Trichomonas Vaginalis - 2017

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19/03/2015

TRICHOMONAS Trichomonas tenax


Protozoário flagelado, comensal, com ampla
TAXONOMIA distribuição geográfica

REINO: Protozoa
FILO: Sarcomastighofora Trofozoíto oval, piriforme ou elipsoide, com 4
CLASSE: Mastigophora flagelos livres
FAMÍLIA: Trichomonadidae
GÊNERO: Trichomonas
ESPÉCIES: Trichomonas vaginalis Prevalência: varia até 25% dependendo da
Trichomonas tenax higiene oral
Trichomonas hominis

Trichmonas tenax Trichmonas tenax


Habitat Alimenta-se de bactérias e detritos orgânicos
Tártaros dentários
Fendas de dentes fraturados Diagnóstico
Cáries Pesquisa de organismos nos tártaros dentários
Lesões ulcerativas ou purulentas Criptas das amígdalas
Transmissão direta:
Saliva, beijo ou gotículas que se desprendem da boca Controle
Transmissão indireta: Higiene dentária
Escova de dentes Tratamento de cáries ou focos inflamatórios
Alimentos (crianças)

Trichomonas hominis Trichomonas hominis


Piriforme, 05 flagelos
Maior prevalência em crianças de 2 a 6 anos e
entre os internos de asilos: 0,5 a 23% em
Habitat: Intestino grosso (ceco e colo)
crianças e adultos com distúrbios intestinais e
poliparasitismo
Não patogênico apesar de ser encontrado nas
fezes diarréicas
Diagnostico:
Semeadura em meio de cultura
Fonte de infecção:
Exame de fezes
Água contaminada com fezes
Alimentos contaminados

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TRICOMONOSE Trichmonas vaginalis

Morfologia
10 µm de comprimento por 7 µm de largura
Tricomonose é uma doença causada pelo Forma elipsóide ou oval ou piriforme, emitem pseudópodes
parasita Trichomonas vaginalis (Donné, 1836) Possui somente a forma de TROFOZOÌTO
que habita o aparelho genitourinário
masculino e feminino. Habitat
Mulher: Mucosa vaginal e aparelho geniturinário

Homem: Prepúcio, Uretra, Próstata

Trichmonas vaginalis
Trichomonas vaginalis
Trofozoíta: Morfologia

AF=Flagelos anteriores
RF= Membrana ondulante
CO= Costa
AX= Axóstilo
HY= Hidrogenossomas
PB= Filamento parabasal
PG= Corpo parabasal
N = Núcleo

BIOLOGIA
Transmissão
Contato sexual (DST) – 95%
O T. vaginalis habita o trato geniturinário do homem
e da mulher, onde produz a infecção.
Via não sexual – 5%
A reprodução do T. vaginalis é por divisão binária Utensílios úmidos ou molhados como roupas
íntimas, esponjas de banho, assentos de vasos
Anaeróbios facultativos, crescem bem em pH 5,0 a sanitários
7,5 e temperatura entre 20 a 40ºC Instrumentos para exames ginecológicos
(luvas e espéculos)
Período de incubação: 1 a 4 semanas Tricomonose neonatal – partos

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Transmissão PATOGÊNESE

Condições necessárias ao crescimento do


patógeno:

Aumento do pH vaginal (pH > 5,0)

Diminuição do Lactobacillus acidophilus

Aumento de bactérias anaeróbicas

Complicações da infecção por T. vaginalis: SINTOMATOLOGIA


Problemas relacionados com a gravidez: MULHER
Rompimento da placenta, parto prematuro, baixo peso Provoca vaginite com corrimento vaginal
ao nascer, feto natimorto e morte neonatal
fluido (amarelo-esverdeado e odor fétido),
Problemas relacionados com a fertilidade:
bolhoso, mais freqüente no período pós-
Infertilidade feminina por adesão e oclusão tubária
(dano nas células ciliadas da mucosa tubária) menstrual
Risco 2 x maior em mulheres com história de
tricomonose Sinais e Sintomas :
Transmissão do HIV: Prurido ou irritação vulvovaginal e cervicite
Atua como co-fator na propagação do vírus (lesões Dor e dificuldade nas relações sexuais
genitais favorecem a entrada do vírus) Desconforto nos genitais externos
24% das infecções pelo HIV são diretamente atribuídas
Dor ao urinar (disúria) e freqüência miccional
a tricomonose

SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA
Sinais e Sintomas :
HOMEM :
A Tricomonose no homem é comumente
pH vaginal tende a tornar-se alcalino
assintomática
Vagina e cérvice podem ser edematosas e
Apresenta uma uretrite com fluxo leitoso ou
eritematosas, com pontos hemorrágicos na parede
purulento e uma leve sensação de prurido na uretra
cervical “colpitis macularis”
Na 1ª miccção pode apresentar um corrimento
Não causa corrimento endocervical purulento só
claro, viscoso e pouco abundante
com infecções associadas a Neisseria gonorrhoeae,
Complicações: Prostatite, epididimite, cistite
Chlamydia trachomatis ou herpes simples

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IMUNIDADE DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Difícil de ser realizado apesar de quadro clinico


• Presença de anticorpos protetores (IgG e IgA) sugestivo
• Resposta celular ineficiente
Outras doenças podem apresentar os mesmos
Mecanismos de escape do parasito: sinais e sintomas:
Infecções por fungos
• Revestimento com proteínas plasmáticas Infecções bacterianas
do hospedeiro, dificultando o Corpos estranhos
reconhecimento do sistema imune Lesões traumáticas
Tumores

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL


Parasitológico :Exame microscópico de preparações á
fresco e coradas.
• Secreção vaginal
• Sedimento urinario
• Secreção uretral
• Semen
• Material sub-prepucial

Preservação das amostras:


• Líquidos de transporte: salina glicosada, solução de
Ringer ou solução de Locke – Varias horas
• Meios de transporte: Stuart e Amies – 24 horas
• Fixador APV – Leishman, HE e Giemsa

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EPIDEMIOLOGIA

O T.vaginalis é o mais freqüente patógeno entre as DST


Cultura (padrão ouro) não virais

Teste Sorológicos e Imunológicos (Assintomáticos):


• Aglutinação Transmissão sexual e de ampla distribuição geográfica
• Imunofluorescência Indireta
• ELISA
170 milhões de casos anualmente no mundo (OMS)
Teste Molecular:
90% - sexo feminino (20%s sintomas classicos)
• PCR

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EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
Grupos de risco como: paciente de clínicas ginecológicas
Homem:
e de serviços de doença sexualmente transmissível
• Menor prevalência

• Dificuldade diagnostica
Fator de risco: grupos de baixo nível socioeconômico (20
• Benignidade da infecção
a 30 anos)
• Autolimitada (ação tricomonicida da secreção prostática)

Taxa de prevalência é de 50 a 60% menor que em mulheres


Incidência: idade, nº parceiros, atividade sexual, acesso
ao diagnostico e tratamento Cerca de 10% de homens estéreis são infectados por T.
vaginalis

EPIDEMIOLOGIA
T. vaginalis:
PROFILAXIA
• Sensível a dessecação e altas temperaturas TABUS x COSTUMES
• Sobrevive por alguns dias sob o prepúcio do homem Prática do sexo seguro
sadio, após o coito com a mulher infectada Medidas de higiene
• 3 horas na urina coletada Uso de preservativos
• 6 horas no sêmen Diagnostico precoce
• 24 horas em toalhas de pano molhadas com Tratamento intensivo (parceiros sexuais)
água a 35º C
Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas
• Destruído pelo calor a 44º C

TRATAMENTO
Medicamentos utilizados :

Metronidazol (Flagil)
Tinidazol (Fasigyn)
Secnidazol (Secnidal)

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