Meu TCC Pós em Gestão Escolar

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CRISTIANE VALÉRIA DOS SANTOS PEDROSO

PORTFÓLIO DE ATIVIDADE PRÁTICA DA DISCIPLINA


FAMÍLIA E ESCOLA: UMA RELAÇÃO ESSENCIAL PARA ACABAR COM O
FRACASSO NA ESCOLA

Trabalho de Conclusão de Curso da


Pós-Graduação (Lato Sensu) em
Gestão Escolar com Ênfase em
Coordenação Pedagógica da
Faculdade Rhema Educação.

2024
1. Introdução

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Benedito Braz fica


localizada na Avenida Goiás nº 1207, em Americano do Brasil/GO. Oferece
ensino fundamental do 6º ao 9º ano, além do ensino médio. Conta com 35
professores, sendo 20 especialistas, distribuídos por disciplina e titulação de
forma variada. A escola possui 294 alunos nos períodos matutino e
vespertino, em salas equipadas com recursos como quadro negro, ar
condicionado, televisão e data show. Durante a coleta de dados, foram
observados problemas como salas superlotadas, barulhentas e a instalação de
câmeras de vídeo para monitoramento dos alunos. Os períodos de aula são:
ensino fundamental Maternal (tarde 13h00 às 17h25) e Ensino médio (manhã
7h00 às 11h25).

Durante uma conversa com a coordenadora pedagógica, foi abordado o


maior problema enfrentado pela instituição no momento: o fracasso escolar
dos alunos. Mesmo com o trabalho em sala de aula realizado pelas
professoras, as notas baixas ainda persistem. Nesse sentido, é necessário
pensar em um projeto que auxilie os alunos a melhorarem seu desempenho
escolar, compreendendo o quão importante é para todos e visando reduzir o
fracasso para zero.
2. Referencial Teórico
.
O fracasso escolar é uma questão de grande importância no contexto
educacional. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi identificar os possíveis
fatores associados ao fracasso escolar de alunos que enfrentam dificuldades de
aprendizagem.

Além disso, é fundamental ressaltar o papel essencial da escola na


sociedade, indo além do ensino de conteúdos, pois busca socializar o
conhecimento por meio de um aprendizado de qualidade. Sua responsabilidade
inclui atuar no crescimento intelectual e pessoal dos alunos, contribuindo para
a formação moral do indivíduo como cidadão.

Diante do problema apresentado pela instituição sobre a falta de


desempenho dos alunos e suas notas baixas, surge a necessidade de pensar na
elaboração de um projeto que envolva as crianças, professores, membros da
escola e famílias. No entanto, é importante lembrar que a aprendizagem é
construída por meio de conexões; é um processo abstrato e individual, não
sendo possível atribuir a responsabilidade a uma única pessoa ou fator.

O fracasso escolar é uma patologia recente, só pôde surgir com a


instauração da escolaridade obrigatória no fim do século XIX e tomou lugar
considerável nas preocupações de nossos contemporâneos, em consequência
de uma mudança radical na sociedade. Não é somente a exigência da
sociedade moderna que causa os distúrbios, como se pensa frequentemente,
mas um sujeito que expressa seu mal-estar na linguagem de uma época em
que o poder do dinheiro e o sucesso social são valores predominantes. A
pressão social serve de agente de cristalização para um distúrbio que se
inscreve de forma singular na história de cada um (CORDIÉ, 1996, p.17)

O fracasso escolar é uma patologia recente, só pôde surgir com a


instauração da escolaridade obrigatória no fim do século XIX e tomou
lugar considerável nas preocupações de nossos contemporâneos, em
consequência de uma mudança radical na sociedade. Não é somente a
exigência da sociedade moderna que causa os distúrbios, como se
pensa frequentemente, mas um sujeito que expressa seu mal-estar na
linguagem de uma época em que o poder do dinheiro e o sucesso social
são valores predominantes. A pressão social serve de agente de
cristalização para um distúrbio que se inscreve de forma singular na
história de cada um (CORDIÉ, 1996, p.17)
As questões relacionadas à educação atualmente têm suas raízes na
construção histórica da sociedade brasileira, influenciada por concepções
europeias e norte-americanas provenientes de áreas como medicina e
psicologia. A hierarquia estabelecida para as raças determinava que os
brancos de origem europeia deveriam ocupar o topo. Assim, como o Brasil
nunca foi predominantemente branco até quase o final do século XIX, estava
condenado por natureza a não alcançar a civilização, permanecendo na
barbárie. Além de não ser um país predominantemente branco, apresentava
uma marca terrível para o pensamento da época: ter muitos mestiços era
considerado pior do que ter "raças puras inferiores", pois a mistura de
espécies muito diferentes só poderia resultar em produtos absolutamente
degenerados (SCHWARCZ,1996, p. 172).
Os mestiços brasileiros foram divididos em dois grupos: os considerados
regeneráveis, que poderiam se beneficiar da educação, e os rotulados como
irrecuperáveis, que eram excluídos devido à suposta debilidade de seu
sistema orgânico. A noção de regeneração introduziu a perspectiva da
educação como redentora, a chave para a salvação do Brasil mestiço. Nesse
contexto, surgiram os primeiros especialistas em educação, preocupados com
a higienização física e mental da infância, buscando possibilitar a formação de
indivíduos considerados normais. O indivíduo "normal" era aquele que se
enquadrava nos padrões estabelecidos: fisicamente saudável, obediente,
trabalhador e colaborador (Patto, 1999).

Com o passar do tempo, surgiram diversas críticas à concepção de


fracasso escolar baseada em preconceitos raciais e sociais que beneficiavam
as classes dominantes. Essa visão distorcida deve ser afastada do ambiente
escolar, do pensamento dos profissionais da educação, dos pais e dos
próprios alunos.

Para que este trabalho seja concretizado foi pensado da seguinte forma:
primeiro momento uma reunião com os professores e membros escolares;
segundo momento
reunião com os responsáveis dos alunos para explanar as ideias e a
concretização do projeto no espaço. ( falar do projeto)
Os pais serão envolvidos em ajudar os professores juntamente com seus
filhos na organização do projeto horta, cada equipe de pais ficará responsável
por trazer, algumas estacas de madeira para isolar o local do plantio,
sombrite, terra adubada, mudinhas (alface, coentro, couve, cebolinha,
beterraba, pimentão, etc), sementes de algumas hortaliças. Para Barbosa
(2013):

No ambiente escolar é possível estabelecer uma relação social com


educandos, educadores, agrônomo, biólogos e nutricionista,
coordenadores pedagógicos, gestores, estendendo essa relação à
comunidade e às famílias, gerando autonomia, participação, crítica e
criatividade, fazendo com que estes atores reflitam e empoderem-se
de argumentos em favor da adoção de hábitos alimentares saudáveis
(BARBOSA ET AL., 2013, p. 23).

Quando se é pensado em envolver responsáveis para contribuir na


elaboração da horta, espera-se que auxilie e contribua na socialização das
crianças o hábito de consumo de hortaliças, que estão sendo jogadas todos os
dias no lixo, pois até o momento não são vistas como saudáveis para a saúde.
Ao desenvolver esse trabalho, as crianças têm a oportunidade de
diversos conhecimentos para a vida, sendo este: adquire a responsabilidade
de cuidar de todo o processo do plantio, aprende e cultiva plantas para o seu
próprio consumo, percebe a importância de estar saboreando alimentos do
seu semear, cultivar e colher.
Contudo, ainda realiza contextualizações envolvendo teoria e práticas
pedagógicas, enriquecendo o ensino com atividades inovadoras e
diferenciadas para o seu aprendizado com significado. Segundo Thiesen
(2008, p.6):

Um processo educativo desenvolvido na perspectiva interdisciplinar


possibilita o aprofundamento da compreensão da relação entre teoria e
prática, contribui para uma formação mais crítica, criativa e
responsável e coloca escola e educadores diante de novos desafios [...]
(THIESEN, 2008, P. 6)

As aulas desenvolvidas com práticas, como a elaboração de hortas


dentro da instituição escolar ajuda a despertar o interesse das crianças para
um ensino- aprendizagem mais atrativo, investigativo e científico.
3. Objetivo

O objetivo é fazer com que as crianças da instituição compreendam a


importância do consumo de hortaliças, conscientizando-as para uma saúde
alimentar mais saudável.
4. Proposta de Intervenção:

CRONOGRAMA DE AÇÕES
AÇÕES ENVOLVIDOS PERÍODO
Reunião com os professores e Membros
membros escolares sobre o escolares 10/04/202
projeto horta na escola. Professores 3
Pais ou
Reunião com as famílias responsáveis
sobre a participação no Professores 14/04/202
projeto horta na escola. 3

Pais
Início da organização do Professore
espaço para a horta. s Alunos 17/04/202
3
Pais
Plantio de mudinhas Professore
trazidas pelos familiares e s Alunos 20/04/202
professores. 3

Plantio das sementes de Professore


algumas hortaliças. s Alunos 24/04/202
3
Colheita de algumas Membros
hortaliças para o consumo escolares
no almoço escolar. Professores 26/05/202
Alunos 3
5. Impacto do Projeto

Quando se mostra confiança e entendimento do trabalho docente


dentro da instituição e que sozinhos o trabalho não é tão eficaz quanto aquele
que tem o envolvimento de todos, membros escolares, gestor, coordenador,
professores, alunos e familiares.
Neste caso observou que das 140 crianças matriculadas na instituição,
40 delas têm o hábito de comer verduras e legumes, as demais desperdiçam
jogando fora. Acredita-se que se realizar esse trabalho em conjunto com a
família se tornará mais eficaz.
Contudo, o projeto envolverá as famílias na adubação da terra e no
plantio de mudinhas para que as crianças acompanhem todo o processo dos
cuidados e possam colher as suas próprias hortaliças adquirindo o gosto de
consumi-las dentro da instituição, criando esse hábito também em sua casa
junto com seus familiares.
Acredita-se que quando se envolvem as crianças, esse processo de
produção se torna mais significativo para sua vivência e aprendizado do dia a
dia.
6. Referências.

BARBOSA, Najla Veloso Sampaio. et al. Alimentação na escola e autonomia –


Desafios e possibilidades. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 4, p. 937-
945, 2013.

CASADEI, Leonardo de Oliveira; SAMPAIO, Cristiane Ramon; FREITAS,


Fernanda Ribeiro. SOUZA, Ursulla Pereira. Horta Escolar: Uma Prática
Sustentável A Ser Aplicada. UNISANTA Humanitas – p. 174 – 185; Vol. 5 nº 2,
2016.

MORGADO, Fernanda da Silva. A horta escolar na educação ambiental e


alimentar: experiência do Projeto Horta Viva nas Escolas Municipais de
Florianópolis. 2006. 45p. Centro de Ciências Agrárias. Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2006.

THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador


no processo ensino-aprendizagem. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro, v. 13, n. 39,
p. 545- 554, dez. 2008.

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