01 - Distúrbios Hemorrágicos

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Farmacologia

Clínica

PROF. PAULO DE TARCIO ROCHA LINO


Drogas usadas
em distúrbios
hemorrágicos
Objetivos

Compreender os mecanismos de ação: Explicar os mecanismos de ação das


principais classes de medicamentos utilizadas em patologias hemorrágicas.

Identificar indicações clínicas: Identificar as principais indicações clínicas para o uso


de cada classe de medicamentos usados em distúrbios da coagulação.

Reconhecer efeitos adversos e manejo: Reconhecer os efeitos adversos comuns


associados a cada classe de medicamentos anti-hemorrágicos e discutir as
estratégias de manejo e monitoramento desses efeitos durante o tratamento.
Caso Clínico
• Ana Costa, uma paciente de 25 anos, comparece ao posto de saúde
queixando-se de sangramentos frequentes e difíceis de controlar. Ela
descreve episódios de sangramento nas gengivas e sangramento
nasal frequente desde a infância. Recentemente, Ana começou a
notar a presença de hematomas inexplicáveis em várias partes do
corpo, sem trauma recente, e seus períodos menstruais se tornaram
muito intensos e prolongados. Para investigar a causa dos sintomas,
são realizados exames laboratoriais. A contagem de plaquetas está
dentro dos valores normais, e os tempos de coagulação (PT e PTT)
também estão normais, assim como dosagem do fator VIII, o tempo
de sangramento está aumentado.
Caso Clínico

Qual é o diagnóstico mais provável para o quadro


clínico e laboratorial da paciente?

Quais são as opções de tratamento?


Fonte: https://microbenotes.com/hemostasis/ acesso em 29/07/24
HEMOSTASIA

TROMBOSE HEMORRAGIA
Causas comuns
de distúrbios
• Defeitos adquiridos
• Defeitos congênitos
• Infecção
• Câncer
• Fibrilação atrial
DEFEITOS DA
HEMOSTASIA
PRIMÁRIA

DEFEITOS DA
HEMOSTASIA
SECUNDÁRIA
Fonte: ZAGO, Marco Antônio. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
CASCATA DA COAGULAÇÃO
Fonte: ZAGO, Marco Antônio. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
Fonte: ZAGO, Marco Antônio. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
FATOR SINÔNIMO DROGA DIRECIONADA

Heparina, dabigatrana (Iia);


II PROTROMBINA
varfarina (síntese)

VII PROCONVERTINA Varfarina (síntese)

IX FATOR DE CHRISTMAS Varfarina (síntese)

Heparina, rivaroxabana,
X FATOR DE STUART-PROWER apixabana, edoxabana;
varfarina (síntese)

Proteína C e S - Varfarina (síntese)

Plasminogênio - Ácido aminocaproico


FIBRINÓLISE
Fonte: ZAGO, Marco Antônio. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
Fonte: ZAGO, Marco Antônio. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013.
DROGAS ANTIFIBRINOLÍTICAS
Ácido aminocaproico

• Ípsilon®
• O efeito antifibrinolítico ocorre principalmente pela
inibição do ativador do plasminogênio e, em menor grau,
pelo bloqueio competitivo da plasmina, impedindo sua
ligação à fibrina. Portanto, controla o sangramento ao
desacelerar a fibrinólise e prolongar a eficiência
hemostática do trombo.
• EV ou VO
Ácido aminocaproico

• Dose usual:
• 1-2 g EV até 4x/dia
• Casos mais graves:
• Ataque – 5 g

• Efeitos adversos:
• Náuseas, vômitos, epigastralgia e diarreia
• Metabolismo minimamente hepático
• Eliminação predominantemente urinária
Ácido tranexâmico

• Hemoblock®, Trexacont®, Transamin®, Traneger®


• 10 vezes mais potente que o anterior
• Mesmo mecanismo de ação
• Também reduz a ativação do complemento e o
consumo do inibidor da C1 esterase (C1-INH) –
angioedema hereditário
• EV ou VO
Ácido tranexâmico

• Uso clínico:
• Hiperfibrinólise, HDA, hemoptise, epistaxe, hemofilia*, angioedema hereditário
• Dose usual:
• 500 mg a cada 6-8h
• Alguns referem 10 mg/kg (EV) ou 20 mg/kg (VO)
• 3 g/dia
• Necessidade de ajuste em disfunção renal
• Hematúria alta ❌
• Meia-vida de 2h (EV) e 11h (VO)
• Excreção urinária (> 95%) sem metabolização
DESMOPRESSINA NA HEMOFILIA
DDAVP

• Análogo sintético da vasopressina; boa resposta na Doença


de Von Willebrand I.
• O DDAVP ajuda a liberar o fator von Willebrand e o fator VIII
da corrente sanguínea e melhora a interação das plaquetas
com o endotélio vascular. Isso ocorre ao estimular a liberação
desses fatores das células endoteliais e aumentar a
capacidade das plaquetas de se unir ao endotélio.
• A dose habitual de desmopressina é de 0,3 microgramas/kg,
administrada por via SC ou EV, diluída em 30 a 50 mL de
solução salina.
DDAVP

• Os efeitos colaterais da desmopressina, em geral, são


leves e transitórios, consistindo de rubor, cefaleia e
taquicardia, que cedem com a redução da velocidade
da infusão intravenosa. Ainda se descrevem hipotensão
arterial, fadiga, náusea e dor abdominal.
• Atenção para efeitos anti-diuréticos
PREPARADOS DE FATORES
Opções terapêuticas

• Concentrado liofilizado de fator VIII (comercial)


• Crioprecipitados
• obtidos de plasma rico em fator VIII
• Transfusão de plasma fresco congelado
• Concentrados protrombínicos
• preparações complexas que contêm fatores lI, VII, IX e X
Dúvidas?

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