Familia e Fatores de Risco

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Adolescente

Sandra Santos
Características da adolescência:

i. Maior capacidade de reconhecer alternativas nas escolhas e


encontrar soluções através deste reconhecimento;
ii. Tendência em questionar as principais figuras de autoridade;
iii.Aquisição de independência dos pais e família;
iv.Desenvolvimento do sistema de valores e aquisição de identidade
própria;
Características da adolescência:

i. Estabelecimento de relações afetivas com outros indivíduos da


mesma idade;
ii. Tendência para o egocentrismo nos interesses e objetivos;
iii.Preparação para a carreira profissional.
Aspecto Psicológico
Do ponto de vista cognitivo, o adolescente atinge o último estádio
definido por Piaget, o das operações formais. Nesta altura, o
adolescente adquire uma nova capacidade para manipular a
informação, pois torna-se capaz de pensar de forma abstrata.

Também nesta fase, o adolescente é muito egocêntrico e tem


necessidade de estar constantemente em “cena como ator
principal”. É como se aquilo que pensa, por ser tão importante
para si mesmo, também tivesse de o ser para os outros.

O sentimento que se origina desse egocentrismo leva-o a acreditar


que é imune aos riscos que atingem os outros. As condutas de
experimentação envolvendo risco advêm assim, habitualmente, de
um sentimento de invulnerabilidade.
Aspecto Psicológico
A adolescência termina com a formação da identidade. Perante as
transformações a que é sujeito, o adolescente vê-se confrontado com a
necessidade de procurar e estabelecer a sua identidade, necessidade de
entender o seu papel no mundo e de ter consciência da sua
singularidade.
A identidade do adolescente deve ser conseguida face aos seus pais de
quem se afasta, e em relação à sociedade, de quem se aproxima. Para a
formação da personalidade e identidade do adolescente, primeiramente
ele tem que se encontrar consigo mesmo, com as mudanças a que está
sujeito. A relação com os pais e com os amigos é um contributo
fundamental para fomentar a identidade.
Os sintomas de uma crise surgem no momento em que o adolescente se
confronta com uma série de experiências que exigem uma escolha e um
empenho, como a escolha de um parceiro para partilhar a intimidade,
uma escolha profissional, escolha de uma definição psicossocial de si
mesmo.
Aspecto Psicológico

Os sintomas de uma crise surgem no momento em que o


adolescente se confronta com uma série de experiências que
exigem uma escolha e um empenho, como a escolha de um
parceiro para partilhar a intimidade, uma escolha profissional,
escolha de uma definição psicossocial de si mesmo (Marcelli &
Braconnier, 2005).
Aspecto Emocional
Estritamente relacionado com a cognição encontra-se a emoção. A
capacidade de pensar de forma abstrata também tem implicações
emocionais.

As emoções desenvolvem-se com a idade, em harmonia com o


desenvolvimento geral. No entanto, as emoções podem, por vezes,
estar carregadas de uma violência e primitismo que exija controlo
e interpretações especiais.

As emoções têm um papel fundamental na formação da


personalidade do adolescente. Os sentimentos comandam as
ações do sujeito, influenciando a função psicológica (processos
mentais e morais de percepção, julgamento, avaliação e decisão),
mas também a fisiológica.
Idade Estado Emocional
Desenvolvimento
10 anos Calmo e despreocupado
Emocional
(10-16 anos) 11 anos Hipersensível e opinoso

12 anos Comunicativo e equilibrado

13 anos Retraído e interiorizado

14 anos Expansivo e exuberante

15 anos Inquieto e apático

16 anos Amigável e bem ajustado


O Desenvolvimento da autoestima
Autoestima é uma orientação positiva ou negativa em direção a si,
uma avaliação global do seu próprio valor.

Sentimento positivo ou negativo, relativamente permanente, sobre


si próprio, que pode tornar-se mais ou menos positivo ou negativo
à medida que os sujeitos se confrontam e interpretam os sucessos
e os fracassos das suas vidas quotidianas.

A autoestima baseia-se no quanto a pessoa sente-se adequada


nos domínios que são para ela importantes. Nos adolescentes
foram identificados oito domínios: 1) competência acadêmica; 2)
competência atlética; 3) igualdade com os pares; 4) aparência
física; 5) conduta comportamental; 6) atração romântica; 7)
amizade próxima; 8) competência no trabalho.
O Desenvolvimento da autoestima

Está relacionada com a interação social positiva. Desenvolve-se


dentro do contexto social que envolve família, pares e
professores.

A existência de um baixo suporte emocional por parte da família


está relacionado com a baixa autoestima e auto-conceito
acadêmico.

A família enquanto contexto relacional, assume particular


importância na formação do auto-conceito e autoestima, uma vez
que é no seu seio, mais concretamente nas interações que se
estabelece, que o jovem vai construindo as primeiras
representações em relação a si mesmo.
O Desenvolvimento da autoestima

Pais dos adolescentes com elevada autoestima preocupam-se e


dão atenção aos filhos, estruturam o mundo dos filhos ao longo
de linhas que acreditam ser apropriadas e permitem uma relativa
liberdade dentro das estruturas que estabelecem.
3.
Aspectos
Sociais

3.1 A família na adolescência

3.2 O adolescente e o grupo de


pares
O adolescente
e a Família
O adolescente e a família
Nesta fase, tanto os filhos como os pais deparam-se com mudanças
na organização da estrutura familiar. Para os filhos significa a
procura da autonomia, aventurar-se fora da matriz familiar, sem no
entanto cortar abruptamente com os laços familiares e o suporte
que eles lhe fornecem.

Para os pais, significa um abrandamento progressivo do controle


exercido sobre os filhos e o aumento correlativo da flexibilidade das
normas familiares face à sua crescente independência.

Indepedência e autonomia, não como forma de ruptura ou


isolamento em relação à família, mas como auto-responsabilização e
afirmação de si.
O adolescente e a família
A aquisição da identidade consiste na integração de todas as
identificações numa única identificação, ou seja, na
determinação de um papel e lugar no mundo (definição do self).
A procura de autonomia implica a transformação de
renegociação das relações familiares, processo que em muitas
situações pode ser origem de conflitos entre o adolescente e os
pais.
O processo de individualização do adolescente em relação à
família de origem, revela-se muitas vezes através da contestação
constante.
No que se refere à adolescência, a importância e influência da
família surge muitas vezes como contraponto à influência e
importância assumida pelo grupo de pares.
A firmeza que consideramos ser
importante no caminho para a
autonomia, implica que os pais não se
possam demitir da sua autoridade
parental, tendo que aprender a regulá-
la.

O grau de autonomia concedida deverá


oscilar, em função das situações e dos
temas nela envolvidos, entre um limiar
máximo que impeça a colisão da
autoridade parental com a dignidade
do adolescente, com a sua
necessidade de afirmação, autoestima
e confiança pessoal.
É importante que o exercício de
autoridade e a firmeza de convicções
não sejam confundidos com o
excesso de controle ou repressão.
O
COMO ?
ADOLESCENTE
E A FAMÍLIA
➢ Banir da relação (pai/ mãe – filho) “é
assim porque eu mando” ou “o que
você sabe da vida para não aceitar o
A díficil regulação que eu digo”.
de
poder/autoridade ➢ Substituir por “é assim, porque cheguei
à conclusão que era a melhor hipótese;
diz quais são os seus argumentos para
achar que há melhor solução e
podemos analisar as alternativas”.
Estilo Parental – conjunto de
atitudes dos pais em relação à
criança/jovem o qual define o clima
emocional em que as práticas
parentais se expressam. O ADOLESCENTE E A
FAMÍLIA
Práticas Parentais – diz respeito aos
comportamentos socializadores,
como disciplina, apoio e
Estilos Educativos
comportamentos interativos pais- Parentais
criança.

QUE ESTILOS PARENTAIS EXISTEM?


Estilos educativos parentais:

Autorizado – incentivam o diálogo,


compartilhando com a criança o
raciocínio por detrás da forma como O ADOLESCENTE E A
eles agem, exercem firme controlo nos FAMÍLIA
pontos de divergência sem restringir o
adolescente.
Estilos Educativos
Autoritário – modelam, controlam e Parentais
avaliam o comportamento de acordo
com regras de conduta estabelecidas
e, normalmente, absolutas.

Permissivo – tentam se comportar de


modo não punitivo e receptivo diante
dos desejos e ações da criança.
ESTILOS PARENTAIS: IMPACTO NO DESENVOLVIMENTO
ADOLESCENTE E JUVENIL
Autoritário Autorizado Permissivo
➢ Poucas competências ➢ Boas competências sociais; ➢ Poucas habilidades sociais;
sociais; ➢ Autonomia e ➢ Nula planificação e trabalho;
➢ Obediência e responsabilidade; ➢ Baixa autoestima;
conformidade; ➢ Boa planificação do futuro e ➢ Stress Psicológico;
➢ Planificação capacidade de auto-direção; ➢ Problemas de conduta.
externamente imposta; ➢ Empatia e conduta pró-social;
➢ Baixa autoestima; ➢ Alta autoestima;
➢ Trabalho com ➢ Trabalho com recompensa a
recompensa a curto longo prazo.
prazo;
Os adolescentes se beneficiam em
serem educados segundo o modelo
autorizado. Este modelo torna mais fácil
o processo de autonomização, permite
melhores resultados escolares, e uma
O ADOLESCENTE E autoestima e saúde mental mais estável
A FAMÍLIA e positiva e uma maior flexibilidade.

Pais cujo estilo educacional


Estilos Educativos predominante é com autoridade têm
Parentais expectativas mais adequadas ao
desenvolvimento do adolescente e
encorajam-no a desenvolver as suas
próprias opiniões, colocando-o assim em
melhores posições para uma real
autonomia.
Os adolescentes, alvo de modelos
parentais desligados, inconsistentes e
ativa ou passivamente hostis estão no
máximo de risco para problemas
O ADOLESCENTE E escolares, comportamentos
A FAMÍLIA problemáticos, consumo de álcool e
outras drogas, delinquência e
funcionamento psicológico global mais
Estilos Educativos precário.
Parentais
É importante que os pais concordem
entre si no estilo educacional que
pretendem para o filho. O que os pais
fazem é importante, mas também é
importante o modo como o fazem.
O ADOLESCENTE E A
FAMÍLIA Para educar é necessária uma
tolerância firme que permite ir ao
encontro das necessidades reais do
Estilos Educativos adolescente.
Parentais
A falta de limites não permite respeitar
o outro como pessoa e dificulta o
crescimento.
O papel da família nesta etapa é o “de estar
atentos, de mobilizar sem dirigir, de apoiar nos
fracassos e incentivar nos êxitos, em suma,
estar com eles e respeitar cada vez mais a sua
A falta de limites não permite
respeitar o outro como pessoa e
dificulta o crescimento.
O papel da família nesta etapa é o de
O ADOLESCENTE E A estar atenta, de mobilizar sem dirigir,
FAMÍLIA de apoiar nos fracassos e incentivar
nos êxitos, em suma, estar com eles e
respeitar cada vez mais a sua
Estilos Educativos individualização.
Parentais
DE QUE MODO É QUE A FAMÍLIA PODE
SER UM FATOR PROTETOR PARA O
DESENVOLVIMENTO DO
O ADOLESCENTE E A ADOLESCENTE?
FAMÍLIA
Promovendo a autoestima;

Estilos Educativos Abolindo o discurso negativista;


Parentais
Permitindo que os sentimentos se
expressem para dar espaço para que
o adolescente descubra qual é o tipo
de adulto que gosta para si.
No entanto, o fato do grupo de pares
assumir maior relevância não
significa, necessariamente, que a
importância assumida pela família
O adolescente desapareça e que o seu papel passe a
e a família ser desempenhado pelo grupo de
pares.

Os pais exercem um papel


preponderante nos planos
educacionais a longo prazo, enquanto
que o grupo de pares influenciam,
principalmente, os comportamentos
quotidianos na escola.
O grupo funciona também como um
elemento de socialização.

Permite a competição, a
solidariedade, mas igualmente a
definição de limites e normas na
relação com os parceiros, com a
isenção e não interferência
O adolescente e o hierárquica que a família impõe.
grupo de pares A quantidade e a qualidade das
interações entre iguais favorece o
desenvolvimento de competências
afetivas, sociais, cognitivas e
intelectuais, bem como a aquisição
de papéis, normas e valores sociais.
Os adolescentes que têm amigos
intímos tendencialmente
desenvolvem uma opinião favorável
acerca de si, obtém sucesso escolar,
assim como menor probabilidade de
serem hostis, ansiosos ou deprimidos.

O adolescente e o
grupo de pares
Conduz à aceitação do compromisso
social e, através da experimentação
de pontos de vista alternativos,
permite o treino e aquisição de
conceitos como juízo moral,
capacidade de tomada de decisão e
O adolescente de comunicação.
e o grupo de O grupo de pares funciona como
pares modelos na aquisição de novas
formas de comportamento e que uma
vez estabelecido o reportório de
competências sociais permite a
regulação de comportamentos
grupais aceitáveis e normativos.
No grupo, o adolescente tem ainda
possibilidades de experimentar e
desenvolver as suas capacidades de
liderança, testando até os papéis
desempenhados e o posicionamento
ocupado com os irmãos.
O adolescente
e o grupo de
pares
Principais funções do grupo de pares na
adolescência:

1) Facilitar a separação em relação à


família, permitindo aprender a pensar
O adolescente e experimentar com segurança
valores não necessariamente
e o grupo de presentes ou aceitáveis nesta;
pares 2) Favorecer a aquisição de um certo
grau de conformismo face às normas e
a distinção entre limites pessoais e
sociais ou convencionais;

3) Permitir o desenvolvimento de um
autoconceito positivo.
A família pode encarar o grupo de
pares como um aliado no processo
de crescimento dos filhos ou como
um terceiro indesejável.

O adolescente A desconfiança em relação ao grupo


e o grupo de pares nunca é resolvida através
da repressão. É importante que os
de pares pais tomem consciência do valor
positivo do grupo no
desenvolvimento do adolescente,
para melhor regularem a sua
autoridade.
Contudo, o temor perante a
influência do grupo dificilmente será
anulado; a família sente essa
influência e os comportamentos do
O adolescente adolescente demonstram-na.
e o grupo
No entanto, as investigações
de pares também mostram que na maioria das
vezes a pressão do grupo não
contraria os valores parentais, pelo
contrário, reflete-os embora não os
duplique.
Comportamentos
de risco

4.1 Álcool: o inimigo número


um
4.2 Tabaco
4.3 Outras drogas
4.4 Depressão e suícidio
Pedro, durante o tempo de aulas, costuma
beber álcool apenas às sextas e sábados à
noite nos bares da capital; nas férias, bebe
diariamente. Para ele, férias na praia, onde
os pais têm uma casa, é sinônimo de
acordar pelas 4 horas da tarde, chegar à
praia um pouco depois, jantar pelas 10
Comportamentos horas e partir então para a noite,
de risco regressando à casa já com sol. Contou que
às vezes até nem lhe apetece muito beber,
mas bebe para se sentir mais solto e curtir
melhor a noite. Acha também que por ser
muito tímido, o álcool o desinibe. De início,
Álcool: o inimigo nem gostava do sabor mas, com o passar do
número um tempo e o poder de persuasão dos amigos,
habituou-se. Uma das razões que o levou a
querer experimentar o álcool foi a vontade
de querer ser aceito no grupo. Atualmente,
diz que bebe porque lhe apetece e dá
prazer.
Por que um adolescente
começa a consumir álcool?
Sinal de emancipação, desejo de
reconhecimento de uma mudança de
estatuto, necessidade de ser aceite
Comportamentos pelo grupo ou, então, uma tentativa de
quebrar regras.
de risco
Tudo se torna mais enigmático se
pensarmos que a maioria dos
adolescentes nem aprecia o sabor do
Álcool: o inimigo álcool quando o experimenta pela
número um primeira vez.
Por que um adolescente
começa a consumir álcool?

Muitas das condutas de risco na


adolescência não são mais do que
Comportamentos condutas de experimentação. Estão na
linha da descoberta, da avaliação das
de risco capacidades e deverão ser entendidas
como tal.

Álcool: o inimigo
número um
Paulo, que acabou de fazer 18 anos,
ainda não tem carta, mas a maioria dos
amigos, já tem. Há cerca de dois anos,
sempre que saía à noite, os pais iam
buscá-lo, fosse a que horas fosse. Todos
Comportamentos riam dele! Um belo dia, disse aos pais
que se continuassem a ir buscá-lo,
de risco preferia nem sair. Passou por outras
fases, nomeadamente a do regresso à
Álcool: o inimigo casa de táxi. Atualmente, vem de
número um carona. Incomoda-o o fato da mãe não
conseguir adormecer até seu regresso,
mas, mesmo assim, prefere este
esquema. Já estas férias teve um grande
susto. Um dos amigos que costuma dar
carona teve um acidente grave. O carro
onde ia com a namorada saiu da pista
por excesso de velocidade.
Tinha um nível de álcool três vezes
superior ao permitido. Foi por mero
acaso que Paulo não esteve envolvido
neste acidente.
Quando o amigo se ofereceu para levá-lo
Comportamentos em casa, acabara de aceitar o convite de
de risco outro. O que mais o preocupava, quando
recordou o episódio, era o fato de,
apesar de ter notado que o amigo não
Álcool: o inimigo estava em condições de dirigir, não ter
número um tentado impedir que o fizesse.
Incomodava-o também ter a certeza de
que, caso não tivesse aceito outra
carona, nunca teria tido a coragem de
recusar esta oferta. «É sempre o meu
velho problema de não saber dizer não».
Os acidentes são a principal causa de
morte nos adolescentes, e são mais
frequentes após o consumo de álcool.

É urgente que nos empenhemos mais


na prevenção dos acidentes na
Comportamentos adolescência. Este esforço terá de
passar, forçosamente, pela prevenção
de risco do consumo de álcool.

Álcool: o inimigo Os jovens são mais sensíveis às


número um consequências a curto prazo do
consumo de álcool, as quais estão
relacionadas, essencialmente, com a
interferência do álcool na capacidade
de autocontrole e de perceção da
realidade.
As consequências a longo prazo, tais
como, a cirrose hepática ou as
hemorragias digestivas, são por eles
encaradas como um problema
excessivamente distante ou que só vai
Comportamentos acontecer aos outros.
de risco

Álcool: o inimigo
número um
Algumas das medidas de prevenção
poderiam incluir:
i) desmistificar determinadas ideias
muito implantadas na camada mais
jovem tais como: que só é possível
alguém divertir-se bebendo, ou que se
Comportamentos é adulto pelo fato de se beber álcool;
ii) retardar o início do consumo de
de risco bebidas acoólicas;
iii) desenvolver ações junto dos bares
e lugares mais em moda no sentido de
Álcool: o inimigo incluírem nas suas listas bebidas que
número um constituam alternativas apetecíveis
ao álcool.
A vivência do risco e a confrontação
com a necessidade de fazer opções
(tomar a decisão de ir/não ir,
beber/não beber) faz parte integrante
do processo de desenvolvimento do
Comportamentos adolescente e é essencial para a
construção da autonomia.
de risco

Álcool: o inimigo
número um
O adolescente saudável carateriza-se
por ter um comportamento flexível que
evolui ao longo do tempo, demonstra
Comportamentos criatividade nas opções e possui, pelo
menos, um ou dois amigos intímos.
de risco
São considerados sinais de
Álcool: o inimigo preocupação a diminuição do
número um rendimento escolar, o isolamento, as
dificuldades nas relações
interpessoais, os comportamentos
violentos ou desviantes, ou sintomas
funcionais que não são mais do que a
expressão de um mal-estar.
Um adolescente não começa a
consumir drogas ilícitas de um dia
para o outro. Começa habitualmente
por consumos tolerados pela
Comportamentos sociedade.

de risco Parece haver associação entre o


consumo de álcool ou drogas e
comportamentos sexuais de risco.
Outras drogas
Como saber se estamos
perante um adolescente que
precisa de ajuda?
i. Em primeiro lugar interessa-nos
perceber qual é a perceção do
adolescente face aos consumos,
Comportamentos nomeadamente face ao álcool e
de risco outras drogas;
ii. Quais são os ambientes que o
Outras drogas adolescente frequenta;
iii. Caraterísticas do grupo de pares e se
nesse grupo há consumos;
Como saber se estamos
perante um adolescente que
precisa de ajuda?
iv. Perceber quais são os fatores, no
nível pessoal e familiar, que podem
eventualmente proteger o consumo;
Comportamentos v. É igualmente útil perceber quais
de risco razões o jovem aponta para beber ou
consumir e qual o padrão de consumo.
Outras drogas
De um maior conhecimento dos
contextos em que os consumos
ocorrem, advém da conclusão de que
programas de prevenção baseados
apenas num aumento do nível de
informação, por exemplo dos perigos
Comportamentos dos consumos, não serão bem-
de risco sucedidos.

Outras drogas É importante conhecer o contexto


familiar, reforçar a grande influência
que os pais continuam a ter nesta
idade e é necessário desenvolver e
treinar técnicas de como resistir à
pressão do grupo.
A intervenção deveria basear-se
preferencialmente na promoção dos
fatores protetores (comunicação,
modelos de estilos parentais, escola,
projetos de futuro) e não apenas na
diminuição dos fatores associados ao
Comportamentos risco.
de risco
Outras drogas
Situações que são
favorecedoras do surgimento
de uma depressão:

i. Perda ou separação de alguém que


Comportamentos constitui uma figura de referência
de risco para o adolescente;
ii. Separação dos pais;
iii.Conflitos familiares;
iv.Incapacidade de corresponder às
Depressão e suicídio expectativas demasiado elevadas dos
pais, professores ou da própria
sociedade;
Situações que são
favorecedoras do surgimento
de uma depressão:
v. Problemas na socialização;
vi. Baixa autoestima;
Comportamentos vii. Doença dele ou de alguém
importante para o adolescente;
de risco viii. Alcoolismo ou consumo de drogas.

Depressão e suicídio
Poderão ser sintomas de
depressão:

i. Sensação prolongada de cansaço


constante e inexplicado;
ii. Sensação de insucesso, de que não se
vale nada, que não se é apreciado nem
Comportamentos valorizado;
iii.Falta de perspetivas em relação ao
de risco futuro;
Depressão e suicídio iv. Dificuldade em adormecer ou então
acordar durante a noite e ter
dificuldade em voltar a conciliar o sono;
v. Dores com as mais diversas
localizações e muitas vezes com um
caráter rotativo;
Poderão ser sintomas de depressão:

vi. Perda de apetite com consequente


perda de peso ou, pelo contrário,
grande voracidade alimentar com
dificuldade em se controlar;
vii. Quebra no rendimento escolar;
viii. Dificuldade de concentração;
Comportamentos ix. Comportamento agressivo e
de risco violento com passagens frequentes à
ação.
Depressão e suicídio
Estes sintomas isoladamente ou se
circunscritos a um curto período de
tempo, poderão não corresponder à
depressão.

No entanto, se houver associação


destes sintomas e manutenção a
longo prazo, a probabilidade de
Comportamentos estarmos perante uma depressão é
de risco elevada.

Depressão e suicídio A prevenção do suicídio passa pela


detecção precoce destas situações
por parte dos pais, educadores e
profissionais de saúde e
encaminhamento para um serviço
especializado.

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