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A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA NA

FORMAÇÃO ACADÊMICA DOS GESTORES DE


Gustavo Batista França 1

PRODUÇÃO INDUSTRIALIngrid da Mota A. de Lima 2

RESUMO

Este trabalho relata sobre a importância da pesquisa científica na formação acadêmica de um


gestor de produção industrial. Tem como objetivo mostrar o quão relevante e significativa é a
pesquisa no desenvolvimento e aprimoramento das habilidades e competências do acadêmico e o
papel da Universidade nesse contexto. Enfatiza a importância da pesquisa como uma forma de
melhorar e desenvolver a análise crítica do acadêmico e proporcionar uma melhor compreensão
da ciência. O procedimento técnico empregado foi Introdução à pesquisa. Este documento aborda
que a pesquisa científica possibilita ao futuro profissional de gestão de produção uma capacitação
para integrar-se ao mundo de trabalho. Por fim, a pesquisa científica é relevante na formação do
gestor de produção, sendo assim eficiente e eficaz, pois faz com que o nível de aprendizado cresça
e assim, resultando no desenvolvimento das suas competências e habilidades exigidas pelo
mercado de trabalho.

Palavras-chave: Introdução à Pesquisa. Universidade. Gestão de Produção Industrial.

1. INTRODUÇÃO

A pesquisa científica é uma das principais formas de produção de conhecimento na


sociedade, com o constante avanço global a ciência precisa estar atenta para responder as questões
que surgem no âmbito social e na Gestão de Produção Industrial é primordial que o aluno, como
futuro profissional tenha contato com a pesquisa na universidade. Nesse contexto, A pesquisa
cotidiana, surgiu com base na organização que alguns cientistas fizeram para solucionar os
problemas que decidiram enfrentar. Essas práticas tiveram sucesso, e desse sucesso foi possível
elaborar processos que tornaram-se eficazes. Então introduziu-se meios práticos e técnicos para a
solução de problemas, surge a pesquisa cientifica, trazendo consigo os avanços de conhecimentos
de áreas resultando em benefícios econômicos e sociais. O trabalho está subdivido em três partes,
sendo introduzido com um breve resumo sobre o que é uma pesquisa científica e o seu contexto
histórico, seguido pela implementação da pesquisa científica na Universidade e concluindo a última
etapa que mostra a aplicação da pesquisa científica na formação de um gestor de produção
industrial e suas qualificações.

2 A HISTÓRIA DA PESQUISA CIENTÍFICA E O SEU SIGNIFICADO

1
Gustavo Batista França
2
Ingrid da Mota A. de Lima
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão da produção industrial (FLX1248) – Prática do
Módulo I – 04/07/19
2

Desde as primeiras civilizações a busca pelo conhecimento é característica intrínseca ao ser


humano e na ânsia de descobrir e explicar a natureza, nasce a ciência, conforme nos diz Andery et
al. (1996, p.13):
Como uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua
história, a ciência é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento
histórico, ao mesmo tempo em que nelas interfere. A produção de conhecimento científico
não é, pois, prerrogativa do homem contemporâneo. Quer nas primeiras formas de
organização social, quer nas sociedades atuais, é possível identificar a constante tentativa do
homem para compreender o mundo e a si mesmo; é possível identificar, também, como
marca comum aos diferentes momentos do processo de construção do conhecimento
científico, a inter-relação entre as necessidades humanas e o conhecimento produzido: ao
mesmo tempo em que atuam como geradoras de ideias e explicações, as necessidades
humanas vão se transformando a partir, entre outros fatores, do conhecimento produzido.

A ciência é fruto do desejo e necessidade de conhecimento. Os pensadores gregos, em meio


às diversas etnias, culturas e sociedades, talvez tenham sido os primeiros a submeterem as tradições
cosmogônicas e os saberes a uma confrontação sistemática, gerando um método de análise e dando
o aspecto crítico ao analisar o universo. Enquanto as crenças mítica e religiosa apontavam o
conhecimento como sendo revelação divina, os filósofos partiam para a investigação dos
fenômenos. Até o século XV, as investigações sobre o universo eram regidas pelo senso comum
aliado a explicação religiosa e ao conhecimento filosófico. O conhecimento científico surge a partir
do século XVI, Galileu (1564-1642) teve grande contribuição quando fez uso do método
experimental para investigar a natureza usando dados obtidos através da observação e da
experiência empírica.

Tais descobertas científicas resultam das investigações e experimentos da pesquisa. Pois


conforme, pois conforme vimos em Chizzotti (1991, p. ll):

“(...)Cabe a pesquisa investigar o mundo em que o homem vive e o próprio homem. E para
essa atividade o pesquisador recorre à observação e à reflexão que faz sobre problemas que
enfrenta e a experiência passada e atual dos homens na solução destes problemas, a fim de
munir-se dos instrumentos mais adequados à sua ação e intervir no seu mundo para
construí-lo adequado para a sua vida”.

A ciência, na condição atual, é o resultado de descobertas ocasionais, nas primeiras etapas, e


de pesquisas cada vez mais metódicas, nas etapas posteriores. Ela é uma das poucas realidades que
podem ser legadas às gerações seguintes.
Os homens de cada período histórico assimilam os resultados científicos das gerações
anteriores, desenvolvendo e ampliando aspectos novos. Do duplo elemento de uma época, o
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mutável e o fixo, o ainda não comprovado e o estabelecido definitivamente, somente o último é


cumulativo e progressivo.
Os elementos que constituem grande parte da ciência e que são transitórios e efêmeros,
como certas hipóteses e teorias, perdem-se no tempo, conservando, quando muito, interesse
histórico. Cada época elabora suas teorias segundo o nível de evolução em que se encontra,
substituindo as antigas, que passam a ser consideradas como superadas e anacrônicas. O que
permitiu à ciência chegar ao nível atual foi o núcleo de técnicas de ordem prática, seus fatos
empíricos e suas leis, que formam o elemento de continuidade, que, por sua vez, foi sendo
aperfeiçoado e ampliado ao longo da história do Homo sapiens.
A ciência, nos moldes em que se apresenta hoje, é relativamente recente. Foi somente na
Idade Moderna que ela adquiriu o caráter científico que tem atualmente. Entretanto, desde o início
da humanidade já se encontravam os primeiros traços rudimentares de conhecimentos e de técnicas
que constituiriam a futura ciência.
A pesquisa científica é a aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de
investigação utilizados por um pesquisador para o desenvolvimento de um estudo.
Ela caracteriza-se por ser uma investigação extremamente disciplinada, que segue as regras
formais dos procedimentos para adquirir as informações necessárias e levantar as hipóteses que dão
suporte para a análise feita pelo pesquisador (cientista).

Através deste conjunto de procedimentos, a pesquisa científica tem como objetivo encontrar
respostas para determinadas questões propostas para o desenvolvimento de um experimento ou
estudo, de maneira a produzir novos conhecimentos que visem o benefício da ciência.

Este tipo de pesquisa se dedica em realizar estudos com uma abordagem inovadora, onde o
pesquisador avalia se a temática apresenta é de interesse para a comunidade científica e se os
resultados do estudo serão relevantes para o interesse social.

2.1 A Pesquisa Científica nas Universidades

A universidade tem um papel crucial na vida dos futuros profissionais. Cabe a ela
desenvolver e estimular o acadêmico na prática da pesquisa, tendo em vista que a iniciação
científica geralmente não faz parte da vida escolar do aluno durante o ensino básico.

A universidade precisa ser mais que transmissora do saber, precisa reelaborar o saber e levar
o acadêmico a aprender a prender, gerando conhecimento próprio e não apenas repassando o
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conhecimento já existente. Demo (1993, p. 127) afirma que “a alma da vida acadêmica é constituída
pela pesquisa, como princípio científico e educativo, ou seja, como estratégia de geração de
conhecimento e de promoção de cidadania”.
Dessa forma, o principal desafio da universidade é a produção de conhecimento próprio com
qualidade capaz de promover o desenvolvimento, conhecimento esse que só se adquire através de
pesquisa. Com relação à importância da pesquisa na universidade, segundo Luckesi et al (1991,
p.39): “Rejeitamos um modelo de universidade que não exercita a criatividade, não identifica nem
analisa problemas concretos a serem estudados, que não incentiva o hábito do estudo crítico.
Estudar, nesse modelo, é, simplesmente, ler matéria a fim de se preparar para fazer provas, [...].”

É preciso que a universidade esteja firmada no tripé Ensino, Pesquisa, Extensão. Marques
(2001, p. 134) afirma que:

A pesquisa que imaginamos alma da universidade deve fazer-se presente em toda a


universidade e informá-la por inteiro. Trata-se evidentemente de níveis diferenciados de
pesquisa, cada qual com suas próprias exigências de articulação e de especialização. A
universidade por inteiro a pensamos como abrangente articulação de linhas institucionais
programáticas de pesquisa em que se insiram projetos específicos, plurais e diferenciados [...]

Para Severino (2007, p. 23), na universidade a pesquisa é o “ponto básico de apoio e


sustentação de suas outras duas atividades, o ensino e a extensão.” A pesquisa é um grande projeto
nas universidades, a instituição que fomenta e incentiva a prática da pesquisa ajuda a desenvolver
nos indivíduos uma visão mais crítica da realidade, conforme afirma Minayo (2001, p. 17) pesquisa
é “a atividade básica da ciência na sua indagação e construção da realidade.”

A iniciação científica é um instrumento de apoio metodológico e teórico na realização dos


projetos de pesquisa e ajuda a formar no aluno uma nova mentalidade para que ele possa ser capaz
de construir seu conhecimento próprio. A pesquisa constitui a alma da vida acadêmica e tem
relevante importância para geração de conhecimento e promoção da cidadania. Através da pesquisa
a universidade prepara e capacita o acadêmico, desenvolvendo seu senso crítico, levando-o ao
autodesenvolvimento e dessa forma contribuindo também para o bem social.

2.2 A Pesquisa Científica atrelada a formação de um Gestor de Produção Industrial

Trazendo agora para o setor de Gestão de Produção Industrial, a pesquisa é primordial para
o aprimoramento, desenvolvimento sustentável e tecnológico de uma empresa ou um produto, este
profissional irá atuar nas organizações em busca da melhoria da qualidade da produtividade. Será
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responsável por aplicar, desenvolver e difundir tecnologias, no contexto de gestão de processos de


produção de bens e serviços. Com a pesquisa o profissional adquire um conhecimento aprofundado
sobre determinado assunto, como também vai ainda procurar sempre a ação empreendedora, para
possibilitar que o negócio sobreviva em meio à competitividade do mercado de trabalho, e é através
de métodos quantitativos e qualitativos que haverá o aperfeiçoamento deste profissional.

Espera-se que, o universitário que realiza o curso de graduação tecnológica em Gestão de


Produção Industrial desenvolva técnicas e meios que possibilitem o aprimoramento de várias
tarefas, atuando na melhoria da qualidade e produtividade dos produtos e serviços dentro da
indústria. Assim, o profissional será um responsável por coordenar as equipes de produção,
intervir nos procedimentos de logística dos sistemas de produção, verificar a gestão de saúde,
meio ambiente e segurança.

Além do conhecimento adquirido através da pesquisa ser de grande significância pra a


formação de um Gestor de Produção, ele também pode, envolvendo-se com a pesquisa ter a
oportunidade de se profissionalizar na pesquisa científica e enriquecer o seu nível de conhecimento
no campo da gestão. O acadêmico que se torna um bom pesquisador tem a disposição e a aptidão
para prever e projetar as situações, o que é de extrema importância no desempenho de suas funções
e para que o profissional sobreviva num mercado de trabalho altamente competitivo.

A pesquisa é grande aliada para o profissional que inspira uma carreira de sucesso e que
busca inovar na sua área de atuação. O ensino só tem significado quando propicia a descoberta,
quando se instiga a curiosidade, sem isso ele não tem sentido, assim define Freire (1996, p. 29):

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que a fazem se encontram um no
corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco,
porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando,
intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço
e comunicar ou anunciar a novidade.

Com a habilidade adquirida por meio da pesquisa, o profissional pode entender melhor a sua
organização e o ambiente a sua volta, facilitando na hora de tomar as decisões relativas a sua
posição de gestor.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a classificação da pesquisa, de acordo com a taxonomia proposta por Gil (1991) e
Vergara (1997), existem duas categorias para a metodologia: quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins a pesquisa é explicativa e descritiva. Explicativa, porque não se verificou
pesquisas que abordem sobre o tema aqui tratado. Descritiva, porque visa descrever nossa
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percepção por meio de observação participativa, sobre o processo aqui estudado, além de assumir o
compromisso de explicar o fenômeno que descreve, para servir de base para esta explicação.
Este tipo de pesquisa preocupa-se em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para
a ocorrência dos fenômenos (GIL, 2007). Ou seja, este tipo de pesquisa explica o porquê das coisas
através dos resultados oferecidos. Segundo Gil (2007, p. 43), uma pesquisa explicativa pode ser a
continuação de outra descritiva, posto que a identificação de fatores que determinam um fenômeno
exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado.

Com relação aos meios, se trata de uma pesquisa bibliográfica e documental.


 Bibliográfica: por que para a fundamentação teórica do trabalho foi realizada uma
investigação sobre o tema aqui tratado com o uso de material acessível ao público em geral,
tais como: livros, teses, dissertações e artigos;
 Documental: uma vez que utilizou como fonte documentos internos da empresa foco de
estudo;

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão do aluno de graduação em projetos de pesquisa é um instrumento valioso e


indispensável para que as qualidades que se esperam em um profissional de ensino superior,
especificamente o administrador, sejam aprimoradas e também é de suma importância para o
estímulo da formação daqueles que são mais vocacionados para a pesquisa. Dessa forma, o papel da
universidade é trazer a pesquisa para a realidade do acadêmico, inserindo na sua vivência o contato
direto com a pesquisa científica e familiarizando o aluno com os métodos existentes.
É por meio da pesquisa que o acadêmico desenvolve suas habilidades técnicas, adquire
maturidade, raciocínio lógico e análise crítica para que ao ingressar no mercado da administração
possa exercer suas funções com excelência e com capacidade para planejar e para prever as mais
diversas situações e a partir daí trilhar as melhores estratégias para alcançar os resultados esperados.
A pesquisa é de suma importância para qualquer ser humano, e é através dessa observação
que a sua vida é transformada para melhor, desde muito cedo temos contato com as dúvidas
presentes no nosso cotidiano, no entanto é necessário encontrar respostas para sanar tais
questionamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANDERY, Maria Amália Pie Abib et al. Para Compreender a ciência: uma perspectiva histórica.
5. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1994.

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1991.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à prática educativa. 41ª


reimpressão. São Paulo: Paes e Terra, 1996.

GIL, Antonio Carlos. Metodologia do ensino superior. 2: ed. São Paulo: Atlas, 1991.

_____________Metodologia do ensino superior. 4: ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atualizada. São
Paulo: Cortez, 2007.

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