Modelo Pro Meu TCC
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
VALE DO SÃO FRANCISCO
Iug Lopes
JUAZEIRO – BA
2016
2
Iug Lopes
JUAZEIRO – BA
2016
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
Iug Lopes
Lopes, Iug
L864c Caracterização morfométrica e uso do solo da Bacia Hidrográfica Do Rio Pontal /
Iug Lopes. – – Juazeiro-BA, 2016
59f. : il. ; 29 cm.
Referências.
CDD 631.47
5
Agradecimentos
RESUMO
LOPES, I. Morphometric characterization and land use Basin Pontal River. 2016. 59
f. Dissertation (Masters in agricultural engineering) - Federal University of São
Francisco Valley - UNIVASF. Juazeiro-BA.
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 10
...............................................................................................
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 12
2.1 Ciclo Hidrológico e Seus 11
Componentes...................................................
2.2 Bacia Hidrográfica 13
...................................................................................
2.3 Parâmetros Morfofisiográficos 16
.................................................................
2.4 Elaboração De Planejamento Conservacionista Em Nível De Bacia
Hidrográfica........................................................................................................ 17
2.4.1 Contextualização Das Bacias Hidrográficas Com O Histórico Da
Legislação Pertinente......................................................................................... 17
2.5 Programas Nacionais Com Ênfase Em Bacias Hidrográficas:
Revitalização...................................................................................................... 18
2.5.1 Usos das Bacias 18
Hidrográficas.................................................................
2.6 Bacia do Rio 20
Pontal..................................................................................
3. CAPÍTULO 1. Caracterização Morfométrica Da Bacia Hidrográfica Do
Rio Pontal Através De Dados Srtm Em Softwares Livre 21
................................
Introdução .......................................................................................................... 22
Material e Método .............................................................................................. 23
Resultados e Discussões 27
...................................................................................
Conclusões ........................................................................................................ 34
Referência Bibliográfica 35
.....................................................................................
4. CAPÍTULO 2. Caracterização Temporal Do Uso Do Solo Da Bacia
10
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Bacia hidrográfica (Figura 3) pode ser definida como uma área de terra delimitada
pelas regiões mais altas do relevo, sendo que estas vão propiciar a divisão das águas
pluviais, que através do escoamento superficial vai ocorrer a formação dos riachos e rios, ou
através da infiltração no solo que originará nascentes e lençol freático (BARRELLA et al.,
2001).
Para Tucci (2004), a compreensão é de uma porção de área topograficamente
drenada por corpos d’água dinâmicos, de tal forma que todo o fluxo seja descarregado por
uma única saída. Complementando as definições, Word Vision (2004), trata como um
espaço tridimensional. Esta estrutura é caracterizada pela interação entre a cobertura e as
profundidades do solo e as áreas circundantes das linhas divisórias das águas.
A B
tamanho da área ocupada que direciona a água, além dos processos naturais que vão
realizar o balanço hídrico (CHRISTOFOLETTI, 1980).
Para outros autores, há uma outra descrição dos elementos que compõem uma
bacia hidrográfica e respectivamente torna-o as suas características Pissarra e Politano
(2003), sendo:
A planície de inundação é aquela extensão do terreno geralmente plana, na
posição baixa, que normalmente se apresenta como extensões contíguas aos
canais de drenagem. O interflúvio é identificado como “terras altas” situadas
entre duas planícies de inundação e composto pelas encostas e pelo divisor,
constituindo-se, desse modo, na porção do terreno de maior expressão para o
uso agrícola. As encostas ou vertentes são os locais onde ocorre a máxima
manifestação dos processos hidrológicos. Na parte mais alta situa-se a área
de maior valor florestal, e de acordo com suas características ecológicas e
hidrológicas é considerada como pertence à classe de uso florestal.
Equação 1
Equação 2
(H); amplitude altimétrica (Hm); relação do relevo (Rr); índice de rugosidade (Ir) e
coeficiente rugosidade (CR).
A Bacia do Rio Pontal possui uma área de 6.023km², situada entre os municípios de
Petrolina, Afrânio, Dormentes e Lagoa Grande, no estado de Pernambuco, e tem seu dreno
natural como tributário do rio São Francisco na sua margem esquerda (Figura 5). O dreno
principal da bacia tem um comprimento de 206 km e segundo a classificação de Strahler
(1952) é um rio de ordem cinco (SILVA et al., 2012).
A bacia tem declividade abaixo de 15%, mediana na ordem de 2%, e relevo plano
na maior parte do território, com cotas que variam entre 700 a 360 m. A vegetação é do tipo
Caatinga e classificada como Savana Estépica Arborizada. A precipitação pluviométrica,
principal fonte hídrica da região, registra historicamente, totais anuais inferiores a 600 mm,
com trimestre mais chuvoso de janeiro a março, e déficit hídrico em 8 a 10 meses na maioria
dos anos, com igual período de severa seca edáfica. O clima local foi classificado, segundo
köeppen, como sendo megatérmico e semiarido, do tipo BSwh’ (SILVA et al., 2012).
21
3. CAPÍTULO 1
RESUMO
O objetivo deste estudo foi de avaliar a caracterização morfométrica da Bacia
Hidrográfica do Rio Pontal através de dados do Shuttle Radar Topography Mission
(SRTM) processados em Sistema de Informações Geográficas (SIG), com o auxílio dos
softwares livres Quantum GIS (QGIS) 2.8 e Terrain Análise Ucantar Digital Elevation
Modelos (TauDEM) V.5. A declividade média foi de 4,45% e mais de 92% da área da
bacia apresentou declividades menores que 8%. A bacia possui 6046,23 Km²,
considerada de 6º ordem, com drenagem de 0,42 Km Km-2. Apresentou ainda fator de
forma de 0,41 m m-1, coeficiente de compacidade de 0,72 e índice de circularidade de
0,32, indicando que a bacia possui formato muito alongado e por conseguinte, baixa
tendência a enchentes.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the morphometric characterization Pontal
River Basin through the Shuttle Radar Topography Mission data (SRTM) processed in
Geographic Information System (GIS) with the help of free software Quantum GIS
(QGIS) 2.8 and Terrain Analysis Ucantar Digital Elevation Models (TauDEM) V.5. The
average slope was 4.45% and over 92% of the basin area had lower slopes than 8%. The
basin has 6046.23 Km2, considered the 6th order with drainage 0.42 Km Km-2. He also
presented form factor of 0.41 m m-1, compactness and circularity coefficient of 0.72
index of 0.32, indicating that the basin has very elongated shape and therefore low risk
of flooding.
1
Parte da dissertação de Mestrado em Engenharia Agrícola do primeiro autor. Formatação conforme Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental
2
Mestrando em Engenharia Agrícola. iuglopes@hotmail.com
3
Doutor, Professor, Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. Av. Antonio Carlos Magalhães, 510
Country Club, Juazeiro-BA. CEP: 48.902-300. clovis.ramos@univasf.edu.br
4
Doutor, Professor, Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. Av. Antonio Carlos Magalhães, 510
Country Club, Juazeiro-BA. CEP: 48.902-300. brauliro.leal@univasf.edu.br
23
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Para a extração das redes de drenagem o Modelo Digital de Elevação (MDE) passou
pelos tratamentos descritos abaixo com o auxílio dos Softwares livres Quantum GIS
(QGIS) 2.8 e Terrain Análise Ucantar Digital Elevation Modelos (TauDEM) V.5, que é
composta pelas ferramentas para a extração e análise de informações hidrológicas de
topografia.
A definição dos corpos hídricos passou por um reajuste do limiar que se refere ao
número mínimo de células do terreno necessárias para gerar pixels da drenagem, através
da ferramenta "Stream Definition by Threshold", assim permitiu a extração do fluxo e
das drenagens. Rennó et al. (2008) estudando a variação do limiar observou que índice
para verificação hidrológica acima do limiar de 300 foi o mais indicado. Assim para
este estudo foi adotado também o valor de limiar indicado por Rennó et al. na extração
do fluxo de drenagem.
Fator de formaF (Kf) Relação entre a área da bacia Kf = A/L² Horton (1945)
(A) e o comprimento do eixo (m²/m)
da bacia (L).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
foi complementada por Medeiros et al. (2009), onde relata que em cada célula da
estrutura de um MDE contempla um micromapeamento da direção de fluxo, o que torna
possível e explicito a direção do fluxo de água para cada área estudada.
A declividade apresentada por uma bacia hidrográfica é um dos fatores que afeta
consideravelmente a velocidade do escoamento superficial, reduzindo assim a
infiltração da água no solo, que, em casos de ausência de cobertura vegetal e elevadas
precipitações, potencializam o processo de erosão do solo e a ocorrência de enchentes.
30
Apesar da BHRP conter uma larga variação no valor da declividade, não apresenta
características para potencializar o escoamento superficial e todas as suas consequências
negativas para o solo.
Na bacia obteve-se um valor de área (A) de 6046,23km², o que permite inferir que
nas épocas de concentração pluviométrica pode ser gerado um grande volume de água,
além de influenciar na característica de design dos corpos hídricos. O perímetro (P) da
BHRP é de 484,82 e pode auxiliar no entendimento de outras características, sendo
representado pelo comprimento da linha que define as zonas mais altas. Estudos
realizados por Silva et al. (2012) na mesma bacia observou uma área de 6057,0 km² e o
P de 464,0 km, e a diferença entre os valores pode estar associado ao tipo de software
utilizado para a análise da imagem SRTM.
Quanto ao fator de forma (Kf), com valor de 0,41 m/m, observa-se que é uma bacia
de pouca circularidade e com pequena possibilidade de gerar enchentes, segundo a
classificação proposta por Villela e Mattos (1975), definindo que quanto mais próximo
de 1, mais circular é a bacia e maior é a sua tendência a gerar enchentes rápidas e
acentuadas. A caracterização do Kf pode ser complementada com a Re e o IC, sendo
0,72 e 0,32 respectivamente. Esses índices indicam que a bacia não possui formato
semelhante ao de uma circunferência, correspondendo, portanto, a uma bacia alongada.
hidrográfica como de ordem 5, isso deve estar relacionado a etapa de ajuste do limiar
par obtenção da hierarquia dos corpos d’água. Silva et al (2012) utilizou um limiar de
1000 enquanto neste estudo foi utilizado um limiar de 300, o que torna mais sensível a
obtenção das características de relevo para a definição dos corpos d’água E pode-se
visualizar estas características na Figura 4.
600
550
500
Cota (m)
450
400
S1
S2
350 S3
S4
300
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Comprimento (Km)
A bacia possui Altitude máxima da bacia (Amab) e Altitude mínima da bacia (Amib)
de 598 m e 358 m, respectivamente. Dessa maneira, o valor encontrado para a
amplitude altimétrica foi de 240 m, o que indica que esta bacia possui um relevo de
suave a plano. Essas características de amplitude pouco vão influenciar na quantidade
de radiação que a bacia hidrográfica intercepta e por consequência na
evapotranspiração, temperatura e precipitação.
35
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Elesbon, A. A. A.; Guedes, H. A. S.; Silva, D. D.; Oliveira, I. C. Uso de dados SRTM e
plataforma SIG na caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Braço Norte
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Falorni, G.; Teles, V.; Vivoni, E. R.; Bras, R. L. Amaratunga, K. S. Analysis and
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Radar Topography Mission. Journal of Geophysical Research, v.110, p.1-20, 2005.
Fraga, M. S.; Ferreira, R. G.; Silva, F. B.; Vieira, N. A. P.; Silva, D. P.; Barros, F. M.;
Martins, I. S. B. . Caracterização Morfométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Catolé
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40
4. CAPÍTULO 2
Iug Lopes2, Clovis Manoel Carvalho Ramos3, Brauliro Gonçalves Leal4, Andreza Carla
Lopes5
RESUMO
Nas últimas décadas as zonas rurais e urbanas passaram por uma transformação
significativa. Estas mudanças têm afetado o uso da terra, principalmente nas áreas
marginas às urbanas. É ao longo destas áreas onde o processo de expansão urbana e
também a agropecuária que torna difícil de combinar o uso da terra. Um recurso
inestimável neste contexto é o sensoriamento remoto, que aparece como de processos de
transformação território. Técnicas de observação de dados adquiridos por satélites em
variação temporal e espacial possuem potencial de detectar, identificar e mapear as
mudanças no uso da terra. O objetivo do trabalho foi realizar uma caracterização atual
do uso da terra e análise espaço-temporal das modificações ao longo dos períodos de
2000 a 2010, 2010 a 2015 e 2000 a 2015, na Bacia do Rio Pontal, usando dados Landsat
Thematic Mapper (TM). De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que a
região estudada passou por grandes transformações, houve um crescimento considerável
de área destinada à agricultura irrigada, redução das áreas de caatinga densa ou
substituição da mesma por caatinga aberta e solo exposto e por fim se observou a
redução dos corpos hídricos da região.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the morphometric characterization Pontal
River Basin through the Shuttle Radar Topography Mission data (SRTM) processed in
Geographic Information System (GIS) with the help of free software Quantum GIS
1
Parte da dissertação de Mestrado em Engenharia Agrícola do primeiro autor. Formatação conforme Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental
2
Mestrando em Engenharia Agrícola. iuglopes@hotmail.com
3
Doutor, Professor, Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. Av. Antonio Carlos Magalhães, 510
Country Club, Juazeiro-BA. CEP: 48.902-300. clovis.ramos@univasf.edu.br
4
Doutor, Professor, Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. Av. Antonio Carlos Magalhães, 510
Country Club, Juazeiro-BA. CEP: 48.902-300. brauliro.leal@univasf.edu.br
5
Graduanda em Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Vale do São Francisco.
andreza_carlalopes@hotmail.com
41
(QGIS) 2.8 and Terrain Analysis Ucantar Digital Elevation Models (TauDEM) V.5. The
average slope was 4.45% and over 92% of the basin area had lower slopes than 8%. The
basin has 6046.23 Km2, considered the 6th order with drainage 0.42 Km Km-2. He also
presented form factor of 0.41 m m-1, compactness and circularity coefficient of 0.72
index of 0.32, indicating that the basin has very elongated shape and therefore low risk
of flooding.
INTRODUÇÃO
Um dos mais importantes recursos naturais é a terra. O seu padrão de uso e suas
distribuições espaciais são os requisitos básicos para uma estruturação política de uso da
terra de modo eficaz para o planejamento e gerenciamento adequado (Kikon, 2014).
Informações de cobertura da terra são importantes também para a observação e
planejamento de pesquisas geoespaciais dos ambientes naturais. Em um período de
tempo mais recente estão começando a ser utilizada progressivamente esse essencial
método de conhecimento da Terra e aplicadas para monitoramento, melhoria e gestão
dos diferentes recursos naturais.
Para amenizar esses problemas e alocar da melhor forma os recursos naturais, torna-
se indispensável o levantamento do uso e ocupação da terra, através de informações
espaço-temporais detalhadas das modificações ocorridas no ambiente (Jansen & Di
Gregório, 2004; Southworth et al., 2004).
O uso da terra e seu planejamento estão diretamente interligados com a Lei nº 9.433,
de 8 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e define
que bacia hidrográfica é a unidade territorial para a operacionalização dessa política e
para a atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Segundo Mendes & Cirilo (2001), o impacto decorrente da alteração do uso da terra
reflete-se em todos os componentes do ciclo hidrológico, como no escoamento
superficial, na recarga dos aquíferos e na qualidade da água.
Desta forma, o objetivo foi realizar uma caracterização atual do uso da terra e análise
espaço-temporal das modificações ao longo dos períodos de 2000 a 2010, 2010 a 2015 e
2000 a 2015, na Bacia do Rio Pontal, usando dados Landsat Thematic Mapper (TM).
MATERIAL E MÉTODOS
43
O processamento digital das imagens (PDI) de satélite foi realizado com o auxílio do
software ArcGis 10.3 versão experimental, sendo elaboradas composições coloridas
falsa-cor (RGB), por meio de técnicas de PDI, para tratamento de imagens. Esta técnica
consisti da seleção de três bandas e a cada uma delas foi atribuído uma das cores
primárias RGB (vermelho, verde e azul), bem como o ajuste do histograma para realçar
o contraste visual (RODRIGUES et al., 2004). Assim, para o sensor Thematic Mapper
do Landsat, definiu-se as composições TM (Vermelho=R), TM4 (Verde=G) e TM3
(Azul=B) (Figura 2).
45
A B
A utilização das imagens de satélite foi através da montagem dos mosaicos, com a
união das duas imagens e em posteriormente extraído com o shape do limite da Bacia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Essa bacia é uma sub-bacia do Rio São Francisco e possui um destaque econômico
para a agricultura irrigada, que corresponde a 16,35 % do uso da terra. Apesar dessa
importância econômica, observa-se uma contradição, uma vez que não foi possível a
observação observar de água superficial na BHRP. Boa parte da área irrigada no sul da
bacia é realizada com água captada no Rio São Francisco e chega a bacia através de
canais do Perímetro Maria Teresa e do Perímetro Pontal Sul. Nas áreas classificadas
como irrigadas, na área norte da BHRP, podem ser agricultura irrigada de salvação com
água de pequenos açudes ou de poços.
48
Como a sua situação atual, também se faz necessário o estudo anos anteriores nas
classes de áreas antropizadas e áreas naturais para entender a mudança da terra ao longo
do tempo e se estão refletindo na configuração da paisagem das bacias hidrográficas.
Assim na Figura 3 consta a variação temporal, na forma quantitativa, em área em % e
em Km².
60 3500
50 3000
2500
40
Área (Km²)
Área (%)
2000
30
1500
20
1000
10 500
0 0
Água Caatinga Caatinga Agricultura Solo
Superficial Densa Aberta Irrigada Descoberto
Figura 4. Área de usos das classes de uso da terra da BHRP nos anos de 2000, 2010 e
2015, em % e Km².
Quando observado os dados do ano de 2010 (Figura 6), tem-se um destaque para
modificações de padrões quantitativos da agricultura irrigada e na Caatinga densa,
sendo, respectivamente 8,14% e 31,03% da área. Quando comparados com estudos
realizados por Silva (et al., 2012) no ano de 2011, para a mesma área, constata-se
mudanças siginificativa nos percentuais encontrados, sendo que os autores relataram
que a bacia possuia 11,04% de caatinga densa, 55,89 de caatinga densa degradada e
23,37% de cultivos diversificados, totalizando cerca de 90,4% da área correspondente a
da área total da bacia, além dos cultivos irrigados, que são encontrados em sua maior
parte no sul da bacia, representando menos de 1% da área total.
50
400
200
100
-100
-200
Água Caatinga Caatinga Agricultura Solo
Superficial Densa Aberta Irrigada Descoberto
Figura 7. Variação dos usos das classes de uso da terra da BHRP nos períodos de 2000 a
2010, de 2010 a 2015 e de 2000 a 2015, em %.
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Feltran Filho, A. F.; Lima S. C.; Rosa R. Mapeamento do uso do solo no município de
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Southworth, J., Munroe, D.; Nagendra, H. Land cover and landscape fragmentation-
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55
3. CONCLUSÃO GERAL
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA NETO, C.A.; PEREIRA L. A.; TAURA T. A.; BRITO L. T. L.; MELO,
R.F. Caracterização morfométrica da área de drenagem de cinco açudes a
58