TCC - LISIANE Final
TCC - LISIANE Final
TCC - LISIANE Final
BAGÉ, 2011
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Bagé, 2011
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TERMO DE APROVAÇÃO
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Prof. Dr. Moacir Lopes de Camargos
Orientador – Letras - Unipampa
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Profa. Dra. Fabiana Giovani
Letras - Unipampa
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Profa. Dra. Taíse Simioni
Letras - Unipampa
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
dados foi aplicado um questionário aos alunos com questões sobre o interesse
motivados para aprender a língua espanhola, eles informaram que não gostam
deste idioma é realizado. Eles sugerem que as aulas deveriam ser diversificadas
RESUMEN
obtención de los datos fue aplicado un cuestionario a los alumnos con preguntas
sobre el interés por la lengua española. Para analizarnos esos datos, buscamos
Schumann, entre otros estudios realizados por investigadores del área aplicada.
Los análisis mostraron que, aunque la mayoría de los alumnos afirmaron estar
en la enseñanza de ese idioma. Ellos sugieren que las clases deberían ser
SUMÁRIO
Introdução ............................................................................................................... 09
9. Anexo .......................................................................................................... 45
INTRODUÇÃO
espanhol em um curso de línguas formal, pois afirmaram que, por ser uma
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Em 2005 o presidente Lula sancionou a lei 11.161 sobre a obrigatoriedade do ensino de espanhol no
ensino médio.
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Dessa forma, ainda existe muito a ser feito nessa área, uma vez que
mesmo que o ensino dessa língua esteja em expansão, ainda são poucos os
ensino.
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Em relação à língua estrangeira, isso requer uma reflexão sobre seu uso
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PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – língua estrangeira- ensino fundamental. Disponível em:
www.mec.gov.br. Acesso junho 2011.
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recuperaram, de alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi
Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. Sendo assim, a escola não pode
que:
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Acesso em: junho, 2011. LEI 9495/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Disponível em:
www.mec.gov.br. Acesso em julho de 2011.
4
ABICALIL, Carlos. Entrevista ao jornal espanhol El País em 01/09/2004. Disponível:
www.abrelivros.org.br/abrelivros/. Acesso em junho de 2011.
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diferenças culturais.
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PRINCÍPIOS DO MERCOSUL, 1991. Disponível em:
proximidade geográfica dos países que fazem parte deste mercado, ocorra a
prática é que pouco ou quase nada foi feito em termos de políticas lingüísticas
pela Espanha juntamente com o Instituto Cervantes que dita as regras do ensino
reportagem:
Pelo que vem sendo dito, sobretudo com apoio nestes últimos dados, é
Espanhola estar sendo difundida em nosso país. E, para as pessoas que vivem
filtro afetivo.
do “lo – artigo neutro” acontece após a aquisição do “él – ele – pronome sujeito”
ou escritas.
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pessoas adquiram a língua, sendo que, para que o aprendiz avance a um outro
da aprendizagem.
língua estrangeira ocorre para fins específicos, ou seja, porque vai viver em
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Segundo Selinker (1972 apud Camargos, 1998), há um sistema linguístico que subjaz ao sistema de
uma segunda língua que é parcialmente distinto da língua alvo e da língua nativa. Ele é chamado de
sistema de linguagem do aprendiz, ou sistema aproximado, ou ainda interlíngua.
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Pintrich & Sschunk, a mesma autora afirma que possuem uma visão mais ampla
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NATEL, Tânia Beatriz Trindade. ¿El aprendiz brasileño estudia español por ser una lengua fácil o por qué
está motivado a aprenderla? Disponível em: http://sedll.org/doc-
es/publicaciones/glosas/nm10/2brasil.pdf. Acesso junho 2011.
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social por natureza e, como tal, tem necessidade absoluta de se relacionar com
Já Gardner & Mclntyre (1993, p.2, apud Jacob, 2004:) afirmam que
descrito anteriormente.
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Cabe salientar que, em uma das aulas observadas pelo pesquisador, foi
de maneira positiva.
durante a aprendizagem.
ambientais.
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das aulas preparadas pela professora, além de realizar uma avaliação que
servisse como base para a discussão dessas aulas, sob o ponto de vista dos
última aula foi proposta uma discussão de avaliação das aulas anteriores com a
aulas de coleta e registro formal das questões levantadas pelos próprios alunos.
pesquisadora.
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Os alunos ingressaram na escola através de teste de seleção a fim de cursar matérias do
currículo básico do ensino médio, bem como disciplinas técnicas específicas.
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momento, foi feita uma investigação das atitudes dos alunos e de suas
dados nas seis aulas subsequentes à aplicação da bateria de testes. Cada aula
positivas com relação à língua inglesa, seus falantes e à sua cultura. Neste
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A bateria de testes a que se refere este estudo foi desenvolvida por Gardner (1985) e
concebida com vistas à verificação dos aspectos não-linguísticos que, de acordo com o autor,
fazem parte do objetivo de qualquer programa de aprendizagem de LEM (língua estrangeira
moderna)
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ensino médio, com carga horária de duas horas semanais, de três escolas
do ensino médio e três professores. Para coleta dos dados foram utilizados
aulas.
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Todos os alunos já haviam estudado Espanhol durante a primeira série do ensino médio.
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são as práticas que envolvem músicas e jogos didáticos, tendo em vista que
despertá-la nos alunos, embora nem sempre saibam com exatidão em que
alunos em aprender um novo idioma resulta de uma série de fatores que vão
etc.
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(não eram meus alunos e de um turno inverso ao que trabalho) que não era
minha pesquisa. No entanto, lhes informei quem eu era e qual o meu propósito
meio, 1 (um) aluno estuda a um ano e, 2 (dois) alunos estudam a dois anos e
aplicação do questionário.
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este ano, e um aluno não declarou. Por se tratar de escola da rede municipal, a
do ensino fundamental.
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Na questão 3 (Já visitaste as cidades do Rio Grande do Sul que fazem fronteira
já ter visitado alguma cidade, 5 (cinco) não visitaram nenhuma dessas cidades,
3 (três) viajam com frequência para estas cidades e 2 (dois) alunos visitam
viajam a alguma cidade da fronteira ou onde se fala espanhol, isso pode revelar
que, para esses alunos, o interesse pelo estudo da língua espanhola seria mais
motivador. Mas, caso o aluno não goste da língua ou tenha tido experiências
negativas nos locais onde visitou, ele estaria desmotivado para a aprendizagem
da língua espanhola.
país?) dos 19 alunos 7 (sete) disseram ter parentes na fronteira do Brasil com o
(caso não goste dos parentes, da cidade onde moram ou da língua local) ou
e entrar em contato com eles e falar interagir na língua do local) – dos alunos
fora da escola, 3 (três) ter grande contato, para 1 (um) aluno, o contato é
razoável. Para 7 (sete) dos alunos pesquisados o contato era pouco e, 6 (seis)
alunos informaram que não tem nenhum tipo de contato com a língua fora da
escola. Acredito que esta falta de contato através de músicas, filmes, pessoas,
internet, entre outros meios pode interferir diretamente na motivação dos alunos.
uma hora/aula por semana e, com o pouco tempo disponível, muitas vezes, fica
escola.
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(dois) alunos afirmaram ter notas médias nessa disciplina. As questões em que
trabalho.
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aluno afirmou ter pouco interesse nas aulas. Quando questionados sobre o
motivo do interesse pelas aulas, a maioria dos alunos afirmou que seu interesse
Na questão 10, os alunos foram questionados sobre o que mais gostavam nas
- a música;
- os textos;
- falar em espanhol;
- o conhecimento;
- leitura;
interesse pela língua espanhola, mas é preciso que este interesse seja
sala de aula. Assim, se estiverem motivados, significa que terão um grau maior
- os verbos;
- os numerais;
- as provas;
- escrever em espanhol;
de uma língua estrangeira, o que desperta o interesse dos alunos não é uma
necessários tais como: data show, computador, biblioteca bem equipada com
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livros, filmes, CDs, etc. No entanto, são gastos milhões de reais com a compra
Assim, sem sequer livros nas bibliotecas, eles não vêem motivação para
Schütz afirma que aprender uma língua fora do ambiente de sua cultura
seria como aprender a nadar fora d’água. Assim percebemos que os alunos
sobre os povos hispanohablantes, para poder ter um maior interesse pela língua
alunos estejam motivados. Para isso, seria necessário também que o professor
Isso significa que o professor precisa saber ouvir o seu aluno para que ele
acreditam que não é necessário estudar essa disciplina, pois ela não reprova.
espanhol poderia ser mais valorizado, tendo em vista que é obrigatório por lei
Através dos dados obtidos nesta pesquisa, pude perceber, ainda que de
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
LE.
sendo vários os fatores que podem causar essa falta de motivação dos
para que seja despertado o interesse dos alunos para a aprendizagem de uma
escolas tanto por professores como por estudantes, para que possam ser
motivado nas aulas, mas também os professores precisam amar o que fazem, e
transmitir esse amor aos seus alunos. Sabemos, no entanto, que a difícil
Schleicher (2011)12 na escola de hoje o professor não apenas ensina para toda
principalmente, motivar (grifo meu) o aluno para aprender sempre, ou seja, para
principalmente, goste do que faz. O que muitas vezes tem ocorrido é uma
quebra da expectativa dos alunos, entre a maneira como eles desejam que
acontece, como posso observar em minha prática diária de sala de aula porque
voz nem vez na maioria das vezes. Mas, mesmo em silêncio, ele produz uma
por mais que tente motivar seus alunos, se a instituição não fornece os recursos
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Paráfrase da entrevista de Andreas Schleicher (responsável pelo Pisa – Programa Internacional de
Avaliação de Alunos) concedida ao programa Destino Educação, exibido no Canal Futura dia 28/11/2011
às 21:00 horas.
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8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
aprendizagem de uma língua estrangeira. In: Revista Letras & Letras, v. 14, N.
2010.
julho, 2011.
09. Anexo
Questionário
4) Tens parentes que moram na fronteira ou outro país? Se sim, qual cidade,
país?
( )sim ( )não ____________________________
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Apesar de parecer vaga essa frase, procurei usá-la por ser a forma como os alunos dizem. Dessa
forma, acreditei poder aproximar-me mais dos informantes.
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Tendo em vista que já pesquisei a motivação com foco nos alunos, para
língua?
Bagé – RS) percebi que os alunos tratam o ensino da língua espanhola com
aprendizado da mesma.
O pesquisador Schütz (2003) afirma que aprender uma língua fora do ambiente
de sua cultura seria como aprender a nadar fora d’água. Assim se faz
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Desde uma perspectiva bakhtiniana, utilizo o termo aprendizagem ao invés de ensino, pois considero
que, nesse processo, os sujeitos envolvidos se interagem pela linguagem para buscar suas
compreensões.
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pois uma grande parte dos alunos pesquisados afirmou que não vai utilizar
horária da língua espanhola é pequena, sendo de apenas uma (1) hora aula por
sentem-se como peixes fora d’água, aprendendo algo que para eles não faz
sentido?
contexto em que todos falam a mesma língua, eles conhecem a história de seu
língua estrangeira, muitas vezes, não tem significado, uma vez que muitos dos
alunos possuem uma situação financeira desfavorável que não lhes permite
viajar para fora do país (ou no nosso caso, ir até a fronteira onde se fala
LE, pode ser um fator significativo para suas relações com a aprendizagem da
pensa. Essa concepção tem por objetivo levar os alunos a falar e escreverem
como forma de interação, possibilitando uma interlocução que vai mais além de
língua(gem) para agir sobre o/no mundo por meio de palavras, signos
pensador russo Bakhtin para que possamos oportunizar aos alunos um estudo
da LE por meio de uma ênfase nos diferentes textos que circulam pelas esferas
para o ensino de espanhol como LE, foco de meu interesse. Ainda creio que,
com esta proposta, possa contribuir para que o ensino deste idioma adquira
ambos tinham de saber mais sobre a língua espanhola, uma vez que os alunos
têm aulas dessa disciplina sem nem ao menos saber o significado dessa
obrigatoriedade.
ensino do espanhol no Brasil, as leis que regem o ensino dessa disciplina, sua
A aula foi realizada de forma expositiva, com auxílio de data show para
que os alunos pudessem, através dos dados e imagens apresentados, ter uma
(Cone Sul) e no mundo, destacando que vários outros países no mundo falam
espanhol.
vez que, para alguns estudantes o espanhol era falado apenas nas cidades
fronteiras com Bagé (cidade onde residem os alunos pesquisados). Assim, como
as leis que regem o ensino da mesma. Foi uma aula interessante, pois para os
aprendizagem que, por vezes, acaba tornando-se sem sentido para os alunos.
Pelo exposto, enfatizo que o professor pode ser o primeiro motivador para
que os alunos tenham interesse por uma aprendizagem mais efetiva e não
intensas mudanças tecnológicas, o aluno não é mais um indivíduo que deve ser
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
referências.
Geraldi, João Wanderley (org.) (2004). O texto na sala de aula. 2ª. São Paulo:
Ática.
em http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=125&texto=785.
Acesso em 05/10/2011.
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