Projeto de Intervencao - Renata de Oliveira Nobre Finalizado
Projeto de Intervencao - Renata de Oliveira Nobre Finalizado
Projeto de Intervencao - Renata de Oliveira Nobre Finalizado
NATAL - RN
2024
RENATA DE OLIVEIRA NOBRE
NATAL - RN
2024
RENATA DE OLIVEIRA NOBRE
Banca Examinadora:
1. INTRODUÇÃO
é um ponto primário da relação direta entre seus membros, onde a criança é protagonista na
expressão de suas emoções e adota seus primeiros modelos de comportamento.
Quanto à violência verbal, muito presente no ambiente escolar, esta decorre da
agressividade, uma resposta inata do ser humano utilizada para autodefesa, que precisa ser
moderada. Não existe um fator absoluto para o surgimento da violência verbal, mas sim uma
causa multifatorial que pode incluir aspectos sociais, individuais, relacionais e o clima escolar.
A agressividade na escola pode gerar insegurança nas vítimas, desencadear reações emocionais
como raiva, tristeza, medo e angústia.
Charaudeau (2019) traz que a violência verbal vem de um ato de linguagem que se
manifesta pelo emprego de certas palavras, estruturas ou expressões capazes de ferir
psicologicamente uma pessoa, presente ou ausente, diretamente dirigida ou em posição de
terceiro. No âmbito escolar, percebe-se esse tipo de violência bem emergente, caracterizado por
palavras danosas, que têm a intenção de ridicularizar, humilhar, manipular ou ameaçar. Assim
como a violência física, a violência verbal afeta de modo significativo a vida da vítima,
causando danos psicológicos abruptos e irreparáveis, a mesma anda lado a lado com a violência
psicológica, já que a segunda é consequência da primeira.
O trabalho das competências socioemocionais surge como uma alternativa para diminuir
esse tipo de violência dentro do espaço escolar, pois, ao referir-se a ela, é possível trabalhar
inúmeros comportamentos dos educandos, tais como assertividade, comportamento
interpessoal, empatia e, principalmente, a resolução de conflitos. Segundo o Manual para a
Promoção de Competências Socioemocionais em Meio Escolar, documento elaborado pelo
Ministério da Saúde do ano de 2019, o conceito de competência socioemocional diz respeito a
aquisição de capacidades subjacentes à expressão de emoções, regulação socialmente adequada
e conhecimento emocional, estando implicitamente relacionada com a identidade, história
pessoal e com o desenvolvimento sociomoral da criança e jovem.
Esse mesmo documento, pautado na saúde mental dos estudantes, sugere uma espécie
de “Modelo de aprendizagem Socioemocional em Meio Escolar”, isso engloba capacidades que
a pessoa necessita para lidar com situações adversas do cotidiano, assim, conseguindo serem
sucedidas em seus projetos de vida e em várias atmosferas, como: família, escola, trabalho,
entre outros. Na escola, por meio da aprendizagem socioemocional, o aluno é capaz de
identificar quais capacidades é preciso aprimorar para regular suas emoções com sucesso,
construindo relações significativas e tomando decisões responsáveis.
É importante ressaltar que essa proposta para resolução e prevenção de conflitos é
complexa e deve ser contínua. Um momento expositivo sobre empatia não garantirá que o aluno
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seja integralmente empático em todas as situações. No entanto, é por meio dessa aprendizagem
e reforço durante as relações contínuas que ocorre a mudança de postura por parte da criança
ou do adolescente, seja no ambiente escolar, familiar ou em outros contextos.
A reflexão acerca da violência no espaço escolar é bastante pertinente, tendo em vista
os episódios violentos vivenciados no ano de 2023 em algumas escolas do Brasil. Conforme o
levantamento feito em uma escola pública municipal, localizada na cidade de Quixeramobim,
no Ceará, foi possível observar que a violência no contexto escolar se mostra de diversas
formas, tendo relação direta com a realidade em que o aluno está inserido e consequentemente,
todas essas vivências refletem no seu modo de agir e pensar.
Normalmente, os agressores buscam indivíduos com características específicas, como:
orientação sexual, crença, gênero, físico, raça, condição financeira, não tendo, na maioria das
vezes, uma motivação evidente. No que concerne à violência verbal, pode ser observada através
de palavrões, xingamentos e apelidos maldosos com o intuito de discriminar ou ridicularizar
quem sofre. O insulto racial também é bastante vivenciado por alunos negros da rede municipal
de ensino, em que pode ser percebido através de apelidos que envolvam a sua cor, traços físicos
ou tipo de cabelo.
É preciso ter um olhar mais profundo sobre o que está envolvido no ato violento,
promovendo uma reflexão sobre os direitos humanos, valores e contexto social. Esses aspectos
podem influenciar de forma positiva ou negativa na vida de um indivíduo. Para muitos, faltam
direitos básicos que garantam sua sobrevivência, como saúde, lazer, moradia, segurança,
alimentação e educação. A pobreza e o desemprego nutrem no indivíduo um sentimento de
revolta direcionado aos mais favorecidos e isso leva com que essas crianças e jovens
reproduzam comportamentos que são antissociais, desde a expressão de uma violência na escola
até um crime mais bárbaro.
O projeto tem como foco desenvolver uma intervenção em uma escola da rede municipal
de Quixeramobim, baseada na justiça restaurativa. O objetivo é promover uma cultura de
respeito e paz nas escolas, valorizando uma comunicação não violenta por meio de encontros
que promovam acolhimento e reflexão, contemplando as competências socioemocionais. Isso
é importante não apenas em termos individuais, mas também em um nível social, considerando
que esses alunos estão se preparando para se tornarem futuros cidadãos responsáveis por gerir
suas próprias vidas.
Como um incentivo adicional que reforça a importância do projeto, as competências
socioemocionais são capacidades individuais que se manifestam nos modos de pensar, sentir e
nos comportamentos ou atitudes para se relacionar consigo mesmo e com os outros, estabelecer
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objetivos, tomar decisões e enfrentar situações adversas ou novas. Elas podem ser observadas
em nosso padrão habitual de ação e reação diante de estímulos de ordem pessoal e social. Com
isso, para a escola contemplada com o projeto, será de grande valia, pois os alunos terão a
oportunidade de trabalhar com a diversidade dentro da escola, aprendendo a respeitar as
diferenças desde o início de sua formação.
As competências socioemocionais também são contempladas na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), presume-se então, que elas definem um conjunto de aprendizagens
essenciais para o desenvolvimento integral do aluno, levando em consideração a singularidade
e a diversidade de cada ser. Nesse contexto, o trabalho se pautará no desenvolvimento das
macrocompetências: amabilidade, abertura ao novo, autogestão, engajamento com os outros e
resiliência emocional, abordando diversas temáticas nos encontros, como: iniciativa social,
assertividade, entusiasmo, empatia, respeito, confiança, tolerância ao estresse, autoconfiança,
tolerância à frustração, respeito, confiança, empatia, curiosidade para aprender, imaginação
criativa e interesse artístico.
1.1 OBJETIVOS
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Conforme Sebastião et al. (1999), a violência é um tema recorrente nos discursos e nas
representações sociais sobre a sociedade, sendo considerada uma característica essencial e
fundadora das relações sociais. Portanto, entende-se que a violência é algo muito complexo,
manifestando-se de diversas maneiras, desde as mais sutis até as mais brutais. A violência sutil,
por não ter o mesmo impacto evidente que a violência brutal, muitas vezes passa despercebida.
É crucial trazer para discussão essas formas de violência mais sutis, que frequentemente são
mascaradas ou invisíveis para alguns, mas que têm um impacto significativo para quem as sofre.
Em consonância com Njaine e Minayo (2003), algumas escolas públicas enfrentam
conflitos mais graves, especialmente aquelas próximas aos locais de tráfico de drogas, onde o
medo e a ameaça são vivenciados diariamente na comunidade e na escola. Isso ocorre porque
os alunos muitas vezes reproduzem em sala de aula o que vivenciam em suas famílias ou nas
ruas. Esses fatores externos têm um impacto direto na vida escolar, afetando o desempenho dos
estudantes e as relações com colegas e professores, contribuindo de certa forma para o aumento
da violência social.
Nesse contexto, a violência verbal surge como uma subcategoria da violência, conforme
Cunha (2013). Em outras palavras, a violência verbal se manifesta por meio de ataques e
desqualificação direta ou indireta do outro, através de insultos e imprecações, violando os
códigos de conduta polida, ética ou de netiqueta. Nessas situações conflituosas, fica evidente
que os alunos, na maioria das vezes, não respeitam diferentes formas de pensamento e que
quase tudo pode se tornar um pretexto para a discriminação, o que está diretamente relacionado
com a ausência de valores e ética que não são exercidos na escola.
Para Ramos (2010), uma ramificação da violência verbal é o bullying, frequentemente
observado nas escolas e caracterizado por sua natureza sistemática. Nesse cenário, o aluno
considerado alvo pode ser alvo de apelidos pejorativos, ter sua mochila atirada ou seus
pertences danificados, entre outras ações, todas com o objetivo de ridicularizá-lo.
Reconhecemos que esse é um problema global, presente na maioria das instituições de ensino,
e não deve ser ignorado pelas escolas brasileiras.
O bullying pode causar altos níveis de perturbação psicológica, já que as vítimas se
sentem altamente intimidadas e com medo. Conforme Silva e Borges (2018), o resultado dessa
tortura é devastador para as vítimas, levando ao isolamento, depressão e, em casos mais
extremos, até mesmo ao suicídio. Diante disso, a escola precisa ser proativa no enfrentamento
dessa realidade, garantindo que seus profissionais sejam treinados e capacitados para intervir
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nessas situações e oferecer apoio a qualquer aluno que esteja passando por isso. É fundamental
que a escola mantenha uma parceria contínua com os pais e/ou responsáveis para minimizar
esse problema.
Além disso, conforme a perspectiva de Ramos (2010), o bullying sempre esteve presente
nas salas de aula, nos pátios e nas quadras esportivas. Embora com menor intensidade do que
nos dias atuais e com menor destaque na mídia, sempre houve situações em que alguns alunos
passavam a perseguir e literalmente torturar, tanto psicológica quanto fisicamente, aqueles que
eram considerados "inferiores" ou simplesmente mais frágeis por eles. Portanto, é necessário
desconstruir essas relações de falta de respeito dentro do ambiente escolar, desmistificando a
ideia de que "é coisa de criança" ou "isso é normal da idade", pois para quem sofre, isso é cruel
e afeta profundamente aqueles que não se encaixam nos padrões ditados pela sociedade ou que
são excluídos dos grupos formados na escola.
Mesmo com os avanços atuais na sociedade, pouco se discute sobre o bullying
homofóbico, também bastante expressado no ambiente escolar. De acordo com Santos et al.
(2017), trata-se de um tipo de bullying heteronormativo no ambiente escolar, baseado na
orientação sexual, que envolve uma discriminação direta e ativa de pessoas reconhecidas como
LGBTQIA+. Entende-se que a perpetuação dessa prática está relacionada a um processo de
construção da masculinidade, que pode ser considerado um fenômeno cultural, mas que deve
ser desconstruído.
Conforme Santos et al. (2017, p. 6), "Uma boa parte dos estudos sobre bullying e sobre
bullying homofóbico tem esclarecido como a linguagem – comentários, piadas, insultos, etc. –
constitui uma das formas de bullying mais comuns". Nessa perspectiva, o agressor possui a
intenção de ferir e ridicularizar quem se declara publicamente LGBTQIA+, utilizando termos
desqualificantes. O autor ainda ressalta em seu estudo que é necessário que as escolas ofereçam
mais espaços de discussão sobre sexualidade, com maior abertura à diversidade.
Com o uso exacerbado das tecnologias, Barros et al. (2009) apontam que o
cyberbullying é a forma virtual de praticar o bullying, uma modalidade que preocupa pais,
professores e especialistas em todo o mundo. Em sua prática, são utilizadas modernas
ferramentas da internet para maltratar, humilhar e constranger outras pessoas. Assim, podemos
defini-lo como uma violência verbal constante, de rápida disseminação, perpetuando-se como
uma perseguição por meio de comunicação. É importante ressaltar que a violência verbal
também ocorre intensamente por meio das mídias sociais, como exemplificado pelo "discurso
de ódio", que nem sempre é direcionado a uma única pessoa, mas a todo um grupo.
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O cyberbullying pode ocorrer como uma forma de troca entre os internautas, sendo
justificada como expressão do seu ponto de vista, mas mostrando a agressividade, brutalidade
e grosseira nesses confrontos. Cunha (2013, p. 4) traz que:
O racismo também pode ser considerado uma expressão da violência verbal, pois, de
acordo com Araújo e Ribeiro (2017), o preconceito está presente dentro da escola, inclusive nas
produções dos livros didáticos, que muitas vezes colocam as pessoas negras em posições
inferiores. É preciso que o professor tenha em sua didática não apenas o objetivo de retratar os
percalços que os negros passaram ao longo dos anos, mas também suas conquistas e,
principalmente, explicar para os alunos a importância de existirem datas dedicadas à raça negra,
além de destacar como os brasileiros possuem várias características culturais africanas que hoje
agregam tanto valor à sociedade.
Como estratégia de combate, Carvalho e França (2019) ressaltam em seus estudos a
importância de projetos culturais dentro da escola, que abordem a educação das diversidades
étnico-raciais como pauta. É possível promover um diálogo com estudantes, professores,
convidados e palestrantes para discutir temas que contribuam para uma educação antirracista.
Portanto, faz-se necessário que os pais ou responsáveis estejam capacitados para intervir nessa
situação, pois é de suma importância que os adultos incentivem as crianças a respeitar e
valorizar as diferenças. Na escola, o racismo faz com que os alunos negros se sintam excluídos
ou envergonhados por conta de sua cor de pele, então não deve ser tolerado.
Segundo Joly, Dias e Marini (2009), existem aspectos relacionados que podem
determinar um comportamento agressivo, como experiências pessoais, familiares e em grupo,
que podem representar riscos nas esferas da vida e, posteriormente, na escola e na sociedade.
Sabe-se que a família é um fator determinante, e os antecedentes familiares em relação à
agressão podem ser um reforço direto para o comportamento agressivo. Além do que o autor
pontua, é importante ressaltar que a exposição excessiva às telas precisa ser discutida, pois cada
conteúdo precisa estar de acordo com a idade da criança ou adolescente; conteúdos que mostram
cenas de agressividade podem levar os telespectadores mirins a reproduzirem tal
comportamento. Dessa forma, pode-se concluir que crianças ou adolescentes expostos ou que
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vivem em lares que cultivam a agressividade de certa forma podem se tornar futuros agressores
e perpetuadores de violência dentro da escola.
"O comportamento agressivo expressa as dificuldades de interação e adaptação das
crianças e adolescentes por meio de seus comportamentos" (JOLY; DIAS; MARINI, 2009, p.
2). Portanto, ao conhecer a realidade das escolas, é possível perceber que crianças e
adolescentes que apresentam uma conduta mais agressiva sabem que seus comportamentos não
são adequados para determinadas situações, porém, têm dificuldade em expressar respostas não
agressivas diante de problemas. Diante dessa problemática, dentro do ambiente escolar, os
alunos presenciam ou vivenciam maiores índices de violência verbal, que é caracterizada por
ofensas, xingamentos ou coação moral. Principalmente na adolescência, é comum que a
violência verbal seja mais evidente, sendo muitas vezes considerada uma forma de
"brincadeira", quando na verdade carrega consigo sinônimos como humilhação, violação, entre
outras formas de violência e tortura.
Todas essas violências citadas anteriormente podem causar efeitos drásticos na vida de
crianças e adolescentes, afeta seus relacionamentos e trazendo repercussões ao longo de toda a
vida. Njaine e Minayo (2003, p. 14) apontam que:
3. METODOLOGIA
3.1 Público Alvo e Campo de Intervenção
De início o projeto será apresentado aos gestores da escola e definir datas possíveis para
a execução, logo após será realizado um momento introdutório com a temática bullying,
abordando seu conceito amplo, seus tipos e as consequências na vida da vítima, será também
utilizado um vídeo lúdico para melhor entendimento do tema;
Nos próximos encontros serão realizados cinco momentos com os alunos, sendo um em
cada mês, abordando as macrocompetências socioemocionais e suas seguintes competências,
sendo utilizado recursos para cada tema proposto. Em último momento, será realizado um
fechamento das ações, na perspectiva de encerramento e compartilhamento de vivências.
Em todos os encontros serão usados recursos para que o aluno possa elaborar seu
pensamento, transferir para a folha de papel para facilitar a expressão das vivências através da
fala, vale ressaltar que o silêncio e o tempo de cada aluno também serão respeitados. Os agentes
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de transformação da nossa realidade escolar são todos aqueles que estão diariamente e
diretamente inseridas no ambiente escolar, são os discentes, docentes, núcleo gestor,
funcionários, além de familiares, poder público e entidades não-governamentais.
SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E
CRONOGRAMA
AVALIAÇÃO
Apresentação do
Folhas de
projeto /
papel e Psicologia x
definição de datas
caneta.
para execução
Data show,
Encontro
notbook,
introdutório sobre
exposição de Psicologia e
bullying, seus x
slides e serviço social
tipos e impactos
caixinha de
para quem sofre.
som.
1. Executar o
encontro sobre Papel, caneta
resiliência e recurso Psicologia x
emocional e suas impresso.
competências.
2. Executar o
encontro sobre Papel, caneta
amabilidade e e recurso Psicologia x
suas impresso.
competências.
3. Executar o
Papel, caneta
encontro sobre Psicologia e
e recurso x
autogestão e suas serviço social
impresso.
competências.
18
4. Executar o
encontro sobre Papel, caneta
abertura ao novo e Psicologia x
e suas computadores.
competências.
5. Executar o
encontro Papel, caneta
Psicologia e
enjamento com o e recurso x
serviço social
outro e suas impresso.
competências.
Coffee breack de
Data show,
encerramento e
notbook e Psicologia e
compartilhamento x
caixinha de serviço social
de vivências do
som.
grupo.
3.4 Recursos
O que tem me deixado Como esse estresse tem O que não é possível
O que posso fazer a
estressado em minha se manifestado no meu controlar e está fora do
respeito?
vida? corpo e mente meu alcance?
Busque identificar o
Responda considerando Responda considerando
Ex: bullying verbal que sente e como seu
cada estressor cada estressor
corpo reage
• Recurso 01
Situação escolhida:
Ex: se você tem facilidade em Ex: se você encontra Ex: se for uma prática que você
realizar essa prática, marque o dificuldades em realizar essa nunca experimentou ou não
número da questão nesse prática que buscar adotar, conhece, marque o número da
quadrado. marque o número da questão questão nesse quadrado.
nesse quadrado.
• Perguntas norteadoras:
1.Evito pensar em outros assuntos ou preocupações, mantendo-me atento ao momento
presente?
2.Olho nos olhos da pessoa, estabelecendo uma conexão para o diálogo?
3.Evito interromper e utilizo-me de linguagem corporal ou não verbal, como balançar a cabeça,
demonstrando que estou atento à conversa?
4.Atento-me às expressões faciais, tom de voz e outros comportamentos não verbais do outro,
para melhor compreendê-lo?
5.Consigo não julgar, entendendo que a pessoa é diferente de mim?
6.Faço perguntas e peço exemplos para esclarecer o que é dito e compreender os sentimentos
da outra pessoa?
7.Resumo as principais ideias ditas, na tentativa de confirmar se entendi e também ajudar o
outro a compreender os próprios pensamentos e sentimentos?
8.Exercito a escuta ativa com atenção e intenção para aprimorá-la cada vez mais?
Recurso 02*
Recurso 03*
1 2 3
Conheça um novo artista, Escolha um objeto para Experimente pesquisar
obra ou manifestação observar como se nunca o sobre um assunto que lhe
artística e cultural (Escolha tivesse visto antes! interessa (Pesquise sobre um
um país e pesquise sobre Descubra este objeto (do tema que sempre gostou,
sua música, literatura, artes que é feito, qual a origem e mas nunca parou antes para
visuais ou dança. Aprecie para que serve) e descreva-o fazê-lo.
tanto o conteúdo, quanto a como se estivesse Busque o que diferentes
forma! O que sente ao se explicando para alguém que fontes dizem sobre ele.
colocar em contato com não o pode ver ou tocar. Entre em contato com uma
expressões artísticas de Faça esse exercício com um diversidade de saberes e
outras culturas? colega para ver o que ele percepções sobre este tema).
entende.
Recurso 04*
Ex: Aula presencial com os Ex: Que legal estar aqui, vou Ex: Realizo anotações; fico
demais colegas. poder aprender com essas mais reservado; participo das
pessoas! O que isso vai atividades em grupo;
agregar ao meu futuro? O que participo dos trabalhos em
irei fazer hoje depois da aula? time com quem conheço
menos; falo o mínimo
possível com as pessoas.
Recurso 05*
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Espera-se que com a execução desse projeto, seja possível diminuir os índices de
violência verbal na escola citada, culminando também na redução de outros tipos de violência
expressados na instituição, uma vez que esta está inserida em um contexto de vulnerabilidade
e risco.
Considerando a faixa etária escolhida, entre 14 e 15 anos, compreende-se que na fase da
adolescência, os jovens passam por diversas mudanças. Existe a necessidade de desenvolverem
autonomia, construírem identidade e expressarem suas opiniões, emoções e sentimentos. Essas
mudanças podem gerar conflitos, tanto consigo mesmos quanto com os outros.
Diante disso, o uso de recursos que abordam as competências socioemocionais mostra-
se relevante, pois oportuniza que os alunos possam regular suas emoções, desenvolvendo um
senso de responsabilidade e respeito, melhorando assim a convivência com os outros e
promovendo uma cultura de paz no ambiente escolar. Através da metodologia apresentada, é
possível trabalhar as habilidades sociais dos adolescentes, contribuindo para que no futuro
sejam mais empáticos, responsáveis, engajados com as pessoas e abertos a novas possibilidades.
Ao longo do desenvolvimento do projeto, espera-se que os alunos possam expressar
suas emoções e sentimentos através de dinâmicas inovadoras, desenhos e palavras, visando que
essa prática se torne um hábito e promova uma sensação de acolhimento e bem-estar aos alunos.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste estudo, salienta-se que a violência é um fenômeno que está cada vez mais
presente em nosso convívio. Diante disso, conclui-se que não existe um fator específico que
seja responsável por este acontecimento, pois vai desde questões subjetivas, até outros fatores
condicionantes. Sabe-se que, os motivos podem ser banais, por isso acabam se tornando
comuns. Os alunos brigam, discutem, se agridem através de agressões físicas ou morais, muitas
vezes isso acontece por falta de supervisão e orientação familiar.
É de amplo conhecimento que a estrutura familiar vem sofrendo modificações ao longo
dos anos, mudanças essas que precisam ser levadas em conta, tendo em vista que a família
representa um papel primordial na educação das crianças e adolescentes, embora, muitas vezes,
de maneira irresponsável, delegam esse papel à escola. Porém, é importante que independente
de sua composição, a família esteja ciente que é a primeira responsável e proporciona boa parte
da base afetiva e o bem-estar pleno da criança.
É explícito que a violência nas escolas se tornou realidade, mantendo-se de forma
duradoura. Os desafios que educadores enfrentam hoje em dia são muitos, tendo em vista que
sua profissão não se limita apenas a lecionar conteúdos, mas por algumas vezes, sendo mediador
no combate à violência escolar, buscando um ambiente apaziguador. Portanto, através da
reflexão do presente trabalho, o diálogo é apontado como uma ferramenta essencial para o
enfrentamento à violência, consequentemente, contribuindo para a redução do problema e
beneficiando a sociedade.
Este trabalho mostra que não só os educadores ou pessoas que estejam ligadas de fato à
escola precisam estar atentos à violência, mas sim, a sociedade em geral, no sentido de
mobilizar todos os cidadãos para que juntos possamos conduzir nossas crianças e adolescentes
em busca de um futuro mais promissor, livre da violência, privações e sem projetos de vida.
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REFERÊNCIAS
FONTE, P. Competências socioemocionais na escola. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019. 160
p. ISBN 978-85-7854451-5.
SEBASTIÃO, J. et al. A produção da violência na escola. Revista da ESES, n.º 10, pp. 123-
135, 1999.
SILVA, L. O.; BORGES, B. S. Bullying nas escolas. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais,
2018. Direito & Realidade, v.6, n.5, p.27-40.
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