TJAP – 2014 – 87.O Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório (EIA-RIMA)

(A) são desprovidos de conteúdo mínimo previamente fixado pelo ordenamento jurídico.

(B) é a única modalidade de avaliação de impacto ambiental admitida pelo ordenamento


jurídico brasileiro.

(C) é exigido no licenciamento de obra ou atividade potencialmente causadora de


significativo impacto ambiental.

(D) é exigido apenas no licenciamento de usinas geradoras de energia.

(E) é exigido no licenciamento de obra ou atividade potencialmente causadora de qualquer


impacto ambiental.
TRF 5ª R. AC N° 50495

CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEIO AMBIENTE.


1. A elaboração de estudo com relatório de impacto ambiental constituem
exigência constitucional para licenciamento de atividades potencialmente
causadoras de significativa degradação do meio-ambiente.
2. A resolução 001/86 do conama apenas prescinde do eia/rima com relação a
projetos urbanísticos de área inferior a 100 ha.
3. O relatório de viabilidade ambiental não é idôneo e suficiente para substituir o
estudo de impacto ambiental e respectivo relatório.
4. Apelações improvidas.
TRF 1ªR. AI N° 200001000197131
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ACP. DECISÃO CONCESSIVA DE LIMINAR. (…)
CONSTRUÇÃO DE TERMINAL DE GRÃOS. DIQUE PROVISÓRIO. DEFERIMENTO DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL. NECESSIDADE DO EIA/RIMA. RESOLUÇÃO 001/86
-CONAMA. 1. O CONAMA, por meio da Resolução 001/86, em seu art. 2º, erigiu lista,
exemplificativa, das atividades modificadoras do meio ambiente que dependerão de
elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental - RIMA para obter o licenciamento ambiental, dentre elas, portos e terminais de
minério, petróleo e produtos químicos. 2. A construção de silos, píers, dolfins, esteiras
transportadoras, ou seja, de um terminal de grãos é essencialmente obra de ampliação de
Porto, portanto, atividade explicitamente mencionada pela Resolução 001/86, regida pelo
princípio da obrigatoriedade, segundo o qual a Administração deve, e não simplesmente pode,
determinar a elaboração do EIA. (…)
ATIVIDADES TÉCNICAS
● Elaborado por equipe interdisciplinar às expensas do empreendedor.

● Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerando (art. 5º., Res. 01/86,
CONAMA)
○ meio físico;
○ meio biológico;
○ meio sócio-econômico;
○ análise dos impactos ambientais e de suas alternativas;
○ medidas mitigadoras;
○ programa de monitoramento.
ATIVIDADES TÉCNICAS
● Elaborado por equipe interdisciplinar às expensas do empreendedor.

● Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, considerando (art. 5º., Res. 01/86,
CONAMA)
○ meio físico;
○ meio biológico;
○ meio sócio-econômico;
○ análise dos impactos ambientais e de suas alternativas;
○ medidas mitigadoras;
○ programa de monitoramento.
PUBLICIDADE E ACESSO AO EIA/RIMA
● Princípio da publicidade - art. 225, §3º, IV

● Elaboração do RIMA

● Formas de participação popular:


○ comentários escritos;
○ audiências públicas (sem caráter deliberativo)
Juiz Estadual MS/2020. A audiência pública no processo de licenciamento ambiental
(A) é obrigatória, independentemente do grau de impacto do empreendimento ou da atividade
licenciada.
(B) deve ser realizada no início do processo de licenciamento ambiental para colheita de
críticas e sugestões e, ao final do
processo, para a respectiva devolutiva.
(C) será realizada na sede do órgão ambiental responsável pelo licenciamento ambiental.
(D) não obriga o órgão responsável pelo licenciamento ambiental a acolher as contribuições
dela decorrentes, desde que apresente justificativa.
(E) ocorre em momento anterior à elaboração do EIA-RIMA.
Juiz Estadual MS/2020. A audiência pública no processo de licenciamento ambiental
(A) é obrigatória, independentemente do grau de impacto do empreendimento ou da atividade
licenciada.
(B) deve ser realizada no início do processo de licenciamento ambiental para colheita de
críticas e sugestões e, ao final do
processo, para a respectiva devolutiva.
(C) será realizada na sede do órgão ambiental responsável pelo licenciamento ambiental.
(D) não obriga o órgão responsável pelo licenciamento ambiental a acolher as contribuições
dela decorrentes, desde que apresente justificativa.
(E) ocorre em momento anterior à elaboração do EIA-RIMA.
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
● Art. 36, Lei 9985/2000

● Exigível para obras e atividades suscetíveis de causar significativo impacto ambiental


(EIA/RIMA)

● Valor proporcional aos impactos (STF – ADI 3378). Retira a obrigatoriedade do mínimo de
0,5% dos custos de implantação do empreendimento (STF – Recl. 12887 AgR)

● Decreto Federal 6848/2009


STF – ADI 3378
● EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E
3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. 1. O compartilhamento-compensação
ambiental de que trata o art. 36 da Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da
legalidade, dado haver sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos
com as unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação ao
princípio da separação dos Poderes, por não se tratar de delegação do Poder Legislativo
para o Executivo impor deveres aos administrados. 2. Compete ao órgão licenciador fixar
o quantum da compensação, de acordo com a compostura do impacto ambiental a ser
dimensionado no relatório - EIA/RIMA
3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o princípio usuário-pagador, este a significar um
mecanismo de assunção partilhada da responsabilidade social pelos custos ambientais
derivados da atividade econômica. 5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior
a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento", no § 1º
do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da compensação-compartilhamento é de ser fixado
proporcionalmente ao impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e
a ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os custos do
empreendimento. 6. Ação parcialmente procedente.
(ADI 3378, Relator(a): CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 09/04/2008, DJe-112
DIVULG 19-06-2008 PUBLIC 20-06-2008 EMENT VOL-02324-02 PP-00242 RTJ
VOL-00206-03 PP-00993)
CONTROLE JUDICIAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
● Risco de dano ambiental pela ausência de EIA/RIMA e iminência de emissão de LP

● Tutela inibitória para que o órgão ambiental se abstenha de licenciar a atividade enquanto
não elaborado o EIA/RIMA
● Início da instalação do empreendimento sem EIA/RIMA, ou com EIA/RIMA fraudulento ou
omisso

● Tutela inibitória, com o pedido de cessação da atividade

● Pedido de desconstituição de ato administrativo

● Tutela reparatória diante de danos já causados


Juiz Estadual MS/2020. O Ministério Público ajuizou uma ação civil pública visando à declaração de nulidade de licenciamento
ambiental conduzido por estudo ambiental diverso do Estudo de Impacto Ambiental e Respectivo Relatório (EIA-RIMA). O
Magistrado deverá

(A) julgar, de forma antecipada, a ação procedente, uma vez que o EIA-RIMA é obrigatório no licenciamento ambiental.

(B) julgar, de forma antecipada, a ação improcedente, diante da presunção de legalidade do ato administrativo.

(C) determinar a produção de prova pericial para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no licenciamento ambiental.

(D) determinar a produção de prova testemunhal para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA.

(E) extinguir o processo, sem resolução de mérito, por verificar a ausência de interesse processual.
Juiz Estadual MS/2020. O Ministério Público ajuizou uma ação civil pública visando à declaração de nulidade de licenciamento
ambiental conduzido por estudo ambiental diverso do Estudo de Impacto Ambiental e Respectivo Relatório (EIA-RIMA). O
Magistrado deverá

(A) julgar, de forma antecipada, a ação procedente, uma vez que o EIA-RIMA é obrigatório no licenciamento ambiental.

(B) julgar, de forma antecipada, a ação improcedente, diante da presunção de legalidade do ato administrativo.

(C) determinar a produção de prova pericial para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA no licenciamento ambiental.

(D) determinar a produção de prova testemunhal para aferir a necessidade de elaboração do EIA-RIMA.

(E) extinguir o processo, sem resolução de mérito, por verificar a ausência de interesse processual.
JUIZ – TJPR – 2015 – 80. Acerca do Licenciamento Ambiental, do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), é CORRETO afirmar que:

A) A elaboração do EIA e do RIMA é realizada pela equipe técnica multidisciplinar do órgão ambiental
competente, correndo por conta do empreendedor todas as despesas e custos respectivos.

B) Pode ser dispensada a realização do EIA no processo de licenciamento caso o órgão ambiental
considere inexistente o risco de significativa degradação ambiental, vez que se trata de ato discricionário não
sujeito a controle judicial.

C) Sendo indisponível o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e em razão do princípio da


publicidade, é obrigatória a realização de audiência pública no processo de licenciamento ambiental.

D) As conclusões do EIA não vinculam a decisão do órgão ambiental competente, que pode conceder a
licença de operação mesmo em caso de EIA/RIMA desfavorável (no todo ou em parte).
JUIZ – TJPR – 2015 – 80. Acerca do Licenciamento Ambiental, do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), é CORRETO afirmar que:

A) A elaboração do EIA e do RIMA é realizada pela equipe técnica multidisciplinar do órgão ambiental
competente, correndo por conta do empreendedor todas as despesas e custos respectivos.

B) Pode ser dispensada a realização do EIA no processo de licenciamento caso o órgão ambiental
considere inexistente o risco de significativa degradação ambiental, vez que se trata de ato discricionário não
sujeito a controle judicial.

C) Sendo indisponível o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e em razão do princípio da


publicidade, é obrigatória a realização de audiência pública no processo de licenciamento ambiental.

D) As conclusões do EIA não vinculam a decisão do órgão ambiental competente, que pode conceder a
licença de operação mesmo em caso de EIA/RIMA desfavorável (no todo ou em parte).
TRF 5ª R. AC N° 50495
CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEIO AMBIENTE. 1. A ELABORAÇÃO DE
ESTUDO COM RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL CONSTITUEM EXIGÊNCIA
CONSTITUCIONAL PARA LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE
CAUSADORAS DE SIGNIFICATIVA DEGRADAÇÃO DO MEIO-AMBIENTE.
2. A RESOLUÇÃO 001/86 DO CONAMA APENAS PRESCINDE DO EIA/RIMA COM
RELAÇÃO A PROJETOS URBANÍSTICOS DE ÁREA INFERIOR A 100 HA.
3. O RELATÓRIO DE VIABILIDADE AMBIENTAL NÃO É IDÔNEO E SUFICIENTE PARA
SUBSTITUIR O ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVO RELATÓRIO. 4.
APELAÇÕES IMPROVIDAS.
TRF 1ª R. AI N° 200001000197131
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ACP. DECISÃO CONCESSIVA DE LIMINAR. (…)
CONSTRUÇÃO DE TERMINAL DE GRÃOS. DIQUE PROVISÓRIO. DEFERIMENTO DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL. NECESSIDADE DO EIA/RIMA. RESOLUÇÃO 001/86
-CONAMA. 1. O CONAMA, por meio da Resolução 001/86, em seu art. 2º, erigiu lista,
exemplificativa, das atividades modificadoras do meio ambiente que dependerão de
elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental
- RIMA para obter o licenciamento ambiental, dentre elas, portos e terminais de minério,
petróleo e produtos químicos. 2. A construção de silos, píers, dolfins, esteiras transportadoras,
ou seja, de um terminal de grãos é essencialmente obra de ampliação de Porto, portanto,
atividade explicitamente mencionada pela Resolução 001/86, regida pelo princípio da
obrigatoriedade, segundo o qual a Administração deve, e não simplesmente pode, determinar
a elaboração do EIA. (…)
RESPONSABILIDADE
ADMINISTRATIVA POR
INFRAÇÕES AMBIENTAIS
A TRÍPLICE RESPONSABILIZAÇÃO

Art. 225, §3º, CF/88 - As condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados”
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

● Arts. 23, incisos VI e VII, e 225, caput, e §3º CF/88

● LC 140/2011

● Art. 70, Lei 9.605/98

● Dec. 6514/2008
INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Lei 9.605/98
“Art. 70 - Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que
viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente”.
TIPICIDADE ABERTA

“5. A Lei 9.605/1998, embora conhecida, popular e imprecisamente, por Lei dos
Crimes contra o Meio Ambiente, em rigor trata, de maneira simultânea e em partes
diferentes do seu texto, de infrações penais e infrações administrativas. No campo
dos ilícitos administrativos, exige-se do legislador ordinário que estabeleça
tão só as condutas genéricas proibidas (= tipos genéricos), bem como o rol e
limites das sanções cabíveis, deixando a especificação daquelas e destas
para a regulamentação, por meio de decreto...”
6. De forma legalmente adequada, em tipo de contornos genéricos (= norma
administrativa em branco), o art. 70 da Lei 9.605/1998 prevê como infração
administrativa ambiental "toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente". É o que basta para,
com o preenchimento específico do Decreto regulamentador, cumprir as
exigências do princípio da legalidade, que, no Direito Administrativo, não deve
ser interpretado ou cobrado com mais rigor do que no Direito Penal, disciplina em
que similarmente se admitem tipos abertos. Precedentes, entre outros, do STJ:
AgRg no Resp 1.284.558/PB, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe
5/3/2012; REsp 1.091.486/RO, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, DJe
6/5/2009”.
( STJ REsp 1260813 / SC).
“3. Não há atipicidade na conduta do agente, porquanto ela se inclui na
previsão estabelecida no artigo 25, §1º do Decreto nº 6.514/08. A descrição de
conduta típica, para fins de infração administrativa, pode vir regulamentada por meio
de Decreto, desde que a norma se encontre dentro dos contornos previstos na Lei
n. 9.605/98, não inovando na ordem jurídica. De igual modo, inexiste violação ao
princípio da legalidade, tendo em vista a autonomia das instâncias de
responsabilização administrativa e penal”.
(STJ - REsp 1441774 / SC).
REGIME DE RESPONSABILIDADE

OBJETIVA SUBJETIVA

● Exigência de mera voluntariedade; ● Culpabilidade como pressuposto


para imputação de sanções;
● Fundamento: art. 14, pár. 1º., Lei
6938/81; ● Reparação X Punição;

● Risco Integral (STJ - Resp. ● STJ, Resp 1.251.697/PR;


467.212-RJ);
● EREp. 1.318.051-RJ.
● Art. 72, §3º, I e II, Lei 9.605/98 e
Art. 3º, § 2º, Dec. 6.514/08
(negligência ou dolo).
SUBJETIVA

Ambiental. Resp. Multa aplicada administrativamente (...) A aplicação de


penalidades administrativas não obedece à lógica da responsabilidade
objetiva da esfera cível (para reparação dos danos causados), mas deve
obedecer à sistemática da teoria da culpabilidade, ou seja, a conduta deve
ser cometida pelo alegado transgressor, com demonstração de seu
elemento subjetivo, e com demonstração do nexo causal entre a conduta e
o dano (Resp 1.251.697/PR).
“Em recente julgado, proferido pela Primeira Seção do STJ, nos autos do EREsp
1.318.051/RJ (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe de 12/06/2019),
pacificou-se o entendimento no sentido de que a aplicação de penalidades
administrativas não obedece à lógica da responsabilidade objetiva da esfera
cível (para reparação dos danos causados), devendo obedecer à sistemática da
teoria da culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida, pelo alegado
transgressor, com demonstração do elemento subjetivo, e com demonstração do
nexo causal entre a conduta e o dano”.
(STJ, AgInt no AREsp 1458422 / SP).
COMPETÊNCIA

● Art. 23, CF/88 – Comum entre a União, Estados, DF e


Municípios;

● Art. 17, LC 140/2011;

● Art. 70, §1º, Lei 9.605/98 - Autoridades do SISNAMA.


LC 140/2011 – ART. 17

“Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme


o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e
instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação
ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada”.
§2º. – Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade
ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar
medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente
ao órgão competente para as providências cabíveis.
§3º. – O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes
federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de
empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores
de recursos naturais com a legislação ambiental, prevalecendo o auto de infração
lavrado por órgão que detenha atribuição de licenciamento ou autorização a
que se refere o caput.
AMBIENTAL. ÁREA PRIVADA. MATA ATL NTICA. DESMATAMENTO. IBAMA. PODER
FISCALIZATÓRIO. POSSIBILIDADE.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. (...)
1. Não há falar em competência exclusiva de um ente da federação para promover medidas
protetivas. Impõe-se amplo aparato de fiscalização a ser exercido pelos quatro entes
federados, independentemente do local onde a ameaça ou o dano estejam ocorrendo, bem
como da competência para o licenciamento.
2. A dominialidade da área em que o dano ou o risco de dano se manifesta é apenas um dos
critérios definidores da legitimidade para agir do Parquet Federal.
(...)
(REsp 1479316/SE, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em
20/08/2015, DJe 01/09/2015)
PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

● Programa de Conversão de Multas Ambientais (art. 139, Decreto 6514/08)

● Não cabe conversão de multa para reparação de danos decorrentes das


próprias infrações (art. 141)

● Discricionariedade (art. 145, §1º).

● Núcleo de Conciliação Ambiental (Decreto 9760/19)

● Aplicação de descontos 60% a 40% (art. 143, §2º)


PRESCRIÇÃO
Arts. 21 e 22, Decreto 6514/2008

● Art. 21. Prescreve em cinco anos a ação da administração objetivando apurar a prática
de infrações contra o meio ambiente, contada da data da prática do ato, ou, no caso de
infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado.

● § 1º Considera-se iniciada a ação de apuração de infração ambiental pela administração


com a lavratura do auto de infração.

● § 2º Incide a prescrição no procedimento de apuração do auto de infração paralisado por


mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados
de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da
responsabilidade funcional decorrente da paralisação
Art. 22. Interrompe-se a prescrição:
I - pelo recebimento do auto de infração ou pela cientificação do infrator por qualquer outro
meio, inclusive por edital;

II - por qualquer ato inequívoco da administração que importe apuração do fato; e

III - pela decisão condenatória recorrível.


Parágrafo único. Considera-se ato inequívoco da administração, para o efeito do que dispõe o
inciso II, aqueles que impliquem instrução do processo
AMBIENTAL. ADMINISTRATIVO. AUTOS DE INFRAÇÃO. ESPÉCIMES DA FAUNA SILVESTRE MANTIDAS
EM CATIVEIRO SEM A DEVIDA AUTORIZAÇÃO. MULTA.
I - Nos termos do art. 1º, § 1º, da Lei nº 9.873/98, a prescrição intercorrente somente se consuma
caso o processo administrativo permaneça paralisado, sem qualquer despacho ou decisão, por mais
de três anos, o que, na espécie, não ocorreu.
II - A prova testemunhal pretendida pelo autor afigurar-se-ia inócua ao deslinde da controvérsia, tendo em
vista que aos pássaros apreendidos foi dada a destinação prevista no art. 107, inciso I, do Decreto 6.514/08,
restando impossibilitado o reconhecimento dos animais por eventuais testemunhas.
III - Conforme já decidiu o Superior Tribunal de Justiça, "toda conduta de degradação ambiental lesiona o
bem jurídico tutelado, pois a defesa de nossas biotas perpassa pela prevenção e preservação, logo, por
mais que o dano seja ínfimo (baixa destruição da biota), a lesão à educação socioambiental afasta o
requisito da mínima lesividade da conduta" (AREsp 667867/SP, Rel. MINISTRO OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, e-DJF1 de 23/10/2018). Assim, não há que se falar em insignificância da conduta por
ausência de efetiva lesão ao meio ambiente.
IV - A legislação em vigor não condiciona a aplicação das demais sanções administrativas ambientais à
prévia advertência pelo órgão fiscalizador, consoante se extrai da interpretação do art. 72, §§1° e 2°, da Lei
9.605/98, que deixa clara a cumulatividade entre sanções, ao pontuar que a advertência pode ser aplicada
"sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo". Precedentes.
V - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça vem se consolidando no sentido de que a combinação
do disposto no art. 70 da Lei 9.605/98, com as disposições regulamentares dos Decretos n° 3.179/99 e
6.514/08, estes últimos diplomas alinhados com os preceitos primários de crimes ambientais, conferem a
sustentação legal necessária à imposição da pena administrativa, não se podendo falar em violação do
princípio da legalidade estrita (REsp 1080613/PR, Rel. MINISTRA DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA,
DJe 10/08/2009).
VI - Estão satisfeitas as premissas que recomendam a substituição da multa por prestação de
serviços em prol do meio ambiente, nos termos do art. 72, § 4º, da Lei 9.605/98, mormente quando a
submissão do infrator a cursos e projetos de educação ambiental poderá surtir o efeito preventivo e
pedagógico desejado pela responsabilidade administrativa ambiental.
(AC 0059942-53.2014.4.01.3800, JUIZ FEDERAL ILAN PRESSER (CONV.), TRF1 - QUINTA TURMA,
e-DJF1 09/08/2019 PAG.)
SANÇÕES
● Princípio da proporcionalidade : art. 6º., Lei 9.605/98

● Gravidade do fato

● Antecedentes

● Situação econômica no caso de multa

● Concurso de infrações: art. 72, pár. 1º.


SANÇÕES ACAUTELATÓRIAS

● Suspensão de atividades

● Interdição

● Embargo de obra ou atividade

● Apreensão de equipamentos,
petrechos, produtos da infração

● Destruição imediata
TRF 4ª AC 200771990071971

Administrativo. INMETRO. Processo administrativo. A escolha da penalidade


aplicável é atividade administrativa enquadrada no âmbito do poder
discricionário da autoridade fiscalizadora (...) Não se legitima a intervenção do
Judiciário no exame da conveniência e oportunidade da escolha da sanção aplicada
(mérito do ato administrativo sancionador), podendo apenas ser apreciado eventual
desvio de finalidade ou de competência.
TRF 4ª AC 5010456-5420104047200/SC
● Administrativo. Infração ambiental hígida. Pesca em local proibido. Perda de perdimento
da embarcação. Desproporcionalidade. Dano ambiental de pequena monta.

● O auto de infração goza de presunção de legitimidade e legalidade e não há nos autos


qualquer elemento que demonstre irregularidades na sua imposição.

● No processo em tela, o dano ambiental não foi de grande monta, por se tratar de apenas
5 garoupas , e a pena de perdimento da embarcação mostra-se desproporcional. A multa
aplicada pelo IBAMA e a apreensão dos demais petrechos (todos relacionados
diretamente com a pesca) são suficientes para satisfazer os objetivos da aplicação de
uma sanção administrativa, quais sejam: prevenir e reprimir a violação das normas de
proteção ambiental.
ADVERTÊNCIA

● Art. 72, I, e pár. 2.º., Lei 9.605/98;

● Irregularidades a serem sanadas;

● Infrações de menor lesividade (Art. 5º, §1º, Decreto 6514/2008);

● Vedação de aplicação de nova sanção de advertência no período de 3 anos a


contar do julgamento da defesa (art. 7º, Dec. 6514/08).
DECRETO 6514/2008

● Art. 5º A sanção de advertência poderá ser aplicada, mediante a lavratura de


auto de infração, para as infrações administrativas de menor lesividade ao
meio ambiente, garantidos a ampla defesa e o contraditório.

● § 1º Consideram-se infrações administrativas de menor lesividade ao meio


ambiente aquelas em que a multa máxima cominada não ultrapasse o valor de
R$ 1.000,00 (mil reais), ou que, no caso de multa por unidade de medida, a
multa aplicável não exceda o valor referido.
TRF4ª MAS 2005.72.00004171-7

Administrativo. Ambiental. IBAMA. Manutenção de espécies da fauna brasileira em


cativeiro. Pena de multa. Legalidade. A legislação ambiental estabelece que a
aplicação da penalidade de multa independe de prévia aplicação da
penalidade de advertência. Aplicação in casu do disposto no art. 72, §2º., da Lei
9.605/98...
No que tange à aludida violação do art. 72, § 3º, I. da Lei 9.605/98, sob o argumento
de que deve haver advertência prévia à imposição de multa, a irresignação não
prospera, porque a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça entende que para
a aplicação da multa prevista no citado artigo não se exige a cominação anterior de
advertência. Também pacificada a jurisprudência do STJ no sentido de que o
dever-poder de fiscalização ambiental é compartilhado entre União, Estados e
Municípios (STJ, REsp 1795788 / RS).
MULTA SIMPLES

● Art. 72, II, e §3º, Lei 9.605/98, e Art. 8º, Dec. 6514/2008

● Limites: R$ 50,00 a R$ 50.000.000,00

● Base de cálculo: unidade, hectare, metro cúbico (art. 74)

● Reincidência - Art. 11, Dec. 6514/08

● Conversão em serviços de melhoria da qualidade ambiental - Art. 139, Dec.


6514/08
Redução da multa: 4. A multa não pode ser reduzida sem prévia e inequívoca
constatação, pela autoridade administrativa competente, de que todas as
obrigações estabelecidas no TCA foram cumpridas e de que a recuperação se deu
pela intervenção direta do infrator, e não por regeneração natural.
(STJ – Resp 1108590-SC)
MULTA DIÁRIA

● Art. 72, III, e pár. 5.º., Lei 9.605/98;

● Art. 10, Dec. 6514/08 (valor da multa);

● Infração continuada;

● Multas simples ou diárias podem ter a exigibilidade suspensa se for celebrado


TAC com órgão ambiental.
APREENSÃO

● Art. 72, IV, e pár. 6º., Lei 9.605/98

● Arts. 102 a 107 do Dec. 6514/08

● Medida acautelatória, seguida de perdimento

● Destinação dos bens: art. 25, Lei 9.605/98, e Arts. 134 a 138 do Decreto
6514/2008
APREENSÃO DE VEÍCULO UTILIZADO DA INFRAÇÃO. DESMATAMENTO DE VEGETAÇÃO
NATIVA. COMPROVAÇÃO DA UTILIZAÇÃO ESPECÍFICA, EXCLUSIVA, REITERADA OU
ROTINEIRA DO BEM NA PRÁTICA DO ILÍCITO AMBIENTAL. DESNECESSIDADE.
2. Os arts. 25 e 72, IV, da Lei n. 9.605/1998 estabelecem como efeito imediato da infração a
apreensão dos bens e instrumentos utilizados na prática do ilícito ambiental. A exigência de
requisito não expressamente previsto na legislação de regência para a aplicação dessas
sanções compromete a eficácia dissuasória inerente à medida, consistindo em incentivo, sob a
perspectiva da teoria econômica do crime, às condutas lesivas ao meio ambiente.

3. Ademais, exigir que a autoridade ambiental comprove que o veículo é utilizado específica,
exclusiva, reiterada ou rotineiramente para a prática de delito ambiental caracteriza verdadeira
prova diabólica, tornando letra morta a legislação que ampara a atividade fiscalizatória (....).
5. Seja em razão do conceito legal de poluidor, seja em função do princípio da
solidariedade que rege o direito ambiental, a responsabilidade administrativa pelo ilícito
recai sobre quem, de qualquer forma, contribuiu para a prática da infração ambiental,
por ação ou omissão.
6. Após a medida de apreensão, a autoridade administrativa oportunizará o direito de defesa
ao proprietário do bem antes de decidir sobre sua destinação. Cumpre ao proprietário do
veículo comprovar sua boa-fé, demonstrando que, pelas circunstâncias da prática envolvida
e apesar de ter tomado as precauções necessárias, não tinha condições de prever a utilização
do bem no ilícito ambiental.
(AREsp 1084396/RO, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em
19/09/2019, DJe 18/10/2019
Apreensão de bens e veículos:
Possibilidade, com garantia do direito de defesa do proprietário antes da decisão
sobre a destinação do bem (STJ, AREesp 1084.396-RO, j. 18/10/2019).
RECURSO DE APELAÇÃO EM AÇÃO ORDINÁRIA. MEIO AMBIENTE. ANULAÇÃO
DE SANÇÃO ADMINISTRATIVA. RESTITUIÇÃO DE EMBARCAÇÃO. A apreensão
por infração ocorreu em 2009 e houve o pagamento de multa, de modo que,
considerado o longo tempo da apreensão da embarcação, a tutela administrativa
ambiental já se mostrou efetiva, inexistindo, portanto, justificativa para a apreensão
que pode se tornar confisco. Precedente. Sentença de parcial procedência mantida.
Recurso desprovido
(TJSP, Relator(a): Marcelo Berthe; Comarca: Jaú; Órgão julgador: 7ª Câmara
Extraordinária de Direito Público; Data do julgamento: 10/11/2016; Data de registro:
16/11/2016)
TRF 4ª. AC 00008813520094047009/PR

● Administrativo. IBAMA. Apreensão de Madeira. Auto de infração. Multa.


Pagamento. Bem apreendido. Efeito liberatório. Inexistência.

● O pagamento da multa imposta pelo IBAMA, ante ao auto de infração, não


possui nenhuma relação com o bem apreendido, uma vez que tal quitação não
isenta o réu de efetuar a entrega do veículo, levando-se em consideração
constituírem penalidades administrativas diversas e independentes.
SANÇÕES DOS INCS. VI A IX

● Aplicáveis quando o produto, obra, atividade ou estabelecimento não estiverem


obedecendo às prescrições legais ou regulamentares

● Suspensão e embargo são medidas preventivas tomadas pela autoridade


ambiental (cautelares). Contraditório postergado
DIREITO AMBIENTAL. RELEVANTE EMPREENDIMENTO AGROPECUÁRIO. PRÉVIO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL. EXIGÊNCIA. NÃO ATENDIMENTO. EMBARGO DAS ATIVIDADES. POSSIBILIDADE.
MANDADO DE SEGURANÇA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO. (...)
6. Mesmo já tendo sido autuada pela entidade estadual, a empresa continuou a desenvolver as atividades
sem o devido licenciamento. Não havia, portanto, necessidade (utilidade) de prévia (sanção de) advertência,
ao embargo das atividades. A apreensão dos animais ou a destruição das plantações seriam medidas mais
gravosas à empresa.
7. O embargo de atividades é sanção autônoma, prevista na Lei n. 9.605/98 (art. 72, inciso VII). Pode
também ser imposto como medida cautelar para fazer cessar e/ou prevenir danos, até que, ao final,
se decida quanto ao cancelamento da autorização/licença (Lei n. 9.605/98, art. 72, § 8º, inciso II).
9. O porte do empreendimento, por si só, é bastante para concluir pelo significativo impacto ambiental, de
modo a tornar indispensável o licenciamento. Se o empreendimento opera sem a licença, a infração é de
caráter formal. Independe da prova de efetivo dano ambiental.
(AC 0003665-36.2008.4.01.3603, DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO BATISTA MOREIRA, TRF1 -
QUINTA TURMA, e-DJF1
DIREITO AMBIENTAL. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA. ATPF. ORIGEM: RODOVIA SANTARÉM/CUIABÁ.
MADEIRA APREENDIDA EM EMBARCAÇÃO NO RIO PACAJÁ, AFLUENTE DO RIO ARUANÃ.
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA. TRAJETO DIVERSO (...).
2. A ATPF deve acompanhar a carga de produtos vegetais a que se refere durante todo o trajeto. A falta da
ATPF junto com a carga é infração formal; leva em conta o simples perigo que essa ausência representa
para o sistema de controle (...)..
5. No Superior Tribunal de Justiça já se decidiu (REsp n. 985.174/MT, DJe de 12/03/2009) que "o parágrafo
único do art. 46 do mesmo diploma legal (Lei 9.605/98) classifica como crime ambiental a venda, a
exposição a venda, o depósito, o transporte ou a guarda de madeira, lenha, carvão e outros produtos de
origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela
autoridade competente.
RESTRITIVAS DE DIREITOS

● Art. 72, XI, e pár. 8º., Lei 9.605/98

● Suspensão/ Cancelamento de registro, licença ou autorização

● Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais

● Perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento

● Vedação de contratar com a Administração pública


RESPONSABILIDADE
CIVIL AMBIENTAL
Risco como fator de imputação

● arts. 225, §3º, CF/88

● art. 14, §1º, Lei 6938/81

● art. 927, pár.único, Código Civil

● art. 20, Lei 11.105/2005

● arts. 19 a 22, Lei 10.308/2001 e art. 4º, Lei 6453/77


PRESSUPOSTOS PARA A RESPONSABILIDADE
AMBIENTAL

● Ação ou Omissão

● Nexo Causal

● Dano
NEXO DE CAUSALIDADE

Causalidade na Causalidade na Sociedade


Sociedade Industrial de Riscos

● Formulações baseadas em ● Dispersão dos danos, resultantes


causalidade adequada de ações continuadas,
progressivas, cumulativas
● Controvérsias a respeito da prova
e do grau de certeza/probabilidade ● Formulação normativa, baseada
em deveres de proteção

● Hipercomplexidade

● Imputação independente da
certeza
RESP. 1374342/MG

Civil. Resp. Responsabilidade civil. Rompimento de barragem. Mar de Lama que


invadiu as residências. Teoria do risco integral. Nexo de causalidade. Súmula 7/STJ.
Dano moral in re ipsa. (...) 3. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que, nos
danos ambientais, incide a teoria do risco integral, advindo daí o caráter objetivo
da responsabilidade, com expressa previsão constitucional (art. 225, § 3º, da CF) e
legal (art.14, § 1º, da Lei n.6.938/1981), sendo, por conseguinte, descabida a
alegação de excludentes de responsabilidade, bastando, para tanto, a ocorrência de
resultado prejudicial ao homem e ao ambiente advinda de uma ação ou omissão do
responsável.
JUIZ FEDERAL TRF 3ª/2018
A respeito da responsabilidade por dano ecológico é CORRETO afirmar que:

a) Segundo a teoria do risco criado, a responsabilidade pelo dano ecológico é objetiva, admitindo-se as
excludentes de culpa da vítima e força maior.

b) Pela teoria do risco integral é suficiente a demonstração do nexo causal e do dano para que exista o
dever de repará-lo, exceto em caso de ações de particulares praticadas de forma clandestina.

c) Diante da impossibilidade da produção de prova negativa, segundo o Superior Tribunal de Justiça, não
é possível se exigir de quem supostamente promoveu o dano ambiental que comprove que não o causou
ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva.

d) Em face da proporção e da intensidade que o dano ecológico pode alcançar é que a Lei nº 6.938/81
instituiu um fundo nacional para suprir situações de lesão em matéria de poluição como auxílio à
reparação de seus efeitos.
JUIZ FEDERAL TRF 3ª/2018
A respeito da responsabilidade por dano ecológico é CORRETO afirmar que:

a) Segundo a teoria do risco criado, a responsabilidade pelo dano ecológico é objetiva, admitindo-se as
excludentes de culpa da vítima e força maior.

b) Pela teoria do risco integral é suficiente a demonstração do nexo causal e do dano para que exista o
dever de repará-lo, exceto em caso de ações de particulares praticadas de forma clandestina.

c) Diante da impossibilidade da produção de prova negativa, segundo o Superior Tribunal de Justiça, não
é possível se exigir de quem supostamente promoveu o dano ambiental que comprove que não o causou
ou que a substância lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva.

d) Em face da proporção e da intensidade que o dano ecológico pode alcançar é que a Lei nº 6.938/81
instituiu um fundo nacional para suprir situações de lesão em matéria de poluição como auxílio à
reparação de seus efeitos.
STJ - RESP 650.728/SC

“Processual civil e ambiental. Natureza jurídica dos manguezais e marismas…


13. Para o fim de apuração do nexo de causalidade no dano ambiental,
equiparam-se quem faz, quem não faz quando deveria fazer, quem deixa fazer,
quem não se importa que façam, quem financia para que façam, e quem se
beneficia quando outros fazem”.
SUPREME COURT (2019) UKSC 20 – VEDANTA
RESOURCES

The Nchanga Copper Mine - Zâmbia


SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(...)10. Essa degradação transitória, remanescente ou reflexa do meio ambiente inclui: a) o prejuízo
ecológico que medeia, temporalmente, o instante da ação ou omissão danosa e o pleno
restabelecimento ou recomposição da biota, vale dizer, o hiato passadiço de deterioração, total ou
parcial, na fruição do bem de uso comum do povo (= dano interino ou intermediário), algo frequente
na hipótese, p. ex., em que o comando judicial, restritivamente, se satisfaz com a exclusiva
regeneração natural e a perder de vista da flora ilegalmente suprimida, b) a ruína ambiental que
subsista ou perdure, não obstante todos os esforços de restauração (= dano residual ou
permanente), e c) o dano moral coletivo. Também deve ser reembolsado ao patrimônio público e à
coletividade o proveito econômico do agente com a atividade ou empreendimento degradador, a
mais-valia ecológica ilícita que auferiu (p. ex., madeira ou minério retirados irregularmente da área
degradada ou benefício com seu uso espúrio para fim agrossilvopastoril, turístico, comercial).
(REsp 1198727/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
14/08/2012, DJe 09/05/2013)
STJ - RESP. 1180078/MG

(...) A reparação ambiental deve ser feita da forma mais completa possível, de modo que a
condenação a recuperar a área lesionada não exclui o dever de indenizar, sobretudo pelo dano que
permanece entre a sua ocorrência e o pleno restabelecimento do meio ambiente afetado (= dano
interino ou intermediário), bem como pelo dano moral coletivo e pelo dano residual (=
degradação ambiental que subsiste, não obstante todos os esforços de restauração)
5. A cumulação de obrigação de fazer, não fazer e pagar não configura bis in idem, porquanto a
indenização não é para o dano especificamente já reparado, mas para os seus efeitos
remanescentes, reflexos ou transitórios, com destaque para a privação temporária da fruição do bem
de uso comum do povo, até sua efetiva e completa recomposição, assim como o retorno ao
patrimônio público dos benefícios econômicos ilegalmente auferidos.
DANO EXTRAPATRIMONIAL

● Dano presumido a partir da gravidade do dano material, da abrangência de pessoas atingidas,


da perda de valores imateriais relevantes (bem estar, identidade cultural, valores afetivos,
históricos, valor de existência)

● STJ – Resp 1410.698-MG


Parque do Pinheiro Grosso – Canela 700 anos
JUIZ FEDERAL – TRF 4ª/2016
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Segundo a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça:
I. Considerando que o dano moral se fundamenta na dor e no sofrimento psíquico, é
impossível a sua constatação em ação civil pública ambiental, diante da
indeterminabilidade e da transindividualidade dos sujeitos passivos.
II. O dano moral coletivo prescinde da comprovação de dor e abalo psíquico, em se
tratando de lesão a direitos difusos e coletivos.
III. É possível a condenação em dano moral coletivo ambiental se provados a dor e o
abalo psíquico sofridos pela comunidade atingida
JUIZ FEDERAL – TRF 4ª/2016
Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Segundo a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça:
I. Considerando que o dano moral se fundamenta na dor e no sofrimento psíquico, é
impossível a sua constatação em ação civil pública ambiental, diante da
indeterminabilidade e da transindividualidade dos sujeitos passivos.
II. O dano moral coletivo prescinde da comprovação de dor e abalo psíquico, em se
tratando de lesão a direitos difusos e coletivos.
III. É possível a condenação em dano moral coletivo ambiental se provados a dor e o
abalo psíquico sofridos pela comunidade atingida
O POLUIDOR

● Art. 3º, inc. IV, Lei 6938/81;

● Responsabilidade direta e indireta;

● Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado;

● Solidariedade : arts. 258, 259 e 942 CC/2002.


STJ - RESP 647-493-SC

“(...)5. Havendo mais de um causador de um mesmo dano ambiental, todos


respondem solidariamente pela reparação, na forma do art. 942 do Código Civil. De
outro lado, se diversos forem os causadores da degradação ocorrida em diferentes
locais, ainda que contíguos, não há como atribuir-se a responsabilidade solidária
adotando-se apenas o critério geográfico...”
ADQUIRENTE DE ÁREAS DEGRADADAS

● Obrigação propter rem decorrente da função social da propriedade;

● Dever de evitar o agravamento do dano ambiental;

● Responsabilidade pela situação do bem ambiental.


TJSP - APELAÇÃO COM REVISÃO 8987925600

Ação de nulidade de auto de infração. Tratando-se de responsabilidade solidária e


propter rem, não há como se afastar as autuações efetuadas contra a autora.
Comprovada a degradação do meio ambiente e a propriedade do imóvel por parte
do apelante, clara sua responsabilidade em responder pelos danos causador ao
meio ambiente, em virtude de se tratar de obrigação propter rem. Recurso de
apelação da autora improvido (Rel. Des. Lineu Peinado, j. em 13.08.2009).
TJSP AI 731.859.5/3

“...Há, por um lado, indícios veementes de que o solo de propriedade da agravante


está contaminado e só por isso mostra-se adequada a exigência apresentada, no
sentido de que se faça uma investigação detalhada com análise de risco e
elaboração de proposta de sua recuperação.É obrigação propter rem e, por isso
mesmo, irrelevante o fato de ser a contaminação anterior à aquisição da área...”
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

● Art. 4º, Lei 9.605/98

● Desnecessidade de prova de culpa ou excesso de poder dos dirigentes

● Insuficiência patrimonial da pessoa jurídica para a reparação dos danos


ambientais
STJ – RESP 1339046-SC

AMBIENTAL. ACP. Responsabilidade por danos ao meio ambiente. Princípio do


poluidor-pagador (...) Desconsideração da PJ. (...)5. Não custa lembrar que o
Direito Ambiental adota, amplamente, a teoria da desconsideração da
personalidade jurídica (in casu, v.g., os arts. 4º da Lei 9.605/1998 e 81 e 82 da
Lei 11.101/2005). Sua incidência, assim, na Ação Civil Pública, vem a se impor, em
certas situações, com absoluto rigor.
O intuito é viabilizar a plena satisfação de obrigações derivadas de
responsabilidade ambiental, notadamente em casos de insolvência da empresa
degradadora. No que tange à aplicação do art. 4º da Lei 9.605/1998 (= lei
especial), basta tão somente que a personalidade da pessoa jurídica seja
"obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio
ambiente", dispensado, por força do princípio da reparação in integrum e do
princípio poluidor-pagador, o requisito do "abuso", caracterizado tanto pelo "desvio
de finalidade", como pela "confusão patrimonial", ambos próprios do regime
comum do art. 50 do Código Civil (= lei geral).
RESPONSABILIDADE DO ESTADO
POR DANO AMBIENTAL
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Omissão quanto à prestação


de Omissão quanto à Estado como agente
politicas públicas fiscalização poluidor

● Discricionariedade ● Poluidor indireto art. 30, ● Poluidor Direto: Lei


● Reserva do possível IV, Lei 6938/81) 6938/81, arts. 3°., IV, 14,
● Mínimo existencial ● Responsabilidade S1°)
● Proibição de retrocesso
solidária de execução ● Art. 37, §6°, CF/88)
ambiental
subsidiária (STJ) ● Responsabilidade
● Risco concreto para os
objetiva
bens jurídicos protegidos ● Regime objetivo (STF)
● Risco administrativo
OMISSÃO QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS/
SERVIÇOS PÚBLICOS

● Controle judicial da omissão estatal lesiva ao meio ambiente

● Princípio da proporcionalidade

● Efetividade imediata do direito fundamental ao ambiente equilibrado


Poluição por esgotos sem tratamento – São Leopoldo
MORRO DO BUMBA - ABRIL/2010 - NITERÓI
TJRJ – AC 0076027-62.2013.8.19.0002

● Ação indenizatória individual em virtude de mortes e perda de moradia. Danos


materiais e extrapatrimoniais reconhecidos.

● “Comunidade erigida sobre um aterro sanitário desativado. Ciência do Poder


Público. Previsibilidade do risco de desastre. Omissão específica do ente
municipal. Responsabilidade objetiva. Aplicação do arts. 37,§6º., da
Constituição Federal” (14ª. Câmara Cível, j. 19.06.2019).
STJ – RESP 1366331/RS

ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. ACP. REDE DE ESGOTO. VIOLAÇÃO AO ART. 45 DA LEI


N. 11.445/2007. OCORRÊNCIA.
DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO. RESERVA DO POSSÍVEL. MÍNIMO EXISTENCIAL.
1. Cuida-se de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
objetivando o cumprimento de obrigação de fazer consistente na instalação de rede de tratamento de
esgoto, mediante prévio projeto técnico, e de responsabilidade por danos causados ao meio
ambiente e à saúde pública. 2. Caso em que o Poder Executivo local manifestou anteriormente o
escopo de regularizar o sistema de encanamento da cidade. A câmara municipal, entretanto, rejeitou
a proposta. 3. O juízo de primeiro grau, cujo entendimento foi confirmado pelo Tribunal de origem,
deu parcial procedência à ação civil pública - limitando a condenação à canalização em poucos
pontos da cidade e limpeza dos esgotos a céu aberto. A medida é insuficiente e paliativa, poluindo o
meio ambiente.4. O recorrente defende que é necessária elaboração de projeto técnico de
encanamento de esgotos que abarque outras áreas carentes da cidade. 4)
5. O acórdão recorrido deu interpretação equivocada ao art. 45 da Lei n. 11.445/2007. No caso
descrito, não pode haver discricionariedade do Poder Público na implementação das obras de
saneamento básico. A não observância de tal política pública fere aos princípios da dignidade da
pessoa humana, da saúde e do meio ambiente equilibrado. 6. Mera alegação de ausência de
previsão orçamentária não afasta a obrigação de garantir o mínimo existencial. O município
não provou a inexequibilidade dos pedidos da ação civil pública.
7. Utilizando-se da técnica hermenêutica da ponderação de valores, nota-se que, no caso em
comento, a tutela do mínimo existencial prevalece sobre a reserva do possível. Só não prevaleceria,
ressalta-se, no caso de o ente público provar a absoluta inexequibilidade do direito social
pleiteado por insuficiência de caixa - o que não se verifica nos autos. Recurso especial provido.

(Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/12/2014, DJe 19/12/2014)


CONTROLE JUDICIAL DA OMISSÃO NA FISCALIZAÇÃO

Estado não é garantidor universal, diante da inexequibilidade do dever de vigilância


ubíqua.
Porém, é dever de todos os entes federativos o exercício do poder de polícia
ambiental, sob pena de responsabilização solidária e objetiva, como poluidor
indireto (STJ, 2ª T., AgRg no REsp 1417023/PR, j. 18/08/2015; REsp 1666027/SP, j.
19/10/2017; REsp 1376199/SP, j. 19/08/2014)
Possibilidade de determinação judicial de fiscalização (STJ, REsp 1581124/SP, j.
07/04/2016)
STF – RE 603626/MS

Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva


do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o
“eventus damni” e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público,
(c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha,
nessa específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da
licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da
responsabilidade estatal. Precedentes.
A ação ou a omissão do Poder Público, quando lesiva aos direitos de qualquer pessoa, induz à
responsabilidade civil objetiva do Estado, desde que presentes os pressupostos primários que
lhe determinam a obrigação de indenizar os prejuízos que os seus agentes, nessa condição,
hajam causado a terceiros (julgado em 15.05.2012, Min. Celso de Mello).
OMISSÃO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL/
URBANÍSTICO

Vícios no licenciamento/ autorizações

● Ausência de EIA/RIMA

● Desconsideração de que a vegetação a ser suprimida era Mata Atlântica ou se


localizava em APP

● Condicionantes incompatíveis com os riscos do empreendimento

● Loteamentos em áreas contaminadas


CONDOMÍNIO BARÃO DE MAUÁ

● Condomínio formado por 54 prédios, com


7 mil pessoas

● A área foi contaminada pela COFAP, a


partir de 1974

● Sentença determinou demolição dos


prédios e indenização aos moradores
CONDOMÍNIO BARÃO DE MAUÁ

Fonte: CETESB
LEIS ESPECIAIS DE
PROTEÇÃO
AMBIENTAL
ESPAÇOS TERRITORIAIS PROTEGIDOS

● Art. 225, §1º, III, CF/88

● Art. 2º, Lei 12.651/12: florestas e demais de vegetação são bens de


interesse comum a todos

● Sobreposição de regimes jurídicos sobre os mesmos bens

● Função social da propriedade – Art. 1228, CC/02


FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE RURAL

● Arts. 5º, XXIII, 170, III, 186, II, CF/88

● Art. 1228, §1º, CC/2002

● Observância das limitações impostas pelo Código Florestal

● Dever de não degradar, de conservar e de recuperar a qualidade ambiental


CÓDIGO FLORESTAL FEDERAL

● Lei 12.651/2012

● Principais categorias: Área de Preservação Permanente e Reserva Legal

● Cadastro Ambiental Rural

● Constitucionalidade (STF) Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 42


e Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4901, 4902, 4903 e 4937.
ART. 2º, LEI 12.651/12

As florestas existentes no território nacional e demais formas de vegetação nativa,


reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a
todos os habitantes do país, exercendo-se os direitos de propriedade com as
limitações que a legislação em geral e especialmente esta lei estabelecerem.
As obrigações previstas nesta Lei tem natureza real e são transmitidas ao sucessor,
de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural
(art. 2º, §2º).
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Coberta ou não por vegetação nativa, com função de preservar os recursos


hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da
fauna e da flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas
(art. 3º, II).
● Limite intrínseco ao direito de propriedade

● Caráter preservacionista

● Atinge áreas públicas e privadas

● Não é averbada na matrícula


ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EX VI LEGIS

● Art. 4º, Lei 12.651/12

● Faixas marginais de qualquer curso d’água perene e intermitente, excluídos os


efêmeros

● Nascentes (raio 50m)

● Topos de morro e encostas com declividade superior a 45º

● Restingas, manguezais

● florestas em áreas indígenas


ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Art. 4º - Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais e urbanas:


As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,
excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima
de:
1. trinta metros, para o curso d`água com menos de
dez metros de largura;
2. cinqüenta metros, para o curso d`água com dez a
cinqüenta metros de largura;

3. cem metros, para o curso d`água com cinqüenta a duzentos


metros de largura;
4. duzentos metros, para o curso d`água com duzentos a
seiscentos metros de largura;
5. quinhentos metros, para o curso d`água com mais de
seiscentos metros de largura.
APP EM ÁREA URBANA – LEI 14.285/2021

● Altera a Lei Federal 12.651/2012 e a Lei 6766/79

● Oito meses após o Superior Tribunal de Justiça decidir que, às APPs em torno
de cursos d’água em áreas urbanas consolidadas, se aplica a faixa marginal de
30 a 500 metros estabelecida pelo Código Florestal em vez da faixa de 15
metros prevista na lei de parcelamento do solo urbano (Recurso Especial nº
1.770.760/SC), a nova lei permite que lei municipal ou distrital defina
faixas marginais diferentes daquelas fixadas pelo Código Florestal.
Entre os requisitos para tanto está a oitiva dos conselhos estaduais, municipais
ou distritais de meio ambiente.
ÁREA URBANA CONSOLIDADA

Art. 4º, §10, Lei 12.651/2012. Em áreas urbanas consolidadas, ouvidos os conselhos
estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente, lei municipal ou distrital poderá definir
faixas marginais distintas daquelas estabelecidas no inciso I do caput deste artigo, com
regras que estabeleçam:
I – a não ocupação de áreas com risco de desastres;
II – a observância das diretrizes do plano de recursos hídricos, do plano de bacia, do plano
de drenagem ou do plano de saneamento básico, se houver; e
III – a previsão de que as atividades ou os empreendimentos a serem instalados nas áreas
de preservação permanente urbanas devem observar os casos de utilidade pública, de
interesse social ou de baixo impacto ambiental fixados nesta Lei.”
O art. 4º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com as seguintes
alterações:

● “Art. 4º

● III-A - ao longo da faixa de domínio das ferrovias, será obrigatória a reserva de uma
faixa não edificável de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado;

● III-B -III-B - ao longo das águas correntes e dormentes, as áreas de faixas não
edificáveis deverão respeitar a lei municipal ou distrital que aprovar o instrumento de
planejamento territorial e que definir e regulamentar a largura das faixas marginais de
cursos d´água naturais em área urbana consolidada, nos termos da Lei nº 12.651, de
25 de maio de 2012, com obrigatoriedade de reserva de uma faixa não edificável para
cada trecho de margem, indicada em diagnóstico socioambiental elaborado pelo
Município;
AS APPS RURAIS CONSOLIDADAS

● Art. 61 – A – Nas APPs, é autorizada, exclusivamente, a continuidade das


atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas
rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

● Considerado constitucional pelo STF


“ESCADINHA”

Para os imóveis rurais com área de até 1 módulo fiscal que possuam áreas
consolidadas em APP ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a
recomposição das respectivas faixas marginais em 5 metros, contados da borda
da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.
MÓDULO FISCAL

É uma unidade de medida agrária usada no país (Lei 6746/79), expressa em


hectares e é variável, sendo fixada pelo INCRA para cada Município, de acordo
com:
-Tipo de exploração predominante, renda obtida com a exploração, outras
explorações existentes, expressivas em função da renda ou de área utilizada e
com o conceito de propriedade familiar.
Imóveis com área de até:

● 1 módulo fiscal – 5 metros

● Superior a 1 e até 2 módulos fiscais – 8 metros

● De 2 até 4 módulos fiscais – 15 metros

● Área superior a 4 módulos – entre 20 e 100 metros, conforme o PRA


ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
ADMINISTRATIVAS
● Art. 6º, Código Florestal

● Demandam prévia declaração do Poder Público

● Finalidade
○ atenuar erosão, fixação de dunas
○ proteção ao longo de rodovias e ferrovias
○ proteção de áreas de excepcional beleza ou valor, etc
UTILIZAÇÃO DA APP

● Art. 7º, Lei 12.651/12

● Necessidade de execução de obras, planos e atividades ou projetos de


utilidade pública ou interesse social

● Baixo impacto
UTILIDADE PÚBLICA

● Atividades de segurança nacional e proteção sanitária

● Obras essenciais de infraestrutura para transporte, saneamento e energia

● Pesquisa e extração de substâncias minerais

● Implantação de área verde pública em área urbana


● Pesquisa arqueológica

● Obras públicas para implantação de instalações necessárias à captação e


condução de água de efluentes tratados

● Implantação de instalações necessárias à captação e condução de água


e de efluentes para projetos de aquicultura
INTERESSE SOCIAL

● Atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa

● Manejo agroflorestal sustentável

● Regularização fundiária sustentável de área urbana

● Atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho


REURB

Lei 13.465/2017
Art. 11, § 2º Constatada a existência de núcleo urbano informal situado, total ou
parcialmente, em área de preservação permanente ou em área de unidade de conservação
de uso sustentável ou de proteção de mananciais definidas pela União, Estados ou
Municípios, a Reurb observará, também, o disposto nos arts. 64 Art. 11, § 2º Constatada a
existência de núcleo urbano informal situado, total ou parcialmente, em área de preservação
permanente ou em área de unidade de conservação de uso sustentável ou de proteção de
mananciais definidas pela União, Estados ou Municípios, a Reurb observará, também, o
disposto nos arts. 64 e 65 da Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012 , hipótese na qual se
torna obrigatória a elaboração de estudos técnicos, no âmbito da Reurb, que justifiquem as
melhorias ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior, inclusive por
meio de compensações ambientais, quando for o caso.
§ 3º No caso de a Reurb abranger área de unidade de conservação de uso sustentável que,
nos termos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, admita regularização, será exigida
também a anuência do órgão gestor da unidade, desde que estudo técnico comprove que
essas intervenções de regularização fundiária implicam a melhoria das condições
ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior.
§ 4º Na Reurb cuja ocupação tenha ocorrido às margens de reservatórios artificiais de água
destinados à geração de energia ou ao abastecimento público, a faixa da área de
preservação permanente consistirá na distância entre o nível máximo operativo normal e a
cota máxima maximorum.
RESERVA LEGAL

“Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada no


art. 12, com função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos
recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos
processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade , bem como o
abrigo e a proteção da fauna e flora nativas” (art. 3º, III).
CARACTERÍSTICAS GERAIS

● Somente em área rural


● Obrigatoriedade de o imóvel estar cadastrado no CAR
● Áreas rurais consolidadas: Arts. 67 e 68 – Julgados constitucionais –
STF
● Percentuais de RL
○ Demais regiões do país: 20%
○ Localizado na Amazônia Legal
■ 80% no imóvel situado em área de florestas
■ 35% - área de cerrado
■ 20% - área de campos gerais
CADASTRO AMBIENTAL RURAL

● Âmbito nacional
● Obrigatório para todos os imóveis rurais
● Finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses
rurais
● Objetivo de compor base de dados para
○ Controle
○ Monitoramento
○ Planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento
INFORMAÇÕES DO CAR

● Identificação do proprietário/possuidor da terra

● Informações sobre a propriedade/posse, incluindo a geolocalização de:


○ Perímetro do imóvel rural;
○ Áreas com vegetação nativa remanescente;
○ APP e RS
○ Áreas consolidadas
CARACTERÍSTICAS GERAIS

● Sistema autodeclaratório

● Dependência da existência de base geográfica idônea em escala adequada e


com diversas temporalidades
○ Mapeamentos de remanescentes de vegetação e de tipologias de
cobertura vegetal
○ Mapeamentos de Unidades de Conservação e outros espaços
protegidos
PROMOTOR - SP/ 86° CONCURSO

Considere os seguintes enunciados:


I - Há dois tipos de APP: a instituída diretamente pelo Código Florestal e a
instituída por ato da Adm. Pública.
II - De acordo com o Código Florestal, consideram-se área de proteção ambiental
as florestas e demais formas de vegetação natural situadas nas restingas, como
fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues.
III - O regime jurídico das APPs possibilita a exploração dos recursos naturais
existentes.
Quais estão corretas?
CRIMES RELACIONADOS À FLORA

● Código Florestal
○ Arts. 38 e 39, Lei 9.605/98 – Florestas de preservação permanente
○ Art. 44 - Extrair minerais de florestas de domínio público, ou
consideradas de preservação permanente
○ Art. 50 – Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou
vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues

● Art. 38-A – Proteção da Mata Atlântica


UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO
CONCEITO

● Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas


jurisdicionais, com características naturais relevantes

● Somente pode ser alterada ou desafetada por lei (art. 225, §1, inciso III,
CF/88)

● Precisam ter Plano de Manejo (Lei 9985/2000, art. 27)


STJ - RESP 1662799/RJ

APA DE MARICÁ. LEI 9.985/2000. PRINCÍPIOS DA PROIBIÇÃO DE RETROCESSO


E DA INALTERABILIDADE ADMINISTRATIVA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.
Trata-se de Ação Civil Pública proposta por Associação com o propósito de garantir a
Área de Proteção Ambiental - APA de Maricá, espaço territorial em que se encontram
rica biodiversidade, do pouco que ainda resta da Mata Atlântica, paisagens
paradisíacas de dunas, vegetação de restinga e sistema lagunar, além de sítios
arqueológicos e sambaquis. Ao que consta, norma posterior (Decreto Estadual
41.048/2007) à que criou a Unidade de Conservação (Decreto Estadual 7.230/1984)
teria - a pretexto de instituir, à luz da Lei Federal 9.985/2000, seu Plano de Manejo -
reduzido, por via transversa, o grau de salvaguarda dos patrimônios ambiental,
histórico e cultural da região
A rigor, o que essencialmente se discute na lide, em tese, é a questão de haver ou não
o Estado do Rio de Janeiro afrontado o princípio da proibição de retrocesso ambiental
e o princípio da inalterabilidade administrativa das Unidades de Conservação, este
último estampado no art. 225, § 1°, III, in fine, da Constituição de 1988, pois a) teria
enfraquecido, por meio de exigências menos restritivas, os mecanismos de controle de
atividades e empreendimentos econômicos que pretendam instalar-se na área e
possam comprometer o espaço territorial e seus componentes especialmente
protegidos e, b) ao assim proceder, não o fez por lei em sentido formal, como
constitucionalmente exigido, e sim por decreto.2. Hipótese em que o Tribunal local
consignou: "esta Câmara não só proferiu Acórdão que encerra contradição.
(, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/04/2017,
DJe 05/05/2017)
CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Unidades de Proteção Integral - art. 8º


● Estação Ecológica (pública)
● Reserva Biológica (pública)
● Parque Nacional (pública)
● Monumento Natural (pública ou privada)
● Refúgio de Vida Silvestre (pública ou privada)
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TAIM
UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL

● Objetivo de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos


seus recursos naturais.

● Com exceção do Monumento Natural e do Refúgio de Vida Silvestre, essas


UCs precisam ser desapropriadas.

● Algumas admitem a visitação pública (Parque, Monumento, Refúgio), outras


apenas com o objetivo educacional (Estação Ecológica, Reserva Biológica).
UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL

● Área de Proteção Ambiental (pública ou privada)

● Área de Relevante Interesse Ecológico (pública ou privada)

● Floresta Nacional (pública)

● Reserva Extrativista (pública)

● Reserva de Fauna (pública)


● Reserva de Desenvolvimento Sustentável (pública)

● Reserva Particular do Patrimônio Natural (privada)


CARACTERÍSTICAS GERAIS

● O objetivo é compatibilizar a conservação da natureza com o uso


sustentável de parcela dos seus recursos naturais

● São constituídas por áreas públicas: Floresta Nacional, Reserva


Extrativista, Reserva de Desenvolvimento Sustentável, Reserva de Fauna
● São constituídas por áreas públicas ou privadas: Área de Proteção Ambiental
e Área de Relevante Interesse Ecológico

● É constituída apenas por área privada: RPPN

● Com exceção da RPPN e da APA, as UCs sempre tem zona de


amortecimento (art. 25)
CRIMES ENVOLVENDO UCS

● Art. 40 - Causar dano, direto ou indireto, à UC.

● Art. 52 - Penetrar em UC conduzindo substâncias ou instrumentos próprios


para caça ou exploração de produtos florestais, sem licença
PROMOTOR MPES - 2017

Assinale a alternativa correta:

A) São consideradas APPs as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene, intermitente ou
efêmero, na largura mínima estabelecida em lei;

B)A criação, pelo Poder Público, de Parque Nacional deve ser precedida de estudos técnicos, sendo
indispensável a consulta pública

C) A Área de Proteção Ambiental constitui categoria de UC de Proteção Integral

D) As obrigações decorrentes de supressão de vegetação em APP tem natureza pessoal

E) A RL é área protegida ambientalmente, localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, e


corresponde, em todo o país, a 20% do imóvel
PROMOTOR MPES - 2017

Assinale a alternativa correta:

A) São consideradas APPs as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene, intermitente ou
efêmero, na largura mínima estabelecida em lei;

B)A criação, pelo Poder Público, de Parque Nacional deve ser precedida de estudos técnicos, sendo
indispensável a consulta pública

C) A Área de Proteção Ambiental constitui categoria de UC de Proteção Integral

D) As obrigações decorrentes de supressão de vegetação em APP tem natureza pessoal

E) A RL é área protegida ambientalmente, localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, e


corresponde, em todo o país, a 20% do imóvel
JUIZ – TJPR - 2017

Com base na Lei 9985/2000, que institui o SNUC, assinale a opção correta, acerca do Parque Nacional
do Iguaçu, UC localizada no extremo oeste do estado do Paraná

A) Eventual redução dos limites originais do referido parque só poderá ser feita mediante lei específica.

B) Por ser UC já constituída como Parque Nacional por ato do poder público, o parque em apreço não
pode integrar reserva de biosfera

C) O parque em apreço classifica-se como UC de uso sustentável

D)Áreas particulares dentro do perímetro do parque em consideração podem ser exploradas


economicamente, desde que se observe o plano de manejo da unidade
JUIZ – TJPR - 2017

Com base na Lei 9985/2000, que institui o SNUC, assinale a opção correta, acerca do Parque Nacional
do Iguaçu, UC localizada no extremo oeste do estado do Paraná

A) Eventual redução dos limites originais do referido parque só poderá ser feita mediante lei específica.

B) Por ser UC já constituída como Parque Nacional por ato do poder público, o parque em apreço não
pode integrar reserva de biosfera

C) O parque em apreço classifica-se como UC de uso sustentável

D)Áreas particulares dentro do perímetro do parque em consideração podem ser exploradas


economicamente, desde que se observe o plano de manejo da unidade
JUIZ – TRF2 - 2017

Em relação às UC é correto afirmar que:

A) O licenciamento de atividade desenvolvida em APA federal é sempre de competência da União.

B) O resultado das consultas prévias à criação de UC só vincula o Poder Executivo quando houver
participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a consulta seja feita
com acompanhamento do TER

C) A zona de amortecimento de uma UC deve ter seus limites definidos, seja no ato de criação da
unidade ou posteriormente.

D) Nas UC de proteção integral não são admitidas atividades com finalidades lucrativas

E) Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável só são admitidas visitas de parentes dos


residentes que façam parte da população tradicional abrigada na reserva
JUIZ – TRF2 - 2017

Em relação às UC é correto afirmar que:

A) O licenciamento de atividade desenvolvida em APA federal é sempre de competência da União.

B) O resultado das consultas prévias à criação de UC só vincula o Poder Executivo quando houver
participação da maioria da população diretamente interessada e desde que a consulta seja feita
com acompanhamento do TER

C) A zona de amortecimento de uma UC deve ter seus limites definidos, seja no ato de criação da
unidade ou posteriormente.

D) Nas UC de proteção integral não são admitidas atividades com finalidades lucrativas

E) Nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável só são admitidas visitas de parentes dos


residentes que façam parte da população tradicional abrigada na reserva
JUIZ – TRF 4 - 2016

Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. Acerca da Lei Federal nº 9.985/00, que
instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza:
I. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza é composto pelas Unidades de
Conservação Federais, Estaduais e Municipais.
II. As Unidades de Conservação podem ser divididas entre Proteção Integral e de Uso Sustentável,
e, em todas as situações, haverá a transferência do título de propriedade ao ente federativo que a
instituiu.
III. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é composto por um órgão consultivo, o
Conama; um órgão Central, o Ministério do Meio Ambiente; e um órgão executivo, que, para as
Unidades de Conservação Federais, pode ser o Instituto Chico Mendes ou o Ibama.
IV. Todas as unidades de conservação instituídas legalmente possuem zona de amortecimento,
que tem como objetivo minimizar os impactos negativos da atividade humana sobre a unidade.
V. É permitida a ocupação das Unidades de Conservação para fins de pesquisa científica,
independentemente de autorização do órgão gestor respectivo.
UIZ – TRF 4 - 2016

a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.

b) Estão corretas apenas as assertivas I e III.

c) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.

d) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.

e) Estão corretas apenas as assertivas III e V


UIZ – TRF 4 - 2016

a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.

b) Estão corretas apenas as assertivas I e III.

c) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.

d) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.

e) Estão corretas apenas as assertivas III e V


PROMOTOR MG - 46° CONCURSO

Assinale a alternativa correta, de acordo com a lei do SNUC:


a) Integram o grupo de UCPI as seguintes categorias: Estação Ecológica, Reserva Biológica, parque
Nacional, Monumento Natural, Área de Relevante Interesse Ecológica e APA.

b) o objetivo básico das UCPI é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de
parcela de seus recursos naturais.

c) em se tratando de UC deve ser elaborado um Plano de Manejo que abranja a área correspondente à
UC, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover
sua integração econômica e social das comunidades vizinhas

d) restauração, segundo a definição estabelecida na lei citada, é a restituição de um ecossistema ou de


uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, diferente de sua condição original.

e) a Estação Ecológica, como UCPI, tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de
pesquisas científicas, sendo públicos a posse e o domínio de sua área. Havendo áreas particulares
incluídas em seus limites, deverão ser cedidas, a título gratuito, ao Poder Público, sendo esta uma das
restrições legais ao direito de propriedade.
POLÍTICA NACIONAL DE
RECURSOS HÍDRICOS
DOMÍNIO DOS RECURSOS HÍDRICOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
● Recursos hídricos são de domínio da União e dos Estados, não havendo
recursos hídricos de domínio municipal, exceto em caso de delegações (rios
localizados em um único Município).

● São de domínio da União (Art. 20, da CF/88):


○ Lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio,
ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros
países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem
como os terrenos marginais e as praias fluviais
● São de domínio dos Estados (Art. 26 da CF/88):
○ Águas que não pertencem à União, superficiais ou subterrâneas,
fluentes emergentes e em depósito, salvo as decorrentes de obras da
União
○ Águas subterrâneas são de domínio estadual
○ Aquífero Guarani: compartilhado entre 8 estados brasileiros e 4 países

● Rios e mares são bens de uso comum do povo (Art. 99, I, do CC)
○ Usos permitidos de acordo com regulamentos públicos sobre o tema
○ Uso privativo passível de manifestação e autorização do Poder Público,
bem como imposição de condições especificas
FUNDAMENTOS DA PNRH

● Água é:
○ bem de domínio público (Art. 1º, I, da PNRH)
○ recurso natural limitado, dotado de valor econômico (Art. 1º, II, da
PNRH)

● Em situações de escassez, deve ser priorizado o consumo humano e a


dessedentação de animais (Art. 1º, III, da PNRH)

● Gestão descentralizada, com participação do Poder Público, usuários e


comunidades (Art. 1º, VI, da PNRH)
OBJETIVOS DA PNRH

São objetivos da PNRH (Art. 2º da PNRH):


● Assegurar à atual e às futuras gerações a disponibilidade de água em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos

● Utilização racional e integrada dos recursos hídricos

● Prevenção e defesa contra eventos hidrológicos críticos

● Incentivar e promover a captação, preservação e aproveitamento de


águas pluviais
INSTRUMENTOS DA PNRH

● Planos de Recursos Hídricos

● Enquadramento dos corpos d’água em classes

● Outorga dos direitos de uso (autorização)

● Cobrança pelo uso

● Compensação aos Municípios (Vetado)

● Sistema de informações sobre Recursos Hídricos


OUTORGA
● Trata-se de instrumento da PNRH (Art. 5º, III) que permite o simples direito
de uso, pois é bem inalienável (Art. 18);

● Características:
○ Prazo determinado de, no máximo, 35 anos (renovável) e
○ Condições de uso expressas no ato da Outorga.

● Suspensão do direito concedido (Art. 15):


○ Descumprimento dos termos da Outorga;
○ Necessidade premente de água para atender situações de calamidades;
○ Prevenção e reversão de grave degradação ambiental;
○ Atendimento aos usos prioritários.
Usos que dependem de outorga (Art. 12):
● Extração de água de aquífero subterrâneo (consumo final ou insumo);

● Lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos, tratados ou


não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

● Aproveitamento dos potenciais elétricos;

● Usos não delimitados em lei, mas que possam alterar o regime, a quantidade
ou a qualidade das águas
Ementa: CONSTITUCIONAL. FEDERALISMO E RESPEITO ÀS REGRAS DE
DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA. VIOLAÇÃO À COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
EXCLUSIVA DA UNIÃO (CF, ART. 21, XIX). AFRONTA AO ART. 225, §1º, V, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AO PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO. CONFIRMAÇÃO DA
MEDIDA CAUTELAR. PROCEDÊNCIA. 1. As regras de distribuição de competências
legislativas são alicerces do federalismo e consagram a fórmula de divisão de centros de
poder em um Estado de Direito. Princípio da predominância do interesse. 2. Ao disciplinar
regra de dispensa de outorga de direito de uso de recursos hídricos, o art. 18, § 5º, da
Lei 11.612/2009 do Estado da Bahia, com a redação dada pela Lei 12.377/2011, usurpa
a competência da União, prevista no art. 21, XIX, da Constituição Federal, para definir
critérios na matéria. 3. A dispensa de outorga de direito de uso de recursos hídricos para
perfuração de poços tubulares afronta a incumbência do poder público de controlar o
emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente (CF, art. 225, § 1º, V)...
4. Os arts. 19, VI, e 46, XI, XVIII e XXI, da lei atacada dispensam a manifestação prévia dos
Comitês de Bacia Hidrográfica para a atuação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos -
CONERH, o que reduz a participação da coletividade na gestão dos recursos hídricos,
contrariando o princípio democrático (CF, art. 1º). Da mesma maneira, o art. 21 da lei
impugnada suprime condicionantes à outorga preventiva de uso de recursos hídricos,
resultantes de participação popular. Ferimento ao princípio democrático e ao princípio da
vedação do retrocesso social. 5. Medida Cautelar confirmada. Ação Direta de
Inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 5016, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2018,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-230 DIVULG 26-10-2018 PUBLIC 29-10-2018)
COBRANÇA DO USO DE RECURSOS HÍDRICOS
● Cobrança dos usos sujeitos a outorga, salvo nos casos do art. 12, §1o., Lei
9433/97.

● Valores arrecadados devem ser aplicados prioritariamente na bacia


hidrográfica em que foram gerados.

● Concedida por meio de autorização (art. 4°, IV, Lei 9984/00)

● Prazo de 35 anos, prorrogável


POLÍTICA NACIONAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
ASPECTOS IMPORTANTES
● Princípios: art. 6º : prevenção, precaução, PPP, visão sistêmica,
desenvolvimento sustentável e reconhecimento do resíduo sólido reutilizável
e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e
renda e promotor de cidadania;

● Objetivos: Art. 7º, II – Não geração, redução, reutilização, reciclagem e


tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
Agravo regimental no recurso extraordinário. Direito ambiental. Ação Direta de
Inconstitucionalidade. Lei nº 3.977/2009 do Município de Rio Claro/SP que proíbe a utilização,
pelos estabelecimentos daquela localidade, de embalagens plásticas à base de polietileno ou de
derivados de petróleo. Lei de iniciativa parlamentar. Matéria de interesse local. Competência
municipal. Precedentes. 1. A lei impugnada não dispõe sobre nenhuma das matérias sujeitas à
iniciativa legislativa reservada do chefe do Poder Executivo previstas no art. 61, § 1º, da
Constituição Federal (....)3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal reconheceu aos
municípios a competência para legislar sobre direito ambiental quando se tratar de assunto de
interesse predominantemente local (RE nº 586.224/SP-RG, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Luiz
Fux, DJe de 8/5/15 – Tema 145). 4. O assunto tratado na lei municipal impugnada constitui
matéria de interesse do município, por estar relacionada à gestão dos resíduos sólidos
produzidos na localidade, especificamente das sacolas plásticas, conforme consta da
exposição de motivos ao projeto de lei que deu origem ao diploma combatido. 5. Agravo
regimental não provido.
(RE 729726 AgR, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 06/10/2017,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-245 DIVULG 25-10-2017 PUBLIC 26-10-2017)
INSTRUMENTOS DA PNRS
● Art. 8º, Lei 12.305/2010

● Planos Nacional, Estadual e Municipal de Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos

● Coleta Seletiva

● Logística Reversa

● Acordos Setoriais
DEVERES DECORRENTES DA LEI 12.305/2010

● Planos Municipais de ● Planos de Gestão de Resíduos


Resíduos Sólidos Sólidos
● Destinação adequada dos ● Logística reversa de embalagens e
resíduos outros resíduos para fins de
● Coleta seletiva reciclagem
● Inclusão social de ● Remuneração aos Municípios caso
Associações e Cooperativas executem tarefas da logística
de Catadores reversa
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

Consumidor
Fabricante Consumidor

Destinação SP
Final LU
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

Fabricante
Consumidor

Consu
midor
Fabricante
Importador
Destinação
Final Distribuidor
Comerciante
RESÍDUOS SUJEITOS À LOGÍSTICA REVERSA
● Agrotóxicos

● Pilhas e baterias

● Pneus

● Óleos lubrificantes

● Lâmpadas fluorescentes

● Produtos eletrônicos

● Medicamentos e embalagens em geral (art. 33,§1º)


RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
● Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas;

● Fabricantes, importadores, distribuidores; comerciantes;

● Consumidores ;

● Dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de


resíduos sólidos e rejeitos gerados.
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA
● Resíduos oriundos da limpeza urbana e domiciliares: Poder Público

● Industriais, serviços de saúde, comerciantes construção civil, prestação de


serviços: Geradores
● Consumidores: Segregação na fonte e disponibilização para a coleta e
devolução dos resíduos sujeitos à logística reversa.

● Logística reversa: Resíduos especificados no art. 33 e embalagens (art.


32). Acordos setoriais e termos de compromisso.
JUIZ – TRF2 - 2017

Quanto à ordem de prioridade a ser observada nas políticas de gestão e de gerenciamento de resíduos
sólidos:
A) A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos é o objetivo maior da Política Nacional de
Resíduos Sólidos

B) A ordem de prioridade é reciclagem, não geração e, por fim, uso como fonte de energia.

C)A ordem de prioridade se inicia com a tentativa de não geração e segue com a redução, reutilização,
reciclagem, tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

D) A ordem de prioridade é reciclar, reutilizar, e, se for possível, não gerar.

E) Segundo o princípio do poluidor-pagador, a prioridade é a não geração, a taxação daqueles que


geram mais e, quanto aos resíduos gerados, a disposição final efetuado em consonância com a política
de saneamento básico.
JUIZ – TRF2 - 2017

Quanto à ordem de prioridade a ser observada nas políticas de gestão e de gerenciamento de resíduos
sólidos:
A) A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos é o objetivo maior da Política Nacional de
Resíduos Sólidos

B) A ordem de prioridade é reciclagem, não geração e, por fim, uso como fonte de energia.

C)A ordem de prioridade se inicia com a tentativa de não geração e segue com a redução, reutilização,
reciclagem, tratamento de resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

D) A ordem de prioridade é reciclar, reutilizar, e, se for possível, não gerar.

E) Segundo o princípio do poluidor-pagador, a prioridade é a não geração, a taxação daqueles que


geram mais e, quanto aos resíduos gerados, a disposição final efetuado em consonância com a política
de saneamento básico.
CRIMES RELACIONADOS AOS RESÍDUOS
● Lei 9605/98

● Art. 54 – Poluição

● Art. 56 – Produzir, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer,


transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou
substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde ou ao meio ambiente, em
desacordo com as exigências estabelecidas em lei ou nos seus
regulamentos (Pena: 1 a 4 anos e multa)

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