ICE 1 Freq
ICE 1 Freq
ICE 1 Freq
ª frequência
Introdução à Cadeira:
As principais áreas de estudo das Ciências Empresariais incluem gestão, administração, economia,
contabilidade, marketing, finanças, recursos humanos, empreendedorismo, logística, entre outras.
As Ciências Empresariais são fundamentais para as organizações pois permitem uma melhor gestão dos
recursos, uma maior eficiência operacional, uma maior competitividade no mercado, uma melhor
compreensão das necessidades dos clientes e uma maior capacidade de inovação e adaptação às
mudanças.
A administração está mais relacionada com a organização, planejamento e controle das atividades de uma
empresa, enquanto a gestão engloba também a liderança, motivação e direção das pessoas envolvidas. Em
resumo, a administração trata mais dos processos e estruturas, enquanto a gestão lida com as pessoas e o
alcance de objetivos.
O marketing é fundamental para as empresas pois ajuda a identificar as necessidades dos clientes, a criar
produtos e serviços que atendam a essas necessidades, a promover e comunicar esses produtos e serviços
de forma eficaz, a conquistar e fidelizar clientes, a diferenciar-se da concorrência e a gerar receitas para a
empresa.
h. O que é empreendedorismo e qual é a sua importância para a economia?
Alguns dos principais desafios enfrentados pelas empresas atualmente incluem a globalização, a rápida
evolução tecnológica, a concorrência acirrada, as mudanças nas preferências dos consumidores, a
sustentabilidade ambiental, a escassez de recursos, entre outros.
j. Como as Ciências Empresariais podem contribuir para a formação de profissionais mais preparados
para o mercado de trabalho?
As Ciências Empresariais proporcionam aos estudantes uma formação abrangente e multidisciplinar, que
inclui conhecimentos teóricos e práticos nas áreas de gestão, administração, economia, marketing, entre
outras. Isso prepara os profissionais para enfrentar os desafios e demandas do mercado de trabalho,
desenvolvendo competências essenciais para o sucesso na carreira empresarial.
Conceito de organização: “grupo estruturado de pessoas reunido para atingir um conjunto de objetivos que
um indivíduo sozinho não seria capaz de atingir”
“Conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas, seja em grupo, seja individualmente, mas de forma
coordenada e controlada, actuando num determinado contexto ou ambiente, com vista a atingir um objectivo
predeterminado através da afectação eficaz de diversos meios e recursos disponíveis.”
- Normalmente é formado por uma, duas ou mais pessoas que executam funções de modo controlado e
coordenado com a missão de atingir um objetivo em comum com eficácia.
- Podemos falar de: organização escolar, organização empresarial, organização pessoal, organização de
eventos, organização doméstica, etc.
- Em todas essas aplicações, o sentido de organização se baseia na forma com as pessoas se
inter-relacionam entre si e na disposição e distribuição dos diversos elementos envolvidos, com vista a
uma mesma finalidade.
Em Gestão de Empresas, entende-se por organização uma entidade social formada por duas ou mais
pessoas que trabalham de forma coordenada em determinado ambiente externo visando um objetivo coletivo.
Envolve a divisão de tarefas e atribuição de responsabilidades.
Dependendo do tipo de organização, há uma pessoa que exerce um papel fundamental nas funções de
liderança, planeamento e controle dos recursos humanos e de outros recursos materiais, financeiros e
tecnológicos disponíveis na empresa.
✓ A estrutura de uma organização pode ser formal ou informal.
✓ Uma organização formal é planeada e estruturada seguindo um regulamento interno.
✓ Organização informal são as relações geradas espontaneamente entre as pessoas, resultado do próprio
funcionamento e evolução da empresa.
✓ Existe um conjunto de elementos que estão diretamente associados a uma organização, tais como:
clientes, fornecedores, concorrentes, comunicação social, entre outros.
B. Funções da Gestão
✓ Planeamento: processo de determinar antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo
(Planeamento ≠ Previsão)
É mais do que uma previsão, está implícita a ideia de ação a desenvolver para que as coisas aconteçam.
Os planos devem ser definidos em termos precisos, de tal modo que sirvam de guias claros para os gestores
e todo o pessoal da empresa; estabelecem a forma como a empresa se irá desenvolver no futuro.
✓ Organização: consiste em estabelecer relações formais entre as pessoas e entre estas e os recursos, para
atingir os objectivos propostos.
• Motivação: procura da convergência entre os objectivos individuais das pessoas que fazem parte de uma
organização e os objectivos globais da própria organização
• Liderança: capacidade de conseguir que os outros façam aquilo que o líder quer que eles façam (Líder ≠
Gestor)
• Comunicação: processo de transferência de informações, ideias, conceitos, …, entre as pessoas de uma
organização.
Frequentemente, quando falamos em gestão, pensamos de imediato nos membros dos conselhos de
administração ou da direcção geral de uma empresa e, como tal, a gestão será a actividade por eles
desenvolvida. Porém, estamos apenas perante um dos níveis da gestão.
A importância das funções da gestão é diferente consoante os níveis da gestão. Por exemplo, o Planeamento
deverá ser mais importante no Nível Institucional do que nos restantes níveis. Pelo contrário, a Direcção e o
Controlo deverão ser mais importante no Nível Operacional do que nos restantes níveis.
A actuação dos gestores é medida, na maior parte das vezes, através de dois conceitos diferentes (mas
relacionados entre si):
• Quanto maior for o volume de produção conseguido com o mínimo de factores, maior é o grau de eficiência
do gestor;
• “Fazer as coisas bem”.
✓ Eficácia: traduz a medida com que os outputs produzidos se aproximam mais ou menos dos objectivos
propostos:
• Quanto menores forem os desvios entre o planeado e o realizado, maior é o grau de eficácia do gestor;
• “Fazer as coisas certas”.
Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve possuir (e desenvolver) algumas aptidões essenciais:
● Aptidão em relações humanas: capacidade de compreender, motivar eobter a adesão das pessoas;
envolve características relacionadas com as capacidades de comunicar, trabalhar e entender as atitudes
e os comportamentos dos indivíduos e dos grupos;
Os gestores não podem tomar estas aptidões como um dado; os gestores devem, através da formação,
através da sua experiência, …, tentar desenvolver estas aptidões.
O grau de desenvolvimento necessário destas aptidões encontra-se directamente relacionado com o nível de
gestão em que o gestor se encontra.
E. Definições e conceitos
Uma pessoa , grupo ou organização que tenha interesse ou preocupação numa organização.
As partes interessadas podem afetar ou ser afetadas pelas ações, objetivos e políticas da organização.
Alguns exemplos de principais interessados são os credores, diretores, funcionários, governo (e suas
agências), proprietários (acionistas), fornecedores, sindicatos e a comunidade da qual a empresa obtém seus
recursos.
Nem todas as partes interessadas são iguais. Os clientes de uma empresa têm direito a práticas de
negociação justa, mas não têm direito à mesma consideração que os funcionários da empresa.
Um exemplo de impacto negativo nas partes interessadas é quando uma empresa precisa cortar custos e
planear uma série de demissões.
Isso afeta negativamente a comunidade de trabalhadores na área e, portanto, a economia local .
Alguém que possui ações numa empresa como a Microsoft é afetado positivamente, por exemplo, quando a
empresa lança um novo dispositivo e vê seu lucro e, portanto, o aumento do preço da ação.
Tipos de stakeholders:
✓ Capital Market Stakeholders: acionistas, fornecedores de capital
✓ Product Market Stakeholders: clientes, fornecedores, comunidades envolventes,
sindicatos
✓ Organizational Stakeholders: colaboradores, gestores e outros colaboradores.
SHARE HOLDER – Quem tem posse sobre as ações da empresa.
Um indivíduo, grupo ou organização que possui uma ou mais ações numa empresa e em cujo nome do
certificado de ações é emitido.
É legal que uma empresa tenha apenas um acionista.
Um acionista, comumente chamado de acionista, é qualquer pessoa, empresa ou instituição que possua pelo
menos uma ação de uma empresa.
Como os acionistas são donos de uma empresa, eles obtêm os benefícios do sucesso da empresa na forma
de uma maior valorização de ações.
Se a empresa se sair mal e o preço de suas ações cair, os acionistas podem perder dinheiro.
Shareholder theory: As decisões devem ser feitas no sentido de aumentar o valor total de
mercado da empresa.
Cliente → Ponto central duma organização→ Saber tratar o cliente com o maior cuidado e tacto, tornando a
abordagem a mais vantajosa possível para o negócio.
EMPRESA EFICAZ – Tem como prioridade, chegar ao objetivo da forma mais direta possível (problemas a
nível de qualidade)
EMPRESA EFICIENTE – Faz uso dos recursos existentes para uma melhor adequação do produto ao
mercado (maior investimento, mais qualidade, maior demora no lucro).
Abordagem Clássica
✓ O crescimento acelerado (“desorganizado”) das empresas motivado pela Revolução Industrial, provocou
uma complexidade cada vez maior na administração das empresas, exigindo uma abordagem científica da
gestão.
✓ A necessidade de aumentar a eficiência e a eficácia das organizações, por forma a fazer face à
concorrência cada vez maior.
➢ FREDERICK TAYLOR
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos, no seio de uma família de
princípios rígidos, tendo sido educado dentro de uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e
poupança.
Através da sua experiência (iniciou a sua vida profissional como operário, em 1878, na Midvale Steel Co.,
passando sucessivamente por capataz, contramestre, chefe de oficina) e conhecimentos científicos
(formou-se em Engenharia, em 1885, no Stevens Institute), Taylor apercebeu-se de um conjunto de críticas e
aspectos negativos no seio das organizações:
Todas estas críticas e aspectos negativos deveriam ser resolvidos através da organização científica do
trabalho. Só assim era possível maximizar a produtividade do trabalho e garantir uma maior eficiência das
organizações.
● Supervisão Funcional:
Existência de diversos supervisores, cada um especializado em determinada área e que têm autoridade
funcional, em relação apenas à sua especialidade, sobre os mesmos subordinados).
Algumas críticas à Administração Científica de Taylor:
– Mecanicismo da Administração Científica (dá-se muito pouca importância ao elemento humano no seio das
organizações; o Homem é visto como uma “máquina”, trata-se de mais um factor produtivo);
– Excessiva especialização do operário (a médio e longo prazo, poderão verificar-se quebras de motivação);
– Abordagem incompleta da organização (a organização não é vista como um todo; preocupa-se
essencialmente com a parte da produção, descurando, além dos aspectos humanos, os aspectos comerciais,
financeiros, etc.);
– Abordagem da empresa como um sistema fechado (não se leva em conta o ambiente no qual a organização
se encontra inserida).
➢ HENRI FAYOL
Henri Fayol (1841-1925) nasceu em Constantinopla (Turquia), tendo vivido grande parte da sua vida em
França. Formou-se em engenharia de minas aos 19 anos e entrou para uma empresa metalúrgica e de
carvão, onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos foi nomeado gerente das minas e aos 47 anos
assumiu a direcção-geral da “Compagnie Fourchambault et Decazeville”.
Fayol parte da proposição de que qualquer empresa poderia ser dividida em 6 Funções Básicas:
● Função Técnica: engloba as operações relacionadas com a produção de bens ou de serviços da
empresa
● Função Comercial: engloba as operações relacionadas com a compra de matérias-primas, materiais e
máquinas, bem como a venda de bens e serviços produzidos ou prestados pela empresa
● Função Financeira: inclui as actividades de procura e gestão dos capitais necessários ao funcionamento
da empresa
● Função de Segurança: visa a protecção e a preservação dos bens e das pessoas que integram as
empresas;
● Função de Contabilidade: inclui as actividades de inventário, registos, balanços e estatísticas
relacionadas com o funcionamento corrente da empresa;
● Função Administrativa: engloba, ao fim ao cabo, os elementos da Administração, ou seja, as funções
desempenhadas pelo administrador:
- Prever: preparar e apoiar o futuro, com um plano de acção
- Organizar: reunir tudo o que é necessário para a empresa funcionar
- Comandar: fazer com que a empresa funcione (de acordo com o planeado)
- Coordenar: colocar em ordem e harmonia os actos da empresa
- Controlar: verificar se tudo funciona conforme o previsto.
Existe uma proporcionalidade da função administrativa, isto é, apesar da função administrativa não se
concentrar exclusivamente no topo da empresa, ela é distribuída proporcionalmente ao longo da cadeia
hierárquica da empresa (à medida que descemos na hierarquia da empresa diminui a importância da função
administrativa e aumenta a importância das restantes funções da empresa)
G. Teorias da Gestão
Perspetiva Estrutural:
- Gestão científica (Taylor)
- Teoria geral da administração (Fayol)
- Teoria da burocracia (Weber)
- Teoria da decisão (Simon)
Perspetiva Humana:
- Escola das relações humanas (Mayo)
- Dinamica de grupos (Lewin)
- Liderança (McGregor)
Perspetiva Integrativa:
- Escola Sociotécnica (Instituro Tavistock)
- Teoria dos sistemas (Katz e Kahn)
- Teoria da contingência (Burns e Stalker)
- Papéis desempenhados pelos gestores (Mintzberg)
Taylor: The principles of the Fundamentalmente orientado para melhorar a gestão industrial:
scientific management
❑ métodos de trabalho
● Gestão como ciência ❑ descanso das tarefas
● Trabalhadores com específicas / ❑ quantidade de produção esperada "standard"
diferentes responsabilidades ❑ pagamento por unidade de produto
● Seleção, treino e
desenvolvimento científico dos
trabalhadores
Simon: Teoria da Decisão As decisões são baseadas num nº limitado de alternativas; não na
totalidade das opções disponíveis.
A solução que satisfaz , não a solução óptima.
Mayo: Escola das relações Importância das atitudes e dos sentimentos dos trabalhadores;
humanas Importância dos grupos informais com normas próprias e
desempenho de papéis próprios no nível de desempenho.
McGregor: Liderança Importância da liderança baseada nos aspectos sociais ou nas tarefas
Diferenciação entre a gestão baseada na teoria x ou na teoria y
Katz e Kahn: Teoria dos sistemas Organizações como sistemas abertos tendem para o equilíbrio e
caracterizam-se pela “equifinalidade”
Burns e Stalker: Teoria da Enfatiza a relação entre os processos organizacionais e as
contingência características da situação
Defende uma adaptação da estrutura da organização às várias
contingências
Mintzberg: Papéis dos gestores 10 pápeis e três focos: interpessoal, informacional e decisional
H. Tendências
1. Razões Sociais: necessidade das pessoas (seres sociáveis) se organizarem para melhor relacionamento
com outras:
2. Razões Materiais: aumento de habilidade (eficiência); redução do tempo (para alcançar um objectivo);
acumulação de conhecimento .
3. Efeito de Sinergia: efeito multiplicador da actividade dos seus membros.
➢ Entradas (ou insumos ou inputs) – constituem os recursos que vão permitir o funcionamento do sistema.
No caso da empresas são as matérias-primas, os recursos financeiros e humanos, etc.
➢ Saídas (ou resultados ou outputs) – são os produtos finais no caso das empresas.
➢ Retroacção (feedback) (positiva ou negativa) – tem em vista controlar o funcionamento do próprio sistema,
informando se os objectivos estão ou não a ser cumpridos.
➢ Entropia (tende à desintegração, à desorganização, à deterioração)
B. Objetivos:
C. Recursos:
➢ Ambiente Geral:
▪ Sociais: as tradições culturais do país e/ou da região, a estrutura do orçamento familiar, as atitudes quanto
ao trabalho e à profissão, as atitudes quanto ao dinheiro e à poupança, etc.
▪ Demográficas: as características da população, seu crescimento, raça, religião, distribuição geográfica, por
sexo e/ou idade, etc.
▪ Ecológicas: as condições físicas e geográficas – clima, terreno, vegetação – e a sua utilização pelo homem.
➢ Ambiente de Tarefa:
▪ Consumidores/clientes
▪ Fornecedores (de recursos) - capitais, materiais, mão-de-obra, equipamento.
▪ Concorrentes
▪ Grupos regulamentadores
Qualquer que seja o tipo de ambiente em que uma empresa opera os gestores terão sempre de utilizar os
seus recursos de forma eficiente, produzindo bens e serviços que satisfaçam, da melhor maneira, as
necessidades dos consumidores;
Um dos maiores desafios dos gestores é precisamente a constante alteração das condições do ambiente, em
ritmo cada vez mais acelerado e de forma cada vez mais difícil de prever
Missão: É a razão pela qual uma empresa existe. Em outras palavras, define seu foco de atuação. Nesse
caso, o conceito está mais ligado ao produto ou serviço.
Visão: É uma bússola que serve como um grande objetivo de longo prazo, ou seja, onde a organização
pretende chegar em determinado espaço de tempo. Por exemplo: A visão do Facebook é conectar 7 bilhões
de pessoas, por exemplo com sua rede social.
Valores: São a forma como a empresa deve se portar no mercado e na sociedade, isto é a maneira como
pretende ser reconhecida. Essas ideias definem até mesmo a conduta dos colaboradores. Algumas
organizações desejam ser reconhecidas pela qualidade do produto, outras pela segurança de seus serviços,
pelo respeito pelo cliente acima de tudo, por ações de sustentabilidades, entre outros
Para que o propósito da organização seja sólido e constante ao longo do tempo, é necessário ter-se em conta
um conjunto de valores, que deverão ser duradouros e conhecidos dentro de toda a organização;
Para tal, é necessário recorrer à hierarquia de finalidades estratégicas: missão, visão, objetivos e estratégia,
onde a visão provoca o empenho de todos na missão da organização através do trabalho realizado, com base
nos objetivos estratégicos.
➢ Visão:
- Uma organização começa por definir a sua Visão, derivada das necessidades
dos seus clientes.
- A Visão pode definir e englobar a Missão, Objetivos e a Estratégia da Empresa, e
estes apresentam uma sequência própria.
➢ Objetivos:
- Permita orientar as suas decisões, no sentido de garantir o caminho na direcção estabelecida pela missão;
- Incentivar os membros da organização a expandir as suas competências para níveis mais elevados, tendo
sempre em conta o âmbito do negócio.
Objetivos/ Áreas-chave
Planeamento
“Processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente e eficaz, com a
melhor concentração de esforços e recursos pela organização.”
A. Abrangência do Planeamento
C. Análise SWOT
Análise SWOT – diagnóstico exaustivo que permite à empresa fazer o prognóstico da situação, definindo as
condições fundamentais que servem de base de lançamento de estratégias de longo prazo que permitem o
sucesso da empresa na sua atividade de mercado.
É uma ferramenta de gestão que tem como objetivo identificar e analisar os pontos fortes (strengths) e fracos
(weaknesses) de uma organização, bem como as oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) que
podem impactar a sua atuação no mercado.
Portanto, é essencial que as empresas realizem a análise SWOT de forma periódica e atualizada, para
garantir que estejam sempre preparadas para enfrentar os desafios do mercado.
-------------------
— Quanto maior for a rivalidade no sector maior será a probabilidade de se verificarem guerras de preços,
guerras publicitárias, alargamento de garantias, etc., com consequências negativas ao nível da atratividade
de sector.
— Quanto maior for a probabilidade de entrada de novas empresas num determinado sector, menor é a sua
atratividade.
— Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos menor é a atratividade.
— Quanto maior o poder negocial dos fornecedores maior é a facilidade para estes imporem os preços de
venda, condição de pagamento, prazos de entrega e qualidade dos produtos, afetando negativamente a
rentabilidade do sector.
– Quanto maior o poder negocial dos clientes, menor será a atratividade do sector.
Vantagens Desvantagens
Autoridade de linha
Autoridade de Staff
1. Funcional;
2. Divisionária:
- por produtos
- por cliente
- por mercado (geográfico)
3. SBU (por unidade estratégica de negócios)
4. Por projeto
5. Matricial
6. Em rede
Determinantes da estrutura
a. Estratégia
b. Idade e dimensão
c. Tecnologia
d. Ambiente
Quanto mais escasso, dinâmico e complexo for o ambiente mais orgânica a estrutura deve ser
Ciclo de vida de um mercado
A fase de crescimento, caracterizada por uma taxa de expansão mais elevada, fazendo aumentar a
atractividade do negócio e atraindo assim mais concorrentes. O factor-chave de sucesso nesta fase, é
dotar-se de meios que permitam que a empresa cresça mais rapidamente do que os seus concorrentes.
A fase de maturidade é caracterizada por uma estabilização dos factores de evolução do "jogo"
concorrencial. A crescente fidelidade dos clientes, a estabilidade das tecnologias (cujo ciclo de renovação se
vai alongando) e a fraca atractividade para a entrada no mercado de novos concorrentes, contribuem para
fixar as posições.
Nesta fase o factor-chave de sucesso reside na adopção de uma estrutura que permita o melhoramento da
produtividade e a redução de custos, uma vez que as margens têm tendência a diminuir.
A fase de declínio é acompanhada por uma modificação progressiva da estrutura da concorrência na linha
de evolução anunciada na fase de maturidade. Os principais concorrentes que se mantêm, repartem entre si
a quase totalidade do mercado, cujo volume vai decrescendo a um ritmo mais ou menos acelerado. É normal
darem-se reestruturações nas empresas e, se as barreiras à saída não são muito elevadas, a “desistência” de
concorrentes pode verificar-se. O factor-chave de sucesso nesta fase é a redução de custos.
A. Matriz de BCG
Interrogação: corresponde a negócios com reduzido crescimento mas em que a empresa tem baixa quota de
mercado. A recomendação é abandonar a atividade ou aumentar a quota de mercado.
Estrela: representa os negócios com reduzido crescimento e em que a empresa tem elevada quota de
mercado. A recomendação é manter a liderança.
Vaca Leiteira: é respeitante aos negócios com elevado crescimento e em que a empresa tem elevada quota
de mercado. A recomendação é rentabilizar o negócio de forma a sustentar o crescimento dos negócios
Estrela e Interrogação.
Cão: corresponde a negócios com elevado crescimento e em que a empresa tem baixa quota de mercado. A
recomendação é abandonar ou reformular o negócio.
“A essência da formulação estratégica está em relacionar a organização com o seu meio envolvente”
Consoante o conteúdo das decisões tomadas no contexto da estratégia empresarial podem ser identificadas
4 dimensões estratégicas para a obtenção de sucesso:
▪ Produtos-mercados;
▪ Integração Vertical;
▪ Internacionalização;
▪ Diversificação
B. Produtos-Mercados
A Penetração no Mercado:
i) indica uma direção de crescimento através do aumento da
participação relativa da empresa nas suas linhas correntes de
produtos e mercados atuais;
ii) mesmos clientes e produtos/serviços (conquistar quota de
mercado).
No Desenvolvimento de Mercados:
i) a empresa procura novos mercados para os seus actuais produtos;
ii) novos produtos/serviços (aumentar a gama de produtos, criar novos produtos);
O Desenvolvimento de Produtos:
i) representa o processo pelo qual a empresa cria novos produtos para substituir os já existentes;
ii) novos segmentos de mercado (conquista de novos clientes);
A Diversificação:
i) é uma orientação diferente das anteriores no sentido em que os produtos e os mercados são novos para a
empresa, sendo a mais arriscada das estratégias;
ii) novos produtos/serviços e segmentos de mercado (sinergias tecnológicas e sinergias comerciais).
Integração Vertical
A integração vertical consiste na execução de várias funções da cadeia operacional de um negócio, sob a
proteção de uma só empresa;
A integração vertical diz-se plena quando a empresa tem o controlo total sobre os seus factores de produção
ou sobre a distribuição ou utilização dos produtos e serviços por si produzidos.
exemplo:
A MEO apresenta um elevado grau de integração vertical, uma vez que tem uma cobertura extensiva do
território português com redes fixas e móveis, para alem de estações de satélites e uma rede em fibra óptica.
Adicionalmente, a MEO dispõe de lojas próprias onde comercializa telefones e outros equipamentos e presta
ainda formação e consultoria a empresas.
Desta forma, a MEO consegue reduzir os custos operacionais e oferecer novos serviços de elevado valor
acrescentado.
Internacionalização
Uma vez definidas as orientações estratégicas para o país de origem, a empresa deve analisar a
possibilidade de transpor as suas operações para outros mercados geográficos;
O processo de internacionalização tem início na identificação das várias modalidades de entrada nos
mercados externos;
O nível de internacionalização da empresa deve evoluir em paralelo com as tendências do mercado e das
suas competências internas, para contribuir para o reforço da sua competitividade nos mercados
internacionais.
exemplo:
A empresa de papel Inapa iniciou, em 1969, as exportações para Espanha, com o objetivo de aumentar as
receitas e rentabilizar a sua capacidade instalada.
As atenções da Inapa orientaram-se depois para o mercado do Reino Unido, onde comprou uma distribuidora
nos anos 90.
Os resultados revelaram-se muito positivos. Em conjunto, esses dois mercados externos já representam
cerca de um terço das vendas totais do Grupo Inapa.
Diversificação
exemplo:
A atividade inicial do Grupo Distri consistia na distribuição de revistas estrangeiras em Portugal. Já nos anos
80, a empresa diversificou para a distribuição de artigos de papelaria, bens alimentares e brinquedos.
Mais tarde, graças à experiência na aquisição de estantes e expositores para as suas lojas, diversificou
também para o fornecimento de mobiliário a estabelecimentos de retalho.
Assim, a Distri não só reforçou a sua atuação no negócio original, como entrou com sucesso em novas
indústrias.
C. Estratégias Genéricas
Porter concluiu que existem 3 estratégias genéricas que as empresas podem adoptar, de modo a obterem
vantagem competitiva:
▪ Liderança pelo Custo;
▪ Diferenciação;
▪ Estratégia de Enfoque (Nicho).
Diferenciação
Baseia-se em tornar o produto ou serviço único ao longo das dimensões valorizadas pelos clientes, que
estarão dispostos a pagar um preço superior.
Estratégia de Enfoque
Uma empresa pode procurar vantagem nos custos praticados no segmento ou procurar a diferenciação pela
melhor satisfação das necessidades desse segmento.
D. Estratégias Por Área de Negócio
A colocação em prática com sucesso da estratégia, exige diferentes recursos e habilidades, arranjos
organizacionais diferentes, procedimentos de controlo e sistemas criativos, logo o compromisso contínuo
com uma destas estratégias como alvo primário é necessário para o seu sucesso.
Tomada de Decisão
B. Modelo de Decisão
Intuitiva
C. Modelo de Decisão Improvisada
D. Tipos de Decisões
➢ Tomada de Decisão Individual
– A tomada de decisão no indivíduo é um conjunto complexo de factores onde o indivíduo se comporta como
um sistema aberto, fazendo permanentemente comparações entre os seus resultados e as suas aspirações,
orientado pelos seus princípios e plos valores da organização.
A. Brainstorming
Metodologia:
1º É colocado ao grupo (cerca de 7 a 10 elementos) o
tópico a discutir e o líder apela à criatividade e enfatiza o
valor de propostas criativas e diversificadas;
4º As ideias posteriormente são discutidas, clarificadas e avaliadas, podendo algumas ser agrupadas por
afinidade e as duplicadas eliminadas. O líder modera a discussão para evitar superioridade de status;
5º Em privado, as pessoas ordenam por preferência e a ideia mais cotada é a escolhida, embora possa existir
uma segunda ronda para as mais cotadas.
C. Método Delphi
- Cada membro do grupo apresenta as suas ideias, nunca face a face com
os restantes elementos, sendo assim isolado da influência dos restantes.
Metodologia
1. Identificação do problema, construção do questionário e apresentação
do mesmo a cada um dos elementos do grupo;
2. Resposta ao questionário de forma anónima e independente por cada
um dos elementos do grupo;
3. Compilação das respostas e sua distribuição pelos membros do grupo
acompanhadas do questionário revisto;
4. Resposta ao novo questionário da mesma forma descrita na fase 2, isto
é, de forma anónima e independente;
5. Repetição das terceira e quarta fases até se atingir uma solução de
consenso ou estiver aprovado que não é possível obtê-lo.
Metodologia
1. Um grupo de pessoas presencialmente ounão, encontram-se frente a um terminal de
computador;
2. As ideias são escritas e disseminadas por todos os participantes (quando não estão frente-a-frente) e o
anonimato pode ser instituído ou não;
3. Quando os participantes se encontram na mesma sala as ideias são expostas num projector de maior
dimensão;
E. Condicionantes da Tomada de Decisão