Introdução de Educação Física
Introdução de Educação Física
Introdução de Educação Física
Prof. Esp.
Bianca Freitas Rocha Macário
38 p.
Unis EaD
Cidade Universitária – Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650,
Bairro Aeroporto. Varginha /MG
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
5
Caro (a) aluno (a),
Espero que esteja muito animado de cursar o melhor curso do mundo, Educação Física!
O fato de você estar cursando um curso a distância faz com que pensemos que você acredita no
potencial do ensino a distância e está disposto a mergulhar com dedicação nesse universo diferen-
ciado de aprendizado.
A disciplina de Introdução à Educação Física será trabalhada através da leitura do nosso
guia de estudos, análise de exemplos e realização de exercícios individuais e em grupo. Todas as
atividades serão trabalhadas no nosso ambiente virtual de aprendizagem. Em relação ao ambiente
de aprendizagem e avaliação, estaremos utilizando a maior quantidade possível de ferramentas que
possibilitam uma maior interação e comunicação entre aluno (a) e professor.
Na disciplina de Introdução à Educação Física é onde iremos estudar a história da Educação
Física, sua origem no Brasil e no mundo, bem como sua evolução ao longo desses anos; o conceito
de Educação Física e Esporte, as áreas de atuação do profissional de Educação Física, onde se bus-
cará uma maior quantidade de exemplificações e aplicações práticas para tornar o aprendizado mais
eficiente e também mais prazeroso.
Veremos ainda toda a regulamentação da profissão, os órgãos que auxiliam e regem a pro-
fissão, bem como o código de ética, e, ainda, a lei de incentivo ao esporte, tão importante em nosso
cotidiano. Iremos descobrir e apresentar as atividades motoras específicas, o perfil do profissional e
o mercado de trabalho.
Trabalharemos de forma que possamos despertar (ou aumentar) o seu interesse pela área
dentro da Educação Física que deseja trabalhar, onde as possibilidades são inúmeras, mas depen-
deremos muito de sua determinação quanto à leitura minuciosa desse guia, bem como de todo
material complementar que será disponibilizado ao longo do curso e, ainda, a participação nas aulas
práticas, afinal,...
A nossa disciplina de Introdução à Educação Física tem por objetivo principal de introduzir
vocês alunos no mundo da atividade física, esportes, academia, jogos, recreação, lazer, saúde, quali-
dade de vida... Enfim, todas as possibilidades dessa área tão linda e apaixonante que é.
Vamos lá, então, conhecer esse mundo viciante, apaixonante e fascinante da Educação Física!
Podem contar comigo sempre!
Prof. Esp Bianca Freitas Rocha Macário
“Atividade Física não é apenas uma das mais importantes chaves para um
corpo saudável. Ela é a base da atividade intelectual, criativa e dinâmica”
(John F. Kennedy)
Ementa
Análise histórica da Educação Física em diversas épocas e sociedades, considerando
os aspectos de ordem econômica, política e social. Discussão sobre o conceito de
Educação Física e Esporte, e o significado da prática de atividades motoras específicas
e sua institucionalização. Análise do pensamento historiográfico da Educação Física no
Brasil e sua relação com o acadêmico e profissional. Significado do movimento huma-
no como objeto de estudo da Educação Física. O perfil profissional e o mercado de
trabalho.
Orientações
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no ambiente virtual.
Palavras-chave
Palavra-Chave; Palavra-Chave; Palavra-Chave; Palavra-Chave;
Unidade I - Introdução à Educação Física 13
1.1 Análise Histórica da Educação Física 13
1.1.1 Educação Física no Mundo 14
1.2 Educação Física no Brasil 17
1.2.1 Brasil Império – 1822 a 1889 18
1.2.2 Brasil república – 1890 a 1946 e Brasil Contemporâneo – 1846 a 1981 19
1.3 Evolução da Educação Física 21
1.3.1 O Esporte 21
Objetivos da Unidade
- Apresentar o contexto histórico da Educação Física no Brasil e no
Mundo e sua evolução, juntamente com o conceito de Esporte, de-
vendo, ao final da unidade, o aluno estar alinhado com o contexto
histórico.
Unidade I - Introdução à Educação Física
Nesta primeira unidade de nosso guia de estudos conheceremos a história da Educação Físi-
ca no Brasil e também no mundo. De onde surgiram os primeiros movimentos? Como os exercícios
físicos eram na antiguidade, no homem primitivo?
Venham comigo nessa fascinante história de nosso curso, mas também de nossa existência!
Nesse primeiro tópico do nosso guia de estudos, abordaremos a história da Educação Física
no Brasil, no mundo.
O mundo sofre transformações, e, assim como demais áreas do conhecimento, podemos
considerar a Educação Física como um processo fundamental no desenvolvimento do Homem e sua
formação integral.
O início da história da educação física se dá desde os primórdios da humanidade, onde o
homem primitivo possuía muitas qualidades físicas para sobrevivência; estava constantemente se
exercitando, ou seja, dependia de força, resistência, velocidade para sobreviver, caçar, lutar, se de-
fender e até mesmo fugir, seja em busca de novas moradias, ou então em busca de alimentação,
obrigando-os assim a executar os movimentos corporais básicos e naturais, tais como: correr, saltar,
arremessar a lança, por exemplo, trepar em árvores garantindo a sobrevivência e a caça, empurrar,
puxar e assim por diante,
Então podemos dizer que, os exercícios físicos nasceram com o homem institivamente, em
virtude de suas necessidades, quer fossem econômicas, buscando se alimentar para sobreviver, quer
fossem as razões biológicas, capazes de pensar antes de fazer, executar.
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Assim tudo começou, pelo simples fato de o homem ter a necessidade de caçar, fugir, ou
até mesmo lutar, tudo pela sobrevivência e instinto, então, podemos dizer que os exercícios físicos,
os jogos, as danças que eram uma atividade física onde se expressavam sentimentos e suas religiosi-
dades, faziam parte da linguagem e da vida do homem, claro, sendo praticados de diversas formas,
tais como: jogos de lutas, danças guerreiras ou até mesmo religiosas, jogos de mímicas, etc.
Segundo Marinho (1984), tudo o que se fazia em forma de movimento corporal existia um
simbolismo, uma crença, um valor e uma necessidade.
Com o passar dos anos o homem então dominou técnicas de agricultura e rudimentar, ten-
do suas habilidades aprimoradas e também sua concepção esportiva.
Em cada povo, país ou em cada sociedade a educação física apresentava diferentes maneiras
de sua utilização, bem como foco, tais povos que conheceremos logo abaixo.
corpo como também, através da meditação, facilitar a identificação do homem com a sua essência
divina, integrando, portanto, o físico, o intelectual e o emocional.
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No Japão a história se dá quase sempre ligada aos fundamentos médico-higiênicos, fisioló-
gicos, morais, religiosos e guerreiros. A civilização japonesa também tem sua história ligada ao mar
devido à posição geográfica, além das práticas guerreiras feudais: os samurais.
No Egito, dentre seus costumes, estavam os exercícios Gímmicos revelados nas pinturas
das paredes das tumbas. As ginásticas egípcias valorizavam o que se conhecem hoje por qualidades
físicas: equilíbrio, força, flexibilidade, e resistência, utilizando embora bem rudimentares, materiais de
apoio, tronco de árvores, pesos e lanças.
Foi na Grécia, civilização antiga que mais marcou e
contribuiu para a Educação Física através de sua cultura, que
nomes como Sócrates, Platão, Aristóteles e Hipócrates con-
tribuíram com muitos conceitos até hoje aceitos na educação
física e, também, pela pedagogia. "Na música a simplicidade
torna a alma sábia; na ginástica dá saúde ao corpo" Sócrates.
Tom Lovell
É de Platão o conceito de equilíbrio entre corpo e espírito
ou mente. Os sistemas metodizados e em grupo, assim como os termos halteres, atleta, ginástica,
pentatlo entre outros, são uma herança grega. As atividades sociais e físicas eram uma prática até a
velhice, lotando os estádios destinados a isso.
Ainda na Grécia, os exercícios praticados por eles tinham um caráter natural, os esportes na
época eram geralmente atletismo (correr, saltar e lançar), sempre praticados em total nudez.
Para TEIXEIRA (1994), a Grécia Antiga tinha o mérito de não separar o físico do intelecto.
Os atletas eram considerados exemplos a serem seguidos pelas pessoas, e a preparação física fazia
parte da educação dos jovens. Da Grécia surgiram muitas práticas atléticas atuais e o mais importan-
te evento esportivo mundial: os Jogos Olímpicos que veremos mais adiante.
Em Roma, as atividades físicas eram marcadas para a preparação de soldados e da população
da guerra.
A Idade Média foi marcada pela queda do império romano e pelo impacto do Cristianismo,
repleta de ascetismo, onde o culto ao corpo era um verdadeiro pecado sendo chamado por alguns
autores como “a Idade das Trevas”, havendo uma certa decadência da educação física.
No período do Renascimento, a educação física voltou novamente à cultura física, às artes,
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música, ciência e à literatura. A escultura de estátuas e a dissecação de cadáveres fizeram surgir a
anatomia, grande passo para a educação física e a medicina. A introdução da educação física na esco-
la, no mesmo nível das disciplinas tidas como intelectuais, se deu nesse período aVittorino da Feltre
(1378-1466) que, em 1423, fundou a escola “La Casa Giocosa”, onde o conteúdo programático
incluía os exercícios físicos”. (PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 19-20).
No período do iluminismo, Jean-Jacques Rousseau propôs que a Educação Física fosse um
requisito fundamental e necessária para o desenvolvimento infantil, assim foiintroduzida nas escolas.
Na idade contemporânea, iniciou-se a influência da nossa ginástica localizada, sendo então
que quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: a alemã, a nórdica, a francesa e a inglesa.
A alemã, influenciada por Rousseau e Pestalozzi, teve como destaque Johann Cristoph Frie-
derick Guts Muths (1759-1839) considerado pai da ginástica pedagógica moderna.
A nórdica escreveu a sua história através de Nachtegall (1777-1847), fundador de seu pró-
prio instituto de Ginástica e do Instituto Civil de Ginástica para formação de professores de educa-
ção Física.
A ginástica sueca se deu pela criação do grande trampolim, Per Henrik Ling (1766-1839)
foi o responsável, levando para a Suécia as ideias de Guts Muths após contato com o instituto de
Nachtegall. Ling dividiu a ginástica em quatro partes:
• Pedagógica - voltada para a saúde evitando vícios posturais e doenças,
• Militar - incluindo o tiro e a esgrima,
• Médica - baseada na pedagógica evitando também as doenças
• Estética - preocupada com a graça do corpo.
A escola francesa teve como elemento principal o espanhol naturalizado Francisco Amoros
Y Ondeano (1770-1848). Inspirado em Rabelais, Guts, Jahn e pestalozzi, dividiu sua ginástica em: Ci-
vil e Industrial, Militar, Médica e Cênica. Outro nome francês importante foi G. Dêmey (1850-1917).
Organizou congressos, cursos (inclusive o superior de educação física), redigiu o Manual do Exército
e era adepto à ginástica lenta, gradual, progressiva, pedagógica, interessante e motivadora.
A escola inglesa se baseava nos esportes e nos jogos, sendo seu principal defensor Thomas
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Arnold.
O método natural foi defendido por Georges Herbert (1875-1957): correr, nadar, trepar, saltar,
empurrar, puxar e etc.
Vale lembrar que não deve deixar de estar sempre estudando o nosso
guia de estudos e buscar, através de pesquisas como a indicada anteriormente,
aumentar o saber e formas de visualizar a disciplina.
Relatos sobre a educação física em terras brasileiras surgiram no ano de sua descoberta,
1500.
Em uma de suas cartas, Pero Vaz de Caminha relatou que havia indígenas dançando, saltan-
do, girando e se alegrando ao som de uma gaita tocada por um português (Ramos, 1982).
Segundo Ramos (1982), certamente essa foi a primeira aula de ginástica e recreação relatada no
Brasil.
O que se sabe é que as atividades físicas realizadas pelos indígenas se relacionavam com
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aspectos da cultura primitiva, ou seja, eram naturais tais como: brincadeiras, caça, pesca, nado, andar,
utilitárias, aprimoramento de atividades de caça, agrícolas, guerreiras, proteção, recreativo e religioso,
tais como as danças e agradecimento aos deuses (Gutierrez, 1972).
Ramos, 1982, relata que na Bahia, ainda no período colonial, na senzala, surgia então a capo-
eira, uma atividade mais rítmica, que os escravos praticavam,
como forma de se defender dos capitães do mato. Então, po-
demos falar que essas atividades realizadas pelos indígenas e
pelos escravos foram as primeiras formas de atividades físicas
realizadas no Brasil.
IStock.com
Nessa época, surgiram os primeiros tratados sobre a Educação Física. Gutierrez, 1972,
relata que em 1823, Joaquim Antônio Serpa elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos
Meninos”, onde mencionava que a educação era a saúde do corpo e a cultura do espírito, e que os
exercícios físicos poderiam ser divididos em duas categorias: Os que exercitavam o corpo e os que
exercitavam a memória, ou seja, ela não era tratada como um estudo do homem como ser integral,
o corpo e a mente juntos.
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1851 foi um marco da Educação Física, onde a lei de nº 630 incluiu a Educação Física, de-
nominada ginástica na época nos currículos escolares, se praticava 4 vezes na semana durante 30
minutos. (Ramos, 1982). Nessa época, as meninas não tinham uma obrigatoriedade em fazer, porém
Rui Barbosa fez um parecer onde estendeu essa obrigatoriedade a todos os gêneros, inserindo as-
sim a ginástica em todos os programas escolares como matéria, ou seja, disciplina e ainda, buscando
equiparação salarial de professores de ginástica em relação aos demais professores. Essa implantação
em primeiro momento, infelizmente, se deu somente em algumas escolas do Rio de Janeiro e nas
escolas militares. (Darido e Rangel, 2005).
Betti, 1991, relata que a partir do ano de 1920, não somente a federação do Rio de Janeiro,
mas os demais estados, começaram a se preocupar com as reformas educacionais e iniciaram a in-
clusão da ginástica nas escolas. Ocorreram também a inclusão dessas ginásticas com o objetivo de
formação militar.
Nessa época, no Brasil, surgem, dentro das escolas brasileiras, os métodos ginásticos (gímni-
cos), já vistos nesse guia anteriormente, que são oriundos das escolas sueca, francesa e alemã, onde
a partir deles o exercício físico era utilizado para manutenção da higiene física e moral, sendo então
utilizado como preparação para o militarismo. (Darido e Rangel, 2005). O que se ensinava nesse
período era baseado nesses métodos europeus, sendo então a sistematização científica da educação
física no Ocidente.
Nos anos 30 com o processo de urbanização, industrialização, a educação física se torna
aliada, devido ao fato de auxiliar e fortalecer o trabalhador, fazendo com que sua capacidade de
produzir fosse maior e ainda, desenvolvendo a cooperação, uma vez que o trabalho em equipe já
existia.
A partir de 1961, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que falaremos a seguir, foi
determinada a obrigatoriedade da educação física no ensino primário e no médio, tendo então a
partir dessa data o esporte ocupando cada vez mais espaço nas aulas.
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Ramos 1982, ressalva que, após a 2ª Guerra mundial, até meados da década de 1960, a
educação física nas escolas ainda mantinha o caráter gímnico, e em alguns locais a Calistenia.
A Calistenia nada mais era que oriunda da ginástica, a diferença se dá que a prática das
atividades da ginástica era atividades seguindo as escolas, alemã, sueca, com exercícios com o seu
aparelhos, já a Calistenia era atividades feitas exclusivamente sem aparelhos; os famosos exercícios
livres eram bastante utilizados pelas meninas na época.
Darido e Rangel (2005) relatam que o esporte era muito investido pelo governo, com com-
petições de alto nível, eliminando algumas críticas e transparecendo a ideia de desenvolvimento do
governo, fortalecendo assim o rendimento, a vitória.
Um marco da educação física nesse período foi a obrigatoriedade da Educação Física/Espor-
tes no 3º Grau, através da Lei 705/69 (Brasil,1969). Segundo Castellani Filho (1998), o decreto de lei
no 705/69 (Brasil, 1969) tinha como propósito político favorecer o regime militar, então o esporte
era mais um meio de distração, tirando o foco assim da política. Infelizmente era considerada uma
atividade que não necessitava de conhecimentos, nem formação de mão de obra para a produção,
se dava somente pelo fazer (Darido e Rangel, 2005).
Na década de 70, o governo militar investiu na educação física em função das diretrizes
pautadas no nacionalismo, na integração nacional dos estados e na segurança nacional, formando
um exército por uma juventude forte e saudável, na tentativa de acabar com forças políticas oposi-
cionistas.
Nessa época ainda, a iniciação esportiva no ensino fundamental foi de encontro à busca por
novos talentos do esporte, para que pudessem representar a pátria, colocando também o caráter
competitivo do esporte e rendimento como um método educativo, aumentando assim a competi-
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vidade alinhado à sobrevivência.
Vimos um pouco sobre a história da educação física, como o homem precisa de movimentos
básicos para sobreviver. Como foi essa evolução da educação física? Como surgiram os jogos, as
olimpíadas? Como surgiram os esportes? Nesse tópico veremos algumas curiosidades tão importan-
tes para nossa profissão.
1.3.1 O Esporte
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eram usadas como meios de sobrevivência, sendo: natação que utilizavam para se locomoverem
entre os rios;, corrida; caça; pesca; equitação; esgrima; arco e flecha; além desses tinham também os
utilizados em guerras, como marchas, lutas, caminhadas, lançamentos, tiros, etc.
Abaixo algumas práticas pré-esportivas pelo mundo, conforme um estudo apresentado por
Tubino (dicionário enciclopédico do Esporte/2008):
a) China – Lutas marciais marcavam presença, dentre ela o Kung Fu que já citamos nesse guia,
além de esgrima, boxe chinês, tiro ao arco e T’su – Chu (jogo de bola com os pés).
b) Japão – Eram atividades ligadas ao mar: natação, navegação e pesca.
c) Egito – Atividades registradas em desenhos, tumbas e vasos, tais como: arco e flecha, corridas,
saltos, arremessos, equitação, esgrima, luta, boxe, natação, corridas, ginástica acrobática e jogos
com bola.
d) Grécia – Festas populares e religiosas, geralmente disputadas em honra aos Deuses. Voltadas
para a prática e preparação militar, eles deram vida aos mais importantes jogos que foram os
Jogos Olímpicos.
e) Jogos Olímpicos – Criados em 776 a.C, tendo como proposta a realização na cidade de
Olímpia a cada quatro anos, com um propósito e objetivo: Louvar a Zeus, o mais importante
Deus grego, e com isso, celebrar a paz entre as cidades gregas. Eram realizados em cada 4 anos
na cidade de Olímpia, por isso se deu o nome, então nesse período as guerras eram cessadas
para que todos pudessem participar. A participação inclusive era motivo de grande honra, pois
existiam exigências como por exemplo ser filho legítimo; não ser culpado de crime de morte,
dentre outros.
• Corridas de Velocidade
• Pentatlo (luta livre, salto de distância, corrida, lançamento de disco e dardo);
• Pancrácio (boxe e luta livre);
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• Corrida de carros (bigas);
• Combates armados;
• Luta Livre;
• Arco e Flecha;
• Arremesso de Peso;
• Corridas de Longa distância
Assista aos vídeos abaixo sobre os jogos das Antiguidades! Vale a pena
assistir:
https://www.youtube.com/watch?v=iHx8GccG0SY
Em meados de 1960, houve na Inglaterra uma grande evolução científica, tecnológica, eco-
nômica: a Revolução Industrial, mudando, consequentemente, a forma de pensar do mundo.
Segundo Brohm (2003), a gênese do esporte moderno sugere que a origem deve ser bus-
cada concomitantemente com a consolidação do modo de produção capitalista e da ideologia bur-
guesa, ou seja, iniciaram as comparações dos atletas, desempenhos, resultados, então, o esporte se
materializou em performance humana.
Atualmente o esporte, além de inúmeros benefícios, é caracterizado como mercadoria da
indústria cultural, busca por resultados e a busca pela estética do corpo.
https://www.youtube.com/watch?v=TCx4X55_bEk
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Como se deu o início dos esportes no Brasil? Qual a importância e a
contribuição do esporte em nossa sociedade? Em nossas escolas e para as nos-
sas crianças? Já imaginou o que seria de nós sem o esporte?
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II Unidade II -
Educação Física e
Sociedade
Objetivos da Unidade
- Apresentar o conceito de Educação Física, bem como suas áreas
de conhecimento, e as áreas de atuação do profissional de educação
física.
Unidade II - Educação Física e Sociedade
O curso de Educação Física, seja o Bacharelado ou a Licenciatura é bastante amplo. São di-
versas áreas que você pode trabalhar, o importante é sempre buscar aquilo que goste de fazer, pois,
não adianta estar em uma área e não estar feliz, não estar por inteiro. Lembrem-se, nossa profissão
cuida das pessoas, com o físico, intelecto, mente, e principalmente da saúde, através da prática de
atividades física, então é uma profissão muito séria, somos responsáveis por vidas.
Infelizmente o que vemos e o que é mais falado em nossa profissão, é somente a Educação
Física Escolar e a Educação Física em Academias, o famoso Personal Trainer, porém nossa área vai
muito além destes dois. Precisamos tomar cuidado pois, infelizmente o Fisioterapeuta vem tomando
nosso espaço, uma vez que nós estamos deixando, por não olhar além, não buscar diferenças e
novas oportunidades em nossa área.
Ficou surpreso com tantas possibilidades? Essas são somente algumas áreas que podemos atuar,
existem mais.
Nesta unidade veremos afinal, o que é Educação Física, e como atuar nas inúmeras possibi-
lidades das áreas que citamos acima.
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2.1 O que é Educação Física?
2.1.1 Educação
Infelizmente ainda nos dias de hoje ouvimos muito essa expressão, Educação Física é só “rola
a bola”, ou ainda, “Ser Professor de Educação Física é fácil, deixa a bola e pronto”, e tem também,
“Professor de Educação Física não faz nada, estuda 4 anos só para ensinar jogar bola”. Essas e outras
expressões acabam denegrindo nossa imagem, e nós precisamos fazer algo, mostrar a que viemos.
Então, afinal, o que é Educação Física? Vamos lá!
O que é Educar? “É a ação de promover a educação, que compreende todos os processos,
institucionalizados ou não, que visam transmitir determinados conhecimentos e padrões de compor-
tamento, a fim de garantir a continuidade da cultura de uma sociedade.”
Educação é proveniente do latim, educare, educere, cujo o significado literal é conduzir para fora ou
direcionar para fora.
Paulo Freire afirma que “Conhecimento [...]não se transfere, se cria, através da ação sobre a
realidade”.(2003, p.114).
Educar na Constituição Federal em seu artigo 205, estabelece que “A educação, direito de
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
Logo podemos dizer que educar é socializar, é uma maneira de se transmitir hábitos e co-
nhecimentos, é instruir.
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Assista ao vídeo falando sobre a educação:
https://www.youtube.com/watch?v=CpF2Gg_35
Quando se fala em Educação Física, logo pensamos na nossa escola, uma quadra, uma bola
de futebol, vôlei ou queimada não é mesmo? Será que Educação Física é realmente só isso?
Antes de explicar o que é Educação Física, conceitua-se e diferencia-se a atividade física e o
exercício físico. Para Barbanti (2011, pag. 185), “exercício é uma sequência planejada de movimen-
tos repetitivos sistematicamente com o objetivo de elevar o rendimento”, ou seja, são movimentos
diferentes, por segmentos corporais, realizados e executado de forma planejada e com objetivo
estabelecido. A falta do exercício, pode ocorrer várias reações no organismo, tais como, flacidez
de músculos, acúmulo de gorduras excessivamente, lentidão no processo digestório, dentre outras
causas que serão tratadas ao longo do estudo.
Para Barbanti (2011, pag. 40), “atividade física se refere na totalidade de movimentos exe-
cutados”, ou seja, qualquer movimento que possa provocar um gasto de energia, então, um passeio
ao ar livre é uma atividade física, já uma caminhada orientada é um exercício, pois, possui um plane-
jamento com duração, intensidade, objetivo.
Para (FLAUSINO; ET AL, 2012), tanta atividade física, quanto exercício físico possuem re-
sultado significativo tanto na prevenção quanto na manutenção da saúde, sendo assim sua prática é
fundamental importância, em qualquer idade.
O Termo Educação Física se refere á um campo vasto de ações. O principal interesse é o
movimento humano e o relacionamento dele entre o físico e mental, social e emocional, ou seja, ela
se preocupa com o desenvolvimento do ser integral.
A educação física pode ser determinada pelo modo com que o homem pensa de si mesmo,
28
em relação ao seu corpo, e como pensa que seu corpo deve ser
desenvolvido, treinado, educado, pois, o homem é um ser integral,
que move, pensa, sente e se expressa, e isso tudo é educação física.
Alguns autores no passado definiram a Educação Física,
WILLIAMS (1964) apontava que a Educação Física deveria influen-
ciar todas as áreas do desenvolvimento educacional, inclusive o
mental e social:
IStock.com
Como vimos anteriormente neste guia, a Educação Física sofreu várias mudanças ao longo
dos anos, e ainda está em constante inovação, como todos os momentos, então, Barbanti (2011,
pag. 147), é “um processo educacional que usa o movimento como meio de ajudar as pessoas a
adquirir habilidades, condicionamento, conhecimento e atitudes que contribuem para seu ótimo
desenvolvimento e bem-estar”, então, podemos ver que o termo é bastante amplo, assim como as
diversidades possibilidades da área.
Portanto, no geral a educação física é completa, ela desenvolve o bem-estar da pessoa em
geral pelo simples fato do uso do movimento, e ainda, a integração com outras áreas, cognitivo e
afetivo andam juntos, considerando assim a educação física como uma vasta área de conhecimento,
incluindo o corpo, e a mente.
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Para finalizar este tópico, vimos que o conceito de Educação Física é muito amplo. Faça com
suas palavras, o que Educação Física para você? Vamos pesquisar?
Diante de algumas evidências do que é a Educação Física, podemos falar sobre como ela é
importante em nossa vida e em nossa sociedade.
Antes de falarmos sobre essa importância e o que ela transforma em nossa sociedade, fala-
remos sobre alguns benefícios da prática de atividade física.
A Organização Mundial de Saúde, fala que a atividade física reduz e auxilia no combate e
prevenção da depressão, ajuda no combate e controle da ansiedade, reduz o risco de problemas
por doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e ainda trabalha no controle e redução do peso cor-
poral, redução da hipertensão arterial, auxilia na manutenção da saúde melhorando a mobilidade e
30
o funcionamento do sistema musculoesquelético, e promove o bem estar psicológico, este último
que nos últimos anos, devido à má qualidade de vida, muitas pessoas andam sofrendo, ela ainda pos-
sibilita uma distração e afastamento dos problemas, uma vez que fazendo atividades, a tendência é se
concentrar na atividade e “esquecer” de problemas, stress, angústias,
medo entre outras.
Ainda a Organização Mundial de Saúde, relata que exercícios
físicos podem prevenir osteoporose, diabetes, hipertensão, risco de
enfarte. Podem melhorar autoestima, confiança, socialização, ansie-
dade, melhora a capacidade de se cuidar, postura, imunidade, sono,
IStock.com capacidade funcional, além disso, auxilia na redução de dores, obesi-
dade, fadiga, solidão.
Para Werneck e Navarro (2011), o exercício físico é uma alternativa de baixo custo e não
farmacológica tanto na prevenção quanto no tratamento de transtornos psicológicos e emocionais.
Ainda Fechio et al (1998), relata em um artigo de revisão que a prática de atividade física,
aeróbica ou treino resistido de força, aumenta o número de células CD4 e NK, essas atuam no sis-
tema imunológico, melhorando a qualidade de vida, favorecendo a autoestima e bem-estar.
Como foi visto há os benefícios psicológicos, estes respeitam a individualidade de cada um,
as características do exercício, o ambiente em que se pratica, de forma que seja uma atividade pra-
zerosa. (WERNECK e NAVARRO, 2011; LEPPANAKI et al, 2004).
São inúmeros benefícios da atividade física, desde psicológicos, mentais, sociais, como estéti-
cos, corporais, e ainda, na vida escolar, que iremos falar mais adiante como a disciplina de educação
física atua na vida e no desenvolvimento da criança. Portanto nós como profissionais devemos estar
atentos ao nosso aluno, quais são suas motivações, seus anseios, participar de sua vida, bem como
o motivar cada vez mais a praticar atividade física.
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2.2.2. Sedentarismo e Educação Física
Infelizmente, estamos vivendo uma era onde o sedentarismo está cada vez pior, o índice
de pessoas acima do peso aumenta consideravelmente a cada ano, e ainda, nossas crianças estão
sendo prejudicadas, uma vez que o brincar na rua, o jogar, está cada vez menos mais ignorado, seja
pelos pais, seja pela violência ou por desinteresse da criança, dando espaço a celulares, tecnologia,
televisão, e obtendo hábitos de vida nada saudáveis de alimentação.
Ser sedentário segundo Barbanti (2011, pag. 395) ” é o estado em que o indivíduo se movi-
menta muito pouco”, ou seja, é a falta de atividade física, não somente a prática esportiva, mas em
tudo, você consome muito e gasta nada, gerando um déficit em seu organismo, e consequentemen-
te o aumento do peso. Infelizmente o sedentarismo é um grande problema em nossa sociedade
hoje, fazendo assim com que a pessoa esteja mais suscetível a doenças e patologias.
Uma pesquisa feita pelo Ministério do Esporte, apontou que o sedentarismo atinge quase
metade da população no Brasil, 45,9% dos brasileiros, 67 milhões de pessoas não realizaram ne-
nhuma atividade física em 2013. Essas pessoas que não praticam nada de atividade física, segundo
a OMS, Organização Mundial de Saúde, têm mais chances de desenvolver condições como infarto,
AVC (Acidente Vascular Cerebral), câncer, entre outras.
Vimos anteriormente em nosso guia, que na antiguidade os homens necessitavam de va-
lências físicas para sobreviver, o que hoje em dia não é o caso, os carros estão cada vez ganhando
espaço devido a correria do dia a dia, as escadas rolantes e os elevadores sendo mais utilizados do
que escadas normais, as várias horas em frente ao computador, e ainda, o consumo exagerado de
alimentos industrializados, afetam consideravelmente o estilo de vida e a saúde da população.
E como estão nossas crianças e adolescentes? Cada vez menos interessado em se locomo-
ver, em brincar, em jogar, e em praticar atividade física, principalmente os adolescentes. Nota-se que
nossas crianças estão desinteressadas em práticas de atividades físicas, deixando os computadores e
celulares a frente de seu dia a dia. Uma criança sedentária pode se tornar um adulto obeso.
32
Como futuros professores de Educação Física, como podemos comba-
ter o sedentarismo? Como sair deste estado de inércia e fazer com que nossos
adultos e crianças entendam a importância da prática de atividade física?
A sociedade está em constante evolução, e nós humanos estamos cada vez mais evoluindo
junto, as pessoas estão muito atarefadas, com tempo mínimo e sempre na correria, no estresse, nas
cobranças e pressões que suas ocupações acarretam, porém devemos encontrar tempo para cuidar
de nossa saúde, seja ela física ou mental, como já vimos anteriormente a Educação Física pode nos
ajudar com isso.
Infelizmente é comum enxergar o exercício físico com o único objetivo de deixar as pessoas
com corpos esculturais e musculosos, sendo um erro que compromete toda a seriedade e impor-
tância da nossa profissão. Temos a capacidade de desenvolver muito mais que somente a estética,
como também estimular a constante busca pela saúde, bem estar, melhora de qualidade de vida.
Qual a importância de nossa área para a sociedade? Já parou para pensar? Como seria se nós
não tivéssemos movimento? Se o mundo não tivesse movimento? Estaríamos sempre inertes, e que
sem graça seria.
Então a importância da Educação Física para a sociedade vai muito além de estética, engloba
saúde mental, psicológica, por isso o educador físico auxilia na contribuição para o desenvolvimento
da qualidade de vida humana, e ainda, é uma área de extrema importância nas escolas, formamos
cidadãos e cabe a nós passarmos valores e princípios para as crianças, a inclusão, a diversidade, o
trabalho em grupo, o social, o respeito, solidariedade.
Nós podemos auxiliar na prevenção de doenças, corrigir problemas posturais, apresentar
uma consciência da sua capacidade de expressão corporal, melhorar o condicionamento físico e
estético, ajudar a reabilitar pacientes que sofreram com lesões ou acidentes que limitaram sua capa-
cidade de locomoção, contribuir para o estímulo da busca pela saúde, e aumentar a autoestima são
33
apenas alguns dos principais benefícios oportunizados pela atuação do educador físico.
Responda:
Qual a importância da Educação Física nas escolas? Como ela contribui com as crianças e
com a sociedade?
Como falamos anteriormente a Educação Física possui uma extensa área de atuação, faz
necessário a escolha de uma determinada área a seguir, mas nem sempre o Profissional só trabalha
em uma área, em sua maioria, os profissionais abraçam várias áreas dentro deste lindo e apaixonante
campo que é a Educação Física.
34
2.4.1. Licenciatura em Educação Física
Como já falamos anteriormente, o Profissional precisa lidar com a saúde, e ainda, contribuir
com sua qualidade de vida. A Licenciatura é voltada para os profissionais que desejam trabalhar com
o ensino, ou seja, a educação básica, em escolas, seja na rede pública ou privada, desde o ensino
infantil até o ensino médio. O Profissional se gradua em professor,
voltado para a educação física.
Ainda em Licenciatura temos a opção de o profissional traba-
lhar com pesquisas científicas.
Então podemos dizer que o profissional de Licenciatura em
Educação auxilia na educação para a vida do aluno, trabalha não só a
IStock.com
questão física como muitas vezes ouvimos dizer, mas trabalha também
a socialização, criatividade, interação, ludicidade, conscientizando da prática de atividade física desde
a infância. A responsabilidade do professor é grande, ele deve entender um pouco de cada esporte,
brincadeira, além de comportamento motor, fundamental para a educação básica. Podemos dizer
que, quando uma criança gosta da aula de Educação Física na escola, ele terá mais probabilidade de
gostar de praticar atividade física quando adulto.
35
trutor de musculação, instrutor de ginástica individual e ou coletivas tais como: Funcional, dança,
ioga, alongamento, jump, ciclismo, corridas, e etc. O Objetivo do aluno pode ser somente do
bem-estar em geral, ou seja, a saúde, uma distração e divertimento, ou ainda, um condiciona-
mento físico.
b) Esportes: Especialização em modalidades esportivas
nas mais diversas áreas como: CrossFit, Dança, Ioga, Boxe,
artes marciais, atletismo, natação, futebol, voleibol, hande-
bol, basquetebol, ou seja, diversas possibilidades na área
do esporte e a que mais se encaixar com o se gosto e
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perfil. O profissional pode montar uma escolinha para crianças por exemplo, ou, uma para adul-
tos.
c) Clubes: Todos os clubes esportivos, independente do
esporte, se faz necessário a atuação de um profissional de
Educação Física, uma vez que os atletas necessitam de um
preparador físico para atuar junto a prevenção, prepara-
ção, organização de treinos, definição de metas. Há ainda
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os clubes que não são voltados para os esportes, mas, aqueles clubes onde as pessoas vão, e tem
um educador físico atuando com recreação e lazer, seja para crianças ou adultos.
d) Ginástica Laboral; Área voltada para a melhora da con-
dição física de trabalhadores em determinadas funções
que exige esforço físico e ou repetição de movimentos.
Infelizmente estamos perdendo espaço nesta área para
Fisioterapeutas, justamente pelos profissionais de Educa-
IStock.com ção Física pensarem somente em escolas e ou academias,
porém está área é interessante de se trabalhar, pois, se trabalha com a saúde do trabalhador,
auxiliando na redução de estresse, fadiga muscular e uma melhora na qualidade de vida.
e) Lazer e Recreação; Voltada para o entretenimento em vários locais, seja em hotéis, spas, cru-
zeiros, clubes, resorts, festas de crianças, turismo ecológico, hospitais, treinamento de atletas, para
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descontrair em determinado momento da competição e
aliviar o estresse. É um setor dinâmico, criativo, e bastante
divertido.
f) Reabilitação: Auxilia na prevenção de doenças, pro-
blemas físicos e reabilitação de pacientes que sofreram
com lesões ou precisam melhorar o seu condicionamen-
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to. Cardiopatas, pessoas amputadas ou que passaram por
procedimentos cirúrgicos também precisam da orienta-
ção desses profissionais — sempre em parceria com fisio-
terapeutas;
g) Performance: Planejamento e orientação nos treina-
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mentos de atletas e ou equipe de alta performance e ren-
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Quantas possibilidades temos de atuação, essas são somente alguns exemplos que você
como profissional pode escolher, ou ainda, a área pode te escolher.
Trabalhe com o que mais goste de fazer, com aquilo que te dá alegria e
satisfação! Não tem nada melhor que fazer aquilo que se ama!
Ao término desta unidade, vemos que a Educação Física não é somente o corpo, que são
vários os campos de atuação, além de alguns benefícios de se praticar atividade física, e o quão im-
portante ela é na nossa vida e na nossa sociedade.
Cabe a nós profissionais, que saibamos dar o devido valor á nossa profissão, através de tra-
balho sério, diferenciado e qualificado. Não se esqueçam, precisamos mudar este paradigma que é
inserido na Educação Física, de que somos somente um profissional “rola a bola”, ou seja, que deixa
a Educação Física ir por si só. Precisamos mostrar a que viemos e fazer de nossa área de atuação
como promoção prevenção á saúde, mostrar a todos que quando se pratica exercícios físicos, orien-
tados por um profissional, podemos ter qualidade de vida durante o processo de envelhecimento
ficando longe de medicamentos, e viver bem e com saúde.
38
III Unidade III -
Legislação e Ética
Profissional
Objetivos da Unidade
- Apresentar ao aluno os conceitos fundamentais ligados à ética e
legislação profissional.
- Apresentar ao aluno o sistema CONFEF e CREF’s e o instrumento
de formalização e legalização da profissão.
- Apresentar o código de Ética do profissional de Educação Física.
Unidade III – Legislação e Ética Profissional
Conforme Côrte (2016), apud Costa e Valente (2008), para que uma atividade seja regula-
mentada, é necessário a exigência a quem exerce, qualificações técnicas, conhecimentos técnicos e
científicos avançados e especializados, com o intuito de minimizar, ou ainda evitar, a possibilidade de
danos sociais, com riscos à segurança, à integridade física e à saúde. Então, se faz necessário impor
regras e limites, restringindo esse livre exercício da atividade profissional.
Para que seja feito essa restrição e regulamentação, temos os Conselhos de Classe profis-
sional, que são assembleias onde são reunidos os profissionais de cada profissão, tendo como obje-
tivos, zelar e intervir pelos interesses de cada classe, então, estes podem registrar, fiscalizar e ainda
disciplinar profissões regulamentadas.
Então se faz necessário reunir profissionais da Educação Física em um Conselho de Classe,
para que este defenda os interesses e propósitos da Educação Física e de seus associados.
A presente unidade visa apresentar a vocês o Sistema CONFEF/CREF, as características, o
porquê de ter de associar e ainda, falar sobre o código de ética de nossa profissão e Carta Brasileira
de Educação Física.
3.1 CONFEF
Em 1998, foi criada uma Lei Federal (nº 9.696), regulamentando enfim a Profissão de Educa-
ção Física, com ela surgiu o CONFEF e seus conselhos regionais – CREF’s.
O CONFEF, Conselho Federal de Educação Física, é uma instituição de direito público, com
sede e foro na cidade Rio de Janeiro, destinada a orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício das ati-
vidades próprias dos profissionais de Educação Física, seja pessoa física ou jurídica. Órgão Federal,
ele supervisiona e coordena o funcionamento dos CREFs – Conselhos Regionais de Educação Física,
é um conselho de fiscalização profissional responsável pela regulamentação e julgamento final no
Brasil.
Após essa lei criada, somente profissionais regularmente registrados nesse sistema passaram
a exercer a profissão, sendo eles:
40
• Profissionais formados em Curso Superior de Educação Física;
• Profissionais Provisionados, as pessoas que antes da Lei passar a valer exerciam atividades pro-
fissionais relacionadas com atividade física e, após a promulgação da lei, fizeram o curso destinado
à formação de Profissionais Provisionados.
Fonte: O autor
41
Quais Profissionais deverão se registrar no Conselho? Como me regis-
tro no Conselho? E se eu for uma pessoa jurídica, posso me registrar?
3.2 CREF
A questão da Ética tem se falado muito ultimamente, mas afinal, o que é ética?
De acordo com Barbanti, (2011, pág. 182) Ética “é um ramo da Filosofia que trata da distin-
ção entre o certo e o errado, ou das consequências morais das ações humanas”, então podemos
dizer que toda e qualquer profissão deve estar fundamentada na técnica, no aprimoramento profis-
sional e na Ética, sobre o ponto de vista que pode ser entendida como “conjunto de valores morais
que são especificamente aplicados à prática de um oficio/Atividade” (DRUMOND, 2004,P.64).
42
O Código de Ética referente á Educação Física CONFEF/CREF foi adotado pela resolução
CONFEF nº 307/2015. O Código de Ética propõe normatizar a articulação das dimensões técnica
e social com a dimensão ética, de forma a garantir, no desempenho do Profissional de Educação
Física, a união de conhecimento científico e atitude, referendando a necessidade de um saber e de
um saber fazer que venham a efetivar-se como um saber bem e um saber fazer bem.
Então com isso o profissional presta cada vez mais um atendimento melhor e mais qualifica-
do, tendo como norteador princípios, normas e valores éticos.
Uma conduta ética não tem como base somente questões de caráter ligados á Educação
Física, mas também há uma grande preocupação social com foco na formação do Profissional como
cidadão, zelando pelo bem estar da sociedade, desenvolvendo práticas legais, com eficiência, e ainda,
por se tratar de saúde, a ética deve ser muito bem trabalhada, pois, nós trabalhamos com pessoas.
Vimos a respeito da Ética na profissão, e na área do esporte? Pesquise sobre a ética esporti-
va, cita alguns exemplos de boa conduta ética e má conduta ética dentro do esporte.
43
Que tal conhecer um pouco mais sobre a resolução n° CONFEF nº
307/2015 Procure analisar os direitos e deveres do profissional e correlacioná-
-los com a prática desenvolvida em sua região.
https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381
Termino esta unidade do guia de estudos falando de ética profissional. Ao final do curso,
quando tiverem trilhado todo o caminho e atingido o objetivo final de se tornarem Licenciados em
Educação Física, ou Bacharéis em Educação Física, farão o seguinte juramento:
45
IV
Unidade IV -
Responsabilidades,
Habilidades e competên-
cias do profissional de
Educação Física
Objetivos da Unidade
- Apresentar ao aluno os conceitos fundamentais ligados à respon-
sabilidade social do profissional de Educação Física.
- Apresentar as habilidades e competências exigidas pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de Educação Física.
- Apresentar os Parâmetros Curriculares Nacionais e CBS’s
Unidade IV – Responsabilidades, Habilidades e competências do profissional de Edu-
cação Física
Podemos afirmar que todo o trabalho, que é desenvolvido pelo profissional da Educação
Física, cuida de pessoas, seja na área da licenciatura ou seja na área do bacharelado; objetiva a saúde
e bem-estar do aluno, conforme vimos anteriormente neste guia de estudos. A atividade física, além
de melhorar a saúde e qualidade de vida, contribui para a mente, o físico e o espírito saudável.
Sendo assim, surgem alguns questionamentos que serão desenvolvidos ao longo desta uni-
dade:
- Qual a relação entre ética e moral para o profissional de educação física?
- Quais as responsabilidades e obrigações perante aos alunos/clientes em nossa área?
- O que são os Parâmetros Curriculares Nacionais e como orientam os profissionais?
Conforme Pusch (2010), a Ética é, antes de tudo, o resultado de um pacto coletivo no qual
as pessoas, declarada ou tacitamente, estabelecem consensualmente os valores comuns e as normas
de conduta a serem observados pelo indivíduo. Vimos anteriormente alguns outros conceitos refe-
rentes à ética.
Sendo assim, as relações interpessoais são fontes que geram obrigações que podem se
caracterizar pela relação que alguém deve dar, fazer ou se abster de fazer algo para outrem. Ainda
temos o dever, que é caracterizado como uma ação voluntária, de pagamento de prestação de
obrigação.
A palavra Responsabilidade vem do latim respondere, que significa “responder, prometer em
troca”, então, nada mais é que uma obrigação em responder, seja por alguma coisa ou situação.
Então no ambiente profissional de Educação Física, a responsabilidade é muito grande, pois,
conforme já foi falado, lidamos com vidas, com pessoas, seja na área da educação básica, onde pre-
cisamos levar o aluno não somente a praticar atividades físicas, mas também a perceber o outro, a
47
socializar, a dividir, a ganhar e a perder, a trabalhar junto, mas também em ambientes onde o nosso
aluno às vezes só quer conversar, quer alguém para desabafar, ou ainda, está em busca de uma
qualidade de vida melhor, em busca de saúde física e até mesmo saúde mental que a atividade física
pode contribuir, e nós, como profissionais, somos usados para levar tudo isso ao nosso aluno; nossa
responsabilidade com a vida destas pessoas é muito grande.
A Educação Física ao longo dos anos passou por diversas transformações. Conforme a Lei
nº9.696/98, que normatizou a profissão de Educação Física e que possibilitou a criação dos órgãos
responsáveis pela regulamentação da profissão de Educação Física, são atribuições do profissional:
Entretanto, infelizmente em nossa área existem alguns problemas de ordem moral, talvez
pelo fato de trabalhar diretamente com a vida. Infelizmente cresce o número de matérias na im-
prensa expondo acidentes em academias, lesões, mortes decorrentes de omissão de profissionais
de Educação Física com seus clientes/subordinados.
O CONFEF, por meio de código de ética, busca responsabilizar os profissionais por even-
tuais danos a terceiros, conforme Art. 1º, IV (CONFEF), quando estiver caracterizada a emissão de
48
socorro, pode ser penalizada no art. 135 do código penal brasileiro:
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo, sem risco pessoal, à criança abando-
nada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e eminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena – detenção, de
1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se
da omissão resultar lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resultar em morte
(OLIVEIRA, 2000, p. 76)
Então podemos afirmar que a nossa profissão é muito séria, lidamos com vidas e, ainda, pos-
suímos deveres que, conforme o código de ética da Educação Física (CONFEF), podem se agrupar
em três ordens: Informação, aconselhamento e prudência.
O dever de informação se caracteriza por buscar sempre as condições reais de seu cliente,
estado de saúde principalmente e, caso ocorra de o cliente não ter condições à prática de atividade
física, explicar e aconselhá-lo sobre tal fato, bem como na escola.
O dever de prudência é ser consciente de suas ações e treinamentos/aulas adequadas para
determinados tipos de alunos e clientes, não arriscando a vida do mesmo.
Sendo assim, cabe a missão de prevenir, orientar e aconselhar, e claro, observando os direi-
tos e deveres e as responsabilidades, caso infelizmente venham a ocorrer acidentes.
49
O profissional de Educação Física deve pedir atestado médico antes do início
do aluno na atividade? Acesse o link da reportagem e analise a situação:
http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/03/aluno-morre-durante-exercicios-fisi-
cos-em-academia-de-goiania.html
50
de definição, de planejamento e de operacionalização de políticas públicas e institucionais nos
campos da saúde, do lazer, do esporte, da educação não escolar, da segurança, do urbanismo, do
ambiente, da cultura, do trabalho, dentre outros;
g) diagnosticar os interesses, as expectativas e as necessidades das pessoas (crianças, jovens, adul-
tos, idosos, pessoas com deficiência, de grupos e comunidades especiais) de modo a planejar,
prescrever, orientar, assessorar, supervisionar, controlar e avaliar projetos e programas de ativi-
dades físicas e/ou esportivas e/ou de cultura e de lazer;
h) conhecer, dominar, produzir, selecionar, e avaliar diferentes técnicas, instrumentos, equipa-
mentos, procedimentos e metodologias para a intervenção acadêmico-profissional em Educação
Física nos seus diversos campos de intervenção, exceto no magistério da Educação Básica;
i) acompanhar as transformações acadêmico-científicas da Educação Física e de áreas afins, me-
diante a análise crítica da literatura especializada com o propósito de contínua atualização acadê-
mico-profissional; e
j) utilizar recursos da tecnologia da informação e da comunicação, de forma a ampliar e diversificar
as maneiras de interagir com as fontes de produção e de difusão de conhecimentos específicos da
Educação Física e de áreas afins, com o propósito de contínua atualização acadêmico-profissional.
Podemos observar a preocupação por parte das DCN’s de formar o futuro profissional de
Educação Física, com preparo não somente para quesitos técnicos, mas também com condições de
desenvolver trabalhos em equipes multidisciplinares, preocupação com os interesses e necessidades
das pessoas, responsabilidade social, envolvendo a questão cultural e, claro, sempre visando as ques-
tões éticas e de responsabilidade profissional.
51
4.4 Parâmetros Curriculares Nacionais
PCNs, ou Parâmetros Curriculares Nacionais, são diretrizes elaboradas pelo Governo Fe-
deral, tendo como objetivo o de servir de orientação aos educadores, por meio de normatização,
alguns aspectos fundamentais, de acordo com cada disciplina.
Tais Parâmetros abrangem tanto a rede pública quanto a privada de ensino, conforme o nível
de escolaridade, Infantil, Fundamental e Médio. Não é obrigatória a utilização do PCN, como dito
acima, é um documento norteador, seja para professores, coordenadores, diretores, e que pode ser
adaptado para o que for mais cabível à realidade.
O PCN é utilizado para os profissionais de Licenciatura. Por se tratar de ensino básico, ele
abrange planejamento, conteúdos, aprendizagem, tudo para melhor posicionar os educadores para
o processo educacional.
O PCN relacionado à disciplina de Educação Física tem por objetivo o ensino das atividades
físicas, alinhando com as habilidades motoras e fundamentos dos esportes.
Ele também inclui conteúdos como regras, táticas, história de algumas modalidades esporti-
vas. O professor, além dos parâmetros, deve buscar meios de garantir a vivência prática da experi-
ência corporal.
O documento procura trazer uma proposta que procura democratizar, humanizar e diver-
sificar a prática pedagógica da área, incorporando as dimensões afetivas, cognitivas e ainda sociocul-
52
turais.
O documento divide-se em Educação Física do Ensino Fundamental e Ensino Médio; cada
etapa do ensino básico é um documento. No PCN do Ensino Fundamental relacionado à Educação
Física, espera-se que ao final do ciclo os alunos sejam capazes de:
• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os
outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos
outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
• Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas,
repudiando qualquer espécie de violência;
• Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar a pluralidade de manifestações de cultura corporal do
Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre
diferentes grupos sociais;
• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de
higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a própria
saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;
• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando
o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoa-
mento, o desenvolvimento das competências corporais que decorrem de perseverança e
regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
• Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e
desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições de
vida dignas;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem nos
diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são
produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o consu-
mismo e o preconceito;
• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar lo-
cais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-as como uma
53
necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão
No documento, ainda mencionam-se os blocos de conteúdo, o que priorizar, etc. São blo-
cos de conteúdo do ensino fundamental:
• Esportes, jogos, lutas e ginásticas;
• Atividades Rítmicas e expressivas;
• Conhecimentos sobre o corpo;
O que são os ciclos de acordo com o PCN? Como seria a avaliação nas
aulas de Educação Física de acordo com o PCN?
54
Estudo de Caso
Estudo de Caso
O ciclista norte-americano Lance Armstrong, que venceu sete vezes seguidas (1999 a 2005)
a Volta da França e foi considerado o maior ciclista da história, pressionado pelos resultados de
uma investigação federal, no famoso programa de entrevistas de Oprah Winfrey, o atleta confessou
ter usado substâncias proibidas. Ele admitiu ter usado EPO (hormônio que aumenta o número de
glóbulos vermelhos e assim permite ao sangue levar mais oxigênio aos músculos), testosterona, do-
pagem sanguínea e cortisona, além de ter estimulado colegas a usarem substâncias ilícitas.
Armstrong perdeu todos os títulos conquistados desde 1998 e foi banido do esporte. Além
disso, perdeu a maioria dos patrocinadores, alguns dos quais abriram processo contra ele.
1) Pesquise mais afundo sobre a história do atleta. Onde ele errou? Por que ele fez o que fez?
2) O que você faria se fosse o preparador físico do Atleta em questão?
3) Explique quais poderiam ser os métodos que o atleta poderia ter utilizado para vencer de manei-
ra mais justa. E você como profissional de educação física poderia ajuda?
4) O que mudou no método do exame de doping atualmente? Como é feito o exame? Antes, du-
rante ou depois da competição?
5) Explique: por que o doping pode ser considerado como uma má conduta esportiva?
56
V
Unidade V -
Movimento, Atividade
Física e Mercado de
Trabalho
Objetivos da Unidade
- Apresentar as atividades motoras específicas
- Apresentar abordagens
- Movimento e Atividade Física atual
- Apresentar o Perfil do Profissional e o mercado de trabalho
Unidade V – Movimento, Atividade Física e Mercado de Trabalho
5.1 Abordagens
5.1.1 Esportivista
5.1.2 Desenvolvimentista
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Para Darido, 2003, a abordagem desenvolvimentista
58
caracteriza a normal progressão do crescimento físico, fisiológico, motor, afetivo-social e cognitivo.
Ela trabalha a adaptação do aluno, tendo como conteúdo justamente a aprendizagem e desenvolvi-
mento motor, trabalhando então as habilidades básicas e específicas.
5.1.3 Construtivista
Darido (2003 apud Jean Piaget) cita que “No construtivismo, a intenção é construção do
conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, numa relação que extrapola o simples
exercício de ensinar e aprender”. Então como o próprio nome diz, é a construção do conhecimen-
to, tendo como conteúdo cultura e brincadeira popular, atividades lúdicas, jogos de regras e jogo
simbólico.
São várias as abordagens que os professores podem utilizar em suas aulas. Essas acima são
somente alguns exemplos.
Tais habilidades são utilizadas ao longo de todo o processo de formação do aluno, sendo o
professor responsável e obrigado a ter conhecimento sobre tal assunto.
NAHAS, 2001, afirma que aptidão física (AF) é a capacidade de o indivíduo realizar ativida-
des físicas sem se exaurir ou mostrar cansaço em atividades diárias, obtendo bom desempenho nas
atividades praticadas.
Ainda segundo NAHAS, 2001, pode ser relacionada à performance tanto motora quanto às
60
capacidades físicas como: equilíbrio, coordenação, potência, velocidades de deslocamento e reação,
agilidade, e ainda relacionada à saúde, tais como: resistência cardiorrespiratória, força/estatura e en-
vergadura, composição corporal (percentual de gordura x massa magra).
Tais conhecimentos fazem-se necessários para um bom planejamento das aulas de Educação
Física. Abaixo estão alguns conceitos básicos utilizados em aulas de Educação Física, seja na escola
ou no Bacharelado:
Para todos os conceitos básicos acima, existem vários testes que todo profissional em Edu-
cação Física deve entender para poder aplicar, seja em qualquer circunstância e, claro, sempre que
necessário.
A lei foi sancionada em dezembro de 2006. A Lei de Incentivo ao Esporte estimula as em-
presas e pessoas a patrocinarem e a fazerem doações para projetos esportivos e paradesportivos,
em troca de incentivos fiscais.
Projeto desportivo nos termos da Lei – Decreto nº 6.180/07 :
I – Projeto desportivo: “O conjunto de ações organizadas e sistematizadas por entidades
61
de natureza esportiva, destinado à implementação, à prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao
desenvolvimento do desporto, atendendo pelo menos uma das manifestações esportivas previstas
no art. 4.”
Quem desejar contribuir com qualquer projeto desportivo, claro, respeitando as regras con-
forme disponíveis no decreto, tem Abatimento de 100% do valor incentivado até o limite de 1% do
Imposto de Renda devido pela Pessoa Jurídica*, e 6%, pela Pessoa Física.
Ex.: Se uma empresa paga R$ 10 milhões de IR ao governo, poderá destinar R$ 100 mil
para incentivar e patrocinar um projeto esportivo, obtendo as contrapartidas de exposição de um
patrocínio normal. Esse valor virá como forma de dedução ou abatimento no IR do ano seguinte.
Legal, né?! A Lei de Incentivo ao esporte! Acesse o link abaixo para po-
der ampliar seus conhecimentos sobre ela:
http://portal.esporte.gov.br/leiIncentivoEsporte/cartilhaGrafica.jsp
No início de nossos estudos, vimos a história da Educação Física como que se desenvolveu
ao longo dos anos e continua se desenvolvendo.
Cada vez mais adquirindo responsabilidades, promoção de saúde no sentido de prevenir
ao invés de curar, as formas naturais da prática, obtendo então desenvolvimento físico, mental,
contribuindo positivamente para doenças como stress, depressão, ansiedade, mal de nosso século,
e ainda o sedentarismo, obesidade, que devido à má alimentação da população, o índice está só
aumentando e, principalmente, atacando a saúde de nossas crianças.
Segundo a UNESCO: “Atividade Física é um direito de todos e uma necessidade básica”, ou
seja, deve fazer parte de nossa rotina.
Segundo a (OMS – Organização Mundial da Saúde), Saúde significa: Um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidades, então, a Educação Física
62
vem ganhando seu espaço.
Salões de academias estão cada vez mais lotados; temos o funcional que são movimentos
naturais, como nossos índios faziam, são movimentos que permitem a pessoa a ser funcional, ou ain-
da, chegar na melhor idade em pleno funcionamento do corpo que, podemos dizer, é uma máquina
e como toda máquina deve ter reparos ao longo dos anos, nosso corpo não é diferente.
O Crossfit, aulas de ginástica, enfim, são várias as modalidades disponíveis para cuidar da
saúde, manutenção, e principalmente, um equilíbrio, entre corpo, mente e espírito.
Como está a Educação Física atual, além de tudo que já foi mencionado
acima? O que mudou e por que mudou? Como as pessoas veem a Educação
Física hoje?
63
pouquinho no guia de estudos e leia as competências do profissional.
O profissional deve ser alegre, sociável, comunicativo, ativo, criativo, mas sobretudo deve
amar o que faz, é o amor pela profissão que o torna diferente dos demais profissionais que dizem
que a profissão é ruim, ou que não têm retorno, principalmente financeiro. Basta colocar amor, boa
vontade e muita disposição; não existe receita, e sim muito trabalho e determinação.
Pense naquilo que você mais gosta de fazer, e ainda, ao longo do curso
experimente todas as áreas possíveis, sempre terá aquela que seu coração fa-
lará mais alto.
Nunca se esqueça: Ame o que você faz, que o sucesso sempre virá!
64
BARBANTI, V. O que é esporte? Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Londrina, v. 11, n. 1,
p. 54-58, 2006.
BARBANTI, V. J - Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo, 3ª Ed. Manole Ltda., 2011
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Textos de Educação Física para sala de aula, 1984
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